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Motivação no Ambiente de Trabalho SEST – Serviço Social do Transporte SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte ead.sestsenat.org.br CDU 005.32:331.101.3 Curso on-line – Motivação no Ambiente de Trabalho – Brasília: SEST/SENAT, 2016. 61 p. :il. – (EaD) 1. Motivação. 2. Satisfação no trabalho. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. 3 Sumário Apresentação 5 Unidade 1 | Definições, Conceitos e Benefícios da Motivação 7 1 Os Motivos Humanos 9 2 Motivação no Trabalho 11 3 As Necessidades Humanas 11 3.1 Escala de Prioridades das Necessidades Humanas 12 4 Primeira Disciplina: Domínio Pessoal 14 Glossário 16 Atividades 17 Referências 18 Unidade 2 | Aplicando Conceitos: Técnicas Motivacionais mais Utilizadas para Despertar a Motivação das Pessoas 19 1 Sistemas de Motivação 21 2 Incentivos 23 3 Psicologia Positiva 24 3.1 Aprimoramento do Processo Integrado à Motivação Psicológica 25 Glossário 27 Atividades 28 Referências 29 Unidade 3 | Motivação para Mudança 30 1 Quebra de Paradigmas: a Chave para a Mudança 32 2 As Três Fases da Mudança 33 2.1 Fase I – Descongelamento 33 2.2 Fase II – Mudança 34 2.3 Fase III – Estabilização 35 4 3 Funções-Chave de um Líder no Processo de Mudança 36 4 Resistência à Mudança 37 5 A Comunicação no Processo de Mudança 38 Atividades 39 Referências 40 Unidade 4 | Relacionamento Interpessoal: Competências Essenciais, Atitudes e Comportamentos que Melhoram os Resultados no Trabalho em Equipe 41 1 Terceira Disciplina: Objetivo Comum (Visão Compartilhada) 43 2 Quarta Disciplina: Aprendizagem em Grupo 44 2.1 Três Dimensões do Aprendizado em Grupo 44 3 Prática do Diálogo e da Discussão 45 3.1 Discussão 46 3.2 Diálogo 46 Atividades 48 Referências 49 Unidade 5 | Equipes de Trabalho: a Importância da Sinergia no Trabalho em Equipe 50 1 Os Sete Hábitos das Pessoas Muito Eficazes de Stephen R. Covey 52 2 Hábito 6 – “Sinergizar” 53 3 Atributos da Pessoa Sinérgica 55 4 Sinergia no Trabalho em Equipe 56 Atividades 58 Referências 59 Gabarito 60 5 Apresentação Prezado(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) ao curso Motivação no Ambiente de Trabalho! Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e ajudar na compreensão do conteúdo. O curso possui carga horária total de 30 horas e foi organizado em 5 unidades, conforme a tabela a seguir. Unidades Carga Horária Unidade 1 | Definições, Conceitos e Benefícios da Motivação 6 h Unidade 2 | Aplicando Conceitos: Técnicas Motivacionais mais Utilizadas para Despertar a Motivação das Pessoas 6 h Unidade 3 | Motivação para Mudança 6 h Unidade 4 | Relacionamento Interpessoal: Competências Essenciais, Atitudes e Comportamentos que Melhoram os Resultados no Trabalho em Equipe 6 h Unidade 5 | Equipes de Trabalho: a Importância da Sinergia no Trabalho em Equipe 6 h 6 Fique atento! Para concluir o curso, você precisa: a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas “Aulas Interativas”; b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; c) responder à “Avaliação de Reação”; e d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado. Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat. org.br. Bons estudos! 7 UNIDADE 1 | DEFINIÇÕES, CONCEITOS E BENEFÍCIOS DA MOTIVAÇÃO 8 Unidade 1 | Definições, Conceitos e Benefícios da Motivação d Você acredita que uma pessoa consegue motivar alguma outra? Dos motivos conscientes e inconscientes, quais são os mais importantes para se compreeender o comportamento humano? Você conhece as cinco disciplinas escritas por Peter Senge? Nesta unidade, será possível conhecer a importância da motivação na vida das pessoas, tanto na conduta particular como na profissional, e sua relação com os fatores internos e as influências externas. Não se acredita que um mesmo incentivo possa atender a todo um grupo. De acordo com Lindsey, citado por Penteado (1965, p. 160), “pessoas diferentes, em situações iguais, com as mesmas estruturas de motivos, comportar-se-ão de maneiras diversas, dependendo da forma pela qual controlam ou dirigem a expressão dos seus estímulos motivacionais” 9 1 Os Motivos Humanos c O domínio da motivação tem sido uma procura constante de estudiosos e líderes que almejam cumprir seus objetivos. O ponto fundamental dos estudos da motivação foram analisados considerando dois fatores: os motivos conscientes e os inconscientes. A corrente psicanalítica favorece os motivos do inconsciente, dos quais o exemplo clássico é o “iceberg” – o que aparece à superfície é infinitamente menor do que o que permanece oculto. Outra corrente é a opinião de que não há necessidade de atribuir ao consciente a operação dos processos psicológicos. O conceito que mais se encontra é o de que ninguém motiva ninguém. É possível estabelecer incentivos que podem levar à motivação. Encontram-se muitos debates sobre técnicas adequadas para a determinação dos motivos que dirigem os procedimentos humanos. Essas técnicas constituem-se de questionários para identificar comportamentos, de autoanálises, interpretação de sonhos, entre outras. A tendência hoje é considerar igualmente importantes os fatores internos e as influências externas. A análise da motivação humana faz-se através de um grande número de unidades: traços, hábitos, necessidades, sentimentos, tendências, dimensões, instintos, impulsos etc. De acordo com Penteado (1965, p.161), a mais antiga concepção sobre as unidades da motivação humana é a teoria dos humores, que se estendeu do século IV A.C. até aproximadamente o século VII D.C. Os humores baseavam-se nos quatro elementos de Empédocles: a terra, o ar, o fogo e a água – daí os “temperamentos”, denominados quatro elementos cósmicos: • bile negra: melancólicos; • bile amarela: sanguíneos; 10 • sangue: coléricos; • fleuma: fleumáticos. Durante décadas, essa premissa foi utilizada e desenvolvida. Na idade moderna foi estudada por Carl Gustav Jung, médico e psiquiatra suiço. Sobre os traços de personalidade, pensou a classificação dos indivíduos nos tipos: produtor, sensitivo, intuitivo e analítico. Já o psicólogo norte-americano William Moulton Marston, no início dos anos 1920, construiu o modelo DISC, iniciais de Dominância, Influência, Estabilidade e Conformidade. Esse modelo foi muito utilizado pelo meio empresarial nos processos de seleção, desenvolvimento e retenção de talentos. Mais recentemente, o modelo DISC foi adaptado pelo Instituto Brasileiro de Coach, que criou o instrumento denominado Assessment, muito utilizado como ferramenta de Coaching. Nesse instrumento as unidades motivacionais foram traduzidas como Executor, Comunicador, Planejador e Analista. Tabela 1: comparativo do conjunto de unidades motivacionais em várias épocas Quatro elementos de Empédocles Humores Hipócrates Jung Marsto Instituto Brasileiro de Coaching Ar Melancólico Analítico Conformidade Analista Água Sanguíneo Intuitivo Influência Comunicador Fogo Colérico Produtor Dominância Executor Terra Fleumático Sensitivo Estabilidade Planejador 11 2 Motivação no Trabalho A principal atividade das Relações Humanas nas organizações é integrar as pessoasno trabalho, de maneira a fornecer motivos para que elas se dediquem ao cumprimento dos objetivos. Baseiam-se no princípio de que o homem precisa ser motivado para produzir. c A motivação, portanto, parte da ideia de que todo comportamento humano tem uma causa, um motivo a influenciar o indivíduo, levando-o a agir de modo a satisfazer suas necessidades, tal como as concebe. Dessa forma, ninguém é motivado pelas razões do outro, mas sim pelos motivos que elas próprias possuem, ou acreditam possuir e que tentam satisfazer. O comportamento individual reflete a motivação individual. O poder do líder em motivar depende da extensão do conhecimento que ele tem a respeito de seus liderados e de suas necessidades – o resultado dependerá dos atributos individuais e da satisfação que se obtém no trabalho. 