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Mecânica dos Sólidos II Prof.: Judas Tadeu G de Sousa Introduzir o conceito de forças conservativas e não conservativas; Definir o conceito de energia potencial; Apresentar as principais formas de energia potencial; Demonstrar o princípio da conservação da energia. Definição: ◦ “Se o trabalho de uma força é independente da trajetória e depende apenas das posições inicial e final da partícula, podemos classificar esta força como conservativa.” Exemplos: ◦ Peso próprio de uma partícula e a força desenvolvida por uma mola; Por exemplo o trabalho realizado pela força de gravidade no movimento de um ponto material da Elevação 1 até a Elevação 2 independe da trajetória considerada. mghhWUgravidade Definição: ◦ “De forma contrária, quando o trabalho realizado por uma força sobre um ponto material depende da trajetória seguida pelo ponto material diz-se que a força é não conservativa.” Exemplos: ◦ Força de atrito exercida por uma superfície fixa sobre um objeto em escorregamento sobre ela. Por exemplo o trabalho realizado para arrastar um tijolo numa superfície horizontal áspera ao longo de uma reta (trajeto A) do ponto 1 até o ponto 2 é menor que o realizado ao longo de um trajeto curvo (trajeto B). Definição de energia: ◦ “Energia pode ser definida como a capacidade para realizar trabalho”. Exemplo: ◦ Se uma partícula está parada e depois se move então pelo princípio do trabalho e energia cinética: Ou seja, a energia cinética é igual ao trabalho necessário para levar a partícula do repouso até um estado de movimento com velocidade v. 221 TU Definição de energia potencial. ◦ “A energia potencial está associada à posição de uma partícula e é uma medida da quantidade de trabalho realizado por uma FORÇA CONSERVATIVA, quando a partícula move de uma referência até uma dada posição” Exemplo ◦ Energia criada pela gravidade ou por uma mola elástica. Se um ponto material se situa a uma distância y acima de uma referência escolhida arbitrariamente pode-se associar a ele uma energia potencial gravitacional ◦ Onde: W é o módulo do peso da partícula; y é distância do ponto material a linha de referência yWVg Situações possíveis: ◦ Partícula acima da referência ◦ Partícula abaixo da referência ◦ Partícula sobre da referência yWVg yWVg 0gV Quando uma mola elástica sofre uma deformação s a energia potencial elástica associada a essa deformação pode ser expressa por: ◦ Onde: k é a constante elástica da mola; s é a deformação da mola em relação ao seu comprimento não deformado 2 2 1 skVe Situações possíveis: ◦ Mola indeformada ◦ Mola alongada ◦ Mola comprimida 2 2 1 ksVe 0eV 2 2 1 ksVe Quando o material está submetido simultaneamente a forças gravitacionais e elásticas a energia potencial total é dada por Onde: ◦ V é chamada função potencial a qual depende da localização do ponto em relação as referências adotadas. )()()( posiçãoVposiçãoVposiçãoV eg Por exemplo a função potencial para uma partícula de peso W suspensa de uma mola expressa em termos de sua posição s é dada por: 2 2 1 ksWsVVV eg Se uma partícula encontra-se num ponto (x1,y1,z1) o trabalho realizado por uma FORÇA CONSERVATIVA para deslocá-lo até o ponto (x2,y2,z2) é medido pela diferença ◦ Sendo V1 a função potencial para partícula no ponto 1 e V2 a função potencial para partícula no ponto 2 ),,(),,( 2222111121 zyxVzyxVU Por exemplo: ◦ O trabalho realizado pela força peso quando a partícula sai do seu referencial até o topo pode ser calculado, como: WyVVU WyVVWyU 2121 2121 ;;0 Relação entre a Função Potencial e a Força Atuante num sistema conservativo: ◦ Considere uma partícula move-se do ponto s1 de coordenadas (x,y,z) para o ponto s2 de coordenadas (x+Dx,y+Dy,z+Dz) o trabalho necessário para esse deslocamento seria: VUU zzyyxxVzyxVU VVU DD DDD 21 21 2121 ),,(),,( ◦ Fazendo o ponto s1 se aproximar cada vez mais do ponto s2 dVdU dzzdyydxxVzyxVU dzzdyydxx DDD ),,(),,( ;;; 21 ◦ Considerando que V é uma função das coordenadas x, y e z, se aplicarmos a regra da cadeia do cálculo diferencial, teremos: Cadeiada Regra ),,( dz z V dy y V dx x V dU zyxdVdU ◦ Agora representando o trabalho em termos da força atuante e o deslocamento da partícula, em coordenadas cartesianas, temos: dzFdyFdxFdU dzdydxFFFdU ddU zyx zyx )()( kjikji rF ◦ Comparando-se as expressões para o trabalho realizado: ◦ Verificamos que: dz z V dy y V dx x V dzFdyFdxF zyx z V F y V F x V F zyx ;; ◦ Assim vetorialmente: ◦ Onde ∇representa o operador vetorial nabla. potencial) funçãoda Gradiente o (menos V V zyx VVV z V y V x V zyx F kjiF kjikjiF kji zyx Quando um ponto material é submetido simultaneamente a forças conservativas e não conservativas pelo princípio do trabalho e energia cinética temos: 12212121 TTUUU consnãocons Mas da definição de energia potencial temos Então 2121 VVU cons 222111 122121 TVUTV TTUVV consnão consnão Considerando que somente forças conservativas atuem no ponto então Princípio da conservação da energia mecânica: ◦ “Durante o movimento a soma das energias cinéticas e potencial permanece constante” 2211 VTVT Por exemplo se deixamos uma bola de peso W cair de uma altura h acima do solo: Na posição inicial: Quando a bola cai de uma distância h/2 WhVTE 011 WhhWgh g W E ghv h Wv g W VTE 22 1 22 1 2 2 22 Na posição final: Ou seja: Whgh g W E ghvv g W VTE 02 2 1 20 2 1 2 2 33 constante332211 VTVTVT Analogamente se um sistema de pontos materiais é submetido apenas a forças conservativas, então temos Ou seja: ◦ “A soma das energias cinética e potencial iniciais do sistema é igual a soma das energias cinética e potenciais finais do sistema.” constante2211 VTVT Quando o mecanismo é liberado a partir do repouso na posição em que q=60º, o carro cai e a esfera de 6kg sobe. Determine a velocidade v da esfera quando q=180º. Despreze a massa das conexões e trate a esfera como uma partícula. Se o sistema é liberado a partir do repouso determine as velocidades de ambas as massas após B ter se deslocado em 1m. Despreze o atrito e as massas das polias.
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