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INTESTINO GROSSO E DELGADO

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Radiologia- Estudo do intestino delgado e grosso 
Trânsito Intestinal 
O estudo contrastado do intestino delgado (TI) é útil em uma série de situações clínicas. No entanto, na avaliação do trânsito TI, a TC sem contraste VO e com contraste EV tem demostrado eficácia semelhante, principalmente em casos de doenças inflamatórias intestinais.
O TI fornece importantes informações relacionadas à progressão do meio de contraste, relevo mucoso, presença de lesões orgânicas e diagnósticas possíveis trajetos fistulosos.
O exame é realizado preferencialmente em continuidade com o EEG, deve ser feito com o paciente em jejum de 12 horas, sempre que possível com o contraste baritado, em alta densidade, propiciando um efeito de duplo contraste.
 
Enema Opaco
O estudo contrastado dos cólons é um método eficiente para a avaliação da maioria das afecções do intestino grosso. A técnica de contraste simples pode ser utilizada na avaliação do megacólon, na suspeita de diverticulite aguda e na pesquisa de fístula, quando se deve optar por contrastes iodados. 
Na avaliação dos cólons através do enema opaco estuda-se a progressão retrógrada do meio de contraste introduzido por via retal, a permeabilidade, a elasticidade, o calibre, os contornos e o relevo mucoso intestinal. Para obter os melhores resultados é imprescindível uma preparo intestinal prévio adequado que garanta a limpeza dos cólons.
O procedimento é feito do seguinte modo: contraste baritado é introduzido com alguma pressão, através da sonda retal. Após a coluna de contraste ter alcançado o ceco, o contraste é removido e substituído por ar ambiente. Assim, atender os seguintes aspectos: 
Garantir um revestimento adequado da mucosa do cólon pelo bário.
Distensão adequada de toda a moldura colônica. 
Todos os seguimentos colônicos devem ser estudados em pelo menos duas incidências distintas e sem sobreposição. 
Deve-se estudar rodo o cólon, até o íleo terminal ou apêndice.
A compressão dosada manual ou mecânica deve esta disponível para redimir dúvidas, durante a execução do exame.
 
Observação das estruturas do intestino grosso.
 
 
Radiografia Simples do Abdome
Um RX simples remete uma boa visualização da estrutura óssea presente no abdome, como também o seio costofrênico (região entre diafragma e pulmão). Em casos de pneumoperitônio: incidir os raios em perfil. Pode haver sinal de Rigler (quando em um RX há evidencia das alças intestinais por causa de um peritônio). 
 
