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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA DEPARTAMENTO DE FÍSICA CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ENGENHARIA MECÂNICA ENGENHARIA QUÍMICA Grupo: Maria Bárbara T. de Macêdo - 11410546 Maria Isabel de Oliveira Franco - 11500334 Vitória Reginna Cavalcante Ferreira - 11511749 Movimento Uniformemente Variado / Plano Inclinado 26/08/2016 João Pessoa 2ª Experiência - Movimento Uniformemente Variado / Plano Inclinado 1. Objetivos Inicialmente a experiência teve como objetivo, o estudo do movimento de uma esfera em um plano inclinado, segundo os princípios da cinemática que tem por finalidade verificar sua velocidade média e também sua aceleração de acordo com a variação de velocidade pelo tempo. Posteriormente, representar os resultados obtidos através de um gráfico. 2. Fundamentação Teórica A movimentação de um objeto, pode ser modificada por uma série de fatores. A sua velocidade pode sofrer alterações com o passar do tempo, quando sua velocidade aumenta, o movimento é chamado de uniformemente acelerado. Quando sua velocidade diminui, chamamos seu movimento de uniformemente retardado. A taxa da variação da velocidade em relação ao tempo, é chamada de aceleração. No movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV), a velocidade varia uniformemente segundo a aceleração, que determina quanto a velocidade vai variar (positivamente ou negativamente) em relação ao tempo. A aceleração média é dada por: 𝑎𝑚𝑒𝑑 =∆𝑣/∆𝑡 (Equação 1) Enquanto a aceleração instantânea é: 𝑎=𝑑𝑣 /𝑑𝑡. (Equação 2) Quando a aceleração é constante, o movimento é chamado de movimento retilíneo uniforme (MRU), a velocidade média para um intervalo de t=0 até o instante t, é representada pela seguinte equação: v = vmédia = ∆x/∆t =1/2(𝑣0+𝑣) (Equação 3) Em que ∆x é a variação da distância percorrida e ∆t é a variação do tempo. Considerando que no MRU, a velocidade não varia de acordo com a aceleração, variando apenas o tempo, assim como é representado na equação: 𝑣=𝑣0+𝑎𝑡 (Equação 4) Partindo da equação v= ∆x/∆t, conseguimos obtemos a função horária do MRU, como mostrado abaixo: v= (xf -x0) / (t f -t0) v = (xf -x0) / (t f -0) v.t= (xf -x0) x=x0+v.t (Equação 5) Substituindo o valor de 𝑣 da equação 𝑣=𝑣 0+𝑎𝑡 na equação 3 e, considerando (𝑥0=0) obtemos: x=x0 + v0t + ½ at² (Equação 6). 3. Material Utilizado Na realização do experimento, utilizamos: - Plano inclinado; - Esfera de aço; - Cronômetro ; - Trena. 4. Procedimento Experimental Iniciamos o procedimento experimental cronometrando os tempos em que a esfera percorria o plano inclinado, ao longo de “L”, utilizando duas alturas (H) diferentes, correspondendo a dois ângulos (θ) diferentes, para obtenção da velocidade e aceleração nos dois casos. L = 100,00 cm H1 = 6,65 cm H2 = 2,78 cm θ1 = 3,81º θ2 = 1,59 º O plano inclinado usado estava dividido em cinco partes, com distâncias de 20 cm entre elas. Com isso, medimos o tempo em que a esfera passava por cada uma das marcações, repetindo a medição dez vezes, a fim de reduzir a margem de erro. Ainda filmamos o movimento para comparar com o tempo do cronômetro. 