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ATIVIDADE ESTRUTURADA DE ANALISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS AV2

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
CAROLINE ISIDORO SOARES MORAES SOMBRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: ATIVIDADE ESTRUTURADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA CE 
2016 
 
 
INTRODUÇÃO 
A contabilidade tem por objeto o patrimônio e por finalidade registrar os fatos e produzir 
informações propiciando possibilidades de planejamento e controle do mesmo. 
Para Marion (2008, p.23), a “Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração 
a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os 
monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, 
que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões. ” 
 
Sendo assim, a análise das demonstrações financeiras é uma ferramenta à disposição das 
pessoas que se relacionam ou pretendem se relacionar com a empresa, ou seja, os usuários 
da informação contábil ou financeira sejam eles internos ou externos, essa ferramenta permite 
diagnosticar o empreendimento, revelando os pontos críticos e permitindo apresentar um 
esboço das prioridades para a solução dos problemas, além de permitir uma visão estratégica 
dos planos da empresa, bem como estima o seu futuro, suas limitações e suas 
potencialidades. 
 
Analise das Demonstrações Financeiras é o estudo da situação patrimonial de uma empresa, 
tendo como objetivo oferecer um reconhecimento sobre a atual conjuntura econômico-
financeira da entidade, manuseando relatórios gerados pela Contabilidade e outras 
informações imprescindíveis à análise, relacionando-se prioritariamente a utilização por parte 
das pessoas interessadas levando-as a uma tomada de decisão. Para que a análise das 
demonstrações venha gerar os seus efeitos ela terá que ser tempestiva, pois a mesma é 
responsável pela permanência e ininterrupção da empresa, mostrando em seus relatórios a 
capacidade financeira e econômica da instituição. 
Segundo o autor Ricardo J. Ferreira “Análise das Demonstrações Contábeis, também 
denominadas análises de balanços, análise das demonstrações econômico-financeiras, 
análise contábil etc., é a técnica contábil que consiste na decomposição, comparação e 
interpretação das demonstrações contábeis. ” 
Para Matarazzo (1998, p.17): 
“As demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a empresa, de acordo 
com regras contábeis. A Análise de Balanço transforma esses dados em informações e será 
tanto mais eficiente quanto melhores informações produzir. ” 
Desta forma pode-se firmar que a Análise se traduz numa averiguação detalhada da 
composição qualitativa e de sua representação quantitativa, através de procedimentos 
utilizados pelos auditores para obtenção de conclusões acerca da situação econômica e 
financeira da instituição ou de diferente aspecto pertencentes com a entidade, de acordo com 
as relevâncias dos stakeholders. 
 
