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Auditoria Regular – Teoria e Exercícios 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 03 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 1
Introdução . ...................................................................................... 01 
Planejamento de auditoria ................................................................... 02 
Evidências e teste de auditoria . ........................................................... 25 
Procedimentos técnicos de auditoria . .................................................... 45 
Amostragem . .................................................................................... 59 
Lista de questões . ............................................................................. 91 
Bibliografia ...................................................................................... 115 
Introdução 
Prezado Aluno, 
Bem vindo à terceira aula do Curso Regular de Auditoria Contábil – Teoria e 
Exercícios. 
Seguindo o cronograma inicialmente proposto, veremos hoje os seguintes 
assuntos: 
• Planejamento de auditoria; 
• Evidências e teste de auditoria; 
• Procedimentos de auditoria; e 
• Amostragem. 
Como de costume, colocaremos as questões discutidas durante a aula no final 
do arquivo, caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os 
comentários. 
Não esqueça, participe do Fórum de dúvidas, que é um dos diferenciais do 
Ponto. Lá você poderá tirar suas dúvidas, auxiliar outras pessoas e nos ajudar 
no aprimoramento dos nossos cursos. 
 
 
Auditoria Regular – Teoria e Exercícios 
Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff 
Aula 03 
Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 2
Planejamento de auditoria. 
Vamos iniciar nossa aula falando de um dos tópicos mais recorrentes em 
provas de concurso: planejamento de Auditoria. Em quase todas as provas, 
pelo menos uma questão é cobrada sobre esse assunto, portanto, pedimos que 
preste bastante atenção, pois verá que são questões fáceis e queremos que 
“mate-as sem piedade” na hora H, OK? 
Vamos lá... 
Iniciaremos nossa discussão descrevendo como é o trabalho de um auditor. De 
uma forma geral, é possível estruturá-lo em três grandes etapas: 
planejamento – execução – relatório. 
 
O planejamento é a etapa inicial da auditoria. 
Nesse momento, o auditor “pensa o seu trabalho”, identificando quais são seus 
objetivos e definindo os detalhes que conduzirão os trabalhos (cronograma, 
procedimentos, riscos envolvidos etc.). Nessa etapa, é traçada a estratégia 
geral dos trabalhos a executar na entidade, definindo a natureza, a 
oportunidade e a extensão dos exames, de modo que seja possível 
desempenhar uma auditoria eficaz. 
Apesar da forma como foi ilustrada a fase de planejamento na figura acima, é 
importante destacar que o planejamento não é uma fase isolada da 
auditoria, mas um processo contínuo e iterativo. 
Em auditorias independentes das demonstrações contábeis, por exemplo, esse 
processo, muitas vezes, começa logo após a conclusão da auditoria anterior 
(ou durante a contratação da auditoria), continuando até a conclusão do 
trabalho de auditoria atual. 
Já em auditorias governamentais conduzidas pelo TCU, por exemplo, o 
processo de planejamento começa mesmo antes dos primeiros contatos com a 
entidade auditada, com estudos e pesquisas conduzidos ainda dentro do órgão 
pela equipe de auditoria. Mesmo durante a execução dos trabalhos de campo, 
o planejamento pode ser revisto caso ocorram situações que assim o exija. 
 
 
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Muita atenção para esse ponto, pois é uma pegadinha clássica das bancas. 
Portanto, uma questão que afirma que o planejamento se encerra junto com o 
início dos trabalhos de campo do auditor está errada! Lembre sempre que o 
planejamento de auditoria é um processo contínuo que começa já nos 
primeiros contatos do auditor com a empresa e só se encerra com a emissão 
do seu relatório1. 
O planejamento de auditoria está regulamentado pela Resolução CFC 1.211/09 
(NBC TA 300)2. 
Bom... nesse momento muitos alunos vão perguntar: “Professor, as regras 
novas mudaram muita coisa em relação ao planejamento?” 
A resposta, nesse caso, felizmente, é não. 
A essência das orientações para essa fase de auditoria continua a mesma. 
Ou seja, a lógica continua a mesma... Assim, um planejamento adequado é 
benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis, pois auxilia o auditor a 
dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria, a identificar e 
resolver tempestivamente problemas, a organizar adequadamente o trabalho, 
e a selecionar os membros da equipe de trabalho. Além disso, um bom 
planejamento é peça chave para facilitar a supervisão e revisão dos trabalhos 
da equipe de auditoria, bem como auxiliar, se for o caso, na coordenação do 
trabalho realizado por outros auditores e especialistas. 
Contudo, há um detalhe que veio com as novas normas que vale à pena ser 
destacado. De acordo com a NBC TA 300, o planejamento de auditoria envolve 
a definição de duas grandes fases: 
• a estratégia global para o trabalho; e 
• o plano de auditoria. 
O auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que defina o 
alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do 
plano de auditoria, devendo: 
(a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance; 
(b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a 
época da auditoria e a natureza das comunicações requeridas; 
(c) considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são 
significativos para orientar os esforços da equipe do trabalho; 
 
1 Por falar nisso, não se esqueça de que, pelas novas normas de auditoria, a opinião do auditor independente é expressa 
em um “relatório” e, não mais em um “parecer”. 
2 Anteriormente, o planejamento de auditoria estava regrado pela Resolução CFC 1.035/05 (NBC T 11.4). Essa norma 
foi expressamente revogada pela Resolução CFC 1.203/09 (NBC TA 200). 
 
 
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(d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de 
auditoria e, quando aplicável, se é relevante o conhecimento obtido 
em outros trabalhos realizados; e 
(e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos 
necessários para realizar o trabalho. 
Em outras palavras, o auditor deve estabelecer uma estratégia capaz de 
orientá-lo, de norteá-lo, no desenvolvimento de um plano de auditoria. Esse 
plano (também chamado de programa de auditoria) é a descrição detalhada 
dos passos que deverá seguir durante a execução dos trabalhos e deve conter 
a descrição de: 
(a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de 
avaliação de risco, por meio do entendimento da entidade e de seu 
ambiente, assim como dos procedimentos adicionais de auditoria 
planejados no nível de afirmação; e 
(b) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para 
que o trabalho esteja em conformidade com as normas de 
auditoria. 
Dessa forma, o plano de auditoria é mais detalhado que a estratégia 
global visto que inclui a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de 
auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de trabalho. 
Em suma, primeiro o auditor traça o norte que pretende seguir, as premissas 
básicas que embasaram oseu planejamento (=estratégia global) e, 
posteriormente, define o passo-a-passo dos trabalhos que serão realizados 
(=plano de auditoria). 
O planejamento dos procedimentos de auditoria ocorre no decurso da 
auditoria, à medida que o plano de auditoria para o trabalho é desenvolvido. 
Por exemplo, o planejamento dos procedimentos de avaliação de riscos ocorre 
na fase inicial de auditoria. Entretanto, o planejamento da natureza, da época 
e da extensão de procedimentos específicos adicionais de auditoria depende do 
resultado dessa avaliação de riscos. 
É importante destacar que o auditor deve atualizar e alterar a estratégia 
global e o plano de auditoria sempre que necessário no curso da 
auditoria. Não esqueça que este é um processo iterativo, dinâmico. 
Em decorrência de imprevistos ou mudanças nas condições, o auditor pode ter 
que modificar a estratégia global e o plano de auditoria e, portanto, a 
natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados. 
A estratégia e os programas de auditoria devem ser revisados 
permanentemente, como forma de o auditor independente avaliar as 
 
 
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modificações nas circunstâncias e os seus reflexos nos procedimentos de 
auditoria a serem aplicados. Ou seja, o planejamento não é algo estático ou 
imutável, ele pode evoluir ao longo da execução dos trabalhos, de forma a 
permitir que auditora atinja seus objetivos com eficácia e eficiência. 
Todos os membros-chave da equipe de trabalho devem ser envolvidos 
no planejamento da auditoria, incorporando suas experiências e seus 
pontos de vista, otimizando, assim, a eficácia e a eficiência do processo. 
Em outras palavras, trata-se de um processo construído por várias pessoas, 
um membro de equipe que já executou trabalho na instituição pode trazer 
informações preciosas sobre as peculiaridades dos controles internos da 
entidade, já um membro com grande experiência em coordenar equipes pode 
contribuir no planejamento da divisão dos trabalhos. 
Além disso, o auditor pode optar por discutir esses elementos do 
planejamento com a administração da entidade, contudo, deve-se atentar 
para não comprometer a eficácia dessa auditoria. 
Por exemplo, a discussão com a administração da natureza e da época de 
procedimentos detalhados pode tornar tais procedimentos demasiadamente 
previsíveis (o auditor não pode também “entregar o ouro”). 
De qualquer forma, independente de quem for envolvido na construção do 
planejamento, a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria 
sempre serão responsabilidade do auditor. 
Finalmente, queremos ressaltar que todas as informações obtidas para fins de 
planejamento devem compor a documentação comprobatória (=papéis de 
trabalho) de que o auditor executou as etapas previstas nas normas de 
auditoria. Assim, o auditor deve documentar a estratégia global de auditoria, o 
plano de auditoria e as eventuais alterações significativas ocorridas, e as 
razões dessas alterações. 
Vamos ver como esse assunto costuma ser cobrado: 
01. (FCC / Analista - APOFP / 2010) NÃO é objetivo de um programa de 
auditoria: 
(A) estimar o tempo necessário para realização da auditoria. 
(B) traçar o roteiro de execução de um ponto de auditoria. 
(C) conduzir o auditor na aplicação dos procedimentos técnicos de auditoria. 
(D) propiciar o controle e progresso a ser alcançado no decorrer da execução 
das tarefas de auditoria. 
(E) evitar que alguma tarefa de auditoria deixe de ser executada. 
Resolução: 
 
 
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O programa ou plano de auditoria consiste no detalhamento do planejamento 
do auditor. Vimos que os itens “B”, “C”, “D” e “E”, envolvem elementos desse 
tipo de plano detalhado. 
Já, o item “A” (estimar o tempo necessário para realização da auditoria) faz 
parte da estratégia global do planejamento e não do programa de auditoria. 
Portanto, o gabarito é a letra “A”. 
02. (FGV / ICMS-RJ / 2010) Com relação ao planejamento e execução da 
auditoria de demonstrações contábeis, analise as afirmativas a seguir. 
I. O auditor deve adotar julgamento profissional quanto à natureza, à época e 
à extensão dos procedimentos aplicados para o cumprimento das exigências 
das normas e a coleta de evidências. 
II. O auditor deve avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e 
apropriada e se algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os 
objetivos das normas e, com isso, os objetivos gerais do auditor. 
III. O auditor deve extrair conclusões baseadas nas evidências obtidas, por 
exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela 
administração na elaboração das demonstrações contábeis. 
Assinale: 
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) se somente a afirmativa II estiver correta. 
(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Resolução: 
A NBC TA 300 (Resolução CFC nº 1.211/09), que trata do planejamento de 
auditoria, e a NBC TA 500 (Resolução CFC nº 1.217/09), que trata das 
evidências da auditoria (calma, veremos esse assunto com detalhes mais 
adiante), respondem todos os itens acima. 
I. Certo, a definição do tipo (natureza), do quando (época) e do quanto 
(extensão) de procedimentos faz parte do julgamento profissional do auditor. 
II. Certo, evidências suficientes e apropriadas são necessárias para 
fundamentar a conclusão do auditor. 
III. Certo, a avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela 
administração são evidências de auditoria. 
 
 
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Portanto, todos os itens estão corretos, gabarito letra “E”. 
03. (FGV / ICMS-RJ / 2010) Nas atividades de planejamento o auditor deve 
estabelecer uma estratégia global definindo o alcance, a época e a direção 
para o desenvolvimento do plano de auditoria. 
A respeito do planejamento da auditoria, assinale a afirmativa incorreta. 
(A) O auditor deve identificar as características do trabalho para definir o seu 
alcance, bem como definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a 
planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações requeridas. 
(B) O auditor deve considerar os fatores que no seu julgamento profissional 
são significativos para orientar os esforços da equipe do trabalho e determinar 
a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o 
trabalho. 
(C) O auditor deve considerar os resultados das atividades preliminares do 
trabalho de auditoria e, quando for o caso, a relevância do conhecimento 
obtido em outros trabalhos. 
(D) O auditor deve desenvolver o plano de auditoria e nele deve incluir a 
descrição da natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de 
avaliação de risco. 
(E) O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global e o plano de auditoria, 
para definir o tipo de técnica e os procedimentos aplicáveis na revisão do seu 
trabalho. 
Resolução: 
Segundo a NBC TA 300 (Resolução CFC nº 1.211/09), o auditor deve atualizar 
e alterar a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria sempre que 
necessário no curso da auditoria e não para definir o tipo de técnica e os 
procedimentos aplicáveis na revisão do seu trabalho. 
Em decorrência de imprevistos,mudanças nas condições ou na evidência de 
auditoria obtida na aplicação de procedimentos de auditoria, o auditor pode ter 
que modificar a estratégia global e o plano de auditoria. 
Logo, o item “E” está errado e, portanto, é o gabarito. 
04. (CESPE/Auditor – UNIPAMPA/2009) O planejamento da auditoria 
deve estar completado antes do início dos trabalhos. Entre os aspectos a 
serem previamente definidos, salientam-se o momento e o período e execução 
de cada atividade, os locais de sua realização e os profissionais e auxiliares 
necessários à consecução das tarefas selecionadas. 
Resolução: 
 
 
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Essa questão é bem interessante, pois confunde muita gente. Veja só... 
O planejamento de auditoria deve ser completado antes do início dos 
trabalhos. Ora, antes de ir a campo, é importante já saber o que deve ser feito 
e que passos serão seguidos. 
Isso, no entanto, não quer dizer que o planejamento “morre” no início dos 
trabalhos de campo, pois, como vimos, ele é um processo dinâmico que deve 
ser constantemente atualizado sempre que surgirem fatos novos. 
Portanto, a assertiva está correta, ao afirmar que o planejamento da auditoria 
deve estar completado antes do início dos trabalhos. 
No mais, também está correto afirmar que, entre outros objetivos, o 
planejamento também visa definir o momento e o período e execução de cada 
atividade, os locais de sua realização e os profissionais e auxiliares necessários 
à consecução das tarefas selecionadas. Portanto, a questão está certa. 
05. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – Sefaz SP/2006) – ADAPTADA – O 
planejamento dos trabalhos de auditoria pressupõe adequado nível de 
conhecimento sobre o ramo de atividade, negócios e práticas operacionais da 
entidade. 
Resolução: 
A questão está correta, pois para executar um planejamento eficiente, o 
conhecimento das atividades da entidade e das suas características 
operacionais é fundamental. 
06. (CESPE/Analista Judiciário: Administrativa-Contabilidade – 
STF/2008) Sempre que novos fatos recomendarem, o planejamento e os 
programas de trabalho devem ser revisados e atualizados. 
Resolução: 
Essa também é bem fácil, não é mesmo? 
Vimos que o planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um 
processo contínuo e iterativo. Portanto, sempre que novos fatos 
recomendarem, o planejamento deve ser revisado e atualizado. 
07. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2009) – ADAPTADA – A 
Resolução CFC n.º 1211/09 relaciona os principais objetivos do planejamento 
 
 
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da auditoria. Assinale a alternativa que não compreenda um objetivo do 
planejamento. 
(A) Propiciar a coordenação do trabalho a ser efetuado por outros auditores 
independentes e especialistas. 
(B) Propiciar o cumprimento dos serviços contratados com a entidade dentro 
dos prazos e compromissos previamente estabelecidos. 
(C) Assegurar que as áreas importantes da entidade e os valores relevantes 
contidos em suas demonstrações contábeis recebam a atenção requerida. 
(D) Estabelecer a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames a serem 
efetuados, em consonância com os termos constantes na sua proposta de 
serviços para a realização do trabalho. 
(E) Obter conhecimento das atividades da entidade, para identificar eventos e 
transações irrelevantes que afetem as demonstrações contábeis. 
Resolução: 
O enunciado pergunta o que não é objetivo de Auditoria. Caro aluno, vamos 
resolver outras questões no mesmo formato, mas você vai ver que geralmente 
a resposta para esse tipo de pergunta é muito direta e intuitiva. 
O que temos que ter sempre em mente é: o que se espera de um 
planejamento? 
Vamos analisar os itens: 
(A) Propiciar a coordenação do trabalho a ser efetuado por outros auditores 
independentes e especialistas. 
(B) Propiciar o cumprimento dos serviços contratados com a entidade dentro 
dos prazos e compromissos previamente estabelecidos. 
(C) Assegurar que as áreas importantes da entidade e os valores relevantes 
contidos em suas demonstrações contábeis recebam a atenção requerida. 
(D) Estabelecer a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames a serem 
efetuados, em consonância com os termos constantes na sua proposta de 
serviços para a realização do trabalho. 
Leia com calma os itens (A) a (D) e pense junto conosco... 
Não há dúvidas de que um planejamento objetiva facilitar a coordenação dos 
trabalhos de todos os envolvidos (equipe, outros auditores, auditores internos 
e especialistas), garantir que o serviço contratado vai ser cumprido dentro do 
prazo, assegurar que aquilo que é importante será abrangido, bem como 
definir o que fazer (natureza), quando fazer (oportunidade) e quanto fazer 
(extensão). 
 
 
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Vejamos agora o item (E). 
(E) Obter conhecimento das atividades da entidade, para identificar eventos e 
transações irrelevantes que afetem as demonstrações contábeis. 
Ora, conhecer as atividades da entidade para identificar eventos e transações 
irrelevantescertamente não é objetivo de um planejamento de auditoria. 
Portanto, esse é o gabarito da questão. 
Aproveitando a oportunidade, nunca se esqueça de tomar bastante cuidado 
com esse tipo de expressão: “irrelevante”. Como regra, o que é irrelevante não 
faz parte da auditoria. Sempre que vir essa expressão em algum item, tome 
cuidado redobrado, OK? 
Outra coisa, alguns alunos podem pensar: “Ah... isso é tão intuitivo que nem 
vale à pena ler a norma!” 
Por favor, não faça isso! Bancas como a FGV, infelizmente, tendem a ser muito 
literal, mudam uma palavrinha de um item e o torna errado. Portanto, 
aconselhamos fortemente que leia a NBC TA 300 com bastante cuidado. 
08. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças 
Públicas/2008) O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes 
na execução dos trabalhos, à exceção de um. Assinale-o. 
(A) O conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade e 
as alterações procedidas em relação ao exercício anterior. 
(B) O conhecimento detalhado do sistema contábil e de controles internos da 
entidade e seu grau de confiabilidade. 
(C) Os riscos de auditoria e identificação das áreas importantes da entidade, 
quer pelo volume de transações, quer pela complexidade de suas atividades. 
(D) A natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria a 
serem aplicados. 
(E) A inexistência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas. 
Resolução: 
Essa questão é muito parecida com a anterior. Se tivermos claro o que é um 
planejamento de auditoria, fica fácil achar a resposta. Veja só... 
Mais uma vez, leia com calma os itens “A” a “D” e se pergunte se esses fatores 
são relevantes para uma auditoria. 
Ora, conhecer as práticas contábeis adotadas pela entidade e as alterações que 
ocorreram com elas, conhecer o sistema de controle interno e a sua 
 
 
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confiabilidade, entender quais são e onde estão os riscos de auditoria, bem 
como definir os procedimentos (quais, onde e quanto) que serão aplicados é 
essencialpara o planejamento, concorda? 
Agora, mais uma vez observe o item “E”. 
(E) A inexistência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas. 
O auditor quer saber se existem entidades relacionadas e não o contrário. Pois 
é isso que pode influenciar seu planejamento e seus futuros procedimentos. 
Fácil, não? Gabarito, letra “E”. 
09. (FGV/Senado Federal – Analista Legislativo: Contabilidade/2008) 
No planejamento da auditoria devem ser considerados os aspectos 
relacionados nas alternativas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a. 
(A) fatores econômicos 
(B) legislação aplicável 
(C) localização das unidades regionais 
(D) práticas operacionais da entidade 
(E) competência da administração 
Resolução: 
A questão pergunta o que não deve ser considerado em um planejamento de 
auditoria. 
Veja os itens “A”, “B”, “D” e “E”, de fato, conhecer os fatores econômicos, a 
legislação aplicável, as práticas operacionais e a competência da administração 
da entidade afeta o planejamento, pois são informações que podem influenciar 
nos testes e procedimentos a serem executados pelo auditor. 
Fica então a pergunta: “E conhecer a localização das regionais da entidade é 
importante para o planejamento?” Em nossa opinião é... 
Por exemplo, acompanhar inventários em regionais espalhadas pelo Brasil é 
bem diferente de fazer esse processo em uma unidade central. O primeiro 
exige mais tempo, mais recursos financeiros e humanos. Portanto, saber a 
localização das regionais da entidade auditada é importante para o 
planejamento. 
E por que esse item foi considerado como certo (ou seja, não relacionado ao 
planejamento)? 
 
 
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Simplesmente, porque não estava expresso na norma (na época, a 
norma vigente ainda era a NBC T 11.4). 
Caro aluno, gostaríamos de poder dizer que as Bancas não vão mais se portar 
dessa forma, mas, infelizmente, não podemos. O melhor que podemos fazer é 
ensiná-lo a depender o mínimo possível da norma para entender a matéria, 
contudo, estudá-la é fundamental (principalmente para Bancas como a FGV). 
Agora, temos que pensar pelo lado positivo. As novas normas não repetem os 
exemplos e situações da norma antiga, ela é muito mais conceitual e aberta o 
que dificulta esse tipo de pegadinha (muito mal feita, diga-se de passagem). 
Você verá, na leitura da NBC TA 300, que não há uma série de objetivos e/ou 
aspectos de planejamento listados para serem decorados, como ocorria na 
norma antiga. Gabarito letra “C”. 
10. (ESAF/TCE-GO – Auditor/2007) Todas as opções abaixo são 
importantes recomendações acerca do planejamento da auditoria, exceto uma. 
Aponte a única opção falsa. 
(A) O planejamento e os programas de trabalho não devem ser revisados 
mesmo que novos fatos o recomendarem. 
(B) O programa de auditoria deve ser detalhado de forma a servir como guia e 
meio de controle do progresso dos trabalhos. 
(C) O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre o ramo 
de atividade, negócios e práticas operacionais da entidade. 
(D) O auditor deve documentar seu planejamento geral e preparar programa 
de trabalho por escrito, detalhando o que for necessário à compreensão dos 
procedimentos que serão aplicados. 
(E) O planejamento da auditoria, quando incluir a designação de equipe 
técnica, deve prever a orientação e supervisão do auditor, que assumirá total 
responsabilidade pelos trabalhos executados. 
Resolução: 
Vamos, agora, responder cada um dos itens da questão. 
Item A: errado. 
O planejamento e os programas de trabalho devem ser revisados mesmo que 
novos fatos o recomendarem. 
Item B: correto. 
É exatamente isso. O programa de auditoria deve ser detalhado de forma a 
servir como guia, como roteiro para execução dos trabalhos do auditor e da 
sua equipe. 
 
 
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Não esqueça que o plano de auditoria (programa de auditoria) é o 
detalhamento, é a operacionalização da estratégia global definida para os 
trabalhos. 
Além disso, serve com meio de controle do progresso dos trabalhos e para 
supervisão e controle de qualidade. 
Item C: correto. 
O auditor deve buscar conhecer a entidade auditada para ser capaz de 
estabelecer uma estratégia de trabalhos eficiente que lhe permita obter 
sucesso na auditoria. 
Item D: correto. 
Todas as informações obtidas para fins de planejamento devem compor a 
documentação comprobatória de que o auditor executou as etapas previstas 
nas normas de auditoria. 
Item E: correto. 
O auditor independente assume total responsabilidade pelos trabalhos 
desenvolvidos pela sua equipe, em qualquer fase da auditoria. 
Portanto, gabarito letra “A”. 
11. (ESAF/AFC/área: Auditoria e Fiscalização/CGU/2006) Como 
objetivo do Planejamento da Auditoria não se pode incluir: 
a) obter conhecimento das atividades da entidade, para identificar eventos e 
transações relevantes que afetem as Demonstrações Contábeis. 
b) propiciar o cumprimento dos serviços contratados com a entidade dentro 
dos prazos e compromissos previamente estabelecidos. 
c) assegurar que as áreas importantes da entidade e os valores relevantes 
contidos em suas demonstrações contábeis recebam a atenção requerida. 
d) identificar meios para aumento dos lucros da entidade. 
e) identificar a legislação aplicável à entidade. 
Resolução: 
As Letras “A”, “B”, “C” e “E” são cópias literais de objetivos do planeja-
mento, dispostos na revogada NBC T 11.4. 
Como você já sabe, referida Resolução foi substituída pela NBC TA 300, que 
dispõe que um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das 
demonstrações contábeis de várias maneiras, inclusive para: 
• auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da 
auditoria; 
 
 
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• auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas 
potenciais; 
• auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria 
para que seja realizado de forma eficaz e eficiente; 
• auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis 
apropriados de capacidade e competência para responderem aos riscos 
esperados e na alocação apropriada de tarefas; 
• facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e a 
revisão do seu trabalho; 
• auxiliar, se for o caso, na coordenação do trabalho realizado por outros 
auditores e especialistas. 
Veja que independentemente da ótica sob a qual analisamos a questão, seja 
da norma revogada, seja da norma em vigor, podemos afirmar que das 
assertivas apresentadas, a única que não corresponde a um objetivo do 
planejamento ou plano de auditoria é a letra “D”, pois, identificar meios para 
aumento dos lucros da entidade não é uma questão de auditoria e sim de 
consultoria. 
12. (ESAF/Contador/MPOG/ENAP/2006) No processo de planejamento de 
auditoria, pode-se afirmar que o auditor não deve 
a) avaliar o nível geral da atividade econômica na área em que a empresa 
esteja atuando e os fatores econômicos que podem afetar o seu negócio. 
b) ter conhecimento prévio das informações que a entidade tenha que prestar 
ou informar a terceiros. 
c) conhecer as modalidades de inventários físicos e financeiros e a 
periodicidade que são realizados. 
d) analisar as formas de relacionamentos com empresas coligadase 
controladas ou a existência de outras partes relacionadas. 
e) restringir as avaliações e os testes a serem aplicados à quantidade de horas 
planejadas ou contratadas. 
Resolução: 
As assertivas “A” a “D” trazem afirmações que auxiliam o auditor a entender a 
entidade e seu ambiente, portanto, úteis ao planejamento de auditoria. 
Já, a assertiva “E” representa uma afirmação que não deve ocorrer no 
planejamento, pois, ele deve ser alterado sempre que necessário no curso da 
auditoria. 
 
