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PROJETO HIDRULICO

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
DASSAEV HABOWSKI
ELOISE LEONORA GNOATTO
RÚBIA MARA BOSSE
TAIENNE WINNY PAIZ ECKER
VINÍCIUS DE AZEVEDO SIQUEIRA
PROJETO HIDRÁULICO
PATO BRANCO
MAIO DE 2010
 
DASSAEV HABOWSKI
ELOISE LEONORA GNOATTO
RÚBIA MARA BOSSE
TAIENNE WINNY PAIZ ECKER
VINÍCIUS DE AZEVEDO SIQUEIRA
PROJETO HIDRÁULICO
Trabalho apresentado à disciplina de Introdução à Engenharia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Orientador: Prof. Dr. Rogério Carrazeda
PATO BRANCO
MAIO DE 2010
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 04
2 COLETA DE ÁGUA................................................................................................ 05
3 TRATAMENTO DA ÁGUA...................................................................................... 05
3.1 FLOCULAÇÃO.................................................................................................... 05
3.2 DECANTAÇÃO.................................................................................................... 05
3.3 FILTRAÇÃO......................................................................................................... 05
3.4 CLORAÇÃO......................................................................................................... 06
3.5 FLUORETAÇÃO...................................................................................................06
3.6 LABORATÓRIO................................................................................................... 06
3.7 BOMBEAMENTO................................................................................................ 06
4 CARACTERÍSTICAS DE UM BOM TRATAMENTO DE ÁGUA.............................06
4.1 QUALIDADE........................................................................................................ 06
4.2 QUANTIDADE..................................................................................................... 06
4.3 COBERTURA...................................................................................................... 06
4.4 CUSTO................................................................................................................ 06
5 DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA.................................................................................... 07
6 PROJETO HIDRÁULICO, IMPORTANCIA – CUIDADOS.....................................08
7 ÁGUA QUENTE......................................................................................................11
7.1 A ERA DOS PLÁSTICOS......................................................................................11
7.2 COBRE.......................................................................................................12
7.3 DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA QUENTE.........................................................13
8 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA..........................................................15 8.1 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO..............................15
8.1.1 SISTEMA DIRETO............................................................................................15
8.1.2 SISTEMA DIRETO SEM BOMBEAMENTO.......................................................15
8.1.3 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DIRETO.......................................................15
8.2 SISTEMA INDIRETO........................................................................................... 16
8.2.1 SISTEMA INDIRETO RS................................................................................. .16
8.2.2 SISTEMA INDIRETO COM BOMBEAMENTO................................................ .16
8.2.3 SISTEMA INDIRETO RI-RS............................................................................. 16
8.2.4 SISTEMA INDIRETO HIDROPNEUMATICO................................................... 17 8.2.5 SISTEMA HIDROPNEUMÁTICO SEM BOMBEAMENTO................................18
SISTEMA HIDROPNEUMATICO COM BOMBEAMENTO............................18
SISTEMA HIDROPNEUMÁTICO..................................................................18
8 ESCOLHA DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO.................................................19 10 NBR- 5626/95 – “INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA”........................ 19
11 RESERVATÓRIO................................................................................................. 19
RESERVATÓRIOS – DIMENSÕES.......................................................19
12 DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES........................................................19
13 VAZÕES............................................................................................................... 19
14 VELOCIDADE MÁXIMA DA ÁGUA......................................................................20
15 PRESSÃO DA ÁGUA...........................................................................................20
16 PROJETO DO SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA...........................................20
17 ESGOTAMENTO SANITARIO..............................................................................21
17.1 PROJETO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO...................................................23
17.2 REDE COLETORA............................................................................................25
17.3 TRATAMENTO DE ESGOTO.................................................................. 25
18 PROJETO HIDRÁULICO E MEIO AMBIENTE.................................................... 28
INTRODUÇÃO
	O presente trabalho tem por objetivo tratar a respeito do projeto hidráulico, e suas mais variadas abordagens, como: sua importância no conjunto da obra, os cuidados para sua manutenção, a distribuição e o tratamento da água bem como a coleta e tratamento do esgoto produzido, busca ainda discorrer quanto aos projetos prediais de água quente e fria.
Justifica-se por descrever sucintamente acerca das normas que tangem os projetos hidro-sanitários, bem como porque pretende analisar criticamente as questões ambientais envolvidas no assunto, ressaltando a importância de se investir de forma a que os sistemas hidráulicos e de esgotamento sanitário atuem de forma a preservar o meio ambiente não acarretando prejuízos a saúde pública.
2 COLETA DE ÁGUA
	As principais fontes de agua usadas na atualidade são os rios, lagos, barragens e lençois freaticos, a agua é transportada das fontes até as centrais de tratamento onde serão condicionadas ao uso humano.
	A empresa que vai fazer a coleta de água deve preencher um documento chamado auto para coleta de água para consumo humano, que especifica o tipo de abastecimento, o tipo de água(clorada ou não), o ponto de coleta e nesse auto também são especificados alguns dados sobre a análise laboratorial da água.
	As análises laboratoriais devem ser feitas de períodos em períodos, para manter um monitoramento atualizado da situação da água vendida a população.
	O cuidado com a água utilizada na irrigação também deve ser grande, pois a agua coletada não pode ter um nível elevado de sais para não prejudicar o solo e as plantas, e nem conter substancias dissolvidas que possam causar danos aos equipamentos de irrigação.
3 TRATAMENTO DA ÁGUA
3.1 FLOCULAÇÃO
	Floculação é o processo onde a água recebe uma substância química chamada de sulfato de alumínio. Este produto faz com que as impurezas se aglutinem formando flocos para serem facilmente removidos. 
3.2 DECANTAÇÃO
	Na decantação, como os flocos de sujeira são mais pesados do que a água caem e se depositam no fundo do decantador. 
3.3 FILTRAÇÃO
Nesta fase, a água passa por várias camadas filtrantes (antracito, areia grossa e cascalho) onde ocorre a retenção dos flocos menores que não ficaram na 
	decantação. A água então fica livre das impurezas. Estas três etapas: floculação, decantação e filtração recebem o nome de clarificação. Nesta fase, todas as partículas de impurezas são removidas deixando a água límpida. Mas ainda não está pronta para ser usada. Para garantir a qualidade da água, após a clarificação é feita a desinfecção. 
	
3.4 CLORAÇÃO
	A cloração consiste na adição de cloro. Este produto é usado para destruição de microorganismos que mesmo depois de toda a filtração (clarificação) ainda permanecem na água.
3.5 FLUORETAÇÃO
	A fluoretação é uma etapa adicional. O produto aplicado tem a função de colaborar para redução da incidência da cárie dentária. 
3.6 LABORATÓRIO
	Cada ETA possui um laboratório que processa análises e exames físico-químicos e bacteriológicos destinados à avaliação da qualidade da água desde o manancial até o sistema de distribuição. Além disso, existe um laboratório central que faz a aferição de todos os sistemas e também realiza exames especiais como: identificação de resíduos de pesticidas, metais pesados e plancton. Esses exames são feitos na água bruta, durante o tratamento e em pontos da rede de distribuição, de acordo com o que estabelece a legislação em vigor. 
3.7 BOMBEAMENTO
	Concluindo o tratamento, a água é armazenada em reservatórios elevados quando então, através de canalizações, segue até as residências. 
4 CARACTERÍSTICAS DE UM BOM SERVIÇO DE TRATAMENTO DE ÁGUA
4.1 QUALIDADE
	A água deve estar livre de microorganismos patogênicos que causam problemas à saúde. Deve atender às exigências das normas aprovadas pelas autoridades sanitárias de cada país. 