A importância da Análise Financeira de Balanço 
Tanto na aplicação como nas bibliografias observa-se que a análise financeira e de balanço 
é uma das funções mais árdua e complicada onde requer técnicas complexas entre as 
incontáveis que os contabilistas dispõem para incumbência de auxiliar no crescimento das 
empresas, ou seja, não se estabelece numa comum apuração de índices cujo formato já se 
encontram prontos ou palpáveis, o imenso desafio da dificuldade do tema é exatamente o 
parecer ou interpretação destas operações ou índices obtidos. 
Portanto, ainda sobre a questão da importância da análise o Professor Sergio de Iudicibus 
(1995, p:67) alerta: 
“É muito, mas útil calcular certo número selecionado de índices e quocientes, de forma 
consistente, de período para período, e compara-los com padrões pré-estabelecidos e tentar 
a partir daí, tirar uma ideia de quais problemas merecem uma investigação maior, do que 
apurar dezenas e dezenas de índices, sem correlação entre si, sem comparações e ainda 
pretender dar um enfoque e uma significação absolutos a tais índices e quocientes”. 
A Análise das Demonstrações se torna em um poderoso relatório para a administração, pois 
através dela terá uma tomada de decisão que trará resultados bastante preciso para o 
patrimônio da empresa. Durante a análise será possível diagnosticar o crescimento e os 
pontos críticos da entidade, permitindo uma visão estratégica para soluções de problemas e 
crescimento futuro, medindo suas limitações e potencialidades. 
Padronização das Demonstrações Financeiras 
Sem postergar as diretrizes especificadas peça lei nº 6404/1976 e contemplando os princípios 
da contabilidade permitido, o especialista irá fazer algumas adequações fundamentais nas 
demonstrações, ou seja, algumas contas terão que ser alocadas e até mesmo ocorrerá 
junções das mesmas onde os seus montantes não seriam tão relevantes para a análise. 
Ao fazer uma análise de balanço o primeiro passo seria examinar minuciosamente as 
evidências das Demonstrações Financeiras, pois a mesma intenta: 
 Simplificar o número de contas apresentadas; 
 Torna-las acessíveis as comparações; 
 Adequá-las aos objetivos da análise; 
 Ser preciso nas classificações das contas; 
 Revelações das inexatidões contidas. 
As diretrizes para Análise Financeira 
Matarazzo (1995, p.17) afirma: “A Análise de Balanços objetiva extrair informações das 
Demonstrações financeiras para a tomada de decisões. ” 
Para iniciarmos uma análise poderemos seguir algumas sequencias que nos ajudarão no 
decorrer da observação. 
 Apurações dos índices juntos aos relatórios contábeis; 
 Comparações dos índices; 
 Diagnósticos e conclusões; 
 Tomada de decisões. 
 
Formas para Análise das Demonstrações Financeiras 
Os processos mais utilizados para avaliação da análise das demonstrações contábeis são: 
 Índice de Estrutura de capital; 
 Análise Horizontal; 
 Análise Vertical; 
 Análise por quocientes; 
 Índices de liquidez 
 Índices de rotação 
 Índices de rentabilidade 
 Análise dos ciclos: Operacional e Financeiros; 
 Analise dos indicadores financeiros. 
 
 
Iremos conhecer as definições e quais são as interpretações dando como 
exemplo um Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício 
para intensificar os estudos. 
Atuaremos com uma empresa de grande porte na área de calçados que tem suas 
demonstrações publicadas pela BM&Bovespa. 
ATIVO: GRENDENE S.A. 
MODELO DE PADRONIZAÇÃO DE BALANÇO PATRIMONIAL DA 
EMPRESA GRENDENE S.A 
 31/12/2004 31/12/2005 
 VA A.H(%) A.V.(%) VA A.H.(%) A.V.(%) 
ATIVO 
Circulante 
 - Financeiro 
 - Disponível 332.774,00 100,00 31,69 510.760 153,49 44,05 
 - Aplicações Financeiras 
 Sub-Total 332.774,00 
 100,00 31,69 
 
510.760,00 153,49 
 44,05 
 - Operacional 
 - Clientes 369.764,00 100,00 35,21 329.319 89,06 28,40 
 - Estoques 134.546,00 100,00 12,81 100.320 74,56 8,65 
 - Outros 39.110,00 100,00 3,72 29.706 75,95 2,56 
 Sub-Total 543.420,00 
 100,00 51,75 
 
459.345,00 84,53 
 39,62 
Total do A. C. 876.194,00 100,00 83,44 970.105,00 110,72 83,67 
R. L. P. 1.814,00 100,00 0,17 5.968 329,00 0,51 
PERMANENTE 
 - Investimentos 1.764,00 - 0,17 1.764 100,00 0,15 
 - Imobilizado 170.296,00 100,00 16,22 181.603 106,64 15,66 
 - Diferido -- 
Total do Permanente 172.060,00 
 100,00 16,39 
 
183.367,00 106,57 15,82 
 
TOTAL DO ATIVO 1.050.068,00 
 100,00 100,00 
 
1.159.440,00 110,42 
 100,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PASSIVO: GRENDENE 
 31/12/2004 31/12/2005 
 VA A.H.(%) A.V.(%) VA A.V.(%) A.H(%) 
PASSIVO 
Circulante 
 - Financeiro 
 - Empréstimos Bancários 
19.732 
 
