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Hipertireoidismo e Tecido Glandular

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Transcrição de Fisiologia II por Unirio Pastorello Júnior 
Professoras: Bianca e Clarissa 
9ª Aula – 27/10/2017 
 
HIPERTIREOIDISMO 
 
 
O epitélio de revestimento serve para revestir nosso corpo e nossas cavidades. 
 
 
 
 
Como é formado o tecido 
glandular? O epitélio de 
revestimento sofre uma 
invaginação para dentro do 
tecido conjuntivo subjacente. 
Essa invaginação no tecido 
conjuntivo promove a 
liberação de alguns fatores 
que irão transformar o tecido 
de revestimento em um tecido 
glandular. 
 
 
 
 
 
 
1. O tecido epitelial de revestimento invagina para o tecido conjuntivo subjacente; 
2. O tecido que invaginou receberá uma série de estímulos para se diferenciar em tecido 
glandular; 
3. O tecido glandular poderá evoluir mantendo o contato direto com o tecido que o originou, 
formando glândulas exócrinas; ou pode perder esse contato, formando glândulas 
endócrinas. 
 
Glândula Exócrina: deriva do crescimento contínuo com o epitélio de revestimento que deu origem 
a glândula. Esse tipo glandular forma um ducto, e secreta todo tipo de substância liberado por ele 
nesse ducto. (O local onde se precisa liberar as substâncias é próximo). 
Glândula exócrinas secretam diferentes tipos de substâncias como o muco, pela glândula salivar, 
que é liberado na boca e auxilia na digestão do alimento. 
Temos glândulas serosas que vão produzir enzimas, como por exemplo, as que nós vemos no 
pâncreas. Temos também glândulas mistas que produzem tanto substâncias serosas quanto 
substâncias mucosas como é o caso da Glândula sublingual. 
 
 Quando lemos em livros a definição de glândula encontramos que são um aglomerado 
celular. Contudo, temos alguns tipos celulares que são capazes sozinhas de secretar 
substâncias. 
 
 
 
O tecido glandular é formado a partir do tecido epitelial de revestimento. 
Classificamos as glândulas em unicelulares ou 
multicelulares: 
 
Unicelulares: uma única célula é capaz de 
produzir e secretar substâncias. 
Exemplo: Células caliciformes, no trato 
respiratório. Essas células, com aspecto de 
cebola, possuem numerosos grânulos que 
liberam muco e exercem função protetora no trato 
respiratório. 
 
Aglomeradas/ multicelulares: São glândulas que 
dependem de várias células para forma-las. 
Exemplo: Células acenosas que liberam substâncias no pâncreas. 
 
Podemos classificar as glândulas, ainda de acordo com a forma com que secretam suas 
substâncias: 
Glândulas Holócrinas: Só liberam sua 
secreção com o rompimento das células 
que a compõe. A célula precisa ser liberada 
junto com seus componentes para que haja 
secreção das substâncias produzidas por 
ela. Por exemplo, glândula sebácea. 
Glândulas Merócrinas: liberam apenas a 
substância no seu ducto, e a célula 
permanece intacta. Não há perda celular. 
Glândulas Apócrinas: perdem uma parte 
da célula junto com o substrato que ela vai 
liberar. A diferença da liberação apócrina 
para a liberação horócrina é que na 
horócrina toda a célula é rompida, enquanto 
na apócrina apenas uma parte da superfície 
apical da célula é perdida nessa secreção. 
 
Glândula endócrina: essa glândula 
perdeu o contato com o tecido epitelial 
de revestimento que a originou, então 
ela precisa secretar suas substâncias 
em uma corrente capaz de levar essas 
substâncias a todos os tecidos do 
corpo, que é corrente sanguínea. 
 Essa glândula produz os 
hormônios; 
 Não possui ducto próprio, então 
depende precisa de capilares que vão 
auxiliar a transportar seus produtos, 
haja vista tem órgãos-alvo distantes. 
 
Exemplos: 
 
Glândula Pineal: Regula o ciclo circadiano. 
Hipófise: é muito importante porque ela regula outras glândulas. 
Tireoide: a tireoide é importante pra diversas situações do corpo, como a homeostase e 
principalmente o metabolismo. 
 
Observação: “a tireoide também produz a calcitonina que é importante para que eu consiga saber 
se eu preciso fazer a reabsorção óssea ou não. Eu regulo a concentração de cálcio no sangue 
tirando o cálcio dos ossos. Quem é que vai determinar isso? A tireoide e a paratireoide”. 
 
A relação da hipófise com a tireoide é que a 
hipófise estimula a tireoide a produzir T3 e T4 
através do TSH. Então, o sistema não depende 
de uma glândula só. 
A regulação desse sistema se faz por meio de 
feedback. Se tenho muito T3 e T4, essa 
informação chega ao hipotálamo que vai parar de 
secretar TRH para inibir a secreção de TSH, e 
consequentemente de TSH (alça longa). Ou, se 
tenho muito T3 e T4, essa informação chega a 
hipófise para ela parar de secretar TSH (alça 
curta). O mesmo vale em pequenas quantidades, 
em que haverá estímulo para que se aumente. 
Então, é possível reparar que no caso de alguma disfunção nesse sistema, podemos ter um 
problema não só na Glândula tireoide como na hipófise, ou no hipotálamo. 
 
