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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO DE PSICOLOGIA
LILYANE PIRES DE MORAIS
GOIÂNIA/GO
2016
Revisão- TIP
O Método de Rorschach, elaborado por Hermann Rorschach em 1921, é composto por 10 pranchas. Cada uma delas apresenta manchas de tinta ambíguas, mas que, na realidade, reúnem os inúmeros estímulos psicofísicos que continuamente afluem ao cérebro humano, no curso das relações que o indivíduo mantém com o ambiente. Nas diferentes pranchas, esses estímulos se estruturam de modo diferente facilitando a evocação de diferentes imagens mentais.
Olhando para cada uma delas, o examinando deverá elaborar respostas a partir das imagens que lhe ocorrem, em função de suas experiências passadas e de seu modo pessoal de reagir e organizar as situações.
 
Estas características ambíguas facilitam a rápida associação, intencional ou involuntária, com imagens mentais que, por sua vez, fazem parte de um complexo de representações que envolvem idéias ou afetos, mobilizando a memória.
O Psicodiagnóstico de Rorschach, desse modo, permite o exame dos processos psíquicos superiores tais como memória, atenção, percepção, pensamento, emoção e comunicação. A combinação específica desses processos na prova de Rorschach fornece informações válidas sobre a dinâmica e estrutura de personalidade e os processos psicológicos por ela mobilizados.
 
Assim, no caso das pranchas do Rorschach, a organização de personalidade do indivíduo está intimamente associada à maneira como o indivíduo observa, elabora e comunica o que percebeu nas manchas (objetos externos).
Deve-se ressaltar, então, que quanto maior for a ambigüidade do estímulo oferecido ao indivíduo, maior a possibilidade deste projetar suas características singulares e intrínsecas de seu jeito de ser frente ao mundo.
 
Portanto, o indivíduo vai projetar no protocolo sua forma peculiar de organizar as imagens psíquicas. Desta maneira, projeta o modo como percebe e sente o mundo exterior, a forma como elabora suas experiências e o jeito de contatar a realidade.
 
O Método de Rorschach é classificado entre as técnicas projetivas, porque se fundamenta no conceito de projeção”. Portanto:
Assinale a alternativa incorreta.
 
A) Interpretar o significado de um borrão de tinta pouco definido projeta suas características de personalidade, não determinando seu comportamento explícito.
B) O conteúdo significativo de nossas percepções não depende somente do estímulo externo, mas também de fatores internos.
C) Quanto mais difusa e menos estruturada a estimulação externa, tanto maior a influência dos fatores internos na determinação de conteúdo das percepções.
D) A participação do fator subjetivo na interpretação de um estímulo é maior quando este é vago e ambíguo do que nas observações da realidade física.
E) Os estímulos do Método de Rorschach oferecem condições para a produção de uma grande variedade de imagens para os diferentes indivíduos que os examinam.
Histórico e objetivo da técnica
 
1884 – Nasce Hermann Rorschach em Zurique
1909 – Forma-se médico psiquiatra em Zurique
1910 – Casa-se com Olga Stempelin e tem 2 filhos
1912 – Apresenta sua tese “Alucinações Reflexas e Fenômenos Associados”
1918 – Elaboração das pranchas
1921 – Publicação do livro “Psicodiagnóstico”
1922 – Morre de peritonite aguda inoperável aos 38 anos
1932 -- 1952 – Introduzido no Brasil (Hospital do Juqueri)
1952 – Criação da Sociedade Rorschach de São Paulo pelo Dr. Aníbal Silveira 
O inventor e sua  invenção   
Hermann Rorschach nasceu em Zurique, Suíça, em 8 de novembro de 1884. Seu pai era professor de desenho e, desde cedo Rorschach pareceu ter herdado a sensibilidade artística do pai. Já no curso secundário dedicava-se ao desenho, fazendo caricaturas e criando formas curiosas com borrões de tinta. Devido a essas brincadeiras, seus colegas o apelidaram de “Klex” (desenhista de borrões, caricaturista).
Forma-se médico em 1909 e em 1921 publica sua clássica monografia Psychodiagnóstik, cujo subtítulo, traduzido, seria: Métodos e resultados de experimentos de diagnóstico através da percepção. Através da comparação das respostas de diferentes pacientes e pessoas que conhecia, Rorschach procurou descobrir dimensões importantes da personalidade nas respostas às pranchas e encontrar padrões que poderiam ser utilizados para o diagnóstico de pacientes.
Em seu livro, reuniu o resultado de seus estudos com as manchas coloridas mostradas aos pacientes para que dissessem suas impressões. A partir dessas experiências, criou uma importante prova para análise da personalidade que foi discutida, ampliada e modificada no decorrer dos anos por inúmeros autores.
 
