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1 ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE SOFTWARE NA DISCIPLINA DE ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS SANTOS, Higor Martins¹ INTRODUÇÃO Crescentemente na construção civil vem sendo elaboradas projetos cada vez mais arrojados e esbeltos, sendo esses demandam de cálculos estruturais de alta complexidade. Com isso a elaboração de projetos com modelos matemáticos simples já não conseguem atender tal demanda, impondo na construção civil a necessidade de se buscar avanços tecnológicos para o aperfeiçoamento do cálculo dessas estruturas. O uso de software está cada vez mais presente na engenharia civil, na área acadêmica, mais do que apenas um instrumento para realização de cálculos, ele possui um papel mediador no processo ensino-aprendizagem (BARROS, 2003). Em disciplinas essenciais ao curso como Mecânica dos Sólidos, Isostática e Hiperestática esses software podem auxiliar no desenvolvimento cognitivo e trabalhando conceitos e fundamentos aprendidos durante o curso. Sendo assim, esse trabalho objetivo analisar a utilização de softwares educacionais, na disciplina de estruturas hiperestáticas, podendo servir como uma ferramenta útil para a elaboração de atividades da mesma. MATERIAIS E MÉTODOS No presente trabalho, foi realizada uma pesquisa descritiva, tendo em vista que o assunto abordado para elaboração do Estudo de Caso, a pesquisa pretendeu proporcionar uma visão sobre a utilização de softwares educacionais como auxílio no aprendizado. A pesquisa foi realizada através de uma atividade prática, desenvolvida por dois alunos do curso de Engenharia Civil, realizada individualmente, na disciplina de estruturas hiperestáticas, com base nos métodos 2 de análise estrutural, a serem trabalhados durante a disciplina de estruturas hiperestáticas, em particular o Método das Forças (MF), utilizando como ferramenta auxiliar para a análise o software educacional Ftool. Foi proposto a resolução de dois modelos estruturais e após a realização deste exercício prático, foi comparado os resultados e experiências obtidas com a utilização do software educacional e, se o mesmo foi útil no processo de aprendizado e assimilação dos conteúdos vistos. DESENVOLVIMENTO A implementação de inovações tecnológicas na construção civil gera a criação de novas formas de trabalho, que demandam menos tempo do que as feitas manualmente. O computador pode auxiliar na descrição e na resolução dos problemas, permitindo que haja uma reflexão sobre os resultados e uma depuração das informações trabalhadas (COSTA; RAMIRO, 2014). O computador pode facilitar o processo de conhecimento e dinamismo no ensino e sala de aula. Isso permitirá uma melhor compreensão dos processos físicos e de modelos mais complexos nas diferentes áreas do conhecimento. A utilização de softwares e as ferramentas computacionais de cálculos e modelagem possuem a finalidade de dinamizar e simplificar os cálculos e os procedimentos, geram um aproximação entre a teoria e a prática, fazendo com que os alunos tenham uma compreensão diferenciada, permitindo o enriquecimento as abordagens didático-pedagógicas. O Ftool foi criado por Luiz Fernando Martha, professor do Departamento de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Trata-se de um programa de análise estrutural, com fins acadêmicos, tendo como destaque a praticidade. É um software destinado ao cálculo estrutural de pórticos planos, treliças e vigas. Ele apresenta os diagramas de esforço normal, cortante e momento fletor. RESULTADO E DISCUSSÕES 3 Com resultado obtido, com a utilização do software e a realização do exercício prático, pode se analisar que: Primeiro, conseguiu se observar que uns dos aspectos levantados em conta foi a possibilidade de se cobrir algumas lacunas analisando o processo permitindo uma melhor compreensão das ideias, e a visualização de cada passo para o procedimento da prática. A figura abaixo apresenta o mapa conceitual onde ficam explicitados os subsunçores principais (condições de compatibilidade e de equilíbrio), visualizando-se, de forma clara, a como eles se relacionam com a estruturação do MF. Figura 1: Mapa conceitual Fonte: Autor Com o uso software como recurso pedagógico, obteve uma análise positivas com relação à questão da praticidade e da instantaneidade com que se consegue chegar a resoluções que demandariam muito tempo. Porém ainda é necessário, para a resolução do exercício proposto, o conhecimento prévio do método, e não 4 basta apenas inserir os dados no software, pois pode se haver equívocos na resolução dos exercícios. Através da elaboração dos mapas conceituais, foi sanado possíveis lacunas existentes na execução do método a ser utilizado, tornando a prática com o software educacional, mais atrativa e objetiva. Seja para elaborar um mapa conceitual ou utilizar um software educacional. O mesmo, apesar de ter tido uma grande importância para a realização da atividade, ainda não foi explorado à exaustão no sentido de promover uma maior articulação dos conhecimentos novos com os subsunçores. Entretanto, o formato da realização da atividade não seria viável, sem a utilização do software, levando em conta cálculos envolvidos são muito extensos, o que impediria a realização da tarefa até o final. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com essa análise, pode se apreciar a utilização de um software educacional no intuito de auxiliar o didaticidade da disciplina através do uso de mapas conceituais de estruturas hiperestáticas. A aplicação do software e a comparação com o método prático de resolução tornou o experimento mais próximo da realidade. Além do mais, foi possível reforçar que o software não funciona como um substituto dos métodos tradicionais de ensino, ele apenas cria melhor situação de aprendizado, devendo servir como complemento do que se aprende em sala de aula, possibilitando a construção do conhecimento, a partir das experiências adquiridas. Se houver conhecimentos prévios, acerca do que vai ser analisado, com o auxílio do software, de nada vai adiantar seu uso, pois é necessário saber discernir os eventuais erros que podem ser cometidos, seja através de um dado ou de uma interpretação equivocada. O mapa conceitual favorece um ensino mais dialético, e as suas estratégias possibilitaram a construção de situações de aprendizagem. Podemos concluir que, o presente trabalho apresentou um potencial significativo dessa ferramenta, tanto no sentido de gerar motivação para a aprendizagem, quanto para relacionar um novo material com o existente na estrutura cognitiva do aluno. 5 REFERÊNCIAS CABRAL, A. R. Y. Como criar mapas conceituais utilizando o CmapTools. Guaíba: Universidade Luterana do Brasil, 2003. Disponível em: <http://www.ufpel.edu.br/lpd/ferramentas/cmaptools.pdf>. Acesso em: 12 mar. 2018. MARTHA, L. F. Análise de estruturas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. MARTHA, L. F. FTOOL Um Programa Gráfico-Interativo para Ensino de Comportamento de Estruturas. PUC-Rio, 2002. Disponível em: <https://www.ufrgs.br/espaguete/arquivos/ftoolman211.pdf>. Acesso em: 12 mar. 2018. Luciano Andreatta-da-Costa1 Fabiano da Silva Ramiro2 DA COSTA, L. A.; RAMIRO, F. S. O estudo de estruturas hiperestáticas à luz da teoria da Aprendizagem Significativa. Revista Liberato, Novo Hamburgo, RS, 2017. Disponível em: <http://www.liberato.com.br/sites/default/files/arquivos/Revista_SIER/v.18%2Cn.29 %282017%29/10-Art-10-Softwares-08-jun.pdf> Acesso em: 12 mar. 2018. BARROS, E. F. Software educacional: critérios a serem levados em conta no processo Pedagógico. Revista Tecnologia Educacional, Rio de Janeiro, v. 29, n. 159-160, p. 81-86, 2003.
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