Buscar

INTRODUÇÃO AO DIREITO PREVIDENCIÁRIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2012.1 
 
DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
 
 
INTENSIVO COMPLEMENTAR 
Disciplina: Direito Previdenciário 
Prof. André Studart 
Data 27.02.2012 
 
Considerações Iniciais 
 
BILBIOGRAFIA RECOMENDADA: 
- Curso de Direito Previdenciário; 
Autor: Fabio Zambitte Ibrahim; 
Editora Impetus. 
- Curso Prático de Direito Previdenciário; 
Autor: Ivan Kertzman; 
Editora Podivm. 
Ler: 
 
- informativos do STF e STJ; 
- Súmulas da turma nacional de uniformização – responsável pela uniformização do direito no âmbito do 
JEF; 
- AGU súmulas. 
 
Resolver provas 
 
FONTES NORMATIVAS 
- CF/88 (art. 194 a 203); 
- Leis 8.212/91 (plano de custeio) e 8.213/91 (plano de benefícios); 
- Regime Próprio de Previdência do Serviço Público (art. 40 da CF/88); 
- Previdência Complementar Privada (lei complementar 109). 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS 
- A seguridade social é um sistema de proteção tridimensional 
Isso porque, a seguridade social conta com três subsistemas, quais sejam: 
(i) a saúde, com previsão no art. 196 da CF/88; 
 
 
 
Material elaborado por Tatiana Melo
Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com
 tatianaconcursos@hotmail.com
 
 
 INTENSIVO IiI
INTRODUÇÃO AO DIREITO PREVIDENCIÁRIO
(ii) a previdência social, com previsão no art. 201 da CF/88; 
(iii) a assistência social, com previsão no art. 203 da CF/88. 
- A saúde é um subsistema não contributivo, ou seja, não se exige contribuição direta para que o 
indivíduo faça jus a esse benefício. 
- A assistência social também é um subsistema não contributivo, ou seja, não se exige contribuição direta 
do beneficiário. 
- Já a previdência social exige sim contribuição direta do beneficiário. Nesse sentido, trata-se de sistema 
contributivo. 
- A seguridade social é um sistema de proteção que visa assegurar a ordem social, com o consequente 
bem estar e justiças sociais. 
A seguridade social é parte integrante da ordem social. 
- INSS (instituto nacional do seguro social) possui característica de autarquia, não existe nenhum vinculo 
com a saúde que é prestada pelo SUS. 
 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA SEGURIDADE SOCIAL DO ART. 194 
01. CONSIDERAÇÕES GERAIS 
- Esses princípios, na CF/88, são tratados como objetivos, com previsão no art. 194, parágrafo único. 
- Vale destacar que, para o STF (ADI 3.768), o direito dos idosos maiores de 65 anos de idade à 
gratuidade de transporte urbano coletivo NÃO está incluído no rol de benefícios da seguridade social. 
Sendo assim, esse transporte NÃO se submete aos princípios específicos da seguridade. 
02. UNIVERSALIDADE DA COBERTURA E DO ATENDIMENTO 
- Visa-se universalizar a proteção. 
- Essa universalização se dá sobre dois prismas, quais sejam: 
(i) prisma da cobertura; 
- Ao se falar sobre o prisma cobertura, a seguridade deve proteger o cidadão diante de toda e qualquer 
situação de vida que leve a um estado de necessidade. 
- Como exemplos dessas situações, destacam-se: 
(i.1)a morte gera necessidade para os dependentes do falecido; 
(i.2) a invalidez gera uma necessidade, ensejando uma dupla intervenção. Nesse sentido, intervém-se de 
duas formas: restabelecimento do bom estado de saúde e garantia de subsistência durante o período de 
incapacidade. 
(i.3) a idade avançada a qual impede o idoso de trabalhar. 
(ii) prisma do atendimento. 
- Trata-se do prisma subjetivo da universalidade. 
- Nesse sentido, trata-se acerca de quem deve ser protegido, ou seja, definem-se quais são os titulares 
do direito. 
- Quem poderá requerer tal amparo? 
 
 
 
Material elaborado por Tatiana Melo
Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com
 tatianaconcursos@hotmail.com
A maior parte da doutrina afirma que os titulares desse direito são todos os indivíduos residentes no 
território nacional. 
- Atualmente, discute-se no STF se o estrangeiro, residente no Brasil, teria direito ao benefício assistencial 
de prestação continuada (benefício pecuniário pago pela assistência social). 
O PGR, ao se manifestar sobre o caso, entendeu que o estrangeiro residente no Brasil NÃO tem direito ao 
benefício da assistência social. 
 
