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Aula 5 Empregador

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1 
EMPREGADOR 
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, 
individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da 
atividade econômica, admite, assalaria e dirige a 
prestação pessoal de serviço. 
§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos 
exclusivos da relação de emprego, os profissionais 
liberais, as instituições de beneficência, as 
associações recreativas ou outras instituições sem 
fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como 
empregados. 
• Empresa X Estabelecimento
Não se confundem empresa e estabelecimento, 
sendo este, também correspondente ao fundo de 
comércio, corresponde a uma universalidade de 
coisas (bens materiais e imateriais) operadas pelo 
comerciante. 
• Empresa X Proprietário
Possuem personalidades jurídicas distintas, sendo 
que a empresa pode sofrer alteração de 
proprietário ao longo de sua vida. E ainda, a morte 
do proprietário não corresponde a morte da 
empresa. 
Inicialmente, o artigo 2º da CLT considera 
apenas a empresa como empregador, contudo, 
em seu § 1º apresenta outros sujeitos que são a 
ele equiparados: 
§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os
efeitos exclusivos da relação de emprego, os 
profissionais liberais, as instituições de 
beneficência, as associações recreativas ou 
outras instituições sem fins lucrativos, que 
admitirem trabalhadores como empregados. 
Empregador: 
 Pessoa física ou jurídica / Uma sociedade de fato / Uma 
sociedade irregular, não registrada, informal.
 Assume os riscos da atividade econômica – (Alteridade) 
é ele quem recebe o lucro e quem arca com os 
prejuízos.
 Pode ou não ter atividade econômica. 
 Admite a seus serviços o empregado, é beneficiado 
pelos serviços prestados pelo empregado.
 Assalaria, paga uma contraprestação ao empregado em 
decorrência da prestação de serviços;
 Dirige; é quem tem o poder diretivo e disciplinar sobre
a atividade do empregado que lhe presta serviços 
pessoalmente.
Desconsideração da personalidade jurídica: 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, 
caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela 
confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a 
requerimento da parte, ou do Ministério Público 
quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos 
de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares dos administradores 
ou sócios da pessoa jurídica. 
* Desconsideração da personalidade jurídica reversa
Espécies de Empregador 
1) Empresa de trabalho temporário 
Pessoa física ou jurídica urbana que tem como atividade 
fornecer a outras empresas, de forma temporária, mão 
de obra qualificada por ela remunerada. 
Lei 6.015/74 
Art. 4º - Compreende-se como empresa de trabalho 
temporário a pessoa física ou jurídica urbana, cuja 
atividade consiste em colocar à disposição de outras 
empresas, temporariamente, trabalhadores, devidamente 
qualificados, por elas remunerados e assistidos. 
2 
2) Empregador Rural
Lei 5.889/73 
Art. 3º - Considera-se empregador, rural, para os efeitos desta Lei, a 
pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade 
agro-econômica, em caráter permanente ou temporário, 
diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados. 
§ 1o Inclui-se na atividade econômica referida no caput deste
artigo, além da exploração industrial em estabelecimento agrário 
não compreendido na Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, 
aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, a 
exploração do turismo rural ancilar à exploração agroeconômica. 
Art. 4º - Equipara-se ao empregador rural, a pessoa física ou 
jurídica que, habitualmente, em caráter profissional, e por conta de 
terceiros, execute serviços de natureza agrária, mediante utilização 
do trabalho de outrem. 
O que deve ser considerado não é o local, mas sim a atividade 
exercida pelo empregador, para fins de configurá-lo com sendo 
rural. 
OJ-38/SBDI-1. EMPREGADO QUE EXERCE ATIVIDADE RURAL. 
EMPRESA DE REFLORESTAMENTO. PRESCRIÇÃO PRÓPRIA DO 
RURÍCOLA. (LEI Nº 5.889, DE 08.06.1973, ART. 10, E DECRETO Nº 
73.626, DE 12.02.19/74, ART. 2º, § 4º) (inserido dispositivo) - 
DEJT divulgado em 16, 17 e 18.11.2010 
O empregado que trabalha em empresa de reflorestamento, cuja 
atividade está diretamente ligada ao manuseio da terra e de 
matéria-prima, é rurícola e não industriário, nos termos do 
Decreto n.º 73.626, de 12.02.1974, art. 2º, § 4º, pouco 
importando que o fruto de seu trabalho seja destinado à 
indústria. Assim, aplica-se a prescrição própria dos rurícolas aos 
direitos desses empregados. 