Apesar da maioria das pessoas considerá-lo uma prova imaginativa, na realidade, sua interpretação envolve um complexo processo de que participam a percepção e os dados aperceptivos e mnêmicos da personalidade, através dos quais o psicólogo poderá compreender a estrutura emocional dos indivíduos. O seu interesse, portanto, não se apoiou tanto no que o sujeito via, mas muito mais na maneira com que ele manuseava o material de estimulação.
Hermann Rorschach vem a falecer em 1922 de peritonite aguda inoperável. Sua morte prematura interrompeu seus estudos sobre sua técnica. Mas outros autores, seduzidos por suas idéias, deram seguimento às pesquisas na Europa, e no final da década de vinte, nos Estados Unidos. Desde então, o interesse a respeito tem se mantido contínuo e vigoroso.
 
No Brasil, um dos primeiros nomes ligados à prova de Rorschach é o do psiquiatra Aníbal Silveira (1902-1979). Silveira passou a utilizar e a sistematizar a prova de Rorschach desenvolvendo uma concepção própria, a qual considera a prova não só como um exame psicológico, mas como um recurso sutil para investigar as interações existentes entre as funções subjetivas e para caracterizar o processo de adaptação do indivíduo ao ambiente físico e social.
             
A partir de 1945, um grupo de especialistas brasileiros do Hospital do Juqueri em São Paulo, se reúne para trocar experiências e aprofundar seus conhecimentos sobre a técnica criando em 1952, a Sociedade Rorschach de São Paulo – tendo como fundador o Dr. Aníbal Silveira, que já estudava esta prova desde 1927. Seus trabalhos sobre o teste são vastos; até 1963 apresentava 112 títulos abordando o Psicodiagnóstico de Rorschach.  Em suas mãos, este instrumento de análise permitiu elucidar quadros clínicos psiquiátricos, distúrbios psicológicos e até mesmo desordens estruturais e funcionais do sistema nervoso. É sua sistematização que adotamos no curso.
Rorschach utilizou manchas fortuitas de tinta para a investigação da personalidade. Qual era a sua preocupação, já que na época existiam técnicas semelhantes de imaginação e criatividade?
Assinale a alternativa correta.
(A)  Seu alvo era descobrir a criatividade dos examinandos.
(B)  Seu alvo era descobrir a capacidade de reprodução de imagens estruturadas.
(C)  Seu alvo era descobrir “como”, antes de “o que” a pessoa experimenta.
(D)  Seu alvo era descobrir “quantas” respostas os examinandos percebiam nas manchas.
“Toda pesquisa deve fundamentar-se em uma concepção teórica precisa e ao mesmo tempo suficientemente ampla, para permitir o esclarecimento de um dado conjunto de fenômenos”. (Lucia Coelho)
           
Portanto, uma teoria é o resultado da reunião, do exame e da análise cuidadosa dos dados empíricos às características objetivas dos fenômenos por ela interpretados.
A teoria da personalidade que adotamos baseia-se fundamentalmente na concepção positivista iniciada por Augusto Comte. O autor toma como ponto de partida o fator social humano.
 
“O ser humano é um organismo biológico, incorporado a uma cultura”. (Sullivan)
 
O autor concorda com a acepção de Comte no que se refere à questão de que o homem é uma combinação do biológico e do cultural.
Dentro do campo da Psicologia e da Psiquiatria, temos o Prof. Aníbal Silveira que sistematizou as interpretações dos fenômenos àluz da filosofia positivista. 
           