02. SELETIVIDADE E DISTRIBUTIVIDADE NA PRESTAÇÃO DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
02.1. Introdução 
- Há que se destacar que a universalidade conta com uma limitação. Isso porque, esse princípio esbarra 
na “reserva do possível”, ou seja, existem limites orçamentários. 
Diante disso, entra em cena o princípio da seletividade e distributividade. 
02.2. Seletividade 
- Realizam-se, então, escolhas, selecionando-se: 
(i) as situações de vida a serem protegidas. Ex.: invalidez, morte, maternidade, prole, idade avançada, 
dentre outros. 
(ii) quem serão as pessoas protegidas. Nesse caso, trata-se dos requisitos legais para a concessão dos 
benefícios. 
02.3. Distributividade 
- A distributividade consiste em um critério o qual norteará o legislador ao realizar as escolhas. 
- Devem ser previstas situações que possam proteger o maio número de pessoas necessitadas. 
- As escolhas não podem ser arbitrárias, devendo se proteger o maior número de necessitados. 
 
03. UNIFORMIDADE E EQUIVALÊNCIA DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS DEVIDOS ÀS POPULAÇÕES 
URBANAS E RURAIS 
- Trata-se da consagração da isonomia na esfera da seguridade social. 
- Não importa se o indivíduo trabalha na cidade ou no campo, a proteção deve ser idêntica. 
- A uniformidade consiste num rol igual de prestações. 
- A equivalência consiste numa idêntica sistemática de cálculo. Nesse sentido, o benefício do trabalhador 
urbano deve ser igual ao do trabalhador rural. 
- O professor destaca que, antes da CF/88, os trabalhadores rurais recebiam, como benefício da 
seguridade, apenas meio salário mínimo (de forma completamente discriminatória em relação aos 
trabalhadores urbanos). 
 
04. IRREDUTIBILIDADE DO VALOR DOS BENEFÍCIOS 
- Existe um gênero chamado “prestação” que pode ser classificada em duas espécies, quais sejam: 
(i) um benefício; 
(ii) um serviço. 
 
 
 
Material elaborado por Tatiana Melo
Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com
 tatianaconcursos@hotmail.com
- O benefício está vinculado a uma obrigação de pagar. 
- O serviço está vinculado a uma obrigação de fazer. 
- Sendo assim, a princípio, somente estaria sujeito a esse princípio os benefícios. Nesse sentido, os 
serviços NÃO estão sujeitos a irredutibilidade do valor. 
- A doutrina entende que o princípio da irredutibilidade pode ser visto sob dois prismas, quais sejam: 
(i) irredutibilidade nominal; 
- O benefício não pode ser reduzido no seu aspecto quantitativo. 
- O valor nominal tem que ser preservado. 
(ii) irredutibilidade real. 
- Nesse caso, não pode ser perdida a qualidade do benefício, isto é, não pode haver perda do poder 
aquisitivo do benefício. Isso porque, caso assim não seja, o benefício será corroído pela infração. 
- Qual é o entendimento do STF acerca do alcance desse princípio? 
Pois bem, para esse tribunal, há que se diferenciar o art. 194, Inciso IV, da CF/88 (irredutibilidade) do 
art. 201, §4O da CF/88 (irredutibilidade real). 
Diante disso, concluiu-se que a irredutibilidade no art. 194 somente é nominal. Isso porque, já existe um 
dispositivo que trata da irredutibilidade real, qual seja: art. 201, §4o. 
A doutrina faz muitas críticas a esse entendimento do STF. Para tanto, afirma-se: 
(i) o art. 194 se aplica aos três subsistemas. 
(ii) o art. 201, §4o somente se aplica ao subsistema da previdência social. 
Art. 201 (...) 
§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor 
real, conforme critérios definidos em lei. 
(...) 
Com isso, sãocometidas algumas injustiças. Vale dizer: existe um benefício da assistência social 
denominado de “bolsa família” o qual não é atualizado anualmente justamente por conta do âmbito de 
incidência do art. 201, §4o. 
- No AI 548.735, o STF decidiu que os índices de atualização do salário de contribuição NÃO se aplicam ao 
reajuste dos benefícios previdenciários de prestação continuada. 
 
