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Aula 07 Auditoria

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Auditoria Regular – Teoria e Exercícios 
Professores: Barreto e Fernando Graeff 
Aula 07 
 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 1
Introdução ........................................................................................ 01 
Tipos de auditoria . ............................................................................. 02 
Procedimentos específicos de auditoria contábil (1/2) . ............................ 17 
Lista de questões ............................................................................... 30 
Bibliografia ........................................................................................ 36 
Introdução 
Prezado Aluno, 
Bem vindo à sétima aula do Curso Regular de Auditoria Contábil – Teoria e 
Exercícios. 
Seguindo o cronograma inicialmente proposto, veremos hoje os seguintes 
assuntos: 
• Tipos de auditoria: auditoria de conformidade, auditoria operacional e 
avaliação de programas de governo; auditoria de sistemas contábeis e 
financeiros informatizados; auditoria fiscal; e 
• Procedimentos específicos de auditoria contábil (1/2). 
Dentro do tópico procedimento específicos de auditoria contábil, hoje 
falaremos sobre superavaliação e subavaliação; ativos ocultos ou fictícios; 
passivos ocultos ou fictícios; presunção de omissão de receitas; saldo credor 
de caixa; suprimentos não-comprovados, diferenças em levantamentos 
quantitativos por espécie; diferenças em levantamentos econômicos ou 
financeiros e omissão do registro de pagamentos efetuados. 
Na próxima aula, veremos a segunda parte desse tópico, onde trataremos dos 
procedimentos específicos de auditoria dos componentes patrimoniais. 
Como de costume, colocaremos as questões discutidas durante a aula no final 
do arquivo, caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os 
comentários. 
Não esqueça, participe do Fórum de dúvidas, que é um dos diferenciais do 
Ponto. Lá você poderá tirar suas dúvidas, auxiliar outras pessoas e nos ajudar 
no aprimoramento dos nossos cursos. 
 
 
 
 
 
 
 
Auditoria Regular – Teoria e Exercícios 
Professores: Barreto e Fernando Graeff 
Aula 07 
 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 2
Tipos de auditoria 
Durante toda a nossa discussão até aqui, focamos sempre a auditoria contábil, 
cujo objetivo é avaliar as demonstrações contábeis de uma entidade. 
Contudo, a auditoria tem diversas vertentes e ramificações: auditoria 
governamental, auditoria operacional, auditoria de gestão, auditoria especial, 
auditoria de sistemas, auditoria fiscal, auditoria ambiental etc. 
Vamos, agora, aproveitar a oportunidade para falar um pouco sobre as 
principais características de diferentes tipos de auditoria e ver como isso pode 
ser cobrado na sua prova. 
Auditoria Governamental 
Antes de definir auditoria governamental, é interessante apresentar para você 
as EFS e a INTOSAI1. 
As Entidades Fiscalizadoras Superiores (EFS) são as instituições do Estado 
responsáveis por executar a auditoria governamental. Aqui no Brasil, esse 
papel é exercido por instituições como o Tribunal de Contas da União (TCU). 
Essas instituições verificam as demonstrações financeiras, a obediência às 
normas, regulamentos e buscam salvaguardar ativos de fraudes e desvios de 
recursos no setor público. Enfim, são os auditores externos e internos dessa 
grande “empresa” que é o governo. 
Já a INTOSAI é entidade internacional que congrega as EFS e emite normas e 
regulamentos que orientam as atividades e procedimentos de auditoria 
governamental. 
Dessa forma, segundo a INTOSAI, a auditoria governamental é a atividade 
independente e objetiva que, através da aplicação de procedimentos 
específicos, tem a finalidade de emitir opinião sobre a adequação das 
contas governamentais, assim como apresentar comentários sobre o 
desempenho organizacional e o resultado dos programas de governo. 
Veja que, de forma semelhante à auditoria independente das demonstrações 
contábeis, a auditoria governamental também se caracteriza por uma atuação 
autônoma (independente) com dois objetivos específicos: 
• emitir uma opinião sobre a adequação das contas governamentais 
(=auditoria de regularidade ou auditoria de conformidade); e 
 
1 International Organization of Supreme Audit Institutions 
 
 
 
 
 
 
 
Auditoria Regular – Teoria e Exercícios 
Professores: Barreto e Fernando Graeff 
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• avaliar e apresentar recomendações sobre o desempenho das atividades 
e programas governamentais (=auditoria de desempenho ou auditoria 
operacional ou auditoria de otimização de recursos) 
Dessa forma, as auditorias de regularidade objetivam avaliar a legalidade e a 
legitimidade dos atos de gestão do ente público, certificando-se, por exemplo, 
que as entidades responsáveis cumpriram sua obrigação de prestar contas, 
que as decisões administrativas foram tomadas com probidade e que os 
dispositivos legais e normativos estão sendo seguidos. 
Já, a auditoria de desempenho preocupa-se em verificar a economia, a 
eficiência e a eficácia da gestão pública. 
Portanto, fique atento: a auditoria governamental pode ser de 
regularidade ou de desempenho e o que as diferencia é o seu escopo. A 
primeira foca os critérios de legalidade e legitimidade, enquanto que a 
segunda foca os critérios de economicidade, eficácia, eficiência e 
efetividade. 
As EFS devem buscar executar auditorias de conformidade ou de desempenho 
em todas as organizações públicas, de modo a realizar o exame das Contas de 
Governo de forma mais efetiva. 
Segundo a Secretaria Federal de Controle Interno2, a auditoria governamental 
pode ser classificada em 5 (cinco) tipos: 
1. Auditoria de Avaliação da Gestão: objetiva emitir uma opinião com vistas a 
certificar a regularidade das contas públicas. 
Compreende, entre outros, aspectos como o exame das peças que 
instruem os processos de tomada ou prestação de contas; exame da 
documentação comprobatória dos atos e fatos administrativos; verificação 
da eficiência dos sistemas de controles administrativo e contábil; 
verificação do cumprimento da legislação pertinente; e avaliação dos 
resultados operacionais e da execução dos programas de governo quanto à 
economicidade, eficiência e eficácia dos mesmos. 
2. Auditoria de Acompanhamento da Gestão: realizada ao longo dos processos 
de gestão, com o objetivo de atuar em tempo real sobre os atos 
efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma entidade, 
evidenciando melhorias e economias existentes no processo ou prevenindo 
gargalos ao desempenho da sua missão institucional. 
 
2 Instrução Normativa no 01 de 06 de abril de 2001, da Secretaria Federal de Controle Interno 
 
 
 
 
 
 
 
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3. Auditoria Contábil: objetiva opinar se os registros contábeis foram 
efetuados de acordo com os princípios fundamentais de 
contabilidade e se as demonstrações refletem, adequadamente, a 
situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do 
período administrativo examinado e as demais situações nelas 
demonstradas. 
Compreende o exame dos registros e documentos e na coleta de 
informações e confirmações, mediante procedimentos específicos. 
Tem por objeto, também, verificar a efetividade e a aplicação de recursos 
externos, oriundos de agentes financeiros e organismos internacionais, por 
unidades ou entidades públicas executoras de projetos celebrados com 
aqueles organismos com vistas a emitir opiniãosobre a adequação e 
fidedignidade das demonstrações financeiras. 
4. Auditoria Operacional: consiste em avaliar as ações gerenciais e os 
procedimentos relacionados ao processo operacional, com a finalidade de 
emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da 
eficiência, eficácia e economicidade, procurando auxiliar a 
administração na gerência e nos resultados, por meio de recomendações, 
que visem aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar 
a responsabilidade gerencial. 
5. Auditoria Especial: objetiva o exame de fatos ou situações consideradas 
relevantes, de natureza incomum ou extraordinária, sendo realizadas 
para atender determinação expressa de autoridade competente. 
Classificam-se nesse tipo os demais trabalhos auditoriais não 
inseridos em outras classes de atividades. 
Ainda, segundo a SFC, a auditoria é executada das seguintes formas: 
I. Direta – trata-se das atividades de auditoria executadas diretamente 
por servidores em exercício nos órgãos e unidades do Sistema de 
Controle Interno do Poder Executivo Federal, sendo subdividas em: 
a. centralizada – executada exclusivamente por servidores em 
exercício nos Órgão Central ou setoriais do Sistema de Controle 
Interno do Poder Executivo Federal. 
b. descentralizada – executada exclusivamente por servidores em 
exercício nas unidades regionais ou setoriais do Sistema de 
Controle Interno do Poder Executivo Federal. 
c. integrada – executada conjuntamente por servidores em exercício 
nos Órgãos Central, setoriais, unidades regionais e/ou setoriais do 
Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. 
 