100,00 1,88 27.223 137,96 2,35 
 - Duplicatas Descontadas 
 Sub-Total 19.732,00 
100,00 1,88 
 
27.223,00 
 137,96 2,35 
 - Operacional 
 - Fornecedores 
24.059 
 
100,00 2,29 16.680 69,33 1,44 
 - Outras Obrigações 
139.992 
 
100,00 13,33 113.352 80,97 9,78 
 Sub-Total 164.051,00 
100,00 15,62 
 
130.032,00 
 79,26 11,22 
Total do P. C. 183.783,00 
100,00 17,50 
 157.255,00 85,57 13,56 
P. n. c. 128.999,00 
100,00 12,29 
 
150.850,00 
 116,94 13,01 
 - Financiamentos 
128.911 
 
100,00 12,28 150.850 117,02 13,01 
 - Empréstimos/outros 88,00 
100,00 0,01 
 - 
TOTAL CAPITAL DE 
TERCEIROS 
 312.782,00 
100,00 29,79 
 
308.105,00 
 98,50 26,57 
P. L. 
 - Capital e Reservas 737.286,00 
100,00 70,21 
 
851.335,00 
 115,47 73,43 
 - Lucros 
Acum./particip.minoritaria 
 
 
 
Total do Patrimônio 
Líquido 
737.286,00 
100,00 70,21 
851.335,00 115,47 73,43 
TOTAL DO PASSIVO 1.050.068,00 
100,00 100,00 
 
1.159.440,00 
 110,42 100,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
DRE: GRENDENE 
MODELO DE PADRONIZAÇÃO DE DRE DA EMPRESA GRENDENE 
 31/12/2004 
 
31/12/2005 
 V.A. AH(%) AV(%) V.A. AH(%) AV(%) 
Receita Líquida 
1.211.618 100 100,00 1.068.046 88,15 100,00 
( - ) Custo dos Produtos 
Vendidos 
700.034,00 
100 57,78 
624.456,00 89,20 58,47 
( = ) Lucro Bruto 
511.584 100 42,22 443.590 86,71 41,53 
( - ) Despesas Operacionais 
347.166,00 100 28,65 
 
313.610,00 
 90,33 29,36 
( + ) Outras Receitas 
Operacionais 6.675 100 0,55 1.418 21,24 0,13 
( - ) Outras Despesas 
Operacionais 4.996 100 0,41 1.206 24,1 0,11 
( = ) Lucro Operacional 
Antes do Resultado 
Financeiro 
 
166.097,00 
100 13,71 
 
130.192,00 
 78 12,19 
( + ) Receitas Financeiras 
58.641 100 4,84 112.096 191 10,50 
( - ) Despesas Financeiras 
122.852 100 10,14 112.252 91 10,51 
( + ) Reversão dos Juros s/ 
Capital Próprio 
 
 
 
( = ) Lucro Operacional 
101.886,00 100 8,41 
 
130.036,00 
 128 12,18 
( + ou - ) Resultado não 
Operacional 
 
71,00 100 0,01 
 
157,00 
 221 0,01 
( = ) Lucro Antes do IR e 
CSSL 
 
101.957,00 100 8,41 
 
130.193,00 
 128 12,19 
( - ) Tributação (IRPJ e 
CSSL) -34.303 100 -2,83 -44.739 130 -4,19 
( - ) Participações - 
 
 
(53,00) 
 0,00 
Lucro Líquido 
67.654,00 100 5,58 
 
85.401,00 
 126 8,00 
 
 
 
 
 
 
 
