Buscar

Texto O que é Saude 2018

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

FACULDADE MATO GROSSO DO SUL
 PLANO DE ENSINO
	
	Curso: BACHAREL EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Funcional/Professor: ADRIANE POSSARI LEMOS
Disciplina: J641 - PRIMEIROS SOCORROS 
	
	
	
O que é SAÚDE?
	A "Organização  Mundial de Saúde" (OMS) define a saúde como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades".
	A saúde passou, então, a ser mais um valor da comunidade que do indivíduo. É um direito fundamental da pessoa humana, que deve ser assegurado sem distinção  de raça, de religião, ideologia política ou condição  socioeconômica. A saúde não é um bem in-dividual, de vez que nenhum indivíduo sentirá se bem quando, em seu derredor, sofrem muitos e a comunidade reflita, em seu funcionamento, o sofrimento de muitos. A saúde é, portanto, um valor coletivo, um bem de todos, devendo cada um gozá-la individualmente, sem prejuízo de outrem e, solidariamente, com todos.
	No passado, refere Gouveia (1960), a saúde era a perfeição  morfológica acompanhada da harmonia funcional, da integridade dos órgãos e aparelhos, do bom desempenho das funções vitais; era o vigor físico e o equilíbrio mental, apenas considerados em termos do indivíduo e ao nível da pessoa humana. Hoje, ela passou a ser considerada sob outro plano ou dimensão; saiu do indivíduo para ser vista, também, em relação  do indivíduo com o trabalho e com a comunidade.
	No que diz respeito ao indivíduo, quanto ao seu bem-estar físico, devemos referir que não há saúde de órgãos porque a saúde é total, é o todo. Assim como não existem doenças estritamente locais, não há também "saúde local”.
	 O lado psíquico da saúde cresceu de importância na época agitada em que vive o  mundo. Inquietudes, pressa, ânsias, incertezas, indagações ante os fatos da vida, particularmente da vida econômica, trepidação, desgaste constante de energias mentais, etc., levam o indivíduo ao cansaço e a sofrimentos psicossomáticos.
	É preciso, porém, para o perfeito equilíbrio neuro-psíquico, que o homem esteja bem adaptado às condições de vida, dentro do ambiente em que vive; que haja entendimento, equilíbrio, tolerância, compreensão dos indivíduos entre si, pois a mente e o corpo não permanecerão sadios, por muito tempo, em ambiente agitado, adverso, tumultuoso e intranquilo.
	A necessidade de higiene mental é universal; é para todos. Para os efeitos da vida econômica e os reclamos da vida social, a noção  de saúde mental é a de respostas psíquicas ajustadas, de boa adaptação, de "relações humanas" satisfatórias na família, no trabalho e na comunidade. 
	