4.2 QUANTIDADE
	O sistema de abastecimento deve ser capaz de distribuir volumes suficientes de água para satisfazer às demandas da população e das indústrias.
4.3 COBERTURA 
	A água deve estar disponível para a população já que é um elemento vital para a saúde. 
4.4 CUSTO
	A água deve ter um custo razoável que permita à população ter este serviço e que este custo cubra os gastos operacionais e de manutenção.
	Controle operacional 
	A operação e manutenção preventiva e corretiva do sistema de abastecimento deve ser controlada para assegurar seu bom funcionamento. 
5 DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
	Na maioria dos casos de empresas responsáveis pelo tratamento de água, também são as responsáveis pela distribuição da água para as demandas de população e industrial.
	As principais normas brasileiras editadas pela ABNT para Sistemas de Abastecimento de Água são: 
NBR 09650 – Verificação de estanqueidade no assentamento de adutoras e redes de água 
NBR 10156 – Desinfecção de tubulações de sistema público de abastecimento de água. 
NBR 12211 – Estudo de concepção de sistemas públicos de abastecimento de água 
NBR 12212 – Projeto de poço para captação de água subterrânea. 
NBR 12214 – Projeto do Sistema de bombeamento de água para o abastecimento público. 
NBR 12215 – Projeto de adutoras de água para o abastecimento público. 
NBR 12216 – Projeto de Estação de Tratamento de água para o abastecimento público. 
NBR 12217 – Projeto de reservatório de distribuição de água para o abastecimento público. 
NBR 12218 – Projeto de rede de distribuição de água para o abastecimento público. 
NBR 12266 – Projeto de execução de valas para assentamento de tubulação de água, esgoto e drenagem. 
NBR 12586 – Cadastro de sistema de abastecimento de água. 
Após comprovados a aptidão a todas as normas editadas pela ABNT a empresa se torna responsável pelo abastecimento de água a toda demanda da cidade ou município.
	
6 PROJETO HIDRÁULICO, IMPORTANCIA - CUIDADOS
	O Projeto de Instalações Hidráulico-Sanitárias Prediais são o conjunto de tubulações, aparelhos, conexões, peças especiais e acessórios destinados ao suprimento de água ou ao afastamento de águas pluviais dos prédios, desde a ligação da rede pública de água até o retorno ao coletor público de esgotos ou o sistema individual de tratamento. 
	As instalações hidráulico-sanitárias prediais atendem pelo menos a dois requisitos básicos: Hidráulico: Fornecer água de qualidade apropriada, em quantidade suficiente e sob pressão adequada a todos os aparelhos. 
	Sanitário: Impedir o retorno de águas poluídas nas canalizações de alimentação dos aparelhos e a entrada de gases de esgotos, de roedores ou insetos nos prédios.
	Outro aspecto importante a ser levado em consideração durante um projeto de instalações hidráulico-sanitárias prediais é sua relação com o projeto arquitetônico. Os projetos hidráulicos são dimensionados de acordo com as necessidades do cliente, e adequados em sua perfeita otimização. Deve-se haver um perfeito entrosamento com as soluções arquitetônicas e estruturais. 
	Um projeto de instalações hidráulico-prediais completo deverá conter: 
• Instalações de água fria 
• Instalações de água quente 
• Instalações de esgoto sanitário 
• Instalações de águas pluviais 
• Instalações de prevenção e combate a incêndio
	Quando o assunto é hidráulica, o conselho é não economizar. A recomendação, dada por dez em cada dez especialistas, justifica-se pelo seguinte detalhe: fazer reparos no sistema de encanamento da casa pode sair muito mais caro do que elaborar um bom projeto para a rede de abastecimento e comprar produtos de qualidade comprovada. Estima-se que a tubulação corresponde a apenas 3% o valor total de uma obra. 
	É a falta de planejamento da rede hidráulica a principal causa de problemas com entupimento no sistema de abastecimento e escoamento de água da casa. Infelizmente, não existe essa cultura (projetar) aqui no Brasil As pessoas não dão valor e importância ao projeto hidráulico. 
	A dica é contratar um técnico projetista qualificado para fazer o estudo da pressão que a tubulação deverá suportar e projetar o sistema hidráulico interno do imóvel, que deve partir da caixa d’água. Um planejamento bem feito, conta Amaral, prevê ainda duas caixas para escoamento de água e detritos. Uma delas — a caixa de passagem — faz a captação do líquido e restos alimentares que desce pela tubulação de pias e tanques. A outra — a caixa de inspeção — recebe o esgoto. 
	Antes mesmo de efetuar a conexão de torneiras, chuveiros e vasos sanitários, é preciso verificar se a caixa d’água não apresenta problemas de vazão e depois limpar toda a tubulação abrindo os pontos de água e deixando-a escoar. Outra recomendação é tomar um cuidado especial na tubulação que alimenta a parte superior da residência, que necessita ancoragem adequada para que o movimento e o atrito do encanamento com a alvenaria não rompa a rede.
	Se os produtos forem de qualidade as chances de ocorrer um problema na rede hidráulica são muito reduzidas. A parte hidráulica custa cerca de 3% da obra. Mas se não foram tomados certos cuidados e os produtos não forem de qualidade, problemas futuros podem elevar o gasto, principalmente se tiver de quebrar a alvenaria da casa.
	O projeto do sistema hidráulico residencial é bastante específico. Nele está contido o traçado das instalações de esgoto, de água fria e de água quente. Se feito de modo a atender às necessidades dos moradores do imóvel, trará bem-estar e certeza de baixos custos com manutenção. Além disso, vai facilitar a execução de futuros reparos.
	Economia não se aplica a sistemas hidráulicos: saiba que o projeto custa quase o mesmo que o estrutural e o custo das tubulações hidráulicas é de aproximadamente 3% do valor da obra. Por isso, não vale a pena comprar produtos de baixa qualidade e que não ofereçam segurança.
	É importante que você acompanhe a elaboração do projeto e a especificação de materiais, só assim é possível garantir uma instalação segura.
	Fique atento à pressão da rua. Caso seja baixa, a caixa d´água
vai demorar mais para encher e, conseqüentemente, o desempenho do chuveiro e máquinas de lavar roupa e louça ficará comprometido. Por outro lado, pressão alta exige tubulações mais robustas e muita atenção na execução de emendas e conexões.
Também é importante observar a colocação dos registros de gaveta, responsáveis pelo controle do fluxo de água na casa. Cozinha e lavanderia necessitam de um registro para água quente e outro para água fria. No banheiro, é interessante reservar um registro para a válvula de descarga. Em casos de reparos os demais pontos de água do banheiro não ficam sem água.
7 ÁGUA QUENTE
Conduzir água quente em uma edificação é uma tarefa que demanda da tubulação e de seus componentes resistência, durabilidade, estanqueidade, baixa rugosidade e boa condutibilidade. Por isso, entre os procedimentos fundamentais para a garantia do desempenho dessas instalações, o projeto de hidráulica deve partir da especificação adequada e do correto dimensionamento dos materiais que integram o sistema, em especial, tubos e conexões.
Nos últimos anos, novas possibilidades surgiram para atender às exigências das instalações de água quente. O desenvolvimento de sistemas poliméricos, como o PEX (polietileno reticulado), o PPR (polipropileno copolímetro Random) e o CPVC (policloreto de vinila clorado), tem provocado mudanças na caracterização desse tipo de instalação, na qual até então dominava a aplicação de sistemas rígidos, metálicos. Ao mesmo tempo, características como facilidade e agilidade de instalação, bem como maior flexibilidade e menor risco de vazamentos são cada vez mais desejáveis nos sistemas prediais. Por terem sido os primeiros a serem produzidos em escala industrial, os tubos metálicos, tanto de aço galvanizado, quanto de cobre, têm um desempenho bastante conhecido para a condução de água quente. Nas últimas décadas, os sistemas em aço carbono com conexões rosqueadas de ferro fundido maleável deixaram de ser especificados, sendo substituídos em princípio pelos tubos de cobre com conexões soldadas de cobre e/ou rosqueadas de bronze/ latão e, mais recentemente, pelos tubos e conexões de materiais plásticos.