3) Empregador doméstico 
Pessoa física ou família que sem finalidade lucrativa admite 
um empregado para atender suas necessidades domésticas. 
4) Grupo de empresas ou grupo econômico 
CLT, 
Art. 2º [...] 
§ 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora,
cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem 
sob a direção, controle ou administração de outra, 
constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer 
outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação 
de emprego, solidariamente responsáveis a empresa 
principal e cada uma das subordinadas. 
- O grupo econômico é formado por no mínimo 2 
empresas, que estejam sob a direção, controle ou 
administração de outra. Uma será a empresa 
principal (controladora) e a outra será a empresa 
controlada. 
Exemplo: holding, consórcio. 
- As empresas do grupo não precisam exercer a 
mesma atividade econômica. 
Exemplo: supermercado, uma indústria de alimentos, uma 
empresa de entregas em domicílio, etc. 
- O grupo não precisa estar formalizado, basta à 
constatação de fato (Princípio da Primazia da 
Realidade), nos termos do art. 2° da CLT ou art. 3° da 
Lei 5.889/73. 
 Teoria do Empregador Único (parte final do art. 2°. § 
2 da CLT) – para essa teoria as empresas do mesmo 
grupo econômico constituem um único empregador.
Assim sendo a responsabilidade pelos direitos
trabalhistas é solidária entre todas as empresas que 
compõem o grupo.
Súmula nº 129 do TST 
CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO 
(mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
A prestação de serviços a mais de uma empresa do 
mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de 
trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um 
contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário. 
Portanto, diante de um grupo de empresas 
(econômico) e da teoria do empregador único, o 
empregado poderá exigir o pagamento de seus créditos 
trabalhistas da empresa ( empregadora direta) ou de 
outras ou todas as demais empresas do grupo de forma 
solidária. 
De igual forma, se o empregador é único, qualquer 
empresa do grupo pode exigir que o empregado- lhes 
preste serviços dentro do seu horário de trabalho e 
desde que haja possibilidades conjunturais. 
* Anotação da CTPS – empregador direto 
3 
5) Consórcio de empregadores rurais
Lei 8.212/91 
Art. 25-A. Equipara-se ao empregador rural pessoa física o 
consórcio simplificado de produtores rurais, formado pela união 
de produtores rurais pessoas físicas, que outorgar a um deles 
poderes para contratar, gerir e demitir trabalhadores para 
prestação de serviços, exclusivamente, aos seus integrantes, 
mediante documento registrado em cartório de títulos e 
documentos. 
 Matrícula coletiva – CEI deferido pelo INSS
 Pacto de solidariedade.
 Indicação de um gerente do consórcio.
 Regularização contrato de trabalho rural. Ex: boia-fria
 Cada consorciado tem sua propriedade.
 A responsabilidade dos membros do consórcio é solidária.
6) Dono da obra
- Entendimento majoritário na doutrina e jurisprudência é 
que o dono da obra que apenas está construindo ou 
reformando o imóvel, não é considerado empregador 
dos trabalhadores que prestam serviços para o 
empreiteiro contratadopara executar a obra. 
- O dono não tem intenção de lucro, assim o dono da obra 
não possui responsabilidade subsidiária ou solidária. 
- Faltam requisitos para configuração para configuração do 
trabalhador como empregado. 
- No entanto, se o dono da obra for construtora, ou outra 
empresa que está realizando a obra com objetivo de 
lucro possui responsabilidade subsidiária em relação ao 
empreiteiro e seus empregados. 
Subempreiteiro: 
CLT 
Art. 455 - Nos contratos de subempreitada responderá 
o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do
contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia, 
aos empregados, o direito de reclamação contra o 
empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas 
obrigações por parte do primeiro. 
Parágrafo único - Ao empreiteiro principal fica 
ressalvada, nos termos da lei civil, ação regressiva 
contra o subempreiteiro e a retenção de importâncias a 
este devidas, para a garantia das obrigações previstas 
neste artigo. 
Alterações na empresa e a 
Sucessão empresarial 
Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica 
da empresa não afetará os direitos adquiridos 
por seus empregados. 
Art. 448 - A mudança na propriedade ou na 
estrutura jurídica da empresa não afetará os 
contratos de trabalho dos respectivos 
empregados. 
Algumas operações/mudanças empresariais: 
- Transformação – operação pela qual uma empresa 
passa mudando de um tipo para outro. 