3 As Necessidades Humanas Segundo Penteado (1965, p. 165), existem duas teorias da motivação humana: A Motivação-Necessidade e a Motivação- Cultura. A primeira refere-se à privação de alguma coisa, nasce de um estado de necessidade. A segunda considera apenas as necessidades impostas pelo meio em que o indivíduo vive, sem se preocupar com sua origem. 12 Os motivos constituem práticas sociais adquiridas e compreendem as situações externas, as incitações internas, e uma dinâmica de interação sobre elas. Morris Viteles citado por Penteado (1965, p. 165) procura harmonizar as duas teorias, classificando os motivos em duas categorias: • Necessidades primárias; • Necessidades secundárias. As necessidades primárias são as necessidades universais, mais da natureza animal do homem do que propriamente da natureza do homem. Variam de intensidade de indivíduo para indivíduo e podem ser condicionadas pela vida em sociedade. O desejo de comer, por exemplo, é universal, mas o apetite pode ser regulado socialmente. As necessidades secundárias traduzem necessidades da mente e do espírito, mais do que as do corpo. São reconhecidamente mais sociais, como por exemplo: amor próprio, necessidades de afirmação, sentimento de participação, sentimento da própria importância, dar e receber afeição etc. 3.1 Escala de Prioridades das Necessidades Humanas A escala das necessidades humanas foi desenvolvia por Maslow, por meio de uma série de pesquisas realizadas em empresas dos Estados Unidos. Foram encontrados cinco níveis de necessidades: • Satisfação das necessidades primárias; • Segurança no emprego; • Reconhecimento; • Amor-próprio; • Autorrealização. 13 O atendimento de cada uma dessas necessidades propicia o aparecimento de outras necessidades. Assim, um empregado ganhando o suficiente para comer, e com as necessidades básicas satisfeitas, cogitará de segurança no emprego. Keith Davis, citado por Penteado (1965, p. 168), sobre o mesmo tema, depois de uma série de pesquisas motivacionais, divulgou que os empregados, em geral, desejam: • Boa liderança; • Informação; • Liberdade para resolver sozinho seus próprios problemas; • Uma vida em sociedade com respeito dos semelhantes; • Um grau razoável de segurança no emprego; • Conforto ao nível de seus companheiros em igualdade de funções e hierarquia; • Realizar uma tarefa útil; 14 • Equidade e justiça. As motivações extrínsecas ao trabalho se caracterizam por salário e segurança. Já as intrínsecas referem-se às necessidades de expressão de si próprio, necessidades de elogio, necessidade de competição, progresso e prestígio. 4 Primeira Disciplina: Domínio Pessoal Peter Senge escreveu o livro “A Quinta Disciplina” para facilitar a inovação nas organizações que aprendem. Embora desenvolvidas separadamente, cada uma das disciplinas se torna importante para o sucesso das outras quatro. São elas: 1. Domínio pessoal: O domínio pessoal trabalha o conhecimento dos próprios valores individuais evitando que as circunstâncias determinem o caminho a ser perseguido. Domínio pessoal trabalha a percepção clara da realidade e a consciência firme dos próprios propósitos, permitindo criar uma fonte de energia transformadora entre a realidade percebida e a visão do ideal desejado. Dá à pessoa a oportunidade de agir, tomar iniciativa, traçar seu próprio caminho e não apenas reagir. O domínio pessoal pode ser entendido como a manifestação da motivação intrínseca. Pode ser entendido como “eu dirijo minha vida” e não “deixe a vida me levar”. 2. Modelos mentais: reforça o conhecimento de que a percepção de que tudo que acontece em nossas vidas possui um referencial nos conhecimentos, hábitos e crenças que adotamos ao longo da vida. Por esse motivo, cada pessoa interpreta determinado assunto à sua maneira. A disciplina de modelos mentais explica através de métodos nossos modelos inconscientes, permitindo avaliar e transformar nossas vidas, caso os modelos não sejam adequados. 3. Objetivo comum (visão compartilhada): Ter um objetivo comum é o que diferencia os grupos que agem de forma harmônica e compartilhada, grupos de sucesso, motivados, colaborativos. Nesses grupos a visão é uma só, ou seja, todos conseguem entender onde desejam chegar. Quando a visão compartilhada existe em uma família ou em uma organização, os caminhos não são dispersos e todos seguem a mesma trilha, unidos, vencendo as dificuldades por uma missão. 15 4. Aprendizado em grupo: A disciplina aprendizagem em grupo ensina que a base dos grupos é o diálogo. Havendo diálogo e não discórdia, os grupos conseguem avançar em seus objetivos. Vamos trabalhar mais essa disciplina nas unidades 5 e 6. 5. Raciocínio sistêmico (a quinta disciplina): Significa ver o mundo como uma rede integrada de relacionamentos. Por essa visão foram construídas as diversas redes sociais. Senge adotou a dinâmica de sistemas, definindo padrões de comportamento básicos conhecidos como arquétipos, e mostrou a importância da prática do pensamento sistêmico para as atividades gerenciais. Podemos resumir o pensamento sistêmico como: o todo é a representação das partes. Vamos analisar os conceitos da primeira disciplina que trata do desenvolvimento da base espiritual para a motivação da organização que aprende. De acordo com Peter Senge, citado por IBC (2013, p. 214), o domínio pessoal implica um alto grau de proficiência e capacidade de produzir os resultados desejados. Através dessa disciplina é possível aprender a esclarecer e aprofundar os objetivos pessoais, a desenvolver a paciência, a concentrar as energias individuais. Significa fazer da vida um trabalho criativo em contraposição a um reativo, incorporando dois movimentos: • O primeiro movimento refere-se a esclarecer continuamente o que é importante para os indivíduos, avaliando o caminho que está tomando; • O segundo movimento trata de aprender a enxergar com clareza a realidade e a situar a vida no tempo e no espaço. A avaliação do caminho ou definição do objetivo, aliada a uma imagem clara da realidade de onde estamos e para onde queremos ir, gera o que Senge define como tensão criativa. A essência do domínio pessoal está em aprender a gerar e manter a tensão criativa – é o que hoje conceituamos como a essência da motivação. Essa disciplina nos ensina a importância de considerar o aprendizado como a vontade própria de todos os seres humanos, fazendo parte, portanto, da motivação intrínseca para o trabalho. 