 
 
 
 
 
 
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II. Indireta – trata-se das atividades de auditoria executadas com a 
participação de servidores não lotados nos órgãos e unidades do 
Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, que 
desempenham atividades de auditoria em quaisquer instituições da 
Administração Pública Federal ou entidade privada. 
a. compartilhada – coordenada pelo Sistema de Controle Interno 
do Poder Executivo Federal com o auxílio de órgãos/instituições 
públicas ou privada. 
b. terceirizada – executada por instituições privadas, ou seja, pelas 
denominadas empresas de auditoria externa. 
III. Simplificada – trata-se das atividades de auditoria realizadas, por 
servidores em exercício nos Órgãos Central, setoriais, unidades regionais 
ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, 
sobre informações obtidas por meio de exame de processos e por 
meio eletrônico, específico das unidades ou entidades federais, cujo 
custo-benefício não justifica o deslocamento de uma equipe para o 
órgão. Essa forma de execução de auditoria pressupõe a utilização de 
indicadores de desempenho que fundamentam a opinião do agente 
executor das ações de controle. 
Auditoria Operacional 
Vimos que a auditoria de desempenho (=operacional) procura avaliar a 
economia, a eficiência, a eficácia e a efetividade da gestão em todos os 
seus níveis, e tem por objetivo identificar se: 
• a administração desempenhou suas atividades com economia, de acordo 
com princípios e práticas administrativas corretas (=economicidade); 
• os recursos humanos, financeiros e de qualquer outra natureza foram 
utilizados com eficiência (=eficiência); 
• há eficácia do desempenho das entidades auditadas em relação ao 
alcance de seus objetivos (=eficácia); e 
• avaliar o verdadeiro efeito de suas atividades em comparação com o 
efeito esperado (=efetividade). 
Este tipo de procedimento consiste numa atividade de assessoramento ao 
gestor, com vistas a aprimorar as práticas dos atos e fatos administrativos, 
sendo desenvolvida de forma tempestiva. 
 
 
 
 
 
 
 
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Outra acepção interessante de auditoria operacional é a do Tribunal de Contas 
da União, que define a Auditoria de Natureza Operacional como a avaliação 
sistemática dos programas, projetos, atividades e sistemas de gestão, e a 
divide em duas modalidades: a auditoria de desempenho operacional e a 
avaliação de programa. 
O objetivo da auditoria de desempenho operacional é examinar a ação do 
gestor quanto aos aspectos da economicidade, eficiência e eficácia, enquanto a 
avaliação de programa busca examinar a efetividade de programas e projetos. 
A auditoria de desempenho operacional está voltada para o exame da 
ação administrativa quanto aos aspectos da economicidade, eficiência 
e eficácia e tem como foco principal os seguintes aspectos: 
• como os órgãos e entidades adquirem, protegem e utilizam seus 
recursos; 
 
• as causas de práticas antieconômicas e ineficientes; 
• o cumprimento das metas previstas; e 
• a obediência aos dispositivos legais aplicáveis aos aspectos da 
economicidade, eficiência e eficácia da gestão. 
Portanto, o foco da auditoria de desempenho operacional é o processo de 
gestão nos seus múltiplos aspectos – de planejamento, de organização, de 
procedimentos operacionais e de acompanhamento gerencial, inclusive quanto 
aos seus resultados em termos de metas alcançadas. 
Já, o objetivo da avaliação de programa é examinar a efetividade dos 
programas e projetos. 
Enquanto a auditoria de desempenho operacional verifica, além da eficiência 
operativa, o grau de cumprimento das metas, comparando metas previstas 
com metas realizadas, a avaliação de programa busca apurar em que medida 
as ações implementadas lograram produzir os efeitos pretendidos pela 
administração. 
Por exemplo, uma auditoria de desempenho operacional em um programa de 
nutrição infantil procurará verificar o alcance das metas propostas, sugerindo, 
eventualmente, o aumento da eficiência do programa mediante uma seleção 
mais adequada dos beneficiários e uma melhoria dos sistemas de aquisição, 
distribuição e oferta de alimentos. 
Contudo, nada dirá sobre se essas correções diminuirão a desnutrição. 
 
 
 
 
 
 
 
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Por outro lado, a avaliação de programa procurará estabelecer em que medida 
o programa consegue melhorar a situação nutricional da população alvo 
(=relação causa-efeito) – se houve mudanças, a magnitude das mesmas e que 
segmentos da população-alvo foram afetados. 
Auditoria das Demonstrações Contábeis 
Já falamos bastante sobre auditoria contábil, não? 
A auditoria das demonstrações contábeis, como se pode inferir pelo próprio 
nome, envolve a obtenção e a avaliação de evidências para emissão de uma 
opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis de uma entidade. 
Esse tipo de auditoria é fundamental para o correto funcionamento dos 
mercados de capitais, pois permite que investidores e credores baseiem suas 
decisões em informações de qualidade, que expressam com clareza a real 
situação das empresas em termos de direitos, obrigações e procedimentos 
contábeis adotados. 
O Conselho Federal de Contabilidade é o responsável pela normatização geral 
que guia a execução desse tipo de auditoria – emite as Normas Brasileiras de 
Contabilidade Técnica de Auditoria Independente de Informação Contábil 
Histórica (NBC TA). 
As NBC TA’s são escritas no contexto da auditoria de demonstrações contábeis 
executada por um auditor independente. Contudo, elas devem ser adaptadas 
conforme necessário às circunstâncias, sendo responsabilidade do auditor 
garantir o cumprimento de todas as obrigações legais, regulatóriase 
profissionais devidas. 
De acordo com a NBC TA 200, o objetivo da auditoria é aumentar o grau de 
confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é 
alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as 
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, 
em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. 
Portanto, a opinião do auditor expressa se as demonstrações contábeis estão 
apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, em 
conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável, ou seja, em 
conformidade com as práticas contábeis e com a legislação aplicável à 
determinada entidade. 
 
 
 
 
 
 
 
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Quadro comparativo entre os principais tipos de auditoria 
Auditoria das 
Demonstrações Contábeis 
(Auditoria Financeira) 
Auditoria de 
Conformidade 
(Auditoria de Compliance) 
Auditoria Operacional 
(Auditoria de Gestão ou de 
Desempenho) 
Emitir uma opinião sobre a 
adequação das 
demonstrações contábeis 
de uma entidade 
Avaliar se as atividades de 
uma entidade, sejam elas 
financeiras ou 
operacionais, obedecem a 
regras ou a regulamentos 
previamente estabelecidos 
Avaliar a eficiência e a 
eficácia das atividades 
operacionais de uma 
entidade 
Auditoria Fiscal 
O termo auditoria fiscal ou tributária é normalmente utilizado para definir as 
ações de fiscalização tributária desenvolvida pela administração fiscal 
(Receita Federal, fiscos estaduais e municipais). 
Nessa acepção, a auditoria fiscal é aquela voltada para a análise do correto 
cumprimento das obrigações tributárias pelos contribuintes. 
Assim, só pode ser realizada por servidor público empregado no ente 
tributante, conforme artigo 142 do Código Tributário Nacional: 
“Compete privativamente a autoridade administrativa constituir o 
crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento 
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da 
obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular 
o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo 
o caso, propor aplicação da penalidade cabível.” 
Contudo, o seu conceito poderá ser diferente em função da posição do sujeito 
que executa a auditoria. 
Se este tipo de auditoria for executada por um auditor externo ou por um 
auditor interno, a auditoria fiscal é considerada uma parte restrita das 
auditorias desenvolvidas por aqueles profissionais prestadores de serviços. 
Nesse caso, tem por objetivo o exame e a avaliação de planejamento 
tributário e da eficiência e eficácia dos procedimentos e controles 
adotados para a operação, pagamento e recuperação de impostos, 
taxas e quaisquer ônus de natureza fisco-tributária que incida nas 
operações e bens da empresa. 
Compreende a revisão dos cálculos dos tributos diretos (Imposto sobre a 
Renda e Contribuição Social) e os indiretos (ICMS, IPI, ISS e outros), e a 
 
 
 
 
 
 
 
Auditoria Regular – Teoria e Exercícios 
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certificação de que os procedimentos adotados pela empresa atendem às 
legislações vigentes. 
Os trabalhos executados na área tributária geram recomendações para 
utilização das melhores alternativas legais para a economia e recuperação de 
impostos, pagos a mais ou indevidamente. 
Auditoria de Sistemas Contábeis e Financeiros Informatizados 
Como a maioria das atividades nas empresas está vinculada direta ou 
indiretamente ao processamento eletrônico de dados, os sistemas de 
informação representam os suportes indispensáveis para as estratégias de 
desenvolvimento e sobrevivência dos negócios e das organizações. 
O surgimento de novas tecnologias, de novos modelos de negócios e da 
constante evolução do mercado, contribuiu para que as empresas 
mantivessem em suas redes de informação aplicações obsoletas, repetidas ou 
deficientes. 
Portanto, deve haver uma preocupação constante das empresas em promover 
a contínua evolução de seus sistemas. 
É essa complexidade das atividades de uma empresa que leva à criação de 
auditorias especializadas. 
Nesse contexto, a auditoria de sistemas avalia o ambiente de processamento 
de dados para identificar e avaliar os possíveis riscos (erros, falhas, 
irregularidades, ineficiência etc.) que estejam ocorrendo, ou que possam 
ocorrer, e faz recomendações para correção e melhoria dos controles internos 
para diminuição dos riscos levantados. 
Em suma, Auditoria de Sistemas é o ramo da auditoria que revisa e 
avalia os controles internos dos sistemas de informação da empresa. 
A auditoria de sistemas objetiva se certificar, por exemplo, que: 
• as informações são corretas e oportunas; 
• existe um processamento adequado das operações; 
• as informações estão protegidas contra fraudes; 
• existe proteção das instalações e equipamentos; 
• existe a proteção contra situações de emergência (paralisação de 
processamento, perda de arquivos, inundações, incêndios etc.). 
 