 
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Assim, o auditor não deve restringir as avaliações e os testes a serem 
aplicadas em virtude de uma quantidade ‘X’ de horas planejadas ou 
contratadas, ao contrário, essas horas é que devem ser recalculadas de acordo 
com a nova necessidade. 
13. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – Sefaz SP/2006) Analise as 
proposições a seguir, relativas ao planejamento dos trabalhos de auditoria: 
I. Pressupõe adequado nível de conhecimento sobre o ramo de atividade, 
negócios e práticas operacionais da entidade. 
II. Deve considerar a natureza, a oportunidade e a extensão dos 
procedimentos a serem aplicados na entidade. 
III. Quando incluir a designação de equipe técnica, esta dividirá a 
responsabilidade pelos trabalhos a serem executados com o auditor. 
IV. Uma vez estabelecidos, os programas de trabalho são imutáveis, a menos 
que a administração da entidade concorde com sua revisão e atualização. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I e II. 
(B) I, II e III. 
(C) II e III. 
(D) II e IV. 
(E) III e IV. 
Resolução: 
I – correto. 
Para executar um planejamento eficiente, o conhecimento das atividades da 
entidade e das suas características operacionais é fundamental. 
II – correto. 
Também falamos que o auditor, já no planejamento, deve ter uma boa ideia 
sobre que procedimentos serão aplicados, quando e em que medida. Ou seja, 
deve definir a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de 
auditoria. 
III – errado. 
A responsabilidade do auditor não é dividida com a equipe técnica (o auditor 
assume total responsabilidade pelos trabalhos desenvolvidos pela equipe de 
auditoria). 
IV – errado. 
O planejamento e os programas de trabalho não são imutáveis. Pelo contrário, 
são dinâmicos e devem ser revisados permanentemente. 
 
 
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Portanto, gabarito letra “A”. 
14. (FCC/Inspetor de Controle Externo – TCE MG/2007) O auditor está 
elaborando seu planejamento de auditoria para a empresa NovaData S.A, 
cliente novo da carteira. Em seu planejamento inclui: 
I. Ter conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade e 
seu grau de confiabilidade. 
II. Identificar a existência de entidades associadas, filiais e partes 
relacionadas. 
III. A forma de utilização dos trabalhos de outros auditores independentes, 
especialistas e auditores internos. 
Está correto o que se afirma em 
(A) I, apenas. 
(B) II, apenas. 
(C) I e II, apenas. 
(D) II e III, apenas. 
(E) I, II e III. 
Resolução: 
O enunciado pergunta o que não é objetivo do planejamento de auditoria. 
Temos que ter sempre em mente é: o que se espera de um planejamento? 
Vamos analisar os itens: 
I. Ter conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade e 
seu grau de confiabilidade; 
O auditor precisa conhecer as práticas contábeis adotadas na entidade, afinal 
de contas, ele vai emitir uma opinião sobre as demonstrações contábeis. 
Além disso, saber se essas práticas são confiáveis também é fundamental para 
planejar os trabalhos, não acha? Com certeza, se houver dúvidas sobre esse 
último item, o auditor vai precisar redimensionar seus trabalhos, pois as 
probabilidades de ocorrerem distorções relevantes serão diferentes. 
II. Identificar a existência de entidades associadas, filiais e partes 
relacionadas. 
Também parece lógico que essa é uma informação importante no 
planejamento, pois sabemos que a existência de entidades associadas, 
 
 
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controladas, filiais, partes relacionadas etc. pode causar impacto na 
contabilidade e nas demonstrações contábeis da entidade. 
III. A forma de utilização dos trabalhos de outros auditores independentes, 
especialistas e auditores internos. 
A eventual utilização de trabalhos de outros auditores independentes, 
auditores internos e especialistas, provavelmente, impacta o trabalho que será 
executado e os seus resultados. 
Portanto, todos os itens estão certos e a resposta correta é a letra “E”. 
15. (FCC/Auditor Tributário – Sefin Jaboatão dos Guararapes/2006) – 
ADAPTADA – O planejamento completo da auditoria externa engloba 
(A) o período em que a empresa será auditada e as informações obtidas após 
o fechamento do contrato ou a aceitação da proposta. 
(B) o momento em que as auditorias serão realizadas até o término do 
trabalho, compreendendo da data da assinatura do contrato até o 
encerramento dos trabalhos na empresa. 
(C) desde a fase de avaliação para a contratação dos serviços, no primeiro 
contato com o cliente, envolvendo todo o processo de auditoria, até a 
finalização dos trabalhos e emissão do relatório de auditoria. 
(D) a fase preliminar da auditoria após a assinatura do contrato, onde são 
definidos os procedimentos a serem aplicados, as horas a serem aplicadas ao 
trabalho e as pessoas a serem utilizadas. 
(E) somente os procedimentos a serem realizados para confirmação das 
demonstrações contábeis, bem como o parecer a ser emitido. 
Resolução: 
Vimos que o planejamento é um processo que se inicia nos primórdios 
dos trabalhos, nos primeiros contatos com o cliente, logo após a 
conclusão da auditoria anterior (ou durante a contratação da 
auditoria), continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual. 
Ou seja, é uma fase que começa, muitas vezes, antes da contratação dos 
serviços do auditor. Dessa forma, os itens “A”, “B” e “D”, que afirmam que o 
planejamento começa após a assinatura do contrato estão errados. 
O item “E”, ao afirmar que engloba apenas os procedimentos para confirmação 
das demonstrações contábeis e o parecer a ser emitido, também restringe o 
escopo do planejamento que, como vimos, nasce antes de se iniciar qualquer 
trabalho de campo. 
 
 
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Por fim, o item “C” é o que traz a definição mais completa da abrangência do 
Planejamento de Auditoria: desde a fase de avaliação para a contratação dos 
serviços, perpassando todo o processo de auditoria, até a emissão da opinião 
do auditor. 
16. (FCC/Analista: Ciências Contábeis – MPE/2006) O auditor 
independente, ao planejar a auditoria, deve considerar, enquanto informações 
e condições: 
(A) É dispensável o conhecimento do sistema contábil quando a entidade 
possuir sistema de controle interno eficiente. 
(B) A obsolescência de estoques e imobilizações não é base para identificar 
riscos que possam afetar a continuidade operacional da entidade. 
(C) A alteração das práticas contábeis não pode determinar modificações na 
comparabilidade das Demonstrações Contábeis. 
(D) Políticas monetária, fiscal, cambiale tarifas para importação e exportação. 
(E) A complexidade das transações de uma entidade não é fator relevante para 
determinar o grau de dificuldade da auditoria. 
Resolução: 
Vamos analisar cada um dos itens à luz do que já discutimos sobre 
planejamento, lembrando que o objetivo desse processo é definir uma 
estratégia global para os trabalhos e um plano de auditoria detalhado capaz de 
guiar a equipe na execução da auditoria. 
Item (A): errado 
O conhecimento do sistema contábil e de controle interno não é dispensável, 
em nenhuma hipótese. 
Entender como os controles internos de uma instituição estão organizados, ou 
seja, como funcionam os mecanismos que asseguram o cumprimento dos 
objetivos da entidade, é essencial para orientar o trabalho do auditor. 
Além disso, como o auditor vai saber se os controles internos são eficientes se 
não os conhece? Fica difícil, não é mesmo? 
Item (B): errado 
Estoques e imobilizações obsoletos constituem um risco significativo para as 
organizações e o conhecimento desse fato é importante para o planejamento 
de auditoria. 
Item (C): errado 
É evidente que a alteração nas práticas contábeis influencia diretamente as 
demonstrações contábeis e, logo, deve ser observada no planejamento. 
 
 
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Item (D): certo 
Realmente, entender políticas monetária, fiscal, cambial e tarifas para 
importação e exportação é importante em um planejamento, pois são 
características que afetam a operação, as finanças e a contabilidade 
empresarial. 
Item (E): errado 
A complexidade das transações é muito importante para determinar a 
dificuldade de uma auditoria. 
Por exemplo, analisar uma empresa petroquímica, que tem um processo 
produtivo complexo, com vários produtos e matérias primas, envolvendo 
diferentes fornecedores e clientes, é bem mais difícil que analisar uma 
barraquinha de cachorro quente, não acha? 
Caro aluno, você está vendo como essas questões de planejamento são 
simples? Portanto, vamos garantir que acertaremos na hora da prova! 
Gabarito, letra “D”. 
Planejamento de auditoria inicial 
Vamos, agora, tratar do planejamento em uma situação específica: a 
auditoria inicial. 
Ou seja, nos casos em que as Demonstrações Contábeis do exercício anterior 
não foram auditadas pelo auditor (tenham sido examinadas por outro auditor 
ou quando a empresa simplesmente não foi auditada no ano anterior). 
A finalidade e o objetivo do planejamento da auditoria não mudam caso a 
auditoria seja inicial ou em trabalho recorrente, a lógica por trás do trabalho 
continua a mesma. Entretanto, no caso de auditoria inicial, o auditor pode ter a 
necessidade de estender as atividades de planejamento por falta da 
experiência anterior. 
De acordo com a NBC TA 300, para a auditoria inicial, o auditor pode 
considerar os seguintes temas adicionais na definição da estratégia global e do 
plano de auditoria: 
• exceto se for proibido por lei ou norma, manter contato com o auditor 
antecessor, para conduzir a revisão de seus papéis de trabalho; 
• os procedimentos de auditoria necessários para obter evidência de 
auditoria suficiente e apropriada se: 
 
 
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o os saldos iniciais contêm distorções que afetam de forma 
relevante as demonstrações contábeis do período corrente; e 
o as políticas contábeis apropriadas refletidas nos saldos iniciais 
foram aplicadas de maneira uniforme nas demonstrações 
contábeis do período corrente, ou as mudanças nessas políticas 
contábeis estão devidamente registradas e adequadamente 
apresentadas e divulgadas de acordo com a estrutura de 
relatório financeiro aplicável; 
• quaisquer assuntos importantes discutidos com a administração e 
relacionados à escolha do auditor, a comunicação desses temas aos 
responsáveis pela governança e como eles afetam a estratégia global 
de auditoria e o plano de auditoria; 
• outros procedimentos exigidos pelo sistema de controle de qualidade 
da firma de auditoria para trabalhos de auditoria inicial (por exemplo, 
esse sistema pode exigir o envolvimento de outro sócio ou profissional 
experiente para a revisão da estratégia global de auditoria antes de 
iniciar procedimentos de auditoria significativos ou de revisão dos 
relatórios antes da sua emissão). 
A norma antiga (NBC T 11.4) também tratava desse assunto, contudo, era um 
pouco mais específica e trazia que: 
“11.4.1.10. Quando for realizada uma auditoria, pela primeira vez, 
na entidade, ou quando as Demonstrações Contábeis do exercício 
anterior tenham sido examinadas por outro auditor, o 
planejamento deve contemplar, também, os seguintes 
procedimentos: 
a) obtenção de evidências suficientes de que os saldos de abertura 
do exercício não contenham representações errôneas ou 
inconsistentes que, de alguma maneira, distorçam as 
Demonstrações Contábeis do exercício atual; 
b) exame da adequação dos saldos de encerramento do exercício 
anterior com os saldos de abertura do exercício atual; 
c) verificação se as práticas contábeis adotadas no atual exercício 
são uniformes com as adotadas no exercício anterior; 
d) identificação de fatos relevantes que possam afetar as 
atividades da entidade e sua situação patrimonial e financeira; e 
e) identificação de relevantes eventos subsequentes ao exercício 
anterior, revelados ou não-revelados. 
(...) 
 
 
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11.4.5.2. Assim sendo, nessas circunstâncias, o auditor 
independente deve incluir no planejamento de auditoria: análise 
dos saldos de abertura, procedimentos contábeis adotados, 
uniformidade dos procedimentos contábeis, identificação de 
relevantes eventos subsequentes ao exercício anterior e revisão 
dos papéis de trabalho do auditor anterior.” 
Ou seja, mais uma vez, de uma forma ou de outra, a nova norma assume uma 
postura mais genérica e acaba abrangendo todos os requisitos da norma 
antiga. 
Vamos ver algumas questões sobre esse assunto: 
17. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2009) – ADAPTADA – Segundo a 
Resolução CFC n.º 1.211/09, o Planejamento da Auditoria Independente deve 
contemplar diversos procedimentos que permitam ao auditor obter evidências 
ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as 
demonstrações contábeis auditadas. 
 
Quando for realizada, pela primeira vez, uma auditoria ou quando as 
Demonstrações Contábeis do exercício anterior tenham sido examinadas por 
outro auditor, a norma recomenda outros procedimentos além dos 
normalmente aplicados. 
Assinale a alternativa que não indica um desses procedimentos adicionais. 
(A) Manter contato com o auditor antecessor, para conduzir a revisão de seus 
papéis de trabalho, exceto se for proibido pela entidade auditada. 
(B) Obter evidência de auditoria suficiente e apropriada se os saldos iniciais 
contêm distorções que afetam de forma relevante as demonstrações contábeis 
do período corrente. 
(C) Obter evidência de auditoria suficiente e apropriada se as políticas 
contábeis apropriadas refletidas nos saldos iniciais foram aplicadas de maneira 
uniforme nas demonstrações contábeis do período corrente. 
(D) Entender quaisquer assuntos importantes discutidos com a administração e 
relacionados à escolha do auditor, a comunicação desses temas aos 
responsáveis pela governançae como eles afetam a estratégia global de 
auditoria e o plano de auditoria. 
(E) Identificar outros procedimentos exigidos pelo sistema de controle de 
qualidade da firma de auditoria para trabalhos de auditoria inicial. 
Resolução: 
Analisando os itens da questão, vemos que os itens “B”, “C”, “D” e “E” fazem 
parte dos requisitos adicionais necessários em uma auditoria inicial. 
 
 
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Por sua vez, o item “A” está errado, pois a revisão dos papéis de trabalho do 
auditor anterior não pode estar condicionada a exigências e/ou proibições da 
entidade auditada. Somente vedações legais e/ou regulamentares podem 
impedir o auditor de revisar os papéis de trabalho do seu antecessor. 
18. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2008) Entre os fatores a 
serem considerados no planejamento, é possível destacar: 
• o grau de conhecimento da atividade da auditada; 
• a existência de auditoria interna; 
• a natureza (o que fazer, qual procedimento aplicar), oportunidade 
(quando) e extensão (até onde, o percentual) dos procedimentos a 
serem aplicados; 
• os relatórios a serem entregues; 
• a equipe técnica. 
Na primeira auditoria realizada por determinada empresa de uma dada 
entidade, alguns cuidados especiais de planejamento devem ser observados de 
acordo com o CFC e com a doutrina. 
Nas alternativas a seguir estão listados alguns desses cuidados, à exceção de 
uma. Assinale-a. 
(A) leitura dos relatórios de auditoria anteriores (como mecanismo de 
“conhecimento” da auditada) 
(B) mapeamento das fraudes e erros (relevantes ou não) detectados pelos dois 
últimos auditores independentes e verificação da comunicação à CVM 
(C) uniformidade de critérios contábeis (uma vez que pode ter havido 
alterações de um exercício para o outro, tais como mudança no método de 
avaliação de estoques, uso de reavaliação, mudança no critério de tributação – 
lucro presumido para real, por exemplo) 
(D) identificação de relevantes eventos subseqüentes ocorridos após a 
database do exercício, revelados ou não. 
(E) levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de controle 
interno. 
Resolução: 
Essa questão é bem parecida com a anterior e procura saber o que não deve 
ser cuidado adicional na realização de uma auditoria inicial. 
Depois do que vimos, fica fácil matar a questão, não é mesmo? 
Item (A): correto. 
A revisão da documentação de auditoria (=papéis de trabalho) produzida pelos 
seus antecessores é importante em um trabalho inicial. 
 
 
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Item (B): errado. 
Mapear fraude e erros irrelevantesnão é necessariamente importante nesse 
tipo de trabalho. Além disso, não há nenhuma especificação do tipo “dois 
últimos auditores independentes e verificação da comunicação à CVM” nas 
normas novas, tampouco nas antigas. Portanto, é o gabarito da questão. 
Item (C), (D) e (E): correto. 
Verificar a uniformidade dos critérios contábeis e analisar se não ocorreram 
fatos relevantes subsequentes (falaremos sobre eles em outra aula) ou 
mudanças no controle interno são elementos importantes em um trabalho de 
auditoria inicial. 
19. (FGV/TCM PA – Auditor/2008) “A atividade de planejamento é 
fundamental em qualquer atividade, revelando-se a etapa mais importante do 
ciclo administrativo (planejar, organizar, coordenar e controlar). Isso ocorre 
em função de o planejamento considerar a definição de um objetivo, dos 
caminhos alternativos para atingi-lo, da escolha (processo decisório) e da 
formulação de um plano de ação. Sobretudo na auditoria, tendo em vista o 
número de transações a serem validadas, de áreas a serem testadas e dos 
saldos a serem verificados, o planejamento bem elaborado contribui para a 
otimização da aplicação dos recursos materiais e humanos (evitando 
desperdícios) e para minimização dos riscos de auditoria. Dessa forma, embora 
não seja garantia de sucesso, o planejamento, quando bem elaborado, 
minimiza o risco de o trabalho ser ineficaz e ineficiente.” 
(José Carlos Carvalho. Auditoria Geral e Pública.) 
Quando da auditoria realizada pela primeira vez, alguns cuidados especiais de 
planejamento devem ser observados. 
As alternativas a seguir apresentam esses cuidados, à exceção de uma. 
Assinale-a, considerando, ainda, a regulamentação do CFC, em especial a 
Resolução 1.035. 
(A) leitura dos relatórios de auditoria anteriores (como mecanismo de 
“conhecimento” da auditada) 
(B) uniformidade de critérios contábeis, uma vez que pode ter havido 
alterações de um exercício para o outro 
(C) identificação de relevantes eventos subseqüentes ocorridos após a 
database do exercício, revelados ou não 
(D) levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de controle 
interno 
(E) a natureza (o que fazer, qual procedimento aplicar), inoportunidade 
(quando) e extensão (até onde, o percentual) dos procedimentos a serem 
aplicados 
 
 
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Resolução: 
Já cansamos de falar por que os itens “A”, “B”, “C” e “D” estão corretos. Resta-
nos analisar o item “E”. 
O erro desse item está na palavra “inoportunidades”. O correto seria 
“oportunidades”. Parece um detalhe bem chatinho, não é? Bom... é a FGV, se 
essa for a Banca do seu concurso, prepare-se para não ser pego de surpresa. 
20. (ESAF/AFC Auditoria e Fiscalização – CGU/2006) Quando for 
realizada uma auditoria, pela primeira vez, na entidade, ou quando as 
Demonstrações Contábeis do exercício anterior tenham sido examinadas por 
outro auditor independente, o planejamento da auditoria deve contemplar os 
seguintes procedimentos, exceto: 
(A) a obtenção de evidências suficientes de que os saldos de abertura do 
exercício não contenham representações errôneas ou inconsistentes que, de 
alguma maneira, distorçam as Demonstrações Contábeis do exercício atual. 
(B) o exame da adequação dos saldos de abertura do exercício anterior com os 
saldos de encerramento do exercício atual. 
(C) a verificação se as práticas contábeis adotadas no atual exercício são 
uniformes com as adotadas no exercício anterior. 
(D) a identificação de fatos relevantes que possam afetar as atividades da 
entidade e sua situação patrimonial e financeira. 
(E) a identificação de relevantes eventos subsequentes ao exercício anterior, 
revelados ou não revelados. 
Resolução: 
Essa questão é só para fecharmos com “chave de ouro” o assunto. Pelo que já 
falamos, todos os itens, com exceção da letra “B”, correspondem a 
procedimentos que devem ser executados em uma primeira auditoria. 
Vejamos o item “B”: 
b) o exame da adequação dos saldos de abertura do exercício anterior com os 
saldos de encerramento do exercício atual. 
Na realidade, o auditor deve examinar a adequação dos saldos de abertura 
do exercício atual com os de encerramento do exercício anterior. 
 
 
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Evidências e teste de auditoria 
Você sabe que o desempenho de qualquer atividade requer a utilização de 
ferramentas adequadas para o trabalho, na auditoria independente isso não é 
diferente. 
O auditor deve dispor de um conjunto de ferramentas que lhe possibiliteformar uma opinião, com fatos e informações suficientes, pertinentes e 
fidedignas. Assim a: 
Notas fiscais, faturas, manuais de operação da empresa, cálculos 
desenvolvidos pelo auditor, laudos de especialistas, conciliação entre contas 
contábeis e extratos bancários, entrevistas com funcionários da empresa, 
confirmações com clientes, pareceres de advogados são exemplos de 
evidências de auditoria. 
Dessa forma, cabe ao auditor identificar e atestar a validade de suas 
afirmações por intermédio dos procedimentos adequados a cada situação, na 
extensão e profundidade que cada caso requer, até a obtenção das provas 
materiais (evidências) que comprovem a afirmação analisada. 
Como já foi discutido, há segurança razoável na opinião do auditor quando 
este obtiver evidência de auditoria apropriada e suficiente para a redução do 
risco de auditoria (risco de expressar uma opinião não apropriada quando as 
demonstrações contábeis apresentam distorção relevante) a um nível 
aceitavelmente baixo. 
A suficiência e adequação da evidência de auditoria estão inter-relacionadas. A 
primeira é a medida da quantidade de evidência de auditoria, enquanto que a 
segunda é a medida da qualidade dessa evidência, isto é, sua relevância e sua 
confiabilidade para fornecer suporte às conclusões em que se fundamenta a 
opinião do auditor. 
Em outras palavras, para emitir uma opinião com segurança razoável o auditor 
deve, ao mesmo tempo, dispor dados e informações em quantidade e de 
qualidade adequadas. 
Suficiência Adequação 
QUANTIDADE QUALIDADE 
Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor 
para chegar às conclusões em que se fundamentam a sua opinião. 
 
 
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Diz-se que suficiência e adequação são dimensões inter-relacionadas, pois a 
primeira é afetada pela segunda, ou seja, quanto maior a qualidade, menos 
evidência será exigida. Contudo, é preciso ficar atento, pois o caminho inverso 
não é válido, ou seja, a obtenção de mais evidência de auditoria não compensa 
a sua má qualidade. 
Ademais, é importante ressaltar que a quantidade da evidência de auditoria 
necessária é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção (quanto 
mais elevados os riscos avaliados, maior a probabilidade de que seja exigida 
mais evidência de auditoria). Já a confiabilidade (adequação) da evidência é 
influenciada pela sua fonte e sua natureza e depende das circunstâncias 
individuais em que é obtida. 
Indo um pouco mais a fundo na discussão sobre a qualidade da evidência, é 
importante mencionar que este atributo é afetado pela relevância e 
confiabilidade das informações em que se baseia. 
A relevância trata da ligação lógica ou influência sobre a finalidade do 
procedimento de auditoria e, quando apropriado, a afirmação em 
consideração. Em outras palavras, se a evidência em questão realmente atinge 
o objetivo perseguido pelo auditor. 
Assim, a relevância das informações a serem utilizadas como evidência de 
auditoria pode ser afetada pela direção do teste (superavaliação e 
subavaliação). 
Por exemplo, se a finalidade de um procedimento de auditoria é testar para 
verificar se há superavaliação na existência ou valorização das contas a pagar, 
testar as contas a pagar registradas pode ser um procedimento de auditoria 
relevante. 
Por outro lado, para testar se há subavaliação na existência ou valorização das 
contas a pagar, testar as contas a pagar registradas não seria relevante, mas 
testar informações como desembolsos subsequentes, faturas não pagas, 
faturas de fornecedores e exceções apontadas nos relatórios de recebimento 
de mercadorias podem ser relevantes. 
Já a confiabilidade das informações é influenciada pela sua fonte e sua 
natureza, e as circunstâncias nas quais são obtidas, incluindo os controles 
sobre sua elaboração e manutenção, quando relevante. 
Embora reconhecendo que podem existir exceções, a NBC TA 5003 traz 
algumas generalizações sobre a confiabilidade da evidência de auditoria que 
podem ser úteis: 
 
3 Evidência de Auditoria 
 
 
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• a confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de 
fontes independentes fora da entidade; 
• a confiabilidade da evidência de auditoria gerada internamente é maior 
quando os controles relacionados, incluindo os controles sobre sua 
elaboração e manutenção, impostos pela entidade, são efetivos; 
• a evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor (por exemplo, a 
observação da aplicação de um controle) é mais confiável do que a 
evidência de auditoria obtida indiretamente ou por inferência (por 
exemplo, indagação a respeito da aplicação de controle); 
• a evidência de auditoria em forma de documentos, em papel, mídia 
eletrônica ou de outro tipo, é mais confiável do que a evidência obtida 
verbalmente (por exemplo, uma ata de reunião elaborada 
tempestivamente é mais confiável do que uma representação verbal 
subsequente dos assuntos discutidos); 
• a evidência de auditoria fornecida por documentos originais é mais 
confiável do que a evidência de auditoria fornecida por fotocópias ou fac-
símiles ou por documentos que foram filmados, digitalizados ou 
transpostos de outra maneira para forma eletrônica, cuja confiabilidade 
pode depender dos controles sobre sua elaboração e manutenção. 
Veja que essas generalizações são bem racionais, elas têm uma lógica, quanto 
mais independente for fonte da evidência (fonte externa, p. ex.), mais 
confiável ela irá ser; quanto mais robusta for a evidência (documento original, 
evidência escrita, p. ex.) mais confiável ela irá ser, e por aí vai. 
Fontes de Evidência 
Segundo as normas emitidas pelo CFC as evidências podem ser obtidas em 
diversas fontes entre as quais: 
• Evidência física: obtidas pela comprovação de existência real de ativos 
e passivos financeiros, recursos humanos, instalações, móveis, bem 
como pela comprovação de realização de obras e serviços. 
• Evidência documental: consiste em todo tipo de documentos utilizado 
como evidência pelo auditor, tal como notas fiscais, contratos, faturas, 
recibos, relatórios etc. 
• Evidência analítica: análises com padrões e expectativas resultantes da 
experiência do auditor ou dados da indústria, como estatísticas, 
comparações entre saldos ao longo dos anos, indicadores de 
rentabilidade do setor etc. 
 
