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PATOLOGIA SISTEMA ENDÓCRINO INTRODUÇÃO ● Doenças cutâneas - hipotireoidismo ● Nervosas - hiperinsulinemia ● Urinárias - diabetes ● Ósseas - hiperparatireoidismo Patologias que afetam as glândulas endócrinas em si, causando diversas patologias secundárias dependendo da ação hormonal suprimida ou exacerbada. Aqui entram todas as glândulas endócrinas, que produzem hormônios e lançam esses hormônios para os vasos sanguíneos, então se exclui nessas parte as glândulas exócrinas. Mas como elas comandam muitas coisas no organismo, teremos vários distúrbios, como distúrbio de crescimento, de glicemia, inclusive alterações cutâneas, ósseas, urinárias, nervosas - dependendo da glândula e do hormônio que está sendo secretado. Por exemplo a hipófise acaba comandando todas as outras glândulas, então em um distúrbio de hipófise podemos ter alterações cutâneas, alterações na tireoide e assim sucessivamente MECANISMO PATOGÊNICO HIPOFUNÇÃO PRIMÁRIAS ● Destruição/inexistência das células secretoras na própria glândula (primária) - De forma Imunomediada ● Falta de desenvolvimento da glândula (hipoplasia) ● Defeito bioquímico na síntese de hormônios E essa hipofunção pode ser por destruição da célula propriamente dita nos casos de doença imunomediada autoimune o que é mais importante em humanos pouco estudado em animais. Pode ser falta de desenvolvimento da glândula tanto na parte embriológica quanto após o nascimento, por exemplo ovário e testículo, por algum motivo não se desenvolvem. Ou defeitos bioquimicos na síntese de determinados hormônios, que aí pode ser por falta de algum nutriente ou por falha na produção propriamente dita HIPOFUNÇÃO SECUNDÁRIA ● Destruição/lesão/ineficiência da glândula que secreta hormônios trópicos, ou seja, hormônios que vão estimular o funcionamento de determinada glândula, por exemplo hipófise e a tireóide, ou hipófise e ovários, ente outros ● Esse caso é mais severo, visto que, a ação de várias glândulas acaba comprometida levando ao acometimento de diversos órgãos concomitantemente. Então nessas glândulas pode ter diminuição da função dela, ou aumento em sua função, depende da glândula, do tipo de célula e do tipo do hormônio Lembrar da histologia e fisiologia, quando temos hormônios que ligam alguma coisa e hormônios que desligam ou inibem alguma coisa, então essa hipofunção pode ligar ou desligar alguma coisa, e mesmo a hiperfunção também. Essa hipofunção pode ser sempre primária e secundária, lembre que você tem uma glândula que produz um hormônio que controla outra glândula que produz outro hormônio que controla outro órgão. Vocês podem ter destruição da glândula primária, da glândula número 1 da hipófise que controla a adrenal que vai controlar outras coisas. Então podemos ter uma destruição da hipófise e uma hipofunção primária da hipófise, ou podemos ter uma destruição parcial da hipófise com o comprometimento da adrenal, ai vai ser uma hipofunção secundária da adrenal, ela é secundária a outra coisa, a outro órgão a outra situação. HIPERFUNÇÃO PRIMÁRIA ● Mecanismo mais importante ● Neoplasias ● Causadas por neoplasia produtoras nas próprias glândulas causando aumento da produção hormonal. A hiperfunção acaba sendo o mecanismo mais importante, especialmente na veterinária nos casos de neoplasias, o que vai acontecer com essa glândula em casos de neoplasias é extremamente variável: Podemos ter uma neoplasia na tireoide que destrói a tireoide e não tem mais hormonio e ai temos uma hipofunção Podemos ter uma neoplasia a tireoide que a célula neoplásica enlouquece e produz baldes de hormônios, ai vamos ter uma hipofunção Então é muito variável da glândula e do tipo de neoplasia. Normalmente as malignas vão ser mais destrutivas, então elas podem destruir a glândula ou elas vão ser mais agressivas na produção de hormônio gerando essa hiperfunção. HIPERFUNÇÃO SECUNDÁRIO ● Neoplasia em órgãos que secreta hormônios trófico ● Neoplasia em glândula que secreta hormônio trópico, hipófise, causando superprodução dos hormônios produzidos por ela Ou pode ser uma hiperfunção secundária, a hipófise enlouquece e começa a produz um monte de hormônios estimulantes para o ovários e o ovário vai começar a produzir e fazer crescimento de folículos ou ovulação, ou o que é que seja. HIPERSECREÇÃO HORMÔNIO/SUCEDÂNEO POR NEOPLASIA NÃO ENDÓCRINA ● Peptídeos, iodotironinas, catecolaminas ● Síndrome paraneoplásica, neoplasias não endócrinas que secretam hormônios. Ou pode ser por hiposecreção de algo semelhante a um hormônio, uma neoplasia não endócrina que é a famosa Síndrome Paraneoplásica, também é pouco comum na veterinária FALHA NA RESPOSTA CELULAR ● Alteração receptores hormonais na célula alvo ● Pode existir o hormônio em quantidades normais ou quantidades maiores, mas a célula simplesmente não responde ● Alguns tipos de diabetes se enquadram nesse mecanismo, tem insulina mas as células não respondem a insulina (diabete não insulino dependente ● hormônio em concentrações normais, porém não é reconhecido pelas células, como no caso da diabetes mellitus tipo 2, resistente à insulina ou não insulino dependente. DOENÇAS EM OUTROS ÓRGÃOS ● É o caso do Hiperparatireoidismo secundário a uma doença renal, ou secundário a uma doença nutricional ● Que vai gerar, independente se é uma doença renal crônica ou se é um distúrbio nutricional, gera um desequilíbrio entre Ca e P, neste exemplo, e vai ter que ter uma hiperfunção da paratireoide para tentar regular isso ● Órgãos afetados cuja ação ou falta dela estimulam ou inibem a produção de hormônios pelas glândulas na tentativa de normalização, como no hiperparatireoidismo secundário à doença renal ou nutricional. HIPOFUNÇÃO SISTEMA ENDÓCRINO A NÍVEL FETAL ● É relativamente pouco comum, raro também ● Mais visto em Ruminantes ● Altera crescimento e induz a gestação prolongada: - Aplasia adenohipófise Jersey DEGRADAÇÃO HORMONAL DIMINUÍDA ● Hiperestrogenismo por cirrose ● Hormônio produzido normalmente porém com degradação lenta, o que permite ação mais prolongada sobre os órgãos alvo. pode ocorrer em casos de cirrose, insuficiência renal crônica. ● Permanece esse hormônio funcionando ao longo do tempo, isso acontece em casos de cirrose - lembre-se que a maioria das substâncias tem que ser quebrada pelo fígado para ser eliminadas pelo rim , ai também entra uma não eliminação desse tipo de substâncias em uma IRA DEGRADAÇÃO HORMONAL AUMENTADA ● Aumento enzimas pós barbitúricos ● Aumento daeficiência enzimática para degradação das substâncias. Aumento enzimas de degradação, de detoxificação a nível hepático, é aquele exemplo da cerveja - quando era menores, um copo era suficiente para deixarmos tontos, não tínhamos um fígado preparado com as enzimas para quebrar o álcool, depois vamos tomando e acostumando e acaba que depois precisamos de maiores quantidades para ter aquele mesmo efeito, isso pois a capacidade de detoxificação do fígado aumentou - então essa capacidade aumenta de acordo com o desafio, demos exemplo de álcool, mas em casos de anestesias com barbitúricos se aumenta a maquinaria hepática para degradação dessas substâncias químicas e isso acaba refletindo por tabela a degradação de hormônios IATROGÊNICO ● Uma das questões mais importante em pequenos ● Administração de corticóides, insulina, T4 ● Causando distúrbios hormonais no animal ● Por exemplo aplicação de hormonios HIPÓFISE É a glândula mãe, produzindo hormônios que controlam outras glândulas.. Umas das glândulas mais importantes, que acaba produzindo diversos hormônios que controlam outras glândulas (ovário, testicular, adrenal, tireoide) tudo isso é controlado para mais ou para menos, como a hipófise. A hipófise é dividida anatomicamente e funcionalmente em duas partes distintas: o lobo anterior (adeno-hipófise) e o lobo posterior (neuro-hipófise). A adeno-hipófise possui origem de células epiteliais, enquanto neuro - hipófise possui origem nervosa. A adeno-hipófise não tem conexão anatômica com o sistema nervoso, sendo constituída por três partes, a maior delas é denominada de parte distal (pars distalis), uma parte que circunda o infundíbulo denominada de parte tuberal (pars tuberalis), e uma terceira parte denominada de parte intermédia (pars intermedia) esse é bem desenvolvida nos animais E dependendo dessa localização vocês produzem mais um hormônio e mais outro, tem mais células cromófilas ou cromófobas, então dependendo da localização aqui tem mais um tipo de célula que produz mais pro ovário, mais pra tireoide e assim sucessivamente Principais hormônios que ela produz: ● Hormônios trópicos como ACTH, TSH, GnRH (liberação dos gonadotrófico como LH, FSH), somatotrofina e prolactina, ● Oxitocina, vasopressina e ADH Podemos ter problemas na hipófise por neoplasias nela, parte dessa alguma parte específica de alguma pars pode desenvolver uma neoplasia, fazer hipofunção por compressão ou hiperfunção por excesso de produção, ou podemos ter a destruição da hipófise por compressão de uma outra neoplasia no SNC, ou mais comumente abcessos que entram pelos vasos sanguíneos pela rede mirabile Podem ocorrer neoplasias na hipófise e, dependendo da Pars afetada e se ocorre compressão da glândula, destruição das células, ou estimula a produção ADENOMAS DE PARS INTERMEDIÁRIA Cães Não Braquicefálicos Adenomas inativos - Muito comum ter adenomas inativos, que ão adenomas que não produzem hormônios, mas causam hipopituitarismo por compressão, e Diabetes insipidus. Adenomas Ativos - que vão produzir ACTH - produzindo excesso de cortisol pela adrenal, produz ACTH que vai se ligar a adrenal, produzindo os corticoides - hiperplasia da adrenal. Gerando uma Síndrome excesso de cortical (gerando a Síndrome de Cushing) Equinos idosos É pouco frequente, mas mais comuns em equinos, principalmente idosos, podendo causar quadros de: ● Poliúria, polidipsia, apetite voraz, fraqueza muscular, sonolência ● Hipertermia, intermitente, hiperidrose generalizada (sudorese excessiva) ● Hipertricose (crescimento exagerado da pelagem que fica encaracolada), hiperglicemia, glicosúria. ● OBS: Cisto na bolsa de Rathke (entre adeno e neurohipófise) normalmente é considerado uma não lesão, porém quando muito grandes (raro) pode causar hipopituitarismo por compressão Vão produzir basicamente esse quadro clínico, sendo alguns mais comuns (hipertricose que é o crescimento excessivo de pelo, eles crescem e não cai, começam a ficar encaracolados, gera um quadro bastante característico, normalmente nesses locais eles suam mais por conta da hiperidrose) Poliúria, polidipsia, apetite voraz, fraqueza muscular, sonolência, hipertermia intermitente, hiperidrose generalizada, hipertricose, hiperglicemia, glicosúria - eles comem muito, bebem muito Foto 1: Pela neoplasia na hipófise, ali da para ver bem a localização dela aqui na bae o cérebro principalmente na sela tursica Foto 2: E esse é um dos sinais clínicos que vamos ver, abdome pendular, fraqueza muscular vão perdendo músculo e vão apresentando esse crescimento exagerado da pelagem ADENOMA SECRETOR ACTH Pars Distalis ou Intermédia em Cães ● Em cães é mais comum termos secretores de ACTH ● Boxer, terrier e dachshund adultos a idosos ● Doença de Cushing - excesso de hormônios ACTH ● ACTH é um hormônio produzido na adenohipófise, que é o responsável por estimular a produção de cortisol, é o principal responsável pelo controle da produção de esteróides pelo córtex adrenal. Vai estimular a produção de hormônios no córtex da adrenal, lá são produzidos cortisol (gliconeogênese) e aldosterona (auxilia na retenção de sódio) ● Isso vai ligar a adrenal normalmente causando uma superprodução de hormônios corticoides na adrenal gerando uma Síndrome de Cushing ou seja, gerando a síndrome de forma endógena Então esse corticoide pode ser endógeno produzido pela adrenal que ta sendo comandada pela hipófise, e também pode ser exógeno (iatrogênica) por administração do veterinário ou do proprietário - o que vai acontecer com o cão é a mesma coisa nas duas formas é a Síndrome de Cushing. ● Logo, o hiperadrenocorticismo pode ser causado por adenomas ativos na hipófise produtores de ACTH que estimulam a produção de mineralocorticóides (aldosterona) e glicocorticóides (cortisol), forma endógena. ● Ou também pode ser mimetizado pela administração exógena de corticoides como para tratamentos de dermatites alérgicas, alergias alimentares, etc principalmente em cães. Essa Síndrome de Cushing é bem comum e