US do Trato Intestinal RX de abdome total em projeção AP, sem o uso de contraste. Sendo possível a observação de vísceras, estruturas ósseas, conteúdo fecal e bolhas estomacais e gases.
A US, por ser um método dinâmico, permite visualizar em tempo real os órgãos abdominais, demonstrando a peristalse em alças intestinais e nos ureteres, e o efeito da respiração sobre as estruturas abdominais. Também permite correlação precisa entre as alterações detectadas e o local da queixa clínica do paciente, como uma extensão do exame físico. Além disso, possibilita a realização de manobras clínicas, como a posição em ortostatismo e a manobra da Valsava na avaliação das hérnias inguinais, demonstrando especialmente as hérnias de caráter transitório; mudanças em decúbito também permite avaliar a mobilidade de cálculos ou lama no interior da vesícula biliar, o que ajuda na diferenciação de lesões que não apresentam mobilidade, como espessamento parietal ou pólipos.
A avaliação do estômago e do trato digestivo superior pode ser feita após a ingestão de água pelo paciente, o que distende os seguimentos proximais e facilita a detecção de anormalidades. 
Embora a US não seja rotineiramente a primeira escolha para a avaliação do intestino, eventualmente podemos identificar a manifestação ultrassonográfica de doenças que cursam com espessamento de alças. O estudo por US é útil no acompanhamento de lesões após o seu diagnóstico, evitando exposição à radiação no estudo por TC e com custos menores; como lesões benignas, como cistos simples e hemangiomas. 
A US é também o principal método para guiar procedimentos percutâneos, como biópsias, punção e drenagem de coleções intracavitárias, alcoolização de nódulos hepáticos (nódulos) e grandes cistos renais sintomáticos, termoablação por radiofrequência e no auxílio da drenagem de ascite em casos complicados.
A avaliação da parede espessada do trato gastrointestinal na ultrassonografia é muito superior à avaliação gastrointestinal normal por duas razões principais. A primeira é devido à alça intestinal com parede espessada, particularmente se associada a anormalidades de tecidos de partes moles ao redor do intestino, criar uma janela acústica formada pela alça afetada centralmente situada e os demais tecidos de partes moles afetados ao seu redor,  permitindo que seja facilmente vista na ultrassonografia, especialmente devido à alça intestinal espessada conter relativamente menos gases, o que melhora a resolução de contraste  ultrassonográfica. O segundo motivo é a ultrassonografia ser capaz de identificar toda a espessura da alça intestinal e as patologias aí localizadas, não estando restrita aos problemas do lúmen gastrointestinal, como na endoscopia. Um exemplo clássico é a endometriose intestinal, que inicialmente afeta a parede da serosa e gradualmente vai infiltrando as demais camadas da parede intestinal, de fora para dentro. Só os estágios mais avançados podem ser identificados pela endoscopia.
Uso de contraste Neutro 
A distensão e a contração do tubo digestivo são indispensáveis para uma análise acurada destas estruturas anatômicas. A estratégia consiste em utilizar a via de entrada que mais se aproxima do objeto de estudo. Assim, lesões que acometem o EED são mais bem avaliadas através do uso de contraste oral. Ao contrário, o reto e o restante da moldura colônica se beneficiam da contratação por via retal. A distensão lumiar pode ser gasosa ou líquida; Tem-se privilegiado o uso de líquido, exceto para exames de colono-TC. 
Nos exames de TCMD de rotina tem-se utilizado apenas água para distensão gastrointestinal, uma vez que após a intenção EV do MDCI a parede da alça intestinal é bem visualizada, assim como possíveis lesões, devido à elevada resolução espacial obtida a partir de cortes com 3 mm de espessura ou mais finos. A adoção de água como contraste oferece vantagens como: custo menor, melhor aceitação pelo paciente, não há efeitos colaterais, não interfere na qualidade das reconstruções angiográficas que porventura sejam necessárias.
Enterografia por TC 
A enterografia por TC combina a utilização de grandes volumes de contraste oral e imagens de elevada resolução espacial (TRIDIMENCIONAL) com reconstrução multiplanares, adquiridas pela TCMD. Suas principais indicações são: sangramento gastrointestinal obscuro, diagnóstico e acompanhamento de doenças inflamatórias intestinal, especialmente a doença de Crohn (inflamação no íleo e região do cólon- causando diarreia, cólica abdominal, febre, sangramento retal), e pesquisa de neoplasias intestinais. 
OBS: O preparo VO é geralmente deito através da administração de 1L de água ou PEG fracionado em 40 min. Podendo variar sem o contraste, para ver o nível de distensão do intestino.
Sendo um método NÃO-invasivo, possui a vantagem de proporcionar menor sobreposição de alças, melhor avaliação do mesentério, e sua desvantagem: o uso de radiação ionizante. 
Padrão normal das alças intestinais: Espessura parietal de até 3mm, demonstrando as válvulas coniventes, maior e maus numerosas no jejuno, mais planas e escassas no íleo. 
Análise do Intestino Delgado – TC. 
 
 
 