 
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• Evidência matemática: valores calculados pelo auditor para confirmar 
dados que afetam as demonstrações contábeis, como cálculo do lucro 
por ação, de pagamento de indenizações trabalhistas e de cotas de 
depreciação. 
• Evidência testemunhal ou verbal: informações obtidas de pessoas 
que tenham conhecimentos dentro e fora da organização auditada, em 
resposta a perguntas formuladas pelo auditor. 
• Evidência por confirmação: corroboração por escrito de terceiros em 
relação a determinadas informações de interesse, sendo aplicável, 
principalmente, aos fornecedores, prestadores de serviço, bancos, 
clientes, advogados etc. 
• Evidência por representações: declarações por escrito que tratam de 
afirmações da administração, assinadas por indivíduos responsáveis. 
Importante destacar que a evidência de auditoriaé obtida principalmente a 
partir dos procedimentos de auditoria realizados durante o curso do trabalho. 
Contudo, ela também pode incluir informações obtidas de outras fontes, como 
auditorias anteriores realizadas pelo auditor independente ou por outros 
auditores. 
Além disso, até mesmo a ausência de informações (por exemplo, a recusa da 
administração em fornecer uma representação solicitada) é utilizada pelo 
auditor e, portanto, também pode constituir evidência de auditoria. 
Agora, vamos analisar algumas questões para ver como esse assunto é 
cobrado em provas. 
21. (FGV / ICMS-RJ / 2010) De acordo com as normas de auditoria em 
vigor, a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, a relevância e 
confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta o auditor, é 
conhecida como: 
(A) avaliação dos procedimentos de auditoria. 
(B) avaliação dos papéis de trabalho dos especialistas. 
(C) suficiência da evidência de auditoria. 
(D) evidência de auditoria. 
(E) adequação da evidência de auditoria. 
Resolução: 
A NBC TA 500 noz diz que a adequação da evidência é a medida da qualidade 
 
 
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da evidência de auditoria, isto é, a sua relevância e confiabilidade para 
suportar as conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor. 
Portanto, gabarito letra “E”. 
22. (CESPE/Auditor – Unipampa/2009) - Uma informação só deve ser 
considerada adequada quando for confiável e puder ser utilizada pelas técnicas 
de auditoria, a fim de proporcionar a melhor evidência alcançável. 
Resolução: 
Não resta dúvida que para uma informação ser considerada adequada ela tem 
que ser confiável, essa é uma das características da evidência, além disso, se 
essa informação não puder ser utilizada pelas técnicas de auditoria ela não 
terá utilidade alguma. Item correto. 
23. (CESPE/Auditor – Unipampa/2009) - As informações obtidas de 
pessoas, integrantes ou não da organização auditada, embora possam ser 
importantes para a identificação de fraudes e erros, não podem ser 
consideradas evidências de auditoria. 
Resolução: 
As informações obtidas de pessoas, internas ou externas à organização 
auditada, podem ser consideradas evidências. Item errado. 
24. (CESPE/Auditor – Unipampa/2009) - Para caracterizar uma 
informação como evidência, não basta que ela seja considerada fidedigna. 
Resolução: 
Vimos que para uma informação ser considerada uma evidência ela deve ser 
no mínimo: suficiente, pertinente e fidedigna; não basta somente ser 
fidedigna. Item correto. 
25. (CESPE/Analista de Controle Externo – TCU/2008) - Adaptada - No 
processo de auditoria, após examinadas todas as evidências disponíveis, o 
auditor pode confiar, integralmente, na fidedignidade e na correção das 
demonstrações contábeis de uma entidade e, sempre que as evidências sejam 
insuficientes, o auditor deve fazer ressalvas em sua opinião. 
Resolução: 
 
 
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O auditor nunca poderá confiar integralmente na fidedignidade e na correção 
das demonstrações contábeis. 
O auditor somente terá uma segurança razoável, nunca completa, em sua 
opinião, mesmo quando obtiver evidência de auditoria apropriada e suficiente 
para a redução do risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo. Item 
errado. 
26. (CESPE/Analista de Controle Externo – TCU/2008) - Acerca das 
Normas Brasileiras de Contabilidade, julgue o item subsequente. 
As evidências que respaldam os resultados da auditoria interna devem ser, 
entre outros aspectos, fidedignas, sendo considerada adequada a informação 
que, sendo confiável, propicie, com o emprego apropriado das técnicas da 
auditoria interna, a melhor evidência possível. 
Resolução: 
As evidências devem ser suficientes, pertinentes e fidedignas, e para uma 
informação ser adequada, além de ser confiável ela deve permitir que sejam 
aplicados os procedimentos de auditoria necessários. Item correto. 
27. (ESAF – Auditor-Fiscal da Previdência Social - AFPS - 2002) - Os 
procedimentos relacionados para compor um programa de auditoria são 
desenhados para: 
a) detectar erros e irregularidades significativas. 
b) proteger o auditor em caso de litígio legal. 
c) avaliar a estrutura dos controles internos. 
d) coletar evidências suficientes de auditoria. 
e) desenvolver um plano estratégico da empresa. 
Comentários: 
Como vimos, os procedimentos de auditoria, que abordaremos ainda nesta 
aula, devem ser desenhados para a obtenção de evidências de auditoria, 
suficientes e adequadas. Portanto, o gabarito é a letra “D”. 
Testes de auditoria (procedimentos de auditoria) 
Passaremos agora a discutir os conceitos dos testes de auditoria: testes de 
controle e procedimentos substantivos. 
 
 
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Você já deve ter bastante claro na sua cabeça que a auditoria de 
demonstrações contábeis tem como um de seus objetivos gerais obter 
segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão 
livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou 
erro. 
Dessa forma, o auditor necessita obter evidências apropriadas e suficientes, 
por meio de procedimentos de auditoria, relacionadas aos riscos avaliados de 
distorção relevante. 
Portanto, os procedimentos de auditoria são o conjunto de técnicas que 
permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e 
adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações 
contábeis auditadas, permitindo que eventuais distorções relevantes 
sejam identificadas. 
Esses procedimentos podem ser divididos em dois grandes grupos: testes de 
controle e os procedimentos substantivos, de acordo com o seu objetivo. O 
primeiro grupo busca verificar se o controle interno funciona corretamente, o 
segundo se dispõe a entender se os valores presentes nos sistemas contábeis 
estão corretos, isto é, se são suficientes, exatos e válidos. 
Ou seja, para executar seu trabalho o auditor dispõe de duas principais 
ferramentas: 
• Teste de controle (=testes de observância ou exames de aderência): 
procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade 
operacional dos controles internos na prevenção ou detecção e 
correção de distorções relevantes no nível de afirmações. 
As normas antigas definiam esse tipo de teste como testes de 
observância que visam à obtenção de razoável segurança de que os 
procedimentos de controles internos da organização estão em efetivo 
funcionamento. Ou seja, diz a mesma coisa com palavras diferentes. 
• Procedimentos substantivos: são os procedimentos de auditoria 
planejados para detectar distorções relevantes no nível de afirmações. 
As normas antigas definiam esse tipo de teste como testes substantivos 
que visam à obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão e 
validade dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade. 
Os procedimentos substantivos podem ser divididos em: 
o Testes de detalhes (denominado testes de transações e saldos 
pelas normas antigas), que fornecem evidências nas quais o 
 
 
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auditor verifica se os fatoscontábeis foram adequadamente 
registrados; e 
o Procedimentos analíticos substantivos, que consistem na 
verificação do comportamento de valores significativos, mediante 
índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com 
vistas à identificação de situação ou tendências atípicas. 
Mais uma vez, as novas normas de auditoria trouxeram apenas algumas 
mudanças de nomenclatura, que resumimos no quadro abaixo: 
Normas Antigas (NBC T11) Novas Normas (NBC TA 3304) 
• Testes de observância • Teste de controle 
• Testes substantivos, divididos 
em: 
o Testes de transações e saldos 
o Procedimentos de revisão 
analítica 
• Procedimentos substantivos, divididos 
em: 
o Testes de transações e saldos 
o Procedimentos analíticos 
substantivos 
Queremos chamar a sua atenção, nesse momento, pois muitos concurseiros 
confundem muito esse conceito. 
O que define o tipo do teste – controle ou substantivo – é o seu 
objetivo. O primeiro busca verificar se o controle interno funciona 
corretamente, o segundo se dispõe a entender se os valores presentes 
nos sistemas contábeis estão corretos, isto é, se são suficientes, 
exatos e válidos. 
Um exemplo de teste de controle seria verificar se o responsável por conferir a 
saída de mercadorias está fazendo seu trabalho corretamente. 
Já um exemplo de procedimento substantivo, mais especificamente, teste de 
detalhes, seria verificar se o saldo da conta “estoque” está correto. 
Essas duas questões são resolvidas, facilmente, entendendo a definição de 
procedimentos analíticos substantivos. 
De acordo com a NBC TA 500, os procedimentos analíticos5 consistem em 
avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis 
entre dados financeiros e não financeiros, que incluem também a investigação 
de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras 
 
4 Resolução CFC nº. 1.214/09. 
5 Denominado revisão analítica pelas normas revogadas de auditoria (NBC T 11). 
 
 
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informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores 
previstos. 
Esses procedimentos envolvem cálculos e utilização de índices, quocientes, 
dados históricos e orçados sob uma perspectiva vertical ou horizontal. Os 
resultados dessas análises geralmente fornecem evidências e “pistas” que 
indicam o caminho que o auditor deve seguir. 
Por exemplo, ao analisar a evolução das receitas faturadas ao longo dos 
meses, o auditor percebeu que o mês de abril apresentou um resultado 80% 
menor que o dos outros meses – isso pode indicar que existe algum problema, 
fraude ou erro, e que vale à pena ser melhor investigado. 
Quando o auditor testa os saldos das contas do balanço patrimonial e os 
valores acumulados das contas de receita e despesa (testes de detalhes), ele 
não tem uma visão geral das demonstrações financeiras e do inter-
relacionamento entre contas e transações. 
Dessa forma, não consegue constatar se existem situações anormais ou 
tendências que o levassem a dar parecer diferente, ou sugerir ajustes, daquele 
que seria dado pelo exame apenas das contas de ativo, passivo, receitas e 
despesas. 
Assim, o objetivo da revisão analítica é detectar e analisar situações anormais 
e significativas constatadas nas demonstrações contábeis, por isso esse é um 
tipo de procedimento normalmente utilizado nos procedimentos substantivos. 
Essa revisão auxilia a identificar áreas prioritárias ou áreas com problemas, 
onde o auditor deverá concentrar mais sua atenção. 
Podem ser usados diversos métodos para executar procedimentos analíticos. 
Esses métodos variam desde a realização de comparações simples até análises 
complexas usando técnicas estatísticas avançadas, e podem ser aplicados para 
demonstrações contábeis consolidadas, componentes e elementos individuais 
de informação. 
Finalmente, é importante destacar que, da mesma forma que os 
procedimentos analíticos podem prover indícios e/ou pistas capazes de indicar 
ao auditor a necessidade de procedimentos adicionais, as conclusões obtidas 
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Receitas Faturadas (R$)
 
 
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dos resultados dos procedimentos analíticos também têm a finalidade de 
corroborar as conclusões formadas durante a auditoria de componentes ou 
elementos individuais das demonstrações contábeis. Isso ajuda o auditor a 
formar conclusões razoáveis sobre as quais deve basear a sua opinião. 
Vamos ver algumas questões sobre esse assunto: 
28. (FGV / ICMS-RJ / 2010) De acordo com as regras de auditoria o 
procedimento substantivo, planejado para detectar distorções relevantes no 
nível de afirmações, inclui: 
(A) testes adjetivos, procedimentos analíticos e teste de controle. 
(B) testes de controle, revisão analítica e testes de detalhes. 
(C) testes de detalhes e procedimentos analíticos substantivos. 
(D) evidência de auditoria, testes de controle e testes de observância. 
(E) procedimentos analíticos substantivos, testes de relevância e testes de 
procedimentos. 
Resolução: 
De acordo com a NBC TA 330, o procedimento substantivo é o procedimento 
de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível de 
afirmações. Os procedimentos substantivos incluem: 
(a) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de 
divulgações); e 
(b) procedimentos analíticos substantivos. 
Assim, o gabarito é a letra “C”. 
29. (FCC / Analista - APOFP / 2010) Os testes de observância ou de 
aderência são aplicados pelas auditorias principalmente nas investigações 
(A) das trilhas de auditoria. 
(B) de fraudes e erros. 
(C) de contas e saldos. 
(D) dos controles internos utilizados pelos gestores. 
(E) dos valores representativos dos informes. 
Resolução: 
Essa questão é bem direta e quer saber o foco dos testes de observância ou 
aderência (nas normas novas, chamados de testes de controle). 
Esses testes visam avaliar a adequação dos sistemas de controle interno. 
 
 
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Portanto, gabarito letra “D”. 
30. (ESAF/AFRFB/2009) - adaptada - A auditoria externa realizou na 
empresa Avalia S.A. o cálculo do índice de rotatividade dos estoques para 
verificar se apresentava índice correspondente às operações praticadas pela 
empresa. Esse procedimento técnico básico corresponde a: 
a) inspeção. 
b) procedimento analítico. 
c) investigação. 
d) observação. 
e) confronto. 
Resolução: 
O enunciado nos dá a dica, a auditoria realizou o cálculo do índice de 
rotatividade dos estoques, ou seja, aplicou um procedimento analítico 
substantivo, que como visto, consiste na verificação do comportamento de 
valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou 
outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas. 
31. (ESAF/APOFP/Sefaz-SP/2009) - adaptada - Assinale a opção que 
preenche certamente a lacuna da seguinte frase: “Considerado um 
procedimento técnico básico a ser aplicado em testes de controle e 
procedimentos substantivos, ____________ consiste(m) na verificação do 
comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, 
quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificaçãode situação 
ou tendências atípicas.” 
a) a inspeção 
b) a observação 
c) a investigação e a confirmação 
d) o cálculo 
e) procedimentos analíticos 
Resolução: 
Vamos responder mais essa questão para fixarmos o conceito de 
procedimentos analítico. 
O enunciado deixa claro que está se referindo ao conceito de procedimentos 
analítico. Gabarito, letra “E”. 
Procedimentos substantivos (testes substantivos) - Conclusões 
 
 
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As normas antigas (NBC T 11) afirmavam que, na aplicação dos procedimentos 
substantivos (testes substantivos), o auditor deve objetivar as seguintes 
conclusões: 
• existência – se o componente patrimonial existe em certa data; 
• direitos e obrigações – se efetivamente existentes em certa data; 
• ocorrência – se a transação de fato ocorreu; 
• abrangência – se todas as transações estão registradas; e 
• mensuração, apresentação e divulgação – se os itens estão avaliados, 
divulgados, classificados e descritos de acordo com os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade. 
Bom... as novas normas de auditoria (NBC TA 330) ampliaram esses conceitos 
e detalharam melhor como o auditor deve avaliar as afirmações no que se 
refere às transações, aos saldos e à apresentação das demonstrações 
contábeis. 
O quadro a seguir resume esses conceitos: 
Tipo de Afirmação Dimensão 
Afirmações sobre classes 
de transações e eventos 
para o período sob 
auditoria 
ocorrência: transações e eventos que foram registrados 
ocorreram e são da entidade. 
integridade: todas as transações e eventos que deviam ser 
registrados foram registrados. 
exatidão: valores e outros dados relacionados a transações e 
eventos registrados foram registrados adequadamente. 
corte: as transações e eventos foram registrados no período 
contábil correto. 
classificação: as transações e eventos foram registrados nas 
contas corretas. 
Afirmações sobre saldos 
de contas no fim do 
período 
existência: ativos, passivos e elementos do patrimônio líquido 
existem. 
direitos e obrigações: a entidade detém ou controla os 
direitos sobre ativos e os passivos são as obrigações da 
entidade. 
integridade: todos os ativos, passivos e patrimônio líquido 
que deviam ser registrados foram registrados. 
valorização e alocação: ativos, passivos e patrimônio líquido 
estão incluídos nas demonstrações contábeis nos valores 
apropriados e quaisquer ajustes resultantes de valorização e 
alocação estão adequadamente registrados. 
Afirmações sobre a 
apresentação e 
divulgação
ocorrência e direitos e obrigações: eventos divulgados, 
transações e outros assuntos ocorreram e são da entidade. 
integridade: todas as divulgações que deviam ser incluídas 
nas demonstrações contábeis foram incluídas. 
classificação e compreensibilidade: as informações 
 
 
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contábeis são adequadamente apresentadas e descritas e as 
divulgações são claramente expressadas. 
exatidão e valorização: informações contábeis e outras 
informações são divulgadas adequadamente e com os valores 
apropriados. 
Veja como isso é cobrado: 
32. (ESAF/ATM/Natal/2008) - adaptada - Indique a opção certa 
correspondente. O auditor, na aplicação dos procedimentos substantivos, 
realizou os procedimentos a seguir, obtendo as seguintes conclusões, 
respectivamente: 
I - Conferência das cautelas de ações representativas dos investimentos 
contabilizados no Ativo Permanente; 
II - Verificação da classificação dos valores em curto e longo prazo; 
III - Determinação da última nota emitida no exercício e análise, se todas as 
notas estão contabilizadas. 
a) ocorrência, análise e mensuração. 
b) existência, classificação, integridade. 
c) análise, apresentação e ocorrência. 
d) abrangência, ocorrência e apresentação. 
e) mensuração, abrangência e análise. 
Resolução: 
Essa questão explora sob que perspectiva, nos procedimentos substantivos, as 
afirmações devem ser avaliadas. 
Vamos analisar os itens da questão: 
Item I - A cautela de ações é o documento emitido por uma sociedade 
anônima a um de seus acionistas, certificando que ele é o proprietário de um 
determinado número de ações. Portanto ao conferir esses documentos, o 
auditor está atestando a sua existência. 
Item II - Ao verificar se os valores de curto e longo prazo estão 
adequadamente classificados e divulgados, dizemos que o auditor está 
atestando a sua classificação. 
Item III – Veja que ao verificar se todas as notas estão contabilizadas busca 
uma afirmação sobre a integridade. 
Portanto, o gabarito da questão é a letra “B”. 
 
 
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33. (ESAF/AFRFB/2009) – adaptada - A empresa Evolution S.A. comprou 
novo sistema de faturamento para registro de suas vendas. A auditoria externa 
realizou testes para confirmar se todas as operações de vendas, efetivamente, 
haviam sido registradas na contabilidade. Esse procedimento tem como 
objetivo confirmar a: 
a) existência. 
b) abrangência / integridade. 
c) mensuração. 
d) ocorrência. 
e) divulgação. 
Resolução: 
A verificação de que todas as operações foram registradas na contabilidade, 
nas normas antigas, era chamada de “abrangência”, cujo correspondente nas 
novas normas de auditoria, quanto à classe de transações e eventos para o 
período auditado, é “integridade”. 
Gabarito da questão: Letra “B”. 
Procedimento analítico substantivo (Procedimento de revisão 
analítica) 
A NBC TA 5206, que trata especificamente dos procedimentos analíticos, define 
o procedimento analítico substantivo como as avaliações de informações 
contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros e 
não financeiros. 
Em outras palavras, consiste, na mesma definição dada pelas normas antigas 
para o procedimento de revisão analítica, ou seja, a verificação do 
comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, 
quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação 
ou tendências atípicas. 
A norma nova explicita um pouco mais esse tipo de procedimento, citando 
exemplos: 
Comparações de informações contábeis e 
financeiras da entidade 
informações comparáveis de períodos anteriores. 
resultados previstos pela entidade, tais como 
orçamentos ou previsões, ou expectativas do auditor, 
 
6 Resolução CFC nº 1.221/09. 
 
 
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como uma estimativa de depreciação. 
informações de entidades do mesmo setor de 
atividade, como a comparação entre índices de 
vendas e contas a receber com as médias do setor ou 
com outras entidades de porte comparável do mesmo 
setor. 
Relações 
entre elementos das informações contábeis que se 
esperaria que se adequassem a um padrão previsível 
com base na experiência da entidade, como 
porcentagens da margem bruta. 
entre informações contábeis e informações não 
contábeis relevantes, como custos com folha de 
pagamento e número de empregados. 
etc. 
Vamos veruma questão sobre esse assunto: 
34. (ESAF/AFC - Área Controle Interno/CGU/2008) - adaptada -
Quando da aplicação dos testes de controle e procedimentos substantivos, o 
auditor deve considerar alguns procedimentos técnicos básicos. Um deles – o 
procedimento analítico consiste no (a): 
a) exame de registros, documentos e de ativos tangíveis. 
b) acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução. 
c) obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da 
transação, dentro ou fora da entidade. 
d) conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios, registros 
e demonstrações contábeis e outras circunstâncias. 
e) verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, 
quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação 
de situação ou tendências atípicas. 
Resolução: 
Essa questão nos traz a definição de procedimento de revisão analít-
ica constante nas normas antigas. 
Portanto, o gabarito da questão é a letra “E”. 
Agora, para você gravar bem, vamos ver mais algumas questões sobre testes 
de auditoria: 
 
 
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35. (Cesgranrio/Fenig – Contador/2005) – ADAPTADA - Ao realizar o 
teste de controle, o auditor pretende: 
(A) identificar a ocorrência de desfalques permanentes. 
(B) observar como se processa o sistema de controle interno da empresa, 
apontando as falhas existentes. 
(C) certificar-se de que o sistema de controle interno levantado é o que 
realmente está sendo utilizado. 
(D) verificar a existência do ativo físico que está sendo examinado. 
(E) verificar se a empresa obedece aos princípios fundamentais de 
contabilidade quando procede aos seus registros contábeis. 
Resolução: 
Ao realizar o teste de observância, o auditor pretende certificar-se de que o 
sistema de controle interno levantado é o que realmente está sendo utilizado, 
ou seja, obter segurança de que os procedimentos de controles internos da 
organização estão em efetivo funcionamento. Portanto, gabarito letra “C”. 
36. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças 
Públicas/2008) – ADAPTADA – Na aplicação dos testes de detalhes 
substantivos o auditor deve objetivar às seguintes conclusões, à exceção de 
uma. Assinale-a. 
(A) Corte – se as transações e eventos foram registrados nas contas corretas. 
(B) Existência – se ativos, passivos e elementos do patrimônio líquido existem. 
(C) Ocorrência – se as transações e eventos que foram registrados ocorreram 
e são da entidade. 
(D) Integridade – se todas as divulgações que deviam ser incluídas nas 
demonstrações contábeis foram incluídas. 
(E) Direitos e obrigações – se a entidade detém ou controla os direitos sobre 
ativos e os passivos são as obrigações da entidade. 
Resolução: 
Essa questão cobra o conhecimento sobre as conclusões dos procedimentos ou 
testes substantivos, percebemos que o único item que não condiz com as 
definições que estudamos é o “A”. 
Corte não corresponde à avaliação se as transações e eventos foram 
registrados nas contas corretas, mas se foram registradas no período correto 
(=competência). 
Como o enunciado cobra o item incorreto, o gabarito é a letra “A”. 
 
 
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37. (FCC/Analista Área Administrativa: Contabilidade – TJ SE/2009) – 
ADAPTADA – Os testes efetuados pelo auditor, planejados para detectar 
distorções relevantes no nível de afirmações, denominam-se: 
(A) procedimentos substantivos. 
(B) testes de controle. 
(C) testes de correlação. 
(D) testes diretos. 
(E) testes indiretos. 
Resolução: 
Os testes efetuados pelo auditor, planejados para detectar distorções 
relevantes no nível de afirmações, denominam-se procedimentos substantivos. 
Logo, a resposta correta é o item A. 
38. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – Sefaz SP/2006) Os procedimentos 
de auditoria que têm por finalidade obter evidências quanto à suficiência, 
exatidão e validade dos dados gerados pelo sistema de contabilidade da 
entidade são denominados testes 
(A) de evidência. 
(B) de aderência. 
(C) de controle. 
(D) de observância. 
(E) substantivos. 
Resolução: 
Nessa questão, mantivemos a redação original para que veja como as normas 
antigas definiam testes substantivos (procedimentos substantivos). 
Vamos relembrar: 
NBC T 11 NBC TA 330 
Testes substantivos são aqueles que 
visam à obtenção de evidência quanto à 
suficiência, exatidão e validade dos dados 
produzidos pelo sistema contábil da 
entidade. 
Procedimentos substantivos são os 
procedimentos de auditoria planejados 
para detectar distorções relevantes no 
nível de afirmações. 
Agora, você nos pergunta: “Qual é a diferença?” 
 
 
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Nenhuma... são formas diferentes de definir a mesma coisa, ou seja, o exame 
realizado para avaliar a adequação das informações contábeis (=afirmações) 
produzidas pela entidade. 
Enfim, o gabarito é a letra “E”. 
39. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – Sefaz SP/2006) – ADAPTADA – Os 
procedimentos substantivos de auditoria dividem-se em testes de 
(A) amostragem estatística e procedimentos de revisão analítica. 
(B) eventos subsequentes e testes de detalhes. 
(C) detalhes e procedimentos de revisão analítica. 
(D) observância e testes de circularização de saldos. 
(E) observância e testes de amostragem estatística. 
Resolução: 
Veja como esse assunto é cobrado... De acordo com o que discutimos, os 
procedimentos substantivos podem ser divididos em: 
• Testes de detalhes(denominado testes de transações e saldos pelas 
normas antigas), que fornecem evidências nas quais o auditor verifica se 
os fatos contábeis foram adequadamente registrados; e 
• Procedimentos analíticos substantivos, que consistem na verificação 
do comportamento de valores significativos, mediante índices, 
quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à 
identificação de situação ou tendências atípicas. 
Temos então que o gabarito é o item “C”. 
40. (FCC/Auditor-Fiscal Tributário Municipal – Sefin SP/2006) – 
ADAPTADA – Os testes de controle têm por objetivo verificar se a entidade 
auditada 
(A) cumpre a legislação que rege o ramo de atividade a que pertence. 
(B) efetua corretamente o controle de qualidade de seus produtos. 
(C) registra de forma adequada e com os valores corretos seus bens, direitos e 
obrigações para com terceiros. 
(D) dispõe de controles internos adequados em efetivo funcionamento e 
cumprimento. 
(E) possui sistema contábil que produz dados exatos, precisos e tempestivos. 
Resolução: 
 
 
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Vimos que os testes de controle (=testes de observância ou exames de 
aderência) são os procedimentos de auditoria planejados para avaliar a 
efetividade operacional dos controles internos na prevenção ou detecção e 
correção de distorções relevantes no nível de afirmações. Portanto, a resposta 
correta é o item “D”. 
41. (FCC/Analista Trainee Ciências Contábeis – Metrô SP/2008) – 
ADAPTADA – Para obter uma evidência conclusiva quanto à suficiência e 
validade do sistema de controle interno da entidadeauditada, inclusive o 
adequado cumprimento por parte dos funcionários, o auditor deve aplicar os 
testes 
(A) de cálculos. 
(B) de relevância. 
(C) de controle. 
(D) substantivos. 
(E) de confirmação. 
42. (FCC/Analista: Contabilidade – MPU/2007) – ADAPTADA – É 
objetivo dos testes de controle nas auditorias do setor público 
(A) o exame de processos, atos formalizados e documentos avulsos da 
entidade auditada que possam comprometer a eficiência e eficácia da gestão. 
(B) a observação de atividades que exigem a aplicação de testes flagrantes, 
com a finalidade de detectar erros e deficiências. 
(C) a verificação, junto a fontes externas à entidade auditada, da fidedignidade 
das observações obtidas internamente. 
(D) a obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controle 
interno estão sendo obedecidos. 
(E) o uso de entrevistas e questionários junto ao pessoal da entidade auditada 
para obtenção de dados e informações. 
43. (FCC/Analista Administrativo: Contabilidade – TRT 20ª 
Região/2006) – ADAPTADA – A obtenção de evidências quanto à 
suficiência, efetividade e continuidade dos sistemas de controle interno da 
entidade auditada inclui-se no procedimento de auditoria denominado 
(A) Inspeções físicas. 
(B) Revisões analíticas. 
(C) Testes de controle. 
(D) Procedimentos substantivos. 
(E) Observações. 
Resolução: 
 
 
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Caro aluno, veja como esse assunto é cobrado. De fato, podemos até arriscar 
a dizer que é o mais cobrado e está presente em todas as provas. 
Bom... acho que não precisamos comentar muito essas questões. Basta saber 
que os testes de controle são aqueles relacionados ao correto funcionamento 
do controle interno. Não se esqueça disso! 
Os gabaritos são, portanto, respectivamente, “C”, “D” e “C”. 
44. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – Sefaz SP/2009) – ADAPTADA – 
Quando o auditor verifica se o valor do documento que suporta o lançamento 
contábil foi efetivamente o valor registrado, ele objetiva a conclusão de 
(A) existência. 
(B) exatidão. 
(C) ocorrência. 
(D) avaliação. 
(E) corte. 
Resolução: 
Ora, quando o auditor verifica se o valor do documento que suporta o 
lançamento contábil foi efetivamente o valor registrado, ele objetiva a 
conclusão de “exatidão”. Portanto, o gabarito é o item “B”. 
 
