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Aula 08 Auditoria

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Auditoria Regular – Teoria e Exercícios 
Professores: Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 1
Introdução . ...................................................................................... 01 
Procedimentos específicos de auditoria contábil – Ativo . ......................... 02 
Procedimentos específicos de auditoria contábil – Passivo e PL . ............... 17 
Procedimentos específicos de auditoria contábil – Resultado . ................... 25 
Lista de questões . ............................................................................. 33 
Bibliografia . ...................................................................................... 38 
Introdução 
Caro Aluno, 
Vamos à nossa penúltima aula do Curso Regular de Auditoria Contábil – Teoria 
e Exercícios. 
Hoje, continuaremos discutindo um tema que começamos a abordar na aula 
passada – procedimentos específicos de auditoria contábil. 
Na aula passada, falamos sobre superavaliação e subavaliação de contas; 
ativos e passivos ocultos e fictícios; e saldo credor de caixa. Pois bem, agora, 
falaremos das técnicas e procedimentos utilizados na auditoria dos diversos 
grupos contábeis: Ativo, Passivo, PL e Resultado. 
Como de costume, colocaremos as questões discutidas durante a aula no final 
do arquivo, caso você queira tentar resolvê-las antes de ver os comentários. 
Não esqueça, participe do Fórum de dúvidas, que é um dos diferenciais do 
Ponto. Lá você poderá tirar suas dúvidas, auxiliar outras pessoas e nos ajudar 
no aprimoramento dos nossos cursos. 
Vamos em frente! 
Auditoria Regular – Teoria e Exercícios 
Professores: Barreto e Fernando Graeff 
Aula 08 
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Procedimentos específicos de auditoria contábil - Ativo 
Vamos iniciar nossa discussão sobre a auditoria das contas do ativo. 
Inicialmente, temos que saber que a Lei nº 11.941/09, alterou a Lei 
nº 6.404/76, modificando a classificação das contas no Balanço Patrimonial. De 
acordo com a nova lei no ativo, as contas serão dispostas em ordem 
decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos 
seguintes grupos: 
• ativo circulante; e 
• ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, 
investimentos, imobilizado e intangível. 
Dentro do ativo circulante as contas que nos interessam são: as 
disponibilidades (caixa e bancos), contas a receber (e PDD) e estoques. Já, no 
ativo não circulante nos ateremos às contas referentes aos investimentos, 
imobilizado e intangível. 
Já vimos que o auditor deve saber que o saldo de uma conta do balanço 
patrimonial (BP) ou da demonstração do resultado do exercício (DRE) pode 
estar errado para mais (superavaliação) ou para menos (subavaliação). 
Devido a esse risco, as contas da contabilidade, por intermédio dos testes 
substantivos, devem ser testadas nesses dois sentidos, ou seja, para mais ou 
para menos. 
Nunca é demais lembrar que segundo a doutrina, a experiência tem 
demonstrado que é mais prático dirigir os testes principais de 
superavaliação para as contas devedoras (normalmente, as contas do 
ativo e despesas) e os de subavaliação para as contas credoras 
(geralmente, contas do passivo e receitas). 
Inicialmente, antes de falar sobre os procedimentos específicos, vamos nos 
lembrar da revisão do controle interno, que tem a finalidade de determinar 
qual a confiabilidade depositada no controle interno da entidade, isso é 
necessário para a definição de quais os procedimentos de auditoria serão mais 
adequados e em qual extensão serão utilizados. 
Entre os vários tipos de controle, podemos citar alguns que servem de 
fortalecimento do controle interno para a área do disponível: 
• segregação de funções entre custódia de valores e a contabilização; 
• sistema de autorização e aprovação para pagamentos; 
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• conciliações bancárias periódicas e revisadas por pessoa independente da 
sua preparação; 
• utilização de duas pessoas independentes para assinatura dos cheques; 
etc. 
Bom… agora, quais são os objetivos da auditoria específicos para essas áreas? 
Caixas e Bancos 
Já sabemos que os ativos são classificados por ordem decrescente de grau de 
liquidez, sendo que Caixas e Bancos estão na “primeira linha” do lado ativo, 
no Balanço Patrimonial. Enfim, são os ativos de maior liquidez, de forma 
que não há restrições quanto ao seu uso imediato. 
Por ser uma conta do ativo, os testes de auditoria são dirigidos para 
superavaliação e, além disso, o principal objetivo desses testes é verificar a 
existência do ativo. 
Dessa forma, mesmo que haja um bom sistema de controle interno (=baixo 
risco de controle), o auditor deve fazer um maior número de testes que o 
normal, devido ao alto risco inerente dessas contas. 
Portanto, preste atenção nesse detalhe! Caixas e Banco são os ativos 
mais sensíveis e de maior risco, portanto o auditor deve dar especial 
atenção a essas contas. 
De tal forma que a finalidade dos exames vai além de apurar se realmente 
existem todas as disponibilidades mencionadas no balanço, devendo averiguar 
se existem todas aquelas que deveriam existir. 
Para atingir seus objetivos o auditor utiliza alguns procedimentos específicos, 
os mais comuns são: 
• Contagem de caixa: consiste na contagem dos valores (dinheiro, 
cheques, títulos de pronta liquidez) em poder do caixa. Recomenda-se 
fazer essa contagem de surpresa, em data próxima ao balanço. 
• Confirmação de saldos bancários: trata-se de uma carta de 
confirmação dos saldos das contas endereçada aos bancos, para 
averiguar se os saldos existentes na contabilidade da empresa conferem 
com aqueles que estão nos extratos bancários. 
• Corte (Cut-off) de cheques: o corte é uma interrupção na 
continuidade das operações, ou seja, consiste em anotar os últimos 
cheques emitidos antes do exame da auditoria, de forma que o auditor 
tenha um referencial temporal para que possa avaliar as demonstrações. 
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• Testes de conciliações bancárias: consiste em verificar as transações 
registradas pela empresa e não registradas pelos bancos e vice-versa. 
• Testes das transferências bancárias: corresponde a conciliações 
bancárias entre diferentes bancos. 
Clientes 
Sabemos que Contas a Receber representam os direitos adquiridos por vendas 
a prazo de bens e serviços, e a auditoria nessa área tem como alguns de seus 
objetivos apurar se: 
• as contas são autênticas e têm origem em transações relacionadas com 
vendas; 
• os valores apresentados são efetivamente realizáveis; 
• não há devoluções, descontos, abatimentos ou qualquer outro ônus a ser 
considerado; e 
• há avaliação prudente do montante de contas a receber, levando em 
consideração as provisões para devedores duvidosos (PDD). 
• O valor da PDD está em conformidade com a estimativa da probabilidade 
das quantias que deixarão de ser pagas por inadimplência dos 
devedores. 
Em resumo, os principais pontos que o auditor deve cobrir são existência, 
avaliação e classificação desse grupo de contas. 
Vejamos quais são os procedimentos de auditoria mais utilizados para atingir 
esses objetivos: 
• Confirmação de contas a receber de clientes (circularização): a 
partir de uma listagem de todos os títulos a receber, é possível obter a 
confirmação direta do devedor sobre os saldos em aberto. 
• Testes de avaliação das contas a receber: avaliação do valor líquido 
realizável dos recebíveis. 
Por meio de exames documentais e cálculos,é possível comparar mapas 
de idades das duplicatas e índices de recebimento do período atual com 
períodos anteriores. 
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Uma das finalidades desse procedimento é averiguar a adequação das 
perdas já conhecidas e das perdas estimadas que constituem a PDD. 
• Testes das duplicatas descontadas: identificação das duplicatas 
descontadas por meio de confirmação bancária. 
Estoque 
Estoques são os bens destinados à venda ou à fabricação, relacionados com os 
objetivos e atividades da empresa, sendo importantes na apuração do lucro 
líquido de cada exercício social (pois compõem o Custo das Mercadorias 
Vendidas – CMV ou o Custo dos Produtos Vendidos - CPV) e na determinação 
do valor do capital circulante líquido do Balanço Patrimonial. 
O auditor, nesse momento, tem a oportunidade de desenvolver 
recomendações construtivas, visando o aprimoramento dos controles e a 
redução de custos da empresa. 
Entretanto, sabemos que o principal objetivo da auditoria independente não é 
fazer recomendações, mas emitir uma opinião sobre a adequação das 
demonstrações contábeis, incluindo os Estoques. 
Dessa forma, podemos afirmar que a finalidade principal desses procedimentos 
é verificar se: 
• os estoques existem; 
• existem ônus sobre os estoques; 
• há obsolescência, defeitos e má conservação; e 
• os critérios de avaliação são adequados. 
Portanto, os principais procedimentos aplicados pelo auditor são: 
• Verificação da existência física: inspeções físicas e acompanhamento 
das contagens para assegurar-se da real existência dos bens que 
compõem os estoques. 
• Acompanhamento do inventário físico: o auditor deve acompanhar a 
contagem física dos bens e confronto dos resultados com os registros 
contábeis. 