cães, ela é mais comum na verdade de forma iatrogênica, é muito comum esses cães que ficam dentro de casa, que tem pelo comprido, que tem muita dobra na pele comecem a apresentar dermatites das mais variadas possíveis, muitas vezes são dermatites alérgicas que respondem muito bem a corticoides - aí o que acontece, o tutor leva ao veterinário e percebe queapenas um injeção de corticoides resolvem a sintomatologia, mas não a causa, acaba o prurido e a irritação na pele, aí para não gastar dinheiro o tutor compra o corticoide na agropecuária que é bem barato e faz a injeções para conter esse sinal clínico causando uma Síndrome de Cushing iatrogênica por excesso na administração de corticoides - que vai mimetizar um problema na hipófise que produz muito ACTH e muito corticoide Normalmente isso vai levar a alterações na adrenal. Mas o tipo de alteração vai depender de onde ta vindo esse hormônio, se tem excesso de ACTH vamos ter um excesso de trabalho da adrenal e aí podemos ter a formação de nódulos na adrenal, e a adrenal vai ficar enorme gigante em especial a cortical que vai ser estimulada pelo ACTH, então perdemos a proporção entre cortical e medular que é uma proporção ideal de 2:1 (isso em casos de excesso de ACTH) Então esse excesso vai hiperestimulação que vai induzir a adrenal a produzir muito corticoide endógeno gerando a Síndrome de Cushing. Ao contrário se tem administração exógena de corticóide a adrenal não vai ser estimulada, lembra que o próprio corticoide vai fazer um feedback negativo com a hipófise, então nessa situação de aplicação de corticoide exógeno a própria adrenal vai desligar o ACTH da hipófise e a adrenal não vai mais ser estimulada e ela vai encolhendo , e você ter uma adrenal bem pequena porque ela já ta sendo estimulada porque já tá cheio de corticóide de fora - o resultado disso vai ser um excesso de Glicocorticoide Macroscopia ● Aumento bilateral adrenal ● Hiperplasia reticulata e fasciculata ● Nódulos amarelo-alaranjados na cápsula e medular Resumindo: Logo, o hiperadrenocorticismo pode ser causado por adenomas ativos na hipófise produtores de ACTH que estimulam a produção de mineralocorticóides (aldosterona) e glicocorticóides (cortisol), forma endógena. Ou também pode ser mimetizado pela administração exógena de corticoides como para tratamentos de dermatites alérgicas, alergias alimentares, etc principalmente em cães. Neoplasias de cortical de adrenal também podem causar hiperadrenocorticismo, geralmente ocorre em apenas uma das adrenais que fica hiperplásica produzindo excesso de corticoides que faz feedback negativo com a hipófise que não secreta ACTH levando à atrofia da adrenal não afetada pela neoplasia. As lesões causadas dependem se o hiperadrenocorticismo é causado por: ● Excesso da hipófise - tem hiperestímulo das adrenais, com formação de nódulos, hiperplasia de cortical e perda da proporção entre cortical e medular (2:1 normal). ● Por neoplasia de adrenal - Quando por neoplasia de adrenal, a afetada produz maior quantidade de hormônio, esta encontra-se aumentada e com cortical espessa, o hormônio a mais faz feed back negativo na hipófise deixando a adrenal contralateral, não afetada pela neoplasia, atrofiada, com a cortical mais delgada. ● Por administração exógena. - Quando ocorre por administração exógena de corticoides ocorre feed back negativo da hipófise que não secreta acth causando atrofia de ambas as adrenais com adelgaçamento da camada cortical devido a falta de estímulo. Foto 1: Aqui vocês tem um outro exemplo de neoplasia de hipófise/pituitária lembre-se que o quadro clínico aqui pode ser o mais variado possível. Podemos ter alteração na hipófise com hipofunção ou hiperfunção ou pode até nem ter nada, ou podemos ter hipofunção com diminuição dos hormônios e os órgãos alvos que são as outras glândulas do corpo vão ter hipo ou hiperfunção, tudo vai depender do tipo de função que ta acontecendo aqui, se ele secretar hormônio ou não, se ele ta comprimindo ou não (prof viu um caso em que tinha uma neoplasia mas não havia nenhuma alteração hormonal, mas havia uma compressão dessa neoplasia sobre o nervo óptico e a vaca ficou cega) Foto 2: Aqui a gente tem um adenoma de hipófise isso aqui provavelmente como uma neoplasia benigna ela acaba não causando alterações endócrinas Vídeo da vaca cega: Essa vaca tem um adenoma de adenohipófise que comprimiu o quiasma óptico ai ela não enxerga Foto 3: Aqui são as duas adrenais, lembre-se que a proporção da adrenal entre cortical e medular é 2:1 então quando tivermos uma neoplasia em uma adrenal, se ela for produtora de hormônios como ela , normalmente é ela vai acabar causando a redução de tamanho da cortical da adrenal contralateral pelo mecanismo de feedback negativo Foto 4: Essa daqui é neoplasia de adenohipófise daquela vaca cega do vídeo é relativamente grande a neoplasia ela comprimia o quiasma óptico, fazendo com o que a vaca enxergasse não fosse ao SNC Foto 5: Cuidem que isso é a hipófise fatiada em três vezes, no meio temos a rete mirabile e atrás dela tem o gânglio de gasser que antigamente se chamava de trigeminal, mas hoje em dia não mais, que é formado por três nervos não apenas o trigeminal. Cuidem que aqui pode haver um cisto, chamado de “cisto da bolsa de Rathke” e é normalmente uma não lesão, e isso acontece porque a hipófise é formada por dois folhetos distintos, então tem a adenohipófise e a neurohipófise. Então a neurohipófise vai ser formada por um pedúnculo do SNC que vem de cima para baixo e a adeno hipófise que é epitelial se forma por uma projeção do céu da boca que vem de baixo para cima, ai embriologicamente as duas se juntam e vamos ter a adeno grudada com a neuro. O que acontece é que na formação desses pedúnculos e dessas saculações, pode formar uma bolsa cheio de líquido que é justamente esse cisto da foto, isso pode ter grandes dimensões e pode comprimir a hipófise, mas isso acontece muito muito pouco, o que eventualmente acontece é uma bolsa aqui, uma saculação, um burraco cheio de líquido, ou seja, um cisto por isso o nome “cisto da bolsa de Rathke”, o que acontece com o tempo é que esse líquido aqui vai sendo concentrado, vai se geleficando e as vezes pode até se solidificar virando até uma pedrinha, mas ele é pequeno e ainda tem muita hipófise ao redor para produzir os hormônios então é uma lesão sem significado clínico OBS: Cisto na bolsa de rathke (entre adeno e neuro hipófise) normalmente é considerado umanão lesão, porém quando muito grandes (raro) pode causar hipopituitarismo por compressão NEUROHIPÓFISE Diabetes insipidus ● Falta de ADH ou células renais alvo não respondem - hipofunção da neurohipófise ● Isso pode ser por Compressão ou distribuição da pars nervosa ● Grande volume de urina hipotônica, e para compensar uma grande polidipsia ● Mas preste atenção, aqui não tem nada vê com glicemia ● Se chama também diabetes porque junto com essa poliúria o animal acaba perdendo glicose junto Então na neurohipófise podemos ter o distúrbio chamado de Diabetes insipidus, é um distúrbio bem mais raro, estamos mais acostumados com a diabetes mellitus que tem haver com a glicemia, a insipidus tem haver com a falta de ADH, ou seja, uma hipofunção da neurohipófise, a falta de hormônio antidiurético, que não vai atuar lá no rim, então esse animal em vez de urinar 1L por dia vai urinar 10, 20L Secreta hormônio ADH que age na reabsorção de água nos túbulos renais, a falha na sua secreção por compressão ou destruição da pars nervosa ou então a resistência das células alvo ao ADH geram o quadro de diabetes insipidus, pela não reabsorção de água. ATENÇÃO: Não são distúrbios muito comuns, não é dosado hormônios, não são muito estudados são mais achados de necropsia, a não ser algumas coisas que são feitas em cães ricos, mas a não ser a de Cushing da adrenal e a diabetes, hoje em dia os demais distúrbios são pouco evidentes ADRENAL ● Razão cortical:medular 2:1 ● .A medular produz catecolaminas, adrenalina e noradrenalina. ● Cortical produz: ● Mineralocorticóides (aldesterona) - tem função na excreção de potássio e reabsorção de sódio ● Glicocorticóides (cortisol) - Com ação antiinflamatória, imunodepressora, hiperglicêmica, diminuição da necrose e fibrose (utilizado no pós cirúrgico para evitar aderências na cavidade abdominal), tem que ter bastante cuidado que ele também causa imunodepressão (cuidar com o termo, existe imunossupressão onde você suprime a função imune, ou seja, você destrói ela completamente e isso só com a destruição da medula óssea, então o que normalmente acontece é imunodepressão onde você diminui um pouco o sistema imunológico, que é o que normalmente se faz com a administração de corticoides ou quando estamos estressados - então cuidar com o uso desses termos pois eles são diferentes ) ● Calcificação: gatos e cães adultos ● Depósito de amilóide na cortical ADRENALITE (INFLAMAÇÃO DA ADRENAL) ● Extremamente pouco comum, prof nunca viu uma adrenalite ● Supurativa devido a septicemia, pode ser secundária a uma septicemia sim ● Granulomatosa: Associada a essas condições aqui - Histoplasma capsulatum, - Coccidioses immitis - Cryptococcus neoformans (cães e gatos) ● Necrótica: Toxoplasma gondii HIPERPLASIA NODULAR DE ADRENAL ● Múltiplos, bilaterais e amarelados ● Equinos, cães e gatos idosos ● Normalmente não existe síndrome clínica associada a isso ● Essa hiperplasia não produz excesso de hormônio. Isso sim é extremamente comum em pequenos animais, assim como aparece no baço e no fígado, também aparece na adrenal na cortical especialmente formando esses nódulos. Nódulos múltiplos bilaterais amarelados na cortical das adrenais, geralmente não produz sinais clínicos, benigno, pois não produz excesso de hormônios, são mais comuns em cães, equinos e gatos idosos. E nesses nódulos vamos ter que avaliar se existe algum distúrbio endócrino, quase sempre não existe, é a mesma coisa do que aqueles nódulos achados no baço é basicamente um achado de necropsia ADENOMA DE CORTICAL ● Cães idosos e esporádicos em ruminantes e equinos ● Unilateral (é o mais frequente,) único e bem demarcado ● Normalmente são amarelos mas podem ser vermelhos ● E normalmente ele não produz excesso de hormônios e a adrenal contralateral vai estar normal, e vai estar produzindo os hormônios normais não vai ter disfunção nenhuma As neoplasias de adrenal já são um pouco mais comuns, podemos ter neoplasia de cortical adenoma e adenocarcinoma de cortical, e podemos ter neoplasia de medular que são os chamados feocromocitomas Unilateral, geralmente único, amarelado ou avermelhado, principalmente em cães, ruminantes, e equinos idosos. normalmente não produz hormônios, benigno, e a adrenal contralateral geralmente não apresenta lesões ou disfunções CARCINOMA DE ADRENAL ● Carcinoma de cortical de adrenal ● Menos frequente: cães e bovinos ● Eles podem ser Bilaterais, podem fazer invasão na cava caudal formando trombos, calcificação e ossificação ● Menos frequentes que os adenomas. ● São malignos, mais agressivos com hemorragias no interior e sem delimitação de cápsula, podem ser uni ou bilaterais, podendo fazer invasão de cava caudal causando trombos, calcificação, ossificação, podem fazer secreção de cortisol produzindo Síndrome de Cushing, quando unilateral leva a atrofia da contralateral. Podem então fazer Secreção cortisol ● Produzindo uma Síndrome de Cushing ● Se isso acontecer, teremos Atrofia e adrenal contralateral por feedback negativo, como já explicado o mecanismo Foto 1: Aqui tem um exemplo, é relativamente fácil de caracterizar isso como um carcinoma, não tem cápsula, tem muita hemorragia Foto 2: Aqui também, rins e um carcinoma de adrenal, inclusive com invasão da cava caudal FEOCROMOCITOMA ● Neoplasia de medular adrenal ● Com produção de adrenalina e noradrenalina ● Deixando os animais agitados, agressivos, com taquicardia causando hipertrofia cardíaca ● Pode fazer invasão da cava caudal assim como os carcinomas de cortical adrenal. Foto 1: Isso é um feocromocitoma, isso aqui é um rim de um bovino, temos ali um nódulo neoplásico de 27kg, a neoplasia já tava fazendo invasão da veia cava já. Então é uma neoplasia da medular da adrenal e com isso vamos ter produção de adrenalina e noradrenalina, então esses animais são extremamente nervosos, agressivos e agitados, podendo inclusive apresentar taquicardia e hipertrofia cardíaca compensatória também HIPERADRENOCORTICISMO ● Já explicado quando falamos sobre a Síndrome de Cushing ● Hiperprodução de