 
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Procedimentos técnicos de auditoria 
Vimos que o auditor deve definir e executar procedimentos técnicos de 
auditoria que sejam apropriados às circunstâncias com o objetivo de obter 
evidência de auditoria apropriada e suficiente, que é conseguida pela execução 
de: 
• procedimentos de avaliação de riscos; e 
• procedimentos adicionais de auditoria, que abrangem: 
o testes de controles; e 
o procedimentos substantivos (testes de detalhes e 
procedimentos analíticos substantivos) 
A seguir serão descritos os principais procedimentos de auditoria utilizados e 
mencionados pelas normas de auditoria independente do CFC, que podem ser 
utilizados nos testes de controle e nos procedimentos substantivos: 
Inspeção 
A inspeção envolve o exame de registros ou documentos (exame 
documental), internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica 
ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo (inspeção física). 
Um exemplo de exame documental é a inspeção de registros em busca de 
evidência de autorização. Ou seja, o auditor pode buscar evidências do 
adequado funcionamento de um determinado sistema de controle interno 
avaliando, por exemplo, se o processo de compra de matéria prima foi 
adequadamente autorizado, conforme determina os regramentos da 
instituição. 
É importante destacar que a inspeção de registros e documentos fornece 
evidência de auditoria com graus variáveis de confiabilidade, dependendo de 
sua natureza e fonte e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia 
dos controles sobre a sua produção. 
Um exemplo de inspeção física de ativos tangíveis pode ser a contagem de 
itens registrados no estoque da empresa (inventário). No entanto, deve-se 
observar que, apesar de fornecer evidência de auditoria confiável quanto à sua 
existência, esse procedimento não necessariamente revela o valor dos ativos.
Observação 
 
 
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A observação consiste no exame de processos ou procedimentos executado 
por outros, por exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque 
pelos empregados da entidade ou da execução de atividades de controle. 
Esse procedimento fornece evidência de auditoria a respeito da execução de 
processo ou procedimento, mas é limitada ao ponto no tempo em que a 
observação ocorre e pelo fato de que o ato de ser observado pode afetar a 
maneira como o processo ou procedimento é executado. 
Ora, é muito provável que o empregado, ao saber que está sendo observado, 
execute suas atividades com maior zelo e prudência, o que talvez não 
ocorresse se estivesse em uma situação normal do seu dia a dia. 
Indagação 
A indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com 
conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade, ou seja, 
coletar dados e informações com todos aqueles que podem ajudar o auditor a 
forma sua opinião: funcionários, diretores, sócios, fornecedores, credores, 
clientes, especialistas etc. 
A indagação é utilizada extensamente em toda a auditoria, pode incluir desde 
indagações escritas formais até indagações orais informais. A avaliação dessa 
respostas compete ao auditor e é parte integral do processo de indagação. 
As respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações não 
obtidas anteriormente ou evidência de auditoria comprobatória. 
Alternativamente, as respostas podem fornecer informações significativamente 
divergentes de outras obtidas por outras fontes. 
Por exemplo, o gerente industrial pode revelar um sinistro relevante com o 
maquinário de uma fábrica omitido pela administração. Assim, em alguns 
casos, as respostas às indagações fornecem uma base para que o auditor 
modifique ou realize procedimentos de auditoria adicionais. 
Embora a indagação possa fornecer importante evidência de auditoria e possa 
produzir evidência de distorção, a indagação, sozinha, geralmente não fornece 
evidência de auditoria suficiente da ausência de distorção relevante no nível da 
afirmação nem da eficácia operacional dos controles. 
No caso de indagações sobre a intenção da administração sobre a manutenção 
de um investimento relevante, por exemplo, a informação disponível para 
suportar a intenção da administração pode ser limitada. 
Nesse caso, o entendimento do histórico da administração na realização de 
intenções por ela formuladas, das razões por ela alegadas, e sua capacidade 
de seguir um curso de ação específico, podem fornecer informações relevantes 
 
 
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para corroborar a evidência obtida por meio de indagação. Além disso, o 
auditor pode considerar necessário obter representações formais da 
administração e, quando apropriado, dos responsáveis pela governança, para 
confirmar respostas a indagaçõesverbais. 
Reexecução 
A reexecução envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos 
ou controles que foram originalmente realizados como parte do controle 
interno da entidade. Dessa forma o auditor refaz os passos e as etapas que 
constituem um procedimento usualmente executado pela entidade para 
averiguar sua adequação. 
Um exemplo desse procedimento é a reexecução das conciliações bancárias 
realizadas pela entidade. 
Recálculo 
O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou 
registros, realizada manual ou eletronicamente. 
Trata-se de um tipo de reexecução na qual o auditor repete os cálculos 
realizados pela instituição auditada, como, por exemplo, depreciação de 
equipamentos, juros devidos, provisão para devedores duvidosos. 
Confirmações7 
A confirmação8 é uma forma de investigação que permite ao auditor obter 
informações diretamente com terceiros, externos à entidade auditada. Nesse 
procedimento a evidência de auditoria consiste em resposta de terceiros (a 
parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra 
mídia. 
Assim, o auditor pode solicitar confirmação de termos de contratos ou 
transações da entidade com terceiros, bem como confirmar saldos de contas a 
receber com credores, por exemplo. 
A solicitação de confirmação pode ser positiva ou negativa: 
Solicitação de confirmação positiva é aquela em que a parte que 
confirma responde diretamente ao auditor indicando se concorda ou 
discorda das informações na solicitação (confirmação positiva em preto), 
ou fornece as informações solicitadas (confirmação positiva em branco). 
 
7 Resolução CFC nº 1.219/09 – NBC TA 505 – Confirmações Externas. 
8 Um tipo especial de confirmação é a circularização, procedimento no qual auditor pede a entidade auditada expeça 
cartas dirigidas a terceiros (credores, fornecedores, clientes, advogados etc.) solicitando que confirmem diretamente ao 
auditor determinado fato. 
 
 
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Por exemplo, o auditor solicita que determinado credor confirme se a 
empresa auditada possui dívida de R$100.000 – neste caso, trata-se de 
uma confirmação positiva em preto (a resposta é sim ou não). Outro 
exemplo seria perguntar ao mesmo credor qual o valor da dívida da 
empresa – neste caso, trata-se de uma confirmação positiva em branco. 
Note que a confirmação positiva pede que a parte que confirma, em 
todos os casos, responda ao auditor, ou seja, há necessariamente uma 
resposta. 
Existe o risco de que a parte que confirma possa responder à solicitação 
de confirmação, principalmente em casos de confirmação “em preto”, 
sem verificar se as informações estão corretas. O auditor pode reduzir 
esse risco usando solicitações “em branco”, contudo, isso pode resultar 
em porcentagens de respostas mais baixas em decorrência do esforço 
adicional exigido das partes que confirmam. 
Solicitação de confirmação negativa é a solicitação de que a parte 
que confirma responda diretamente ao auditor somente se discorda das 
informações fornecidas na solicitação. Ou seja, neste caso vale a máxima 
“quem cala consente”. 
As confirmações negativas fornecem evidência de auditoria menos 
persuasiva que as positivas, consequentemente, o auditor não deve usar 
aquelas como o único procedimento substantivo de auditoria para tratar 
o risco de distorção relevante avaliado no nível de afirmações, a menos 
que estejam presentes todos os itens a seguir: 
o o auditor avaliou o risco de distorção relevante como baixo; 
o a população de itens sujeitos a procedimentos de confirmação 
negativa compreende um grande número de saldos contábeis, 
transações ou condições, homogêneas de pequena magnitude; 
o espera-se uma taxa de exceção9 muito pequena; e 
o o auditor não tem conhecimento das circunstâncias ou condições 
que fariam com que as pessoas que recebem solicitações de 
confirmação negativa ignorassem essas solicitações. 
Ora, não receber uma resposta a uma solicitação de confirmação 
negativa não indica que a solicitação foi de fato recebida pela parte que 
devia confirmar as informações. 
Observe que é mais provável que as partes que confirmam respondam 
indicando seu desacordo quando as informações na solicitação não 
estiverem ao seu favor, e é menos provável que respondam na situação 
 
9 Exceção é a resposta que indica uma diferença entre as informações para as quais se solicitou confirmação ou 
diferença entre os registros da entidade e as informações fornecidas pela parte que confirma. 
 
 
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inversa. Por exemplo, correntistas de contas bancárias têm mais 
probabilidade de responder se acreditarem que falta dinheiro no saldo de 
suas contas do que no caso contrário (ninguém costuma reclamar 
quando recebe dinheiro). 
Além do que já discutimos, há algumas situações que merecem 
interesse, como no caso da administração se recusar a permitir que o 
auditor envie solicitações de confirmação. Por exemplo, se recusando a 
fornecer sua lista de credores ou o contato com seus consultores 
jurídicos. 
Nesses casos, cabe ao auditor indagar sobre as razões dessa recusa e 
procurar evidência sobre sua validade e razoabilidade, avaliar as 
implicações na sua avaliação dos riscos significativos de distorção 
relevante (incluindo o risco de fraude), e executar procedimentos 
alternativos de auditoria definidos para obter evidência de auditoria 
relevante e confiável. 
Se o auditor concluir que a recusa em permitir o envio de solicitações de 
confirmação não é razoável, ou não conseguir obter evidência de 
auditoria relevante e confiável por meio de procedimentos alternativos de 
auditoria, o auditor deve comunicar aos responsáveis pela governança e 
determinar as implicações para a auditoria e para sua opinião sobre as 
demonstrações contábeis. 
Existe também a possibilidade de o auditor identificar fatores que dão 
origem a dúvidas sobre a confiabilidade da resposta a uma solicitação de 
confirmação, como algum risco de interceptação, alteração ou fraude. 
Por exemplo, respostas recebidas eletronicamente (fax ou correio 
eletrônico) podem tornar difícil estabelecer a origem da parte que 
confirma, bem como estar sujeita a alterações/falsificações. 
Nesses casos, se o auditor determinar que uma resposta a uma 
solicitação de confirmação não é confiável, deve avaliar as implicações na 
avaliação dos riscos significativos de distorção relevante, incluindo o 
risco de fraude, e sobre a natureza, época e extensão relacionada a 
outros procedimentos de auditoria. 
Finalmente, existe a possibilidade de resposta não recebida, ou seja, 
quando a parte que confirma não responde ou não responde de maneira 
completa, a uma solicitação de confirmação positiva, ou ainda nos casos 
de devolução de uma solicitação de confirmação não entregue 
(devolução pelo correio, por exemplo, para um destinatário não 
localizado). 
Cabe então ao auditor executar mais uma vez procedimentos 
alternativos de auditoria para obter evidência relevante e confiável. 
 
 
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Contudo, é preciso destacar que se a referida resposta pode ser 
imprescindível, de tal forma que procedimentos alternativosnão 
fornecerão a evidência que o auditor precisa, obrigando-o a determinar 
as implicações para a auditoria e para a sua opinião. 
Mas como funcionam as circularizações? 
O auditor pede a entidade auditada expeça cartas dirigidas a credores, 
fornecedores, clientes, advogados solicitando que confirmem diretamente ao 
auditor determinado fato. 
Quadro comparativo 
Para facilitar a resolução das questões que versam sobre os procedimentos 
técnicos de auditoria vamos fazer um quadro comparativo entre as disposições 
das normas novas e das antigas: 
Normas novas (NBC TA 50010) Normas antigas (NBC T 11) 
Os procedimentos de auditoria descritos 
abaixo podem ser utilizados como 
procedimentos de avaliação de riscos, testes 
de controles ou procedimentos substantivos, 
dependendo do contexto em que sejam 
aplicados pelo auditor: 
Na aplicação dos testes de 
observância e substantivos, o 
auditor deve considerar, entre 
outros, os seguintes procedimentos 
técnicos básicos: 
Inspeção: envolve o exame de registros ou 
documentos, internos ou externos, em forma de 
papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, 
ou o exame físico de um ativo. 
Inspeção: exame de registros e 
documentos (=exame documental), e de 
ativos tangíveis (=inspeção física). 
Observação: consiste no exame do processo ou 
procedimento executado por outros, por exemplo, 
a observação pelo auditor da contagem do 
estoque pelos empregados da entidade ou da 
execução de atividades de controle. 
Observação: acompanhamento de 
processo ou procedimento durante a sua 
execução. 
 
10 Resolução nº 1217/09 - Evidência de Auditoria. 
 
 
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Indagação: consiste na busca de informações 
junto a pessoas com conhecimento, financeiro e 
não financeiro, dentro ou fora da entidade. 
Confirmação externa: representa evidência de 
auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita 
de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em 
forma escrita, eletrônica ou em outra mídia. Os 
procedimentos de confirmação externa 
frequentemente são relevantes no tratamento de 
afirmações associadas a certos saldos contábeis e 
seus elementos. 
Investigação e confirmação: 
obtenção de informações junto a pessoas 
ou entidades conhecedoras da transação, 
dentro ou fora da entidade. 
Recálculo: consiste na verificação da exatidão 
matemática de documentos ou registros. O 
recálculo pode ser realizado manual ou 
eletronicamente. 
Cálculo: conferência da exatidão 
aritmética de documentos 
comprobatórios, registros e 
demonstrações contábeis e outras 
circunstâncias. 
Procedimentos analíticos: consistem em 
avaliação das informações feitas por meio de 
estudo das relações plausíveis entre dados 
financeiros e não financeiros. Os procedimentos 
analíticos incluem também a investigação de 
flutuações e relações identificadas que sejam 
inconsistentes com outras informações relevantes 
ou que se desviem significativamente dos valores 
previstos. 
Revisão Analítica: verificação do 
comportamento de valores significativos, 
mediante índices, quocientes, 
quantidades absolutas ou outros meios, 
com vistas à identificação de situação ou 
tendências atípicas. 
Reexecução: envolve a execução independente 
pelo auditor de procedimentos ou controles que 
foram originalmente realizados como parte do 
controle interno da entidade. 
Sem correspondente. 
Vamos ver algumas questões sobre esse assunto: 
45. (ESAF / Analista - Susep / 2010) O auditor interno, ao realizar seus 
testes, efetuou o acompanhamento dos inventários físicos, confrontou as notas 
fiscais do período com os registros e realizou a circularização dos advogados 
internos e externos. Esses procedimentos correspondem respectivamente a: 
a) investigação, inspeção e observação. 
b) inspeção, observação e investigação. 
c) confirmação, investigação e observação. 
d) circularização, observação e inspeção. 
e) observação, Inspeção e investigação. 
Resolução: 
Vamos ver cada uma das situações: 
Acompanhamento dos inventários físicos - O acompanhamento de processo ou 
procedimento durante a sua execução é denominado de OBSERVAÇÃO. 
 
 
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Confrontou as notas fiscais do período com os registros - O exame de registros 
e documentos e de ativos tangíveis é denominado INSPEÇÃO. 
Circularização dos advogados internos e externos – A obtenção de informações 
junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transação, dentro ou fora da 
entidade é chamada de INVESTIGAÇÃO. 
Portanto, gabarito letra “E”. 
46. (ESAF/AFRFB/2009) - adaptada - A empresa Grandes Resultados S.A. 
possui prejuízos fiscais apurados nos últimos três anos. A empresa estava em 
fase pré-operacional e agora passou a operar em plena atividade. As projeções 
para os próximos cinco anos evidenciam lucros. O procedimento técnico básico 
que aplicado pelo auditor constataria esse evento seria: 
a) ocorrência. 
b) circularização. 
c) recálculo. 
d) inspeção. 
e) inventário físico. 
Resolução: 
Ora, dos procedimentos listados nas assertivas, o único que possibilita a 
constatação pretendida é a inspeção, que envolve o exame de registros ou 
documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou 
em outras mídias, ou, ainda, o exame físico de um ativo. 
A inspeção de registros e documentos fornece evidência de auditoria com 
graus variáveis de confiabilidade, dependendo de sua natureza e fonte e, no 
caso de registros internos e documentos, da eficácia dos controles sobre a sua 
produção. 
Portando, pela própria definição, a inspeção é um procedimento que atinge os 
objetivos propostos pela questão, ou seja, é por meio do exame de registros e 
documentos que o auditor irá obter essas informações. Gabarito, letra “D”. 
47. (ESAF/ATM/Natal/2008) - A Companhia Legal tem estabelecido, em 
seu manual de normas e procedimentos, que o processo de autorização dos 
pagamentos seja feito de forma eletrônica, devendo o supervisor da área 
revisar todas as autorizações dos analistas. Para isso, o supervisor tem 
obrigatoriamente que entrar na área de aprovações do sistema, digitar sua 
senha, passar o seu cartão no leitor óptico e marcar um espaço com “X”, 
autorizando. O auditor, ao visitar a área, presencia um analista de posse do 
 
 
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cartão e senha do supervisor executando sua função. Esse procedimento 
técnico adotado pelo auditor é considerado uma: 
a) investigação. 
b) revisão analítica. 
c) mensuração. 
d) avaliação. 
e) observação. 
Resolução: 
De acordo com as novas normas de auditoria, a observação consiste no exame 
do processo ou procedimento executado por outros, por exemplo, o auditor 
observa os empregados da entidade fazendo a contagem do estoque, ou, 
ainda, da execução de atividades de controle. Gabarito da questão: Letra “E”. 
48. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2009) – ADAPTADA - Avalie as 
seguintes situações: 
I. O auditor deve obter informações junto a pessoas com conhecimento, 
financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade. 
II. O auditor faz uma avaliação das informações feitas por meio de estudo das 
relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. 
Os procedimentos técnicosaplicáveis a essas situações são, respectivamente: 
(A) inspeção e indagação / inspeção dedutiva. 
(B) revisão e análise / confirmação analítica. 
(C) cálculo e observação / procedimentos confirmativos. 
(D) indagação / procedimentos analíticos. 
(E) revisão e observação / análise quantitativa. 
Resolução: 
O enunciado quer saber que procedimentos correspondem a: 
I. O auditor deve obter informações junto a pessoas com conhecimento, 
financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade. (indagação) 
II. O auditor faz uma avaliação das informações feitas por meio de estudo das 
relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. (Procedimentos 
analíticos) 
Portanto, gabarito letra “D”. 
 
 
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49. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças 
Públicas/2008) – ADAPTADA – O procedimento técnico em que o auditor 
busca obter informações de pessoas ou entidades conhecedoras da transação, 
dentro e fora da entidade, é denominado: 
(A) inspeção. 
(B) observação. 
(C) indagação. 
(D) procedimentos analíticos. 
(E) confirmação externa. 
Resolução: 
Essa é bem fácil, não é mesmo? 
O procedimento técnico em que o auditor busca obter informações de pessoas 
ou entidades conhecedoras da transação, dentro e fora da entidade, é 
denominado indagação. Gabarito, letra “C”. 
50. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças 
Públicas/2008) – ADAPTADA – O procedimento técnico adotado no exame 
de provisões, depreciações, amortizações e apuração de estoque, é 
denominado: 
(A) inspeção. 
(B) recálculo. 
(C) observação. 
(D) indagação. 
(E) conciliação. 
Resolução: 
Nessa questão, queremos saber que procedimento vai ajudar na verificação da 
exatidão matemática de provisões, depreciações, amortizações e apuração de 
estoque. 
Trata-se, então, do recálculo. Letra “B”. 
51. (ESAF/AFRFB – Receita/2009) A empresa Grandes Resultados S.A. 
possui prejuízos fiscais apurados nos últimos três anos. A empresa estava em 
fase pré-operacional e agora passou a operar em plena atividade. As projeções 
para os próximos cinco anos evidenciam lucros. O procedimento técnico básico 
que aplicado pelo auditor constataria esse evento seria: 
(A) ocorrência. 
 
 
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(B) circularização. 
(C) cálculo. 
(D) inspeção. 
(E) inventário físico. 
Resolução: 
No caso específico dessa questão, temos que tentar entender qual dos 
procedimentos de auditoria traria essas informações para o auditor 
(constatação de que a empresa teve prejuízos fiscais, que estava em fase pré-
operacional e que as projeções para os próximos anos evidenciam lucros). 
Ora, é a partir da inspeção- por meio do exame de registros e documentos 
que o auditor irá obter essas informações. Logo, a resposta é o item “D”. 
52. (FCC/Analista Administrativo: Contabilidade TJ SE/2009) A 
verificação das atividades que exigem a aplicação de testes flagrantes, com a 
finalidade de revelar erros, problemas ou deficiências que de outra forma 
seriam de difícil constatação, refere-se a Técnica de Auditoria denominada 
(A) Inspeção Física. 
(B) Exame dos Registros. 
(C) Análise Documental. 
(D) Confirmação Externa. 
(E) Observação das Atividades e Condições. 
Resolução: 
Essa questão trata de observação, que consiste no exame de processos 
ou procedimentos executado por outros, por exemplo, a observação pelo 
auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da 
execução de atividades de controle. 
A verificação das atividades que exigem a aplicação de testes flagrantes, com 
a finalidade de revelar erros, problemas ou deficiências que de outra forma 
seriam de difícil constatação, refere-se observação. 
Logo a resposta correta é o item “E”. 
53. (ESAF/Auditor de Tributos Municipais – Sefin Natal/2008) A 
Companhia Legal tem estabelecido, em seu manual de normas e 
procedimentos, que o processo de autorização dos pagamentos seja feito de 
forma eletrônica, devendo o supervisor da área revisar todas as autorizações 
dos analistas. Para isso, o supervisor tem obrigatoriamente que entrar na área 
de aprovações do sistema, digitar sua senha, passar o seu cartão no leitor 
 
 
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óptico e marcar um espaço com “X”, autorizando. O auditor, ao visitar a área, 
presencia um analista de posse do cartão e senha do supervisor executando 
sua função. Esse procedimento técnico adotado pelo auditor é considerado 
uma: 
(A) investigação. 
(B) revisão analítica. 
(C) mensuração. 
(D) avaliação. 
(E) observação. 
Resolução: 
Essa questão apenas traz uma historinha para desvendarmos qual é o 
procedimento em questão. Vejamos... 
O auditor, ao visitar a área, presencia (=observa) um analista de posse do 
cartão e senha do supervisor executando sua função. Ou seja, ele observa um 
processo falho... Trata-se então de uma observação. Logo, a resposta correta 
é o item “E”. 
54. (FCC/Analista Judiciário: Contabilidade – TRT 23ª Região/2007) – 
ADAPTADA – Na execução dos procedimentos de auditoria, a obtenção de 
declaração formal e isenta de pessoas independentes com relação ao ente 
auditado denomina-se 
(A) inspeção física. 
(B) exame de registros. 
(C) exame documental. 
(D) observação e correlação. 
(E) confirmação externa. 
Resolução: 
Na execução dos procedimentos de auditoria, a obtenção de declaração formal 
e isenta de pessoas independentes com relação ao ente auditado denomina-se 
confirmação externa. O gabarito é o item “E”. 
55. (CESPE/Analista de Controle Externo – TCU/2008) A circularização 
de ativos sempre se revela mais eficaz, pois o credor tem mais interesse em 
confirmar seu crédito ou, até mesmo, em apontar possíveis irregularidades. 
Resolução: 
 
 
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Vamos analisar com calma o enunciado, veja que ele confunde o candidato ao 
misturar ‘ativo’ com ‘credor’; ora, a circularização de passivos da entidade é 
mais eficaz, pois o credor, realmente, tem mais interesse em confirmar seu 
crédito. Item errado. 
56. (CESPE/Analista Econômico, Administrativo e Contábil – 
IEMA/2008) Na auditoria contábil, a conferência de cálculos é recomendada, 
mesmo nos casos em que o auditado apresenta um rol de parcelas e o 
respectivo total. Ainda que todas as parcelas estejam corretas, podem ter sido 
adotadas formas de cálculo que alterem o total. 
Resolução: 
Lembre-se que o auditor deve ser desconfiado por natureza, mesmo 
aparentando estar tudo certo, deve efetuar a conferência dos cálculos. Item 
correto. 
57. (CESPE/ACE Espec. Administração Pública e/ou de Empresas – TCE 
AC/2008) Assinale a opção que apresenta a correta correspondência entre a 
técnica de auditoria apresentada e sua definição. 
a) A técnica de observação das atividades e condições consiste na verificação 
das atividades que exigem a aplicação de testes flagrantes. Entre os elementos 
da observação, estão a identificação da atividade específica a ser observada e 
a comparação do comportamento observado com os comportamentos-padrão. 
b) A técnica da confirmação externa consiste no cotejamento deelementos 
numéricos correlacionados. 
c) A técnica do exame dos registros abrange a verificação dos registros 
constantes de controles regulamentares elaborados de forma manual e 
pressupõe a verificação do registro de forma limitada. 
d) A técnica da inspeção física, também denominada corte das operações, 
representa a fotografia do momento-chave de um processo em que a evidência 
é coletada sobre itens tangíveis. 
e) A técnica da indagação escrita ou oral consiste no exame de processos e de 
atos formalizados e na análise de documentos avulsos. 
Resolução: 
Item A – a observação consiste em olhar como um determinado processo ou 
procedimento está sendo executado por outros, no momento de sua execução, 
para verificar se estão sendo feitos de acordo com os comportamentos 
esperados. Item correto. 
Item B – a confirmação externa consiste na solicitação de informações de 
terceiros externos à entidade. Item errado. 
 
 
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Item C – o exame de registros é feito por meio da inspeção, envolve o exame 
de registros ou documentos (exame documental), internos ou externos, em 
forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias. Item errado. 
Item D – a descrição do item se refere ao Cut-off, também conhecido como 
“corte”, falando especificamente em bens tangíveis, representa o momento, a 
data da interrupção das operações para efeito do levantamento da contagem 
física dos bens da empresa. 
Por exemplo, no caso dos estoques, seria inviável você realizar um 
levantamento físico concomitantemente à produção, você contaria dez itens na 
pilha, daqui a pouco teriam onze, doze, treze..., esse levantamento seria 
eterno, por isso, a utilização do corte. Item errado. 
Item E - A indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com 
conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade, ou seja, 
coletar dados e informações com todos aqueles que podem ajudar o auditor a 
forma sua opinião, pode incluir desde indagações escritas formais até 
indagações orais informais. Item errado. 
Portanto, gabarito letra “A”. 
58. (CESPE/Analista de Controle Externo – TCU/2008) A verificação da 
compatibilidade entre os lançamentos efetuados em determinada conta e a 
documentação correspondente é tipo de teste denominado de observância, 
enquanto a verificação do cumprimento da rotina definida para a escrituração 
desses fatos constitui teste do tipo adjetivo. 
Resolução: 
A verificação da compatibilidade entre os lançamentos efetuados em 
determinada conta e a documentação correspondente é chamado de 
conciliação, que é um tipo de procedimento substantivo. Ademais, não 
existem testes “adjetivos”. Item errado. 
 