	Saúde representa, por isto, um bem-estar social. A "saúde social (bem-estar social) é aquela resposta ou ajustamento às exigências do meio, e depende fundamentalmente das condições socioeconômicas do agrupamento humano onde se vive da distribuição  da riqueza circulante, da oportunidade que se ofereça ao indivíduo para que tome parte no esforço organizado da comunidade. A "saúde social" é mais coletiva que individual. Onde há miséria, fome e ignorância; onde é grande a competição  da luta pela vida; onde há compreensão entre os homens; onde o desenvolvimento e a economia 
não oferecem oportunidades a todos; onde o clima político sufoca os direitos essenciais da pessoa humana e a liberdade do homem foi suprimida para que o domínio de alguns se exerça sobre a comunidade; enfim, onde não há bem-estar social, a saúde física e a saúde mental se revelam mal e poderão ser afetadas, se atingidas demoradamente.
	O homem é um ser social, por excelência; não pode viver só, por incapaz. A "saúde social", refere Gouveia (1960), traduz-se na alegria de viver, no bem-estar físico, psíquico e econômico do indivíduo, relacionado a sua faIll11ia e ao meio em que vive. "Ela não se revela na cota de imposto de renda, no cadastro bancário, no gozo da propriedade e no privilégio de prerrogativas político-sociais. O que a expressa é o comportamento ajustado do indivíduo dentro da comunidade; é a aceitação  e o exercício corretos dos padrões de vida adotados por esta; é a eficiência social do indivíduo bem integrado na ordem e no esforço organizado da comunidade, quando busca resolver os problemas fundamentais de sua gente; é a participação  inteligente e interessada na solução  das necessidades sociais, suas próprias e da sua família; é manter boas relações humanas; é ser livre; é ser feliz; é ser consciente de suas responsabilidades; é sentir a vida e vencê-la com satisfação”.
	De uma noção antiga de saúde, estática e formal, chega-se, agora, a uma outra noção  de saúde – dinâmico-social e socioeconômica -como resposta do indivíduo as condições do meio onde vive, resposta esta que deve ser analisada sob três planos ou dimensões: saúde física, saúde mental e saúde social.
	Como saber se uma pessoa é, de fato, saudável? Em 1948, a OMS estabeleceu a definição de saúde como "um estágio de bem-estar físico, mental e social e não só a ausência de doenças ou enfermidades". Por esse conceito, milhões de pessoas de todas as idades seriam reprovadas, tornando "a maioria de nós não saudável praticamente o tempo todo", como observou Richard Smith no blog BMJ, em 2008.
	Só que os padrões de doença mudaram de 1948 para cá. A maioria das pessoas está envelhecendo com problemas crônicos e deficiências, mas continua independente. "A antiga definição minimiza o papel da capacidade humana em lidar com desafios físicos, emocionais e sociais da vida de maneira autônoma e não reconhece que as pessoas são capazes de viver com uma sensação de bem-estar e realização mesmo quando sofrem de uma condição crônica ou deficiência", escreveu Machteld Huber e colaboradores, em 2011.
	Eles também observaram que a habilidade para continuar a participar da sociedade pode ser mais importante do que medir ganhos na saúde. A capacidade de lidar com as moléstias pode ser uma medida mais importante e realista que a recuperação completa.
	Isso nos leva a uma análise séria de tudo o que fazemos para descobrir, tratar ou enfrentar os problemas de saúde. A crença atual de que a medicina tem o potencial para prevenir quase todos os males ou detectá-los tão incipientes que sempre é possível uma cura, conseguiu "medicalizar" a vida moderna e elevar os custos da assistência médica a níveis insustentáveis.	
	Também levou H. Gilbert Welch, professor da Escola de Medicina de Dartmouth, em New Hampshire, a escrever Less Medicine, More Health: 7 Assumptions That Drive Too Much Medical Care (Menos Remédios, Mais Saúde: 7 Suposições que Levam ao Tratamento Excessivo). No livro, ele afirma que muita gente está servindo de cobaia de forma excessiva e aleatória, sujeitando-se a tratamentos de que não precisa e, com isso, expondo-se a procedimentos que causam mais mal que bem.
	Ele sugere foco na redução de grandes riscos, basicamente ignorando os médios e pequenos.
- Muitos riscos à saúde de que se ouve falar são exagerados. Intervenções para reduzir riscos médios criam tantos problemas quanto os que resolvem - diz. Neuroimagem comprova melhoras anatômicas.
	Talvez a "suposição" mais polêmica de Welch seja a que afirma que detectar um possível problema de saúde incipiente é melhor do que esperar até que apareçam os sintomas. A eficácia dos exames em pessoas assintomáticas talvez seja um dos temas mais controversos na medicina moderna.
	Welch defende também que, às vezes, o diagnóstico precoce só faz com que o tratamento se estenda por mais tempo. "A ação nem sempre é a opção correta", escreve. O problema, obviamente, é saber quando é seguro monitorar a doença e tratá-la só se progredir.
	É essencial para a saúde não se tornar obcecado por ela. Assistência médica em excesso não ajuda a pessoa. Precisamos de mais cautela com a medicação quando estamos bem. É preciso avaliar as opções e não necessariamente adotar a mais radical, que pode também resultar em piores sequelas - disse Welch.
	Se não é o tratamento médico moderno, o que realmente define a saúde de uma pessoa?
A OMS hoje reconhece que os seguintes fatores podem ter efeito até maior em nosso estado do que o acesso e uso do serviço de assistência médica:
- Renda, status social e educação; quanto mais altos, mais saudável.
- Ambiente físico: água potável, ar puro, ambiente de trabalho sadio, casa segura e comunidade bem planejada. 
- Rede de apoio social, incluindo família, amigos e comunidade. 
- Genética, que influencia a expectativa de vida e o risco de desenvolvimento de determinadas doenças. 
- Gênero: homens e mulheres enfrentam riscos de saúde diferentes em diferentes fases da vida.
- Comportamento pessoal e habilidade de enfrentar dificuldades, além de fumo, consumo de bebidas alcoólicas, hábitos alimentares, atividade física e forma de lidar com o estresse

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais