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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP CENTRO DE PSICOLOGIA APLICADA - CPA CURSO DE PSICOLOGIA RELATÓRIO DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICO Estagiárias: Professora Supervisora: Goiânia 2017 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP CENTRO DE PSICOLOGIA APLICADA - CPA CURSO DE PSICOLOGIA RELATÓRIO DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA NO CENTRO EDUCACIONAL MABEL - CEM Estagiárias: Relatório de Intervenção Psicológico no Centro Educacional Mabel apresentado ao CPA/UNIP como requisito parcial para a conclusão do estágio supervisionado Goiânia 2017 RELATÓRIO DE INTERVENÇÃO I - IDENTIFICAÇÃO Autores: Orientado Interessados: CPA – UNIP, como requisito parcial de estágio. Cliente: Centro Educacional Mabel – CEM. Município: Goiânia – Goiás. População: Crianças com idade de 5 anos. Assunto: Intervenção Psicológica na Escola. Período: Outubro e Novembro de 2017. II – DESCRIÇÃO DA DEMANDA A demanda identificada é com crianças de cinco anos de idade,. A coordenação da escola solicitou que fossem trabalhados, temas que atenderiam a necessidade do grupo, sendo estes: autonomia e independência nas atividades de rotina e relacionamento entre os pares. Durante os encontros, percebeu-se também a necessidade de incluir a relação professora-alunos. Quanto à demanda, Afonso (2002p172;2003p151) relata que se deve entendê-la para além de um pedido, uma vez que por trás de uma encomenda há aspectos inconscientes, velados, que vão sendo descobertos ao longo do processo. O pedido para realização da intervenção pode tanto partir da instituição, do grupo, ou dos interventores externos que como já fora dito anteriormente, que enxergam uma necessidade a ser trabalhada naquele contexto. De qualquer forma, esse pedido precisa ser analisado, discutido e problematizado por toda a equipe. Dessa experiência de comunicação ninguém sai ileso, pois o lugar do processo de mudança, segundo nosso ponto de vista, é a realidade intersubjetiva, a interação pela linguagem. III – PROCEDIMENTO Foram realizadas intervenções no formato de dinâmicas de grupo com as crianças da turma integral. Os encontros aconteceram na própria sala de aula das crianças totalizando dois encontros com duração de uma hora cada. Segundo Decherf (1986), as dinâmicas de grupo com crianças revelam que a dimensão psicodinâmica se destaca nesse processo exigindo uma atenção maior quanto à associação livre pura e expressiva das crianças pois por meio das dinâmicas elas exprimem seus afetos e conflitos. O responsável pela dinâmica precisa perceber esse encadeamento de expressões e ajudar as crianças a estabelecerem um elo entre os sentimentos que elas experimentam, o brincar e as atitudes que adotam. Nos encontros com as crianças procurou-se disponibilizar subsídios para que elas fortalecessem possibilidades para lidar com suas dificuldades, de autonomia, de se relacionar-se com os pares. A criança pré-escolar encontra-se numa fase particular do seu desenvolvimento, da qual a autonomia é parte integrante. O desenvolvimento é, geralmente, estudado em várias linhas: o desenvolvimento social, o desenvolvimento cognitivo, o desenvolvimento motor, o desenvolvimento da linguagem e o desenvolvimento do self/personalidade (Bee, 1996). A autonomia fazendo parte do desenvolvimento da criança, assim como estando interligada com várias linhas de desenvolvimento, torna-se importante conhecer um pouco de cada linha de desenvolvimento da criança pré- escolar, para assim compreender melhor o meio no qual a autonomia se constrói. IV – ANÁLISE No primeiro encontro com as crianças, iniciamos com a apresentação das estagiárias e uma dinâmica para conhecer as crianças, tendo como objetivo a criação do vínculo com o grupo. Com os olhos vendados, a criança tinha que descobrir quem era a criança que falava a frase “quem sou eu” e após desvendar os olhos confirmava-se o nome e vendava-se os olhos de uma outra criança. A dinâmica continuou até que todos tinham passado pela experiência dos olhos vendados. As crianças se interagiram bem e acertaram o nome de todas demostrando que havia vinculo entre elas. De acordo com Berger (1976), podemos dizer que o vínculo social é estruturante do nosso psiquismo e está presente em suas realizações. Com essa dinâmica, apesar de verificar a existência de um bom vínculo e cooperação entre eles, percebeu-se alguns conflitos como disputa de atenção e a competição. No segundo encontro trabalhamos a interação e a importância do trabalho em equipe. Espalhamos cartazes no chão que representavam ilhas, em seguida solicitamos a cada criança que deveria colocar o pé no cartaz. Ao fim da música “a canoa virou” as crianças saiam do cartaz-ilha, retirava-se o cartaz-ilha do chão, tocava-se a música e dava-se novamente a mesma comanda para as crianças. No final sobraria só um cartaz-ilha, no qual todos os participantes deveriam se ajudar para que todos permanecessem dentro da ilha. Esta dinâmica possibilitou que fosse trabalhada a compreensão da necessidade de ajuda e a colaboração com o grupo. Conseguimos promover a inserção da professora na atividade a fim de fortalecer os laços professora-alunos. Atunes e Meiran(2003) afirma que o pedagogo já possui o papel de formador e que, quando o psicólogo trabalha em conjunto com ele, também agrega esse elemento a sua própria identidade profissional, ambos, trabalhando juntos, promovem a transformação almejada. Neste mesmo encontro fizemos uma roda para conversar sobre os momentos que estivemos juntos e o que eles acharam, finalizando o trabalho com a turma. Ocorreram poucos encontros devido a uma má comunicação com a escola, ao qual o contato era feito por telefone e não obtinha retorno das ligações. V- CONCLUSÃO Com base nas atividades realizadas no grupo, no decorrer dos encontros, não foi possível identificar todas as demandas expostas pela coordenação, levando em consideração os poucos encontros que tivemos. O que foi identificado e trabalhado foi o relacionamento entre os pares, havendo uma boa integração de todos os alunos e participação da professora. Assim, alcançamos o que foi proposto a ser trabalhado o relacionamento entre pares. Houve interação de todo o grupo proporcionando uma vivência grupal contribuindo para construção de relacionamento interpessoal saudável, ampliando para relação professora-alunos. REFERÊNCIAS: AFONSO, Lúcia. (org). Oficinas em dinâmica de grupo: um método de intervenção psicossocial. Belo Horizonte: Edições do Campo Social, 2002. 172p AFONSO, Lúcia. (org). Oficinas em dinâmica de grupo na área da saúde. Belo Horizonte: Edições do Campo Social, 2003. 151p ANTUNES, M. A. M e MEIRA, M.E.M (org). Psicologia escolar ; praticas criticas.São Paulo ; Casa do Psicologo,2003. 128p BERGER, P e Luckmann, T. A construção social da realidade. Petrópolis, Vozes, 1976 DECHERF, Gerard. Édipo em grupo: psicanálise e grupos de crianças. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986.
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