 
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Amostragem 
Amostragem11 
A amostragem estatística, quando utilizada corretamente, é uma poderosa 
técnica de auditoria, por isso, vamos estudar seus principais pontos. 
Você sabe que um teste eficaz deve fornecer evidência de auditoria apropriada 
e suficiente para as finalidades do auditor. 
Portanto, ao selecionar os itens a serem testados, o auditor deve determinar a 
relevância e a confiabilidade das informações a serem utilizadas como 
evidência de auditoria. A eficácia (suficiência) também é uma consideração 
importante nessa seleção. 
Os meios à disposição do auditor para a seleção de itens são: 
• seleção de todos os itens (exame de 100% ou censo); 
• seleção de itens específicos; e 
• amostragem de auditoria. 
A aplicação de qualquer um desses meios ou de uma combinação deles pode 
ser apropriada dependendo das circunstâncias específicas. O auditor pode 
decidir que será mais apropriado examinar toda a população de itens que 
constituem uma classe de transações ou saldo contábil12 (ou um estrato dentro 
dessa população). Um exame de 100% pode ser apropriado quando, por 
exemplo: 
• a população constitui um número pequeno de itens de grande valor; 
• há um risco significativo e outros meios não fornecem evidência de 
auditoria apropriada e suficiente; ou 
• a natureza repetitiva de um cálculo ou outro processo executado 
automaticamente por sistema de informação torna um exame de 100% 
rápido e eficiente, ou seja, a realização do censo não é custosa. 
Por outro lado, é possível selecionar itens específicos de uma população (sem 
realizar amostragem). Um exemplo seria a seleção de itens específicos dentro 
de uma população porque têm valor elevado, ou exibem alguma característica 
suspeita/não usual, ou são propensos a risco, ou tenham histórico de erros. 
Ao tomar essa decisão, é preciso ter em mente que se está sujeito ao risco de 
não amostragem. Em outras palavras, embora o exame seletivo de itens 
específicos possa ser um meio eficiente de se obter evidências, isso não 
 
11 Resolução CFC nº 1.222/09 – NBC TA 530 – Amostragem em Auditoria. 
12 É improvável um exame de 100% no caso de testes de controles; contudo, é mais comum para testes de detalhes. 
 
 
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constitui amostragem e, consequentemente, os resultados de procedimentos 
de auditoria aplicados a itens selecionados dessa maneira não podem ser 
projetados para a população inteira. 
Finalmente, existe a possibilidade da realização de amostragem – tirar 
conclusões de uma população inteira com base no teste de amostra extraída 
dela. 
As normas de auditoria do CFC definem amostragem como a aplicação de 
procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens da população 
relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de 
amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadas para 
proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a 
população. 
Assim, é possível extrair algumas conclusões importantes dessa definição: 
• Trata-se de um processo que é aplicado em parte da população (menos 
de 100%), por exemplo, se o objetivo for tirar conclusões sobre o 
“Contas a Receber”, analisa-se apenas algumas faturas de clientes. 
• Os itens selecionados para fins de amostragem devem ter sido 
escolhidos randomicamente (aleatoriamente), ou seja, sem viés (bias). 
• O auditor, por meio desse processo, é capaz de ter uma resposta para 
toda a população. Por exemplo, analisando apenas 50 faturas de 
clientes, consegue forma uma opinião sobre o total do “Contas a 
Receber”. 
Enfim, com esse procedimento o auditor chega a uma conclusão sobre aquela 
parcela da população testada (amostra) e extrapola essa conclusão para toda a 
população. A amostra é selecionada a partir de unidades de amostragem – 
itens que constituem a população analisada e que podem ser físicos (por 
exemplo, cheques relacionados em comprovante de depósito, lançamentos de 
crédito em extratos bancários, faturas de venda ou saldos de devedores) ou 
unidades monetárias. 
Unidade de amostragem População 
Cada um dos itens individuais 
que constituem uma população. 
Conjunto completo de dados 
sobre o qual a amostra é 
selecionada e sobre o qual o 
auditor deseja concluir. 
Ora, seria extremamente custoso aplicar os testes de auditoria na totalidade 
dos itens de uma população muito grande, assim, o auditor, a seu critério, 
 
 
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pode utilizar o método da amostragem ao determinar a extensão de um teste 
de auditoria ou método de seleção de itens a testar. 
Por exemplo, a circularização de uma população de 10.000 clientes pode 
apresentar uma relação custo-benefício inviável, de tal forma que, por técnicas 
estatísticas, é possível selecionar uma amostra dessa população – digamos 5% 
(=500 clientes). Aplica-se, então, os testes nessa amostra e as conclusões 
tiradas desses testes são consideradas não só para a amostra, mas, com a 
devida interpretação, para toda a população, ou seja, para os 10.000 clientes. 
Outro exemplo, na realização de uma auditoria operacional o auditor pode se 
utilizar de pesquisas, quando essas pesquisas forem baseadas em amostragem 
estatística, será possível generalizar as conclusões para toda a população. É 
claro que, para garantir essa generalização, a amostra deve refletir as 
características da população-alvo, como veremos mais adiante. Além disso, 
qualquer deficiência do método amostral utilizado deve ser levada em conta na 
interpretação dos resultados da pesquisa e ser devidamente relatada. 
Risco de Amostragem 
Porém, devemos saber que a técnica de amostragem, por implicar na não 
realização dos testes de auditoria na totalidade dos itens, envolve alguma 
incerteza. Se, o auditor necessitasse obter total certeza sobre alguma 
população, teria de aplicar testes em todos os seus componentes (exame de 
100% ou censo), mas como já foi falado, isso na maioria das vezes é inviável. 
Existe, portanto, o que chamamos de risco de amostragem, definido como o 
risco de que a conclusão do auditor, com base na amostra, pudesse ser 
diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de 
auditoria. 
Esse risco, de acordo com a conclusão errônea que pode levar e com o tipo de 
teste em questão (controle ou detalhes), pode ser classificado em: 
• Testes de Controle 
o Risco de subavaliação da confiabilidade13: controles são 
considerados menos eficazes do que realmente são. 
o Risco de superavaliação de confiabilidade14: controles são 
considerados mais eficazes do que realmente são. 
• Testes de Detalhes 
 
13 Também chamado de “risco de avaliação do risco de controle em nível alto demais”. 
14 Também chamado de “risco de avaliação do risco de controle em nível baixo demais”. 
 
 
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o Risco de rejeição incorreta: seja identificada distorção relevante, 
quando, na verdade, ela não existe. 
o Risco de aceitação incorreta: não seja identificada distorção 
relevante, quando, na verdade, ela existe. 
Nota-se que o risco de subavaliação da confiabilidade e o risco de 
rejeição incorreta afetam a eficiência da auditoria, visto que, 
normalmente, conduziriam o auditor a realizar trabalhos adicionais, o que 
estabeleceria que as conclusões iniciais eram incorretas. Ou seja, tornariam a 
auditoria mais onerosa (mais horas de trabalho, mais recursos financeiros 
gastos). 
Por outro lado, o risco de superavaliação da confiabilidade e o risco de 
aceitação incorreta afetam a eficácia da auditoria e têm mais 
probabilidade de conduzir a uma conclusão errônea sobre determinados 
controles, saldos de contas ou classe de transações do que o risco de 
subavaliação da confiabilidade ou o risco de rejeição incorreta. 
Esse último tipo de risco é mais problemático, pois tem maior probabilidade de 
afetar as conclusões da auditoria e nesse caso os efeitos podem ser muito 
danosos. 
Testes de Detalhes Testes de Controle 
Eficiência Risco de rejeição 
incorreta 
Risco de subavaliação da 
confiabilidade 
Eficácia 
Risco de aceitação 
incorreta 
Risco de superavaliação 
de confiabilidade 
Por fim, é importante ter bem claro o que é risco de amostragem e o que é 
risco não resultante da amostragem. Este último é o risco de que o auditor 
chegue a uma conclusão errônea por qualquer outra razão que não seja 
relacionada ao risco de amostragem, como o uso de procedimentos de 
auditoria não apropriados ou a interpretação errônea da evidência de auditoria 
e o não reconhecimento de uma distorção ou de um desvio. 
Tipos de Amostragem 
Ao executar os testes de auditoria o auditor pode utilizar dois tipos de 
amostragem: estatística e a não-estatística (por julgamento). 
Maior problema para o 
auditor 
 
 
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A amostragem estatística é aquela em que a amostra é selecionada 
cientificamente com a finalidade de que os resultados obtidos possam ser 
estendidos ao conjunto de acordo com a teoria da probabilidade ou as regras 
estatísticas. De tal forma que esse processo tem as seguintes características: 
• seleção aleatória dos itens da amostra; e 
• o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das 
amostras, incluindo a mensuração do risco de amostragem. 
Uma amostragem que não tem as características acima descritas é 
considerada não estatística, ou seja, aquela em que a amostra é 
determinada pelo auditor utilizando sua experiência, critério e conhecimento 
da entidade, mas sem base científica. 
A escolha entre os dois tipos de abordagem envolve principalmente a 
consideração da relação custo-benefício do processo. 
O emprego de amostragem estatística é recomendável quando a população a 
ser auditada é grande e os itens da população apresentam características 
homogêneas. Em uma confirmação de contas a receber de uma grande 
empresa de varejo, por exemplo, seria extremamente caro fazer a confirmação 
com todos os clientes que devem para a empresa. 
Ainda nesse contexto, é importante discutir uma espécie particular de 
amostragem estatística: amostragem estratificada ou estratificação. 
Esse tipo particular de amostragem consiste em dividir uma população em 
subpopulações (estratos), cada uma sendo um grupo de unidades de 
amostragem com características semelhantes. Assim, a amostragem é 
realizada separadamente em cada estrato, e os resultados de cada uma dessas 
amostras são combinados em um resultado final. 
Contudo, ressalte-se que os resultados dos procedimentos de auditoria 
aplicados a uma amostra dentro de um estrato só podem ser projetados para 
os itens que compõem esse estrato. Para concluir sobre toda a população, o 
auditor precisa considerar o risco de distorção relevante em relação a todos os 
outros estratos que compõem a população. Assim, se um saldo de conta tiver 
sido dividido em estratos, as distorções projetadas para cada estrato 
separadamente são combinadas na consideração do possível efeito das 
distorções no total. 
A estratificação permite que a eficiência da auditoria seja melhorada se o 
auditor estratificar a população, dividindo-a em subpopulações distintas, 
reduzindo dessa maneira a variabilidade dos itens de cada estrato e, portanto, 
permitindo que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o risco de 
amostragem. É essa diminuição da variabilidade (conseguida graças à 
 
 
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formação de grupos homogêneos) que permite a redução do tamanho da 
amostra. 
Na execução dos testes de detalhes, por exemplo, a população é geralmente 
estratificadapor valor monetário, permitindo que o trabalho maior de auditoria 
possa ser direcionado para os itens de valor maior, uma vez que esses itens 
podem conter maior potencial de distorção em termos de superavaliação. 
Da mesma forma, a população pode ser estratificada de acordo com uma 
característica específica que indica maior risco de distorção como, por 
exemplo, no teste da provisão para créditos de liquidação duvidosa, os saldos 
podem ser estratificados por idade ou clientes. 
Definição da Amostra 
Vimos que a amostragem de auditoria permite que o auditor obtenha e avalie 
a evidência de auditoria em relação a algumas características dos itens 
selecionados de modo a formar uma conclusão sobre a população da qual a 
amostra é retirada. Para isso, é preciso definir a amostra. 
Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do 
procedimento de auditoria e as características da população da qual será 
retirada a amostra. 
No que se refere à finalidade do procedimento, o auditor deve considerar os 
fins específicos a serem alcançados e a combinação de procedimentos que 
devem alcançar esses fins, incluindo um claro entendimento do que realmente 
constitui desvio ou distorção. 
Por exemplo, em um teste de detalhes relacionado com a existência de contas 
a receber, um registro errôneo entre as contas de clientes (p. ex. a dívida é 
lançada no cliente errado), não afeta o saldo total das contas a receber, 
portanto, pode não ser apropriado considerar que isso seja uma distorção na 
avaliação dos resultados da amostragem desse procedimento em particular, 
por mais que isso possa ter um efeito importante em outras áreas da auditoria, 
como por exemplo, na avaliação do risco de fraude ou da adequação da 
provisão para créditos de liquidação duvidosa. 
Já ao considerar as características de uma população, o auditor, para 
estabelecer a amostra de auditoria e determinar seu tamanho deve avaliar: 
• taxa esperada de desvio15 (no caso de testes de controle), com 
base no entendimento do auditor dos controles relevantes ou no 
exame de pequena quantidade de itens da população. 
 
15 A taxa esperada de desvios corresponde ao erro que o auditor espera encontrar em determinado procedimento de 
controle. 
 
 
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Se a taxa esperada de desvio for inaceitavelmente alta, o auditor 
geralmente decide por não executar os testes de controles (nesse 
caso, o auditor terá que considerar um risco maior nos testes de 
detalhes). 
• distorção esperada na população16 (no caso de testes de 
detalhes), com base na experiência do auditor ou no exame de 
pequena quantidade de itens da população. 
Se a distorção esperada for alta, o exame completo ou o uso de 
amostra maior pode ser apropriado ao executar os testes de detalhes. 
Além disso, ao considerar as características da população da qual a amostra 
será extraída, o auditor pode determinar se a estratificação ou a seleção com 
base em valores é apropriada. 
Tamanho da amostra 
Outro passo importante no processo de definição da amostra é a determinação 
do tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de amostragem a um 
nível mínimo aceitável. 
Dessa forma, logicamente um importante componente nessa definição é o 
nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar, de forma 
que quanto menor o risco, maior deve ser o tamanho da amostra. Em outras 
palavras, para se obter um menor risco amostragem é necessário utilizar uma 
amostra maior. 
Vimos que cada um dos itens individuais que constituem uma população 
representa uma unidade de amostragem. As unidades de amostragem podem 
ser itens físicos (por exemplo, cheques relacionados em comprovante de 
depósito, lançamentos de crédito em extratos bancários, faturas de venda ou 
saldos de devedores) ou unidades monetárias. 
A pergunta que fica é: como definir esses itens? 
Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve: 
• considerar a finalidade do procedimento de auditoria e as características 
da população da qual será retirada a amostra; 
• determinar um tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de 
amostragem a um nível mínimo aceitável; 
 
16 A distorção esperada na população é o erro que o auditor espera encontrar em determinado saldo avaliado em um 
teste de detalhes. 
 
 
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• selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de 
amostragem da população tenha a mesma chance de ser selecionada. 
Mais especificamente no que se refere ao tamanho da amostra, os apêndices 2 
(testes de controles ) e 3 (testes de detalhes) da NBC TA 530 trazem diversos 
fatores que o auditor pode levar em consideração na sua determinação. 
Os quadros abaixo resumem esses fatores e o seu efeito no tamanho da 
amostra: 
Apêndice 2: Testes de controle
Fator 
Efeito no tamanho 
da amostra 
1. Aumento na extensão na qual a avaliação de risco do 
auditor leva em consideração os controles relevantes 
Aumento 
2. Aumento na taxa tolerável de desvio Redução 
3. Aumento na taxa esperada de desvio da população a ser 
testada 
Aumento 
4. Aumento no nível de segurança desejado do auditor de 
que a taxa tolerável de desvio não seja excedida pela taxa 
real de desvio na população 
Aumento 
5. Aumento na quantidade de unidades de amostragem na 
população 
Efeito negligenciável
Apêndice 3: Testes de detalhes
Fator 
Efeito no tamanho 
da amostra 
1. Aumento na avaliação do risco de distorção relevante do 
auditor 
Aumento 
2. Aumento no uso de outros procedimentos substantivos 
direcionados à mesma afirmação 
Redução 
3. Aumento no nível de segurança desejado pelo auditor de 
que uma distorção tolerável não é excedida pela distorção 
real na população 
Aumento 
4. Aumento na distorção tolerável Redução 
5. Aumento no valor da distorção que o auditor espera Aumento 
 
 
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encontrar na população 
6. Estratificação da população, quando apropriado Redução 
7. Quantidade de unidades de amostragem na população Efeito negligenciável
Métodos de seleção de amostra 
O auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade 
de amostragem da população tenha a mesma chance de ser selecionada 
(princípio da aleatoriedade). 
Pela amostragem estatística, os itens da amostra são selecionados de modo 
que cada unidade de amostragem tenha uma probabilidade conhecida de ser 
selecionada. 
Pela amostragem não estatística, o julgamento é usado para selecionar os 
itens da amostra. Contudo, independente do tipo de amostragem, como a 
finalidade do processo é a de fornecer base razoável para o auditor concluir 
quanto à população da qual a amostra é selecionada, é importante que a 
amostra seja representativa, de modo a evitar tendenciosidade mediante a 
escolha de itens da amostra que tenham características típicas da população. 
Vamos ver os principais métodos para selecionar amostras: 
• Seleção aleatória (randômica): é a que assegura que todos os 
itens da população ou do estrato fixado tenham idêntica possibilidade 
de serem escolhidos. Exemplo: em um conjunto com 1.000 notas 
fiscais, numeradasde 1 a 1.000, são sorteadas para teste por 
intermédio de algum mecanismo aleatório, como por exemplo, 
aqueles globos utilizados nos sorteios da loteria. 
• Seleção sistemática (por intervalo): é aquela em que a seleção de 
itens é procedida de maneira que haja sempre um intervalo constante 
entre cada item selecionado, seja a seleção feita diretamente da 
população a ser testada, ou por estratos dentro da população. Ou 
seja, no exemplo anterior, você estabelece qual o intervalo a ser 
aplicado – por exemplo, 100 – faz o sorteio da primeira nota, digamos 
que seja a de número 225, então, as notas selecionadas para a 
amostra serão as de número 025, 125, 225, 325 ... 925. 
Ao usar uma seleção sistemática, o auditor precisaria determinar que 
as unidades de amostragem da população não estão estruturadas de 
modo que o intervalo de amostragem corresponda a um padrão em 
particular da população. 
 
 
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• Amostragem de unidade monetária: é um tipo de seleção com 
base em valores, na qual o tamanho, a seleção e a avaliação da 
amostra resultam em uma conclusão em valores monetários. 
• Seleção ao acaso: é aquela feita a critério do auditor, baseada em 
sua experiência profissional. 
Esse método pode ser uma alternativa aceitável para a seleção, desde 
que o auditor tente extrair uma amostra representativa da população, 
sem intenção de incluir ou excluir unidades específicas, evitando 
qualquer tendenciosidade ou previsibilidade consciente (por exemplo, 
evitar itens difíceis de localizar ou escolher ou evitar sempre os 
primeiros ou os últimos lançamentos de uma página). A seleção ao 
acaso não é apropriada quando se usa a amostragem estatística. 
• Seleção de bloco: envolve a seleção de um ou mais blocos de itens 
contíguos da população. 
A seleção de bloco geralmente não pode ser usada em amostragem 
de auditoria porque a maioria das populações está estruturada de 
modo que esses itens em sequência podem ter características 
semelhantes entre si, mas características diferentes de outros itens de 
outros lugares da população. Embora, em algumas circunstâncias, 
possa ser apropriado que um procedimento de auditoria examine um 
bloco de itens, ela raramente seria uma técnica de seleção de amostra 
apropriada quando o auditor pretende obter inferências válidas sobre 
toda a população com base na amostra. 
Análise e Projeção de Distorções 
Como já foi exaustivamente discutido, o objetivo da amostragem é chegar a 
uma conclusão para toda a população com base nos resultados obtidos com a 
amostra. Ora, isso quer dizer que se busca extrapolar os resultados da 
amostra para a população. Resta-nos então saber como é feita essa 
extrapolação, principalmente no que se refere às distorções e aos desvios 
encontrados. 
O primeiro passo, nesse processo, é a análise dos desvios e das distorções 
identificados. O auditor deve investigar a natureza e a causa de quaisquer 
desvios ou distorções identificados e avaliar o possível efeito causado por eles 
na finalidade do procedimento de auditoria e em outras áreas de auditoria. 
Assim, o auditor talvez observe que muitos desvios ou distorções têm uma 
característica em comum como, por exemplo, o tipo de operação, local, linha 
de produto ou período de tempo. Nessas circunstâncias, o auditor pode decidir 
identificar todos os itens da população que tenham a característica em comum 
 
 
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e estender os procedimentos de auditoria para esses itens. Além disso, esses 
desvios ou distorções podem ser intencionais e podem indicar a possibilidade 
de fraude. 
Feita a análise da natureza dos desvios (testes de controle) e das distorções 
(testes de detalhe), é necessário que se faça a projeção dos erros encontrados 
na amostra para a população. 
Para os testes de detalhes, o auditor deve projetar, para a população, as 
distorções encontradas na amostra para obter uma visão mais ampla da escala 
de distorção. Geralmente uma distorção encontrada na amostra é ampliada 
quanto projetada para a população. Por exemplo, o exame de uma amostra de 
notas fiscais revelou uma distorção de 1,0% na amostra, quando projetada 
para a população, essa distorção pode ser aumentada para, por exemplo, 
2,5%, dependendo do desvio padrão, variação dos itens da amostra etc. 
O cálculo dessa projeção foge do escopo de nosso curso e, geralmente, é 
realizado por meio de fórmulas, tabelas e softwares estatísticos. 
Ademais, dentro desse processo, vale à pena destacar a existência de 
“anomalias” - distorções ou desvios que são comprovadamente não 
representativos de distorção ou desvio em uma população. É o que chamamos 
de ponto fora da curva. Assim, quando a distorção tiver sido estabelecida como 
uma anomalia, ela pode ser excluída da projeção das distorções para a 
população ou ser devidamente tratada, de forma a não comprometer a análise 
da projeção das distorções não anômalas. 
Quando o auditor considera que uma distorção ou um desvio descoberto são 
anomalias, deve obter um alto grau de certeza de que não sejam 
representativos da população, mediante a execução de procedimentos 
adicionais de auditoria. 
Finalmente, para testes de controles, não é necessária qualquer projeção 
explícita dos desvios uma vez que a taxa de desvio da amostra também é a 
taxa de desvio projetada para a população como um todo. 
Tipo de teste Projeção da distorção ou desvio 
Teste de Detalhes É necessária 
Teste de Controle Não é necessária 
Tipos de erro 
O erro amostral é a diferença entre o valor obtido no processo de 
amostragem e o verdadeiro valor do parâmetro que se deseja estimar. 
 
 
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Por exemplo, o auditor, por meio de um processo de amostragem, identificou 
uma taxa de 1% de desvio em um procedimento de controle. Se o valor real 
for 2%, então o erro será dado por 2% - 1% = 1%. 
Erro tolerável 
• Distorção tolerável é um valor monetário definido pelo auditor para 
obter um nível apropriado de segurança de que esse valor monetário não 
seja excedido pela distorção real na população. 
• Taxa tolerável de desvio é a taxa de desvio dos procedimentos de 
controles internos previstos, definida pelo auditor para obter um nível 
apropriado de segurança de que essa taxa de desvio não seja excedida 
pela taxa real de desvio na população. 
Agora, vamos fazer um comparativo com as normas revogadas, que dispunha 
sobre o erro tolerável (=aceitável), que representa o erro máximo na 
população que o auditor está disposto a aceitar e, ainda assim, concluir que 
o resultado da amostra atingiu o objetivo da auditoria. 
Assim: 
Tipo de teste Erro tolerável 
Observância 
(=controle) 
Taxa máxima de desvio de um procedimento de 
controle estabelecido que o auditor está disposto a 
aceitar, baseado na avaliação preliminar de risco de 
controle. (= taxa tolerável de desvios) 
Substantivo 
(=detalhes) 
Erro monetário máximo no saldo de uma conta ou uma 
classe de transações que o auditor está disposto a 
aceitar, de forma que, quando os resultados de todos os 
procedimentos de auditoria forem considerados, o 
auditor possa concluir, com segurança razoável, que as 
Demonstrações Contábeis não contêm distorções 
relevantes. (= distorção tolerável) 
O auditor deve investigara natureza e a causa de quaisquer desvios ou 
distorções identificados e avaliar o possível efeito causado por eles na 
finalidade do procedimento de auditoria e em outras áreas de auditoria. 
Finalmente, vale à pena destacar outro conceito relacionado a erro (desvio e 
distorção) amostral. 
• Taxa esperada de desvios corresponde ao erro que o auditor espera 
encontrar em determinado procedimento de controle. 
• Distorção esperada na população é o erro que o auditor espera 
encontrar em determinado saldo avaliado em um teste de detalhes. 
 