 
 
 
 
 
 
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Dessa forma, permite uma ação preventiva e corretiva, para confirmar a 
veracidade dos registros e a confiabilidade dos comprovantes, dados e 
informações. 
Importante destacar que seja qual for o grau de informatização que uma 
empresa possa ter, o objetivo da auditoria não se altera. Assim, não importa 
se a escrituração é totalmente manual, mecanizada ou informatizada, a 
tecnologia de auditoria aplicada é a mesma. 
A questão está apenas em observar determinados detalhes, em especial, 
quanto à segurança dos dados. 
Veja a importância da segurança em um ambiente computadorizado, nesse 
ambiente, diferentemente de um ambiente em que a escrituração é feita de 
forma manual, onde uma alteração fraudulenta poderia implicar na rasura do 
registro, é possível alterar um dado sem deixar rastros, por isso, as fraudes 
aumentaram, consideravelmente, nas empresas que adotam sistemas 
computadorizados. 
O uso de computadores muda o processo de registro de dados, de consulta ou 
obtenção de informações e arquivos. Os controles internos passam por 
algumas alterações (o risco de controle é alterado) e os riscos inerentes se 
acentuam. Dessa forma, muda para o auditor a avaliação do controle interno e 
especialmente dos riscos referidos (erros que escapam aos controles internos). 
Assim, antes de elaborar o planejamento de auditoria, o auditor deve conhecer 
a qualidade do sistema de informação da entidade auditada, tal sondagem visa 
verificar: a qualidade do hardware (=equipamentos); do software 
(=programas de computador, tais como: aplicativos, banco de dados, sistemas 
de gestão etc.); da segurança da informação (física e lógica), das defesas 
contra ataques (vírus, acesso indevido, hackers etc.); do treinamento das 
pessoas que utilizam esses sistemas; das redes etc. 
Para isso, o auditor deve ter um mínimo de conhecimento de 
informática, dispor de uma equipe que bem conheça a execução de 
tarefas por computador e até, conforme o caso, contratar especialistas 
de maior nível. 
Vamos ver algumas questões sobre esse assunto: 
01. (ESAF/APOFP – SEFAZ SP/2009) Sobre a auditoria de natureza 
operacional, é correto afirmar: 
(A) tem por objetivo certificar as contas do gestor público, apurando eventuais 
responsabilidades. 
 
 
 
 
 
 
 
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(B) é realizada, tão somente, com base na verificação das demonstrações 
contábeis. 
(C) compreende duas modalidades: auditoria de desempenho operacional e 
avaliação de programas. 
(D) no âmbito da administração indireta, só pode ser realizada por auditores 
independentes contratados mediante licitação. 
(E) é aplicável, apenas, no âmbito da administração direta. 
Resolução: 
Vamos analisar item a item: 
Item A - O objetivo da auditoria operacional não é certificar as contas do 
gestor público (essa seria a auditoria de avaliação de gestão), mas 
avaliar o desempenho da administração pública por meio de critérios de 
economicidade, eficiência, eficácia e efetividade. 
Item B - A auditoria operacional vai bem além da mera verificação das 
demonstrações contábeis e, como vimos, avalia o resultado finalístico da 
gestão. 
Item C - Perfeito! Vimos que a auditoria operacional pode ser classificada 
em de desempenho e de avaliação de programas. 
Item D - Está errado. O TCU e a CGU realizam esse tipo de auditoria 
tanto na administração direta quanto na administração indireta. 
Item E - Errado, conforme explicado no item anterior. 
Logo, o gabarito é o item C. 
02. (FAURGS/AFTE – SEFAZ RS/2006) É correto afirmar que a auditoria 
que incide em todos os níveis de gestão sob o ponto de vista da economia, 
eficiência e eficácia, nas suas fases de execução e supervisão é a 
(A) auditoria administrativa. 
(B) auditoria operacional. 
(C) auditoria interna. 
(D) auditoria contábil. 
(E) auditoria integrada. 
Resolução: 
 
 
 
 
 
 
 
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Vimos que a auditoria de desempenho (=operacional) procura avaliar a 
economia, a eficiência, a eficácia e a efetividade da gestão em todos os 
seus níveis. 
Logo, o gabarito da questão é o item B. 
Fique atento para esse tipo de auditoria e suas características, pois a grande 
maioria das questões sobre o assunto são relacionadas a ela. 
03. (FCC/ Analista - Área Pericial: Contabilidade – MPU/2007) O tipo de 
auditoria cujo objetivo é evidenciar melhorias e economias existentes nos atos 
efetivos praticados pelos administradores públicos ao gerir uma unidade 
orçamentária e, ao mesmo tempo, prevenir gargalos que a impeçam de 
desempenhar adequadamente sua missão institucional é denominado auditoria 
(A) Operacional. 
(B) Especial. 
(C) de Avaliação de Gestão. 
(D) Contábil. 
(E) de Acompanhamento de Gestão. 
Resolução: 
Nesse caso, trata-se de auditoria de acompanhamento da gestão. Lembre que 
essa auditoria caracteriza-se pelo caráter concomitante da sua execução com o 
procedimento auditado e tem como objetivo atuar em tempo real sobre os 
atos efetivos, evidenciando melhorias e economias existentes no processo ou 
prevenindo gargalos ao desempenho da sua missão institucional. 
O gabarito é, portanto, item E. 
04. (FCC/ Analista - Área Pericial: Contabilidade – MPU/2007) Os 
indicadores de gestão do Sistema de Controle Interno da União são 
informações obtidas com a aplicação de fórmulas que fornecem indícios de 
eficiência, eficácia, legalidade e economicidade de como são conduzidas as 
operações. A eficácia pode ser definida como 
(A) a aderência dos atos e fatos de gestão praticados aos normativos legais e 
técnicos que os regem. 
(B) a variação positiva da relação custo/benefício, na qual se busca a 
otimização dos resultados com a escolha dos menores custos em relação aos 
maiores benefícios. 
(C) o grau de cumprimento das metas fixadas para um determinado objeto de 
uma ação em relação ao previsto, em um determinado período. 
(D) a medida da relação entre os recursos efetivamente utilizados para a 
realização de uma meta, frente a padrões estabelecidos. 
 
 
 
 
 
 
 
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(E) a capacidade de registrar, fornecer e manter adequadamente os dados, 
informações e a memória de cálculo utilizados na geração dos próprios 
indicadores. 
Resolução: 
Essa questão aborda definições como legalidade, eficiência, e eficácia. 
Esses critérios são muito utilizados em questões de auditoria de regularidade e 
operacional. 
Vejamos cada um dos itens: 
Item A: a aderência dos atos e fatos de gestão praticados aos normativos 
legais e técnicos que os regem (=legalidade). 
Item B: a variação positiva da relação custo/benefício, na qual se busca a 
otimização dos resultados com a escolha dos menores custos em relação aos 
maiores benefícios. (=eficiência). 
Item C: o grau de cumprimento das metas fixadas para um determinado 
objeto de uma ação em relação ao previsto, em um determinado período 
(=eficácia). 
Item D: a medida da relação entre os recursos efetivamente utilizados para a 
realização de uma meta, frente a padrões estabelecidos. (=eficiência) 
Item E: a capacidade de registrar, fornecer e manter adequadamente os 
dados, informações e a memória de cálculo utilizados na geração dos próprios 
indicadores. (=registros adequados) 
Logo, a resposta correta é o item C. 
05. (UnB/CESPE - TCE/RN Inspetor de Controle Externo, 
Especialidade: Administração, Contabilidade, Direito ou Economia - 
2009) – A auditoria governamental visa estabelecer a melhoria e a 
homogeneização dos procedimentos administrativos e dos controles internos 
das unidades da administração direta e indireta, daí resultando a padronização 
dos processos de licitação e dos contratos firmados com entidades privadas. 
Resolução: 
Vimos que o objetivo da auditoria governamental não é o proposto pelo 
enunciado. A finalidade da auditoria governamental é avaliar a gestão e a 
aplicação de recursos públicos visando sua adequação aos aspectos de 
legalidade e legitimidade, bem como os critérios de economicidade, eficácia, 
eficiência e efetividade. Portanto, questão incorreta. 
 