 Índices de estrutura de capital 
 
Índice Participação de 
Capital de 
Terceiros 
(Endividamento) 
Composição do 
Endividamento 
Imobilização do 
Patrimônio 
Líquido 
Imobilização 
dos Recursos 
não Correntes 
Fórmula Capital de 
Terceiros 
Patrimônio 
Líquido 
Passivo 
Circulante 
Capital Terceiros 
Ativo 
Permanente 
Patrimônio 
Líquido 
Ativo 
Permanente 
P.L. + E.L.P. 
Analisa Quanto a 
empresa tomou 
de capital de 
terceiros para 
cada $ 100 de 
capital próprio 
Qual o percentual 
de obrigações a 
curto prazo em 
relação às 
obrigações totais 
Quantos $ se 
aplicou no Ativo 
Permanente para 
cada $ 100 de 
Patrimônio 
Líquido 
Que % dos 
Recursos não 
Correntes foi 
destinado ao 
Ativo 
Permanente 
Interpretação Quanto menor, 
melhor 
Quanto menor, 
melhor 
Quanto menor, 
melhor 
Quanto menor, 
melhor 
Obs.: todos os resultados encontrados devem ser multiplicados por 100. Fonte: 
Adaptado de MATARAZZO (1995) 
 
 
INTERPRETANDO: ESTRUTURA DE CAPITAL COMO EXEMPLO AS DEMONSTRAÇÕES 
DA GRENDENE S.A. 
 
ENDIVIDAMENTO/ANO 2004 2005 
Participação do capital de 
terceiros 
0,42 0,36 
Composição do endividamento 0,58 0,51 
Imobilização do PL 0,23 0,21 
Imobilização dos recursos não 
correntes 
0,20 0,18 
 
Analisando: 
Participação de Capitais de Terceiros: Esses dois índices mostram que, em 2004, para cada 
R$ 100,00 de capital próprio (P.L.), a empresa tomou R$ 42,00 de Capitais de Terceiros e 
que, em 2005, para cada R$ 100,00 próprios, tomou R$ 36,00 emprestados, notando-se uma 
redução na participação de terceiros. 
Composição de Endividamento: Esse índice indica que em 2004 a empresa tinha 58% de 
suas dívidas vencíveis em curto prazo e que em 2005 teve uma redução para 51% apurando 
aquilo que se pode chamar de perfil de dívida. 
Imobilização do Patrimônio Líquido: Estes índices mostram que, em 2004, a empresa investiu 
no Ativo Permanente importância equivalente a 23% do Patrimônio Líquido; em 2005 esse 
percentual caiu para 21%. 
Imobilização dos recursos não correntes - Estes índices mostram que a empresa destinou ao 
Ativo Permanente em 2004 20% e 2005 18% dos Recursos não Correntes. 
Análise horizontal ou Análise da evolução 
Para Alexandre Assaf Neto “A análise horizontal é a comparação que se faz entre os valores 
de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais”. 
Segundo Ricardo J. Ferreira “A análise horizontal (ou análise da evolução) consiste em 
verificar a evolução dos elementos patrimoniais ou de resultado durante um determinado 
período”. Importa na comparação entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas 
em diferentes exercícios sociais. Os elementos comparados são homogêneos, mas os 
períodos de avaliação são diferentes. 
Com a análise poderemos observar a variação dos itens do balanço patrimonial e da 
demonstração do resultado do exercício de um período para o outro, com a finalidade de 
avaliar as tendências, sendo que, concentraremos maior atenção nas contas que obtiverem 
maiores mudanças, desde que venha ser relevante. 
 Fórmula: 
AH=((conta do ano x1/contado ano x0) -1)*100 
 
Análise Vertical ou Análise de estrutura 
Tem como propósito mostrar a participação de cada conta contábil em relação a determinado 
referencial. 
Para Alexandre Assaf Neto “A análise vertical, é também um processo comparativo, expresso 
em porcentagem, que se aplica ao se relacionar uma conta ou grupo de contas com um valor 
fim ou relacionável, identificado no mesmo demonstrativo. ” 
Segundo Ricardo J. Ferreira “A análise vertical (ou análise da estrutura) envolve a relação 
entre um elemento e o seu grupo. Vale dizer, relaciona a parte com o todo”. 
A análise vertical atinge seu ponto máximo de utilidade quando aplicada à Demonstração do 
Resultado. Toda atividade de uma empresa gira em torno das vendas. São elas que 
determinam o que a empresa pode consumir em cada item de despesa. Por isso, as vendas 
liquidas são igualadas a 100 e todos os demais itens tem seu percentual calculados em 
relação a elas. Fórmula: 
 No Balanço Patrimonial 
AV= (saldo da conta contábil/total do ativo ou passivo) *100 
 