 
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Observação: As normas revogadas falavam ainda sobre o erro esperado em 
uma população, que era aquele estimado pelo auditor considerando aspectos 
como, por exemplo, os níveis de erros identificados em auditorias 
anteriores, mudança nos procedimentos da entidade e evidência obtida 
na aplicação de outros procedimentos de auditoria etc. Assim, tamanhos 
menores de amostra justificam-se quando se espera que a população esteja 
isenta de erros. 
Avaliação dos Resultados da Amostragem 
O último passo em um processo de amostragem consiste em avaliar seus 
resultados, sob dois prismas: 
• avaliar os resultados da amostra; e 
• avaliar se o uso de amostragem de auditoria forneceu uma base 
razoável para conclusões sobre a população que foi testada. 
Ao avaliar os resultados da amostra o auditor pode se deparar com as 
seguintes situações: para os testes de controles, uma taxa de desvio da 
amostra inesperadamente alta pode levar a um aumento no risco identificado 
de distorção relevante, já para os testes de detalhes, o valor de distorção 
inesperadamente alto em uma amostra pode levar o auditor a acreditar que 
uma classe de operações ou o saldo de uma conta está distorcido de modo 
relevante. 
Vimos que, no caso específico de testes de detalhes, a distorção projetada é a 
melhor estimativa do auditor de distorção real na população. Assim, quando 
esse resultado exceder uma distorção tolerável, a amostra não fornece uma 
base razoável para conclusões sobre a população que foi testada. 
Além disso, se a distorção projetada for maior do que as expectativas de 
distorção do auditor usadas para determinar o tamanho da amostra, o auditor 
pode concluir que há um risco inaceitável de amostragem e pode decidir por 
realizar uma nova amostragem. Podemos resumir a discussão nas seguintes 
expressões: 
Testes de Controle
Taxa de Desvio da Amostra > Taxa Tolerável de Desvio => Amostragem Falha 
Testes de Detalhes
Distorção Projetada > Distorção Tolerável => Amostragem Falha 
 
 
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Essa análise pode ainda ser feita a partir de outra abordagem, que considera, 
respectivamente para testes de controle e de detalhes, o Limite Superior de 
Desvios (LSD) e o Limite Superior de Erros (LSE). 
Esse limite superior é a taxa máxima de desvios ou distorções admitida pelo 
auditor na avaliação de seu processo de amostragem, assim, se o desvio ou 
distorção encontrado para a população somado a uma provisão de risco de 
amostragem (PRA) for superior a esse limite, o processo de amostragem 
conduzido pelo auditor foi falho. 
Lembre-se que o risco de amostragem relaciona-se com a possibilidade de que 
uma amostra adequadamente selecionada não seja representativa da 
população, e por esse motivo essa provisão de risco é somada a taxa de 
desvios e/ou distorções encontradas para definir um limite para se comparar 
aos erros toleráveis. 
Por fim, se o auditor conclui que a amostragem de auditoria não forneceu uma 
base razoável para conclusões sobre a população que foi testada, o auditor 
pode: 
• realizar uma nova amostragem; 
• solicitar que a administração investigue as distorções identificadas e 
faça quaisquer ajustes necessários; ou 
• ajustar a natureza, época e extensão de procedimentos adicionais 
para melhor alcançar a segurança exigida (ex.: realizar nova 
amostragem; aumentar tamanho da amostra; modificar os 
procedimentos substantivos etc.). 
Vamos ver como o assunto ‘amostragem’ pode cair na sua prova: 
59. (CESPE/Inspetor de Controle Externo – TCE RN/2009) Os 
procedimentos da amostragem por julgamento são largamente difundidos, 
Testes de Controle
LSD = Taxa de Desvios da Amostra + PRA 
LSD > Taxa Tolerável de Desvio => Amostragem Falha 
Testes de Detalhes
LSE = Erro Projetado para População + PRA 
LSE > Distorção Tolerável => Amostragem Falha 
 
 
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ainda que possam ser considerados teoricamente falhos, por determinadas 
razões, entre as quais inclui-se a impossibilidade de os auditores estimarem 
quantitativamente o risco que assumem. 
Resolução: 
A amostragem por julgamento ou não-estatística é aquela que não utiliza 
critérios científicos para a seleção da amostra e, portanto, não utiliza a teoria 
das probabilidades para avaliar seus resultados, incluindo a mensuração do 
risco de amostragem. Item correto. 
60. (FGV / ICMS-RJ / 2010) O Conselho Federal de Contabilidade – CFC, 
com relação à amostragem em auditoria, define o termo anomalia como: 
(A) o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, possa ser 
diferente se toda a população estiver sujeita ao mesmo procedimento de 
auditoria. 
(B) a distorção ou o desvio comprovadamente não representativo de distorção 
ou desvio em uma população. 
(C) o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo 
um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes. 
(D) um valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado 
de segurança de que esse valor monetário não seja excedido pela distorção 
real na população. 
(E) o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra é selecionada e 
sobre o qual o auditor deseja concluir. 
Resolução: 
O CFC, na NBC TA 530, define “Anomalia” como a distorção ou o desvio que é 
comprovadamente não representativo de distorção ou desvio em uma 
população. 
Portanto, o gabarito é a letra “B”. 
61. (FCC / Analista - APOFP / 2010) Para propiciar representatividade da 
população contábil aplicada nos testes de auditoria, o auditor pode estipular 
intervalos uniformes entre os itens a serem selecionados como um método de 
seleção de amostras denominado 
(A) amostragem ao acaso. 
(B) números aleatórios. 
(C) amostragem de atributos. 
(D) amostragem sistêmica. 
 
 
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(E) amostragem por bloco. 
Resolução: 
O método de seleção sistemática (=sistêmica ou por intervalo) é aquele onde é 
observando um intervalo constante entre as transações realizadas. 
Portanto, o gabarito é a letra “D”. 
62. (CESPE/Auditor – Unipampa/2009) Na amostragem probabilística, a 
amostra deve ser selecionada por critérios decorrentes da experiência 
profissional do auditor, que deve levar em conta o conhecimento do setor em 
exame. 
Resolução: 
A amostragem na qual a amostra é selecionada por critérios decorrentes da 
experiência profissional do auditor é chamada de não-estatística, que é aquela 
que não utiliza a teoria das probabilidades. A amostragem probabilística ou 
estatísticaé aquela que utiliza critérios científicos para a seleção da amostra. 
Portanto, item errado. 
63. (CESPE/Analista de Controle Externo – TCU/2008) Se for verificado, 
na realização de uma auditoria, que o controle interno da empresa é 
satisfatório e o risco, relativamente reduzido, o auditor deve estabelecer nível 
de confiança mais elevado e amostra menor. 
Resolução: 
Se o auditor verificar que o controle interno é satisfatório e o risco de 
ocorrerem erros for baixo, ele confiará mais nos dados produzidos pelos 
sistemas da entidade, e como a expectativa de erro é mais baixa, a amostra 
será menor. Item correto. 
64. (CESPE/Analista Judiciário - Área: Administrativa – Contabilidade – 
STF/2008) O tamanho da amostra independe do nível do risco de 
amostragem dos seus resultados, pois cada item da população tem a mesma 
probabilidade de ser selecionado. 
Resolução: 
O risco de amostragem influencia o tamanho da amostra, quanto menor for o 
risco de amostragem que o auditor estiver disposto a aceitar, maior deverá ser 
 
 
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a amostra; ou, em outras palavras, quanto maior o risco de amostragem, 
maior deverá ser a amostra. Item errado. 
65. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças 
Públicas/2008) Ao determinar a extensão de um teste ou ao selecionar os 
itens a serem testados, o auditor: 
(A) pode empregar técnicas de amostragem estatística, levando sempre em 
consideração o risco de auditoria. 
(B) não deve empregar técnicas de amostragem estatística, já que isso 
aumentaria o risco de auditoria. 
(C) deve examinar 100% de seu universo, levando sempre em consideração o 
risco de auditoria 
(D) não pode empregar técnicas de entrevista estatística. 
(E) deve utilizar sua experiência, bem como testar 100% de seu universo. 
Resolução: 
Vamos analisar item a item: 
Item (A): pode empregar técnicas de amostragem estatística, levando 
sempre em consideração o risco de auditoria. 
Correto. O auditor pode aplicar procedimentos de auditoria em menos de 
100% dos itens de população (amostragem), para proporcionar uma base 
razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a população. 
Além disso, o risco de auditoria deve ser sempre considerado. 
Item (B): não deve empregar técnicas de amostragem estatística, já que isso 
aumentaria o risco de auditoria. 
Errado. Vimos que o auditor pode empregar amostragem estatística. O risco de 
amostragem é inerente a esse processo, pois sempre lidamos com segurança 
razoável (nunca absoluta). 
Item (C): deve examinar 100% de seu universo, levando sempre em 
consideração o risco de auditoria. 
Errado. Nem sempre o auditor deve realizar um censo. A norma fala que esse 
processo é cabível quando, por exemplo, a população constitui um número 
pequeno de itens de grande valor. 
Item (D): não pode empregar técnicas de entrevista estatística. 
Errado. Entrevistas estatísticas??? Esse é um processo um pouco estranho. O 
item simplesmente misturou conceitos para confundir os candidatos. 
 
 
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Item (E): deve utilizar sua experiência, bem como testar 100% de seu 
universo. 
Mais uma vez, nem sempre o auditor deve realizar censos ou seleção de itens 
específicos, pois existe a possibilidade de amostragem. 
Temos então que a resposta correta é o item “A”. 
66. (FGV/Senado Federal – Analista Legislativo: Contabilidade/2008) 
Ao usar métodos de amostragem estatística ou não estatística, o auditor deve 
projetar e selecionar uma amostra, aplicar a essa amostra procedimentos de 
auditoria, e avaliar os resultados da amostra, de forma a proporcionar: 
(A) evidência de auditoria suficiente e apropriada. 
(B) achados de auditoria relevantes e adequados. 
(C) realização do processo da auditoria. 
(D) reconhecimento dos riscos de auditoria. 
(E) aplicação da adequada técnica de auditoria. 
Resolução: 
Bom... essa questão é bastante simples. 
Como vimos, o objetivo de um processo de amostragem é o de proporcionar 
uma base razoável para o auditor concluir quanto à população da qual a 
amostra é selecionada. 
Em outras palavras, obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para 
as finalidades do auditor. 
Temos então que a resposta correta é o item “A”. 
67. (ESAF/AFRFB – Receita Federal/2002) – ADAPTADA – O risco de 
amostragem em auditoria nos testes de detalhes pode ser assim classificado: 
(A) subavaliação e superavaliação da confiabilidade. 
(B) aceitação incorreta e superavaliação da confiabilidade. 
(C) superavaliação da confiabilidade e rejeição incorreta. 
(D) rejeição incorreta e subavaliação da confiabilidade. 
(E) rejeição incorreta e aceitação incorreta. 
Resolução: 
 
 
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O enunciado fala de testes de detalhes, ou seja, se os valores estão 
apropriadamente refletidos nas demonstrações contábeis. 
Sabemos que os riscos de subavaliação e superavaliação de confiabilidade 
estão relacionados ao adequado funcionamento dos controles internos. 
Portanto, os itens “A”, “B”, “C” e “D” estão errados. 
O item “E” está correto, pois rejeição incorreta é o risco de concluir que o saldo 
está errado, mas, efetivamente, não está; e aceitação incorreta: é o risco de 
concluir que o saldo está correto, mas, efetivamente, está errado. 
Portanto, a resposta correta é o item “E”. 
68. (FCC/ Analista de Controle Externo – TCE AM/2008) Ao utilizar o 
método de amostragem estatística em substituição ao não-estatístico para a 
seleção de base de dados, o auditor está reduzindo a possibilidade de risco de 
(A) controle decorrente da utilização de critérios aleatórios. 
(B) detecção por não utilizar critérios probabilísticos e não-probabilísticos 
conjuntamente. 
(C) seleção originada do direcionamento da amostra para uma escolha 
conduzida. 
(D) informação devido à falta de critério na seleção pelo método 
nãoestatístico. 
(E) amostragem decorrente da não utilização das leis de probabilidades. 
Resolução: 
Ao utilizar o método de amostragem estatística em substituição ao 
nãoestatístico para a seleção de base de dados, o auditor está reduzindo 
a possibilidade de risco de amostragem decorrente da não utilização das leis 
de probabilidades. 
Note que, em um processo não estatístico de amostragem, como não é 
possível utilizar a teoria das mensurar do risco de amostragem, esse risco 
aumenta, pois fica fora de controle. 
Portanto, a resposta correta é o item “E”. 
69. (FCC/Auditor – TCE AM/2007) Em relação à amostragem estatística 
em auditoria, é correto afirmar: 
(A) A sua principal característica é estar baseada na experiência pessoal do 
auditor. 
 
 
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(B) Ela deve ser utilizada em todos os casos, inclusive quando a população é 
pequena ou quando há necessidade de alta precisão nas estimativas. 
(C) Na amostragem estratificada, cada elemento da população tem a mesma 
chance de pertencer à amostra, pois estão distribuídos de maneira uniforme. 
(D) O objetivo da ação de controle é irrelevante para a elaboração do plano 
amostral. 
(E) O grau de precisão das estimativas está relacionadoao percentual máximo 
que se admitirá de erros para os resultados obtidos na amostra. 
Resolução: 
Vamos analisar cada um dos itens: 
Item (A): A sua principal característica é estar baseada na experiência 
pessoal do auditor. 
Errado. Essa é a definição de amostragem não-estatística. 
Item (B): Ela deve ser utilizada em todos os casos, inclusive quando a 
população é pequena ou quando há necessidade de alta precisão nas 
estimativas. 
Errado. Amostragem estatística não deve ser usada em todos os casos. 
Quando a população é pequena e há necessidade de alta precisão, é melhor 
fazer um censo. 
Item (C): Na amostragem estratificada, cada elemento da população tem a 
mesma chance de pertencer à amostra, pois estão distribuídos de maneira 
uniforme. 
Errado. Na amostragem estratificada, os elementos são separados por 
estratos. 
Item (D): O objetivo da ação de controle é irrelevante para a elaboração do 
plano amostral. 
Errado. O objetivo da auditoria é um dos elementos para definição da amostra. 
Item (E): O grau de precisão das estimativas está relacionado ao percentual 
máximo que se admitirá de erros para os resultados obtidos na amostra. 
Certo. Quanto menor o erro tolerável, maior será o grau de precisão das 
estimativas. 
 
 
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70. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças 
Públicas/2008) Assinale a alternativa que apresente a definição de Erro 
Amostral. 
(A) É a diferença entre o valor máximo e mínimo, considerando ainda a 
tendência de erro. 
(B) É a diferença entre o valor que a estatística pode acusar e o verdadeiro 
valor do parâmetro que se deseja estimar. 
(C) É a diferença entre o valor que a estatística não pode acusar e o 
verdadeiro valor do parâmetro que se deseja estimar. 
(D) É a soma do desvio-padrão e do erro-padrão da média. 
(E) É a soma do intervalo de confiança e do desvio-padrão. 
Resolução: 
Bom... não precisamos de muito para saber a resposta certa. 
A definição de Erro Amostral é a diferença entre o valor que a estatística pode 
acusar (aquele encontrado no processo de amostragem) e o verdadeiro valor 
do parâmetro que se deseja estimar. 
Portanto, a resposta correta é o item “B”. 
71. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2007) – ADAPTADA - Avalie as 
afirmativas a seguir: 
I. A amostragem de atributos é um teste de controle. 
II. A amostragem de variáveis é um procedimento substantivo. 
III. A amostragem de atributos visa a estimar um total monetário de uma 
população ou o valor monetário de erros em uma população. 
IV. A amostragem de variáveis visa a estimar a taxa de desvios em uma 
população. 
Assinale: 
(A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(C) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Resolução: 
Para responder essa questão temos que sair um pouco das normas de 
auditoria e ver alguns conceitos presentes na literatura (Boynton, 2002). 
 
 
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Vimos que o auditor pode utilizar amostragem para obter informações sobre 
muitas características de uma população. No entanto, geralmente se está 
preocupado em obter respostas para a taxa de desvios nos controles da 
entidade ou para as distorções relevantes presentes nos saldos contábeis. 
Portanto, dizemos que amostragem de atributos é aquela utilizada para 
estimar a taxa de desvios da população e amostragem de variáveis é aquela 
utilizada para estimar um total monetário ou o valor monetário de erros em 
uma população. 
Técnica de 
Amostragem 
Tipo de teste Finalidade 
Amostragem de 
atributos 
Teste de controle 
estimar a taxa de 
desvios da população 
Amostragem de 
variáveis 
Teste de detalhes 
estimar um total 
monetário ou o valor 
monetário de erros em 
uma população 
Vejamos agora os itens: 
Item (I): A amostragem de atributos é um teste de controle. 
Correto. Vide tabela acima. 
Item (II): A amostragem de variáveis é um procedimento substantivo. 
Correto. Vide tabela acima. 
Item (III): A amostragem de atributos visa a estimar um total monetário de 
uma população ou o valor monetário de erros em uma população. 
Errado. Essa é a definição de amostragem de variáveis. 
Item (IV): A amostragem de variáveis visa a estimar a taxa de desvios em 
uma população. 
Errado. Essa é a definição de amostragem de atributos. 
Portanto, a resposta correta é o item “A”. 
72. (FGV/TCM RJ – Auditor/2008) – ADAPTADA - Tendo em vista a 
exigüidade do tempo ou visando minimizar os custos, é comum, na atividade 
de auditoria, o uso de técnicas de amostragem estatística e não-estatística. 
Nesse diapasão, uma das maiores preocupações do auditor reside na obtenção 
de uma amostra representativa, qual seja aquela que apresenta as mesmas 
 
 
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características da população. Assim, ao selecionar uma amostra, deverá levar 
em consideração os seguintes itens (aspectos), de acordo com o CFC 
(Resolução 1.222 de 2009): 
(A) tamanho da população, taxa tolerável de desvios e taxa esperada de 
desvios. 
(B) risco de amostragem, estratificação e procedimentos substantivos. 
(C) tamanho da amostra, controle interno e estratificação. 
(D) objetivos específicos da auditoria, distorção tolerável e distorção esperada. 
(E) procedimentos substantivos, distorção esperada e testes de controle. 
Resolução: 
Voltamos, agora, a analisar cada um dos itens da questão e vamos identificar o 
que não é relevante para determinar a amostra: 
Item (A): tamanho da população, taxa tolerável de desvios e taxa esperada 
de desvios. 
Item (B): risco de amostragem, estratificação e procedimentos substantivos. 
Item (C): tamanho da amostra, controle interno e estratificação. 
Item (D): objetivos específicos da auditoria, distorção tolerável e distorção 
esperada. 
Item (E): procedimentos substantivos, distorção esperada e testes de 
controle. 
Portanto, a resposta correta é o item “D”. 
73. (FGV/TCM PA – Auditor/2008) – ADAPTADA - Durante o 
desenvolvimento dos trabalhos de auditoria, é comum o uso de técnicas de 
amostragem estatística e não estatística. Embora não seja obrigatório, o uso 
dessas técnicas pode colaborar para a otimização de recursos. Uma das 
maiores preocupações do auditor ao selecionar a amostra é que ela seja 
representativa, ou seja, que tenha as mesmas características da população. 
Nesse sentido, ao planejar e determinar a amostra, deve levar em 
consideração, consoante a Resolução nº 1.222/09 do CFC, os seguintes 
aspectos: 
(A) os objetivos específicos de auditoria, o tamanho da amostra e a taxa 
tolerável de desvios. 
(B) a população, a distorção potencial e o risco de detecção. 
(C) a estratificação da população, a estratificação da amostra e o desvio 
quantificável. 
 
 
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(D) a população, a estratificação da amostra e o erro (desvio) padrão. 
(E) o desvio esperado, o desvio tolerável e o desvio inesperado.Resolução: 
Bom... essa questão é idêntica à anterior, de forma que vamos, mais uma vez, 
identificar o que não é relevante para determinar a amostra: 
Item (A): os objetivos específicos de auditoria, o tamanho da amostra e a 
taxa tolerável de desvios. 
Item (B): a população, a distorção potencial e o risco de detecção. 
Item (C): a estratificação da população, a estratificação da amostra e o 
desvio quantificável. 
Item (D): a população, a estratificação da amostra e o erro (desvio) padrão. 
Item (E): o desvio esperado, o desvio tolerável e o desvio inesperado. 
Logo, temos que a resposta é a letra “A”. 
74. (ESAF/AFTE – Sefaz RN/2005) Dadas as tabelas fornecidas a seguir, 
responda: 
Tabela I: 5% de risco de Avaliação do Risco de Controle em Nível Baixo 
Taxa aceitável de desvios 
Taxa Esperada de desvio da 
população (%) 2% 3% 4% 5% 6% 
0,00 151 101 76 61 51 
0,50 159 119 95 80 
1,00 158 95 80 
1,50 126 105 
2,00 90 
Tabela II: 10% de risco de Avaliação do Risco de Controle em Nível Baixo 
Taxa aceitável de desvios 
Taxa Esperada de desvio da 
população (%) 2% 
3% 4% 5% 6% 
0,00 116 78 59 47 40 
0,50 196 131 98 79 66 
1,00 178 98 79 66 
1,50 134 107 66 
2,00 160 134 90 
2,50 160 112 
3,00 132 
 
 
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Ao analisar a área de Contas a Receber, constata-se um risco de avaliação de 
10%. No ano anterior a empresa de auditoria constatou desvio de 4% e a taxa 
esperada do desvio da população do ano foi de 1,0%. Determine o tamanho da 
amostra a ser utilizada. 
(A) 200 
(B) 107 
(C) 158 
(D) 178 
(E) 98 
Resolução: 
Essa questão ilustra um tipo de tabela que o auditor pode utilizar para 
determinar o tamanho da amostra. 
O procedimento para definir o tamanho da amostra é o seguinte: 
• Escolher a tabela que corresponde ao nível especificado de risco de 
avaliação do risco de controle em nível baixo demais. 
• O enunciado nos trouxe que o risco de avaliação do risco de controle em 
nível baixo demais é de 10%, portanto, vamos selecionar a tabela II. 
• Localizar a coluna referente ao nível especificado da taxa aceitável de 
desvios. 
• O enunciado nos trouxe que a taxa de desvio no ano anterior foi de 4%. 
Portanto, selecionaremos a 3ª coluna da tabela (veja tabela abaixo). 
• Localizar a linha que contém a taxa esperada de desvios da população. 
• O auditor ao determinar o erro esperado em uma população, deve 
considerar aspectos como, por exemplo, os níveis de erros identificados 
em auditorias anteriores, mudança nos procedimentos da entidade e 
evidência obtida na aplicação de outros procedimentos de auditoria. 
• Esta taxa foi determinada pelo enunciado em 1%, ou seja, escolheremos 
a 3ª linha da tabela (veja tabela abaixo). 
• Ler o tamanho da amostra, na intersecção da coluna com a linha 
escolhidas, no caso, coluna 3 e linha 3. 
 
 
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Tabela II: 10% de risco de Avaliação do Risco de Controle em Nível Baixo 
Taxa aceitável de desvios 
Taxa Esperada de desvio 
da população (%) 2% 3% 4% 5% 6% 
0,00 116 78 59 47 40 
0,50 196 131 98 79 66 
1,00 178 98 79 66 
1,50 134 107 66 
2,00 160 134 90 
2,50 160 112 
3,00 132 
Portanto, o tamanho adequado da amostra para os dados informados é 98. 
Gabarito da questão: Letra “E”. 
75. (ESAF / AFRFB / 2009) O auditor, ao realizar o processo de escolha da 
amostra, deve considerar: 
I. que cada item que compõe a amostra é conhecido como unidade de 
amostragem; 
II. que estratificação é o processo de dividir a população em subpopulações, 
cada qual contendo um grupo de unidades de amostragem com características 
homogêneas ou similares; 
III. na determinação do tamanho da amostra, o risco de amostragem, sem 
considerar os erros esperados. 
(A) Somente a I é verdadeira. 
(B) Somente a II é verdadeira. 
(C) I e III são verdadeiras. 
(D) Todas são falsas. 
(E) Todas são verdadeiras. 
Resolução: 
Vejamos cada um dos itens... 
Item I: Errado. Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que 
constituem uma população, não a amostra, como afirma o item. 
Item II: Certo. Estratificação é o processo de dividir uma população em 
subpopulações, cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem com 
características semelhantes (geralmente valor monetário). 
Item III: Errado. Ao considerar as características de uma população, para 
testes de controles, o auditor faz uma avaliação da taxa esperada de desvio 
 
 
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com base no entendimento do auditor dos controles relevantes ou no exame 
de pequena quantidade de itens da população. Essa avaliação é feita 
para 
estabelecer a amostra de auditoria e determinar o tamanho dessa amostra. 
Importante relembrar que a NBC TA 530, que substituiu a NBC T 11.11, dando 
maior precisão terminológica aos conceitos, alterou a denominação de erro, no 
que diz respeito aos testes de controle, para taxa de desvio e, no que diz 
respeito aos testes de detalhes, para distorção. 
Portanto, somente a afirmação II é correta. 
Gabarito da questão: Letra “B”. 
76. (ESAF/AFRFB/2009) - No processo de amostragem o LSE – Limite 
Superior de Erro para superavaliações é determinado pela: 
a) soma do erro projetado e da provisão para risco de amostragem. 
b) divisão da população pela amostra estratificada. 
c) soma do erro estimado e da confiabilidade da amostra. 
d) divisão do erro total pela população escolhida. 
e) subtração do erro total, do desvio das possíveis perdas amostrais. 
Resolução: 
Para avaliar os resultados da amostra, o auditor calcula um limite superior de 
erro – LSE, que é calculado utilizando-se a seguinte fórmula: 
ܮܵܧ ൌ ܧܲ ൅ ܴܲܣ
Em que: 
EP = erro projetado da população 
PRA = provisão para o risco de amostragem 
Gabarito da questão: Letra “A”. 
77. (ESAF/ATM/Natal/2008) - No processo de determinação e avaliação da 
amostra, para que o auditor obtenha o limite superior de erro para 
superavaliações, deve-se: 
a) subtrair do risco total projetado o fator de confiabilidade para o limite. 
b) calcular a regressão linear das probabilidades de ocorrência dos erros. 
c) estabelecer o intervalo entre o erro projetado e o erro não estimável. 
d) somar o erro projetado e a provisão para risco de amostragem. 
e) estimar o erro projetado e calcular o seu desvio padrão. 
 
 
 
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Perceba como as questões se repetem, quem tinha resolvido essa questão, que 
a princípio parece ser de um alto grau de dificuldade (na verdade, para acertá-
la, bastava decorar a fórmula), garantiu 2 pontos importantíssimos na corrida 
por um cargo de AFRFB (questão anterior). 
Para responder a esta questão temos que utilizar a fórmula demonstrada na 
questão anterior, ou seja, o limite superior de erro - LSE é o resultado da soma 
do erro projetado - EP com a provisão para risco de amostragem - PRA. 
Gabarito da questão: Letra “D”. 
78. (ESAF/ATM/Natal/2008) - A relação existente entre o fator de 
confiabilidade com a amostra é: 
a) quanto mais baixo for o fator de confiabilidade, maior será o tamanhoda 
amostra. 
b) não existir no modelo a expectativa de risco de aceitação incerta. 
c) o fator de confiabilidade e a amostra devem ter correlação positiva. 
d) independente do fator de confiabilidade, o tamanho da amostra não varia. 
e) não correlacionar o fator de confiabilidade da amostra com o seu tamanho. 
Resolução: 
A determinação do tamanho da amostra é feita através da seguinte fórmula: 
࢔ ൌ 
ࢂ࡯ ࢞ ࡲ࡯
ࡱ࡭ െ ሺࡱࡼ ࢞ ࡲࡱሻ
 
Onde: 
VC = valor contábil da população testada 
FC = fator de confiabilidade para o risco especificado de aceitação incorreta 
EA = erro aceitável 
EP = distorção prevista 
FE = fator de expansão para a distorção prevista 
O Fator de Confiabilidade baseia-se no risco de aceitação incorreta especificado 
pelo auditor e em zero erro ou irregularidade, independentemente da 
quantidade de erros ou irregularidades prevista. Quanto maior o risco de 
aceitação incorreta, menor será o fator de confiabilidade. 
Observe que a especificação de um baixo risco de aceitação incorreta implica 
em um maior tamanho da amostra, pois o valor do numerador da fórmula 
aumenta, porque o FC aumenta. 
 