• Cortes (cut-off): definição do momento em que os registros contábeis 
refletem o inventário, ou seja, consiste em definir uma data-limite para 
interromper a contabilização de novas transações. 
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O corte (=cut-off) consiste em determinar o momento em que os 
registros contábeis e os documentos relacionados refletem o 
levantamento do inventário. 
Esse tipo de procedimento é bem intuitivo. Ora, se coloque no lugar do 
auditor que irá acompanhar um inventário. 
A empresa não interrompe suas atividades durante a auditoria, ou seja, 
há um fluxo constante de mercadorias entrando e saindo do estoque. 
Dessa forma, é importante definir um momento, uma data, um “corte” 
nas operações da empresa para servir de referencial para o auditor. 
Escolhido esse momento, e estando todos os registros em dia, verifica-se 
a última anotação constante dos registros que indicará os materiais que, 
até ali, farão parte do inventário. Lançamentos posteriores 
corresponderiam a mercadorias não registradas até o momento do 
“corte” e que, portanto, não devem ser inventariados. 
Dessa forma, mercadorias adquiridas no período posterior, por exemplo, 
não podem constar no período em análise. 
• Testes de avaliação de estoques: revisão do sistema de alocação de 
custos aos estoques (UEPS ou PEPS) e conferência de cálculos. 
Investimentos 
Continuando com os procedimentos específicos, vamos falar sobre aqueles 
utilizados nas contas do grupo Investimentos. 
Você já deve saber que os investimentos da empresa são constituídos por 
aplicações financeiras, participação no capital social de outras empresas e 
outros investimentos. 
As empresas, como parte de sua política, aplicam recursos em títulos e outros 
direitos, com objetivos diversos, tais como tornar rentável o excesso 
temporário de dinheiro disponível e estender o leque de suas operações por 
meio de participação no capital social de outras companhias. 
Estaremos interessados, principalmente, no último caso, aquele que trata dos 
investimentos relevantes de uma empresa. Nesse sentido, o auditor deverá 
examinar e avaliar os investimentos relevantes para poder opinar sobre a real 
situação patrimonial e financeira de uma empresa. 
Não é nosso foco discutir os critérios legais para contabilização desses 
investimentos, mas entender qual é o objetivo da auditoria nessa área e que 
procedimentos devem ser utilizados. 
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É intuitivo o fato de que, se uma empresa detém parte do ativo de outra, a 
saúde econômica desta terá reflexos na daquela. Essa influência será maior ou 
menor, conforme o vulto do investimento. 
De tal forma que o objetivo do exame nessa área é verificar o comportamento 
dos investimentos relevantes realizados pela empresa auditada. Os principais 
procedimentos utilizados são: 
• Exame documental dos títulos de investimento: consiste em 
verificar os documentos comprobatórios da existência dos investimentos 
como cautelas de ações, certificados e contratos sociais. 
• Verificação da contabilização do investimento: conferência de 
cálculos, levando em consideração as aquisições e variações dos 
investimentos, confrontando com os registros contábeis e com as 
representações formais da administração (=carta de responsabilidade da 
administração). 
• Avaliações dos investimentos em coligadas e controladas: avaliar 
a aplicação do Método de Equivalência Patrimonial - MEP, verificando: 
− descrição dos investimentos (companhia, natureza da ação, 
participação etc.); 
− aquisições e baixas de ações e/ou quotas no período; 
− ajustes de equivalência patrimonial (ágios, deságios etc.) 
Imobilizado 
Os bens do imobilizado representam, geralmente, uma parcela significativa dos 
ativos da empresa. Esses bens têm uma permanência prolongada na entidade 
e são destinados à manutenção de suas atividades. 
Sabemos que esses ativos são contabilizados por todos os custos envolvidos 
em sua aquisição e instalação, em alguns casos esses custos são acrescidos 
também de reavaliação. 
Aqui já podemos notar um dos principais objetivos da auditoria nessa área: 
avaliação da existência e da correta contabilização do ativo, identificando 
possíveis superavaliações. 
Além disso, você sabe que esses bens são deduzidos da depreciação, que é um 
processo de apropriação de custos e despesas e consequentemente redução do 
valor contábil do ativo. 
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Portanto, notamos outro ponto de interesse para a auditoria: a necessidade de 
averiguar a adequação do processo de depreciação, identificando possíveis 
subavaliações dessas contas. 
Vejamos os principais procedimentos que o auditor pode aplicar nesse grupo 
de contas: 
• Verificação da existência física do bem: inspeção física para avaliar 
se os bens realmente existem e o seu estado de conservação. 
• Verificação da propriedade e da existência de ônus: exame 
documental dos certificados de propriedade de veículos e certidões 
atualizadas dos registros de imóveis. 
• Verificação do valor do Imobilizado: identificar o real valor do ativo. 
Bom... chega de teoria e vamos ver como tudo isso pode ser cobrado nas 
provas. 
01. (ESAF – SEFAZ/SP - Analista em Planejamento, Orçamento e 
Finanças Públicas - 2009) - A inspeção física, por meio da contagem de 
numerário, é procedimento básico de auditoria aplicável à verificação em conta 
do: 
(A) Ativo Circulante. 
(B) Ativo Realizável a Longo Prazo. 
(C) Ativo Permanente. 
(D) Passivo Circulante. 
(E) Patrimônio Líquido. 
Resolução: 
Depois do quevimos, essa é bem fácil, não? 
A contagem dos valores (dinheiro, cheques, títulos de pronta liquidez) é 
utilizada para verificar a existência dos ativos circulantes de maior 
liquidez como os valores em caixa, pois são os mais sujeitos à utilização 
indevida. Portanto, o item correto é a letra “A”. 
02. (FCC –SEFAZ/SP – AGENTE FISCAL DE RENDAS I – 2006) - Para 
certificar-se que direitos de crédito efetivamente existem em determinada 
data, o auditor independente utiliza, principalmente, o procedimento de 
(A) revisão analítica de recebíveis. 
(B) inspeção de ativos tangíveis. 
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(C) circularização dos devedores da companhia. 
(D) conferência do cálculo dos créditos. 
(E) observação de processo de controle. 
Resolução: 
O principal procedimento de auditoria aplicável nas contas Clientes para 
verificar a existência de direitos de crédito é a confirmação externa, também 
chamada de circularização. Gabarito, letra ‘c’. 
03. (FGV/Fiscal da Receita Estadual do Amapá/2010) - Assinale a 
alternativa que indique os procedimentos de auditoria aplicáveis à conta 
Provisão para Devedores Duvidosos. 
(A) Inspeção documental para exame dos documentos de pagamentos e 
recebimentos e solicitação de informações aos bancos mediante circularização. 
(B) Revisão de cálculos por meio da conferência da exatidão aritmética do 
valor e inspeção para verificação dos documentos que serviram de base para 
fixação dos critérios de cálculo. 
(C) Inspeção de documentos e revisão dos cálculos para a verificação dos 
valores lançados nos investimentos. 
(D) Inspeção de documentos e revisão dos cálculos no caso de depreciação e 
amortização acumulada. 
(E) Revisão de cálculos e investigação e confirmação das operações por meio 
de circularização de informações financeiras. 
Resolução: 
A única assertiva que nos traz um procedimento aplicável à conta de PDD é a 
“B”, por meio da revisão do cálculo e da inspeção dos documentos que 
suportaram esse cálculo, o auditor irá verificar se o valor provisionado está 
condizente com a probabilidade de perdas devido à inadimplência dos 
devedores. 
04. (ESAF / 2002 / Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF) - A Cia. 
Miudezas vende, em média, 70% de seus produtos a prazo e possui cerca de 5 
mil clientes. O perfil de seus clientes é o de pessoas que possuem renda 
familiar de até 10 salários mínimos. Na análise da constituição de provisão 
para devedores duvidosos do saldo de clientes da Cia. Miudezas, o auditor 
deve 
(A) circularizar um percentual significativo de clientes, questionando quanto à 
posição em atraso e suas justificativas. 
(B) analisar individualmente o máximo possível a carteira de clientes da 
empresa e tirar suas conclusões pessoais. 
(C) segregar a carteira de clientes em função de períodos de contas vencidas, 
medindo tendências e probabilidades de perdas. 
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(D) efetuar testes globais sobre o saldo de clientes, uma vez que as perdas 
efetivas do setor variam de 5 a 10 % das vendas. 
(E) estabelecer um valor adicional de provisão para cobrir perdas prováveis, de 
modo que não afete o fluxo de caixa projetado. 
Resolução: 
Vamos analisar cada um dos itens. 
Primeiro, temos que ter em mente que se trata de um empresa que vende 
grande parte da sua produção a prazo (70%) para diferentes clientes (cerca de 
5 mil), com baixo-média renda. 
Como o auditor deve se assegurar que a conta PDD está correta? 
Item A: errado. 
Circularizar um percentual significativo de clientes, nesse caso, não seria uma 
boa solução, pois seria pouco eficiente. Imagine mandar cartas para milhares 
de clientes e depois analisar as respostas. 
Item B: errado. 
Analisar individualmente cada cliente também seria pouco eficiente. Mais uma 
vez, são milhares de pessoas e uma análise caso-a-caso seria muito custosa. 
Item C: certo. 
Essa seria uma boa opção: estratificar a população de clientes e construir 
mapas de idades com indicadores de insolvência pode ajudar a chegar a uma 
boa estimativa do PDD. 
Item D: errado. 
Essa informação não foi dada (perdas efetivas do setor variam de 5 a 10 % 
das vendas). Além disso, com uma carteira de clientes tão grande e 
diversificada, aplicar um percentual único não seria uma boa opção. 
Item E: errado. 
Esse procedimento em nada ajuda a avaliar o valor correto do PDD. 
05. (FCC –SEFAZ/PB – AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL – 
2006) - Em relação ao Inventário Físico de Estoques a ser realizado pelas 
empresas, é responsabilidade do auditor: 
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(A) sempre acompanhar e aplicar testes que confirmem a existência física dos 
elementos registrados nas contas contábeis da empresa auditada. 
(B) quando o valor dos estoques for expressivo em relação à posição 
patrimonial e financeira da empresa, o auditor deve acompanhar o inventário 
físico executando testes de confirmação das contagens físicas e procedimentos 
complementares necessários. 
(C) acompanhar e colaborar na execução do inventário físico, quando a 
empresa for industrial elaborando os ajustes necessários nas demonstrações 
contábeis. 
(D) proceder ao inventário físico, apresentando as divergências para que a 
empresa possa realizar os ajustes e elaborar as demonstrações contábeis. 
(E) confirmar que os ajustes apurados no inventário físico tenham sido 
contabilizados, sendo desobrigado de acompanhar o inventário físico em 
qualquer situação. 
Resolução: 
Normalmente, os estoques representam valores expressivos em relação à 
posição patrimonial e financeira, principalmente em empresas industriais e 
comerciais. 
Já, em empresas de serviços os estoques geralmente não são de grande 
monta, muitas vezes, limitados a itens de material de consumo. 
Assim, quando o valor dos estoques for relevante o auditor deve efetuar o 
acompanhamento do inventário físico e executar procedimentos adicionais se 
necessário. 
Vamos analisar item a item: 
Assertiva A – errada. Nem sempre o auditor precisa acompanhar o inventário 
físico. 
Assertiva B – é o gabarito da questão. 
Assertiva C – errada. A primeira parte do enunciado está correta, porém não 
cabe ao auditor elaborar ajustes nas demonstrações. 
Assertiva D – errada. Não cabe ao auditor proceder o inventário físico para que 
a empresa possa elaborar suas demonstrações, essa é uma incumbência da 
própria empresa. 
Assertiva E – errada. A primeira parte do enunciado está correta, porém não 
está correto afirmar que o auditor está desobrigado de acompanhar o 
inventário em qualquer situação, vimos que quando o valor do estoque for 
relevante ele deve fazer esse acompanhamento. 
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06. (FCC – ARCE/CE – Contador - 2006) - Ao realizar auditoria em 
empresa comercial, o auditor externo percebe que o sistema de custeio da 
empresa não garante a apropriação dos custos nos estoques e a sua 
transferência para resultado adequadamente, nem controla a quantidade física 
destes bens. Estando com o tempo limitado, um dos procedimentos mais 
eficientes para confirmação da quantidade física representativa dos estoques 
constantes no balanço auditado seria: 
(A) realizar inventário físico no final do período para confirmação das 
quantidades. 
(B) realizar o procedimento da circularização junto a fornecedores para 
confirmar as quantidadesfornecidas. 
(C) somar o valor do estoque inicial, mais as compras, menos as devoluções 
de compras e menos o estoque final, obtendo a quantidade. 
(D) proceder o custeio para a empresa de forma a apresentar o valor e a 
quantidade a ser considerada nas demonstrações contábeis. 
(E) somar todas as quantidades das notas fiscais de compras de mercadorias e 
subtrair todas as quantidades de mercadorias das notas fiscais de vendas. 
Resolução: 
Sempre que possível, o auditor deve acompanhar o inventário físico realizado 
no final período, isso irá poupar tempo e recursos, evitando que novas 
contagens tenham que ser feitas depois. Portanto, gabarito é a letra ‘a’. 
07. (ESAF / 2002 / Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF) - Durante 
o acompanhamento de um inventário físico de estoques, o auditor deve efetuar 
o cut-off para: 
(A) determinar o momento em que os registros contábeis auxiliares, bem como 
os documentos com eles relacionados, refletem o levantamento do inventário. 
(B) comprovar que efetivamente todos os itens a serem inventariados estão 
adequadamente acondicionados no almoxarifado da empresa. 
(C) determinar o momento em que as três últimas compras e as três últimas 
vendas de mercadorias ocorreram durante o inventário. 
(D) comprovar que os procedimentos adotados pela administração para a 
contagem de estoques são adequados às práticas usuais. 
(E) comprovar que os documentos de compras de mercadorias estão 
suportados por documentação suporte às necessidades da empresa. 
Resolução: 
Vamos analisar cada um dos itens... 
O gabarito é o item A: o auditor deve efetuar o cut-off para determinar o 
momento em que os registros contábeis auxiliares, bem como os documentos 
com eles relacionados, refletem o levantamento do inventário. 
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O item B está errado, pois o cut-off não serve para verificar o 
acondicionamento no almoxarifado da empresa. 
Já o item C está errado, pois o auditor deve verificar a última compra e a 
última venda e não as “três últimas”. 
Os itens D e E estão errados, pois o “corte” não objetiva comprovar os 
procedimentos de contagem ou de suporte documental, mas para estabelecer 
uma data limite, um momento referencial para análise. 
08. (NCE/UFRJ / 2004 / Auditoria Geral do MS) - Uma técnica de 
auditoria independente chamada de cut-off é utilizada, entre outros, para 
(A) apurar o patrimônio líquido. 
(B) calcular o valor de reserva de reavaliação. 
(C) efetuar inventários, controlando as últimas entradas e saídas de estoques. 
(D) apurar o good will. 
(E) Elaborar o planejamento fiscal visando pagar menos tributos. 
Resolução: 
Depois do que já discutimos, ficou fácil “matar” essa questão, não é? 
O cut-off é um procedimento que pode ser utilizado na auditoria das contas de 
Estoque, durante o acompanhamento do inventário, estabelecendo uma data 
de referência e controlando as entradas e saídas de mercadorias. 
Portanto, o único item que atende o que vimos é a letra “C”. 
09. (FCC / 2007 / TCE/MG – Inspetor de Controle Externo) – Adaptada 
- Na auditoria dos investimentos classificados em longo prazo pela empresa 
auditada, o auditor não obteve evidências que suportem a contabilização. 
Nesse caso, o auditor pode 
(A) solicitar representação formal, fazendo com que a administração declare 
sua intenção de manutenção do investimento em longo prazo. 
(B) limitar o escopo de seu trabalho, não se manifestando sobre os 
investimentos da empresa. 
(C) determinar que o evento seja esclarecido em nota explicativa, 
demonstrando os efeitos gerados. 
(D) determinar a baixa do investimento, visto que não existe definição para 
sua realização. 
(E) registrar o investimento em curto prazo e exigir da empresa a retificação, 
atendendo a norma contábil. 
Resolução: 
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Vamos analisar cada um dos itens... 
Item A: certo. 
Como vimos, a representação formal, com o advento das novas normas de 
auditoria, substituiu a carta de responsabilidade da administração, que é um 
documento emitido pela administração que tem como um de seus objetivos 
servir como evidência para o auditor de fatos que não podem ser comprovados 
por outras fontes. 
Quando o auditor verifica a contabilização dos investimentos ele precisa, às 
vezes, de evidências que garantam que determinadas aplicações da empresa 
serão mantidas no longo prazo. 
Por exemplo, como o auditor pode obter evidências sobre a intenção da 
empresa em manter seus investimentos em determinadas ações no longo 
prazo? 
Uma das maneiras é por meio da representação formal, na qual a empresa 
formaliza (por escrito) que tem essa intenção e, portanto, o investimento está 
corretamente classificado. 
Item B: errado. 
O auditor não vai limitar o escopo do seu trabalho, ele tem que aplicar todos 
os procedimentos necessários para obter as evidências que precisa para 
fundamentar sua opinião. 
Item C: errado. 
Não há motivo para determinar que se faça uma nota explicativa – não há 
nenhuma contingência, incerteza ou outro fato relevante, não registrado nos 
balanços que justifique isso. 
Item D: errado. 
Também está errado, não há motivo para determinar a baixa dos 
investimentos. 
Item E: errado. 
Caro amigo, o auditor não registra, não modifica, não inclui, não exclui, enfim, 
ele não tem poder para alterar as demonstrações contábeis. 
O auditor apenas emite uma opinião! Lembre-se sempre disso. 
