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Hematologia eosinófilos e basófilos

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Introdução
Os leucócitos, produzidos na medula óssea, são células de defesa do organismo contra doenças, alergias, microorganismos, substâncias químicas, toxinas entre outros. Eles agem eliminando corpos estranhos, células envelhecidas, além de reconhecer e destruir células cancerosas.
O mecanismo mais comum para combater organismos estranhos é através da fagocitose. Eles se aderem interagindo com a membrana do corpo estranho, forma psedópodes em volta do corpo estranho formando o fagossoma, digere esse corpo estranho através da formação do fagolisossoma e realiza exocitose do conteúdo digerido.
Os leucócitos granulocíticos possuem em seu interior grânulos, contendo enzimas que ajudam na lise durante a fagocitose. Em casos mais extremos, esse tipo de leucócitos pode até mesmo sofrer degranulação, liberando seu conteúdo para o meio externo, onde é tóxico para o corpo estranho e para os próprios tecidos humanos.
Dentre os leucócitos granulocíticos, encontram-se os neutrófilos, basófilos e eosinófilos, sendo esses dois últimos abordados nesse trabalho. 
Eosinófilos
Eosinófilos são granulócitos derivados do progenitor mielóide comum. São produzidos nos tecidos hematopoiéticos da medula óssea, constituindo 2% dos leucócitos circulantes no sangue.
O eosinófilo possui um formato arredondado, possuindo seu núcleo em formato bilobular. Normalmente se apresentam transparentes, mas em presença de eosina (corante vermelho e ácido), aparecem em cor vermelho-tijolo ou rosa escuro em microscopia. Também são conhecidos como “acidófilos” por sua afinidade com a acidez.
Para formação de eosinófilos ocorre a mielopoiese (Fig. 1) que é a formação de células granulocíticas à partir das células formadoras de colônia granulocítica (ECFC para eosinófilos), ocorrendo na medula óssea. A evolução ocorre da seguinte forma: mieloblasto, promieloblasto, mielócito, metamielócito, bastonete, e segmentado eosinofílico (Fig. 2).
Mielopoiese
Fig. 1: Processo de mielopoiese (formação de células granulocíticas).
Mielopoiese eosinofílica
Fig. 2: processo de mielopoiese para formação de eosinófilos.
O processo de maturação pode ser estimulado por fatores como a IL-3, IL-5, GMCSF e SCF, sendo que a IL-5 neste caso irá atuar aumentando exclusivamente a produção de eosinófilos.
Possuem como função a defesa contra corpos estranhos e parasitas. Aumentam em resposta a estímulos imunológicos em processos alérgicos, por exemplo, e estão aumentados em infestações parasitárias. Podem atuar como fagocitários, mas em menos eficiência se comparados com os neutrófilos. Seu mecanismo mais conhecido para eliminação de corpos estranhos é a degranulação, liberando mediadores químicos, como a histamina e proteínas como a peroxidase de eosinófilos, ribonuclease (RNase), desoxirribonucleases, lipase, entre outros, que são tóxicas para os tecidos dos parasitas e do hospedeiro.  A eosinofilia prolongada resulta em lesão no tecido.
Uma eosinofilia (níveis acima do normal de eosinófilos) pode indicar a presença de doenças alérgicas, asma bronquial, neoplasia, entre outros. Já a eosinopenia (níveis abaixo do normal de eosinófilos) pode indicar intoxicação por álcool ou medicamentos.
Os eosinófilos são utilizados como alvos terapêuticos dos AIEs (Anti-inflamatório esteroidais) por exemplo. Ocorre a inibição da transcrição de genes de proteínas relacionadas ao processo inflamatório mediada pelos AIEs são a inibição da transcrição de citocinas iniciadoras da inflamação, como o interleucinas (IL) 1,2,3 6; interferon-y; fator de necrose tumoral (TNF); algumas quimiocinas e; a expressão das enzimas cicloxigenases. Consequentemente, ocorrem a diminuição do acúmulo e função de células que participam das reações inflamatórias e imunes, como linfócitos, células natural killers, monócitos, macrófagos, eosinófilos, neutrófilos, mastócitos e basófilos. Por conta disso, os AIEs são considerados também imunossupressores (Balbino, C.A; 2011).