 
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Sendo assim, se o tamanho da amostra aumenta quando o FC aumenta, 
chegamos à conclusão de que a correlação entre o FC e o tamanho da amostra 
é positiva. 
Vamos analisar item a item: 
Item A: Essa assertiva foi considerada correta, no entanto, pela demonstração 
dada acima, ela está errada, pois a relação entre o FC e o tamanho da amostra 
é direta. O que é inversa é a relação entra o risco de aceitação incorreta, no 
qual se baseia o FC, e o tamanho da amostra. A assertiva foi considerada 
correta pela banca, e é o gabarito da questão. 
item B: Como visto risco, o FC é baseado no risco de aceitação incerta. 
assertiva Errada. 
Item C: Quando o fator de confiabilidade aumenta, o tamanho da amostra 
também aumenta, portanto, eles têm correlação positiva. No entanto, a 
assertiva foi considerada errada pela banca. 
Item D: De acordo com a fórmula apresentada, o tamanho da amostra varia 
de acordo com o fator de confiabilidade. Assertiva Errada. 
Letra E: Da mesma forma que a assertiva anterior, de acordo com a fórmula 
apresentada, existe uma correlação entre o tamanho da amostra e o fator de 
confiabilidade. Assertiva Errada. 
79. (FCC/Analista: Contabilidade – MPU/2007) Nas atividades de 
auditoria governamental, NÃO se recomenda a utilização de amostragem 
quando 
(A) as características da população forem de fácil mensuração. 
(B) a população for considerada muito grande. 
(C) o grau de dispersão dos eventos a serem controlados for muito elevado. 
(D) há necessidade de baixa precisão nos dados a serem coletados. 
(E) a urgência na obtenção das informações necessárias aos controles for 
pequena. 
Resolução: 
Note que, apesar da questão falar de auditoria governamental, o assunto 
tratado está dentro do nosso foco e entendido da mesma forma para auditoria 
contábil. 
(A) as características da população forem de fácil mensuração. 
 
 
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Vimos que, nos casos em que for possível um exame 100% rápido e eficiente, 
ou seja, a realização do censo não seja custosa, a amostragem não é 
necessária. Logo, este item é o gabarito. 
(B) a população for considerada muito grande. 
Nos casos em que a população for grande, a amostragem é bem vinda, pois 
economiza o trabalho do auditor. 
(C) o grau de dispersão dos eventos a serem controlados for muito 
elevado. 
Um alto grau de dispersão dos eventos não justifica a realização do censo, pois 
é possível contornar essa grande variação de valores com o correto desenho 
da amostra. Como veremos, logo adiante, esse elevado grau de dispersão 
geralmente é mitigado pela construção de estratos. 
(D) há necessidade de baixa precisão nos dados a serem coletados. 
Isso não configura a necessidade de um exame de 100% dos itens. Veja que 
quanto mais itens forem analisados, maior será a precisão do resultado. Em 
tese, o censo leva a precisão máxima, pois não há risco de amostragem. 
(E) a urgência na obtenção das informações necessárias aos controles for 
pequena. 
A urgência na obtenção de informações justifica a amostragem que é um 
processo mais rápido do que o censo. 
Logo, temos que o gabarito é o item “A”. 
80. (FCC/Analista de Controle Externo – TCE CE/2008) - ADAPTDADA – 
O auditor ao estabelecer uma amostra confiável para um teste de detalhes 
NÃO deverá levar em consideração o 
(A) tamanho da amostra. 
(B) tamanho da população. 
(C) distorção tolerável. 
(D) distorção esperada na população. 
(E) risco da amostra. 
Resolução: 
Vimos que apenas o “tamanho da população” não interfere no tamanho da 
amostra e, consequentemente, na sua definição. Logo o gabarito é o item “B”. 
 
 
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81. (FCC/Auditor-Fiscal Tributário Municipal – SEFIN SP/2006) Quando 
o auditor efetua a seleção da amostra com base na sua experiência 
profissional, está utilizando uma técnica denominada amostragem 
(A) por conglomerado. 
(B) casual. 
(C) por intervalos. 
(D) estratificada. 
(E) randômica. 
Resolução: 
Quando o auditor efetua a seleção da amostra com base na sua experiência 
profissional, está utilizando uma técnica denominada amostragem casual. Logo 
a resposta correta é o item “B”. 
82. (FCC/AFRE – Sefaz PB/2006) – ADAPTADA – NÃO é permitido na 
determinação e seleção da amostra, que o auditor 
(A) estratifique a amostra. 
(B) tolere uma distorção. 
(C) limite os testes de auditoria. 
(D) selecione casualmente. 
(E) selecione aleatoriamente. 
Resolução: 
Item A: é permitido. 
Vimos que estratificar nada mais é do que separar a população em classes que 
tenham características homogêneas ou similares. 
A estratificação permite que o auditor dirija esforços de auditoria para os itens 
que contenham maior potencial de erro, por exemplo, os itens de maior valor 
que compõem o saldo de contas a receber, para detectar distorções relevantes 
por avaliação a maior. Além disso, a estratificação pode resultar em amostra 
com tamanho menor. 
Item B: é permitido. 
A distorção tolerável é o erro monetário máximo no saldo de uma conta ou 
uma classe de transações que o auditor está disposto a aceitar, de forma que, 
quando os resultados de todos os procedimentos de auditoria forem 
considerados, o auditor possa concluir, com segurança razoável, que as 
Demonstrações Contábeis não contêm distorções relevantes. 
 
 
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O auditor sabe que está sujeito a alguma distorção, não tem jeito, então deve 
determinar até que ponto essa distorção não comprometerá seus trabalhos. 
Itens D e E: é permitido. 
O auditor pode selecionar a amostra aleatoriamente ou de forma casual. 
Lembre que a seleção da amostra pode ser: 
• aleatória ou randômica 
• sistemática ou por intervalo 
• casual 
• por bloco 
Item C: não é permitido. 
Ao realizarmos uma amostragem, objetivamos realizar um menor número de 
testes, analisando apenas parte dos itens de uma população (=amostra), 
poupando tempo e dinheiro.Contudo, isso não é a mesma coisa que afirmar que a amostragem limita os 
testes de auditoria. Limitar os testes implica em não permitir que atinjam 
seus objetivos, o que certamente não é função de um processo de 
amostragem. 
Logo, temos que o gabarito é o item “C”. 
Bom... nossa aula de hoje foi bem extensa, então paramos por aqui. Não se 
esqueça de participar do nosso Fórum. 
A gente se vê na próxima semana. 
Forte abraço, 
Davi e Fernando 
 
 
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Lista de Questões 
01. (FCC / Analista - APOFP / 2010) NÃO é objetivo de um programa de 
auditoria: 
(A) estimar o tempo necessário para realização da auditoria. 
(B) traçar o roteiro de execução de um ponto de auditoria. 
(C) conduzir o auditor na aplicação dos procedimentos técnicos de auditoria. 
(D) propiciar o controle e progresso a ser alcançado no decorrer da execução 
das tarefas de auditoria. 
(E) evitar que alguma tarefa de auditoria deixe de ser executada. 
02. (FGV / ICMS-RJ / 2010) Com relação ao planejamento e execução da 
auditoria de demonstrações contábeis, analise as afirmativas a seguir. 
I. O auditor deve adotar julgamento profissional quanto à natureza, à época e 
à extensão dos procedimentos aplicados para o cumprimento das exigências 
das normas e a coleta de evidências. 
II. O auditor deve avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e 
apropriada e se algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os 
objetivos das normas e, com isso, os objetivos gerais do auditor. 
III. O auditor deve extrair conclusões baseadas nas evidências obtidas, por 
exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela 
administração na elaboração das demonstrações contábeis. 
Assinale: 
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) se somente a afirmativa II estiver correta. 
(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
03. (FGV / ICMS-RJ / 2010) Nas atividades de planejamento o auditor deve 
estabelecer uma estratégia global definindo o alcance, a época e a direção 
para o desenvolvimento do plano de auditoria. 
A respeito do planejamento da auditoria, assinale a afirmativa incorreta. 
(A) O auditor deve identificar as características do trabalho para definir o seu 
alcance, bem como definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a 
planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações requeridas. 
 
 
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(B) O auditor deve considerar os fatores que no seu julgamento profissional 
são significativos para orientar os esforços da equipe do trabalho e determinar 
a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o 
trabalho. 
(C) O auditor deve considerar os resultados das atividades preliminares do 
trabalho de auditoria e, quando for o caso, a relevância do conhecimento 
obtido em outros trabalhos. 
(D) O auditor deve desenvolver o plano de auditoria e nele deve incluir a 
descrição da natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de 
avaliação de risco. 
(E) O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global e o plano de auditoria, 
para definir o tipo de técnica e os procedimentos aplicáveis na revisão do seu 
trabalho. 
04. (CESPE/Auditor – UNIPAMPA/2009) O planejamento da auditoria 
deve estar completado antes do início dos trabalhos. Entre os aspectos a 
serem previamente definidos, salientam-se o momento e o período e execução 
de cada atividade, os locais de sua realização e os profissionais e auxiliares 
necessários à consecução das tarefas selecionadas. 
05. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – Sefaz SP/2006) – ADAPTADA – O 
planejamento dos trabalhos de auditoria pressupõe adequado nível de 
conhecimento sobre o ramo de atividade, negócios e práticas operacionais da 
entidade. 
06. (CESPE/Analista Judiciário: Administrativa-Contabilidade – 
STF/2008) Sempre que novos fatos recomendarem, o planejamento e os 
programas de trabalho devem ser revisados e atualizados. 
07. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2009) – ADAPTADA – A 
Resolução CFC n.º 1211/09 relaciona os principais objetivos do planejamento 
da auditoria. Assinale a alternativa que não compreenda um objetivo do 
planejamento. 
(A) Propiciar a coordenação do trabalho a ser efetuado por outros auditores 
independentes e especialistas. 
(B) Propiciar o cumprimento dos serviços contratados com a entidade dentro 
dos prazos e compromissos previamente estabelecidos. 
(C) Assegurar que as áreas importantes da entidade e os valores relevantes 
contidos em suas demonstrações contábeis recebam a atenção requerida. 
(D) Estabelecer a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames a serem 
efetuados, em consonância com os termos constantes na sua proposta de 
serviços para a realização do trabalho. 
(E) Obter conhecimento das atividades da entidade, para identificar eventos e 
transações irrelevantes que afetem as demonstrações contábeis. 
 
 
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08. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças 
Públicas/2008) O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes 
na execução dos trabalhos, à exceção de um. Assinale-o. 
(A) O conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade e 
as alterações procedidas em relação ao exercício anterior. 
(B) O conhecimento detalhado do sistema contábil e de controles internos da 
entidade e seu grau de confiabilidade. 
(C) Os riscos de auditoria e identificação das áreas importantes da entidade, 
quer pelo volume de transações, quer pela complexidade de suas atividades. 
(D) A natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria a 
serem aplicados. 
(E) A inexistência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas. 
09. (FGV/Senado Federal – Analista Legislativo: Contabilidade/2008) 
No planejamento da auditoria devem ser considerados os aspectos 
relacionados nas alternativas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a. 
(A) fatores econômicos 
(B) legislação aplicável 
(C) localização das unidades regionais 
(D) práticas operacionais da entidade 
(E) competência da administração 
10. (ESAF/TCE-GO – Auditor/2007) Todas as opções abaixo são 
importantes recomendações acerca do planejamento da auditoria, exceto uma. 
Aponte a única opção falsa. 
(A) O planejamento e os programas de trabalho não devem ser revisados 
mesmo que novos fatos o recomendarem. 
(B) O programa de auditoria deve ser detalhado de forma a servir como guia e 
meio de controle do progresso dos trabalhos. 
(C) O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre o ramo 
de atividade, negócios e práticas operacionais da entidade. 
(D) O auditor deve documentar seu planejamento geral e preparar programa 
de trabalho por escrito, detalhando o que for necessário à compreensão dos 
procedimentos que serão aplicados. 
(E) O planejamento da auditoria, quando incluir a designação de equipe 
técnica, deve prever a orientação e supervisão do auditor, que assumirá total 
responsabilidade pelos trabalhos executados. 
11. (ESAF/AFC/área: Auditoria e Fiscalização/CGU/2006) Como 
objetivo do Planejamento da Auditoria não se pode incluir: 
a) obter conhecimento das atividades da entidade, para identificar eventose 
transações relevantes que afetem as Demonstrações Contábeis. 
 
 
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b) propiciar o cumprimento dos serviços contratados com a entidade dentro 
dos prazos e compromissos previamente estabelecidos. 
c) assegurar que as áreas importantes da entidade e os valores relevantes 
contidos em suas demonstrações contábeis recebam a atenção requerida. 
d) identificar meios para aumento dos lucros da entidade. 
e) identificar a legislação aplicável à entidade. 
12. (ESAF/Contador/MPOG/ENAP/2006) No processo de planejamento de 
auditoria, pode-se afirmar que o auditor não deve 
a) avaliar o nível geral da atividade econômica na área em que a empresa 
esteja atuando e os fatores econômicos que podem afetar o seu negócio. 
b) ter conhecimento prévio das informações que a entidade tenha que prestar 
ou informar a terceiros. 
c) conhecer as modalidades de inventários físicos e financeiros e a 
periodicidade que são realizados. 
d) analisar as formas de relacionamentos com empresas coligadas e 
controladas ou a existência de outras partes relacionadas. 
e) restringir as avaliações e os testes a serem aplicados à quantidade de horas 
planejadas ou contratadas. 
13. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – Sefaz SP/2006) Analise as 
proposições a seguir, relativas ao planejamento dos trabalhos de auditoria: 
I. Pressupõe adequado nível de conhecimento sobre o ramo de atividade, 
negócios e práticas operacionais da entidade. 
II. Deve considerar a natureza, a oportunidade e a extensão dos 
procedimentos a serem aplicados na entidade. 
III. Quando incluir a designação de equipe técnica, esta dividirá a 
responsabilidade pelos trabalhos a serem executados com o auditor. 
IV. Uma vez estabelecidos, os programas de trabalho são imutáveis, a menos 
que a administração da entidade concorde com sua revisão e atualização. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I e II. 
(B) I, II e III. 
(C) II e III. 
(D) II e IV. 
(E) III e IV. 
14. (FCC/Inspetor de Controle Externo – TCE MG/2007) O auditor está 
elaborando seu planejamento de auditoria para a empresa NovaData S.A, 
cliente novo da carteira. Em seu planejamento inclui: 
I. Ter conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade e 
seu grau de confiabilidade. 
 
 
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II. Identificar a existência de entidades associadas, filiais e partes 
relacionadas. 
III. A forma de utilização dos trabalhos de outros auditores independentes, 
especialistas e auditores internos. 
Está correto o que se afirma em 
(A) I, apenas. 
(B) II, apenas. 
(C) I e II, apenas. 
(D) II e III, apenas. 
(E) I, II e III. 
15. (FCC/Auditor Tributário – Sefin Jaboatão dos Guararapes/2006) – 
ADAPTADA – O planejamento completo da auditoria externa engloba 
(A) o período em que a empresa será auditada e as informações obtidas após 
o fechamento do contrato ou a aceitação da proposta. 
(B) o momento em que as auditorias serão realizadas até o término do 
trabalho, compreendendo da data da assinatura do contrato até o 
encerramento dos trabalhos na empresa. 
(C) desde a fase de avaliação para a contratação dos serviços, no primeiro 
contato com o cliente, envolvendo todo o processo de auditoria, até a 
finalização dos trabalhos e emissão do relatório de auditoria. 
(D) a fase preliminar da auditoria após a assinatura do contrato, onde são 
definidos os procedimentos a serem aplicados, as horas a serem aplicadas ao 
trabalho e as pessoas a serem utilizadas. 
(E) somente os procedimentos a serem realizados para confirmação das 
demonstrações contábeis, bem como o parecer a ser emitido. 
16. (FCC/Analista: Ciências Contábeis – MPE/2006) O auditor 
independente, ao planejar a auditoria, deve considerar, enquanto informações 
e condições: 
(A) É dispensável o conhecimento do sistema contábil quando a entidade 
possuir sistema de controle interno eficiente. 
(B) A obsolescência de estoques e imobilizações não é base para identificar 
riscos que possam afetar a continuidade operacional da entidade. 
(C) A alteração das práticas contábeis não pode determinar modificações na 
comparabilidade das Demonstrações Contábeis. 
(D) Políticas monetária, fiscal, cambial e tarifas para importação e exportação. 
(E) A complexidade das transações de uma entidade não é fator relevante para 
determinar o grau de dificuldade da auditoria. 
17. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2009) – ADAPTADA – Segundo a 
Resolução CFC n.º 1.211/09, o Planejamento da Auditoria Independente deve 
contemplar diversos procedimentos que permitam ao auditor obter evidências 
 
 
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ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as 
demonstrações contábeis auditadas. 
 
Quando for realizada, pela primeira vez, uma auditoria ou quando as 
Demonstrações Contábeis do exercício anterior tenham sido examinadas por 
outro auditor, a norma recomenda outros procedimentos além dos 
normalmente aplicados. 
Assinale a alternativa que não indica um desses procedimentos adicionais. 
(A) Manter contato com o auditor antecessor, para conduzir a revisão de seus 
papéis de trabalho, exceto se for proibido pela entidade auditada. 
(B) Obter evidência de auditoria suficiente e apropriada se os saldos iniciais 
contêm distorções que afetam de forma relevante as demonstrações contábeis 
do período corrente. 
(C) Obter evidência de auditoria suficiente e apropriada se as políticas 
contábeis apropriadas refletidas nos saldos iniciais foram aplicadas de maneira 
uniforme nas demonstrações contábeis do período corrente. 
(D) Entender quaisquer assuntos importantes discutidos com a administração e 
relacionados à escolha do auditor, a comunicação desses temas aos 
responsáveis pela governança e como eles afetam a estratégia global de 
auditoria e o plano de auditoria. 
(E) Identificar outros procedimentos exigidos pelo sistema de controle de 
qualidade da firma de auditoria para trabalhos de auditoria inicial. 
18. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2008) Entre os fatores a 
serem considerados no planejamento, é possível destacar: 
• o grau de conhecimento da atividade da auditada; 
• a existência de auditoria interna; 
• a natureza (o que fazer, qual procedimento aplicar), oportunidade 
(quando) e extensão (até onde, o percentual) dos procedimentos a 
serem aplicados; 
• os relatórios a serem entregues; 
• a equipe técnica. 
Na primeira auditoria realizada por determinada empresa de uma dada 
entidade, alguns cuidados especiais de planejamento devem ser observados de 
acordo com o CFC e com a doutrina. 
Nas alternativas a seguir estão listados alguns desses cuidados, à exceção de 
uma. Assinale-a. 
(A) leitura dos relatórios de auditoria anteriores (como mecanismo de 
“conhecimento” da auditada) 
(B) mapeamento das fraudes e erros (relevantes ou não) detectados pelos dois 
últimos auditores independentes e verificação da comunicação à CVM 
 
 
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(C) uniformidade de critérios contábeis (uma vez que pode ter havido 
alterações de um exercício para o outro, tais como mudança no método de 
avaliaçãode estoques, uso de reavaliação, mudança no critério de tributação – 
lucro presumido para real, por exemplo) 
(D) identificação de relevantes eventos subseqüentes ocorridos após a 
database do exercício, revelados ou não. 
(E) levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de controle 
interno. 
19. (FGV/TCM PA – Auditor/2008) “A atividade de planejamento é 
fundamental em qualquer atividade, revelando-se a etapa mais importante do 
ciclo administrativo (planejar, organizar, coordenar e controlar). Isso ocorre 
em função de o planejamento considerar a definição de um objetivo, dos 
caminhos alternativos para atingi-lo, da escolha (processo decisório) e da 
formulação de um plano de ação. Sobretudo na auditoria, tendo em vista o 
número de transações a serem validadas, de áreas a serem testadas e dos 
saldos a serem verificados, o planejamento bem elaborado contribui para a 
otimização da aplicação dos recursos materiais e humanos (evitando 
desperdícios) e para minimização dos riscos de auditoria. Dessa forma, embora 
não seja garantia de sucesso, o planejamento, quando bem elaborado, 
minimiza o risco de o trabalho ser ineficaz e ineficiente.” 
(José Carlos Carvalho. Auditoria Geral e Pública.) 
Quando da auditoria realizada pela primeira vez, alguns cuidados especiais de 
planejamento devem ser observados. 
As alternativas a seguir apresentam esses cuidados, à exceção de uma. 
Assinale-a, considerando, ainda, a regulamentação do CFC, em especial a 
Resolução 1.035. 
(A) leitura dos relatórios de auditoria anteriores (como mecanismo de 
“conhecimento” da auditada) 
(B) uniformidade de critérios contábeis, uma vez que pode ter havido 
alterações de um exercício para o outro 
(C) identificação de relevantes eventos subseqüentes ocorridos após a 
database do exercício, revelados ou não 
(D) levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de controle 
interno 
(E) a natureza (o que fazer, qual procedimento aplicar), inoportunidade 
(quando) e extensão (até onde, o percentual) dos procedimentos a serem 
aplicados 
20. (ESAF/AFC Auditoria e Fiscalização – CGU/2006) Quando for 
realizada uma auditoria, pela primeira vez, na entidade, ou quando as 
Demonstrações Contábeis do exercício anterior tenham sido examinadas por 
outro auditor independente, o planejamento da auditoria deve contemplar os 
seguintes procedimentos, exceto: 
 
 
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(A) a obtenção de evidências suficientes de que os saldos de abertura do 
exercício não contenham representações errôneas ou inconsistentes que, de 
alguma maneira, distorçam as Demonstrações Contábeis do exercício atual. 
(B) o exame da adequação dos saldos de abertura do exercício anterior com os 
saldos de encerramento do exercício atual. 
(C) a verificação se as práticas contábeis adotadas no atual exercício são 
uniformes com as adotadas no exercício anterior. 
(D) a identificação de fatos relevantes que possam afetar as atividades da 
entidade e sua situação patrimonial e financeira. 
(E) a identificação de relevantes eventos subsequentes ao exercício anterior, 
revelados ou não revelados. 
21. (FGV / ICMS-RJ / 2010) De acordo com as normas de auditoria em 
vigor, a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, a relevância e 
confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta o auditor, é 
conhecida como: 
(A) avaliação dos procedimentos de auditoria. 
(B) avaliação dos papéis de trabalho dos especialistas. 
(C) suficiência da evidência de auditoria. 
(D) evidência de auditoria. 
(E) adequação da evidência de auditoria. 
22. (CESPE/Auditor – Unipampa/2009) - Uma informação só deve ser 
considerada adequada quando for confiável e puder ser utilizada pelas técnicas 
de auditoria, a fim de proporcionar a melhor evidência alcançável. 
23. (CESPE/Auditor – Unipampa/2009) - As informações obtidas de 
pessoas, integrantes ou não da organização auditada, embora possam ser 
importantes para a identificação de fraudes e erros, não podem ser 
consideradas evidências de auditoria. 
24. (CESPE/Auditor – Unipampa/2009) - Para caracterizar uma 
informação como evidência, não basta que ela seja considerada fidedigna. 
25. (CESPE/Analista de Controle Externo – TCU/2008) - Adaptada - No 
processo de auditoria, após examinadas todas as evidências disponíveis, o 
auditor pode confiar, integralmente, na fidedignidade e na correção das 
demonstrações contábeis de uma entidade e, sempre que as evidências sejam 
insuficientes, o auditor deve fazer ressalvas em sua opinião. 
26. (CESPE/Analista de Controle Externo – TCU/2008) - Acerca das 
Normas Brasileiras de Contabilidade, julgue o item subsequente. 
As evidências que respaldam os resultados da auditoria interna devem ser, 
entre outros aspectos, fidedignas, sendo considerada adequada a informação 
 
 
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que, sendo confiável, propicie, com o emprego apropriado das técnicas da 
auditoria interna, a melhor evidência possível. 
27. (ESAF – Auditor-Fiscal da Previdência Social - AFPS - 2002) - Os 
procedimentos relacionados para compor um programa de auditoria são 
desenhados para: 
a) detectar erros e irregularidades significativas. 
b) proteger o auditor em caso de litígio legal. 
c) avaliar a estrutura dos controles internos. 
d) coletar evidências suficientes de auditoria. 
e) desenvolver um plano estratégico da empresa. 
28. (FGV / ICMS-RJ / 2010) De acordo com as regras de auditoria o 
procedimento substantivo, planejado para detectar distorções relevantes no 
nível de afirmações, inclui: 
(A) testes adjetivos, procedimentos analíticos e teste de controle. 
(B) testes de controle, revisão analítica e testes de detalhes. 
(C) testes de detalhes e procedimentos analíticos substantivos. 
(D) evidência de auditoria, testes de controle e testes de observância. 
(E) procedimentos analíticos substantivos, testes de relevância e testes de 
procedimentos. 
29. (FCC / Analista - APOFP / 2010) Os testes de observância ou de 
aderência são aplicados pelas auditorias principalmente nas investigações 
(A) das trilhas de auditoria. 
(B) de fraudes e erros. 
(C) de contas e saldos. 
(D) dos controles internos utilizados pelos gestores. 
(E) dos valores representativos dos informes. 
30. (ESAF/AFRFB/2009) - adaptada - A auditoria externa realizou na 
empresa Avalia S.A. o cálculo do índice de rotatividade dos estoques para 
verificar se apresentava índice correspondente às operações praticadas pela 
empresa. Esse procedimento técnico básico corresponde a: 
a) inspeção. 
b) procedimento analítico. 
c) investigação. 
d) observação. 
e) confronto. 
31. (ESAF/APOFP/Sefaz-SP/2009) - adaptada - Assinale a opção que 
preenche certamente a lacuna da seguinte frase: “Considerado um 
procedimento técnico básico a ser aplicado em testes de controle e 
 
 
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procedimentos substantivos, ____________ consiste(m) na verificação do 
comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, 
quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação 
ou tendências atípicas.” 
a) a inspeção 
b) a observação 
c) a investigação e a confirmação 
d) o cálculo 
e) procedimentos analíticos 
32. (ESAF/ATM/Natal/2008) - adaptada - Indique a opção certa 
correspondente.O auditor, na aplicação dos procedimentos substantivos, 
realizou os procedimentos a seguir, obtendo as seguintes conclusões, 
respectivamente: 
I - Conferência das cautelas de ações representativas dos investimentos 
contabilizados no Ativo Permanente; 
II - Verificação da classificação dos valores em curto e longo prazo; 
III - Determinação da última nota emitida no exercício e análise, se todas as 
notas estão contabilizadas. 
a) ocorrência, análise e mensuração. 
b) existência, classificação, integridade. 
c) análise, apresentação e ocorrência. 
d) abrangência, ocorrência e apresentação. 
e) mensuração, abrangência e análise. 
33. (ESAF/AFRFB/2009) – adaptada - A empresa Evolution S.A. comprou 
novo sistema de faturamento para registro de suas vendas. A auditoria externa 
realizou testes para confirmar se todas as operações de vendas, efetivamente, 
haviam sido registradas na contabilidade. Esse procedimento tem como 
objetivo confirmar a: 
a) existência. 
b) abrangência / integridade. 
c) mensuração. 
d) ocorrência. 
e) divulgação. 
34. (ESAF/AFC - Área Controle Interno/CGU/2008) - adaptada -
Quando da aplicação dos testes de controle e procedimentos substantivos, o 
auditor deve considerar alguns procedimentos técnicos básicos. Um deles – o 
procedimento analítico consiste no (a): 
 
 
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a) exame de registros, documentos e de ativos tangíveis. 
b) acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução. 
c) obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da 
transação, dentro ou fora da entidade. 
d) conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios, registros 
e demonstrações contábeis e outras circunstâncias. 
e) verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, 
quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação 
de situação ou tendências atípicas. 
35. (Cesgranrio/Fenig – Contador/2005) – ADAPTADA - Ao realizar o 
teste de controle, o auditor pretende: 
(A) identificar a ocorrência de desfalques permanentes. 
(B) observar como se processa o sistema de controle interno da empresa, 
apontando as falhas existentes. 
(C) certificar-se de que o sistema de controle interno levantado é o que 
realmente está sendo utilizado. 
(D) verificar a existência do ativo físico que está sendo examinado. 
(E) verificar se a empresa obedece aos princípios fundamentais de 
contabilidade quando procede aos seus registros contábeis. 
36. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças 
Públicas/2008) – ADAPTADA – Na aplicação dos testes de detalhes 
substantivos o auditor deve objetivar às seguintes conclusões, à exceção de 
uma. Assinale-a. 
(A) Corte – se as transações e eventos foram registrados nas contas corretas. 
(B) Existência – se ativos, passivos e elementos do patrimônio líquido existem. 
(C) Ocorrência – se as transações e eventos que foram registrados ocorreram 
e são da entidade. 
(D) Integridade – se todas as divulgações que deviam ser incluídas nas 
demonstrações contábeis foram incluídas. 
(E) Direitos e obrigações – se a entidade detém ou controla os direitos sobre 
ativos e os passivos são as obrigações da entidade. 
37. (FCC/Analista Área Administrativa: Contabilidade – TJ SE/2009) – 
ADAPTADA – Os testes efetuados pelo auditor, planejados para detectar 
distorções relevantes no nível de afirmações, denominam-se: 
(A) procedimentos substantivos. 
(B) testes de controle. 
(C) testes de correlação. 
(D) testes diretos. 
(E) testes indiretos. 
 