16 g Assista ao vídeo Melhoria Contínua Sistêmica por Marcelo Jabur, através do link a seguir, e aprofunde seus conhecimentos sobre os conceitos da primeira disciplina. https://www.youtube.com/watch?v=-1xXMDPcx3g Através do constante exercício do domínio pessoal, os gestores devem buscar o comprometimento de seus funcionários. As pessoas com alto domíniopessoal têm uma técnica especial para se concentrar, focando sua atenção no resultado desejado e não nos processos ou meios que supõem necessários. Resumindo A análise da motivação humana faz-se através de inúmeras unidades: traços, hábitos, necessidades, sentimentos, tendências, dimensões, instintos, impulsos etc. O poder do líder em motivar depende da extensão do conhecimento que ele tem a respeito de seus liderados e de suas necessidades – o resultado dependerá dos atributos individuais e da satisfação que se obtém no trabalho. A essência do domínio pessoal está em aprender a gerar e manter tensão criativa – é o que hoje conceituamos como a essência da motivação. Glossário Fleumático: que tem paciência; que revela frieza, indiferença. 17 a 1) A análise da motivação humana faz-se através de inúmeras unidades: traços, hábitos, necessidades, sentimentos, tendências, dimensões, instintos, impulsos, etc. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 2) Ninguém é motivado pelas razões dos outros, mas pelos motivos que as próprias pessoas possuem, ou acreditam possuir, e que tentam satisfazer. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 3) A avaliação do caminho, ou definição do objetivo, aliada a uma imagem clara da realidade de onde estamos, para onde queremos ir, gera o que Senge define como tensão criativa. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 4) As pessoas com alto domínio pessoal têm uma técnica especial para se concentrar, focando sua atenção nos processos ou meios que supõem necessários, e não no resultado desejado. ( ) Verdadeiro ( ) Falso Atividades 18 Referências ASHCAR, M. T. Eu, caçador: o poder do coaching. Goiânia: IBC, 2013. COVEY, S. R. Os Sete hábitos das pessoas muito eficazes. São Paulo: Nova Cultura, 1989. DOLAN, S. L.; GARCIA, S. Gestão por valores. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006. IBC – INSTITUTO BRASILEIRO DE COACHING. Business and executive coaching. São Paulo: IBC, 2013. ______. Coaching Assessment: avaliação comportamental. São Paulo: IBC, 2012. HUNTER, J. C. O Monge e o executivo: uma história sobre a essência da liderança. Rio de Janeiro: Sextante, 2004 PENTEADO, J. R. W. Técnicas de chefia e liderança. São Paulo: Livraria Pioneira, 1965.. 19 UNIDADE 2 | APLICANDO CONCEITOS: TÉCNICAS MOTIVACIONAIS MAIS UTILIZADAS PARA DESPERTAR A MOTIVAÇÃO DAS PESSOAS 20 Unidade 2 | Aplicando Conceitos: Técnicas Motivacionais mais Utilizadas para Despertar a Motivação das Pessoas d Você conhece técnicas motivacionais para despertar a motivação das pessoas? Qual a sua força motivadora? O que você acha de viver com um propósito ou uma missão? Como estudamos na unidade anterior, a motivação passa pela relação com os fatores internos e as influências externas, que se manifestam em opiniões, atitudes, preferências, desejos e ações. A motivação pode ser pessoal, profissional, empresarial ou social. Elas orientam as decisões que as pessoas tomam no seu dia a dia. Quando aprendemos a ver as coisas do ponto de vista do outro, entendendo suas necessidades, seus pontos fortes e fracos e as características de seus comportamentos, torna-se mais fácil exercer influência na sua motivação. Vamos conhecer algumas técnicas para facilitar esse processo. 21 1 Sistemas de Motivação Frequentemente, ouvimos pessoas próximas do nosso convívio falando a respeito de felicidade. Sobre como elas seriam muito felizes se tivessem uma casa própria, se fizessem uma viagem internacional, se trabalhassem para ajudar crianças desamparadas, se tivessem mais tempo livre, se ganhassem mais no seu trabalho, se fossem reconhecidas no trabalho etc. Ser feliz é o que se considera a maior busca dos seres humanos, seja na vida pessoal, na profissional ou em ambas. Todas as pessoas buscam a felicidade, considerando-a o motivo da vida. Existe a crença, na humanidade, de que “é preciso sofrer para ser feliz”. Outros acreditam que tudo que adquirimos sem esforço está fadado ao insucesso ou à perda. Nesse sentido, conclui-se que o bem mais precioso do universo, a felicidade, não pode ser adquirido de forma fácil. Fica a pergunta: Qual é o limite de sofrimento que nos permitimos suportar para alcançar a felicidade? A resposta leva-nos a pensar que cada um tem seu limite, e que a história de cada um é única e incomparável (ASHCAR, 2013 p. 225). c Para conhecer melhor um indivíduo, e objetivando a busca da felicidade, é possível utilizar diversas ferramentas de Coaching. Como exemplo vamos sugerir para esse trabalho a ferramenta denominada Roda da Vida. A pessoa deve atribuir notas para as diversas áreas da sua vida, identificadas na roda, para conhecer quais são as áreas que precisam de maior atenção, considerando que o centro representa 0% e as bordas, 100%. Essa ferramenta proporciona uma grande abertura de diálogo entre o líder e o liderado. Após a avaliação das várias áreas, o empregado estará mais consciente das suas necessidades de desenvolvimento. É de extrema importância que durante o processo o líder busque a identidade do liderado, seus valores e crenças, e trace um plano de desenvolvimento pessoal. 22 Os motivos para o trabalho dependem da posição que o empregado ocupa. Arch Parkton citado por penteado (1965, p. 173) relacionou nove motivos básicos sobre a motivação dos executivos para o trabalho: • o desafio da tarefa; • o sentido da missão; • o desejo de assumir maiores responsabilidades; • a posição; • o desejo de liderança; • a ânsia de exceder-se; • a competição; • o medo de ser superado; • a vontade de ganhar mais. 23 2 Incentivos Os líderes que desejam motivar seus liderados devem seguir algumas normas de conduta: • Criar e manter bom ambiente material e social; • Pagar bem, na certeza de que a remuneração é um grande incentivo material; • Abrir perspectivas de promoção e carreira; • Levar em conta os incentivos imateriais que se relacionam a segurança, reconhecimento, amor-próprio, autorrealização; conhecer as características individuais, descobrindo os pontos fortes e fracos de cada colaborador, seu perfil comportamental; e outras técnicas; • Delegar responsabilidade e autoridade; • Usar o exemplo para inspirar confiança e incentivo; • Dar oportunidade para que os membros participem na elaboração de estratégias, da formulação de normas e de todas as decisões que os afetem; • Ensinar e se preocupar com o crescimento profissional do seu colaborador; • Não julgar apenas levando em conta o quadro mediato, mas sim, considerando o empregado no seu conjunto e em toda a sua atuação anterior; • Disponibilizar seu tempo para atender as pessoas de sua equipe e dar atenção; • Aprender a elogiar. Valorizar as pessoas por inteiro possibilita que a relação funcione e se mantenha nos trilhos. Quanto maior a amplitude em que se compreendem as percepções, as preocupações e os valores uns dos outros, maior a capacidade de motivar. 24 c A Terceira Disciplina (objetivo comum – visão compartilhada) de Peter Senge ensina que nenhuma organização se torna grande se os seus valores – missão, visão e objetivos – não forem compartilhados por toda a organização. Uma visão autêntica e verdadeira gera excelência na aprendizagem porque as pessoas da organização querem se empenhar por suas metas. Quando o objetivo é comum às pessoas de uma mesma empresa, cria-se um sentimento de coletividade que permeia a organização e dá coerência às diversas atividades. 