 
 
 
 
 
 
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06. (UnB/CESPE/TCE – AC Analista de Controle Externo – 
Especialidade: Administração Pública e/ou de Empresas/2008) Assinale 
a opção correta acerca dos tipos de auditoria e de suas funções e objetivos. 
A) A auditoria de avaliação de gestão é responsável por certificar a 
regularidade das contas e verificar os contratos, com o objetivo de controlar e 
emitir opinião sobre as transações no que diz respeito à sua economicidade e 
eficiência. 
B) A auditoria de acompanhamento da gestão é responsável por avaliar a 
gestão do ano imediatamente anterior quanto aos atos efetivos e os potenciais 
efeitos positivos e negativos de uma entidade, com o objetivo de subsidiar a 
gestão subseqüente. 
C) A auditoria operacional é responsável por verificar o processo de gestão 
com o objetivo de evidenciar as melhorias existentes e prevenir gargalos no 
desempenho da missão institucional. 
D) A auditoria contábil é responsável por verificar a efetiva aplicação de 
recursos externos oriundos de agentes financeiros por entidades públicas 
executoras de projetos celebrados com esses agentes, com a finalidade de 
emitir opinião sobre a adequação e fidedignidade das demonstrações 
financeiras. 
E) A auditoria especial é responsável por examinar somente fatos relevantes, 
com o objetivo de atender determinação expressa de autoridade competente. 
Resolução: 
Vamos resolver essa questão item a item: 
A) A auditoria de avaliação de gestão é responsável porcertificar a 
regularidade das contas e verificar os contratos, com o objetivo de 
controlar e emitir opinião sobre as transações no que diz respeito à sua 
economicidade e eficiência. 
A primeira parte do enunciado dessa assertiva está correta, mas a auditoria de 
avaliação de gestão não tem por objetivo controlar as transações, mesmo 
porque elas já foram realizadas. 
B) A auditoria de acompanhamento da gestão é responsável por avaliar a 
gestão do ano imediatamente anterior quanto aos atos efetivos e os 
potenciais efeitos positivos e negativos de uma entidade, com o objetivo 
de subsidiar a gestão subsequente. 
Vimos que a auditoria de acompanhamento da gestão é realizada ao longo dos 
processos de gestão, com o objetivo de atuar em tempo real e não no ano 
imediatamente anterior como afirma o enunciado. 
 
 
 
 
 
 
 
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C) A auditoria operacional é responsável por verificar o processo de gestão 
com o objetivo de evidenciar as melhorias existentes e prevenir gargalos 
no desempenho da missão institucional. 
A finalidade da auditoria operacional é emitir uma opinião sobre a gestão 
quanto aos aspectos da eficiência, eficácia e economicidade, e não evidenciar 
as melhorias existentes. 
D) A auditoria contábil é responsável por verificar a efetiva aplicação de 
recursos externos oriundos de agentes financeiros por entidades públicas 
executoras de projetos celebrados com esses agentes, com a finalidade 
de emitir opinião sobre a adequação e fidedignidade das demonstrações 
financeiras. 
Item correto. Vimos que essa é uma das finalidades da auditoria contábil. 
E) A auditoria especial é responsável por examinar somente fatos 
relevantes, com o objetivo de atender determinação expressa de 
autoridade competente. 
A questão está errada, pois além de relevantes os fatos ou situações têm que 
ter natureza incomum ou extraordinária. 
07. (UnB/CESPE/PMT - Agente Fiscal de Tributos Municipais/2008) - A 
auditoria contábil utiliza técnicas e procedimentos que permitem atestar a 
veracidade e a adequação dos registros e demonstrações, mas não se 
restringe à escrituração da entidade objeto dos trabalhos da auditoria. 
Resolução: 
O enunciado nos traz o objetivo da auditoria contábil que é a emissão de uma 
opinião sobre a adequação das demonstrações de uma entidade. A segunda 
parte do enunciado também está correta, a auditoria contábil não se restringe 
aos registros da entidade, uma vez que se utiliza de procedimentos que 
envolvem confirmações externas com clientes, fornecedores, partes 
relacionadas etc. 
08. (UnB/CESPE/TCU - ACE – Área e Especialidade: Controle Externo – 
Orientação: Auditoria Governamental/2007) - Considere-se que, em 
cumprimento a decisão do TCU, tenha sido elaborado relatório de auditoria na 
área de licitações e contratos de determinado tribunal e tenham sido 
constatadas as seguintes falhas na condução de procedimentos licitatórios: 
edital de licitação com imposições restritivas à competição; prévio 
cadastramento de licitantes no sistema integrado de cadastramento unificado 
de fornecedores; exigências, durante a fase de habilitação de licitantes, de 
documentos não-previstos em lei específica; falta de critério de aceitabilidade 
 
 
 
 
 
 
 
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dos preços unitário e global. Nesse caso, a situação descrita caracteriza uma 
auditoria operacional. 
Resolução: 
Trata-se de uma auditoria de conformidade e não operacional, que buscou 
avaliar a legalidade e legitimidade dos atos de gestão realizados no referido 
processo licitatório. 
 
 
 
 
 
 
 
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Procedimentos específicos de auditoria contábil (1/2) 
Superavaliação e Subavaliação 
Você já sabe que o auditor utiliza procedimentos substantivos para a obtenção 
de evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos 
pelo sistema contábil da entidade. Dessa forma, verifica se as transações e 
saldos registrados nas demonstrações retratam corretamente os fatos 
contábeis, de acordo com as normas contábeis vigentes no país. 
Ora, muito provavelmente, a primeira coisa que nos vem à cabeça é querer 
saber se os valores estão corretos, exatos. 
O auditor deve saber que o saldo de uma conta do balanço patrimonial (BP) ou 
da demonstração do resultado do exercício (DRE) pode estar errado para mais 
(superavaliação) ou para menos (subavaliação). 
Devido a esse risco, as contas da contabilidade, por intermédio dos 
procedimentos substantivos, devem ser testadas nesses dois sentidos, ou seja, 
para mais ou para menos. 
Segundo a doutrina, a experiência tem demonstrado que é mais prático 
dirigir os testes principais de superavaliação para as contas devedoras 
(normalmente, as contas do ativo e despesas) e os de subavaliação para as 
contas credoras (geralmente, contas do passivo e receitas). 
Você, nessa altura do campeonato, já está craque em contabilidade e deve 
saber que os fatos contábeis são registrados por meio das partidas dobradas, 
assim, quando se testam as contas devedoras para superavaliação, as contas 
credoras também estão sendo testadas indiretamente nessa mesma direção. 
Por exemplo, se durante o exame das demonstrações contábeis de uma 
empresa, para o ano findo em 31-12-20X0, o auditor descobre que as 
despesas de pessoal estão superavaliadas, em função de os salários do mês de 
janeiro de 20X1 terem sido provisionados indevidamente em 20X0, é evidente 
que a conta credora de salários a pagar, classificada no passivo circulante, 
também está superavaliada. 
Da mesma forma, quando se testam as contas credoras para subavaliação, as 
contas devedoras estão sendo testadas secundariamente nessa mesma 
direção. 
Por exemplo, por ocasião da auditoria da conta credora de fornecedores a 
pagar (testado para subavaliação), o auditor descobre que uma fatura de 
compra de matéria-prima não foi registrada na contabilidade; 
 
 
 
 
 
 
 
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consequentemente, as contas de fornecedores a pagar e matéria-prima (conta 
devedora classificada no grupo de estoque do ativo circulante está 
subavaliada). 
Vamos ver outros exemplos: 
a) Teste principal para superavaliação do ativo e teste secundário para 
superavaliação de receita: Na auditoria da conta duplicatas a receber 
(ativo circulante), o auditor constatou que uma venda realizada em 20X1 
foi contabilizada em 20X0. Como consequência, a conta de duplicatas a 
receber (teste principal) e a conta de receita bruta na venda de bens 
(teste secundário) estavam superavaliadas. 
b) Teste principal para subavaliação do passivo e teste secundário para 
subavaliação do ativo: Na auditoria da conta de fornecedores a pagar 
(passivo circulante), o auditor notou que uma nota fiscal de competência 
de 20X0, referente à compra de uma máquina, foi registrada somente na 
ocasião de seu efetivo pagamento em 20X1. Por conseguinte, a conta de 
fornecedores a pagar (teste principal) e a conta de máquinas do ativo 
imobilizado (teste secundário) estavam subavaliadas. 
 