A fonte principal de sua teoria e de seus métodos de investigação reside na epistemologia comtiana, dando relevo ao estudo dinâmico do indivíduo, o qual é considerado do ponto de vista bio-psico-social.
Para a teoria positivista, o estudo do comportamento – seja em Biologia, seja em Psicologia – não pode omitir o fato de que se trata sempre de uma inter-relação dinâmica entre o organismo vivo e o meio ambiente que o circunda. Em decorrência, é possível afirmar que a família e o ambiente são referenciais de modelo marcante para a criança, no que se refere à formação de sua personalidade.
Dessa inter-relação dinâmica resulta, em plano intelectual, a concepção de realidade. Porém, o que caracteriza esse processo é o fato dele ser essencialmente ativo. Trata-se sempre de um indivíduo em ação no meio social. O indivíduo não se acomoda puramente às condições de sua existência, mas age também sobre o meio, modificando-o à própria realidade social.
 
O resultado geral da atividade psíquica e da adaptação individual à realidade, depende das condições ambientais e das disposições do indivíduo através de suas relações interpessoais.
Este modelo, aplicado e desenvolvido por Silveira, vem sendo aprimorado por Lucia Coelho desde 1980, que o correlaciona com pesquisas mais recentes em psicologia cognitivista e neuropsicologia.
O aspecto dinâmico da personalidade envolve necessariamente a participação do ambiente e, portanto, é possível de ser influenciado pela cultura, educação, condições genéticas e experiências de vida de cada indivíduo.
Só através dessas inter-relações poderemos compreender os processos de aprendizado que permitem a integração cada vez mais harmônica do ser humano nas condições sociais.
 
Em virtude destas características, Silveira através de seu modelo de análise, se mantém fiel ao fundamento básico da prova de Rorschach.
Silveira propõe uma organização sistêmica e evolutiva dos fenômenos psicológicos, expressão mais diferenciada e complexa da atividade cerebral.
Através da junção da imagem mental e das manchas da prova de Rorschach, pelo teste de realidade, podemos abstrair as características de personalidade.
 
O diferencial da metodologia de Silveira na elaboração da prova de Rorschach pode ser notado pelo refinamento técnico de todas as etapas do processo: aplicação, classificação das respostas, cálculo e interpretação. Todas essas etapas estão correlacionadas e ancoradas na teoria de personalidade que alinhava de modo consistente e dinâmico as funções neurais, o trabalho cognitivo e a organização emocional subjetiva e única a cada um. Deste modo, a Escola de Silveira prima pela comunhão entre a objetividade, dinâmica e respeito à experiência subjetiva.
Técnica de Aplicação: Fase de Associação
 A fase de Associação corresponde ao momento de construção livre de respostas frente aos estímulos da prancha.
O diferencial da metodologia de Silveira na elaboração da prova de Rorschach pode ser notado pelo refinamento técnico de todas as etapas do processo: aplicação, classificação das respostas, cálculo e interpretação. Todas essas etapas estão correlacionadas e ancoradas na teoria de personalidade que alinhava de modo consistente e dinâmico as funções neurais, o trabalho cognitivo e a organização emocional subjetiva e única a cada um. Deste modo, a Escola de Silveira prima pela comunhão entre a objetividade, dinâmica e respeito à experiência subjetiva.
 
A aplicação da Prova de Rorschach é feita individualmente, não havendo aplicação em grupo. Na aplicação, as lâminas são apresentadas uma de cada vez, sendo solicitado ao examinando que diga com o que acredita serem parecidos os borrões de tinta. Diante deste convite à contemplação e associação aos borrões impressos nas pranchas, hipóteses de respostas são ativadas, colocando à prova as funções psíquicas de percepção, atenção, julgamento crítico, simbolização e linguagem. Concomitantemente à execução destas funções psíquicas na avaliação das hipóteses frente às manchas, os processos psíquicos afetivo-emocionais, motores-conativos e os cognitivos concorrem para a formulação final da resposta. As respostas ao Rorschach, portanto, revelam o status da representação da realidade em cada indivíduo, trazendo dados a respeito do desenvolvimento psíquico, das funções e sistemas cerebrais, dos recursos intelectuais envolvidos na construção das diferentes imagens, das articulações intrapsíquicas e da natureza das relações interpessoais. Como a Prova de Rorschach avalia a dinâmica e estrutura de personalidade particular a cada pessoa, não se deseja, a partir de seus dados, atribuir um diagnóstico psiquiátrico. Pretende-se, no entanto, contextualizar os distúrbios psíquicos, compreender o valor e o significado de um sintoma clínico e orientar para o tratamento mais adequado.
 
A Prova de Rorschach pode ser aplicada:
- em qualquer pessoa (desde que tenha condições de se expressar verbalmente e que tenha suficiente acuidade visual), de qualquer faixa etária e qualquer nível sócio-econômico-cultural. Como o propósito do exame é verificar a estrutura e a dinâmica da personalidade de cada examinando em particular, indicando não só as dificuldades, mas também os recursos positivos, não existem respostas certas ou erradas, pois as pessoas são diferentes e emitem respostas diferentes. Neste sentido, qualquer tentativa do examinando de conduzir suas respostas de acordo com manuais ou orientações externas está fadada ao fracasso, invalidando a aplicação da Prova. Trata-se de um instrumento muito sensível às nuances da personalidade refletindo, claramente, os esforços de manipulação, dissimulação ou controle da situação de aplicação.
O aplicador registra, o mais integralmente possível, as respostas iniciais e a elaboração posterior.  É anotado o tempo decorrido até a primeira resposta e o tempo total para cada prancha. O comportamento – evidente ou sutil – comentários casuais e sentimentos visíveis são cuidadosamente observados e anotados.
Durante a fase de Associação, pode acontecer do examinando não conseguir “ver nada” na mancha. Nesta situação, qual o procedimento correto?
A)    Suspender imediatamente a aplicação.
B)    Interromper para discutir o que está acontecendo.
C)    Interromper e repassar as instruções.
D)    Insistir, pois é necessária ao menos uma resposta por prancha.
E)     Passar para o cartão seguinte, sem insistir.
Técnica de Aplicação: Fase de Inquérito
Após a primeira apresentação (que é chamada fase de “associação livre”), há um “inquérito”, em que cada resposta é revista, a fim de se esclarecer: o que, o onde e o como foi construída.
Muitos sistemas de avaliação se desenvolveram a partir das categorias originais de Rorschach.   Ao discutir os índices mais importantes e seus significados, utilizaremos, no presente trabalho, os mais comuns aos vários sistemas, nos quais os símbolos adotados são os do Dr. Aníbal Silveira.
 
Seguindo a orientação de Rorschach, na fase de Inquérito, serão reapresentadas todas as pranchas ao examinando e lhe serão feitas algumas perguntas sobre as associações feitas, com o objetivo de compreender o processo de percepção desenvolvido e a elaboração de cada resposta.
Esta é a parte mais delicada e difícil do inquérito, principalmente para o iniciante em Rorschach, e é preciso muito cuidado ao fazer as perguntas para não induzir o examinando.
 
Basicamente o aplicador deve investigar:
1)     A localização da resposta, ou seja, onde o examinando selecionou a sua percepção (poderá ser na figura toda ou em apenas parte dela).
2)     Os determinantes utilizados para a formação da resposta, ou seja, quais características da mancha determinaram a construção da imagem para o examinando.
 
Portanto, as questões do Inquérito não devem ser repetitivas, mas seletivas, em função da hipótese do examinador.
 
Leia a afirmativas abaixo:
I – A inibição é quando o examinando não dá respsotas na primeira apresentação da prancha.
II – Quandohá ausência da resposta cor ao longo da aplicação, surge a hipótese de daltonimo e deve ser investigada em outro teste.
III – Rejeição é quando o examinando não consegue realizar qualquer associação à prancha, depois da repassagem da prancha inibida.
IV – Repassagem parcial deve ocorrer quando há inibiação, poucas respostas ou perseveração de conteúdo.
Assinale a alternativa que contenha todas as respsotas corretas:
a.      I e II
b.      II e IV
c.      I, III e IV
d.      I e III
e.      III e IV

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