3 Psicologia Positiva A psicologia positiva possibilita a reconstrução de histórias e, através do autoconhecimento, ajuda a superar as crenças limitadoras e de sabotagem que impedem o sucesso. Essamaneira de focalizar aquilo que realmente as pessoas desejam, favorece uma visão positiva e determina objetivos claros e alcançáveis. g Entenda mais a respeito de psicologia positiva acessando o portal através do link a seguir. Confira! http://www.psicologiapositivabr.com/organizacoes.html Diversos instrumentos ou ferramentas podem ser utilizados para subsidiar o trabalho de motivação a partir do conhecimento dos pontos fortes e do perfil de cada pessoa. Tais como: Assessment que maximiza o compromisso e performance individual e de equipe, e constrói um gerenciamento efetivo de relações interpessoais e profissionais. g Confira o esse instrumento Assessment, disponibilizado pelo Instituto Brasileiro de Coach em seu portal oficial da internet, acesse! http://www.ibccoaching.com.br/. 25 3.1 Aprimoramento do Processo Integrado à Motivação Psicológica Segundo Dolan (2006, p. 131), algumas das principais características psicológicas motivacionais das funções são: • Autonomia – auto-organização dos processos de trabalho, pausas, hábitos de trabalho; • Variedade – possibilidade de ter variedade ao desenvolver o trabalho; • Identidade – percepção de ter a posse dos processos de trabalho e de seus resultados; • Importância – crença de que o resultado do trabalho é útil para si mesmo e para a vida de outras pessoas; • Equidade – percepção de justiça e de jogo limpo; • Feedback – coerência ao receber feedback; • Apoio social – crença de que receberá apoio dos colegas, supervisores e de outras pessoas quando tiver dificuldades. Responda as perguntas utilizando a escala na Tabela 2 a seguir. 26 Tabela 2: Escala das características psicológicas motivacionais das funções Fonte: Dolan (2006, p. 131) O aspecto motivacional do trabalho dos profissionais de uma organização passa não só pelo atendimento aos fatores de influência externa, bem como das necessidades psicológicas, independentemente do nível. Características motivacionais psicológicas do trabalho Quais características se aplicam ao trabalho atual? Quais características motivacionais do trabalho estão ausentes atualmente para a grande maioria dos trabalhadores? Grau Muito ausente Muito presente Muito ausente Muito presente Autonomia 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 Variedade 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 Identidade 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 Importância 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 Equidade 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 Feedback 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 Apoio social 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 27 Resumindo Os motivos para o trabalho dependem da posição que o empregado ocupa. A terceira disciplina de Peter Senge ensina que nenhuma organização se torna grande se os seus valores, missão, visão e objetivos não forem compartilhados por toda a organização. A psicologia positiva possibilita reconstruir histórias e, através do autoconhecimento, ajuda a superar as crenças limitadoras e de sabotagem que impedem o sucesso. Essa maneira de focalizar o que realmente as pessoas desejam, favorecendo uma visão positiva, determina objetivos claros e alcançáveis. Diversos instrumentos ou ferramentas podem ser utilizados para subsidiar o trabalho de motivação a partir do conhecimento dos pontos fortes e do perfil de cada pessoa. Evite julgamentos antecipados. Glossário Subsidiar: fornecer ajuda; pagar ou contribuir para o pagamento de algo. 28 a 1) Os líderes que desejam motivar seus liderados devem seguir algumas normas de conduta. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 2) A Terceira Disciplina de Peter Senge ensina que nenhuma organização se torna grande se os seus valores – missão, visão e objetivos – não forem compartilhados por toda a organização. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 3) Quando o objetivo é comum às pessoas de uma mesma empresa, cria-se um sentimento de coletividade que permeia a organização e dá coerência às diversas atividades. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 4) A psicologia positiva possibilita a reconstrução de histórias e, através do autoconhecimento, ajuda a superar as crenças limitadoras e de sabotagem que impedem o sucesso. ( ) Verdadeiro ( ) Falso Atividades 29 Referências ASHCAR, M. T. Eu, caçador: o poder do coaching. Goiânia: IBC, 2013. COVEY, S. R. Os Sete hábitos das pessoas muito eficazes. São Paulo: Nova Cultura, 1989. DOLAN, S. L.; GARCIA, S. Gestão por valores. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006. IBC – INSTITUTO BRASILEIRO DE COACHING. Business and executive coaching. São Paulo: IBC, 2013. ______. Coaching Assessment: avaliação comportamental. São Paulo: IBC, 2012. HUNTER, J. C. O Monge e o executivo: uma história sobre a essência da liderança. Rio de Janeiro: Sextante, 2004 PENTEADO, J. R. W. Técnicas de chefia e liderança. São Paulo: Livraria Pioneira, 1965. 30 UNIDADE 3 | MOTIVAÇÃO PARA MUDANÇA 31 Unidade 3 | Motivação para Mudança d Como entender um processo de mudança? É possível realizar mudanças sem criar insatisfação? A mudança se inicia pela análise dos paradigmas que representam os padrões ou verdades em que cada pessoa acredita. A cultura, seja ela de um povo ou de uma organização, é constituída por esses padrões ou mapa mental que, conforme Hunter (2004, p. 45), “usamos para navegar a vida”. Quando os paradigmas são tomados como verdade absoluta, sem aceitar qualquer nova informação, as mudanças não acontecem. Só haverá mudanças se as pessoas desafiarem continuamente seus paradigmas, os paradigmas que envolvem o mundo, as organizações e outras pessoas. Hunter afirma que “o mundo exterior entra em nossa consciência pelos filtros de nossos paradigmas e nossos paradigmas nem sempre são corretos”. Enxergamos o mundo a partir do nosso entendimento, das nossas verdades, nossas experiências, nossas condições financeiras, do meio em que vivemos. 32 1 Quebra de Paradigmas: a Chave para a Mudança Para que as empresas cresçam precisam desafiar seus paradigmas constantemente. Se as pessoas não avaliarem suas verdades, com certeza os outros o farão e você será suplantado. Manter paradigmas ultrapassados dá o mesmo trabalho que revê-los. Mudanças constantes são necessárias. Se estivéssemos ainda na idade da pedra não seria possível alimentar toda a população mundial. Tabela 3: O progresso é necessário e ocorreu em todas as áreas Fonte: Hunter, 2004, p. 48. Velho Paradigma Novo Paradigma Invencibilidade dos EUA Concorrência global Administração centralizada Administração descentralizada Japão=produtos de má qualidade Japão=produtos de boa qualidade Gerenciamento Liderança Eu penso Causa e efeito Apego a um modelo Melhoria contínua Lucro a curto prazo Lucro curto e a longo prazo Trabalho Sócios Evitar e temer mudanças A mudança é uma constante Está razoável Defeito zero 33 c “As pessoas têm muita dificuldade em mudar. A mudança nos desinstala, nos tira da zona de conforto e nos força a fazer coisas de modo diferente, o que é difícil”. (HUNTER, 2004, p. 47) 2 As Três Fases da Mudança Kut Lewis, psicólogo social experimental, é um dos pais da teoria da mudança social. Uma de suas principais contribuições é a análise das três fases da mudança planejada. Segundo Lewis citado por Dolan (2006, p. 149), para que o processo de mudança ocorra,deve-se passar pelas fases: do “descongelamento”, da mudança em si, e pela última fase, que é a estabilização. 