5. Resultados altura X(cm) T1 T 2 T3 T 4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 t(s) t2(s) H1 20,00 0,93 0,80 0,98 0,70 0,70 0,89 0,83 0,88 0,75 0,68 0,81 0,65 40,00 1,48 1,41 1,23 1,33 1,50 1,51 1,50 1,28 1,21 1,35 1,38 1,90 60,00 1,66 1,65 1,56 1,65 1,50 1,64 1,75 1,76 1,68 1,76 1,66 2,76 80,00 2,03 1,99 2,03 2,15 1,98 2,06 1,96 2,06 2,11 2,10 2,05 4,20 100,00 2,30 2,26 2,25 2,35 2,21 2,26 2,25 2,28 2,25 2,25 2,26 5,11 altura X(cm) T1 T2 T 3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 t(s) t2(s) H2 20,00 1,21 1,33 1,36 1,31 1,36 1,31 1,28 1,23 1,35 1,36 1,31 1,72 40,00 2,03 2,01 2,01 2,06 2,11 1,99 2,09 2,13 1,96 1,98 2,04 4,16 60,00 2,76 2,53 2,68 2,63 2,58 2,63 2,53 2,66 2,61 2,74 2,63 6,91 80,00 3,03 3,01 3,01 2,98 3,07 3,01 2,95 2,96 3,06 3,01 3,01 9,06 100,00 3,43 3,41 3,38 3,31 3,33 3,38 3,40 3,38 3,28 3,28 3,35 11,22 Para H1: X(cm) Média do t(s) Desvio padrão 20 0,81 0,07 40 1,38 0,15 60 1,66 0,12 80 2,05 0,05 100 2,26 0,02 Para H2: X(cm) Média do t(s) Desvio padrão 20 1,31 0,4 40 2,04 0,5 60 2,63 0,6 80 3,01 0,03 100 3,35 0,05 Medidas com o vídeo: Altura X(cm) T(s) Altura X(cm) T(s) H1 20,00 00:00:00.830 H2 20,00 00:00:01.734 40,00 00:00:01.134 40,00 00:00:02.367 60,00 00:00:01.501 60,00 00:00:02.834 80,00 00:00:01.734 80,00 00:00:03.234 100,00 00:00:02.001 100,00 00:00:03.601 6. Discussão dos Resultados No primeiro caso usamos uma altura de 6,65 cm, que ocasionou uma aceleração maior que no segundo caso, quando usamos uma altura de 2,78 cm, realizando o percurso em menor tempo. A seguir seguem os cálculos desenvolvidos para obtenção do ângulo, velocidade e aceleração do projétil. Ângulo: Como temos dois experimentos com alturas diferentes, teremos ângulos diferentes para as mesmas. Assim: θ1 =𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 (𝐻1/𝐿) θ2=𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 (𝐻2/𝐿) θ1 =𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 (6,65/ 100,00) θ2 =𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 (2,78 /100,00) θ1 = 3,81º θ2 =1,59 º Aceleração: Calculamos a aceleração por alguns modelos teóricos: a= gsen (θ) / 1+ Icm/mr2, dessa equação obtemos a aceleração de uma esfera por: a= g sen(θ) / 1+ ⅖ , substituímos por θ1 e θ2 e obtemos os seguintes resultados: Em θ1: Em θ2: a1= 9,8 sen(3,81) / 1+ ⅖ a2 = 9,8 sen(1,59) / 1+ ⅖ a1= 0,47 m/ s^2 a2= 0,19 m/ s^2 Calculamos também a aceleração , considerando a esfera uma partícula usando a equação a=g.sen(θ). Em θ1: Em θ2: a1= g. sen(θ1) a2= g. sen(θ2) a1= 9,8.sen (3,81) a2= 9,8.sen (1,59) a1= 0,65 m/ s^2 a2= 0,27 m/s^2 Velocidade: Para o cálculo da velocidade, utilizamos o tempo do vídeo por ser mais preciso, esses valores estão no gráfico acima, e a aceleração obtida pela fórmula g sen(θ) / 1+ ⅖ (levando em consideração o objeto ser uma esfera), e calculamos em cada distância percorrida pelo objeto sobre o plano inclinado. θ1 θ2 X1=20 𝑣 1=𝑣 0+𝑎 1 𝑡 1 𝑣 1= 0+0,47(0.830) 𝑣 1= 0,3901 m/s 𝑣1=𝑣0+𝑎 2 𝑡1 𝑣1= 0+0,27(1.734) 𝑣1= 0,46818 m/s X2=40 𝑣 2=𝑣 0+𝑎1 𝑡 2 𝑣 2= 0+0,47(1.134) 𝑣 2=0,53298 m/s 𝑣2=𝑣0+𝑎 2 𝑡2 𝑣2=0+0,27(2.367) 𝑣2= 0,63909 m/s X3=60 𝑣 3=𝑣 0+𝑎 1 𝑡 3 𝑣 3= 0+0,47(1.501) 𝑣 3= 0,70547 m/s 𝑣3=𝑣0+𝑎 2 𝑡3 𝑣3=0+0,27(2.834) 𝑣3= 0,76518 m/s X4=80 𝑣 4=𝑣 0+𝑎 1 𝑡 4 𝑣 4= 0+0,47(1.734) 𝑣 4=0,81498 m/s 𝑣4=𝑣0+𝑎 2 𝑡4 𝑣4= 0+0,27(3.234) 𝑣4= 0,87318 m/s X5==100 𝑣 5=𝑣 0+𝑎 1 𝑡 5 𝑣 5= 0+0,47(2.001) 𝑣 5= 0,94047m/s 𝑣5=𝑣0+𝑎 2 𝑡5 𝑣5=0+0,27(3.601) 𝑣5= 0,97227 m/s 7. Questionário 1. Construa o gráfico da posição versus tempo em papel milimetrado e dilog. Ajustar a melhor curva entre os pontos experimentais. 