Contudo, esse não é o único tipo de impropriedade que é possível encontrar. 
Existe também a possibilidade de uma conta devedora estar superavaliada 
causando a subavaliaçãode outra conta devedora. Isso ocorre, por exemplo, 
quando o lançamento contábil é feito na conta errada. 
De forma análoga, o mesmo pode acontecer para contas credoras. 
Por exemplo, o auditor pode constatar que os imóveis de propriedade da 
entidade foram registrados na conta Investimentos, quando o correto seria no 
Imobilizado. Como consequência a conta devedora Investimentos está 
superavaliada e a conta devedora Imobilizado está subavaliada. 
Vejamos mais alguns exemplos: 
a) Teste principal para superavaliação do ativo e teste secundário para 
subavaliação da despesa: Na auditoria da conta de máquinas e 
equipamentos (ativo imobilizado), o auditor verificou que foram 
debitadas no ativo peças de reposição, que, de acordo com os princípios 
contábeis, deveriam ser registradas como despesas. Portanto, a conta 
máquinas e equipamentos (teste principal) está superavaliada e o grupo 
de despesas (teste secundário) subavaliado. 
b) Teste principal para subavaliação do passivo e teste secundário para 
superavaliação do passivo: No exame da conta empréstimos a pagar, 
o auditor constatou que um financiamento foi registrado indevidamente 
na conta fornecedores a pagar. Portanto, a conta de empréstimos a 
 
 
 
 
 
 
 
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pagar (teste principal) estava subavaliada e a conta fornecedores a 
pagar (teste secundário) estava superavaliada. 
Bom, vamos ver algumas questões sobre esse assunto: 
09. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2009) - O contador da Cia. 
Quartzo Rosa incorreu em um erro no reconhecimento da apropriação da 
receita de juros sobre o investimento em debêntures, deixando de contabilizar 
a receita de juros no ano corrente. Antes que qualquer ajuste seja efetuado, 
esse erro gera o seguinte efeito no patrimônio da empresa: 
(A) subavalição do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido. 
(B) subavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido. 
(C) superavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido. 
(D) superavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido. 
(E) subavaliação do ativo e do resultado e superavaliação do patrimônio 
líquido. 
Resolução: 
Segundo o enunciado não foi feita a apropriação da receita de juros sobre 
investimentos em debêntures. Desta forma, a conta “Juros a Receber” (Ativo) 
está subavaliada, bem como sua contrapartida, a conta “Receita Financeira” 
(Resultado). 
Dessa forma, a falta desse lançamento terá como efeito um resultado do 
período subavaliado (ou um lucro líquido menor ou um prejuízo maior), e, por 
conseguinte, um patrimônio líquido subavaliado (menor) e um ativo total 
também subavaliado (menor). 
Portanto, o gabarito da questão é a letra A. 
10. (ESAF/AFRFB/2009) - A empresa Parcial S.A. realizou o estorno da 
Reserva de Reavaliação, conforme permissibilidade estabelecida pela Lei n. 
11.638/2007. No entanto, o contador não realizou o estorno dos impostos 
pertinentes à reavaliação. Dessa forma pode-se afirmar que: 
a) a conta de reserva de reavaliação está superavaliada. 
b) a conta de investimento reavaliação está adequada. 
c) a conta de imposto de renda diferido está superavaliada. 
d) a conta de lucros acumulados está superavaliada. 
e) a conta de resultado do exercício está subavaliada. 
Resolução: 
 
 
 
 
 
 
 
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Segundo o art. 6º da Lei nº 11.638/07, os saldos existentes nas reservas de 
reavaliação deverão ser mantidos até a sua efetiva realização ou estornados 
até o final do exercício social de 2008 (exercício seguinte à publicação da Lei). 
Nesse caso, o enunciado informa que os impostos não foram estornados. 
Sobre o valor da reavaliação incide o Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ, 
referido imposto no momento da contabilização da reavaliação é lançado na 
conta “imposto de renda diferido”, pois, só será transferido para a despesa na 
medida da realização da reserva. 
Como referido imposto não foi revertido no momento do estorno da 
reavaliação, a conta “imposto de renda diferido” está maior do que deveria ser, 
ou seja, o saldo da conta está superavaliado. 
Gabarito da questão: Letra C. 
11. (ESAF/AFRFB/2009) - A empresa de prestação de serviços NBA 
Informática S.A. tem seus processos integrados sistemicamente. A folha de 
salários é integrada à contabilidade mensalmente. No mês de julho de 2009, 
não foi feita a parametrização no sistema, para contabilização de uma nova 
verba de horas extras a pagar, de 100% de acréscimo. A folha de pagamentos 
apresentava remuneração de R$ 20.000,00 nessa verba. Dessa forma, pode-se 
afirmar que: 
a) o passivo está superavaliado e o resultado está subavaliado. 
b) o ativo está subavaliado e o passivo está superavaliado. 
c) o passivo está subavaliado e o resultado está subavaliado. 
d) os saldos estão adequados sem subavaliação ou superavaliação. 
e) o passivo está superavaliado e o resultado está superavaliado. 
Resolução: 
Sabemos que devido ao fato de as transações na contabilidade serem 
registradas pelo sistema de partidas dobradas, quando se testam as contas 
devedoras para a superavaliação, as contas credoras também estão sendo 
testadas, indiretamente, na mesma direção. O mesmo ocorre nos testes para 
subavaliação. 
O enunciado da questão nos informa, resumidamente, que não foi feito o 
lançamento das horas extras referentes ao período, assim: 
A conta credora “horas extras a pagar” (conta do passivo) está subavaliada; 
por conseguinte, sua contrapartida, a conta devedora “despesas com horas 
extras” (conta de resultado) também está subavaliada. 
 
 
 
 
 
 
 
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Porém, o gabarito, letra C, afirma que o resultado está subavaliado, o que não 
é verdade, o que está subavaliado, como vimos, é o saldo da conta de 
resultado: “despesas com horas extras”. 
Ao contrário do que afirma a letra inicialmente apontada como gabarito da 
questão, o resultado do período, em virtude da não contabilização das 
despesas com horas extras, está superavaliado, ou seja, está maior do que o 
devido. 
Portanto, a questão não tem resposta correta, e foi corretamente anulada pela 
ESAF. 
Gabarito da questão: Anulada. 
12. (FCC – SEFAZ/SP - Agente Fiscal de Rendas – 2009) - O auditor 
externo está realizando auditoria em uma empresa do setor industrial, na área 
de ativo imobilizado. Ao analisar os parâmetros do sistema de cálculo da 
depreciação da conta Móveis e Utensílios do Escritório Administrativo, constata 
que a taxa de depreciação, que deveria ser de 5% ao ano, foi cadastrada como 
10% ao ano. Dessa forma, o auditor pode concluir que 
a) a conta de Estoque de Produtos Acabados, no período, está subavaliada. 
b) a conta de Depreciação Acumulada, no período, está subavaliada. 
c) a Despesa de Depreciação, no período, está superavaliada. 
d) a Depreciação Acumulada está com o saldo acumulado correto. 
e) o Custo das Mercadorias Vendidas está superavaliado. 
Resolução: 
Por fim, para encerrar esse assunto vamos resolver uma questão da FCC. 
Para resolvê-la precisamos, além dos conhecimentos de auditoria, alguns 
conhecimentos contábeis. 
O enunciado fala que a empresa contabilizou erroneamente a depreciação da 
conta “Móveis e Utensílios do Escritório Administrativo”, com essa 
informação já eliminamos as assertivas A e E, pois essa conta, por se tratar de 
“despesa administrativa” não influencia nemestoque de produtos acabados 
nem o custo de mercadorias vendidas. 
O enunciado fala, ainda, que a taxa foi lançada a maior, ou seja, aumentou o 
valor da depreciação, portanto, as assertivas B e D estão erradas, uma vez 
que, o valor da depreciação acumulada aumentou (=superavaliação). 
Só sobrou a assertiva C, realmente o valor com despesa de depreciação no 
período foi lançado à maior, ou seja, houve uma superavaliação da conta 
depreciação acumulada e da conta de despesa de depreciação. 
 
 
 
 
 
 
 
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Ativos Ocultos ou Fictícios; Passivos Ocultos ou Fictícios 
Durante a aplicação dos testes substantivos (procedimentos substantivos), um 
tipo específico de impropriedade que pode ser constatado, estamos falando de 
ativos e passivos, ocultos ou fictícios. 
Dizemos que há um Ativo Fictício quando se constatam bens e direitos que 
somente existem no Balanço Patrimonial, mas de fato não constam no 
patrimônio da empresa. Em outras palavras, é algo que não existe (=fictício). 
De forma análoga, definimos Passivo Fictício como obrigações que somente 
constam nas demonstrações, mas de fato não existem ou já foram quitadas. 
Por outro lado, a situação inversa pode ocorrer: direitos e obrigações que de 
fato existem não são registrados na contabilidade da empresa. Nesse caso, 
temos, respectivamente, Ativos Ocultos e Passivos Ocultos. 
Agora, perguntamos para você: existe alguma relação entre essas definições e 
os testes de superavaliação e subavaliação? 
Parece que sim, não é mesmo? 
Ora, quando estamos diante de Ativos e Passivos Fictícios, lidamos com 
direitos e obrigações que estão presentes nas demonstrações contábeis, mas 
que não existem, inflacionando o valor dessas contas (=contas 
superavaliadas). 
Já quando nos deparamos com Ativos e Passivos Ocultos, estamos diante de 
direitos e obrigações que existem, mas não foram registrados nas 
demonstrações contábeis, diminuindo o real valor dessas contas (= contas 
subavaliadas). 
Vejamos um quadro que resume toda nossa discussão: 
Ativo 
Fictício 
Bens e direitos que somente existem 
no Balanço Patrimonial, mas de fato 
não constam no patrimônio da 
empresa. 
superavaliação 
Ativo 
Oculto 
Bens e direitos que existem de fato e 
não são apresentados no Balanço 
Patrimonial. 
subavaliação 
Passivo 
Fictício 
São as obrigações que somente 
constam nas demonstrações, mas de 
fato não existem ou já foram 
quitadas. 
superavaliação 
 