7.1 A ERA DOS PLÁSTICOS
Os materiais plásticos para condução de água quente chegaram ao mercado brasileiro há menos de 20 anos com a introdução do CPVC. Indicadas para pressões de serviço de até 6,0 kgf/cm², as tubulações de CPVC para água quente dispensam as soldas e têm juntas realizadas a frio, mediante adesivo solvente apropriado, agregando velocidade de execução. 
Em seguida foram lançados o PEX e o PPR, este último com juntas realizadas por termofusão, após a qual a junta passa a constituir um conjunto único com espessura reforçada.
7.2 COBRE
É o material tradicionalmente empregado para condução de água quente. Os tubos de cobre são fabricados por extrusão, sem costura, a partir de uma liga com, no mínimo, 99% do metal.
Principais características:
-- Requer uso de manta para isolamento térmico
-- Os tubos são produzidos de acordo com a norma NBR 13206/94.
-- Possui propriedades adequadas para condução de água quente, água fria e gás
-- Não é inflamável
Instalação: a tubulação é interligada por conexões de cobre ou bronze, que
podem ser rosqueáveis ou lisas. Nesse caso, as uniões são feitas por solda.
Durabilidade: o cobre é um dos metais mais duráveis. A vida útil de uma
tubulação de cobre é estimada em centenas de anos.
Principais normas para instalações hidráulicas de água quente
-- NBR 7198/93 - Projeto e Execução de Instalações Prediais de Água
Quente
-- NBR 13206/94 - Tubos de Cobre Leve, Médio e Pesado sem Costura
para Condução de Água e outros Fluidos - Especificação
-- NBR 15345/06 - Instalação Predial de Tubos e Conexões de Cobre e
Ligas de Cobre – Procedimento
7.3 DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA QUENTE
 A partir do reservatório de água quente, teremos um ramal que irá até o sistema de aquecimento de água, que poderá ser de vários tipos :
-aquecimento com reservatório de acumulação elétrico 
-aquecimento com reservatório de acumulação à gás 
-aquecimento com reservatório de acumulação solar 
-aquecimento de passagem elétrico 
-aquecimento de passagem à gás 
 Cada um destes sistemas tem suas peculiaridades de instalação, custos, vantagens e desvantagens, que estão apresentadas em Água Quente.
Estas tubulações deverão resistir à temperaturas da ordem de 70 a 80 graus, e deverão ter diâmetro interno calculado em função da vazão necessária, que depende da pressão da água. Para evitar perdas de calor na água aquecida durante a distribuição, os tubos de água quente deverão estar envolvidos por isolantes térmicos: lã de vidro, ou lã de rocha, argamassa com aditivos para isolamento térmico ou produtos similares.
O projeto Hidráulico apresentará os mesmos itens descritos para água fria.
8 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA
A captação de água para o sistema predial pode ser feita por meio de redes públicas ou então particulares. Se o abastecimento de água vir a ser por meio de uma rede particular deve-se criar um sistema de tratamento, a fim de garantir a qualidade da água para o consumo humano. Existindo uma fonte publica de captação de água, o sistema particular pode ser utilizado para outros fins.
Considerando a captação por meio da rede pública o sistema predial de água fria pode ser dividido em dois outros subsistemas básicos:
Abastecimento
Distribuição
O abastecimento da água é feito por meio de uma ligação predial que compreende:
Ramal predial propriamente dito: é o trecho compreendido entre o aparelho medidor e a rede pública.
Alimentador predial: é o trecho entre o hidrômetro e a válvula de flutuador na entrada de um reservatório.
A distribuição compreende os elementos que levam a água desde o reservatório até os pontos de consumo.
8.1 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO:
8.1.1 SISTEMA DIRETO:
Neste sistema a instalação é a própria rede de distribuição. Conforme a vazão e a pressão da rede pública, o sistema direto pode ser com ou sem bombeamento.
8.1.2 Sistema direto sem bombeamento:
Neste sistema as condições de vazão, pressão e continuidade do sistema de abastecimento devem ser suficientes para garantir o desempenho das instalações.
8.1.3 Sistema de abastecimento direto com bombeamento:
Por este sistema a rede é ligada a um sistema de bombeamento direto. Este sistema é utilizado quando a rede de distribuição não possui pressão suficiente para chegar a todos os locais.
8.2 SISTEMA INDIRETO:
Neste sistema existe um reservatório que é responsável pela distribuição da água para todos os locais. O reservatório é alimentado diretamente pelo sistema de abastecimento com ou sem bombeamento por um reservatório superior, ou com bombeamento quando o reservatório é inferior. Existem três sistemas indiretos por gravidade, são eles:
8.2.1 Sistema Indireto RS:
Este sistema é composto por um alimentador predial equipado com válvula e bóia, um reservatório superior e uma rede de distribuição.
Quando ocorre consuma de água, o nível do reservatório diminuí, causando uma abertura total ou parcial da válvula e da bóia. Esta abertura implica em um reabastecimento de água no reservatório superior através do alimentador predial. Para utilização deste sistema é necessário uma rede de abastecimento que consiga elevar a água ao reservatório superior.
8.2.2 Sistema Indireto com bombeamento:
Tem-se um alimentador predial com válvula e bóia, o reservatório superior, uma rede de distribuição e também uma instalação elevatória. É utilizada quando o sistema de abastecimento não possui condições hidráulicas de abastecimento para elevar a água te o reservatório superior. Neste sistema a instalação elevatória irá levar a água do sistema de abastecimento predial até o reservatório superior, e o suprimento é feito por meio do sistema imposto entre a válvula e a bóia.
8.2.3 Sistema Indireto RI-RS:
Este sistema é composto por um alimentador predial equipado com válvula e bóia, um reservatório superior, um reservatório inferior e uma rede de distribuição.
O reservatório superior possui uma chave elétrica de nível, a qual aciona a instalação elevatória num nível mínimo e desliga a mesma num nível máximo. Desta forma, havendo consumo na rede de distribuição, o nível da água no reservatório superior desce até atingir o nível de ligação, acionando a instalação elevatória, a qual será novamente desligada quando a água voltar a atingir o nível máximo, encerrando assim o ciclo. Paralelamente, quando do acionamento da instalação elevatória, a válvula de bóia do alimentador predial abre-se parcial ou totalmente, e o reservatório inferior passa a ser alimentado pela rede de abastecimento. Vale salientar que o reservatório inferior também é equipado de uma chave elétrica de nível, a qual impossibilitará o acionamento da instalação elevatória quando o referido reservatório estiver vazio. 
8.2.4 SISTEMA INDIRETO HIDROPNEUMATICO:
Neste sistema o escoamento na rede de distribuição é pressurizado através de um tanque de pressão contendo ar e água. Pode ser com e sem bombeamento ou com bombeamento e possuir um reservatório inferior.
8.2.5 Sistema Hidropneumático sem bombeamento:
Este sistema compõe-se de um alimentador predial, um tanque de pressão e a rede de distribuição. A pressurização do tanque é através do sistema de abastecimento
8.2.6 Sistema Hidropneumático com bombeamento:
A composição deste sistema é a seguinte: alimentador predial, instalação elevatória, tanque de pressão e rede de distribuição. O tanque é pressurizado através da instalação elevatória. 
