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RELATORIO DE BIOQUIMICA III UREMIA E URICEMIA.

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TÍTULO: Determinação de uricemia 
OBJETIVO: Sistema enzimático para determinação do ácido úrico por reação de ponto final em amostras de sangue, urina e líquidos (amniótico e sinovial).
INTRODUÇÃO:
Ácido úrico
O exame de ácido úrico, que pode ser feito tanto pela análise de sangue quanto pela análise de urina, é realizado para a identificação das taxas de ácido úrico no organismo.
O ácido úrico é produzido pelo organismo por meio da quebra da proteína chamada purina. O ácido úrico produzido pela purina é filtrado pelos rins e eliminado pela urina, em menor quantidade pelas fezes e também mantida no sangue.
É mais comum a alteração no ácido úrico por causa do excesso do ácido e não de sua diminuição que pode estar relacionada a doenças renais, hepáticas ou influência medicamentosa. A quantidade elevada de ácido úrico é chamada de hiperuricemia e pode ocasionar a:
Gota (acúmulo e cristalização do ácido úrico) = a doença provoca inchaços, inflamações e dores nas articulações (joelhos, tornozelos, dedos e calcanhares). Sendo mais frequente em homens adultos, a gota pode surgir nas mulheres após o início da menopausa.
Gota úrica:
A gota é também conhecida por artrite gotosa aguda, excesso de ácido úrico. Caracteriza-se por ser um tipo de artrite que acontece quando o ácido úrico tem acúmulo no sangue, causando inflamação nas articulações.
Sua causa exata ainda é desconhecida, mas estudos apontam que se deve à presença de níveis de ácido úrico maiores que o normal na corrente sanguínea ou, ainda, se a pessoa tiver dificuldade de eliminar o ácido úrico que é produzido. Quando esta substância se acumula no líquido ao redor das articulações (chamado sinovial), formam-se cristais de ácido úrico. Esses cristais provocam inchaço e inflamação nas articulações. Uma causa bastante comum da gota é a ingestão de bebidas alcoólicas que, por sua vez, é também uma causa comum de hiperuricemia, o que pode causar a gota também. Causas alimentares representam cerca de 12% de ocorrência de gota e inclui uma forte associação com o consumo de álcool, bebidas açucaradas com frutose (como refrigerantes), carne vermelha e frutos do mar. Outras causas incluem trauma físico e cirurgia.
A maior parte do ácido úrico de nosso organismo é produzida por ele mesmo. Em 80 a 90% dos casos de gota, a origem é a má excreção de ácido úrico pelos rins e não uma super ingestão. Então, nos rins, o ácido úrico é reabsorvido pela corrente sanguínea, o que leva à hiperuricemia (excesso de ácido úrico).
Há basicamente dois tipos de gota, a aguda e a crônica, vejamos:
Gota aguda: dolorosa e, normalmente, afeta uma articulação.
Gota crônica: ocorre em episódios repetidos de dor e inflamação que podem envolver mais de uma articulação.
Mas também, há a divisão entre primária e secundária:
Gota primária: não está bem definida, estima-se que fatores genéticos influenciam os níveis elevados de ácido úrico no sangue. É também conhecida como gota idiopática.
Gota secundária: vários fatores podem aumentar os níveis de ácido úrico no sangue, que pode ser por causa de dieta rica em carne, álcool, etc. Também se desenvolve em decorrência de outras doenças, como:
Doenças hemolíticas (anemia falciforme, talassemia, etc.).
Doenças mieloproliferativas (leucemia).
Psoríase.
Insuficiência renal.
Obesidade.
Hipertensão arterial.
Hipotireoidismo.
Grupos e fatores de risco
São grupos e fatores de risco da gota:
Histórico familiar, uma vez que a doença pode ser genética.
Mais comum em homens após os 40 anos.
Mulheres após a menopausa.
Ingestão excessiva de álcool.
Uso de determinados medicamentos diuréticos.
Hipertensão.
Diabetes.
Colesterol alto.
Altos níveis de gordura corporal.
Arteriosclerose.
O que os níveis elevados de ácido úrico podem provocar no organismo:
Problemas nos rins, como insuficiência renal, cálculos renais, problemas cardiovasculares, vermelhidão, gota ou dores nas articulações estão associados como consequências de altas taxas de ácido úrico no organismo humano. Por outro lado, os níveis baixos de ácido úrico podem ser causados pela síndrome de Fanconi ou pela doença de Wilson.
Cabe ressaltar que tratamentos radioterápicos, quimioterápicos, medicamentosos e até a ingestão de determinados alimentos podem elevar os índices de ácido úrico no organismo. Os valores de referência do ácido úrico, tanto na urina quanto no sangue, variam em cada laboratório.
Avaliar a quantidade de ácido úrico
O exame de ácido úrico pode ocorrer pela avaliação da urina ou do sangue, o exame é útil para a identificação dos níveis do ácido, verificando, assim, a presença de gota ou a eficácia do tratamento. É importante informar ao seu médico se você está tomando algum remédio, pois algumas medicações podem aumentar ou reduzir os valores detectados de ácido úrico no organismo.