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10. (FCC – PGE/RJ – TÉCNICO SUPERIOR DE ANÁLISE CONTÁBIL 
-2009) - O auditor da Empresa AvaGeral S.A. constatou que a licença para uso 
de um software, destinado a movimentação de robôs de solda de produtos 
fabricados pela empresa, usado ou vendido somente com esse equipamento, 
foi contabilizado no Intangível. O valor do bem e do software foram destacados 
na nota fiscal. Com relação a esse fato, o auditor deve recomendar 
(A) sua ativação no investimento para poder mensurar o seu retorno. 
(B) a validação do procedimento em decorrência de poder identificar a parcela 
do imobilizado e a parte referente ao ativo intangível. 
(C) que o valor seja contabilizado no resultado, visto não trazer benefícios 
futuros. 
(D) a reclassificação para o ativo imobilizado juntamente com o bem. 
(E) que o valor seja contabilizado como despesa por não ser possível calcular o 
retorno a ser gerado. 
Resolução: 
Segundo a Lei das S.A. no ativo imobilizado devem ser contabilizados os 
direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das 
atividades da empresa. Por sua vez, no intangível devem ser contabilizados os 
direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da 
empresa ou exercidos com essa finalidade. 
Os robôs de solda utilizados na linha de produção são bens corpóreos utilizados 
na manutenção das atividades da empresa, portanto, devem ser contabilizados 
no imobilizado. A licença para o uso de software é um bem incorpóreo, 
destinado à manutenção das atividades da empresa, e, portanto, desde que o 
valor seja passível de destaque, de individualização, pode ser contabilizado no 
intangível. Gabarito, letra ‘b’. 
11. (CESPE/Auditor - Unipampa/2009) - A auditoria das disponibilidades 
tem por objetivo determinar se os títulos de propriedade do capital social 
foram adequadamente autorizados e emitidos. 
Resolução: 
A auditoria de disponibilidades está relacionada às contas do ativo circulante, 
sem relação com o fato de os títulosde propriedade do capital social estarem 
adequadamente autorizados e emitidos. 
Portanto, a assertiva está errada. 
12. (CESPE/SEBRAE Nacional - Analista Técnico - C. Contábeis/2008) 
Em uma auditoria de estoques, antes de iniciar o trabalho, o auditor deve 
proceder ao corte, que consiste em verificar os controles sobre os estoques 
que vão ser inventariados, anotando as últimas entradas e as últimas saídas. 
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Esse processo tem por finalidade assegurar que a movimentação de última 
hora dos estoques não afete a integridade do inventário. 
Resolução: 
Perfeito. Trata-se da descrição de corte (=cut-off) que discutimos na aula. 
Item correto. 
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Procedimentos específicos de auditoria contábil – Passivo e PL 
Da mesma forma que no ativo, a Lei nº 11.941/09, que alterou a Lei 
nº 6.404/76, modificou a classificação das contas do passivo no Balanço 
Patrimonial. De acordo com a nova lei, no passivo, as contas serão 
classificadas nos seguintes grupos: 
• passivo circulante; 
• passivo não circulante; e 
• patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes 
de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e 
prejuízos acumulados. 
Auditoria do passivo 
A auditoria dos passivos tem a finalidade de: 
• Determinar se são pertencentes à empresa (a empresa realmente é a 
devedora?); 
• Determinar se foram utilizados os princípios de contabilidade; 
• Determinar a existência de ativos dados em garantia ou vinculações aos 
passivos; e 
• Determinar se estão corretamente classificados no Balanço Patrimonial e 
se as divulgações cabíveis foram expostas por notas explicativas. 
Revisão do controle interno 
Como já foi dito nesta aula, a revisão do controle interno tem a finalidade de 
determinar a confiabilidade depositada pelo auditor para a determinação dos 
procedimentos de auditoria, a extensão dos trabalhos e o momento de sua 
aplicabilidade. 
Muito embora o controle interno seja variável de companhia para companhia, é 
recomendável que a administração estabeleça pontos fortes de controle que 
lhe concedam segurança. Mesmo assim, não há garantias de que erros não 
ocorrerão, porém, um controle interno eficiente deve minimizar a probabilidade 
de sua ocorrência. 
Por exemplo, na área dos passivos, entre outros podem ser estabelecidos os 
seguintes controles internos: 
• Segregação de funções entre o setor de contas a pagar e a tesouraria; 
• Segregação de funções entre o setor de contas a pagar e setor de 
compras; 
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• Sistema de autorização e aprovação para compras e pagamentos; 
• Utilização de duas pessoas independentes para a assinatura de cheques; 
• Cancelamento da documentação comprobatória após o pagamento; 
• Controle de pagamentos para evitar atrasos e consequente multa ou 
juros de mora; 
• Etc. 
O auditor, ao avaliar o controle interno, deve dar atenção especial quanto à 
existência de pontos fortes de controle interno e de sua efetiva obediência, 
para que possa medir os riscos envolvidos e os procedimentos de auditoria 
praticáveis para a obtenção de sua opinião independente. 
Um problema relevante nessa área diz respeito a eventual omissão de 
passivos. Ao realizar seus testes de eficiência dos controles internos, o auditor 
deve estar atento a essa possibilidade. Os passivos omissos, tais como 
duplicatas emitidas sem lastro (faturamentos “frios”), são práticas muito 
comuns de que as empresas em dificuldades lançam mão. 
Por outro lado, os controles internos deverão oferecer condições, também, 
para impedir o pagamento dúplice de fornecimento, que é uma das formas de 
alcance bastante usada por empregados desonestos. 
Procedimentos de auditoria 
Os procedimentos de auditoria a serem utilizados pelo auditor para a obtenção 
dos objetivos são dependentes da avaliação do controle interno e da 
materialidade, ou seja, da importância de cada conta contábil para as 
demonstrações tomadas em conjunto. 
Vejamos agora quais são os procedimentos de auditoria mais comuns nas 
contas do passivo para atingir esses objetivos: 
Procedimentos Aplicação 
Inspeção física 
• Contagem das contas a pagar 
• Contagem dos títulos a pagar 
Confirmação direta 
(circularização) 
• Dos fornecedores 
• Dos empréstimos a pagar 
• Das contas a pagar 
Inspeção de documentos 
originais 
• Exame documental das faturas / 
notas fiscais 
• Exame documental dos contratos de 
empréstimos 
• Exame documental das guias de 
impostos etc. 
Recálculo 
• Dos impostos a pagar 
• Dos juros a pagar 
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• Da composição dos fornecedores 
• Das provisões de férias, 13º salário 
etc. 
Escrituração 
• Exame da conta razão dos 
fornecedores e do contas a pagar 
• Exame da contabilização do período 
de competências 
Investigação 
• Exame da documentação de 
compras 
• Exame dos passivos com saldos 
devedores (=saldo virado) 
• Exame das aprovações de compras 
• Exame das aprovações de 
pagamentos 
Observação 
• Classificação adequada das contas 
• Observação de ativos dados em 
garantia etc. 
O exame de auditoria na área de passivos, como em qualquer outra área, tem 
por finalidade atingir os objetivos previamente determinados. Dessa forma, o 
programa de auditoria deve ser desenhado com o intuito de evitar trabalhos 
desnecessários ou que não atendam aos objetivos definidos. 
Uma vez definido o programa de auditoria, durante a execução do trabalho o 
auditor deve estar alerta para evitar possíveis trabalhos desnecessários ou 
deixar de realizar trabalhos não programados, porém importantes. Caso isso 
venha a ocorrer o programa deverá ser modificado para atender a eventuais 
trabalhos não programados. Ou seja, o planejamento não é estanque, ele pode 
ser mudado no decorrer dos trabalhos conforme surja essa necessidade. 
Na auditoria do passivo, devemos dar atenção especial ao procedimento de 
confirmação, pois é um dos mais utilizados para a determinação de que o 
passivo registrado no contas a pagar é real e pertence mesmo a empresa 
(pertencer, nesse caso, quer dizer que a empresa realmente é devedora 
daquele valor). 
Uma vez determinada a utilização do procedimento de confirmação para as 
contas a pagar, devem-se levar em consideração: 
• Data-base de confirmação; e 
• Amplitude do teste de confirmação 
Nunca é demais lembrar que as considerações referentes à data-base e à 
amplitude do teste de confirmação são dependentes da avaliação e 
efetividade dos controles internos. 
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O pedido de confirmação empregado usualmente é a forma positiva em 
branco (ou seja, sem mencionar os valores) que traz maiores subsídios 
quanto à existência de passivos não registrados. 
Adicionalmente, uma vez que, nem todos os pedidos de confirmação serão 
efetivamente devolvidos, dependendo do resultado obtido daqueles 
efetivamente recebidos, o auditor pode proceder ao exame alternativo, que 
engloba o exame documental: 
• que comprove a existência de contas a pagar: ex. nota fiscal de compra; 
• que comprove por parte do credor seu crédito junto à empresa:ex. 
fatura / duplicata; 
• da realização do contas a pagar: ex. aviso bancário de pagamento, 
duplicata quitada. 
Com relação às respostas recebidas, o auditor deve estar atento para 
quaisquer informações apostas nas confirmações por credores. Estas 
informações denominadas como gratuitas devem ser minuciosamente 
examinadas, pois podem revelar a existência de desvios, apropriações 
indébitas, contas a pagar irreais ou incorreções. 