cortisol ● Ele pode ser por um Adenoma de hipófise que produz muito ACTH, pode ser por uma neoplasia de adrenal que vai produzir muito corticoide, ou ele pode ser iatrogênico por administração do veterinário ou do proprietário Sinais clínicos Apetite voraz, músculos abdômen fracos e atróficos, hepatomegalia (eventualmentepor acúmulo de açúcar e aumento de lipídios) , fraqueza muscular, atrofia epiderme, pele fina calcinose cutis (consiste na deposição de sais inorgânicos, nomeadamente cálcio, na derme, epiderme e tecido subcutâneo, causando lesões que podem desencadear prurido e auto-traumatismo) Vai ter uma síndrome clínica bem característica principalmente com o abdômen penduloso, existe uma atrofia muscular generalizada ela é mais aparente em uma flacidez do abdômen que fica penduloso, esses animais também comem muito e acabam engordando e isso acaba ajudando a ter um abdômen mais pesado e por isso mais penduloso Foto 1: Aqui temos uma neoplasia de hipófise com hiperfunção da adrenal desenvolvendo uma síndrome de cushing Foto 2: Adrenal muito grande, mecanismo semelhante Foto 3-4: Abdômen penduloso, bastante característico da Síndrome de Cushing, e esses animais com essa síndrome podem apresentar muito comumente áreas de alopecia, que quando essas alopecias de origem endócrina elas são simétricas, ou seja, a alopecia de um lado do corpo também vai ter do outro lado, nas mesmas áreas, na mesma intensidade e mesmo tamanho HIPOADRENOCORTICISMO ● Menos comum que a hiper ● Espessura cortical reduzida a 10% ou menos - se perde aquela proporção 2:1 então vamos ter uma cortical reduzida ● Ela pode ser Imunomediada, o organismo pode produzir Ac contra a cortical da adrenal ● E ela vai produzir distúrbios de ausência ou redução dos mineralocorticóides (que são esses aqui) - Hipercalemia, hiponatremia e hipocloremia - Bradicardia severa que não eleva com exercício, mas leva a fraqueza e colapso circulatório ● Ou ausência dos corticoides com uma hipoglicemia - Hipoglicemia devido maior sensibilidade a insulina e falha na neoglicogênese ● Hiperpigmentação da pele ● Mas o distúrbio de hiperadrenocorticismo de Cushing é infinitamente mais importante e mais comum do que o hipoadrenocorticismo Resumindo: Menos comum que o hiperadrenocorticismo. Perda da espessura da cortical, reduzida a 10% com perda da proporção cortical e medular. Pode ser imunomediada causando hipercalcemia, hiponatremia, hipocloremia, hipoglicemia devido a maior sensibilidade à insulina, hiperpigmentação da pele. TIREOIDE BÓCIO ● Principal distúrbio de tireoide, porém não comum ● Hiperplasia das células foliculares ● Deficiência de iodo ● Sulfas, repolho, couve-flor e nabo - bloqueiam esse processo de T3 e T4 também, mas isso aqui é mais raro ainda Hiperplasia das células foliculares da tireoide por deficiência de iodo ou excesso de sulfas na alimentação, causa inchaço na garganta pelo aumento da tireoide que não deve ser confundido com edema submandibular e de barbela causado por verminoses. A tireoide para funcionar ela precisa de iodo para fazer os hormônios tireoidianos T3 e T4, então a deficiência de iodo vai fazer com que não saia da tireoide os hormônios, consequentemente o organismo vai identificar que não tem hormônios tireoidiano e vai fazer com que a hipófise produza mais TSH o que vai fazer a tireoide aumentar de tamanho, começa a proliferar em um tentativa de tentar produzir mais T3 e T4, mas estes hormônios acabam não sendo produzidos porque não tem iodo Os hormônios tireoidianos T3 e T4 necessitam de iodo para sua síntese, quando deficiente não são produzidos e o organismo identifica sua falta fazendo com que a hipófise aumente a produção de tsh para estímulo da tireoide que sofre hiperplasia, na tentativa de produzir mais hormônios, porém não ocorre porque ainda falta iodo. Cuidado: Não confundir bócio com edema submandibular normalmente em terneiro por verminose e é bem diferente da foto do aumento do volume provocado pelo distúrbio do bócio, notem da foto da ovelha que o aumento do volume é na garganta e não submandibular. Mas é extremamente comum o proprietário ir na agropecuária e falar que o animal está com papeira e receber um frasco de Iodopec, iodo funciona para tireóide por bócio, isso é uma condição relativamente pouco comum, e verminose é extremamente comum e para papeira o que se da é remédio de verme, cuidado com isso. Um pouco de históris e explicação: No caso da tireoide é uma doença muito comum esse bócio em humanos nos anos 50-60 por deficiência de iodo. Isso porque o iodo ta presente na alimentação humana e animal marinho, em peixe e pessoas que comiam pouco peixe ingeriam pouco iodo. No Brasil utiliza-se iodo no sal e todo mundo come sal para temperar a comida e com isso foi possível administrar os níveis necessario de iodo na alimentação humana e os casos de bócio praticamente desapareceram. Normalmente isso não acontece nos animais, são raros os casos hoje em dia de bócio, e quando eles acontecem é por deficiência de iodo Caso clínico: Caso diagnosticado no laboratório, onde os animais já nasciam com um bócio chamado congênito, porque a mãe tava com deficiência de iodo grando isso aos animais, foi trocado a mineralização e nunca mais voltou isso TIREOIDITE LINFOCÍTICA ● Pode ter problemas na destruição da tireóide, que é o caso ● Não se sabe muito bem porque o sistema imunológico começa a atacar a tireoide e destruir ela e com isso teremos uma hipofunção dessa tireoide ● Destruição autoimune da tireoide levando à hipotireoidismo, após destruição de grande parte da tireoide, reduzindo-se as quantidades de T3 e T4. ● Tireoidite linfocítica é a causa mais comum de hipotireoidismo, sendo que, aproximadamente, 50% dos casos de hipotireoidismo em cães decorreu de tireoidite linfocítica ● Ocorre principalmente em raças como Beagle, Doberman, Dogue Alemão, Setter e Sheepdog, que também são as que mais são acometidas pelo hipotireoidismo. ● Não necessariamente causa doença clínica, depende do nível de destruição, para causar doença clínica tem que destruir grande parte da tireóide para ter uma redução na quantidade de hormônios produzidos Lembrando que não é um distúrbio fácil de ser reconhecido e diagnosticado passando muitas vezes batido. É