2. Construa o gráfico da posição versus o quadrado do tempo em papel milimetrado. Ajustar a melhor curva entre os pontos experimentais e determinar a função que melhor descreve o movimento investigado. 3. Escolha o gráfico conveniente e determine a aceleração sofrida pelo objeto. 4. Determine as funções do deslocamento e da velocidade que descrevem o movimento investigado experimentalmente. Calcule os valores da aceleração e da velocidade usando estas equações. R: As funções do deslocamento e velocidade são x = vt + ½ at2 e v = v0 + at. O cálculo da aceleração e velocidade foram calculados acima. 5. Calcule o erro percentual entre o valor teórico e o obtido experimentalmente (pelo gráfico). 6. Qual o significado físico da tangente de qualquer ponto da curva do gráfico x versus t? R: A tangente no gráfico x versus t nos fornece a velocidade do corpo em cada instante da curva. 7. Qual o significado físico da tangente do gráfico v versus t? Qual o significado físico da área sobre a curva? R:A partir da tangente do gráfico v versus t encontra-se o valor da aceleração. A área sobre a curva nos fornece o espaço transcorrido pela partícula. 8. O ângulo de inclinação influencia o valor da aceleração do objeto? Explique. R: Sim, pois variando o ângulo, consequentemente, sua aceleração irá ser modificada pela variação do seno de θ. 9. O que pode contribuir para os erros de medição? R: Os erros são causados pelo tempo de reação para a marcação do tempo. 10. Utilizando as funções horárias do deslocamento e da velocidade deduza a expressão conhecida como equação de Torricelli 𝑣2=𝑣02+2𝑎(𝑥−𝑥0). R: Sabemos que v = v0 + at, isolando o t , temos: t= (v-v0) / a , substituindo na equação x=x0 + v0t + ½(at)2, obtemos: x-x0=vo(vf-v0 / a) + a/2 (v f-v0 / a)2 Δx= (vf v0- v02 / a ) + a/2(vf 2 - 2vf v0 + v02 / a2) Δx= (vf v0 - v02) / a + (vf2 - 2vf v0+ v02) / 2a 2aΔx / 2a = (2vf v0 - 2v02)/2a + (vf2-2vf v0+v02) / 2a 2aΔx * 1 = 2vf v 0 - 2v02 + vf2 - 2vf v0 + v02 2aΔx = -v02 + vf2 vf^2 = v02 + 2aΔx 8. Referências http://fisicaufpb.blogspot.com.br/p/roteiros-fisica-experimental-i 8. Conclusões Concluímos então para o fim do devido trabalho, com relação às experiências realizadas e as medidas obtidas por cada uma delas, que os erros dos dados sempre estão presentes nas preparações de problemas, já que somos impostos a uma série de fatores que podem ocasionar o desvio padrão presente nos dados. Logo por assim dizer, que ficamos satisfeitas com os dados obtidos uma vez que podemos correlacioná-las com a teoria da cinemática, revelando as ações do trabalho e providência da velocidade e aceleração do movimento da esfera, em que tais pudemos nos certificar, quanto às discussões dos resultados, onde percebemos a que a velocidade em função do tempo com conservação da aceleração é maior que a obtida experimentalmente, a média das acelerações experimentais aproximam-se da esfera, como também apresentaram diminuição de seus valores, revelando também uma desaceleração mais drástica quanto aos dados experimentais a olho. 9. Bibliografia [1] Material disponibilizado pelo Prof. Joel [2]& Zemansky, Sear; Física I, Young e Freesman; Mecânica. 12ªedição, Edit.Pearson,2008
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