8.2.7Sistema Hidropneumático:
É composto por um alimentador predial com válvula de bóia, um reservatório inferior, uma instalação elevatória e um tanque de pressão. 
Quando o tanque de pressão estiver submetido à pressão máxima e o sistema de recalque desligado, a água no reservatório está num nível máximo e o sistema apresenta condições de iniciar seu ciclo de funcionamento. Desta forma, quando há consumo na rede de distribuição, o nível de água no reservatório começa a diminuir progressivamente. O colchão de ar expande-se e a pressão no interior do tanque diminui até atingir a pressão mínima. Nesta situação, o pressostato aciona o sistema de recalque elevando, simultaneamente, o nível de água e a pressão no interior do tanque aos respectivos valores máximos. À pressão máxima, o pressostato desliga o sistema de recalque, propiciando o inicio de um novo ciclo. Quanto ao reservatório inferior, o mesmo comporta-se identicamente ao reservatório inferior do sistema indireto RI-RS.
8 ESCOLHA DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO:
Se o suprimento for contínuo e disponível sempre pode-se optar por um sistema de abastecimento direto o indireto. Já quando o suprimento de água for descontínuo e nem sempre disponível o melhor sistema a ser adotado é o sistema indireto já que este possui reservatório.
10 NBR- 5626/95 – “INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA”
Segundo a NBR 5626, água fria é a água dada pelas condições do ambiente. É está a norma que estabelece exigências e recomendações relativas ao projeto, execução e manutenção da instalação predial de água fria.
As instalações prediais de água fria devem ser projetadas de modo que durante a vida útil da construção que as contém, atendam aos seguintes requisitos:
Preservar a potabilidade da água; 	
Garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade adequada e com pressões e velocidades compatíveis com o perfeito funcionamento dos aparelhos sanitários, peças de utilização e demais componentes; 
Promover economia de água e de energia; 
Possibilitar manutenção fácil e econômica; 
Evitar níveis de ruído inadequados à ocupação do ambiente; 
Proporcionar conforto aos usuários, prevendo peças de utilização adequadamente localizadas, de fácil operação, com vazões satisfatórias e atendendo as demais exigências do usuário.
Algumas exigências da norma são: 
11 RESERVATÓRIO
Os reservatórios destinados a armazenar água potável devem preservar o padrão de potabilidade. Em especial não devem transmitir gosto, cor, odor ou toxicidade à água nem promover ou estimular o crescimento de microorganismos. Deve ser um recipiente estanque que possua tampa ou porta de acesso opaca, firmemente presa na sua posição. O reservatório deve ser construído ou instalado de tal modo que seu interior possa ser facilmente inspecionado e limpo.
11.1 RESERVATÓRIOS - DIMENSÕES
O volume de água reservado para uso doméstico deve ser, no mínimo, o necessário para 24 h de consumo normal no edifício, sem considerar o volume de água para combate a incêndio. No caso de residência de pequeno tamanho, recomenda-se que a reserva mínima seja de 500 L.
12 DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES
Cada tubulação deve ser dimensionada de modo a garantir abastecimento de água com vazão adequada, sem incorrer no superdimensionamento.
13 VAZÕES
A instalação predial de água fria deve ser dimensionada de modo que a vazão de projeto estabelecida seja disponível no respectivo ponto de utilização, se apenas tal ponto estiver em uso.
 
14 VELOCIDADE MÁXIMA DA ÁGUA
As tubulações devem ser dimensionadas de modo que a velocidade da água, em qualquer trecho de tubulação, não atinja valores superiores a 3 m/s.
15 PRESSÃO DA ÁGUA
Em qualquer caso, a pressão não deve ser inferior a 10 kPa, com exceção do ponto da caixa de descarga onde a pressão pode ser menor do que este valor, até um mínimo de 5 kPa, e do ponto da válvula de descarga para bacia sanitária onde a pressão não deve ser inferior a 15 kPa.
Em condições estáticas (sem escoamento), a pressão da água em qualquer ponto de utilização da rede predial de distribuição não deve ser superior a 400 kPa.
16 PROJETO DO SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA:
 Este projeto compreende basicamente os seguintes passos:
Concepção; 
Cálculo (dimensionamento); 
Quantificação e orgamentação;
 Elaboração do projeto para a produção;
 Elaboração do projeto "as built".
A concepção consiste na proposição da solução a ser adotada, a qual é função não somente das solicitações sobre o sistema, mas também das exigências da normalização técnica, das concessionárias e órgãos públicos locais, resultando na definição do traçado do sistema, dos tipos de sistemas a serem adotados, etc. 
O cálculo consiste na estimativa das solicitações impostas ao sistema predial de água fria e no dimensionamento de todos os seus componentes para atender a estas solicitações. 
O projeto para produção consiste num conjunto de elementos a serem elaborados tendo em vista o processo de execução do sistema, tais como: detalhes de "kits" hidráulicos e tabelas descritivas dos componentes dos "kits".
O projeto "as built" é elaborado a partir de registros de alterações no sistema, feitas na obra, tendo por objetivo possibilitar a rastreabilidade do sistema em caso de manutenção. Dentro do projeto do sistema predial de água fria, os elementos gráficos e documentos a serem apresentados variam conforme a complexidade do referido sistema e/ou da edificação para a qual foi projetado. De qualquer forma, alguns elementos básicos devem ser apresentados, quais sejam: 
Planta da cobertura, barrilete, andar(res) tipo, térreo, subsolo(s), com a indicação das colunas de distribuição de água fria e desvios; 
Esquema vertical (ou fluxograma geral) de todo o sistema, sem escala, incluindo reservatórios e sistema de recalque; detalhe dos reservatórios e sistema de recalque; 
Desenhos isométricos dos ambientes sanitários, com a indicação das colunas de distribuição, ramais e sub-ramais; memorial descritivo e especificações técnicas.
De posse dos elementos acima, podem ser procedidas às etapas de quantificação e orgamentação dos componentes do sistema, para a posterior
execução.
�
17 ESGOTAMENTO SANITÁRIO
	Com a utilização da água para abastecimento há a geração de esgoto, sendo que estima-se que uma pessoa saudável produza cerca de 100 litros de esgoto /dia, esgoto este que caso não seja adequadamente coletado e tratado pode acarretar uma série de danos ao meio ambiente e a população, podendo-se citar como principais: a contaminação das águas subterrâneas implicando em riscos á saúde, através da proliferação de bactérias, vírus, protozoários e vermes.
	Para efeito de análise na sequência apresenta-se uma tabela com os principais poluentes encontrados nos esgotos e seus respectivos efeitos: 
EFEITOS DOS ESGOTOS
	Poluentes
	Parâmetros de caracterização
	Tipo de efluente
	Consequências
	Sólidos em suspensão
	Sólidos em suspensão totais
	Domésticos 
Industriais
	Problemas estéticos 
Depósitos de lodo
Adsorção de poluentes
Proteção de patogênicos
	Sólidos flutuantes
	Óleos e graxas
	Domésticos 
Industriais
	Problemas estéticos
	Matéria orgânica biodegradável
	Demanda bioquímica de oxigênio (DBO)
	Domésticos 
Industriais
	Consumo de oxigênio 
Mortandade de peixes
Condições sépticas
	Patogênicos
	Coliformes
	Domésticos
	Doenças de veiculação hídrica
	Nutrientes
	Nitrogênio 
Fosforo
	Domésticos 
Industriais
	Crescimento excessivo de algas 
Toxicidade aos peixes
Doença em recém-nascidos (nitratos)
	Compostos não biodegradáveis
	Pesticidas 
Detergentes
Outros
	Industriais 
Agrícolas
	Toxicidade 
Espumas
Redução de transferência de oxigênio
Não biodegradabilidade
Maus odores
	Metais pesados
	Elementos específicos (ex: arsênio, cádmio, cromo, mercúrio, zinco, etc)
	Industriais
	Toxicidade 
Inibição do tratamento biológico dos esgotos
Problemas de disposição do lodo na agricultura
Contaminação da água subterrânea
	Sólidos inorgânicos dissolvidos
	Sólidos dissolvidos totais 
Condutividade elétrica
	Reutilizados
	Salinidade excessiva - prejuízo às plantações 
Toxicidade a plantas (íons)
Problemas de permeabilidade do solo 
	Portanto este é um tema de grande importância para a engenharia que busca garantir o bem-estar e condições dignas de saúde a população, contribuindo para a sustentabilidade, e a preservação do meio ambiente.