 
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38. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – Sefaz SP/2006) Os procedimentos 
de auditoria que têm por finalidade obter evidências quanto à suficiência, 
exatidão e validade dos dados gerados pelo sistema de contabilidade da 
entidade são denominados testes 
(A) de evidência. 
(B) de aderência. 
(C) de controle. 
(D) de observância. 
(E) substantivos. 
39. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – Sefaz SP/2006) – ADAPTADA – Os 
procedimentos substantivos de auditoria dividem-se em testes de 
(A) amostragem estatística e procedimentos de revisão analítica. 
(B) eventos subsequentes e testes de detalhes. 
(C) detalhes e procedimentos de revisão analítica. 
(D) observância e testes de circularização de saldos. 
(E) observância e testes de amostragem estatística. 
40. (FCC/Auditor-Fiscal Tributário Municipal – Sefin SP/2006) – 
ADAPTADA – Os testes de controle têm por objetivo verificar se a entidade 
auditada 
(A) cumpre a legislação que rege o ramo de atividade a que pertence. 
(B) efetua corretamente o controle de qualidade de seus produtos. 
(C) registra de forma adequada e com os valores corretos seus bens, direitos e 
obrigações para com terceiros. 
(D) dispõe de controles internos adequados em efetivo funcionamento e 
cumprimento. 
(E) possui sistema contábil que produz dados exatos, precisos e tempestivos. 
41. (FCC/Analista Trainee Ciências Contábeis – Metrô SP/2008) – 
ADAPTADA – Para obter uma evidência conclusiva quanto à suficiência e 
validade do sistema de controle interno da entidade auditada, inclusive o 
adequado cumprimento por parte dos funcionários, o auditor deve aplicar os 
testes 
(A) de cálculos. 
(B) de relevância. 
(C) de controle. 
(D) substantivos. 
(E) de confirmação. 
42. (FCC/Analista: Contabilidade – MPU/2007) – ADAPTADA – É 
objetivo dos testes de controle nas auditorias do setor público 
 
 
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(A) o exame de processos, atos formalizados e documentos avulsos da 
entidade auditada que possam comprometer a eficiência e eficácia da gestão. 
(B) a observação de atividades que exigem a aplicação de testes flagrantes, 
com a finalidade de detectar erros e deficiências. 
(C) a verificação, junto a fontes externas à entidade auditada, da fidedignidade 
das observações obtidas internamente. 
(D) a obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controle 
interno estão sendo obedecidos. 
(E) o uso de entrevistas e questionários junto ao pessoal da entidade auditada 
para obtenção de dados e informações. 
43. (FCC/Analista Administrativo: Contabilidade – TRT 20ª 
Região/2006) – ADAPTADA – A obtenção de evidências quanto à 
suficiência, efetividade e continuidade dos sistemas de controle interno da 
entidade auditada inclui-se no procedimento de auditoria denominado 
(A) Inspeções físicas. 
(B) Revisões analíticas. 
(C) Testes de controle. 
(D) Procedimentos substantivos. 
(E) Observações. 
44. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – Sefaz SP/2009) – ADAPTADA – 
Quando o auditor verifica se o valor do documento que suporta o lançamento 
contábil foi efetivamente o valor registrado, ele objetiva a conclusão de 
(A) existência. 
(B) exatidão. 
(C) ocorrência. 
(D) avaliação. 
(E) corte. 
45. (ESAF / Analista - Susep / 2010) O auditor interno, ao realizar seus 
testes, efetuou o acompanhamento dos inventários físicos, confrontou as notas 
fiscais do período com os registros e realizou a circularização dos advogados 
internos e externos. Esses procedimentos correspondem respectivamente a: 
a) investigação, inspeção e observação. 
b) inspeção, observação e investigação. 
c) confirmação, investigação e observação. 
d) circularização, observação e inspeção. 
e) observação, Inspeção e investigação.46. (ESAF/AFRFB/2009) - adaptada - A empresa Grandes Resultados S.A. 
possui prejuízos fiscais apurados nos últimos três anos. A empresa estava em 
fase pré-operacional e agora passou a operar em plena atividade. As projeções 
 
 
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para os próximos cinco anos evidenciam lucros. O procedimento técnico básico 
que aplicado pelo auditor constataria esse evento seria: 
a) ocorrência. 
b) circularização. 
c) recálculo. 
d) inspeção. 
e) inventário físico. 
47. (ESAF/ATM/Natal/2008) - A Companhia Legal tem estabelecido, em 
seu manual de normas e procedimentos, que o processo de autorização dos 
pagamentos seja feito de forma eletrônica, devendo o supervisor da área 
revisar todas as autorizações dos analistas. Para isso, o supervisor tem 
obrigatoriamente que entrar na área de aprovações do sistema, digitar sua 
senha, passar o seu cartão no leitor óptico e marcar um espaço com “X”, 
autorizando. O auditor, ao visitar a área, presencia um analista de posse do 
cartão e senha do supervisor executando sua função. Esse procedimento 
técnico adotado pelo auditor é considerado uma: 
a) investigação. 
b) revisão analítica. 
c) mensuração. 
d) avaliação. 
e) observação. 
48. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2009) – ADAPTADA - Avalie as 
seguintes situações: 
I. O auditor deve obter informações junto a pessoas com conhecimento, 
financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade. 
II. O auditor faz uma avaliação das informações feitas por meio de estudo das 
relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. 
Os procedimentos técnicos aplicáveis a essas situações são, respectivamente: 
(A) inspeção e indagação / inspeção dedutiva. 
(B) revisão e análise / confirmação analítica. 
(C) cálculo e observação / procedimentos confirmativos. 
(D) indagação / procedimentos analíticos. 
(E) revisão e observação / análise quantitativa. 
49. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças 
Públicas/2008) – ADAPTADA – O procedimento técnico em que o auditor 
busca obter informações de pessoas ou entidades conhecedoras da transação, 
dentro e fora da entidade, é denominado: 
(A) inspeção. 
 
 
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(B) observação. 
(C) indagação. 
(D) procedimentos analíticos. 
(E) confirmação externa. 
50. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças 
Públicas/2008) – ADAPTADA – O procedimento técnico adotado no exame 
de provisões, depreciações, amortizações e apuração de estoque, é 
denominado: 
(A) inspeção. 
(B) recálculo. 
(C) observação. 
(D) indagação. 
(E) conciliação. 
51. (ESAF/AFRFB – Receita/2009) A empresa Grandes Resultados S.A. 
possui prejuízos fiscais apurados nos últimos três anos. A empresa estava em 
fase pré-operacional e agora passou a operar em plena atividade. As projeções 
para os próximos cinco anos evidenciam lucros. O procedimento técnico básico 
que aplicado pelo auditor constataria esse evento seria: 
(A) ocorrência. 
(B) circularização. 
(C) cálculo. 
(D) inspeção. 
(E) inventário físico. 
52. (FCC/Analista Administrativo: Contabilidade TJ SE/2009) A 
verificação das atividades que exigem a aplicação de testes flagrantes, com a 
finalidade de revelar erros, problemas ou deficiências que de outra forma 
seriam de difícil constatação, refere-se a Técnica de Auditoria denominada 
(A) Inspeção Física. 
(B) Exame dos Registros. 
(C) Análise Documental. 
(D) Confirmação Externa. 
(E) Observação das Atividades e Condições. 
53. (ESAF/Auditor de Tributos Municipais – Sefin Natal/2008) A 
Companhia Legal tem estabelecido, em seu manual de normas e 
procedimentos, que o processo de autorização dos pagamentos seja feito de 
forma eletrônica, devendo o supervisor da área revisar todas as autorizações 
dos analistas. Para isso, o supervisor tem obrigatoriamente que entrar na área 
de aprovações do sistema, digitar sua senha, passar o seu cartão no leitor 
óptico e marcar um espaço com “X”, autorizando. O auditor, ao visitar a área, 
presencia um analista de posse do cartão e senha do supervisor executando 
 
 
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sua função. Esse procedimento técnico adotado pelo auditor é considerado 
uma: 
(A) investigação. 
(B) revisão analítica. 
(C) mensuração. 
(D) avaliação. 
(E) observação. 
54. (FCC/Analista Judiciário: Contabilidade – TRT 23ª Região/2007) – 
ADAPTADA – Na execução dos procedimentos de auditoria, a obtenção de 
declaração formal e isenta de pessoas independentes com relação ao ente 
auditado denomina-se 
(A) inspeção física. 
(B) exame de registros. 
(C) exame documental. 
(D) observação e correlação. 
(E) confirmação externa. 
55. (CESPE/Analista de Controle Externo – TCU/2008) A circularização 
de ativos sempre se revela mais eficaz, pois o credor tem mais interesse em 
confirmar seu crédito ou, até mesmo, em apontar possíveis irregularidades. 
56. (CESPE/Analista Econômico, Administrativo e Contábil – 
IEMA/2008) Na auditoria contábil, a conferência de cálculos é recomendada, 
mesmo nos casos em que o auditado apresenta um rol de parcelas e o 
respectivo total. Ainda que todas as parcelas estejam corretas, podem ter sido 
adotadas formas de cálculo que alterem o total. 
57. (CESPE/ACE Espec. Administração Pública e/ou de Empresas – TCE 
AC/2008) Assinale a opção que apresenta a correta correspondência entre a 
técnica de auditoria apresentada e sua definição. 
a) A técnica de observação das atividades e condições consiste na verificação 
das atividades que exigem a aplicação de testes flagrantes. Entre os elementos 
da observação, estão a identificação da atividade específica a ser observada e 
a comparação do comportamento observado com os comportamentos-padrão. 
b) A técnica da confirmação externa consiste no cotejamento de elementos 
numéricos correlacionados. 
c) A técnica do exame dos registros abrange a verificação dos registros 
constantes de controles regulamentares elaborados de forma manual e 
pressupõe a verificação do registro de forma limitada. 
d) A técnica da inspeção física, também denominada corte das operações, 
representa a fotografia do momento-chave de um processo em que a evidência 
é coletada sobre itens tangíveis. 
 
 
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e) A técnica da indagação escrita ou oral consiste no exame de processos e de 
atos formalizados e na análise de documentos avulsos. 
58. (CESPE/Analista de Controle Externo – TCU/2008) A verificação da 
compatibilidade entre os lançamentos efetuados em determinada conta e a 
documentação correspondente é tipo de teste denominado de observância, 
enquanto a verificação do cumprimento da rotina definida para a escrituração 
desses fatos constitui teste do tipo adjetivo. 
59. (CESPE/Inspetor de Controle Externo – TCE RN/2009) Os 
procedimentos da amostragem por julgamento são largamente difundidos, 
ainda que possam ser considerados teoricamente falhos, por determinadas 
razões, entre as quais inclui-se a impossibilidade de os auditores estimarem 
quantitativamente o risco que assumem. 
60. (FGV / ICMS-RJ / 2010) O Conselho Federal de Contabilidade – CFC, 
com relaçãoà amostragem em auditoria, define o termo anomalia como: 
(A) o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, possa ser 
diferente se toda a população estiver sujeita ao mesmo procedimento de 
auditoria. 
(B) a distorção ou o desvio comprovadamente não representativo de distorção 
ou desvio em uma população. 
(C) o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo 
um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes. 
(D) um valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado 
de segurança de que esse valor monetário não seja excedido pela distorção 
real na população. 
(E) o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra é selecionada e 
sobre o qual o auditor deseja concluir. 
61. (FCC / Analista - APOFP / 2010) Para propiciar representatividade da 
população contábil aplicada nos testes de auditoria, o auditor pode estipular 
intervalos uniformes entre os itens a serem selecionados como um método de 
seleção de amostras denominado 
(A) amostragem ao acaso. 
(B) números aleatórios. 
(C) amostragem de atributos. 
(D) amostragem sistêmica. 
(E) amostragem por bloco. 
62. (CESPE/Auditor – Unipampa/2009) Na amostragem probabilística, a 
amostra deve ser selecionada por critérios decorrentes da experiência 
profissional do auditor, que deve levar em conta o conhecimento do setor em 
exame. 
 
 
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63. (CESPE/Analista de Controle Externo – TCU/2008) Se for verificado, 
na realização de uma auditoria, que o controle interno da empresa é 
satisfatório e o risco, relativamente reduzido, o auditor deve estabelecer nível 
de confiança mais elevado e amostra menor. 
64. (CESPE/Analista Judiciário - Área: Administrativa – Contabilidade – 
STF/2008) O tamanho da amostra independe do nível do risco de 
amostragem dos seus resultados, pois cada item da população tem a mesma 
probabilidade de ser selecionado. 
65. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças 
Públicas/2008) Ao determinar a extensão de um teste ou ao selecionar os 
itens a serem testados, o auditor: 
(A) pode empregar técnicas de amostragem estatística, levando sempre em 
consideração o risco de auditoria. 
(B) não deve empregar técnicas de amostragem estatística, já que isso 
aumentaria o risco de auditoria. 
(C) deve examinar 100% de seu universo, levando sempre em consideração o 
risco de auditoria 
(D) não pode empregar técnicas de entrevista estatística. 
(E) deve utilizar sua experiência, bem como testar 100% de seu universo. 
66. (FGV/Senado Federal – Analista Legislativo: Contabilidade/2008) 
Ao usar métodos de amostragem estatística ou não estatística, o auditor deve 
projetar e selecionar uma amostra, aplicar a essa amostra procedimentos de 
auditoria, e avaliar os resultados da amostra, de forma a proporcionar: 
(A) evidência de auditoria suficiente e apropriada. 
(B) achados de auditoria relevantes e adequados. 
(C) realização do processo da auditoria. 
(D) reconhecimento dos riscos de auditoria. 
(E) aplicação da adequada técnica de auditoria. 
67. (ESAF/AFRFB – Receita Federal/2002) – ADAPTADA – O risco de 
amostragem em auditoria nos testes de detalhes pode ser assim classificado: 
(A) subavaliação e superavaliação da confiabilidade. 
(B) aceitação incorreta e superavaliação da confiabilidade. 
(C) superavaliação da confiabilidade e rejeição incorreta. 
(D) rejeição incorreta e subavaliação da confiabilidade. 
(E) rejeição incorreta e aceitação incorreta. 
68. (FCC/ Analista de Controle Externo – TCE AM/2008) Ao utilizar o 
método de amostragem estatística em substituição ao não-estatístico para a 
seleção de base de dados, o auditor está reduzindo a possibilidade de risco de 
 
 
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(A) controle decorrente da utilização de critérios aleatórios. 
(B) detecção por não utilizar critérios probabilísticos e não-probabilísticos 
conjuntamente. 
(C) seleção originada do direcionamento da amostra para uma escolha 
conduzida. 
(D) informação devido à falta de critério na seleção pelo método 
nãoestatístico. 
(E) amostragem decorrente da não utilização das leis de probabilidades. 
69. (FCC/Auditor – TCE AM/2007) Em relação à amostragem estatística 
em auditoria, é correto afirmar: 
(A) A sua principal característica é estar baseada na experiência pessoal do 
auditor. 
(B) Ela deve ser utilizada em todos os casos, inclusive quando a população é 
pequena ou quando há necessidade de alta precisão nas estimativas. 
(C) Na amostragem estratificada, cada elemento da população tem a mesma 
chance de pertencer à amostra, pois estão distribuídos de maneira uniforme. 
(D) O objetivo da ação de controle é irrelevante para a elaboração do plano 
amostral. 
(E) O grau de precisão das estimativas está relacionado ao percentual máximo 
que se admitirá de erros para os resultados obtidos na amostra. 
70. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças 
Públicas/2008) Assinale a alternativa que apresente a definição de Erro 
Amostral. 
(A) É a diferença entre o valor máximo e mínimo, considerando ainda a 
tendência de erro. 
(B) É a diferença entre o valor que a estatística pode acusar e o verdadeiro 
valor do parâmetro que se deseja estimar. 
(C) É a diferença entre o valor que a estatística não pode acusar e o 
verdadeiro valor do parâmetro que se deseja estimar. 
(D) É a soma do desvio-padrão e do erro-padrão da média. 
(E) É a soma do intervalo de confiança e do desvio-padrão. 
71. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2007) – ADAPTADA - Avalie as 
afirmativas a seguir: 
I. A amostragem de atributos é um teste de controle. 
II. A amostragem de variáveis é um procedimento substantivo. 
III. A amostragem de atributos visa a estimar um total monetário de uma 
população ou o valor monetário de erros em uma população. 
IV. A amostragem de variáveis visa a estimar a taxa de desvios em uma 
população. 
Assinale: 
 
 
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(A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(C) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
72. (FGV/TCM RJ – Auditor/2008) – ADAPTADA - Tendo em vista a 
exigüidade do tempo ou visando minimizar os custos, é comum, na atividade 
de auditoria, o uso de técnicas de amostragem estatística e não-estatística. 
Nesse diapasão, uma das maiores preocupações do auditor reside na obtenção 
de uma amostra representativa, qual seja aquela que apresenta as mesmas 
características da população. Assim, ao selecionar uma amostra, deverá levar 
em consideração os seguintes itens (aspectos), de acordo com o CFC 
(Resolução 1.222 de 2009): 
(A) tamanho da população, taxa tolerável de desvios e taxa esperada de 
desvios. 
(B) risco de amostragem, estratificação e procedimentos substantivos. 
(C) tamanho da amostra, controle interno e estratificação. 
(D) objetivos específicos da auditoria, distorção tolerável e distorção esperada. 
(E) procedimentos substantivos, distorção esperada e testes de controle. 
73. (FGV/TCM PA – Auditor/2008) – ADAPTADA - Durante o 
desenvolvimento dos trabalhos de auditoria, é comum o uso de técnicas de 
amostragem estatística e não estatística.Embora não seja obrigatório, o uso 
dessas técnicas pode colaborar para a otimização de recursos. Uma das 
maiores preocupações do auditor ao selecionar a amostra é que ela seja 
representativa, ou seja, que tenha as mesmas características da população. 
Nesse sentido, ao planejar e determinar a amostra, deve levar em 
consideração, consoante a Resolução nº 1.222/09 do CFC, os seguintes 
aspectos: 
(A) os objetivos específicos de auditoria, o tamanho da amostra e a taxa 
tolerável de desvios. 
(B) a população, a distorção potencial e o risco de detecção. 
(C) a estratificação da população, a estratificação da amostra e o desvio 
quantificável. 
(D) a população, a estratificação da amostra e o erro (desvio) padrão. 
(E) o desvio esperado, o desvio tolerável e o desvio inesperado. 
74. (ESAF/AFTE – Sefaz RN/2005) Dadas as tabelas fornecidas a seguir, 
responda: 
Tabela I: 5% de risco de Avaliação do Risco de Controle em Nível Baixo 
Taxa aceitável de desvios 
Taxa Esperada de desvio da 2% 3% 4% 5% 6% 
 
 
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população (%) 
0,00 151 101 76 61 51 
0,50 159 119 95 80 
1,00 158 95 80 
1,50 126 105 
2,00 90 
Tabela II: 10% de risco de Avaliação do Risco de Controle em Nível Baixo 
Taxa aceitável de desvios 
Taxa Esperada de desvio da 
população (%) 2% 
3% 4% 5% 6% 
0,00 116 78 59 47 40 
0,50 196 131 98 79 66 
1,00 178 98 79 66 
1,50 134 107 66 
2,00 160 134 90 
2,50 160 112 
3,00 132 
Ao analisar a área de Contas a Receber, constata-se um risco de avaliação de 
10%. No ano anterior a empresa de auditoria constatou desvio de 4% e a taxa 
esperada do desvio da população do ano foi de 1,0%. Determine o tamanho da 
amostra a ser utilizada. 
(A) 200 
(B) 107 
(C) 158 
(D) 178 
(E) 98 
75. (ESAF / AFRFB / 2009) O auditor, ao realizar o processo de escolha da 
amostra, deve considerar: 
I. que cada item que compõe a amostra é conhecido como unidade de 
amostragem; 
II. que estratificação é o processo de dividir a população em subpopulações, 
cada qual contendo um grupo de unidades de amostragem com características 
homogêneas ou similares; 
III. na determinação do tamanho da amostra, o risco de amostragem, sem 
considerar os erros esperados. 
(A) Somente a I é verdadeira. 
(B) Somente a II é verdadeira. 
(C) I e III são verdadeiras. 
(D) Todas são falsas. 
(E) Todas são verdadeiras. 
 
 
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76. (ESAF/AFRFB/2009) - No processo de amostragem o LSE – Limite 
Superior de Erro para superavaliações é determinado pela: 
a) soma do erro projetado e da provisão para risco de amostragem. 
b) divisão da população pela amostra estratificada. 
c) soma do erro estimado e da confiabilidade da amostra. 
d) divisão do erro total pela população escolhida. 
e) subtração do erro total, do desvio das possíveis perdas amostrais. 
77. (ESAF/ATM/Natal/2008) - No processo de determinação e avaliação da 
amostra, para que o auditor obtenha o limite superior de erro para 
superavaliações, deve-se: 
a) subtrair do risco total projetado o fator de confiabilidade para o limite. 
b) calcular a regressão linear das probabilidades de ocorrência dos erros. 
c) estabelecer o intervalo entre o erro projetado e o erro não estimável. 
d) somar o erro projetado e a provisão para risco de amostragem. 
e) estimar o erro projetado e calcular o seu desvio padrão. 
78. (ESAF/ATM/Natal/2008) - A relação existente entre o fator de 
confiabilidade com a amostra é: 
a) quanto mais baixo for o fator de confiabilidade, maior será o tamanho da 
amostra. 
b) não existir no modelo a expectativa de risco de aceitação incerta. 
c) o fator de confiabilidade e a amostra devem ter correlação positiva. 
d) independente do fator de confiabilidade, o tamanho da amostra não varia. 
e) não correlacionar o fator de confiabilidade da amostra com o seu tamanho. 
79. (FCC/Analista: Contabilidade – MPU/2007) Nas atividades de 
auditoria governamental, NÃO se recomenda a utilização de amostragem 
quando 
(A) as características da população forem de fácil mensuração. 
(B) a população for considerada muito grande. 
(C) o grau de dispersão dos eventos a serem controlados for muito elevado. 
(D) há necessidade de baixa precisão nos dados a serem coletados. 
(E) a urgência na obtenção das informações necessárias aos controles for 
pequena. 
80. (FCC/Analista de Controle Externo – TCE CE/2008) - ADAPTDADA – 
O auditor ao estabelecer uma amostra confiável para um teste de detalhes 
NÃO deverá levar em consideração o 
(A) tamanho da amostra. 
(B) tamanho da população. 
(C) distorção tolerável. 
 
 
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(D) distorção esperada na população. 
(E) risco da amostra. 
81. (FCC/Auditor-Fiscal Tributário Municipal – SEFIN SP/2006) Quando 
o auditor efetua a seleção da amostra com base na sua experiência 
profissional, está utilizando uma técnica denominada amostragem 
(A) por conglomerado. 
(B) casual. 
(C) por intervalos. 
(D) estratificada. 
(E) randômica. 
82. (FCC/AFRE – Sefaz PB/2006) – ADAPTADA – NÃO é permitido na 
determinação e seleção da amostra, que o auditor 
(A) estratifique a amostra. 
(B) tolere uma distorção. 
(C) limite os testes de auditoria. 
(D) selecione casualmente. 
(E) selecione aleatoriamente. 
 
 
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Gabarito: 
1. A 2. E 3. E 4. Certo 
5. Certo 6. Certo 7. E 8. E 
9. C 10. A 11. D 12. E 
13. A 14. E 15. C 16. D 
17. A 18. B 19. E 20. B 
21. E 22. Certo 23. Errado 24. Certo 
25. Errado 26. Certo 27. D 28. C 
29. D 30. B 31. E 32. B 
33. B 34. E 35. C 36. A 
37. A 38. E 39. C 40. D 
41. C 42. D 43. C 44. B 
45. E 46. D 47. E 48. D 
49. C 50. B 51. D 52. E 
53. E 54. E 55. Errado 56. Certo 
57. A 58. Errado 59. Certo 60. B 
61. D 62. Errado 63. Certo 64. Errado
65. A 66. A 67. E 68. E 
69. E 70. B 71. A 72. D 
73. A 74. E 75. B 76. A 
77. D 78. A 79. A 80. B 
81. B 82. C 83. 84. 
 
 
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Bibliografia 
BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 820/97 - NBC T 
11 – Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis, com 
alterações e dá outras providências 
BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1203/09 - NBC TA 
200 - Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em 
Conformidade com Normas de Auditoria 
BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1211/09 - NBC TA 
300 - Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis 
BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1214/09 - NBC TA 
330 - Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados 
BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1217/09 - NBC TA 
500 - Evidência de Auditoria 
BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1219/09 - NBC TA 
505 - Confirmações Externas 
BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1221/09 - NBC TA 
520 - Procedimentos AnalíticosBRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1222/09 - NBC TA 
530 - Amostragem em Auditoria 
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. São 
Paulo: Ed. Atlas, 2007. 
ATTIE, Wiliam. Auditoria – Conceitos e Aplicações. São Paulo: Ed. Atlas, 2009. 
BOYNTON, Marcelo Willian C. Auditoria. São Paulo: Ed. Atlas, 2002.

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