extremamente comum os casos de hiper ou hipotireoidismo em humanos, mas eles são raros em animais Lembrem que os hormônios T3 e T4 servem para regular a taxa metabólica do nosso corpo HIPERTIREOIDISMO ● Comum em gatos devido a: - Adenoma - Carcinoma- Hiperplasia folicular ● Mais comum em gatos, causado por adenoma de tireoide, carcinoma ou hiperplasia folicular junto de hiperplasia parafolicular. causa perda de peso, polifagia, fraqueza, fadiga, intolerância ao calor, nervosismo, problemas de pele, etc. ● Acompanha hiperplasia células parafoliculares levando a hiperparatireoidismo - Hipocalcemia e hiperfosfatemia - Mas nos animais a identificação desses distúrbios é um pouco mais difícil e mais caro passando despercebido Sinais clínicos ● Perda de peso, polifagia, fraqueza, fadiga, intolerância ao calor, nervosismo ● Vamos ter um gato que come demais, que é magro demais, apresenta cansaço fraqueza, é muito nervoso, tudo isso por conta do metabolismo acelerado característico da doença, mas nem todos alguns fogem da regra OBS: hipotireoidismo e hipertireoidismo não são comuns em animais domésticos, como são e humanos, e quando ocorrem depende da espécie acometida, em cães normalmente hipotireoidismo e em gatos hipertireoidismo. HIPOTIREOIDISMO ● Mais comum em cães: Golden, Setter, Sheep dog, Soberman, Dachshund, Cocker, Schnauzer ● Lesão primária (tireoidite linfocítica) - e esse animal fica obeso ● Mais comum em cães, causado principalmente pela tireoidite linfocítica Sinais Clínicos ● Aumento de peso sem aumentar o apetite ● Alopecia simétrica ● Hiperqueratose (espessamento de pele) ● Hiperpigmentação ● Falta de líbido, redução contagem espermática, redução concepção ● Alterações neurológicas, eventualmente - Mas normalmente os animais não chegam a esse estágio da doença Alterações Cutâneas ● 85% dos casos (então a maior parte apresentam alterações cutâneas, assim como distúrbios das adrenais também vão resultar em alterações cutâneas ) ● Como comentado isso normalmente é simétrico ● Essas alterações cutâneas normalmente também acontecem no hiperparatireoidismo de forma semelhante ● Pelo seco e sem brilho, que depois cai ● Alopecia na cauda e pescoço, parte ventral do tórax e face lateral dos membros associada ● Hiperpigmentação (não tem uma localização exata para isso, pode ser em qualquer local no corpo, é bastante variável cada animal responde de uma forma) ● Atrofia de epiderme em 50% dos casos, assim como glândulas sebáceas, folículos e colágeno ● Castração agrava as lesões ● Mixedema por acúmulo de mucina na cabeça e pálpebras - ou seja edema subcutâneo, isso em casos já mais avançados ADENOMA DE TIREÓIDE ● Podemos ter neoplasias de tireoide, tanto adenomas quanto adenocarcinomas, ● Elas podem ser produtoras de hormônio ou não, a chance de uma neoplasia benigna ser produtora de hormônios é muito baixa, e se produz hormônios normalmente são neoplasia pequenas não vai produzir um excesso de hormônio ● Nódulos pequenos brancos a cinzas ● Mais comuns em gatos CARCINOMA DE TIREÓIDE ● Mais comuns em cães: Boxer, Golden, Beagle ● Que esses sim são mais agressivos, fazem metástases causando essas compressões como na traqueia gerando dispneia, com dificuldade de respirar ● Compressão da traqueia, metástase pulmonar frequente NEOPLASIAS DE CÉLULAS C ● Mais comuns em Toros com dieta hipercalcêmica ● Vai produzir uma Hiperestimulação dessas células C ● Menos comum em fêmeas devido necessidade na lactação/gestação ● Ocasionalmente em equinos e cães ● Também pode acontecer por conta de Adenomas: 1-3 cm que causam hiperprodução também ● Carcinomas: grandes e invasivos, metástase nos linfonodos cervicais e pulmão ● Mas não é algo muito comum PARATIREÓIDE Podemos ter alterações no funcionamento dela, não são muito comuns, normalmente isso é um paratireoidismo secundário de origem renal ou nutricional que vai desequilibrar os níveis sanguíneos de Ca e P, e isso vai estimular a produção de paratormônio para regular esse Ca e esse P (o que eu quero dizer é que forma mais comum é o paratireoidismo secundário). Então é normalmente um excesso de P de origem de uma IR ou de origem renal que desequilibra aquela proporção de Ca:P 2:1 gerando então um hiperparatireoidismo ● PTH regula minuto a minuto a concentração de Ca ● Rim (fosfatúria e reabsorção), osso e intestino ● Calcitonina ● Colecalciferol (aumenta a absorção de Ca e P) HIPOPARATIREOIDISMO ● Causado pela destruição das paratireoides junto as da tireóide na tireoidite linfocítica, ● Principalmente em cães com paratireoidite linfocítica difusa e fibrose que acaba repercutindo por extensão para a paratireóide (principais raças Schauzers e Terriers) ● Esses animais vão acabar tendo distúrbios de Ca e P ● Também por invasão neoplásica ● Excitabilidade neuromuscular e tetania HIPERPARATIREOIDISMO ● Mais comum de forma secundária, pode ser secundário à doença renal com osteodistrofia fibrosa, ou nutricional pela deficiência de cálcio ou excesso de fósforo. ● É um excesso de ativação da paratireóide por um desequilíbrio do P ● Esse PTH vai acabar retirando Ca dos ossos gerando uma osteodistrofia fibrosa (do capítulo de tecido ósseo) Cães, bovinos, cavalos, cabras Renal Mais comum por um problema secundário a um problema renal (incapacidade excreção de fosfatos - reduz Ca - ativa PTH. O mais comum é a nível renal, qualquer insuficiência renal crônica o rim perde a habilidade de excretar os fosfatos, vai ter que ativar a paratireóide para aumentar os níveis de Ca proporcionalmente, isso vai gerar uma ativação constante e continua gerando esse hiperparatireoidismo. Nutricional Também pode ser por essa origem - deficiência de Ca, vit D ou excesso de P ou dietas com muito grão, Brachiaria humidicula, B decumbens, Colonião, Quicuio - isso é mais comum na região centro-oeste em que as fazendas só tem brachiarias e algum desentendido deixa os equinos se alimentarem só disso havendo um desequilíbrio com excesso de fósforo. Então nessa fazenda tem que ter um piquete exclusivo para cavalos com outro tipo de pastagem se não eles desenvolvem a chamada “Doença da cara inchada” que é basicamente uma osteodistrofia fibrosa HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO ● De forma primária pode