Além desses procedimentos, na área dos passivos, o auditor deve estar atento 
aos eventos subsequentes que possam afetar as contas do passivo e, ainda, às 
possíveis contingências. 
Auditoria do Patrimônio Líquido 
A auditoria do patrimônio líquido tem as seguintes finalidades: 
• Determinar se as ações ou títulos de propriedade do capital social foram 
adequadamente autorizados e emitidos; 
• Determinar se todas as normas descritas nos estatutos sociais, as 
obrigações sociais e legais foram cumpridas; 
• Determinar se foram utilizados os princípios de contabilidade; 
• Determinar a existência de restrições de uso das contas patrimoniais; 
• Determinar se o patrimônio líquido está corretamente classificado no 
balanço patrimonial, se as divulgações cabíveis foram expostas por notas 
explicativas. 
Revisão do controle interno 
Já vimos que a revisão do controle interno tem a finalidade de determinar ao 
auditor qual a confiabilidade depositada para efeitos da definição dos 
procedimentos de auditoria a serem aplicados, a extensão dos trabalhos e o 
momento de sua aplicação. 
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Veja alguns exemplos de controles internos que podem ser implantados nessa 
área: 
• Segregação de funções entre a guarda física de cautelas e pessoas 
autorizadas a assinar; 
• Assinatura de cheques para pagamento de dividendos por duas pessoas 
independentes; 
• Segregação de funções entre o departamento de ações e a contabilidade; 
• Etc. 
Procedimentos de auditoria 
Não esqueça que os procedimentos de auditoria a serem utilizados pelo auditor 
para a obtenção dos objetivos são dependentes da avaliação do controle 
interno e da materialidade do item analisado. 
Vejamos quais são os procedimentos de auditoria mais utilizados para atingir 
esses objetivos: 
Testes Aplicação 
Inspeção física 
• Contagem das cautelas em branco 
• Contagem dos canhotos de cautela 
emitidos 
Confirmação 
• Da participação acionária 
• Dos advogados sobre aspectos 
legais e societários ou de quaisquer 
passivos que possam afetar o 
patrimônio líquido 
Inspeção de documentos 
originais 
• Exame documental das cautelas 
emitidas, resgatadas, desdobradas 
• Exame das atas de assembléias e 
reuniões 
• Exame dos registros nas juntas 
comerciais 
• Exame dos estatutos sociais 
Recálculo 
• Da reserva legal 
• Das participações a partes 
beneficiárias 
• Da distribuição de dividendos etc. 
Escrituração 
• Exame da conta razão de lucros, da 
reserva legal e de outras reservas 
etc. 
Investigação 
• Exame do desdobramento das 
cautelas 
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• Exame dos dividendos distribuídos 
• Exame da aprovação de alteração 
do capital 
Observação 
• Classificação adequada das contas 
• Observação de ativos dados em 
garantia etc. 
Da mesma forma que nas outras áreas, o exame de auditoria na área do 
patrimônio líquido tem por finalidade atingir os objetivos planejados. Dessa 
forma, o programa de auditoria deve ser desenhado com o intuito de evitar 
trabalhos desnecessários ou que não atendam aos objetivos definidos. 
Os exames de auditoria voltados à área do patrimônio líquido, particularmente, 
às sociedades anônimas, e, em menor extensão, às outras sociedades regidas 
por contratos sociais, levam o auditor a entrar em contato com normas ou 
regulamentos oficiais e estatutos societários. 
Nem sempre o auditor possui experiência suficiente para o completo 
entendimento das implicações legais e fiscais impostas por estas normas, 
regulamentos e estatutos. Em quaisquer casos de dúvidas ou interpretações, o 
auditor deve recorrer às fontes externas, tais como advogados, para melhor 
fundamentar sua opinião ou reformular conceitos. 
Ao examinar as demonstrações contábeis de uma empresa, o auditor deve 
adquirir conhecimentos antecipados sobre contratos ou estatutos sociais, de 
forma que lhe sejam úteis quanto a possíveis bases de participação nos lucros, 
serviços e atividades desenvolvidas pela companhia, nível de participação 
acionária, entre outros. 
13. (ESAF / 2001 / SEFIN/NATAL – Auditor do Tesouro Municipal) 
Adaptada - O procedimento de auditoria independente que consiste na 
obtenção de informações junto às instituições que emprestaram recursos 
financeiros à entidade auditada é denominado: 
(A) procedimento analítico substantivo 
(B) testes de controle 
(C) investigação e confirmação 
(D) eventos subsequentes 
(E) carta de gerência 
Resolução: 
Cremos que a essa altura do curso não pode haver maiores dúvidas quanto a 
essa questão. 
Os itens “D” e “E” podem ser eliminados prontamente, pois não são 
procedimentos de auditoria. 
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O procedimento analítico substantivo consiste na verificação do 
comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, 
quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação 
ou tendências atípicas. Testes de controle são utilizados para a avaliação do 
controle interno da empresa. Portanto, os itens “A” e “B” estão errados. 
Acabamos de ver nessa aula alguns procedimentos que podem ser utilizados 
nas contas do passivo, entre eles, os procedimentos de investigação e 
confirmação. Dissemos, ainda, que a confirmação é o procedimento mais 
utilizado. 
Portanto, o gabarito é a letra “C”. 
14. (ESAF / 2001 / SEFIN/NATAL – Auditor do Tesouro Municipal) – 
Adaptada - Um funcionário da entidade auditada, em conluio com o 
fornecedor, realizou pagamentos por serviços não prestados. Esse fato: 
(A) constitui uma limitação inerente dos sistemas de controles internos. 
(B) será detectado nos exames de auditoria de “circularização” de 
fornecedores. 
(C) será detectado nos exames de auditoria de pagamentos subsequentes. 
(D) será detectado no acompanhamento do inventário físico de estoques. 
(E) constitui uma das hipóteses de emissão de opinião com ressalva. 
Resolução: 
Se os controles internos estabelecidos pela entidade não são efetivos a 
possibilidade da ocorrência desse tipo de situação é muito grande e sabemos 
que o conluio, pela sua própria característica, é de difícil detecção. 
A forma mais eficaz de se prevenir esse tipo de prática é o estabelecimento de 
um sistema de controle interno que efetivamente funcione. 
O caso em questão representa, portanto, uma limitação do sistema de controle 
interno da entidade. Gabarito, letra “A”. 
15. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF – 2002.2) - 
Adaptada - O auditor, por meio de uma listagem de dividendos, confere a 
exatidão dos valores de pagamentos desses, com as respectivas autorizações 
dadas em atas de reuniões de diretoria ou de assembléias de acionistas. Esse 
procedimento chama-se: 
(A) inspeção 
(B) observação 
(C) investigação 
(D) recálculo 
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(E) confirmação 
Resolução: 
A questãotrata do pagamento de dividendos autorizados em atas de reuniões 
de diretoria ou de assembléias de acionistas, pergunta qual o procedimento de 
auditoria adequado para conferir a exatidão do pagamento. Ou seja, para 
conferir se o valor em dinheiro pago representa o percentual autorizado. 
Pelo enunciado subentende-se que o primeiro procedimento já foi feito, ou 
seja, o exame dos documentos originais (atas) 
Ora, então falta a conferência da exatidão dos valores pagos, ou seja, o 
procedimento do recálculo. Letra “D”. 
16. (CESPE/Auditor - Unipampa/2009) - Uma das formas de o auditor 
obter confirmação independente, em relação às provisões registradas, é a 
circularização dos consultores jurídicos. 
Resolução: 
Vimos que, na auditoria do passivo, devemos dar atenção especial ao 
procedimento de confirmação, pois é um dos mais utilizados para a 
determinação de que o passivo registrado no contas a pagar é real e pertence 
mesmo a empresa. 
Isso se aplica às contingências passivas que a entidade possa estar exposta. 
Portanto, circularizar advogados e consultores jurídicos a respeito da 
probabilidade de ocorrência das contingências é um procedimento de auditoria 
do passivo. Portanto, a assertiva está correta. 
17. (CESPE/Analista de Controle Externo - TCU/2008) A circularização 
de ativos sempre se revela mais eficaz, pois o credor tem mais interesse em 
confirmar seu crédito ou, até mesmo, em apontar possíveis irregularidades. 
Resolução: 
Apesar de a confirmação ser um procedimento adequado para verificar a 
existência de ativos como Contas a Receber, não é verdade afirmar que se 
trata de um procedimento mais eficaz, pois o credor tem mais interesse em 
confirmar o crédito. 
A questão acabou trocando “ativos” por “passivos”. Na verdade, o credor está 
relacionado ao Contas a Pagar (conta do passivo). Logo, o item está errado. 
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Procedimentos específicos de auditoria contábil – Resultado 
A auditoria de receitas, despesas e custos compreende os valores registrados 
na demonstração de resultado do exercício, a receita decorrente das 
transações com mercadorias e serviços, os débitos nas contas de estoques, 
referentes a compras de matérias-primas, os custos incorridos na fabricação 
ou aquisição de produtos para a venda, as despesas em geral, a tributação 
incidente etc. 
