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GENÉTICA BIOQUÍMICA E MOLECULAR – ERROS INATOS DO METABOLISMO Profa. Dra. Nilce Barril Brighetti determinados geneticamente defeito enzimático bloqueio de uma determinada rota metabólica AS consequências deste bloqueio são: acúmulo do substrato , deficiência do produto da reação, desvio do substrato para uma rota alternativa substrato produto enzima produto substrato enzima rota alternativa produto alternativo NORMAL DEFEITO ENZIMÁTICO CONSEQUÊNCIAS: •Ausência do produto final: Albinismo •Acúmulo de substrato: Galactosemia •Excesso de metabólitos: Fenilcetonúria Existem mais de 500 tipos A incidência cumulativa é de 1:5.000 (isoladamente são raras) 10% das patologias genéticas decorrem de EIM A maioria são autossômicas recessivas Herança autossômica recessiva (progenitores portadores, risco de recorrência de 25%) Herança recessiva ligada ao X (mãe portadora, 50 % dos filhos do sexo masculino afetados, 50% das filhas portadoras) Herança autossômica dominante (um dos progenitores portador, risco de 50 % dos filhos serem afetados, com igual distribuição entre os sexos) A mutação causa um defeito enzimático específico que leva a um BLOQUEIO em vias metabólicas específicas, com consequente ACUMULO de substrato ou DEFICIÊNCIA de um PRODUTO No entanto , existe variabilidade clínica (formas leves, moderadas ou graves em uma mesma doença) e, ocasionalmente, heterogeneidade genética (deficiência de diferentes enzimas determinando mesmo quadro clínico). Produto 1 Produto 2 Produto 3 Produto 4 Enzima Y •A enzima Y atua em 4 rotas metabólicas, que produzem produtos diferentes •Logo, na ausência da enzima Y todos os 4 produtos estarão ausentes, o que resulta numa mesma clínica Hemograma Glicemia de jejum Uréia; creatinina Triglicerídeos, Colesterol total e frações, CK; aldolase DHL; TGO; TGP; Gasometria e eletrólitos (Na, K, Cl, Ca, Mg) Anion-GAP = (Na + K) - (HCO3 + Cl) > 16 (acidúria orgânica ) Variadas, desde assintomáticos (glicosúria renal) até fatais ( defeitos no ciclo da uréia). Assemelham-se a doenças comuns (septicemia). Podem aparecer ao nascimento ou durante infância. Achado N° de doenças Retardo ou regressão neurológicas 31 Hepatomegalia 27 Retardo de crescimento 25 Convulsões 24 Vômitos, letargia 20 Efetivo realizado pela determinação da atividade enzimática caro só quando há suspeita Diversidade de efeitos dificuldade Usa-se testes de triagem (urina, sangue) falso positivo Os erros inatos são geralmente graves Letais caso não seja instituída imediatamente a terapêutica Tratamento agudo Controle permanente Terapêutica específica Antecedentes familiares de morte neonatal inexplicáveis, abortos de repetição; Intervalo neonatal livre de sintomas; Deterioração progressiva sem causa aparente e que não responda à terapia sintomática. Deterioração neurológica rápida e progressiva alteração de consciência, do tônus, movimentos anormais, alteração do EEG; Odor especial na urina; Miopatia, cardiomiopatia; Dismorfia cranio-facial. SUSPEITA CLÍNICA: Exames complementares; Diagnóstico; Tratamento; Aconselhamento genético. Como conduzir? Sintomas agudos: recusa alimentar vômitos, letargia, convulsão, coma infecçãoDoença metabólica Amônia plasmática normalalta pH e CO2 sanguíneos pH e CO2 sanguíneos normal acidose normal Defeitos do ciclo da uréia Acidemias orgânicas Aminoacidopatias ou galactosemia 18 Classificam-se 1. Aminoacidopatias 2. Metabolismo das purinas 3. Distúrbios do armazenamento lisossômico 4. Distúrbios de proteínas receptoras 5. Distúrbios de transporte iônico 6. Distúrbios de proteínas estruturais 1- DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DE AMINOÁCIDOS: •FENILCETONÚRIA •ALCAPTONÚRIA •ALBINISMO TIROSINA FENILALANINA Fenilcetonúria (PKU) Autosômica Recessiva Incidência: 1:2.900 nativivos Defeito Bioquímico: deficiência da enzima fenilalanina hidroxilase Acúmulo de substrato Proteina da dieta fenilalan ina tirosina Proteinas teciduais Acido fenolpirúvico Fenilalanina hidroxilase Proteínas teciduais melanina tiroxina catecolaminas Teste do pezinho Simples (SUS): Fenilcetonúria hipotiroidismo congênito hemoglobinopatias 24 CRIANÇAS NORMAIS AO NASCER INGESTÃO DE FENILALANINA: - fenilalanina - retarda a mielinização - alterações neuromusculares e RM -comportamento esquizóide, ⁻ hiperatividade ⁻ irritabilidade INGESTÃO DE FENILALANINA: -movimentos repetitivos (autismo) -EEG anormal (convulsões) -vômitos constantes -urina c/ cheiro de rato -pele e cabelos claros •Teste da fralda: adicionar na urina cloreto férrico verde escuro (ácido fenilpirúvico) •Triagem neonatal: Teste do pezinho (3-4 dias após nascimento) – dosagem da fenilalanina no sangue Diagnóstico precoce até 6 meses Dieta pobre em fenilalanina (300-500 mg de fenilalanina/dia) até 7 anos de idade ou tempo indeterminado Tratamento: retirada fenilalanina Grávidas afetadas por FNC: devem ter cuidado rigoroso com a dieta Ausência de oxidase do ácido homogentísico Defeito no catabolismo da TIROSINA Acúmulo de Substrato ácido homogentísico ácido malei-aceto-acético (alcaptona) acúmulo depósito nas excreção na urina no sangue cartilagens (oxida escura) (ocronose:orelhas, nariz, bochechas, escleróticas azuis) Fralda preta Artrite X •Manifestação tardia: ~ 30 anos •Tratamento: • ingestão reduzida de fenilalanina e tirosina Ausência do produto final Defeito no metabolismo da MELANINA Deficiência de Tirosinase acúmulo ausência Tirosina Melanina (pele, mucosas, cabelos e olhos) •Acuidade visual reduzida •fotofobia hipotonia muscular, Dificuldades respiratórias, cianose, icterícia prolongada, constipação, bradicardia, anemia, sonolência excessiva, choro rouco, hérnia umbilical, alargamento de fontanela, sopro cardíaco, dificuldade na alimentação com deficiente crescimento pôndero-estatural, atraso na dentição, retardo na maturação óssea, pele seca e sem elasticidade, atraso de desenvolvimento neuropsicomotor e RM.
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