 Na Demonstração do Resultado Exercício 
 AV= (saldo da conta contábil/receita operacional liquida)*100 
 
 
Análise por quocientes 
 Índices por liquidez 
Os índices de liquidez evidenciam o alicerce da situação financeira da entidade que 
subdividem em: 
Índice de liquidez corrente ou comum 
“É utilizado na avaliação da capacidade de pagamento das obrigações de curto prazo (passivo 
circulante) mediante o uso dos bens e créditos circulantes. ” (Ricardo J. Ferreira). 
 Fórmula: 
LC= ATIVO CIRCULANTE/PASSIVO CIRCULANTE 
Interpretação: Quanto a empresa tem no Ativo Circulante para cada R$ 1,00 de Passivo 
circulante. 
Índice de Liquidez seca ou teste ácido 
“O quociente demonstra a porcentagem das dívidas em curto prazo em condições de serem 
saldadas mediante a utilização de itens monetários de maior liquidez do ativo circulante. 
Essencialmente, a liquidez seca determina a capacidade de curto prazo de pagamento da 
empresa mediante a utilização das contas do disponível e valores a receber”. (Alexandre 
Assaf Neto). 
 Fórmula: 
LS= ATIVO CIRCULANTE – ESTOQUE/PASSIVO CIRCULANTE 
Interpretação: Na liquidez seca indica quanto a empresa disponibiliza para saldar suas dívidas 
de curto prazo sem depender do seu estoque. 
Índice de liquidez imediata ou instantânea 
“O índice de liquidez imediata ou instantânea utilizada na avaliação do nível de recursos que 
devem ser mantidos para cumprimento dos compromissos mais imediatos e também dos 
eventuais. Considerando-se que a companhia não precisa conservar como disponibilidades 
valores correspondentes a todas as suas dívidas de curto prazo (passivo circulante), um índice 
de liquidez razoável deve ser bem menor que 1”. (Ricardo J. Ferreira). 
Para Alexandre Assaf Neto: “Revela a porcentagem das dívidas em curto prazo (circulante) 
em condições de serem liquidadas imediatamente. Esse quociente normalmente baixo pelo 
pouco interesse das empresas em manter recursos monetários em caixa, ativo operacional 
de reduzida rentabilidade”. 
 Fórmula: 
LI= DISPONIVEL/PASSIVO CIRCULANTE 
Índice de liquidez geral ou total 
Neste índice tem uma reflexão na apuração ao futuro distante da instituição, englobando na 
contagem os direitos e compromissos adquiridos à longo prazo. 
Para Alexandre Assaf Neto “ Esse indicador revela a liquidez, tanto a curto como a longo 
prazo, gerando uma medida de segurança financeira da empresa a longo prazo, revelando 
sua capacidade de saldar todos os seus compromissos. ” 
 Formula: 
LG= AC+RLP/PC+PNC 
Interpretação: Na liquidez geral ou total indica quanto a empresa possui no Ativo Circulante 
para cada R$1,00 de dívidas totais. 
Analise dos Índices de Liquidez da Grendene S.A. 
LIQUIDEZ/ANO 2004 2005 
CORRENTE 4,76 6,17 
SECA 4,03 5,53 
IMEDIATA 1,81 3,25 
GERAL 2,81 3,17 
 
INTERPRETANDO: 
Em âmbito geral, a Grendene obteve um crescente na sua capacidade em honrar suas dívidas 
quando comparamos os anos 2004 e 2005. 
Analisando: 
Liquidez Corrente – houve um aumento no índice significativo em 2004 para 2005, a empresa 
que possuía bens direitos quatro vezes que cobririam as dívidas de curto prazo aumentou 
para seis vezes mais, mostrando assim uma ótima performance. 
Liquidez Seca – Partindo da desconsideração do seus estoques, a instituição possui de um 
elevado recurso para garantir o pagamento de seus débitos de curto prazo. 
Liquidez Imediata – A empresa com uma crescente elevação nos seus recursos financeiros 
obteve um progresso de 1,81 em 2004 para 3,25 em 2,5 na sua capacidade de liquidez a curto 
prazo. 
Liquidez Geral – Considerando-se a totalidade de bens e direitos em confronto com os débitos 
totais, a situação financeira da organização é favorável, pois detém recursos para cumprir 
com suas obrigações de curto e longo prazo. 
 