ser causado por adenomas e adenocarcinomas, principalmente em cães, essas neoplasias causam a superprodução pelas paratireoides com reabsorção óssea acelerada ● Adenomas e adenocarcinomas (cães) ● Essas neoplasias são raras, mas quando acontecem, fazem excessiva produção de PTH havendo reabsorção óssea acelerada - Claudicação e pressão medula espinhal por traumas - Queda de dentes - Anorexia, vômito, constipação, depressão, poliúria, polidipsia, fraqueza muscular ● Isso aqui é a mesma coisa que o hiperparatireoidismosecundário que comentamos do cavalo la na pastagem de brachiaria, o que muda é que ela era secundário a uma doença renal ou nutricional, aqui é primário secundário a uma neoplasia de paratireoide, obviamente que essas neoplasias de paratireóide são extremamente raras quando acontecem, e quando elas fazem excessiva produção de PTH ai vai ter reabsorção óssea acelerada - mas é extremamente pouco comum PSEUDOHIPERPARATIREOIDISMO ● Mimetização da superprodução de paratormônio associada ao câncer, neoplasias ● Que fazem Metástase ou destruição óssea ● Síndrome paraneoplásica ● Que vai fazer também uma destruição óssea com absorção desse osso e liberação dessa Ca ● Carcinoma glândulas adanais (calcificação secundária em 90% dos casos) - Linfossarcoma (em 20 a 40% dos casos) - Esses dois então que produzem essas calcificações, essas hipercalcemias - Mas é algo extremamente raro também Resumindo: Mimetização da superprodução de paratormônio associado a neoplasias com metástase ou destruição óssea ou síndrome paraneoplásica, produzindo destruição e reabsorção óssea com liberação do cálcio dos ossos como o que ocorre em carcinomas de glândulas adanais e nos linfossarcomas PARESIA PUERPERAL ● Síndrome da vaca caída Hipocalcemia e hipofosfatemia próximos ao parto e lactação - normalmente após isso, é mais observado no pico de lactação, na terceira lactação, logo após o parto por um excesso de produção de leite nesses animais com alta produção de leite, especialmente no jersey, mas deixando claro que pode acontecer com qualquer bovino, qualquer raça leiteira mas acaba sendo mais observado ocorrer em jersey ● Extremamente comum em bovinos leiteiros ● Mesmo com PTH alto, reabsorção óssea é mínima ● Dietas com excesso de Ca aumentando incidência - dependentes fonte intestinal ● Dietas baixas em Ca ou altas em Vit. D baixas Resumindo - Síndrome da vaca caída, gerada por hipocalcemia no período pós parto ou lactação, influenciada pela dieta no pré parto, com alimentos ricos em cálcio que levam a pouca atividade das paratireoides, já que o cálcio já é oferecido pela alimentação, assim, com o esforço do parto e/ou lactação as paratireoides pouco ativas não dão conta de produzir paratormônio suficiente para normalização da calcemia e os músculos ficam sem o cálcio para fazer a contração, e o animal cai. É basicamente uma hipocalcemia pois o bovino está dependente nessas situações do Ca alimentar que normalmente é o suficiente para manter os níveis de Ca, a paratireóide ta desligada, o que acontece é que logo antes do parto o bovino para de comer e ao mesmo tempo começa a produzir grande quantidade de leite que vai demandar uma grande quantidade de Ca - e essas duas situações juntas fazem geram uma hipocalcemia e o animal perde a capacidade de contração muscular acaba caindo e pode morrer por conta disso - por isso leva o nome de “síndrome da vaca caída” Existe Ca no osso que poderia manter Ca por ano na vaca, então não é um problema de falta de Ca por si, o problema é a falta de Ca no sangue. E isso vai acontecer quando o animal está acostumado a ingerir Ca, absorver Ca e manter essa normocalcemia com esse Ca nutricional, interrompendo esse fornecimento alimentar os níveis sanguíneos caem, em condições normais não há doenças clínica alguma, mas juntando essa redução de entrada de Ca nutricional com um gasto excessivo da lactação ocorre uma hipocalcemia que pode levar a morte do animal Então o que normalmente se faz para controlar isso é a história do sal pré-parto, um desequilíbrio entre ânions e cátions que evita a absorção de Ca a nível nutricional e liga-se muito antes do parto no período seco, a paratireóide - então o animal vai ta acostumado a absorver o Ca do osso para manter a calcemia, ai a normocalcemia vai ser mantida independentemente do nível de Ca nutricional, ai não interessa se o animal para de comer ou não pois existe o Ca ósseo para manter essa normocalcemia e a paresia puerperal (doença da vaca caída) não acontece PÂNCREAS ENDÓCRINO ● Aqui entra a diabetes que hoje em dia é extremamente importante, prevalente e comum em animais ● Insulina e glucagon ● Parte endócrina produz insulina e glucagon. DIABETES MELLITUS ● Hipofunção da pâncreas ● Hiperglicemia, poliúria osmótica, polidipsia, desidratação, polifagia, cetoacidose ● Cães - 1:200 um em cada 200 cães tem diabetes hoje em dia ● Gatos - 1:800 ● Podem ser primárias, do próprio pâncreas, ou secundárias, a primária pode ser do tipo 1, que é autoimune causando Primária: Do próprio pâncreas Tipo 1 - Dependente insulina (insulino dependente), é autoimune,redução do número células autoimune por uma doença autoimune, aqui tem uma redução na produção de insulina, falta insulina no animal e com isso a glicose não consegue entrar dentro das células. É autoimune com destruição das células beta com queda, ou mesmo, não produção de insulina, é insulinodependente, Tipo 2 - Não dependente de insulina, nível normal de insulina,por resistência celular à insulina, com glicose aumentada, aqui é mais por uma falha na células pois tem nível normal de insulina, o pâncreas ta normal mas essa insulina não ta funcionando na célula, então não adianta aplicar insulina que a glicose não consegue entrar nas células. Esse é o tipo mais raro. Secundária: Decorrente de pancreatite com destruição das ilhotas pancreáticas, ou feocromocitoma, doença de Cushing ou uso de esteroides. Destruição das ilhotas, pancreatite (doença relativamente comum em cães), doenças de Cushing, uso de esteroides, feocromocitomas (pâncreas firme, nodular, com hemorragias e necrose), mas a questão aqui é teremos uma lesão no pâncreas, necrose e fibrose nesse pâncreas decorrente de pancreatite com destruição das ilhotas