	O exemplo mais conhecido de país em que o tratamento de esgoto foi esquecido durante muito tempo é a Índia em que nas cerca de 4000 cidades existentes somente 232 tem tratamento de esgoto o que repercute nos grandes índices de mortalidade infantil no país que chega a 7,4%.
	A atual situação do Brasil quanto aos sistemas de coleta e tratamento de esgoto, apresentam grande precariedade sendo que estima-se que 17 milhões de domicílios despejam sua produção de esgoto a céu aberto. Segundo o IBGE no país a um crescimento no sistema de coleta e tratamento de esgoto de apenas 0,4% ao ano; o país tem um déficit de 53% no atendimento ao esgoto, ou seja, mais da metade da população não tem acesso a sistemas confiáveis de destinação de esgoto. Estudos ainda destacam que na região Sul as taxas de acesso a sistemas de saneamento básico são inferiores as do Nordeste região que mais recebeu investimentos no setor com (26,3% de atendimento), a região apontada como a que oferece melhor e mais abrangente sistema de captação e tratamento de esgoto é a Sudeste com 75%, a apontada como pior, e em situação mais precária quanto ao saneamento básico é a região Norte onde cerca de 95% da população não tem nenhum tipo de acesso a sistema de coleta e tratamento do esgoto 
	 É importante destacar que os recursos para o investimento neste setor provém em sua maioria do FGTS do Orçamento Geral da União, e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), e uma tendência para o mercado brasileiro é de que estes investimentos cresçam em decorrência do PAC (Projeto de aceleração do crescimento) que pretende aumentar o limite fiscal (de empréstimos) para que os recursos do FGTS possam ser mais facilmente retirados para o desenvolvimento e implantação de novos e eficazes sistemas de coleta e tratamento do esgoto. Mas é fundamental destacar que perante o atual quadro do país que ficou 25 anos sem investir em saneamento básico, esses investimentos podem ainda significar pouco.
17.1 PROJETO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
	Um bom projeto de esgotamento sanitário deve ter por objetivo o afastamento seguro e rápido dos esgotos, coletando - o e efetuando os tratamentos adequados. 
	Oferece grandes benefícios a sociedade como a preservação dos recursos naturais, eliminando focos de contaminação do solo e das águas para distribuição e poluição, recaindo em uma economia nos custos do tratamento da água para abastecimento, tendo em vista que o esgoto tratado será encaminhado para reuso ou para destinos adequados em que não mais oferece riscos a saúde pública. Um fato a se destacar é que estudos comprovam que a cada R$ 1,00 investido em saneamento básico, economizam-se R$4,00 na medicina curativa de doenças ocasionadas por contaminação hídrica.
Componentes do sistema de Esgotamento sanitário
–	Instalações hidro-sanitárias domiciliares : compreende a rede de tubulação interna da casa e as peças sanitárias (pia, vaso, chuveiro...) estes recebem a água e a leva até a tubulação de saída.
–	Ligação Intra domiciliar : trecho de tubulação que liga as peças sanitárias ao ramal predial.
–	Ramal predial: recebe do ramal predial e encaminha ao ramal coletor.
–	Ramal Coletor ou condominial: encaminha o esgoto a rede coletora pública, sua localização depende das condições topográficas do terreno, podendo também localizar-se em terrenos públicos.
–	Rede de Coleta Pública: é o conjunto de canalizações e poços de visita que recebem os efluentes dos ramais coletores e os encaminha a um ponto de reunião.
–	Estação Elevatória de Esgoto (EEE): responsável por elevar o esgoto do nível do poço de sucção até cotas adequadas ao funcionamento do sistema. Leva o esgoto até a estação de tratamento.
–	Emissários: tubulação que recebe esgoto exclusivamente na extremidade de montante. Leva o esgoto até a estação de tratamento.
–	Estação de tratamento de esgoto (ETE): a unidade operacional do sistema de esgotamento sanitário que através de processos físicos, químicos ou biológicos removem as cargas poluentes do esgoto, devolvendo ao ambiente o produto final, escoando a água resultando para o mar, rio ou para o reuso, em conformidade com os padrões exigidos pela legislação ambiental.
	
Componente básicos do projeto 
– Memorial descritivo: faz-se necessário um estudo do local onde será executado o projeto devendo, nesta etapa deve haver uma descrição sucinta do município ou localidade, inclusive principais atividades econômicas e equipamentos sanitários urbanos com suas respectivas áreas de abrangência. Apresentar suas condições sanitárias atuais; índices estatísticos de saúde; ocorrências de moléstias de origem hídrica; Mostrar a concepção da obra, incluindo a justificativa da alternativa técnica adotada, bem como a forma de execução do tratamento e coleta do esgoto, além de informação a cerca da forma de implantação do sistema escolhido, os métodos de execução da obra, a explicação da solução apontada, e a lista de materiais utilizados.
– Memorial de Cálculo: apresenta o grau de atendimento no período do projeto, apresenta uma planilha orçamentária onde devem constar os custos estimados de material, mão - de- obra, além dos cálculos relativos as elevações e estruturas do projeto.
– Plantas: planta da cidade com a localização da área de planejamento do sistema de esgoto; caso já exista um sistema de esgotamento sanitário a planta deste deve também constar, rede hidráulica com diâmetros de tubulações e demais dispositivos localizados; detalhes referentes aos projetos estruturais.
– Planilha orçamentária: detalhando item a item os custos e quantidades estimadas de gastos na execução
do projeto.
– Cronograma físico Financeiro: observa os prazos, e custos para que sigam os previstos.
– Normas Técnicas: deve obedecer as normas da NBR para esgotos com relação ao dimensionamento das unidades componentes de um projeto de sistema de esgotamento sanitário.
– Anotação de responsabilidade técnica: concedida pelo CREA.
– Posse da área: caso o local da obra não seja terreno público.
– Licenciatura Ambiental: o órgão ambiental estadual deverá ser consultado sobre a necessidade ou não de licenciamento ambiental, devendo o resultado dessa consulta ser parte constante do projeto. 
17.2 REDE COLETORA
	O traçado da rede coletora está relacionado diretamente com a topografia da bacia de esgotamento sanitário, tendo em vista que o escoamento dos esgotos se dá por gravidade de acordo com o caimento do terreno, mas em princípio temos os seguintes tipos de traçado de redes:
– Rede perpendicular: A rede coletora de esgotos é composta de vários coletores troncos independentes com traçado mais ou menos perpendicular ao curso d’água;
– Rede em leque: Os coletores troncos se desenvolvem pelos fundos dos vales ou pela parte baixa das bacias de esgotamento, incidindo neles os coletores secundários, com traçado em forma de leque ou em forma de espinha de peixe. Este tipo é o mais empregado para cidades acidentadas;
– Rede radial ou distrital: A cidade é dividida em distritos ou setores independentes sendo que em cada um criam-se pontos baixos para os quais convergem os esgotos, destes pontos baixos o esgoto é recalcado normalmente para um interceptor ou para o destino final. Este tipo é mais empregado para cidades planas.