2.1 Fase I – Descongelamento Na fase de descongelamento, cria-se a percepção da necessidade de mudança, analisam-se os paradigmas e quebram-se as resistências. Nessa fase é gerada a necessidade de mudança, que é manifestada através do pensamento e pelo comportamento das pessoas. Esse momento passa por três mecanismos, segundo Lewis citado por Dolan (2006, p. 150): • Desconfirmação: Reconhecer que a condição em que a organização ou a pessoa se encontra não trará resultados positivos quanto ao cumprimento de sua missão ou objetivos; 34 • Insatisfação: Gera um desconforto entre as pessoas, que se sentem fragilizadas por não conseguirem lutar pelos seus valores e pelo cumprimento dos seus objetivos; • Reafirmação: É a fase em que se sustenta a necessidade de mudança mantendo a autoestima e passando segurança emocional às pessoas envolvidas. Para que a mudança seja aceita e implementada de maneira positiva, é importante comparar o comportamento ou atuação atual com o proposto, considerando os benefícios da mudança. e “Uma das características de um líder eficaz é que ele consegue dar ‘más notícias’ de tal forma que as pessoas as interpretem como possibilidades de mudança. É sempre possível ser construtivo e olhar para frente, não importa quão negativa a situação pareça”. (DOLAN, 2006, p. 150) 2.2 Fase II – Mudança A segunda fase da mudança se caracteriza pela reestruturação cognitiva ou a mudança no plano mental dos indivíduos envolvidos. Para tanto, duas atividades devem ser realizadas: • Conhecer como as mudanças estão acontecendo em outras empresas, ou em outros países, por meio de pesquisas ou visitas técnicas, literaturas etc.; • Identificar novos possíveis modos de agir, usando a técnica de benchmarking. É nesta fase intermediária que a resistência técnica, psicológica e social atua com mais força. 35 Benchmarking: O processo de comparação do desempenho entre dois ou mais sistemas é chamado de benchmarking e as cargas usadas são chamadas de benchmarks. O processo de benchmarking não se limita à simples identificação das melhores práticas; também contempla, por exemplo, a sua divulgação por intermédio das diversas técnicas de marketing. O benchmarking traduz-se, então, num processo através do qual se observa, aprende e melhora, podendo ser aplicado a qualquer área de atividade organizacional, desde o desenvolvimento estratégico (WATSON, 1993) até o serviço do cliente e sua satisfação (LEPARD; MOLYNEUX, 1994), passando pelas operações (SHETTY, 1993). g Aprofunde seus conhecimentos sobre como realizar um benchmarking, acesse o link a seguir e descubra! https://endeavor.org.br/benchmarking/ 2.3 Fase III – Estabilização Após o projeto de mudança ter sido colocado em prática, ele deve ser estabilizado. Significa substituir as decisões temporárias por definitivas. Para colaborar com um ambiente de mudanças, Dolan (2006, p. 151) sugere a implementação de modelos de participação nos lucros e o abandono da exigência de cartão de ponto, sedimentando um novo ambiente de comprometimento e confiança nas organizações. Segundo Dolan, as mudanças nas organizações devem ser apresentadas de maneira discreta, com processos limitados no tempo e no espaço. É importante que os membros da organização incorporem as novas formas de pensamento e comportamento à sua autoimagem e às relações com pessoas e grupos. 36 3 Funções-Chave de um Líder no Processo de Mudança Bennis (1989) citado por Dolan (2006, p. 152) diferencia quatro funções-chave do trabalho de gestão de um líder em um processo de mudança: • Gestão da atenção: Cativar a atenção das pessoas, mostrando a visão do futuro e dos valores da organização pelos quais as pessoas acreditem que seja possível trabalhar e mudar; • Gestão do sentido: Dar sentido às variáveis internas e externas que justifiquem a mudança. Esta habilidade está relacionada diretamente com o talento para a comunicação; • Gestão da confiança: Criar a confiança, mantê-la e renová-la; • Gestão de si mesmo: É essencial que o líder que vá legitimar a mudança seja capaz de conter suas ansiedades e de manter o equilíbrio emocional para enfrentar situações de conflito e de desespero, caso ocorram. c Os líderes precisam ficar atentos para não se sobrecarregarem durante o processo de mudança. A tendência é centralizar e deixar de delegar, não compartilhando as funções mais inovadoras e estratégicas e, consequentemente, provocando estresse. Existe também o risco de não se preocuparem com as pessoas que estão realizando a mudança, focando apenas em “fazer as coisas acontecerem”. Não sendo uma atitude compatível com o diálogo e a participação, podem acarretar uma mudança para pior e não para melhor. 37 O modelo mais adequado é a abordagem de “possibilitar que as coisas aconteçam”, permitindo a participação de todos os membros da organização no processo de mudança. Nesse modelo, o líder tem o papel de orquestrador ou facilitador do processo. 4 Resistência à Mudança Em uma mudança sempre haverá resistência, um tipo de estresse, ou esforço de adaptação, e as pessoas tendem a reagir com um comportamento defensivo que vai da passividade à agressividade, uma vez que as mudanças alteram seus hábitos, principalmente durante a fase de transição. A resistência pode provocar atrasos ou fracasso no alcance dos objetivos, e até sabotagem, desperdício de recursos humanos e financeiros, e perda de confiança na liderança. Podem se manifestar de forma implícita ou imediatamente, ou muito mais tarde: • Resistência implícita: manifesta-se pela súbita perda de motivação, aumento do número de erros, ausências injustificadas, comportamento improdutivo; • Resistência protelada: o ressentimento pode se desenvolver lentamente e emergir na forma de resistência, muito tempo depois do fato ocorrido, inesperadamente e desproporcional. É importante preocupar-se com a resistência protelada, por ser mais difícil de detectar e de lidar. A resistência à mudança também pode ser justificada e se manifestar por meio de: fóruns dos colaboradores, expressando suas frustrações; destaque de problemas importantes e incompreendidos; aviso de que as mudanças propostas estão indo de encontro aos valores dos empregados e da organização. Temas esses que devem ser levados em consideração pelos gestores. 38 5 A Comunicação no Processo de Mudança Em qualquer organização, o processo de comunicação é imprescindível. Em um momento de mudança, ainda mais. Segundo Dolan (2006, p. 157), “as pessoas podem mudar de duas formas: por obrigação ou por vontade própria. Muito provavelmente, a mudança forçada não gerará a melhoria esperada nas dimensões do comportamento como criatividade e cordialidade com os clientes”. A comunicação é a única ferramenta que pode alterar o processo, alcançando a mudança esperada. c Quanto mais uma empresa desconsiderar o papel fundamental das pessoas na organização, é menos provável que reconheça a necessidade de mudança da cultura, e menos eficaz será sua comunicação interna. Resumindo Os líderes precisam ficar atentos para não ficarem sobrecarregados durante o processo de mudança. A tendência é centralizar e deixar de delegar, não compartilhar as funções mais inovadoras e estratégicas e, consequentemente, provocar estresse. Preocupe-se com as pessoas que estão realizando a mudança, não focando apenas em “fazer as coisas acontecerem”. Essa é uma atitude compatível com o diálogo e a participação, podendo acarretar uma mudança paramelhor. O modelo mais adequado em um processo de mudança é “possibilitar que as coisas aconteçam”, permitindo a participação de todos os membros da organização no processo. 