pancreáticas, ou feocromocitoma, doença de cushing ou uso de esteroides Foto 1: Aqui é um caso de pancreatite aguda com necrose e hemorragia que pode gerar casos de diabetes, mas normalmente essa diabete vai ser vista em casos crônicos que vão ser posteriores a essa pancreatite aguda. Foto 2: Aqui por outro lado já temos uma pancreatite crônica com fibrose que vimos isso na parte de digestório. Então vamos ter um distúrbiode pâncreas com esteatoreia, mas podemos também em casos mais severos ter um disturbiu endócrino por destruição também das ilhotas de langers DIABETES ● O problema da diabetes são todos os distúrbios que vem junto com ela ● Resistência diminuída a infecções fúngicas e bacterianas ● Por isso é extremamente comum aparecerem “ites” em diversos locais, isso porque existe uma menor aderências dos neutrófilos dos PMN em geral e uma menor fagocitose dessas células imunes e uma menor quimiotaxia dessas células imunes, em grande parte porque eles tem menos energia para trabalhar Os níveis elevados de glicose no sangue causam distúrbios como a menor resistência à infecções fúngicas e bacterianas, devido a baixa disponibilidade de glicose para as células, uma vez que sem insulina ela não é utilizável pelas células que tem menos energia, diminuindo a eficiência das células de defesa, seus fatores de adesão e a quimiotaxia (Menor aderência dos PMN (polimorfonucleares), redução na fagocitose e quimiotaxia (redução na energia) sendo comum doenças como: ● Cistite enfisematosa por bactérias fermentadoras de glicose como Proteus sp., Aerobacter aerogenes, E. coli - extremamente comum em cães pois ocrre uma proliferação de bactérias que fermentam a glicose que vão acabar produzindo gases. ● Prostatite, broncopneumonia, dermatite ● Catarata devido ao excesso de glicose no cristalino ● Microangiopatia com menor sensibilidade e gangrena de extremidades e inclusive nos olhos ● Hpatomegalia por lipidose devido a sobrecarga causada pela variação dos níveis de glicose. Essa cistite acaba sendo umm achado de necropsia, e ela tem que ser associada instantaneamente a casos de diabetes, nem toda cistite vai ser por diabetes mas grande parte delas sim (bactérias fermentativas de glicose: Proteus sp., Aerobacter aerogenes, E. coli) O que vamos ver nessa cistite enfisematosa é isso, uma inflamação da vesícula urinária com formação de bolhas de gás Hepatomegalia: lipidose - porque eles tem alterações na glicemia as vezes ta la em cima as vezes ta la em baixo, e isso vai ligar e desligar a lipolise, isso vai as vezes sobrecarregar o fígado causando então a lipidose ● Mobilização do tecido adiposo ● Menor utilização devido a lesão pela cetose ● Pode desenvolver cirrose Catarata - Metabolismo da glicose com formação de sorbitol e depois frutose que atraem água, então é um excesso de glicose nesse local que vai acabar atraindo água e formando essa catarata, e essa cegueira que os diabéticos tem tá tanto associada a catarata quanto a microangiopatia Microangiopatia ● IRC, cegueira, gangrenas ● Existe essa microangiopatia em vários capilares, por isso é comum esses diabéticos terem gangrenas na extremidades, eles tem menor sensibilidade então qualquer trauma e qualquer batida produz uma ferida grande e a pessoa nem sente ● Essa microangiopatia pode acontecer também na retina que também ajuda bastante na cegueira Lipidose, que pode ser secundário a essa diabetes ou pode ser primário também. É claro que essa lipidose nos animais é muito mais comum por problema alimentar por anorexia, por falta de ingestão de comida, ou por cetose em vacas do que pela diabetes, MAs ela também pode acontecer em casos de diabetes Pergunta: não vai saber se é secundária ou primária, mas vai saber se é secundária quando houver uma pancreatite, ai você justifica o problema na produção de insulina porque o pâncreas foi destruído ou está sendo destruído, mas na maioria das diabetes ela não é secundária, não é por uma pancreatite, geralmente os animais que tem pancreatite acabam morrendo muito antes de chegar ao estágio de desenvolver diabetes, mas não se descarta a possibilidade d e poder acontecer. A maior parte das diabates que acontecem, elas são primárias e são insulinodependente QUIMIORRECEPTORES Existem algumas células específica chamadas de quimiorreceptores localizadas na base do coração, corpo carotídeo ou aórtico, em que essas células têm a função de detectar a pressão de gases, pH e pressão sanguínea então são células específicas com receptores específicos que tem a função de detectar essas alterações e enviar para o SNC para que ele tome medidas e regule isso ● Corpo carotídeo, corpo aórtico, vago, jugular, pâncreas ● Barorreceptores, pH, CO2, O2 Podem ser acometidas por neoplasias mais comuns no aórtico e no carotídeo - pode haver uma neoplasia formando uma chamada neoplasia de base do coração, o nome mais correto é quimiodectoma - Cães braquicéfalos - 0,5 a 12,5 cm não chegam a um tamanho exagerado - Infiltração na pulmonar - normalmente não fazem infiltração nem em vasos ou em outros locais - Não são funcionais - compressão do átrio e ou da cava - Eles normalmente acabam sendo um achado de necropsia, mas podem estar associados a compressão de vasos de saída ou de entrada, causando por fim um distúrbio circulatório Foto: Esse é um quimiodectoma, normalmente são neoplasia benignas que não produzem hormônios e não produzem nada, o máximo que elas podem fazer é uma compressão do vaso, normalmente elas tão na base do coração ao lado da aorta, e quando isso cresce um pouco demais pode haver uma compressão da aorta e ai um distúrbio circulatório Células localizadas na base do coração que fazem a percepção de pressões de gases, o2 , co2 , e ph, e envia os sinais para regulação pelo sistema nervoso. podem ser acometidas por neoplasias com nome de quimiodectomas, ou neoplasias de base do coração. podem ser malignos ou benignos, mas normalmente são benignos, não produzindo nenhum hormônio, porém podem comprimir os vasos de saída, que pela localização da neoplasia próxima à aorta, pode comprimi-la causando distúrbios circulatórios. mas geralmente são pequenos e não causam a compressão sendo achados de necrópsia.
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