 
O teste dessas transações consiste em o auditor verificar se os valores foram 
registrados dentro do regime de competência, se foram aprovados, se estão de 
acordo com a natureza dos negócios da companhia, se existe documentação 
suportando a operação e se a classificação contábil foi adequada e se todas as 
despesas incorridas para a realização das receitas foram devidamente 
apropriadas. 
Adicionalmente, as receitas são testadas para subavaliação, ou seja, o 
auditor parte do documento para o razão geral, enquanto as despesas e os 
custos são auditados para superavaliação, o que significa que o auditor 
deve partir do razão geral para o documento. 
Mas, porque o auditor deve adotar esses direcionamentos? Ora, é natural que 
a empresa queira pagar menos tributos, então, a tendência da fraude, ou 
mesmo, do erro, é que a receita seja subavaliada e os custos e despesas 
sejam superavaliados. 
Procedimentos de Auditoria 
Os procedimentos de auditoria aplicados pelo auditor na área de resultado 
dividem-se basicamente em três tópicos, a saber: 
• Exame de contas correlatas do balanço patrimonial; 
• Estudo e avaliação do controle interno e teste de procedimentos; e 
• Estudo, análise e exame das contas de resultado. 
Exame das contas correlatas do balanço patrimonial 
O exame das contas correlatas do balanço patrimonial nada mais é do que o 
relacionamento harmônico do sistema contábil de partidas dobradas, cujo 
efeito se revela tanto no balanço quanto no resultado. 
Estudo e avaliação do controle interno e teste de procedimentos 
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No estudo e avaliação do controle interno e testes de procedimentos, são 
enfocados a existência de três grandes ciclos que merecem a apreciação do 
auditor e que têm influencia significativa, quer no balanço patrimonial quer no 
resultado, que são: ciclo de vendas, ciclo de compras e ciclo de folha. 
A efetividade dos controles internos deve indicar nas fases envolvidas de cada 
ciclo a presteza das informações de forma conveniente ao bom andamento do 
trabalho e que todas as pessoas envolvidas em cada setor tenham todas as 
informações necessárias e em tempo hábil. 
Dentro de cada um dos ciclos desenvolvidos inclui-se a contabilidade que é 
responsável pelo registro de todas as operações que serão refletidas nas 
demonstrações financeiras. 
O teste de procedimentos realizado de forma adequada e com uma cobertura 
razoável permite, portanto, que, além de se confirmar a efetividade dos 
controles internos, se determine também que as informações contábeis 
refletidas em suas demonstrações financeiras sejam adequadas, uma vez que 
sejam atingidos os objetivos da existência e efetividade dos controles internos 
e a fluidez necessária para todos os setores envolvidos e a contabilização em 
tempo hábil. 
Para os ciclos examinados por ocasião do estudo e avaliação do controle 
interno e teste de procedimento com cobertura adequada, o trabalho relativo à 
auditoria do resultado deveria ser complementativo, uma vez que já foram 
analisadas as contas do ativo e do passivo, observando-se, dependendo das 
necessidades do auditor, os seguintes itens: 
• Ciclo de vendas: análise comparativa das vendas por produtos, 
comportamento de mercado, analise da rentabilidade por produto, 
discussão com a gerência de vendas quanto às variações ou aos 
aspectos relevantes etc.; 
• Ciclo de compras: complementação através de exame documental para 
compras, caso seja necessário, e exame de compras de matérias de 
despesas, caso relevantes etc.; 
• Ciclo de folha: análise mensal da distribuição da folha e encargos, 
discussão com a gerência sobre variações ocorridas ou aspectos 
relevantes etc. 
Estudo, análise e exame das contas de resultado 
Representa o estudo e análise do comportamento das receitas, custos e 
despesas do período em exame e, em casos específicos, o exame documental 
suporte das receitas, custos e despesas contabilizados no resultado. 
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Podem ser aplicados, por exemplo, os seguintes procedimentos: 
• Revisão das contas do razão para identificação de possíveis valores 
duvidosos ou incomuns e investigação dos itens observados; 
• Análise comparativa das contas de receitas, custos e despesas e 
investigações de variações importantes; 
• Análise detalhada das contas de receitas, custos e despesas para 
possíveis exames documentais; 
• Análise das vendas por produto, quando ao comportamento de mercado; 
e 
• Análise de lucro, produto por produto. 
Atenção especial deve ser dada a contas que pareçam anormais, ou que 
muitas vezes não dispõem de suporte documental adequado, tais como: 
viagens, manutenção e reparos, serviços legais, serviços de terceiros, 
royalties, despesas diversas, despesas não classificadas etc. 
Orientação para auditoria 
Quando da auditoria de resultado, é conveniente que o auditor faça uma 
adequada reflexão dos exames já praticados, quer no balanço patrimonial, 
quer nos exames preliminares que envolveram o estudo e a avaliação do 
controle interno e testes de procedimentos, para que não sejam realizadosexames em duplicidade. 
Com base neste raciocínio, a conta de provisão para devedores duvidosos, por 
exemplo, que foi examinada na auditoria das contas a receber, não seria 
analisada na auditoria de resultado, pois se constituiria em duplicidade de 
exame. Em verdade, o único procedimento de auditoria aplicável a esta 
circunstância seria a amarração dos papéis de trabalhos envolvidos na 
auditoria das duas áreas citadas. 
É conveniente que todo o trabalho de auditoria a ser realizado nas contas de 
resultado seja cuidadosamente planejado, pois existirão casos em que, mesmo 
que as contas envolvidas tenham sido analisadas, a profundidade pode não ter 
sido adequada. 
Nesse caso, o procedimento de auditoria aplicável seria o de complementação 
ao exame já realizado como a cobertura de valores ou saldos ainda não 
analisados. 
A título de ilustração: os juros pagos ou incorridos sobre empréstimos podem 
ter sido parcialmente analisados na auditoria das instituições financeiras com 
base nos saldos remanescentes, o que poderá não cobrir a totalidade ou a 
cobertura necessária desejada. 
Análise e verificação das contas de resultado 
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Então, vamos ver mais detalhadamente a análise das contas de resultado. 
Ao examinar as contas de receita, custos e despesas, o auditor, via de regra, 
prepara uma análise da conta em exame, retroagindo nos registros contábeis, 
com o intuito de exigir as provas documentais adequadas e os lançamentos 
detalhados. 
De posse da documentação comprobatória, seu exame é feito em 
profundidade, de forma a determinar que as operações tenham sido 
adequadamente autorizadas, que tenham sido obedecidos os princípios 
contábeis e que sejam normais em relação à companhia. 
Como já foi falado, o auditor deve dispor de suficiente conhecimento dos 
controles internos daquela companhia para distinguir que as autorizações 
tenham sido adequadas e normais, e dispor de conhecimentos contábeis para 
julgar o correto lançamento contábil e a operação em si. 
As contas de receita e despesas são examinadas por amostragem e, como 
regra geral, antes de ser feito o exame documental é recomendável que o 
auditor faça uma leitura do razão para determinar a existência de itens 
anormais ou que lhe chamem a atenção. 
Receitas 
As receitas de uma empresa são divididas em operacionais e outras receitas. 
As receitas operacionais são oriundas da atividade principal da companhia, por 
exemplo, pode ser oriunda da venda de mercadorias se for uma empresa 
comercial ou da prestação de um serviço, se for uma empresa prestadora de 
serviços. Essas receitas normalmente requerem a emissão de nota fiscal. 
As outras receitas podem ser financeiras, oriundas de rendimentos auferidos 
em função de os recursos da empresa serem utilizados por terceiros ou, ainda, 
ganhos auferidos fora da atividade principal da companhia, como, por 
exemplo, venda de bens do ativo imobilizado, venda de sucata etc. 
Reconhecimento da receita 
As receitas são reconhecidas no resultado do exercício por ocasião da 
passagem da propriedade da mercadoria para terceiros, ou quando da 
prestação dos serviços. Recebimentos ocorridos antes do reconhecimento das 
receitas devem ser contabilizados no passivo. 
Exceção a essa regra são as transações envolvendo contratos a longo prazo, 
em que os lucros poderão ser reconhecidos quando o contrato estiver 
substancialmente completado ou de acordo com o andamento do projeto. 
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Vejamos os principais procedimentos que o auditor pode aplicar nessas 
transações: 
• Selecionar notas fiscais de venda ou prestação de serviço para teste e 
ver a aprovação dos créditos; 
• Comparar as notas com os pedidos; conferir o preço; checar a soma e o 
cálculo dos impostos (ICMS, ISS, IPI) e inspecionar a documentação de 
embarque das mercadorias; e 
• Verificar a escrituração e a contabilização da nota fiscal. 
O objetivo principal desses procedimentos de auditoria é identificar 
subavaliações nas contas de receita. Essas subavaliações podem ocorrer 
da seguinte maneira: 
• Não-contabilização de notas fiscais de venda ou prestação de serviços 
(=omissão de receitas); e 
• Soma menor dos registros de vendas (=subfaturamento). 
