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CAPÍTULO 4 – TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO DE ETANOL BIOETANOL DE MILHO O bioetanol pode ser produzido de milho por meio de dois processos: - Hidrólise por via úmida; - Hidrólise por via seca. Apesar de a via úmida ser a mais comumente utilizada até os anos 1990, hoje a via seca está consolidada como o processo mais comum na produção de etanol de milho. No processo por via úmida, é realizada a separação das diferentes frações do grão de milho, favorecendo a recuperação de diversos produtos, entre eles proteínas, nutrientes, gás carbônico, amido e óleo. O processo seco reduziu os custos finais do bioetanol, apesar de não produzir uma grande variedade de co-produtos como no caso da via úmida. Processo via úmida para a produção do bioetanol de milho O grão de milho é macerado. A enzima alfa-amilase é adicionada a fim de promover a hidrólise do amido em cadeias menores de açúcar. E essas cadeias são sacarificadas pela ação da glico-amilase e a solução resultante segue para a fermentação. Processo via seca para a produção do bioetanol de milho O grão de milho é macerado. Na etapa seguinte, essas cadeias são sacarificadas pela ação da glico-amilase e a solução resultante segue para a fermentação. A vinhaça produzida segue para um conjunto de centrífugas, no qual é separada a vinhaça fina, que pode ser recirculada no processo. A parte restante da vinhaça é normalmente concentrada em evaporadores, produzindo um xarope com cerca de 50% de umidade. Esse xarope é combinado com os sólidos retirados na centrífuga e secado até aproximadamente 10% de umidade, dando origem ao DDGS. Na via seca, o único co- produto do bioetanol é um suplemento protéico para alimentação animal conhecido como DDGS (distillers dried grains with solubles). O grão de milho moído é adicionado de água e enzimas (alfa-amilase), a fim de promover a hidrólise do amido em cadeias menores de açúcar. GERAÇÕES DE GERAÇÕES DE BIOCOMBUSTÍVEIS???BIOCOMBUSTÍVEIS??? Etanol Celulósico Etanol Celulósico (Ceetol), também chamado etanol de lignocelulose, é a denominação dada ao etanol obtido a partir da quebra das cadeias da celulose, hemicelulose e lignina, polímeros que constituem a estrutura fibrosa dos vegetais, através de reações químicas ou bioquímicas. Uma das principais matérias-primas usada para produção do etanol celulósico é a biomassa composta pelos rejeitos e resíduos das colheitas e do processamento de vegetais, que não é reaproveitada para alimentação humana e animal ou para outras finalidades. Na natureza, a celulose é hidrolisada pela ação de enzimas produzidas por certas bactérias, e fungos, porém, este processo é muito lento. Para a produção do etanol, a conversão é mais difícil que no caso das matérias-primas sacarídeas e amiláceas, pois primeiro é necessário a produção do açúcar a partir da hidrólise da celulose e hemicelulose. Uma vez que os materiais lignocelulósicos são complexos, seu pré-tratamento também não será simples. Para melhorar a eficiência do processo de hidrólise, é necessário um pré- tratamento, para tornar a matéria-prima adequada à produção de etanol. O pré-tratamento envolve processos mecânicos e físicos para acondicionar e dimensionar a biomassa e destruir sua estrutura celular. A celulose é uma molécula que consiste em 3.500 a 10.000 unidades de glicose, unidas por ligações 1,4-glicosídica (cadeias não ramificadas). Polímero rígido de difícil quebra. A hemicelulose são polissacarídeos compostos por diferentes unidades de açúcares formando cadeias ramificadas. Pode ser constituída por unidades de: xilose (C5), manose (C6), glicose (C6), galactose (C6), arabinose (C5), e outros açúcares em menores quantidades. Fácil de hidrolisar devido a natureza amorfa e ramificada. A lignina é importante para as plantas em vários aspectos, tais como, desenvolvimento vegetal, contribuição para a resistência mecânica e proteção contra degradação. A lignina é uma substância que vai sendo incorporada durante o crescimento do vegetal. Não é convertida em açúcar. Alguns fatores importantes devem ser considerados para o desenvolvimento de um processo de pré-tratamento eficiente. Os principais fatores relacionados à eficiência do pré-tratamento são: - o índice de cristalinidade da celulose, - a área superficial acessível às enzimas, - a proteção natural devido às interações entre lignina, hemicelulose e celulose. Pré-tratamento da biomassa O pré-tratamento refere-se a: - ações mecânicas e físicas; - ajuste de granulometria; - destruição da estrutura da biomassa. Expor a fibra de celulose na etapa de sacarificação por tratamentos químicos ou bioquímicos conversão em açúcares fermentáveis. Pré-tratamento da biomassa Redução mecânica de tamanho: aumentam a superfície específica da celulose. O propósito é remover a lignina e a hemicelulose, aumentar a porosidade dos materiais e reduzir a cristalinidade da celulose para torná-la mais acessível ao ataque das enzimas que convertem os polímeros carboidratados em açúcares fermentáveis. Pré-tratamentos físicos Pré-tratamentos físico-químicos Tipo de hidrólise Consumíveis T (oC) Tempo Produção de glicose Ácido diluído < 1% H2SO4 215 3 min 50-70% Ácido concentrado 30-70% H2SO4 40 2-6 horas 90% Enzimática Celulase 70 1,5 dia 75-95% Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22
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