39 a 1) Manter paradigmas ultrapassados dá o mesmo trabalho que revê-los. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 2) “As pessoas têm muita dificuldade em mudar. A mudança nos desinstala, nos tira da zona de conforto e nos força a fazer coisas de modo diferente, o que é difícil” (HUNTER, 2004, p. 47) ( ) Verdadeiro ( ) Falso 3) “Uma das características de um líder eficaz é que ele consegue dar as “más notícias” de uma tal forma que as pessoas as interpretam como possibilidades de mudança. É sempre possível ser construtivo e olhar para frente, não importa quão negativa a situação pareça” (DOLAN, 2006, p. 150) ( ) Verdadeiro ( ) Falso 4) O processo de comparação do desempenho entre dois ou mais sistemas é chamado de benchmarking. ( ) Verdadeiro ( ) Falso Atividades 40 Referências ASHCAR, M. T. Eu, caçador: o poder do coaching. Goiânia: IBC, 2013. COVEY, S. R. Os Sete hábitos das pessoas muito eficazes. São Paulo: Nova Cultura, 1989. DOLAN, S. L.; GARCIA, S. Gestão por valores. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006. IBC – INSTITUTO BRASILEIRO DE COACHING. Business and executive coaching. São Paulo: IBC, 2013. ______. Coaching Assessment: avaliação comportamental. São Paulo: IBC, 2012. HUNTER, J. C. O Monge e o executivo: uma história sobre a essência da liderança. Rio de Janeiro: Sextante, 2004 PENTEADO, J. R. W. Técnicas de chefia e liderança. São Paulo: Livraria Pioneira, 1965. 41 UNIDADE 4 | RELACIONAMENTO INTERPESSOAL: COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS, ATITUDES E COMPORTAMENTOS QUE MELHORAM OS RESULTADOS NO TRABALHO EM EQUIPE 42 Unidade 4 | Relacionamento Interpessoal: Competências Essenciais, Atitudes e Comportamentos que Melhoram os Resultados no Trabalho em Equipe d Você conhece os objetivos estratégicos da sua organização? Quais dos seus objetivos pessoais são comuns aos de sua organização? Um objetivo comum muda a relação das pessoas com a organização. Deixa de ser a “empresa deles” para passar a ser considerada a “nossa empresa”. A Terceira Disciplina de Peter Senge ensina que os objetivos comuns nascem sempre dos objetivos pessoais, por esse motivo, nasce uma forte fonte de energia alavancando o comprometimento. Organizações que pretendem construir objetivos comuns devem incentivar seus membros a construírem objetivos pessoais. Quando as pessoas sabem exatamente o que querem podem se reunir para criar uma forte sinergia. 43 1 Terceira Disciplina: Objetivo Comum (Visão Compartilhada) Formatar objetivos comuns é uma competência essencial para a integração das pessoas com a organização. Os valores tanto da organização quanto dos seus membros levam tempo para fluir, demandam conversas constantes, nas quais os indivíduos devem ter liberdade para expressar seus sonhos, como também para ouvir os sonhos dos outros – dessa construção surge o comprometimento. Poucos assuntos são tão importantes para a administração contemporânea quanto o comprometimento. Muitas vezes o que é considerado comprometimento é, na verdade, “obediência”. Comprometimento significa que a pessoa fará com que se realize, que criará leis se forem necessárias para o cumprimento do acordado. O comprometimento traz energia, paixão, empolgação, que não serão gerados se a pessoa for apenas obediente. Um grupo de pessoas comprometido com um objetivo comum faz surgir uma força inigualável, capaz de realizar o que parece impossível. Utilizar a Gestão por Valores (GPV) como uma ferramenta de gestão se dá com o propósito básico de simplificar, orientar e assegurar o comprometimento: • Simplificar: significa eliminar a complexidade organizacional no processo de adaptação às mudanças exigidas pelo mercado ou clientes. • Orientar: é direcionar a visão estratégica para o futuro; • Assegurar o comprometimento: é traduzir os objetivos estratégicos em políticas de relacionamento, desempenho e qualidade, dando a autonomia e responsabilidade impostas pelos novos modelos organizacionais às pessoas que integram os times de trabalho. Como referência à autonomia, Dolan (2006, p. 10) explica: um profissional sem autonomia não é um verdadeiro profissional, apenas um operador ou um trabalhador dependente. A autonomia é essencial para que se aceite responsabilidade. Os autores exemplificam: a Hewlett-Packard (HP), com um estilo de gestão baseado na confiança e compreensão mútuas, e com uma estrutura organizacional ágil, foi apontada pela revista Fortune, em abril de 2000, como a número 2 dos Estados Unidos na área de computadores e equipamentos, demonstrando o poder de uma força de trabalho independente. A HP vê o indivíduo, a dignidade de cada um, e o reconhecimento de contribuições pessoais como essenciais para o seu sucesso. A empresa expressa essa 44 crença valorizando a autonomia: a autonomia gera motivação, iniciativa e criatividade pessoal, e dá aos funcionários a oportunidade de trabalhar com um maior grau de liberdade para atingir metas e objetivos compartilhados. 2 Quarta Disciplina: Aprendizagem em Grupo A reunião de diversas pessoas altamente competentes para realizar um trabalho em equipe não significa que a média do grupo permanecerá alta. Quando diversas pessoas que não aprenderam a trabalhar em equipe se reúnem, a tendência é que o desempenho caia. A característica fundamental das equipes pouco alinhadas é a perda de energia (IBC, BEC, 2013, p. 219). c Aprendizado em grupos é o processo de alinhamento e desenvolvimento da capacidade de um grupo criar o que realmente deseja. Ele se desenvolve a partir da criação de um objetivo comum e também do domínio pessoal. 2.1 Três Dimensões do Aprendizado em Grupo • Analisar com discernimento as questões complexas: significa que os membros precisam aprender a canalizar o potencial de cada um para o desenvolvimento da questão, de maneira que a inteligência em conjunto seja maior que a individual. • Desenvolver ações inovadoras e coordenadas: Todos os membros da equipe desenvolvem o mesmo tipo de atuação, com consciência de que integra uma equipe e age de forma a complementar as ações dos outros integrantes. Um bom exemplo é uma orquestra. • Na terceira dimensão, a atuação de um grupo extrapola o próprio grupo exercendo influência sobre outros grupos. Nessa dimensão, a maioria das decisões tomadas por equipes de influência são exercidas por outras equipes. 45 c A aprendizagem em grupo é uma disciplina coletiva, apesar de levar em consideração as competências individuais. Em um grupo, não se usa dizer “eu” faço, mas sim “nós” fazemos. 3 Prática do Diálogo e da Discussão De acordo com Peter Senge citado por IBC BEC(2013, p. 220) existem dois tipos diferentes de discurso: diálogo e discussão. Os dois são importantes para um grupo que desenvolve o aprendizado contínuo, mas seu poder está na sinergia, que não estará presente se não forem reconhecidas as diferenças individuais. 