 
 
 
 
 
 
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Passivo 
Oculto 
São obrigações que existem e não 
estão contabilizadas nas 
demonstrações. 
subavaliação 
Vamos ver como isso pode ser cobrado: 
13. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor de Tributos Municipais - 2008) - O 
auditor fiscal, ao avaliar o extrato bancário da conta, pela qual a empresa 
realiza suas cobranças, constata que o volume de recursos existentes nessa 
conta, somados às cobranças em aberto, superam em 20% o total do 
faturamento do mês contabilizado na conta de vendas. Com essa informação 
pode o auditor concluir que: 
a) o saldo da conta caixa se encontra negativo. 
b) existem ativos ocultos na empresa. 
c) existe evidência de suprimentos não comprovados. 
d) existe omissão de pagamentos efetuados pela empresa. 
e) os registros estão adequados, sendo necessário somente conciliar as 
contas. 
Resolução: 
Item A: errado. 
A questão nada fala sobre a conta Caixa e não temos nenhum elemento para 
afirma que se encontra com saldo credor. 
Item B: correto. 
Vamos analisar o que está acontecendo… Há mais ativos ($$ em conta + 
cobranças em aberto) do que aqueles registrados (faturamento contabilizado 
no mês). 
Enfim, há ativos não registrados (=ocultos). 
Item C: errado. 
Esse item poderia causar certa confusão. 
Realmente, quando nos deparamos com uma situação em que há mais 
recursos em caixa do que os registrados, pode ser um indício de falta de 
origem para justificar os suprimentos de disponíveis (caixa, bancos etc.). 
É o famoso “caixa dois”. 
 
 
 
 
 
 
 
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Contudo, caro concursando, a situação descrita é um indício e não uma 
evidência. Pois a existência de ativos ocultos pode ser dar por outros motivos 
diferentes do “caixa dois”, como um simples erro de escrituração. 
Item D: errado. 
Os pagamentos efetuados pela empresa não influenciam os saldos de Contas a 
Receber e de Conta Banco específica para recebimento de clientes. 
Item E: errado. 
Esse item é bem mais fácil de eliminar, não é? Os registros não estão 
adequados. 
14. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor de Tributos Municipais - 2008) - A 
empresa Séria Ltda. está adquirindo terreno para construção de sua sede. No 
processo de aquisição, em decorrência do terreno localizar-se em área ocupada 
por empresa que produzia produtos poluentes, solicitou que fossem feitos 
exames do solo, os quais evidenciaram a contaminação. O valor estimado da 
multa ambiental para esse tipo de contaminação é de R$ 2.000.000,00. Não 
foram encontrados registros de provisões ou reservas para o fato, 
evidenciando para o auditor um: 
a) ativo fictício. 
b) ativo oculto. 
c) passivo fictício. 
d) passivo oculto. 
e) omissão de receita. 
Resolução: 
Dado o que já vimos, ficou fácil responder essa questão, não é mesmo? 
A historinha do enunciado nos conta que existe um passivo que não foi 
reconhecido nas demonstrações contábeis, portanto, trata-se de um passivo 
oculto. Gabarito, letra D. 
Presunção de omissão de receitas, saldo credor de caixa, suprimentos 
não-comprovados, diferenças em levantamentos quantitativos por 
espécie, diferenças em levantamentos econômicos ou financeiros, 
omissão do registro de pagamentos efetuados. 
Vamos tratar agora do tópico “omissão de receitas” e sua presunção baseada 
no saldo credor de caixa, nos suprimentos não-comprovados, em diferenças de 
 
 
 
 
 
 
 
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levantamentos quantitativos, econômicos ou financeiros e na omissão de 
pagamentos efetuados. 
A omissão de receitas representa a falta da escrituração contábil de créditos da 
empresa, mais popularmente conhecido como “caixa 2”. 
Assim, por exemplo, a venda de produtos ou a prestação de serviços sem a 
respectiva emissão da nota fiscal ou, ainda, a sua emissão por um valor menor 
que o real (subfaturamento) representa uma entrada de numerário no caixa 
que fica a margem da contabilidade. 
Não é preciso se esforçar para perceber que a intenção por detrás da omissão 
de receitas é burlar o pagamento de impostos, assim, a presunção de omissão 
de receitas encontra-se disciplinada no Regulamento do Imposto de Renda 
(RIR - Decreto nº 3.000/99). 
O legislador caracterizou a presunção legal de omissão de receitas, ressalvada 
ao contribuinte a prova da improcedência (=direito de defesa), quando for 
detectada a ocorrência de uma das três hipóteses a seguir: 
™ Indicação na escrituração de saldo credor de caixa (procedimento: 
auditoria do caixa); 
™ Falta de escrituração de pagamentos efetuados (procedimento: auditoria 
de compras); e 
™ Manutenção no passivo de obrigações já pagas ou cuja exigibilidade não 
seja comprovada (procedimento: auditoriado passivo). 
Indício e Presunção 
Por indício entende-se o fato ou parte de um fato certo que se liga a outro fato 
que se quer provar. É um sinal, um vestígio, uma pista que aponta na direção 
da situação investigada. 
Já na presunção o que importa é o resultado do raciocínio lógico, baseado em 
fato conhecido (indício), no qual se busca deduzir a presumível ocorrência de 
um outro fato, este desconhecido. 
Desta forma, assume-se como verdade válida em todos os casos o fato 
considerado verdadeiro na grande maioria das situações semelhantes. 
Saldo credor de caixa 
Na qualidade de conta contábil representada no lado ativo do balanço 
patrimonial, caracterizando o numerário disponível na empresa para utilização 
 
 
 
 
 
 
 
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imediata, o Caixa deve se apresentar, sempre, com saldo devedor ou, na pior 
das hipóteses, saldo nulo. 
Situação normal das contas no BP (salvo as contas retificadoras): 
Ativo Passivo 
Saldo Devedor 
Saldo Credor 
Patrimônio Líquido 
Saldo Credor 
Jamais, em situações normais, a conta caixa deverá apresentar saldo credor, 
pois, tal situação indica a realização de pagamentos em montante superior ao 
disponível para tanto. 
Caso isso ocorra, sem que haja uma falha contábil que justifique tal 
procedimento, está caracterizada a utilização de numerário não contabilizado, 
ou seja, a omissão de receita. 
O saldo credor de caixa ou “estouro de caixa”, portanto, indica que essa conta 
encontra-se com saldo anormal, atípico à sua natureza. 
Suprimentos de Caixa 
O procedimento comumente adotado para promover o ingresso de recursos 
financeiros no caixa da empresa tem origem no ciclo de operações vinculadas 
ao seu objeto social (tais como vendas e recebimentos de duplicatas, por 
exemplo). 
Nos casos em que tais recursos mostram-se insuficientes para honrar as 
operações, torna-se necessário obter capital de fontes externas, o que pode 
ser realizado junto a estabelecimentos de crédito (contratos de financiamento, 
desconto de duplicatas, entre outras) ou mesmo junto aos proprietários ou 
administradores da empresa, por intermédio de operações de empréstimos ou 
aumento de capital. 
Convém ressaltar que em princípio, não há ilegalidade em se obter recursos 
junto aos sócios e proprietários de empresas, em operações com o objetivo de 
aporte de recursos ou “suprimento de caixa”. O que pode comprometer a lisura 
da operação é a falta de comprovação de seu efetivo ingresso na empresa ou 
da capacidade econômica de receita anteriormente obtida. 
Então, o suprimento não-comprovado caracteriza-se como o ingresso de 
numerário oriundo do “caixa 2” devido à insuficiência do caixa oficial, 
utilizando-se como contrapartida contábil uma operação fictícia, não 
comprovada, como por exemplo, aumento de capital ou empréstimo a pagar. 
 