05. DIVERSIDADE DA BASE DE FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL 
- A seguridade social não é suportada por um único agente. Nesse sentido, vários sujeitos financiam esse 
sistema. 
- Pois bem, a seguridade social é financiada (nos termos do art. 195) por: 
(i) empregador, empresa ou equiparados, o qual contribui sobre: a folha de remuneração, a receita ou 
faturamento, o lucro. 
(ii) trabalhador e demais segurados da previdência social; 
(iii) administradores de concurso sobre a receita dos concursos de prognósticos (ex.: mega sena, loto); 
(iv) importador. 
 
 
 
Material elaborado por Tatiana Melo
Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com
 tatianaconcursos@hotmail.com
- Nesse sentido, há diversidade subjetiva no financiamento desse sistema. 
- A diversidade, além de subjetiva, também é objetiva, diante do fato gerador da contribuição. 
- Ex.: ter folha de remuneração é fato gerador. 
- Ex.: ter receita é fato gerador. 
- Ex.: ter lucro é fato gerador. 
- Ex.: a importação é fato gerador. 
- O professor destaca o tema da substituição gradual, total ou parcial, da contribuição sobre a folha, pela 
contribuição sobre a receita. 
Trata-se do art. 195, §13da CF/88. 
Art. 195 (...) 
§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da 
contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento. 
 
Para o professor, NÃO existe ofensa ao princípio da diversidade de cálculo pelo referido dispositivo. 
Imagine-se uma empresa “A” que paga 1 milhão de reais a todos os seus funcionários. A mais básica 
contribuição sobre a folha é de 20%. Nesse sentido, apenas de contribuição, a empresa irá pagar 200 mil 
reais. A contribuição sobre a folha tem a desvantagem de onerar a mão de obra. 
Pois bem, diante disso, com o referido §13 visa-se desonerar a mão de obra. Nesse sentido, o ônus 
tributário migra para a receita ou faturamento. Com isso, aumenta-se o número de empregos. 
 
06. EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO DO CUSTEIO 
- Equidade diz respeito à idéia de justiça. 
- A finalidade da seguridade social é alcançar a justiça social. Nesse sentido, o sistema não pode ser 
injusto no momento em que divide o ônus do sistema. 
- O professor cita duas formas de alcance desse princípio, quais sejam: 
(i) a capacidade contributiva; 
Nesse sentido, “quem pode mais, paga mais”. 
Ex. 01: o ônus que recai sobre o empregador e ônus que recai sobre o segurado. Pois bem, o empregador 
paga um maior número de contribuições do que o empregador. 
Ex. 02: o segurado paga contribuição até um teto máximo. Ex.: o individuo ganha 10 mil reais. Pois bem, 
a contribuição dele não recairá sobre 10 mil reais, vez que há um teto o qual, na atualidade, gira em 
torno de 3.800 reais. Já a contribuição da empresa será de 20% sobre toda remuneração paga (no caso, 
10 mil reais). 
Ex. 03: Numa empresa A, há dois sujeitos os quais recebem, respectivamente, 500 reais e 3.500 reais. 
Pois bem, as alíquotas em relação a cada um desses segurados será progressiva (a qual poderá ser de 
8%, 9 % e 11%). Pois bem, o indivíduo que recebe 500 reais, pagará a contribuição com uma alíquota de 
8%, enquanto que aquele que recebe 3.500 reais pagará contribuição com uma alíquota de 11%. 
 
 
 
Material elaborado por Tatiana Melo
Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com
 tatianaconcursos@hotmail.com
Ex. 04: ha uma micro empresa e uma grande empresa. Pois bem, a micro empresa pagará as 
contribuições na sistemática unificada do SIMPLES nacional. Já as empresas de grande porte não gozarão 
desse benefício. 
(ii) o risco social. 
- Quanto maior for o risco, maior deve ser a contribuição. 
- Ex.: um empregado trabalho num escritório, enquanto que um outro empregado trabalha numa mina de 
ferro. 
Pois bem, o empregado que trabalha numa mina tem maiores riscos de sofrer acidentes. Pois bem, 
diante, a empresa que contratou o trabalhador de mineração pagará uma contribuição maior (ex.: SAT, 
contribuição para aposentadoria especial). 
- É importante destacar que o próprio constituinte esclareceu, de forma parcial, acerca do princípio da 
equidade. Trata-se do §9o do art. 195 da CF/88. 
Art. 195 (...) 
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de 
cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica (RISCO SOCIAL), da utilização intensiva de mão-
de-obra, do porte da empresa (CAPACIDADE CONTRIBUTIVA) ou da condição estrutural do mercado de 
trabalho. 
 