17.3 TRATAMENTO DE ESGOTO
A eficiência e a capacidade de uma estação de tratamento de esgotos são definidas a partir de uma série complexa de fatores específicos a cada caso estudado.
	O tratamento pode atingir diferentes níveis denominados de tratamento primário, secundário ou terciário.
 	O Tratamento primário geralmente é feito através de grades que removem os sólidos grosseiros, geralmente faz-se o processo de sedimentação – que em resumo trata-se de um processo de separação em que no caso o sólido suspenso no líquido e deixado em repouso com auxílio de uma caixa retentora de areia – ou ainda utiliza-se da flotação que consiste em separar misturas do tipo sólido- líquido por meio das diferenças em suas propriedade fazendo essa diferenciação pela adição de produtos químicos que fazem passar por entre os diferentes produtos bolhas de ar e as que se pretende separar acabam ligando-se ao ar e descolam-se para a superfície da mistura, onde se acumula em forma de espuma; utilizando portanto um destes processos ou até todos, conforme o necessário, os sólidos retirados são destinados a locais adequados, em sua maioria são enterrados ou passam por processos de secagem.
	O tratamento secundário consiste na degradação biológica de compostos carbonáceos, feitos por bactérias que podem ser aeróbias ou anaeróbias, ou seja os compostos poluentes nesta fase, são consumidos por microrganismos, no que denomina-se reatório biológico. Nesta fase ocorre a decomposição de compostos de cadeia carbônica maior em outros de menor cadeia, ou seja carboidratos, óleos, ácidos graxos e proteínas são quebrados e geram compostos como CO2, H2O, NH3, CH4, H2S. 
	É importante destacar que as bactérias de ambiente anaeróbio oferecem vantagens quando comparadas às aeróbias, pois as primeiras não ganham tanta massa após consumirem a matéria orgânica o que significa que o método anaeróbico apresenta-se mais vantajoso tendo em vista que estes micro-organismos são liberados juntamente com a água residual que resulta do processo. A eficácia deste processo beira aos 95% e em suma, após esta fase do tratamento a água restante já pode ser devolvida ao ambiente receptor sem causar grandes danos ao meio ambiente.
	Entretanto do tratamento secundário restam ainda na água Nitrogênio e Fósforo que, dependendo do receptor e de suas concentração podem significar riscos ao ambiente, logo o tratamento Terciário objetiva reduzir as concentrações destes produtos, utilizam-se dois processos, a nitrificação e a desnitrificação, sendo que a remoção do fósforo pode ser feita através de tratamentos químicos com Sulfato de Alumínio, esta fase assim como a primeira produz lodo e este na seqüência irá passar por processos de secagem e depois será disposto corretamente.
	O tratamento final pretende então eliminar os organismos patogênicos, que é feito com uso de cloro, ozônio ou até radiação ultravioleta.
18 PROJETO HIDRÁULICO E MEIO AMBIENTE
DESSALINIZAÇÃO
	Dessalinização refere-se a vários processos físico-químicos de retirada de excesso de sal e outros minerais da água. De modo geral, refere-se a retirada de sais e outros minerais da água ou do solo. A dessalinização d'água é muito utilizada em regiões onde a água doce é escassa ou de difícil acesso, como no Oriente Médio e no Caribe, em navios transatlânticos e submarinos. A água doce obtida é utilizada para consumo humano ou irrigação. Algumas vezes o processo produz sal de cozinha como subproduto.
Plantas de Dessalinização no Mundo
	As grandes reservas de energias existentes em muitos países do Oriente Médio juntamente com sua escassez de água levou a construção de grandes plantas de dessalinização nesta região. Nos meados de 2007, o Oriente Médio produzia cerca de ¾ de toda água dessalinizada do Mundo. No mundo inteiro, há 13.800 plantas de dessalinização que produzem no total mais de 45,5 bilhões de litros de água por dia de acordo com a International Desalination Association. O Sal retirado do Brasil em média é de 3%.
	A maior planta de dessalinização do Mundo é a Jebel Ali - Phase 2 nos Emirados Árabes Unidos. Utiliza o processo de destilação em multi-estágios para produzir 300 milhões de metros cúbicos de água por ano (cerca de 9.460 litros por segundo). Nos Estados Unidos, a maior planta de desalinização está em Tampa Bay, Florida, e começou produzindo 95.000 m³ de água por dia em dezembro de 2007. A okabta de dessalinização de Tampa Bay tem atualmente só 12% de produção da planta de Jebel Ali .
Processos de Dessalinização
	No planeta Terra, as águas cobrem 3/4 da superfície, mas cerca de 97,2% destas são salgadas, isto é, apresentam um total de sólidos dissolvidos (TSD) que as tornam impróprias para consumo humano ou irrigação.
	Na natureza, a dessalinização é um processo contínuo e natural, alimentador do Ciclo Hidrológico, que se comporta como um sistema físico, fechado, seqüencial e dinâmico. Devido à ação da energia solar, ocorre a evaporação de um grande volume de água dos oceanos, dos mares e dos continentes. Os sais permanecem na solução e os vapores, por condensação, vão formar as nuvens, as quais originam as chuvas e outras formas de precipitação. Esta água doce, por gravidade, volta aos oceanos e mares, alimentando os rios, os lagos, as lagoas, que, devido à dinâmica do processo, reassimilam uma nova carga salina e, assim, todo o ciclo continua. Por necessidade de sobrevivência, o homem copiou a Natureza e desenvolveu métodos e técnicas de dessalinização das águas com elevado conteúdo salino para obter água doce.
	O principal problema das tecnologias de dessalinização é conseguir diminuir o custo final da água doce, para que esta possa estar disponível em quantidades suficientes até nas regiões onde é escassa.
	A dessalinização em grande escala, tipicamente, consome grande quantidade de energia e depende de plantas de produção caras e específicas. Portanto, é sempre mais cara, em relação a água doce de rios ou subterrânea.
Há vários métodos conhecidos para se fazer a conversão, mas apenas dois deles representam 88% da dessalinização global: a osmose inversa e a destilação multiestágios. 
Osmose inversa: Quando há pressão sobre a solução, a água e o sal são separados. 
Dessalinização térmica: Quando a água salgada é evaporada artificialmente e depois condensada.
Esse processo separa a água e o sal, pois este não é carregado no processo de evaporação. Isto ocorre na natureza, pois sempre que a água do mar evapora, os sais permanecem e a água das nuvens não é salgada. 
Congelamento: Outro processo envolve o congelamento da água, pois somente a água pode ser congelada (os sais não congelam junto). O processo é basicamente a extração de sais mineirais da água através do congelamento. São repetidos inúmeras vezes tal processo para que se consiga água destilada. O processo pode ser feito em grande escala, mas é muito caro, portanto é testado e melhorado apenas em laboratórios, para assim ser barateado. O que se pode fazer é descongelar a água das calotas polares, mas esta não é ainda uma boa solução, pois há o alto custo do descongelamento a se levar em conta. 
Destilação multiestágios: Utiliza-se vapor a alta temperatura para fazer a água do mar entrar em ebulição. São multiestágios pois a água passa por diversas células de ebulição-condensação, garantindo um elevado grau de pureza. Neste processo, a própria água do mar é usada como condensador da água que é evaporada. 