46 3.1 Discussão Na discussão, o objetivo das partes é vencer. Significa fazer com que sua ideia seja aceita pelo grupo. Entretanto, a fixação em vencer não prioriza a verdade e a coerência. Numa discussão, diferentes ideias são apresentadas e defendidas, o que pode resultar em uma boa análise da situação como um todo. 3.2 Diálogo No diálogo, o grupo analisa questões complexas sobre diferentes pontos de vista, comunicando suas ideias livremente, sem precisar se ater a nenhuma opinião individual. Quando ocorre o diálogo, existe uma coletividade de raciocínio. As ideias são apresentadascomo um meio para se chegar a outras ideias. As pessoas conseguem identificar o raciocínio do pensamento. O raciocínio é um processo em andamento e os pensamentos são os resultados do raciocínio. h Bohm citado por IBC BEC (2013, p. 221) identifica três condições básicas para o diálogo: • Os participantes devem manter suspensas suas suposições; • Todos os participantes devem se considerar colegas; • Deve haver um orientador para manter o contexto do diálogo, objetivando que as pessoas mantenham o domínio do processo e do resultado. Uma equipe de aprendizagem sabe se movimentar entre o diálogo e a discussão, passando de um para o outro sempre que for necessário. 47 g Assista ao vídeo sobre a importância da visão compartilhada acessando o link a seguir! https://www.youtube.com/watch?v=PWlsIu7R9NM Resumindo O comprometimento traz energia, paixão, empolgação, que não são gerados se a pessoa for apenas obediente. A aprendizagem em grupo é uma disciplina coletiva, apesar de levar em consideração as competências individuais. Em um grupo não se usa dizer “eu” faço, mas sim “nós” fazemos. No diálogo, o grupo analisa questões complexas sobre diferentes pontos de vista, comunicando suas ideias livremente, sem precisar se ater a nenhuma opinião individual. 48 a 1) Reflita: você é comprometido com o seu trabalho? ( ) Sim ( ) Não 2) A autonomia é essencial para que se aceite responsabilidade. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 3) Quando diversas pessoas que não aprenderam a trabalhar em equipe se reúnem, a tendência é que o desempenho aumente. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 4) Aprendizado em grupos é o processo de alinhamento e desenvolvimento da capacidade de um grupo criar o que realmente deseja. Ele se desenvolve a partir da criação de um objetivo comum e também do domínio pessoal. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 5) A aprendizagem em grupo é uma disciplina coletiva, apesar de levar em consideração as competências individuais. Em um grupo não se usa dizer “eu” faço, mas sim, “nós” fazemos. ( ) Verdadeiro ( ) Falso Atividades 49 Referências ASHCAR, M. T. Eu, caçador: o poder do coaching. Goiânia: IBC, 2013. COVEY, S. R. Os Sete hábitos das pessoas muito eficazes. São Paulo: Nova Cultura, 1989. DOLAN, S. L.; GARCIA, S. Gestão por valores. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006. IBC – INSTITUTO BRASILEIRO DE COACHING. Business and executive coaching. São Paulo: IBC, 2013. ______. Coaching Assessment: avaliação comportamental. São Paulo: IBC, 2012. HUNTER, J. C. O Monge e o executivo: uma história sobre a essência da liderança. Rio de Janeiro: Sextante, 2004 PENTEADO, J. R. W. Técnicas de chefia e liderança. São Paulo: Livraria Pioneira, 1965. 50 UNIDADE 5 | EQUIPES DE TRABALHO: A IMPORTÂNCIA DA SINERGIA NO TRABALHO EM EQUIPE 51 Unidade 5 | Equipes de Trabalho: a Importância da Sinergia no Trabalho em Equipe d É comum duas pessoas discordarem e as duas estarem certas? Você acredita que os grupos desenvolvem mais dinâmicas e conhecimentos do que uma pessoa sozinha? O que você entende por sinergia? Sinergia significa cooperação, onde o todo é maior do que as partes. Sua essência está na valorização das diferenças mentais, emocionais e psicológicas das pessoas. Valorizar as diferenças aumenta o conhecimento e a compreensão da realidade. Quando existe sinergia, as pessoas possuem humildade e entendimento de suas limitações e dos imensos recursos de que dispõem. Nesta unidade, vamos entender como a sinergia modifica a atuação de um grupo. Todo o nosso estudo será subsidiado pela obra de Stephen R. Covey: Os Sete hábitos das pessoas muito eficazes, onde a “Sinergia” é o sexto hábito, e é tão forte que engloba todos os outros. 52 1 Os Sete Hábitos das Pessoas Muito Eficazes de Stephen R. Covey e Os hábitos das pessoas abrangem os sete princípios fundamentais da eficiência humana. Passa da abordagem dependente para a interdependência, em que as partes representam o todo. “O relacionamento entre as partes também inclui o poder de criar uma cultura sinérgica dentro da família ou de uma organização. Quanto mais genuíno for o envolvimento, quanto mais sincera e voluntária a participação na análise e solução dos problemas, maior a liberação da criatividade individual e seu comprometimento com o que está sendo criado” (COVEY, 1989, p. 188). Hábito 1 – Ser proativo: refere-se aos princípios de visão pessoal. Hábito 2 – Começar com o objetivo na mente: são princípios de liderança pessoal. Hábito 3 – Primeiro o mais importante: princípios de administração pessoal. Hábito 4 – Pense em vencer/vencer: princípios de liderança interpessoal. Hábito 5 – Procure primeiro compreender, depois ser compreendido: princípios de comunicação empática. Hábito 6 – “Sinergizar”: princípios de cooperação criativa. Hábito 7 – Afinando o instrumento: princípios de autorrenovação equilibrada. 53 2 Hábito 6 – “Sinergizar” O que é sinergia? Em uma definição simples, significa que o todo é maior do que a soma das partes. Significa que a relação estabelecida entre as partes é, em si e por si, também uma parte. Não apenas é uma parte, e sim a parte mais catalítica, mais poderosa, mais unificadora e mais excitante. A sinergia é o princípio da cooperação criativa. É importante considerar as opiniões, diferenças e percepções de cada pessoa, investir em pontos fortes e compensar as fraquezas. Mesmo olhando um mesmo objeto, duas pessoas veem coisas diferentes. A interpretação varia de acordo os condicionamentos de cada um, e nesse sentido, é importante procurar ver do ponto de vista do outro, criando um ambiente verdadeiramente propício para cada pessoa agir de forma cooperativa. Assim, sinergizar é reforçar o amor-próprio e o respeito a cada um, abrindo oportunidades para que as pessoas amadureçam, atinjam a independência e cheguem gradualmente à interdependência. Quando ocorre a sinergia, o respeito entre os membros de uma equipe é tão alto que, em caso de discordância, em vez de defesa e oposição, as pessoas fazem um esforço genuíno para a compreensão. A atitude é: “Se uma pessoa com a sua inteligência, competência e dedicação discorda de mim, deve haver algo em sua opinião que eu não compreendo, e eu preciso entender isso”. A importância de valorizar as diferenças foi registrada em uma fábula muito citada, chamada A Escola dos Bichos, do educador Dr. R. H. Reeves, citado por Covey (1989, p. 185), confira-a a seguir. Era uma vez um grupo de animais que decidiu fazer algo de heroico para resolver os problemas de um “Novo Mundo”, de modo que fundaram uma escola. Adotaram um currículo de atividades que incluía corrida, alpinismo, natação e voo. Para tornar mais fácil a administração, todos os animais participaram de todos os cursos. 