 
07. CARÁTER DEMOCRÁTICO E DESCENTRALIZADO DA ADMINISTRAÇÃO MEDIANTE GESTÃO 
QUADRIPARTITE 
- Caráter democrático diz respeito à participação dos interessados. 
- Ex.: trabalhadores,empregadores,aposentados,governo. Daí porque a gestão é quadripartite. 
- É imprescindível descentralizar a gestão do sistema, permitindo que ele (o sistema) alcance o maior 
número de indivíduos. 
Esse caráter descentralizado é concretizado, por exemplo, pela existência de diversas agências do INSS 
em todos os estados da federação. 
- Ha que se destacar a existência de um Conselho Nacional de Previdência Social. A importância desse 
conselho reside em que, na sua composição, observa-se o caráter democrático, com gestão qudripartite. 
- O CNPS, atualmente, é composto por 15 membros. 
Seis dos membros representam o governo. 
Nove dos membros representam a sociedade civil. Dentre ele, três representam os trabalhadores; três 
representam os aposentados e três representam os empregadores. 
O mandato dos membros é de dois anos, sendo nomeados pelo presidente da república, com a 
possibilidade de recondução imediata uma vez. 
 
08. PREVISÃO LEGAL 
 
 
 
Material elaborado por Tatiana Melo
Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com
 tatianaconcursos@hotmail.com
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes 
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência 
social. 
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base 
nos seguintes objetivos: 
I - universalidade da cobertura e do atendimento; 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; 
V - equidade na forma de participação no custeio; 
VI - diversidade da base de financiamento; 
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com 
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. 
 
PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE 
- Trata-se do princípio previsto no art. 195. 
- Nesse sentido, toda a sociedade é chamada para assegurar a existência da seguridade social. 
- Esse financiamento pode se dar através de duas formas, quais sejam: 
(i) financiamento direto; 
(ii) financiamento indireto. 
- O financiamento direto provém das receitas decorrentes das contribuições sociais. Isso porque, tais 
contribuições são espécies tributária de destinação vinculada. 
- Já o financiamento indireto consiste naidéia de que a seguridade social também será financiada por 
recursos extraídos dos orçamentos fiscais da União, dos Estados, do DF e dos Municípios. 
Ex.: o cidadão paga impostos, a exemplo do IPVA. Pois bem, o imposto é um tributo não vinculado a uma 
prestação estatal específica. Parte desses recursos, por expressa previsão constitucional, deve ser 
utilizada na saúde. 
Em síntese, trata-se de financiamento indireto, vez que toda sociedade, ao pagar impostos, financia a 
seguridade social. 
- Ainda no tocante ao financiamento indireto, o professor destaca o dispositivo constitucional segundo o 
qual aquilo que os Estados, Municípios e o DF extraem de seus orçamentos fiscais constará nos seus 
respectivos orçamentos, não migrando para o orçamento da União. 
- O professor, novamente, lista as contribuições que financiam a seguridade social (financiamento direto), 
quais sejam: 
(i) do empregador (empresa ou equiparado) sobre a folha de remuneração, receita ou faturamento, lucro; 
(ii) dos trabalhadores e demais segurados; 
(iii) sobre a receita de concursos de prognósticos; 
(iv) do importador. 
 
 
 
Material elaborado por Tatiana Melo
Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com
 tatianaconcursos@hotmail.com
- Contribuição para seguridade social NÃO equivale à contribuição previdenciária. Isso porque, a 
contribuição previdenciária é espécie de contribuição para seguridade social. 
- O professor destaca as duas contribuições previdenciárias, nos termos do art. 167, Inciso XI, quais 
sejam: contribuição do empregador sobre a folha de remuneração e contribuição dos trabalhadores. 
Art. 167 (...) 
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 
195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de 
previdência social de que trata o art. 201. 
 