Colono Tomografia 
Colonografia por TC (CTC) é utilizada na investigação de neoplasias colorretais, com a implementação de preparos intestinais mais bem tolerados pelos pacientes, aquisição mais rápidas de imagens, progresso na
sensibilidade da técnica e programas computacionais que tornam a interpretação mais rápida. 
O preparo adequado e a distensão do intestino grosso são essenciais para o sucesso do exame, através da dieta sem resíduos, medicações catárticas (laxantes) e contraste marcador para os resíduos fecais. O exame é minimamente invasivo, utilizando apenas a sondagem retal e insuflação com ar. As imagens são adquiridas em decúbito lateral, ventral, dorsal.
Obs: uso de contraste EV. 
Enterorressonância 
A enterografia por RM é uma técnica recente de exame para o diagnóstico de doenças do intestino delgado. Sua principal vantagem é a ausência de radiação ionizante.
O exame de êntero-RM é realizado com o paciente em jejum (entre 4 e 8 horas) e após a distensão intestinal utilizando-se água, em um volume entre 1 e 2 litros administrados em um curto espaço de tempo (entre 30 e 60 min). A característica principal das imagens é o aumento de sinal proveniente de fluidos (característica T2) e a retenção dos tecidos do contraste T1, o que significa que o contraste da imagem é apresentado na proporção T2/T1.
Na Enterorressonância também se utiliza contraste oral para obter distensão intestinal, sendo as soluções de polietilenoglicol ou manitol. Na RM o conteúdo intestinal ficara com a intensidade de sinal de água (hiperintenso em T2 e hipointendo em T1), e são utilizadas sequências de imagens rápidas aquisição para evitar artefatos decorrentes do peristaltismo intestinal.
Figura 2: Imagens de enterorressonância normal no plano coronal. Notar distensão de alças intestinais por solução de polietilenoglicol, hiperintensa em imagens ponderadas em T2 (HASTE e TRUE-FISP) e hipointensa em sequencias ponderadas em T1 com saturação de gordura, pós-contraste endovenoso (3D GRE GAD).
Colonografia por Ressonância Magnética.
Consiste em um procedimento computadorizado que, a partir do processamento de imagem tridimencional de alta resolução obtidas de um determinado paciente; sua principal vantagem está relacionada à possibilidade de se estudar no memso exame não somente a luz da alça intestinal, mas também estruturas adjacentes e outros órgãos intracavitários. Contudo, é um método que não permirte realizar biópsias, sua interpretação é bastante demorada e trabalhosa. 
É administrado no paciente 2L de soro fisiológico com cerca de 20 ml de gadolínio, certificando-se de que a solução alcance o ceco.
Colonoscopia 
O exame é realizado através de um endoscópio chamado colonoscópio. O aparelho passa pelo reto e pelo intestino grosso, até chegar na porção distal do íleo, ou seja, a parte final do intestino delgado. Esse colonoscópio possui uma câmera na ponta, que mostra o interior do órgão em uma TV, onde o médico pode examinar o estado das paredes intestinais.
Em geral, o exame é realizado sob sedação e anestesia local. Assim, assegura-se de que o paciente não sinta desconfortos durante o processo, além de torná-lo mais colaborativo. Trata-se de um procedimento seguro que não necessita internamento, na maioria dos casos.
O exame endoscópico do cólon é usado, frequentemente, para a prevenção de câncer intestinal em pessoas maiores de 50 anos. Nesse caso, recomenda-se realizar uma colonoscopia a cada 10 anos ou, caso haja histórico familiar de câncer, em um intervalo de 3 a 5 anos.
Em pessoas mais jovens, o exame pode ser requisitado em caso de:
Dores abdominais
Suspeita de câncer no cólon 
Sangramento das fezes desconhecida 
Diarreia ou constipação crônica 
Pacientes com pólipos; nesse caso eles podem ser totalmente ou parcialmente retirados, até mesmo para biopsia. 
Capsula Endoscópica 
A Cápsula Endoscópica é uma micro câmera filmadora com luz e bateria de 10 horas de duração.
Ela é totalmente descartável e percorre todo trato gastrointestinal da boca ao anus.
Ao percorrer o trato digestivo transmite as imagens filmadas para um sistema de captação, que é um colete que o paciente veste, quando ingere a cápsula.
As imagens captadas pelo colete receptor após o termino do exame são passadas para um computador que as transforma em um filme a ser visto e interpretado pelo seu médico endoscopista.
O tamanho da cápsula é de cerca de 11mm, com diâmetro de 8 mm; o tamanho de uma drágea de vitamina, e portanto fácil de ser engolida.
A principal indicação é o sangramento intestinal, cuja causa não foi detectada pelos exames endoscópicos convencionais, como a endoscopia ou colonoscopia.
Outra indicação é a anemia de origem desconhecida, tumores do intestino delgado, dores abdominais de origem desconhecida, doença inflamatória intestinal, pólipos intestinais e finalmente para um “check-up” digestivo em pessoas com risco alto para doenças intestinais.
A cápsula permite analisar o esôfago, estômago, duodeno, todo intestino delgado, e se houver interesse, todo intestino grosso ou colon.
Durante este exame, após ingerir a cápsula, você poderá se mover livremente, e fazer seus afazeres habituais.
Videoendoscopia 
A Videoendoscopia Digestiva Alta é um exame utilizado para investigação de inúmeros sintomas digestivos que podem estar associados a doença de refluxo, gastrites, duodenites, tumores etc..
Exame pode ser considerado simples, rápido (cerca de 5 minutos) e de fácil realização ocorrendo com a introdução de um aparelho fino calibre pela boca e que permite visualizar até parte do duodeno e tirar fotos dos locais examinados. Se necessárias podem ser realizadas biópsias (retirada de amostras de tecido para ser avaliado em laboratório) que possibilitam a pesquisa de helicobacter pylori (teste rápido ou histopatológico) e auxiliam no diagnóstico de doença celíaca, doenças inflamatórias, infecciosas e tumorais .
Apesar do aparelho ser flexível pode ser considerado normal um discreto desconforto durante a sua passagem. Para facilitar a tolerância ao exame e feito um spray de anestésico na garganta e medicamentos pela veia que podem causar leve sonolência e relaxamento. Durante o exame o paciente tem sua atividade cardíaca e a oxigenação sanguínea avaliadas continuamente através de aparelhos, gerando mais segurança ao exame.

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