Outra forma de servirem como alvos terapêuticos, seria através de anti-histamínicos que tenham ação através receptores de histamina H4, que é expresso em células do sistema imunológico como eosinófilos e basófilos.
Basófilos
Assim como os eosinófilos, os basófilos também são originados do precursor mielóide comum. São produzidos nos tecidos hematopoiéticos da medula óssea, e possuem uma atividade inferior se comparado com outros tipos de leucócitos, já que são os granulócitos mais escassos, constituindo apenas de 1 à 2% dos mesmos.
Possui formato arredondado, seu núcleo pode ser segmentado, bilobulado ou em casos mais raros com três lóbulos, sendo volumoso e irregular, com muitos grânulos dispersos em seu citoplasma. Possuem maior afinidade por bases, ficando com coloração azul-arroxeada após ser corado com hematoxilina (corante básico de cor azulada).
Para formação de basófilos ocorre a mielopoiese (Fig. 1) à partir das células formadoras de colônia granulocítica (BCFC para basófilos), ocorrendo na medula óssea. A evolução ocorre da seguinte forma: mieloblasto, promieloblasto, mielócito, metamielócito, bastonete, e segmentado basofílico (Fig. 3).
Mielopoiese eosinofílica
Fig. 3: processo de mielopoiese para formação de basófilos.
O processo de maturação pode ser estimulado por fatores como a IL-3, IL-5, GMCSF e SCF, sendo que a SCF neste caso irá atuar na maturação dos basófilos.
Os basófilos são capazes de circular todo corpo através da corrente sanguíne. agem através da degranulação, liberando heparina (anticoagulante) e histamina ao chegar no local da infecção, provocando vasodilatação e facilitando a liberação de outros tipos de leucócitos através dos poros. Além dessas substâncias, também são capazes de liberar serotonina, sulfato de condroitina, e pode influenciar na síntese e liberação de produtos da cascata do ácido aracdônico (como leucotrienos). São envolvidos nas reações de hipersensibilidade imediata. Possuem papel importante na resposta imunológica tardia.
A basofilia (nível de basófilos acima do normal) pode indicar anomalias como sinusite crônica, nefrose e doença de Hodgkin. Já a basopenia (nível de basófilos abaixo do normal) pode indicar dipertireoidismo, estresse, síndrome de Cushing (exposição exagerada à corticoesteróides), entre outros.
Assim como ocorre com os eosinófilos, basófilos também podem ter sua expressão reduzida por antinflamatórios esteroidais, além de poder ser alvo de anti-histamínicos que tenham ação através do receptor H4, que é expresso em células do sistema imunológico como eosinófilos e basófilos.
Referências
http://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/hematologia-e-oncologia/dist%C3%BArbios-eosinof%C3%ADlicos/produ%C3%A7%C3%A3o-e-fun%C3%A7%C3%A3o-dos-eosin%C3%B3filos
http://www.biomedicinapadrao.com.br/2010/11/hematopoese-em-imagens.html
http://pt-br.biologia-celular-uergs.wikia.com/wiki/C%C3%89LULAS_DO_TECIDO_SANGU%C3%8DNEO
MARTINS, Pedro e MATIAS, Osório, Biologia 12, Vol.1, Areal Editores, 1ª edição, Porto, 2011.
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/hemograma-neutrofilos-eosinofilos-basofilos-e-linfocitos/20314
http://hepato.com/p_imune/leucocitos_20050321.html
PINTO, A. L N. Anti-histamínicos H3: Uma nova classe terapêutica, Universidade Fernando Pessoa, 2012.
DE LUCIA, R., Farmacologia Integrada, Vol. 1, Editora: Ricardo Martins de Oliveira-Filho, 3ª edição, 2007.

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