- Para se criarem/regularem as contribuições previstas no art. 195, basta a existência de lei ordinária. 
Inclusive, vale destacar que todas essas contribuições já foram criadas. 
- É possível criarem-se contribuições além daquelas previstas no art. 195, Inciso I a IV? 
Sim, é possível. Trata-se da contribuição residual, com previsão constitucional no art. 195, §4o. 
De todo modo, nesse caso, exigem-se alguns requisitos, quais sejam: (i) criação por meio de lei 
complementar, (ii) contribuição não cumulativa, (iii) a base de cálculo e o fato gerador da contribuição 
residual devem ser diferentes das bases de cálculos e dos fatos geradores das contribuições previstas no 
art. 195, Inciso I a IV. 
Esses três requisitos acima listados decorrem da leitura do STF acerca do art. 195, §4o. 
Art. 195 (...) 
§ 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade 
social, obedecido o disposto no art. 154, I. 
 
- Há que se ter em vista o julgamento do RE 562.276, no qual o STF reconheceu a 
INCONSTITUCIONALIDADE do art. 13 da lei 8.620/93, na parte em que determina que os sócios das 
empresas por cotas de responsabilidade limitada responderiam solidariamente, com seus bens pessoais, 
pelos débitos junto à Seguridade Social. 
 
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL 
- Trata-se de princípio com fundamento constitucional no art. 195, §6O. 
- Nesse sentido, as contribuições não podem ser cobradas antes de decorridos noventa dias da data da 
publicação da lei, que as houver instituído ou modificado. 
Art. 195 (...) 
§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa 
dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto 
no art. 150, III, "b". 
 
- O que significa instituir? 
 
 
 
Material elaborado por Tatiana Melo
Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com
 tatianaconcursos@hotmail.com
Pois bem, instituir significa criar. 
- E modificar, o que significa? Alteração de prazo de recolhimento está sujeita à noventena? 
Ex.: uma contribuição tem como vencimento o dia 20 do mês subsequente. Uma lei altera essa 
disposição, determinando que o vencimento será o dia 10 do mês subsequente. Essa alteração está 
sujeita a noventena? 
Para o STF (súmula 669), a alteração de prazo de recolhimento NÃO está sujeita a noventena. 
Vale destacar: a súmula 669 refere-se explicitamente à anterioridade em geral. De todo modo, o STF a 
aplica à noventena. 
Com isso, conclui-se que, para o STF, modificar equivale a majorar. 
- Medida provisória pode versar sobre matéria tributária. 
Pois bem, a anterioridade nonagesimal será contada a partir da edição da própria MP ou a partir da 
conversão da MP em lei? 
Para o STF, os noventa dias devem ser contados a partir da edição da própria MP e não a partir da sua 
conversão em lei. 
 
Imunidade 
 
� É uma limitação constitucional ao poder de tributar 
� Art. 195, II, CF* 
� Art. 149,§ 2º, I, CF 
� Art. 195, §7º, II, CF 
*Envolve as aposentadorias e pensões do RGPS (Regime Geral de Previdência Social) 
No Brasil hoje convivem regimes básicos, RGPS art. 201, CF; Regimes Próprios art. 40, CF; regimes 
militares art. 142, §3º, X, CF. 
E complementares �prev. Complementar art. 40, §§14-16, CF 
Prev. Complementar privada art. 202, CF 
Imunidade � aposentadoria pensões -> RGPS 
Regime próprio cont. inativo/pensionista � art. 40,§§18 e 21, da CF 
A imunidade incide sobre o benefício e não sobre o beneficiário 
Aposentado INSS – imunidade 
Trabalho- contribuição salário família 
Reabilitação profissional 
O Dec. 3048- trata do salário maternidade. 
- A imunidade refere-se às aposentadorias e a pensão por morte 
Demais� teremos uma isenção que está prevista no art. 28 da lei 8.212. 
Exceções: 
Sal. Maternidade é o único benefício que sofre a incidência da contribuição 
STF- aguarda julgamento no STF. 
Imunidades de receitas sobre as receitas decorrentes de exportação art. 149, § 2, I, CF/88. 
 
 
 
Material elaborado por Tatiana Melo
Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com
 tatianaconcursos@hotmail.com
Empregador, empresa ou equiparados� receita/faturamento 
Empresa A 
Mercado interno 
Exporta (não incide contribuição decorrente da exportação) o objetivo disto é fomentar as exportações 
para garantir o superávit da balança comercial ou diminuir o déficit da balança comercial. 
Contribuição sobre o lucro que decorreu de exportação? 
STF- essa imunidade não se aplica sobre o lucro. 
Art. 195,§ 7, CF 
 
 
 
Material elaborado por Tatiana Melo
Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com
 tatianaconcursos@hotmail.com

Continue navegando