 
 
 
 
 
 
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O auditor quando for analisar os suprimentos de caixa deve verificar se: 
™ o empréstimo efetivado por pessoa jurídica se encontra devidamente 
contabilizado na empresa que o procedeu; e 
™ a pessoa física que procedeu o empréstimo possuía capacidade financeira 
ou dispunha de recursos suficientes para tanto. 
O RIR dispõe que provada à omissão de receita, por indícios na escrituração do 
contribuinte ou qualquer outro elemento de prova, a autoridade tributária 
poderá arbitrá-la (=presumir um valor) com base no valor dos recursos de 
caixa fornecidos à empresa por administradores, sócios da sociedade não 
anônima, titular da empresa individual, ou pelo acionista controlador da 
companhia, se a efetividade da entrega e a origem dos recursos não forem 
comprovadamente demonstradas. 
Falta de Emissão de Nota Fiscal 
A falta de emissão de documento idôneo, no momento da efetivação das 
operações de venda de mercadorias, prestação de serviços, operações de 
alienação de bens móveis, locação de bens móveis e imóveis ou quaisquer 
outras transações realizadas com bens ou serviços, bem como a sua emissão 
com valor inferior ao da operação, caracteriza omissão de receita ou de 
rendimentos. 
Levantamento Quantitativo por Espécie 
A omissão de receita poderá, também, ser determinada a partir de 
levantamento por espécie de quantidade de matérias-primas e produtos 
intermediários utilizados no processo produtivo da pessoa jurídica. 
Para apurar as diferenças em levantamentos quantitativos por espécie, positiva 
ou negativa, faz-se a comparação entre a soma das quantidades de produtos 
em estoque no início do período + a quantidade de produtos fabricados com as 
matérias-primas e produtos intermediários utilizados, e a soma das 
quantidades de produtos cuja venda houver sido registrada na escrituração 
contábil da empresa com as quantidades em estoque, no final do período de 
apuração, constantes do Livro de Inventário. 
Considera-se receita omitida, neste caso, o valor resultante da multiplicação 
das diferenças de quantidade de produtos ou de matérias-primas e produtos 
intermediários pelos respectivos preços médios de venda ou de compra, 
conforme o caso, em cada período de apuração abrangido pelo levantamento. 
Levantamentos econômicos ou financeiros 
 
 
 
 
 
 
 
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A legislação também considera omissão de receita as diferenças encontradas 
em levantamentos econômicos ou financeiros, caracterizadas como os valores 
creditados em conta de depósito ou de investimento mantida junto à 
instituição financeira, em relação aos quais o titular, pessoa jurídica não 
comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos 
utilizados nessas operações. 
Para efeitos tributários o valor das receitas ou dos rendimentos omitido será 
considerado auferido ou recebido no mês do crédito efetuado pela instituição 
financeira. 
Os valores cuja origem houver sido comprovada, que não houverem sido 
computados na base de cálculo do imposto a que estiverem sujeitos, 
submeter-se-ão às normas de tributação específicas, previstas na legislação 
vigente à época em que auferidos ou recebidos. 
Para efeito de determinação da receita omitida, os créditos serão analisados 
individualmente, observado que não serão considerados os decorrentes de 
transferência de outras contas da própria pessoa jurídica. 
Falta de Escrituração de Pagamentos 
No grupo de valores a pagar encontram-se os valores representativos das 
contas a pagar, registrados no grupo passivo do balanço patrimonial, cujas 
contas mais comuns são denominadas: Duplicatas a Pagar, Contas a Pagar, 
Empréstimos a Pagar, Impostos a Pagar, Salários a Pagar e outras. 
Caracterizam-se por meio dessas contas os denominados débitos de 
funcionamento e de financiamento. 
Por débitos de funcionamento consideram-se as operações normais relativas 
ao objeto social da empresa sendo identificados pelas Duplicatas a Pagar 
representados contabilmente pela Conta Fornecedores, já os débitos de 
financiamentos são identificados pelos empréstimos bancários representadas 
pelas Promissórias a Pagar e Contratos de Financiamentos. 
Ocorre a falta da escrituração quando a empresa registra uma dívida como a 
pagar na contabilidade, quando, na verdade, já foi paga. A dívida paga, 
portanto, consta no Passivo Circulante, caracterizando o denominado Passivo 
Fictício que já estudamos. 
Assim, a falta de escrituração de pagamentos efetuados pela pessoajurídica, 
assim como a manutenção, no passivo, de obrigações cuja exigibilidade não 
seja comprovada, caracterizam, também, omissão de receita. 
Vamos analisar algumas questões sobre esse assunto:
 
 
 
 
 
 
 
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15. (FGV/TCM RJ – Auditor/2008) - Durante a aplicação dos 
procedimentos atinentes à espécie, o auditor detectou, com base nos 
documentos contábeis, que em determinado dia a conta “caixa” da entidade 
apresentava saldo contábil credor. Em relação a esse fato, assinale a melhor 
explicação. 
a) Trata-se de ativo fictício, uma vez que há valores registrados que, de fato, 
inexistem. 
b) Trata-se de passivo oculto, tendo em vista que dívidas contratadas foram 
registradas erroneamente no passível exigível a longo prazo. 
c) Corresponde a “estouro de caixa”, situação decorrente, por exemplo, de 
receitas recebidas, mas não contabilizadas. 
d) Corresponde a “estouro de caixa”, decorrente, por exemplo, de mercadorias 
adquiridas e pagas, mas não contabilizadas. 
e) Corresponde ao que culturalmente chamamos de “caixa 2”, prát-
ica sabidamente conhecida e permitida pela legislação. 
Resolução: 
Vimos que a situação em que o caixa apresenta um saldo contábil credor é 
conhecida como “estouro de caixa” e ocorre quando sai mais dinheiro do caixa 
do que entra (na contabilidade, não fisicamente). 
O recebimento de receitas sem a devida contabilização pode ser uma das 
causas, pois o dinheiro existe fisicamente e quando é feito o pagamento, e 
este é contabilizado, o saldo passa a ser credor. Portanto, o gabarito é a letra 
C. 
16. (ESAF/ 2001/ Auditor do Tesouro Municipal - Prefeitura de Natal – 
RN) - No encerramento do exercício social, o balanço patrimonial apresentava 
a rubrica contábil “Caixa” com saldo credor. Indique a opção que pode 
justificar essa situação. 
a) pagamentos a fornecedores não contabilizados 
b) empréstimos concedidos não contabilizados 
c) recebimentos de numerários não contabilizados 
d) adiantamentos recebidos de clientes 
e) compras a prazo canceladas 
O enunciado nos diz que a conta caixa apresentava saldo credor, então, foram 
feitos mais pagamentos do que recebimentos, ou seja, houve mais saídas 
contabilizadas de dinheiro do que entradas contabilizadas de dinheiro. Faltou a 
origem dos recursos utilizados. 
Vamos analisar as opções: 
 
 
 
 
 
 
 
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Item A – errado. Pagamentos feitos e não contabilizados geram efeito contrário 
ao disposto no enunciado, ou seja, o saldo ficaria devedor (a maior) e não 
credor. 
Item B – errado. É a mesma situação do item A, uma saída de caixa não 
contabilizada, deixa o saldo devedor maior do que deveria ser. 
Item C – certo. A entrada de numerário sem a devida contabilização e a 
posterior saída contabilizada causa o saldo credor no caixa, ou seja, saiu mais 
dinheiro do caixa do que entrou. 
Item D – errado. Pagamento antecipado de clientes contabilizados são 
operações normais e desde que regularmente contabilizados não causam saldo 
credor. 
Item E – errado. Compras a prazo canceladas, além de serem operações 
normais, não afetam a conta caixa. 
Bom... nossa aula termina por aqui. 
A gente se vê na próxima semana. 
Forte abraço, 
 e Fernando 
 
 
 
 
 
 
 
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Lista de Questões 
01. (ESAF/APOFP – SEFAZ SP/2009) Sobre a auditoria de natureza 
operacional, é correto afirmar: 
(A) tem por objetivo certificar as contas do gestor público, apurando eventuais 
responsabilidades. 
(B) é realizada, tão somente, com base na verificação das demonstrações 
contábeis. 
(C) compreende duas modalidades: auditoria de desempenho operacional e 
avaliação de programas. 
(D) no âmbito da administração indireta, só pode ser realizada por auditores 
independentes contratados mediante licitação. 
(E) é aplicável, apenas, no âmbito da administração direta. 
02. (FAURGS/AFTE – SEFAZ RS/2006) É correto afirmar que a auditoria 
que incide em todos os níveis de gestão sob o ponto de vista da economia, 
eficiência e eficácia, nas suas fases de execução e supervisão é a 
(A) auditoria administrativa. 
(B) auditoria operacional. 
(C) auditoria interna. 
(D) auditoria contábil. 
(E) auditoria integrada. 
03. (FCC/ Analista - Área Pericial: Contabilidade – MPU/2007) O tipo de 
auditoria cujo objetivo é evidenciar melhorias e economias existentes nos atos 
efetivos praticados pelos administradores públicos ao gerir uma unidade 
orçamentária e, ao mesmo tempo, prevenir gargalos que a impeçam de 
desempenhar adequadamente sua missão institucional é denominado auditoria 
(A) Operacional. 
(B) Especial. 
(C) de Avaliação de Gestão. 
(D) Contábil. 
(E) de Acompanhamento de Gestão. 
04. (FCC/ Analista - Área Pericial: Contabilidade – MPU/2007) Os 
indicadores de gestão do Sistema de Controle Interno da União são 
informações obtidas com a aplicação de fórmulas que fornecem indícios de 
eficiência, eficácia, legalidade e economicidade de como são conduzidas as 
operações. A eficácia pode ser definida como 
(A) a aderência dos atos e fatos de gestão praticados aos normativos legais e 
técnicos que os regem. 
 