O auditor deverá ficar atento para diferenças anormais no inventário físico de 
produtos acabados (quantidades inventariadas em número inferior às 
apresentadas no registro de estoque), as quais poderiam evidenciar vendas 
não contabilizadas. 
Teste das outras receitas 
As receitas financeiras são testadas basicamente em conjunto com a auditoria 
do grupo de aplicações financeiras, que vimos quando falamos de 
investimentos. 
As demais receitas como, por exemplo, de venda do ativo imobilizado são 
testadas por ocasião da auditoria do imobilizado que vimos na auditoria do 
ativo. 
Despesas e custos 
A auditoria de despesas e custos é dividida da seguinte forma: 
• Despesas que são testadas em conexão com as contas do balanço 
patrimonial; 
• Aquisição de matérias-primas e serviços; 
• Custo das vendas; 
• Impostos; 
• Folha de pagamento; 
• Outras despesas e gastos gerais de fabricação. 
Despesas testadas em conexão com as contas do balanço patrimonial 
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O auditor deve, sempre que possível, testar as transações que influenciam o 
lucro ou prejuízo líquido do período, em conexão com a auditoria das contas do 
balanço patrimonial. Por exemplo: 
Balanço Patrimonial DRE 
Contas a receber • Despesa com devedores duvidosos; 
Ativo imobilizado 
• Depreciações, exaustões e 
amortizações; 
• Valor contábil de bens do ativo 
imobilizado baixados; 
Obrigações 
• Despesa de imposto de renda; 
• Despesa com férias; 
Empréstimos • Despesas com juros; 
Teste das aquisições de matérias-primas e serviços 
Para os débitos relacionados ao razão geral, referentes à compra de bens e 
serviços, o auditor deve executar os procedimentos de auditoria abaixo 
discriminados: 
• Conferir o débito selecionado com a ficha de lançamento contábil; 
• Conferir o valor selecionado no registro com a documentação de compra; 
• Examinar a documentação comprobatória da compra e atente quanto a 
sua autenticidade; 
• Conferir a nota fiscal de compra do fornecedor com o pedido de compra 
e/ou contrato; 
• Inspecionar o registro de cotação de preços (a fim de certificar-se de que 
a empresa comprou nas melhores condições); 
• Ver pedidos de cotação de preços aos fornecedores (a fim de 
assegurarse de que as informações do registro de cotação de preços são 
corretas); 
• Inspecionar a requisição de compra (com o objetivo de verificar se 
realmente houve a necessidade de compra); 
• Conferir a aprovação de compra; 
• Verificar se a empresa recebeu a mercadoria ou se o serviço foi 
prestado; 
• Verificar se a compra está de acordo com a natureza dos negócios da 
empresa; 
• Verificar a adequação da classificação contábil (todos os custos incorridos 
na compra de um ativo devem ser contabilizados como custo desse 
ativo); 
• Verificar se a compra foi registrada dentro do regime de competência; 
• Observar se os impostos recuperáveis incidentes na compra estão 
corretos e não foram alocados ao custo de matéria-prima, e sim 
debitados no grupo de contas de impostos a receber. 
Teste do custo de vendas 
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O custo dos produtos vendidos ou das vendas representa valores transferidos 
do estoque e, em última análise, consiste na seguinte diferença: 
EI + CP – EF = CPV, onde 
EI = Estoque inicial; 
CP = compras de matérias-primas, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação; 
EF = Estoque final; 
CPV = Custo dos produtos vendidos. 
As entradas e os saldos inicial e final dos estoques são testados diretamente 
para superavaliação e indiretamente para subavaliação, por ocasião da 
auditoria das contas do balanço patrimonial e demonstração do resultado do 
exercício. 
Teste das despesas com impostos (ICMS, IPI, ISS, etc.) 
Para as despesas com impostos selecionados para teste no razão geral, o 
auditor deve proceder da seguinte forma: 
• Verificar se estão de acordo com a legislação vigente; 
• Conferir os cálculos; 
• Verificar escrituração nos livros fiscais, quando aplicável; 
• Inspecionar guias quitadas. 
Testes das outras despesas e gastos gerais de produção 
Para os débitos selecionados do razão geral, o auditor deve efetuar os 
seguintes procedimentos de auditoria: 
• Conferir o valor selecionado com a ficha de lançamento contábil; 
• Verificar se a classificação contábil é adequada; 
• Inspecionar a documentação comprobatória (notas fiscais, contratos, 
recibos, guias etc.) e observar se é autêntica e se o gasto ou despesa 
está de acordo com a natureza dos negócios da companhia; 
• Ver a aprovação do gasto ou da despesa e atentar se a contabilização 
está de acordo com o regime de competência; 
Cumpre destacar que, no caso de empresas prestadoras de serviços, o auditor 
deve realizar os critérios de apuração dos serviços prestados e comprovar os 
débitos selecionados para teste. 
Finalmente, vamos ver uma questão sobre auditoria de contas de resultado 
para fechar nossa aula de hoje... 
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18. (FGV/Fiscal da Receita Estadual do Amapá/2010) - Assinale a 
alternativa que apresente o objetivo específico da auditoria do resultado: 
(A) comprovar se compras de mercadoria estão de acordo com os objetivos da 
empresa. 
(B) confirmar se os pagamentos realizados foram conciliados. 
(C) verificar se as despesas correspondentes às receitas realizadas foram 
apropriadas no período. 
(D) comprovar a correta apropriação das despesas em obediência ao regime 
de caixa. 
(E) conferir a exatidão dos registros contábeis dos estoques de mercadorias. 
Resolução: 
Assertiva A – Os testes nas contas de resultado visam à comprovação da 
exatidão dos lançamentos contábeis não tem nada a ver com os objetivos da 
empresa. Item errado. 
Assertiva B – A confirmação dos pagamentos efetuados diz respeito ao Passivo 
e não ao Resultado. 
Assertiva C – Esse é o gabarito da questão, vimos que os testes nas contas de 
resultado tem como objetivo a verificação da apropriação das despesas e das 
receitas do período. 
Assertiva D – Os testes nas contas de resultado têm como objetivo comprovar 
a correta apropriação das despesas, porém o regime é o de competência e não 
de caixa. Item errado. 
Assertiva E – A conta de estoque faz parte do Ativo e não do Resultado. 
Bom, amigo, finalizamos aqui nossa aula. 
Um grande abraço, 
 e Fernando 
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Lista de Questões 
01. (ESAF – SEFAZ/SP - Analista em Planejamento, Orçamento e 
Finanças Públicas - 2009) - A inspeção física, por meio da contagem de 
numerário, é procedimento básico de auditoria aplicável à verificação em conta 
do: 
(A) Ativo Circulante. 
(B) Ativo Realizável a Longo Prazo. 
(C) Ativo Permanente. 
(D) Passivo Circulante. 
(E) Patrimônio Líquido. 
02. (FCC –SEFAZ/SP – AGENTE FISCAL DE RENDAS I – 2006) - Para 
certificar-se que direitos de crédito efetivamente existem em determinada 
data, o auditor independente utiliza, principalmente, o procedimento de 
(A) revisão analítica de recebíveis. 
(B) inspeção de ativos tangíveis. 
(C) circularização dos devedores da companhia. 
(D) conferência do cálculo dos créditos. 
(E) observação de processo de controle. 
03. (FGV/Fiscal da Receita Estadual do Amapá/2010) - Assinale a 
alternativa que indique os procedimentos de auditoria aplicáveis à conta 
Provisão para Devedores Duvidosos. 
(A) Inspeção documental para exame dos documentos de pagamentos e 
recebimentos e solicitação de informações aos bancos mediante circularização. 
(B) Revisão de cálculos por meio da conferência da exatidão aritmética do 
valor e inspeção para verificação dos documentos que serviram de base para 
fixação dos critérios de cálculo. 
(C) Inspeção de documentos e revisão dos cálculos para a verificação dos 
valores lançados nos investimentos. 
(D) Inspeção de documentos e revisão dos cálculos no caso de depreciação e 
amortização acumulada. 
(E) Revisão de cálculos e investigação e confirmação das operações por meio 
de circularização de informações financeiras. 
04. (ESAF / 2002 / Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF) - A Cia. 
Miudezas vende, em média, 70% de seus produtos a prazo e possui cerca de 5 
mil clientes. O perfil de seus clientes é o de pessoas que possuem renda 
familiar de até 10 salários mínimos. Na análise da constituição de provisão 
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para devedores duvidosos do saldo de clientes da Cia. Miudezas, o auditor 
deve 
(A) circularizar um percentual significativo de clientes, questionando quanto à 
posição em atraso e suas justificativas. 
(B) analisar individualmente o máximo possível a carteira de clientes da 
empresa e tirar suas conclusões pessoais. 
(C) segregar a carteira de clientes em função de períodos de contas vencidas, 
medindo tendências e probabilidades de perdas. 