Destilação por forno solar: o forno solar tem como função concentrar os raios solares numa zona especifica, graças a um espelho parabolico. Dessa forma, o recipiente que contém a agua a destilar pode chegar a temperaturas maiores que normalmente. 
Dessalinização da água: uma solução? A dessalinização é um processo contínuo e natural, que tem papel fundamental no Ciclo Hidrológico (sistema físico, fechado, seqüencial e dinâmico). 
 A presente da problemática da água, começa a conduzir ao desenvolvimento de processos e tecnologias de dessalinização das águas com elevado conteúdo salino para obter água doce. 
 Existem diversos processos físico-químicos e biológicos, que permitem transformar a água de modo a torná-la apta a consumo: destilação convencional, destilação artificial , eletrodiálise, osmose reversa Os processos mais usados de dessalinização ou usam o processo de destilação ou a osmose reversa. A destilação consiste em ferver a água, coletar o vapor e transformá-lo novamente em água, desta vez água potável. Na osmose reversa, bombas de alta pressão forçam a água salgada através de filtros que capturam as partículas de sais e minerais, deixando passar apenas a água pura. 
 Facilmente se entende as grandes necessidades de consumo de energia, ferver a água exige muita energia e a osmose reversa consome seus filtros muito rapidamente. 
 Neste caso, o processo mais utilizado que permite garantir a qualidade da água e bem estar do consumidor é a osmose. 
 O processo de osmose, ocorre quando duas soluções salinas com diferente concentração encontram-se separadas por uma membrana semi permeável: a água (solvente) e solução menos concentrada tenderá a passar para o lado da solução de maior salinidade. Com isto, esta solução mais concentrada, ao receber mais solvente, se dilui, num processo impulsionado por uma grandeza chamada "pressão osmótica", até que as duas soluções atinjam concentrações iguais. 
 A Osmose pode efetuar-se segundo dois processos: inversa e reversa. 
	A utilização da osmose inversa na Industria para dessalinização da água do mar, começou a ser possível nos anos 60 com o desenvolvimento de membranas assimétricas que, pelo facto de terem grandes fluxos de permeabilização e grande selectividade, permitiram ser uma alternativa aos processos técnicos que são processos de utilização intensiva de energia. 
	A osmose inversa apresenta-se como uma óptima alternativa, uma vez que possui um menor custo quando comparado com outros sistemas de dessalinização. Além de retirar o sal da água, este sistema permite ainda eliminar vírus, bactérias e fungos. O seu funcionamento está baseado no efeito da pressão sobre uma membrana polimérica, através da qual a água irá passar e os sais ficarão retidos. 
	A osmose reversa, já existe desde o fim do século passado, com aplicação em processos industriais. A utilização de membranas semi permeáveis sintéticas permitiu reduções de custos elevadas bem como um crescente conhecimento técnico. Atualmente, é possível obter água com elevada qualidade, com emprego na Industria de microchips e biotecnologia. Esta tecnologia tem tido forte desenvolvimento no tratamento de efluentes , dada a sua elevada eficiência e às crescentes exigências ambientais, cada vez mais evidentes. 
	Existem equipamentos que permitem a obtenção de água potável a partir da água do mar : Dessalinizadores. Estes utilizam o fenômeno da osmose reversa com o uso de membranas osmóticas sintéticas. O uso deste equipamento requer cuidados especiais, uma vez que se trata de um processo na presença do ião cloreto a altas pressões(400 a 1200psi). Apesar de ter custo inicial muito elevado, a sua utilização ao longo do tempo, permite superar este investimento, em cerca de 4 – 6 anos. 
	Os custos associados a este equipamento dividem-se em :
Custo de depreciação ou amortização da unidade 
 O custo total, incluindo importação, equipamentos auxiliares e instalação, dividido por 120 meses e pelo volume total de metros cúbicos produzidos (depende da capacidade da unidade) em 120 meses ou dez anos - tempo de vida útil da unidade; 
Custo de operação:
O custo anual ou mensal decorrente da operação da unidade, incluindo energia elétrica, peças de reposição e mão de obra de manutenção. Pode ser apresentado em custo mensal ou por metro cúbico de água produzida, mais conveniente. 
 Somando-se estas duas parcelas temos o custo total mensal, ou por volume de água produzida, da unidade de dessalinização. Um dessalinizador opera 500 h/ano num barco e 7.200 h/ano numa casa. Se o consumo rondar 1500 litros por dia, em seis anos o equipamento está pago. Para capacidades maiores, a economia por litro é ainda maior. No Japão (Instituto de pesquisa ‘ Haman Technology’), existe um equipamento que permite a produção de água potável através da água do mar, permitindo também a recuperação de substâncias úteis que nela possam estar contidas. 
É um sistema essencialmente automático, ao contrário das técnicas de membranas ou processos de osmose reversa, cuja operação é mais complicada e com custos mais elevados. O resultado é um processo de dessalinização de água do mar com um custo de apenas 1/5 dos processos convencionais, utilizando um equipamento com um 1/3 do tamanho. A nova técnica de destilação a pressão reduzida, permite produzir 3,7 litros de água potável para cada 10 litros de água introduzida no sistema. O equipamento têm ainda a capacidade de produzir sal para uso industrial sem a necessidade de etapas de pré processamento, necessários nos equipamentos tradicionais quando a água do mar é utilizada como fonte. O equipamento possui um descompressor compacto, que opera por meio de um sistema de multiestágios em uma superfície de evaporação tridimensional. A água flui sem a necessidade de bombeamento, apenas pela diferença de peso. 
 A principal problemática destas tecnologias, é o consumo de energia. James Klausner, da Universidade da Flórida, apresentou uma nova técnica de purificação da água que é mais eficiente e não é tão intensiva na utilização de energia. A nova técnica, desenvolvido pelo Dr. Klausner, é uma variação da destilação. Em vez de ferver a água, temos um processo físico chamado difusão de massa, para fazer com que a água se evapore e se separe do sal. Bombas são utilizadas para forçar a água ao longo de um aquecedor e espalhá-la sobre uma torre de difusão - uma coluna feita de uma matriz de polietileno que cria uma grande área superficial por onde a água flui enquanto está caindo. Outras bombas, na base da torre, injetam ar seco na coluna no sentido oposto ao da água. À medida em que a água salgada se choca com o ar quente, ela se evapora. O ar fica saturado de umidade e é forçado por ventiladores em direção a um condensador que força a umidade a se condensar em água pura. Este processo tem ainda a vantagem de permitir o aproveitamento do calor desperdiçado nas
centrais termoelétricas para aquecer a água. Ele testou um protótipo do seu projeto em laboratório, produzindo cerca de 2000 litros de água potável por dia. Segundo seus cálculos, uma versão industrial, aproveitando o calor desperdiçado por um termelétrica de 100 MHz, tem o potencial para gerar mais de 5 milhões de litros por dia. 
 Em Portugal existe já uma central de dessalinização na Madeira : projeto da central de dessalinização do Porto Santo com capacidade média. O projeto consiste num sistema de dessalinização através da osmose inversa que permite fornecer água potável a toda a população. 
 Trata-se de um processo de filtragem dos componentes. A água salgada entra em contacto com uma membrana seletiva que retém o sal (NAOH - Cloreto de Sódio), e deixa passar a água no seu estado puro. È um sistema de módulos enrolados em espiral muito compactos, que, associam algumas centenas de metros quadrados por área de membrana por metro cúbico. Este projeto tornasse menos exigente do ponto de vista energético, e em termos ambientais permite o tratamento de águas contaminadas e a reciclagem da água nos processos químicos. A sua aplicação ainda é pouco evidente em Portugal, por se tratar de uma tecnologia recente, mas preveem-se projetos inovadores em Portugal, uma vez que tem grande capacidade de energia solar, que devidamente aproveitada, poderá ter grande potencial. 