 
 
 
 
 
 
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(B) a variação positiva da relação custo/benefício, na qual busca-se a 
otimização dos resultados com a escolha dos menores custos em relação aos 
maiores benefícios. 
(C) o grau de cumprimento das metas fixadas para um determinado objeto de 
uma ação em relação ao previsto, em um determinado período. 
(D) a medida da relação entre os recursos efetivamente utilizados para a 
realização de uma meta, frente a padrões estabelecidos. 
(E) a capacidade de registrar, fornecer e manter adequadamente os dados, 
informações e a memória de cálculo utilizados na geração dos próprios 
indicadores. 
05. (UnB/CESPE - TCE/RN Inspetor de Controle Externo, 
Especialidade: Administração, Contabilidade, Direito ou Economia - 
2009) – A auditoria governamental visa estabelecer a melhoria e a 
homogeneização dos procedimentos administrativos e dos controles internos 
das unidades da administração direta e indireta, daí resultando a padronização 
dos processos de licitação e dos contratos firmados com entidades privadas. 
06. (UnB/CESPE/TCE – AC Analista de Controle Externo – 
Especialidade: Administração Pública e/ou de Empresas/2008) Assinale 
a opção correta acerca dos tipos de auditoria e de suas funções e objetivos. 
A) A auditoria de avaliação de gestão é responsável por certificar a 
regularidade das contas e verificar os contratos, com o objetivo de controlar e 
emitir opinião sobre as transações no que diz respeito à sua economicidade e 
eficiência. 
B) A auditoria de acompanhamento da gestão é responsável por avaliar a 
gestão do ano imediatamente anterior quanto aos atos efetivos e os potenciais 
efeitos positivos e negativos de uma entidade, com o objetivo de subsidiar a 
gestão subseqüente. 
C) A auditoria operacional é responsável por verificar o processo de gestão 
com o objetivo de evidenciar as melhorias existentes e prevenir gargalos no 
desempenho da missão institucional. 
D) A auditoria contábil é responsável por verificar a efetiva aplicação de 
recursos externos oriundos de agentes financeiros porentidades públicas 
executoras de projetos celebrados com esses agentes, com a finalidade de 
emitir opinião sobre a adequação e fidedignidade das demonstrações 
financeiras. 
E) A auditoria especial é responsável por examinar somente fatos relevantes, 
com o objetivo de atender determinação expressa de autoridade competente. 
07. (UnB/CESPE/PMT - Agente Fiscal de Tributos Municipais/2008) - A 
auditoria contábil utiliza técnicas e procedimentos que permitem atestar a 
veracidade e a adequação dos registros e demonstrações, mas não se 
restringe à escrituração da entidade objeto dos trabalhos da auditoria. 
 
 
 
 
 
 
 
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08. (UnB/CESPE/TCU - ACE – Área e Especialidade: Controle Externo – 
Orientação: Auditoria Governamental/2007) - Considere-se que, em 
cumprimento a decisão do TCU, tenha sido elaborado relatório de auditoria na 
área de licitações e contratos de determinado tribunal e tenham sido 
constatadas as seguintes falhas na condução de procedimentos licitatórios: 
edital de licitação com imposições restritivas à competição; prévio 
cadastramento de licitantes no sistema integrado de cadastramento unificado 
de fornecedores; exigências, durante a fase de habilitação de licitantes, de 
documentos não-previstos em lei específica; falta de critério de aceitabilidade 
dos preços unitário e global. Nesse caso, a situação descrita caracteriza uma 
auditoria operacional. 
09. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2009) - O contador da Cia. 
Quartzo Rosa incorreu em um erro no reconhecimento da apropriação da 
receita de juros sobre o investimento em debêntures, deixando de contabilizar 
a receita de juros no ano corrente. Antes que qualquer ajuste seja efetuado, 
esse erro gera o seguinte efeito no patrimônio da empresa: 
(A) subavalição do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido. 
(B) subavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido. 
(C) superavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido. 
(D) superavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido. 
(E) subavaliação do ativo e do resultado e superavaliação do patrimônio 
líquido. 
10. (ESAF/AFRFB/2009) - A empresa Parcial S.A. realizou o estorno da 
Reserva de Reavaliação, conforme permissibilidade estabelecida pela Lei n. 
11.638/2007. No entanto, o contador não realizou o estorno dos impostos 
pertinentes à reavaliação. Dessa forma pode-se afirmar que: 
a) a conta de reserva de reavaliação está superavaliada. 
b) a conta de investimento reavaliação está adequada. 
c) a conta de imposto de renda diferido está superavaliada. 
d) a conta de lucros acumulados está superavaliada. 
e) a conta de resultado do exercício está subavaliada. 
11. (ESAF/AFRFB/2009) - A empresa de prestação de serviços NBA 
Informática S.A. tem seus processos integrados sistemicamente. A folha de 
salários é integrada à contabilidade mensalmente. No mês de julho de 2009, 
não foi feita a parametrização no sistema, para contabilização de uma nova 
verba de horas extras a pagar, de 100% de acréscimo. A folha de pagamentos 
apresentava remuneração de R$ 20.000,00 nessa verba. Dessa forma, pode-se 
afirmar que: 
a) o passivo está superavaliado e o resultado está subavaliado. 
b) o ativo está subavaliado e o passivo está superavaliado. 
c) o passivo está subavaliado e o resultado está subavaliado. 
 
 
 
 
 
 
 
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d) os saldos estão adequados sem subavaliação ou superavaliação. 
e) o passivo está superavaliado e o resultado está superavaliado. 
13. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor de Tributos Municipais - 2008) - O 
auditor fiscal, ao avaliar o extrato bancário da conta, pela qual a empresa 
realiza suas cobranças, constata que o volume de recursos existentes nessa 
conta, somados às cobranças em aberto, superam em 20% o total do 
faturamento do mês contabilizado na conta de vendas. Com essa informação 
pode o auditor concluir que: 
a) o saldo da conta caixa se encontra negativo. 
b) existem ativos ocultos na empresa. 
c) existe evidência de suprimentos não comprovados. 
d) existe omissão de pagamentos efetuados pela empresa. 
e) os registros estão adequados, sendo necessário somente conciliar as 
contas. 
14. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor de Tributos Municipais - 2008) - A 
empresa Séria Ltda. está adquirindo terreno para construção de sua sede. No 
processo de aquisição, em decorrência do terreno localizar-se em área ocupada 
por empresa que produzia produtos poluentes, solicitou que fossem feitos 
exames do solo, os quais evidenciaram a contaminação. O valor estimado da 
multa ambiental para esse tipo de contaminação é de R$ 2.000.000,00. Não 
foram encontrados registros de provisões ou reservas para o fato, 
evidenciando para o auditor um: 
a) ativo fictício. 
b) ativo oculto. 
c) passivo fictício. 
d) passivo oculto. 
e) omissão de receita. 
15. (FGV/TCM RJ – Auditor/2008) - Durante a aplicação dos 
procedimentos atinentes à espécie, o auditor detectou, com base nos 
documentos contábeis, que em determinado dia a conta “caixa” da entidade 
apresentava saldo contábil credor. Em relação a esse fato, assinale a melhor 
explicação. 
a) Trata-se de ativo fictício, uma vez que há valores registrados que, de fato, 
inexistem. 
b) Trata-se de passivo oculto, tendo em vista que dívidas contratadas foram 
registradas erroneamente no passível exigível a longo prazo. 
c) Corresponde a “estouro de caixa”, situação decorrente, por exemplo, de 
receitas recebidas, mas não contabilizadas. 
d) Corresponde a “estouro de caixa”, decorrente, por exemplo, de mercadorias 
adquiridas e pagas, mas não contabilizadas. 
 
 
 
 
 
 
 
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e) Corresponde ao que culturalmente chamamos de “caixa 2”, prática 
sabidamente conhecida e permitida pela legislação. 
16. (ESAF/ 2001/ Auditor do Tesouro Municipal - Prefeitura de Natal – 
RN) - No encerramento do exercício social, o balanço patrimonial apresentava 
a rubrica contábil “Caixa” com saldo credor. Indique a opção que pode 
justificar essa situação. 
a) pagamentos a fornecedores não contabilizados 
b) empréstimos concedidos não contabilizados 
c) recebimentos de numerários não contabilizados 
d) adiantamentos recebidos de clientes 
e) compras a prazo canceladas 
Gabarito: 
1. C 2. B 3. E 4. C 
5. Errado 6. D 7. Certo 8. Errado 
9. A 10. C 11. Nulo 12. C 
13. B 14. D 15. C 16. C 
 
 
 
 
 
 
 
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Bibliografia 
INTOSAI. Declaração de Lima sobre Diretrizes para Preceitos de Auditoria. 
1977. 
Código de Ética e Normas de Auditoria da INTOSAI; Tradução de Inaldo da 
Paixão Santos Araújo e Tribunal de Contas da União. Salvador: Tribunal de 
Contas do Estado da Bahia, 2005. 
Secretaria Federal de Controle Interno. Instrução Normativa nº 1, de 6 de abril 
de 2001. Define diretrizes, princípios, conceitos e aprova normas técnicas para 
a atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. Brasília, 
2001. 
Tribunal de Contas da União. Padrões de Auditoria de Conformidade. Portaria 
TCU 90/2003, atualizada pela Portaria-Segecex nº 26, de 19 de novembro de 
2009. 
Tribunal de Contas da União. Teorias e Normas de Auditoria. Programa de 
Formação de Analista de Controle

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