(D) efetuar testes globais sobre o saldo de clientes, uma vez que as perdas 
efetivas do setor variam de 5 a 10 % das vendas. 
(E) estabelecer um valor adicional de provisão para cobrir perdas prováveis, de 
modo que não afete o fluxo de caixa projetado. 
05. (FCC –SEFAZ/PB – AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL – 
2006) - Em relação ao Inventário Físico de Estoques a ser realizado pelas 
empresas, é responsabilidade do auditor: 
(A) sempre acompanhar e aplicar testes que confirmem a existência física dos 
elementos registrados nas contas contábeis da empresa auditada. 
(B) quando o valor dos estoques for expressivo em relação à posição 
patrimonial e financeira da empresa, o auditor deve acompanhar o inventário 
físico executando testes de confirmação das contagens físicas e procedimentos 
complementares necessários. 
(C) acompanhar e colaborar na execução do inventário físico, quando a 
empresa for industrial elaborando os ajustes necessários nas demonstrações 
contábeis. 
(D) proceder ao inventário físico, apresentando as divergências para que a 
empresa possa realizar os ajustes e elaborar as demonstrações contábeis. 
(E) confirmar que os ajustes apurados no inventário físico tenham sido 
contabilizados, sendo desobrigado de acompanhar o inventário físico em 
qualquer situação. 
06. (FCC – ARCE/CE – Contador - 2006) - Ao realizar auditoria em 
empresa comercial, o auditor externo percebe que o sistema de custeio da 
empresa não garante a apropriação dos custos nos estoques e a sua 
transferência para resultado adequadamente, nem controla a quantidade física 
destes bens. Estando com o tempo limitado, um dos procedimentos mais 
eficientes para confirmação da quantidade física representativa dos estoques 
constantes no balanço auditadoseria: 
(A) realizar inventário físico no final do período para confirmação das 
quantidades. 
(B) realizar o procedimento da circularização junto a fornecedores para 
confirmar as quantidades fornecidas. 
(C) somar o valor do estoque inicial, mais as compras, menos as devoluções 
de compras e menos o estoque final, obtendo a quantidade. 
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(D) proceder o custeio para a empresa de forma a apresentar o valor e a 
quantidade a ser considerada nas demonstrações contábeis. 
(E) somar todas as quantidades das notas fiscais de compras de mercadorias 
e subtrair todas as quantidades de mercadorias das notas fiscais de vendas. 
07. (ESAF / 2002 / Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF) - Durante 
o acompanhamento de um inventário físico de estoques, o auditor deve efetuar 
o cut-off para: 
(A) determinar o momento em que os registros contábeis auxiliares, bem como 
os documentos com eles relacionados, refletem o levantamento do inventário. 
(B) comprovar que efetivamente todos os itens a serem inventariados estão 
adequadamente acondicionados no almoxarifado da empresa. 
(C) determinar o momento em que as três últimas compras e as três últimas 
vendas de mercadorias ocorreram durante o inventário. 
(D) comprovar que os procedimentos adotados pela administração para a 
contagem de estoques são adequados às práticas usuais. 
(E) comprovar que os documentos de compras de mercadorias estão 
suportados por documentação suporte às necessidades da empresa. 
08. (NCE/UFRJ / 2004 / Auditoria Geral do MS) - Uma técnica de 
auditoria independente chamada de cut-off é utilizada, entre outros, para 
(A) apurar o patrimônio líquido. 
(B) calcular o valor de reserva de reavaliação. 
(C) efetuar inventários, controlando as últimas entradas e saídas de estoques. 
(D) apurar o good will. 
(E) Elaborar o planejamento fiscal visando pagar menos tributos. 
09. (FCC / 2007 / TCE/MG – Inspetor de Controle Externo) – Adaptada 
- Na auditoria dos investimentos classificados em longo prazo pela empresa 
auditada, o auditor não obteve evidências que suportem a contabilização. 
Nesse caso, o auditor pode 
(A) solicitar representação formal, fazendo com que a administração declare 
sua intenção de manutenção do investimento em longo prazo. 
(B) limitar o escopo de seu trabalho, não se manifestando sobre os 
investimentos da empresa. 
(C) determinar que o evento seja esclarecido em nota explicativa, 
demonstrando os efeitos gerados. 
(D) determinar a baixa do investimento, visto que não existe definição para 
sua realização. 
(E) registrar o investimento em curto prazo e exigir da empresa a retificação, 
atendendo a norma contábil. 
10. (FCC – PGE/RJ – TÉCNICO SUPERIOR DE ANÁLISE CONTÁBIL -
2009) - O auditor da Empresa AvaGeral S.A. constatou que a licença para uso 
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de um software, destinado a movimentação de robôs de solda de produtos 
fabricados pela empresa, usado ou vendido somente com esse equipamento, 
foi contabilizado no Intangível. O valor do bem e do software foram destacados 
na nota fiscal. Com relação a esse fato, o auditor deve recomendar 
(A) sua ativação no investimento para poder mensurar o seu retorno. 
(B) a validação do procedimento em decorrência de poder identificar a parcela 
do imobilizado e a parte referente ao ativo intangível. 
(C) que o valor seja contabilizado no resultado, visto não trazer benefícios 
futuros. 
(D) a reclassificação para o ativo imobilizado juntamente com o bem. 
(E) que o valor seja contabilizado como despesa por não ser possível calcular o 
retorno a ser gerado. 
11. (CESPE/Auditor - Unipampa/2009) - A auditoria das disponibilidades 
tem por objetivo determinar se os títulos de propriedade do capital social 
foram adequadamente autorizados e emitidos. 
12. (CESPE/SEBRAE Nacional - Analista Técnico - C. Contábeis/2008) 
Em uma auditoria de estoques, antes de iniciar o trabalho, o auditor deve 
proceder ao corte, que consiste em verificar os controles sobre os estoques 
que vão ser inventariados, anotando as últimas entradas e as últimas saídas. 
Esse processo tem por finalidade assegurar que a movimentação de última 
hora dos estoques não afete a integridade do inventário. 
13. (ESAF / 2001 / SEFIN/NATAL – Auditor do Tesouro Municipal) 
Adaptada - O procedimento de auditoria independente que consiste na 
obtenção de informações junto às instituições que emprestaram recursos 
financeiros à entidade auditada é denominado: 
(A) procedimento analítico substantivo 
(B) testes de controle 
(C) investigação e confirmação 
(D) eventos subsequentes 
(E) carta de gerência 
14. (ESAF / 2001 / SEFIN/NATAL – Auditor do Tesouro Municipal) – 
Adaptada - Um funcionário da entidade auditada, em conluio com o 
fornecedor, realizou pagamentos por serviços não prestados. Esse fato: 
(A) constitui uma limitação inerente dos sistemas de controles internos. 
(B) será detectado nos exames de auditoria de “circularização” de 
fornecedores. 
(C) será detectado nos exames de auditoria de pagamentos subsequentes. 
(D) será detectado no acompanhamento do inventário físico de estoques. 
(E) constitui uma das hipóteses de emissão de opinião com ressalva. 
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15. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF – 2002.2) - 
Adaptada - O auditor, por meio de uma listagem de dividendos, confere a 
exatidão dos valores de pagamentos desses, com as respectivas autorizações 
dadas em atas de reuniões de diretoria ou de assembléias de acionistas. Esse 
procedimento chama-se: 
(A) inspeção 
(B) observação 
(C) investigação 
(D) recálculo 
(E) confirmação 
16. (CESPE/Auditor - Unipampa/2009) - Uma das formas de o auditor 
obter confirmação independente, em relação às provisões registradas, é a 
circularização dos consultores jurídicos. 
17. (CESPE/Analista de Controle Externo - TCU/2008) A circularização 
de ativos sempre se revela mais eficaz, pois o credor tem mais interesse em 
confirmar seu crédito ou, até mesmo, em apontar possíveis irregularidades. 
18. (FGV/Fiscal da Receita Estadual do Amapá/2010) - Assinale a 
alternativa que apresente o objetivo específico da auditoria do resultado: 
(A) comprovar se compras de mercadoria estão de acordo com os objetivos da 
empresa. 
(B) confirmar se os pagamentos realizados foram conciliados. 
(C) verificar se as despesas correspondentes às receitas realizadas foram 
apropriadas no período. 
(D) comprovar a correta apropriação das despesas em obediência ao regime 
de caixa. 
(E) conferir a exatidão dos registros contábeis dos estoques de mercadorias. 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
A C B C B A A C A B 
11 12 13 14 15 16 17 18 
Errado Certo C A D Certo Errado C 
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Bibliografia 
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ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. São 
Paulo: Ed. Atlas, 2007. 
ATTIE, Wiliam. Auditoria – Conceitos e Aplicações. São Paulo: Ed. Atlas, 2009. 
BOYNTON, Marcelo Willian C. Auditoria. São Paulo: Ed. Atlas, 2002. 
BRAGA, Hugo Rocha & Almeida, Marcelo Cavalcanti. Mudanças Contábeis na 
Lei Societária. São Paulo: Ed. Atlas, 2009. 
 Ricardo J. Manual

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