CONSTRUÇÃO DE FOSSAS SÉPTICAS
	 A fossa séptica é uma alternativa para casas localizadas em locais que não têm sistema público de coleta e tratamento de esgotos. Um sistema eficiente e completo deve contar também com caixas de gordura, filtros anaeróbicos e sumidouros.
	A Associação Brasileira de Normas Técnicas, através das normas NBR 7229 e 13969, estabelece todos os parâmetros que devem ser obedecidos. Embora cada caso exija uma solução específica, basicamente a construção de um sistema de tratamento de esgotos funciona da seguinte maneira:
	• a água que vem da cozinha passa por uma caixa de gordura, onde esta fica retida pelo anteparo (chicana) evitando o entupimento da tubulação e o sobrecarregamento da fossa. Essa caixa é impermeabilizada com mantas, da mesma forma que a fossa. Para uma casa com 6 pessoas, ela deve ter capacidade de 200 litros;
	• a água que vem dos banheiros vai direto para a fossa, onde os compostos orgânicos se decantam (vão para o fundo), as espumas e gorduras ficam boiando na superfície e os microorganismos, principalmente as bactérias, liberam enzimas que destróem os germes e coliformes fecais. Seu tamanho também depende do número de pessoas: para uma casa com 6 pessoas, sua capacidade é de 1.700 litros, e sua limpeza deve ser feita a cada 2 anos por empresas especializadas, que retiram o lodo do fundo e devem levá-lo a uma estação de tratamento;
 	• da fossa, a água segue para o filtro anaeróbico impermeabilizado, que deve ter as mesmas dimensões da fossa, e na qual a água chega por baixo, atravessa uma tampa de concreto cheia de pequenos furos, passa por uma camada de brita nº 4 e sai para o sumidouro. Para limpá-lo, deve-se tirar o lodo por um cano de respiro, situado antes da entrada, e injetar água pela tampa superior para lavar as pedras. 	Um sistema ainda mais eficiente é a vala de filtração, em que, ao sair da fossa, a água passa por uma cano furado, atravessa uma camada de areia, cai em outro cano furado e, ainda, por uma camada de brita, de onde já pode ir diretamente para a terra ou para rios e riachos;
 	• no sumidouro (buraco não impermeabilizado, cujo fundo deve estar a pelo menos 1,5m acima do nível do lençol freático), a água é absorvida pela terra. Seu dimensionamento depende, fundamentalmente, do tipo de solo em que será construído: quanto menos absorvente, maior o sumidouro. Deve estar situado a uma distância mínima de 15m do poço de água (se existente). Outra alternativa possível (principalmente quando o lençol freático estiver muito próximo da superfície) é a construção de valas de infiltração, em que a água corre por um cano furado, enterrado próximo à superfície, e se infiltra lentamente na terra.
POÇOS ARTESIANOS
	Os poços artesianos são feitos quando existe algum lençol freático que esta entre duas camadas impermeáveis de rocha (argila por exemplo). A diferença dos poços normais para os poços artesianos (como pode ser vista na imagem a baixo) é que no poço artesiano a agua sai com pressão em direção a superficie, onde se forma um lago e é possível a captação da água para tratamento e posteriormente uso da população e indústrias.
AQUECEDOR SOLAR
	É uma forma sustentável de aquecimento de água, que consiste no uso da energia solar para o aquecimento da água.
	 Suas vantagens são o benefício ao meio ambiente, e embora seja um sistema ainda caro para o parâmetro brasileiro oferece grande economia na conta de luz, sendo que em cerca de 1 ano e meio já se tem o retorno do valor investido nos equipamentos, além de ser uma fonte de energia limpar, inesgotável e gratuita vinda do sol.	
	É composto por coletores solares (placas), que são responsáveis pela absorção da radiação solar, reservatório térmico (Boiler) que armazena a água aquecida, nesse tipo de instalações hidráulicas são utilizados canos de cobre, inox, ou polipropileno que apresentam maior durabilidade e melhor condutividade térmica, é composto ainda de uma caixa de água fria para abastecer o reservatório térmico do aquecedor. 
	A água circula por um sistema natural de convecção sendo que a água aquecida fica menos densa, e pela diferença das densidades a água quente circula empurrada pela água fria, este fenômeno intitulasse “termofissão”, sendo que a água aquecida por coletores solares pode chegar a temperaturas próximas a 50° C no inverno, e até 70ºC no verão, sendo necessário a mistura com água fria.
	Uma desvantagem a ser destacada neste sistema de aquecimento é que em épocas de geada a água pode congelar no tubo coletor o que implica em sua expansão podendo danificar os tubos coletores. 
	CONCLUSÃO
A partir deste trabalho pode-se notar a importância de um bom projeto hidráulico uma vez que este caso bem elaborado permite muitas economias futuras, sendo que custa somente 3% do montante investido em uma obra. Os parâmetros de conhecimento técnico do trabalho passam uma breve visão dos passos necessários para a elaboração dos vastos tipos de projeto hidráulico em que podem-se citar como exemplos; projetos de tratamento de agua e esgoto, de distribuição de água, projetos prediais de água quente e fria. 
Destaca-se também a partir da análise do trabalho que a engenharia em seus parâmetros vem, a cada vez mais aderindo a tendência de sustentabilidade, sendo que a efetivação de bons projetos hidros-sanitários representam grande evolução quanto a preservação do meio ambiente e manutenção da saúde pública.
Finalmente, nota-se que estes estudos são muito relevantes para os acadêmicos de engenharia sendo que introduz um, ainda que breve importante embasamento teórico, e possibilita também uma visão geral dos sistemas hidro- sanitários, que em função de sua atual precariedade no mundo contemporâneo, estarão intensamente presentes nas perspectivas do profissional da engenharia civil.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GARCEZ NOGUEIRA LUCAS. “Elementos de Engenharia Hidráulica e Sanitária. 2ª edição
CARLOS ALBERTO OLIVEIRA IRION/GERALDO LOPES DA SILVEIRA. “Projetos de rede de esgoto Sanitario”.
MARINA SANGOI ILHA/ ORESTE MARRACCINI GONÇALVES. “Sistemas prediais de água fria”. Texto tecnico da Escola politécnica da USP
SECRETARIA DOS TRANSPORTES, DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRANSPORTES E RODAGEM. “Instalações Hídricas” . Documento 
“Manual de escopo de projetos e serviços de Hidráulica”
“Coleta de água”. Disponível em http://www.agrolab.com.br/agua.htm. Acesso em 10 de maio de 2010.
“Aquecedor Solar” . Disponível em http://www.aquasol.com.br/termossifao.htm . Acesso em 13 de abril de 2010.
JOHN E. GRIBBIN. “Introduçõ à hidráulica, hidrologia e gestão de águas pluviais”. 3ª edição
“Características de um bom sistema de tratamento”. Disponível em http://www.corsan.com.br/sistemas/trat_agua_caract.htm�� HYPERLINK "http://www.corsan.com.br/sistemas/trat_agua_caract.htm"�. Acesso em 20 de Abril de 2010.
“Rede de distribuição” . Disponível em: �� HYPERLINK "http://www.funasa.gov.br/internet/ProAceCresIII.asp"�http://www.funasa.gov.br/internet/ProAceCresIII.asp . Acesso em 20 de abril de 2010.
“Tratamento de água”.Disponível em: http://www.corsan.com.br/sistemas/trat_agua_etapas.htm. Acesso em 21 de abril de 2010

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