 Índices de Rotação 
No índice de rotação a meta é analisar os prazos médios de rotação dos componentes do 
ciclo operacional da instituição. 
Para Alexandre Assaf Neto “É no desenvolver de todo esse processo que se identifica de 
maneira normal e repetitiva o ciclo operacional da empresa, o qual pode ser definido como as 
fases operacionais existentes no interior da empresa, que vão desde a aquisição de materiais 
para a produção até o recebimento das vendas efetuadas”. 
 Principais itens do Ciclo Operacional 
 Prazo Médio de Estocagem de Matéria-Prima – PME 
Analisa o tempo médio da matéria prima desde a sua entrada no estoque até o seu 
requerimento na produção. Esse índice indica quanto tempo a matéria prima fica estocada até 
ser consumida. 
 Fórmula: 
PME= Estoque médio de matéria prima * 360 
 Custo do Produto vendido 
 
Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores – PMPF 
Define o prazo médio em que a empresa possui para liquidar as suas aquisições com os 
fornecedores. 
 Fórmula: 
PMPF=Fornecedores a pagar (Média) * 360 
 Compras a prazo 
 
Prazo Médio dos Recebimentos das Vendas 
Indica o tempo médio que empresa tem para receber suas vendas. 
 Fórmula: 
PMRV=Duplicatas a receber (Média) * 360 
 Receita Operacional Líquida 
 
Definindo os ciclos: Operacional, Financeiro e Econômico 
 
 
 Ciclo Operacional 
É o tempo médio que a empresa tem desde o início da compra da matéria prima até o 
recebimento da venda do produto já elaborado. 
 Fórmula: 
C.O.= Prazo médio de fabricação + Prazo Médio do recebimento das vendas. 
 
 Ciclo Financeiro 
 Indica o prazo a contar da liquidação com os credores até o pagamento de seus 
clientes. 
 Fórmula: 
C.F.=Ciclo Operacional-Prazo médio do pagamento com fornecedores. 
 
 Ciclo Econômico: 
É o prazo médio de estocagem, ou seja, é o período que a empresa fica com o produto 
já elaborado no estoque esperando pela venda. 
 Fórmula: 
Ciclo Econômico=Prazo médio de estocagem 
INTERPRETANDO: 
PRAZO MEDIO/ANUAL 2004 GIRO/2004 2005 GIRO / 2005 
Prazo médio de estocagem de 
matéria prima 
69 dias 360/69 = 5,21 58 dias 360/58=6,20 
Prazo médio de pagamento a 
fornecedores 
4 dias 360/4=90 3 dias 360/3=120 
Prazo médio do recebimento de 
vendas 
110 dias 360/110=3,27 111dias 360/111=3,24 
Ciclo Operacional 179 dias 169 dias 
Ciclo Financeiro 183 dias 172 dias 
Ciclo econômico 69 dias 58 dias 
 
Analisando: 
Prazo médio de estocagem de matéria prima: Revela em 2004 que os materiais diretos 
permaneceram, em média, 69 dias nos estoques antes de serem transformados no processo 
produtivo. Isso indica que o giro desses estoques é de 5,21 vezes, ou seja, os estoques de 
matérias-primas foram renovados 5,21 vezes no período. Enquanto em 2005 obteve uma 
diminuição no prazo para 58 dias atingindo uma renovação 6,20 vezes no período. 
Prazo médio de pagamento a fornecedores: Os resultados obtidos em 2004 e 2005 indica que 
a empresa paga seus fornecedores com um prazo médio de 4 e 3 dias respectivamente, no 
qual se apresenta inferior ao prazo médio de cobrança calculado. Podendo causar um 
desequilíbrio financeiro na mesma, já que o prazo de recebimento é superior. 
Prazo médio de recebimento de vendas: Observa-se que o resultado apurado em 2004 e 2005 
indica que o prazo médio de recebimento de vendas é de 110 a 111 dias renovando as 
duplicatas a receber 3,27 a 3,24 vezes ao ano, respectivamente. 
 