54 O pato era excelente em natação, na verdade melhor do que o professor, e conseguiu boas notas em voo, mas não se deu bem em corrida.Como ele era muito lento na corrida, precisou ficar após as aulas para praticar mais, inclusive abandonando a natação. E manteve este esquema até que seu pé de pato ficou muito machucado, e ele no máximo conseguia nadar um pouco, dentro da média. Como ele estava dentro da média, de acordo com o objetivo da escola, ninguém se importou com o problema, fora o próprio pato. O coelho começou em primeiro lugar na aula de corrida, mas sofreu um colapso nervoso por causa das dificuldades com a natação. O esquilo mostrou-se excelente em alpinismo, mas ficou frustrado com a aula de voo, porque seu professor oobrigava a começar do chão, sem permitir a decolagem do alto das árvores. Também passou a sofrer de câimbras por excesso de esforço físico, e acabou tirando C em alpinismo e D em corrida. A águia era um aluno problema, e teve de ser castigada severamente. Na aula de alpinismo ela ganhou de todos, mas insistia em atingir o alto com suas próprias técnicas. No final do ano, uma cobra que conseguia nadar muito bem, e também sabia correr, praticar alpinismo e até voar um pouquinho, tirou a média mais alta e foi considerada a melhor aluna. Os cachorros-do-mato fugiram da escola e não pagaram as mensalidades, porque a direção se recusava a incluir cavar e farejar no currículo. Eles mesmos ensinaram seus filhos a latir, e mais tarde uniram-se aos porcos e tatus para fundar uma escola particular. 55 c É preciso entender os valores, e reforçar os pontos fortes de cada indivíduo, evitando que se tornem pessoas medíocres ao serem forçadas a desenvolver competências inadequadas às suas habilidades. Quanto maior o envolvimento e a participação reforçando os pontos fortes, maior será a liberação da criatividade individual e seu comprometimento com o que está sendo criado. Este é o segredo do poder na atitude japonesa nos negócios, que mudou o mercado mundial. 3 Atributos da Pessoa Sinérgica Muitas pessoas nunca sentiram a força da sinergia. Elas foram criadas utilizando a comunicação defensiva e protetora e entendem que as outras pessoas não são dignas de confiança. Como resultado, elas nunca se abrem, realmente, para os princípios da sinergia. Para ser sinérgico consigo mesmo em um ambiente hostil, você deve desconsiderar os insultos, desviar a energia negativa e buscar o que há de bom nos outros. Dessa forma, irá melhorar seu ponto de vista e aumentar sua perspectiva. Quando puder atuar de forma interdependente, exerça a coragem, expresse seus sentimentos, ideias e experiências, de um modo que encoraje outras pessoas a fazer o mesmo. Conforme ensinou Carl Rogers citado por Covey (1989, p. 177), “O que é mais pessoal é mais universal”. Quanto mais autêntico você se torna, mais genuína é sua expressão, particularmente com referência a experiências pessoais e até mesmo dúvidas, e mais as pessoas conseguem se relacionar com você. 56 4 Sinergia no Trabalho em Equipe De acordo com Covey (1989), a sinergia é a coroação de todos os hábitos. É a eficácia em uma realidade interdependente presente no trabalho em equipe e na criação conjunta. Quando corretamente compreendida, a sinergia é a atividade mais dinâmica de todas as outras. Está presente na manifestação de todos os outros hábitos vistos em conjunto. As formas mais desenvolvidas da sinergia concentram-se na motivação de vencer/vencer e nas habilidades da comunicação empática, para enfrentar os desafios mais difíceis da vida. A sinergia é a essência da liderança baseada em princípios. Ela catalisa, unifica e libera os poderes existentes dentro das pessoas, principalmente a criatividade, permitindo que as pessoas se manifestem, tenham força e confiança interior. As pessoas ineficientes convivem dia após dia com este potencial mal-aproveitado. Elas experimentam a sinergia apenas em campos restritos e periféricos de suas vidas. Normalmente são inseguras e acreditam que seus paradigmas representam a realidade, portanto, entendem que todos devem ser como elas, procuram moldar as pessoas, sem se darem conta de que a verdadeira força do relacionamento é ter um outro ponto de vista. 57 As experiências sinérgicas estão fortemente presentes nos esportes, onde os jogadores conseguem entrar realmente no espírito de um time, por um período determinado. Em situações de emergência também é possível sentir a manifestação da sinergia – as pessoas cooperam de uma forma anormalmente alta, submetendo o ego e o orgulho ao esforço para salvar a vida de alguém, ou para superar uma crise. g Existem algumas dicas básicas para otimizar o trabalho da equipe, tornando-a sinérgica. O artigo através do link a seguir e confira! http://veler.com.br/blog/sinergia-sua-equipe-trabalhando-em- prol-de-um-objetivo-comum/ Resumindo O que é sinergia? Em uma definição simples, significa que o todo é maior do que a soma das partes. A sinergia é o princípio da cooperação criativa. Chegamos ao final deste curso. Com certeza foi possível refletir, em todas as unidades, sobre a importância da motivação e as formas de incentivo. Como diz a filosofia oriental: “Não buscamos imitar os mestres, procuramos o que eles procuravam”. Não queremos imitar as experiências sinérgicas criativas do passado, mas desejamos criar outras, a partir de objetivos novos, diferentes e por vezes mais nobres, Covey (1989, p. 178). 58 a 1) “Quanto mais genuíno for o envolvimento e quanto mais sincera e voluntária a participação na análise e solução dos problemas, maior a liberação da criatividade individual e seu comprometimento com o que está sendo criado” (COVEY, 1989, p.188). ( ) Verdadeiro ( ) Falso 2) Quando ocorre a sinergia, o respeito entre os membros de uma equipe é tão alto que, em caso de discordância, em vez de defesa e oposição, as pessoas fazem um esforço genuíno para a compreensão. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 3) Estratégia de acomodação: Nessa estratégia, as diferenças existentes são minimizadas e são sobrevalorizados os pontos de acordo. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 4) Para ser sinérgico consigo mesmo em um ambiente hostil, você não deve considerar os insultos, nem absorver a energia negativa. ( ) Verdadeiro ( ) Falso Atividades 59 Referências ASHCAR, M. T. Eu, caçador: o poder do coaching. Goiânia: IBC, 2013. COVEY, S. R. Os Sete hábitos das pessoas muito eficazes. São Paulo: Nova Cultura, 1989. DOLAN, S. L.; GARCIA, S. Gestão por valores. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006. IBC – INSTITUTO BRASILEIRO DE COACHING. Business and executive coaching. São Paulo: IBC, 2013. ______. Coaching Assessment: avaliação comportamental. São Paulo: IBC, 2012. HUNTER, J. C. O Monge e o executivo: uma história sobre a essência da liderança. Rio de Janeiro: Sextante, 2004 PENTEADO, J. R. W. Técnicas de chefia e liderança. São Paulo: Livraria Pioneira, 1965. 60 Gabarito Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Questão 5 Unidade 1 V V V F - Unidade 2 V V V V - Unidade 3 V V V V - Unidade 4 - V F V V Unidade 5 V V F V -
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