- Incorporação – operação pela qual uma ou mais 
sociedades são absorvidas por outras, que lhes 
sucede em todos os direitos e obrigações. 
- Fusão – união de 2 ou mais sociedades para 
formação de uma nova que lhes sucede em todos os 
direitos e obrigações. 
- Cisão – operação pela qual uma companhia transfere 
parte de seu patrimônio para outra(s) sociedade(s), 
extinguindo-se a sociedade cindida. 
Sucessão corresponde a modificação do sujeito empregador, 
mantendo-se o contrato de trabalho. 
Tem-se a sucessão: 
- Transferência total ou parcial da empresa ou estabelecimento; 
- Continuidade do empreendimento; 
- Continuidade da prestação de serviço. 
 Salvo alteração na razão social da empresa, não se faz necessário
novo registro na CTPS e ficha de registro do empregado.
 A empresa sucessora assume as obrigações trabalhista da empresa 
sucedida. 
 Na falência, o arrematante não assume as responsabilidades 
trabalhistas do falido, não havendo, pois, sucessão. 
* Sucessão por empresa pública e sociedade de economia mista e o
concurso público 
4 
Poder de direção 
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, 
individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da 
atividade econômica, admite, assalaria e dirige a 
prestação pessoal de serviço. 
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física 
que prestar serviços de natureza não eventual a 
empregador, sob a dependência deste e mediante 
salário. 
É decorrente da subordinação jurídica do 
empregado.
Divide-se em: Poder de organização, Poder de Controle e 
Poder disciplinar. 
- Poder de organização: é o poder que tem o 
empregador de definir e decidir sobre a forma de 
administração, atividade, constituição e regulamento 
interno. 
- Poder de controle: trata-se do poder de fiscalização e 
controle das tarefas dos empregados. 
Ex: exigir marcação de ponto, fazer revistas 
(moderadas), estabelecer regras para uso de internet, 
e-mails, exame toxicológico, etc. 
* Computador do empregador
* E-mail da empresa – mensagem é do empregador e 
não da empresa 
- Poder disciplinar: trata-se da possibilidade do 
empregador aplicar aos empregados penalidades 
devido à prática de alguma falta, buscando manter a 
ordem e disciplina na empresa. 
 As penalidades são: advertência, suspensão e despedido 
por justa causa. 
 Apenas o atleta profissional pode sofrer a penalidade 
da multa, conforme art. 15 da Lei 6.354/76).
 Não há gradação das penalidades, esta deve ser de
acordo com o ato cometido pelo empregado. 
Art. 474 - A suspensão do empregado por mais de 30 
(trinta) dias consecutivos importa na rescisão injusta do 
contrato de trabalho. 
Regulamento da empresa 
Não há disposição específica relativo ao 
regulamento da empresa, havendo algumas 
disposições genéricas. 
Art. 391 - Não constitui justo motivo para a rescisão 
do contrato de trabalho da mulher o fato de haver 
contraído matrimônio ou de encontrar-se em 
estado de gravidez. 
Parágrafo único - Não serão permitidos em 
regulamentos de qualquer natureza contratos 
coletivos ou individuais de trabalho, restrições ao 
direito da mulher ao seu emprego, por motivo de 
casamento ou de gravidez. 
Art. 144. O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem 
como o concedido em virtude de cláusula do contrato de 
trabalho, do regulamento da empresa, de convenção ou 
acordo coletivo, desde que não excedente de vinte dias do 
salário, não integrarão a remuneração do empregado para os 
efeitos da legislação do trabalho. 
 Regulamento interno, regulamento de trabalho,
regulamento de fábrica, regulamento de serviço, etc.
 Decorre do poder de direção do empregador para organizar 
a produção, o trabalho e para estabelecer as regras
disciplinares dentro da empresa.
 Escrito ou não.
 Independe de homologação, salvo se houver quadro
organizado em carreira (Súmula 6, I, TST).
 Validade – publicidade entre empregados (conhecimento).
 Interpretação restritiva.
Alteração de cláusula do regulamento 
Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das 
respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde 
que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob 
pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. 
Súmula nº 51 do TST 
NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO 
REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT (incorporada a Orientação 
Jurisprudencial nº 163 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 
25.04.2005 
I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens 
deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a 
revogação ou alteração do regulamento. (ex-Súmula nº 51 - RA 41/1973, 
DJ 14.06.1973) 
II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção 
do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do 
sistema do outro. (ex-OJ nº 163 da SBDI-1 - inserida em 26.03.1999)

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