 Índices de Rentabilidade 
Para Ricardo J. Ferreira “Os índices de rentabilidade são empregados na avaliação da 
lucratividade relativa às atividades da empresa. Dizem respeito ao retorno, na forma delucro, 
dos recursos aplicados”. 
Os índices deste grupo mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos, isto é, quantos 
renderam os investimentos e, portanto, qual o grau de êxito econômico da empresa. 
Rentabilidade do Patrimônio Liquido 
Aponta quanto a companhia atingiu de lucro líquido em relação ao capital próprio aplicado. 
Segundo Ricardo J. Ferreira: “A taxa ou índice do capital próprio indica o retorno total do 
capital próprio aplicado na empresa, vale dizer, o índice de lucro com base no patrimônio 
líquido. Deve ser comparada com outras alternativas de investimento e com o retorno de 
sociedades do mesmo porte e setor da empresa sob análise para que se possa avaliar seu 
desempenho”. 
 Fórmula: 
Lucro líquido do exercício 
 Patrimônio Líquido 
Margem Bruta 
Indica uma fração do lucro bruto dentro do valor das vendas liquidas. 
 Fórmula: 
Lucro Operacional Bruto * 100 
 Vendas Líquidas 
Margem liquida 
Indica o retorno sobre as vendas líquidas. 
Para Ricardo J. Ferreira: “A margem líquida indica a parcela de lucro final embutida no valor 
das vendas líquidas, devendo ser comparada com a participação do lucro operacional líquido 
nas vendas líquidas (margem operacional), na qual se refletem apenas as atividades 
operacionais”. 
 Fórmula: 
Lucro Líquido do Exercício * 100 
 Vendas Líquidas 
Retorno sobre o investimento ou Ativo total 
Segundo Ricardo J. Ferreira: “Indica o retorno, na forma de lucro, sobre o ativo vinculado às 
atividades usuais da companhia. A receita operacional líquida é correspondente às vendas 
liquidas. O ativo operacional é formado pelos recursos aplicados na exploração das atividades 
usuais da empresa. É constituído pelo ativo total menos investimentos circulantes e 
permanentes, créditos decorrentes de transações não usuais (empréstimos, adiantamentos 
etc.) e outros valores não relacionados às atividades normais da empresa. Quando disponível, 
deve ser empregado o ativo operacional médio ((ativo inicial +ativo final) /2)”. 
 Fórmula: 
Lucro Líquido * 100 
 Ativo Total 
Giro do Ativo 
Segundo Ricardo J. Ferreira: “O índice de rotação ou giro do ativo total informa o número de 
renovação do ativo em razão das líquidas realizadas (ou receita operacional liquida). Também 
representa o grau de aproveitamento do ativo”. 
Indica quanto à instituição vendeu para cada R$1,00 de investimento total. 
 Formula: 
Vendas Líquidas 
 Ativo Total 
 
Analise dos Índices de Rentabilidade da Grendene S.A. 
RENTABILIDADE/ANO 2004 2005 
Rentabilidade do Patrimônio Liquido 9,17 10,03 
Margem Bruta 42,22 41,53 
Margem Operacional s/vendas liquidas 8,41 12,17 
Retorno sobre investimento ou ativo total 6,44 7,36 
Giro do Ativo 1,15 0,92 
 