Estudo do caso clínico 
 
Queixa principal da paciente  Aumento no 
volume do pescoço. 
No exame físico é possível identificar um 
aumento da glândula tireoide, o que nos leva a 
crer que há uma disfunção nela. 
(Hipertireoidismo ou Hipotireoidismo). 
 
A paciente apresenta emagrecimento de 8 kg, 
sudorese intensa, sente mais calor do o 
habitual, palpitações constantes, pele quente e 
úmida, batimentos cardíacos um pouco 
acelerados e ligeiro tremor  isso indica uma 
aceleração no metabolismo da paciente. 
 
 
Levando em consideração que a tireoide está 
com um volume aumentado e que o 
metabolismo da paciente está acelerado, 
devemos pensar nos hormônios tireoidianos: 
T3 e T4 e que possivelmente a paciente está 
com hipertireoidismo. 
 
O exame laboratorial pedido foi hemograma, o 
qual é insuficiente para que se possa obter um 
diagnóstico de hipertireoidismo. 
 
 
 
 
 
 
 
Além do hemograma deveria ter sido pedido um exame hormonal, para que 
se pudesse analisar os níveis de TSH, T3, T4 e também de TRH, pois os 
níveis hormonais indicariam se o problema estaria no hipotálamo, na 
hipófise ou na tireoide. 
 
Possíveis causas do Hipertireoidismo: 
 
Se houvesse um problema na hipófise, haveria uma disfunção na produção de 
TSH, que ocasionaria uma disfunção na produção de T3 e T4. (Esse diagnóstico 
só poderia ser dado caso houvesse um exame hormonal, que não é o caso). 
 
Erro no feedback negativo é descartado, pois o erro está na glândula que não 
está respeitando o feedback já que os níveis de T3 e T4 estão elevados e mesmo 
assim não há uma diminuição na produção de TSH (que estimula mais ainda 
produção de T3 e T4). 
 
 
Câncer foi descartado pois durante o exame físico foi analisado que a tireoide estava aumentada 
simetricamente e com bordas bem definidas. Se fosse câncer não seria um aumento simétrico nem 
com bordas bem definidas. (Câncer pode levar a um hipertireoidismo, porém não nesse caso 
clínico). 
 
Bócio está descartado porque não é necessariamente característica para hipertireoidismo (além de 
não conter essa informação no caso clinico). Nem todo paciente que tem hipertireoidismo tem bócio 
e nem todo paciente que tem bócio tem hipertireoidismo. (Pacientes com hipotireoidismo também 
podem ter bócio). 
 
Hábitos alimentares (emagrecimento), está descartado pois ocorreu em decorrência do 
hipertireoidismo. (Metabolismo acelerado). 
 
Ao analisar o histórico familiar da paciente é possível ver que suas irmãs possuem doenças 
autoimunes, o que nos faz pensar que pode ser uma doença autoimune a causadora desse 
hipertireoidismo. 
Nessa doença autoimune, os anticorpos do organismo se ligam aos receptores de TSH 
provocando a ativação deles, o que estimula a produção de T3 e T4. Então, mesmo que os 
níveis de TSH fossem baixos, ocorreria a estimulação para a tireoide produzir os hormônios. 
Com base nos dados que possuímos, esse seria o melhor diagnóstico para essa paciente. 
 
Doença autoimune datireoide  nosso sistema imune entende de forma errônea que a 
tireoide é um antígeno o que faz com que anticorpos se liguem aos receptores específicos 
de TSH presentes nela. Os anticorpos não se ligam no sitio de ligação do TSH eles de certa 
forma “englobam” os receptores na tentativa de neutraliza-los pois são vistos como 
antígenos, ao fazerem isso, eles acabam ativando esses receptores. 
 
Suposição: em um exame hormonal é visto que os níveis de T3 e T4 está muito elevado e o nível 
de TSH muito baixo. Isso nos faz pensar que o problema está diretamente ligado a tireoide: doença 
autoimune que afeta a ligação do TSH nos receptores na tireoide. 
 
Segundo a internet a doença é: tireoidite de Hashimoto. 
Com o exame feito foi possível diagnosticar a paciente com hipertireoidismo, contudo não foi 
possível descobrir a sua causa. Para ter certeza do que está causando o hipertireoidismo seria 
necessário saber os níveis hormonais. Então nesse caso, não tem como indicar um tratamento 
para a paciente. 
 
Se os níveis de T3 e T4 estiverem baixos e o nível de TSH estiver alto  Hipotireoidismo 
Tanto hipertireoidismo quanto hipotireoidismo podem ter causas autoimunes, porém são doenças 
diferentes que atingem locais diferentes da tireoide. 
 
Tomar cuidado com os níveis de T3 e T4 dados na prova para não confundir hipertireoidismo com 
hipotireoidismo. 
Tomar cuidado na prova com a idade da pessoa. No caso clínico supracitado a mulher tinha 35 
anos (não entrou na menopausa). Se fosse uma mulher de 50 anos, ela poderia estar sentindo 
calor e etc. por causa da menopausa. 
 
Cuidado  não se pode só com o exame físico determinar a causa do problema, o exame físico 
irá apenas contribuir para o diagnóstico. Exames laboratoriais são necessários para determinar a 
causa do problema e então fazer um tratamento adequado.

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