INTERPRETANDO: 
Rentabilidade do Patrimônio Líquido: Para cada R$100,00 de capital próprio a empresa 
conseguiu R$9,00 de lucro em 2004 e em 2005 teve um acréscimo para R$10,00. Observando 
que temos que analisar a rentabilidade os títulos de renda fixa. 
Margem Bruta: Significa dizer que a empresa em 2004 obteve um lucro de R$ 42,00 para 
cada R$100 vendidos e em 2005 teve um decréscimo para R$41,00, ou seja, após tirar os 
custos das mercadorias vendidas. 
Margem Operacional sobre vendas líquidas: Como se vê, houve um aumento na margem de 
lucro da empresa, ou seja, em 2004 para cada R$100,00 vendidos obteve R$ 8,00 de lucro 
enquanto em 2005 obteve R$12,00, identificando crescimento. 
Retorno sobre investimento ou ativo total: Para cada R$100,00 investidos, a empresa ganhou 
R$ 6,44 em 2004 e R$ 7,36 em 2005. Houve, portanto, um acréscimo do Ativo de um exercício 
para outro. 
Giro do Ativo: A empresa vendeu em 2014, R$ 1,15 para cada R$1,00 investido: o volume de 
vendas atingiu 1,15 vezes o volume de investimentos. Em 2005, houve um decréscimo no 
volume relativo de vendas: para cada R$1,00 investido a empresa vendeu 0,92. 
 
LIMITAÇÕES DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇOES FINANCEIRAS 
A análise auxilia na avaliação do comportamento financeiro da instituição em comparação aos 
seus concorrentes, no entanto, existem certas limitações tendo em vista que as 
demonstrações financeiras acarretam dados de eventos passados, já ocorrido. Citarei duas 
categorias quanto a suas limitações: 
Previsibilidade – Na análise não tem como prever os impactos na rentabilidade da entrada e 
saída de concorrentes, as declarações também não fornecem também nenhuma maneira 
direta de avaliar se as tendências de desempenho recentes – como as vendas e crescimento 
do lucro – e vai continuar por quanto tempo. 
Confiabilidade - Muitas vezes, é difícil avaliar a fiabilidade das demonstrações financeiras. Por 
exemplo, as notas explicativas - geralmente incluídas no final das demonstrações - contêm 
detalhes que podem não ser facilmente perceptível sobre as demonstrações financeiras. Isto 
poderia levar a riscos potenciais sendo negligenciado: Enron transformou-se em um desastre 
porque os analistas de pesquisa perderam o impacto potencial de suas participações 
extrapatrimoniais. As empresas podem caracterizar uma grande perda ao cliente como uma 
ordem atrasada em vez de uma perda ou de cancelamento, a fim de ganhar tempo para 
encontrar um cliente de substituição. As empresas muitas vezes liberaram declarações não 
auditadas, as quais são, por definição, menos confiáveis do que as declarações auditadas. 
No entanto, mesmo uma demonstração financeira auditada e divulgada publicamente não é 
garantia de saúde de uma empresa, porque as empresas públicas podem rotineiramente ter 
problemas. 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 Neste trabalho salientamos a Análise das Demonstrações Contábeis e a sua 
relevância para esclarecer a conjuntura econômica e financeira da empresa. 
 Com a averiguação dos dados contábeis e manuseando os índices financeiros e 
econômicos é provável relatar o cenário econômico e financeiro de toda e qualquer instituição, 
levando em consideração a comparação dos períodos para uma maior firmeza nas 
informações que serão uteis para tendências futuras. Desta forma a organização analisa quais 
características e variáveis lhe são específico e o que precisa para chegar à fase seguinte, 
sendo assim, ela estará dispondo de mais um instrumento que possa lhe dar segurança no 
processo de gestão empresarial, possibilitando conhecer o ciclo de vida da empresa a fim de 
que todas as decisões nela tomadas sejam firmes e capazes de conduzir a instituição ao 
objetivo desejado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
Ricardo J. Ferreira – Contabilidade de Custos e Análise das Demonstrações (8º Edição), 
Dante C. Matarazzo – Análise Financeira de Balanços (6º Edição), 
Alexandre Assaf Neto – Estrutura e Análise de Balanços (8º Edição).

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