Alguns alimentos que contêm purina:
Frutos do mar;
Cogumelos;
Sardinhas;
Bebidas alcoólicas;
Carnes vermelhas;
Miúdos (como rins e fígado);
Feijão;
A purina está presente em diversos elementos, por isso é necessário seguir uma dieta com a eliminação deles ou o controle.
Tratamento:
Modificar a dieta, realizar exames físicos, evitar ou reduzir o consumo de bebidas alcoólicas fazem parte do tratamento de gota e do controle do ácido úrico. O tratamento medicamentoso inclui o uso de anti-inflamatórios, para a diminuição da dor, e remédios próprios para a diminuição do ácido como o alopurinol. Além dessas recomendações, é extremamente importante que o paciente ingira bastante água, para manter a sua hidratação e evitar futuras complicações renais.
PRECEDIMENTO:
METODOLOGIA:
RESULTADO: 
CONCLUSÃO:
TÍTULO: Determinação de uremia.
OBJETIVO: Teste cinético (por tempo fixo) UV para determinação da úreia em fluidos biológicos.
INTRODUÇÃO:
Uréia
O ciclo da ureia é uma sequência de reações bioquímicas com o objetivo de produzir este composto, a partir da amônia.
A amônia é uma substância tóxica, do metabolismo do nitrogênio, que deve ser eliminada rapidamente do organismo. A eliminação pode ser por excreção direta ou por excreção após a conversão em compostos menos tóxicos.
Os peixes excretam a amônia diretamente, já que é solúvel em água e se dissolve rapidamente.
As aves e animais terrestres excretam o nitrogênio sob a forma de ácido úrico.
Os animais terrestres excretam o nitrogênio sob a forma de ureia, composto muito solúvel em água e não tóxica para as células.
Em seres humanos e mamíferos, quase 80% do nitrogênio excretado é sob a forma da ureia.
Onde ocorre o Ciclo da Ureia
O ciclo da ureia ocorre nas células do fígado e em menor parte, nos rins. Inicia-se na mitocôndria e segue para o citosol da célula, onde se dá a maior parte do ciclo.
Ciclo da Ureia e Ciclo de Krebs
O ciclo da ureia é ligado ao ciclo de Krebs.
As reações dos dois ciclos são relacionadas e alguns produtos intermediários formados no ciclo de Krebs são precursores de reações para o ciclo da ureia.
Etapas do Ciclo da Ureia
Consistem em cinco reações, duas no interior da mitocôndria e três no citosol.
Cada etapa é catalisada por uma enzima. Assim, há cinco enzimas envolvidas no ciclo da uréia: carbamil-fosfato sintetase, ornitina-transcarbamilase, arginino-succinato sintetase, arginino-succinato liase e arginase.
De modo resumido, o ciclo ocorre da seguinte forma:
A enzima carbamil-fosfato sintetase, presente na mitocôndria, catalisa a condensação da amônia com bicarbonato e forma carbamoilfosfato. Para essa reação há o consumo de duas moléculas de ATP.
A condensação da ornitina, presente na mitocôndria, e do carbamoilfosfato gera citrulina, sob ação da enzima ornitina-transcarbamilase. A citrulina é transportada para o citosol e reage com aspartato gerando argininosuccinato e fumarato.
A enzima arginino-succinato sintetase, presente no citosol, catalisa a condensação da citrulina e do aspartato, com consumo de ATP, e forma argininossuccinato.
A enzima arginino-succinato liase catalisa a transformação do argininossuccinato em arginina
e fumarato.
Por fim, a enzima arginase catalisa a quebra da arginina, originando ureia e ornitina. A ornitina volta para a mitocôndria e reinicia o ciclo.
Funções do Ciclo da Ureia
A principal função do ciclo da ureia é eliminar a amônia tóxica do corpo. Ou seja, tem a função de eliminar o nitrogênio indesejado do organismo.
A ureia é eliminada do organismo, através da urina. Aproximadamente 10 a 20 g da amônia são removidos do corpo de um adulto saudável cada dia.
Uremia
A uremia é uma síndrome causada pelo acúmulo de ureia no sangue, substância tóxica produzida no fígado após a digestão de proteínas, que é, normalmente, filtrada pelos rins. Geralmente, o excesso da ureia capaz de provocar uma uremia acontece quando os rins sofrem uma insuficiência, ficando incapazes de filtrar o sangue como deveriam.
No entanto, em pessoas saudáveis, o nível de ureia no sangue também pode estar ligeiramente aumentado devido a vários fatores, como os hábitos alimentares, sedentarismo, hidratação corporal e a forma como o organismo realiza o metabolismo, não significando, necessariamente, que há uma doença renal.
A insuficiência dos rins é causada por lesões devido a doenças agudas ou crônicas que afetam estes órgãos, como a pressão alta, diabetes, desidratação, infecções graves, pancadas por acidentes, alcoolismo ou uso de drogas. Entenda melhor o que é insuficiência renal, seus sintomas e tratamento. 
Insuficiência renal aguda (IRA)
As causas da insuficiência renal aguda são muito diversas, tendo em conta que esta constitui uma complicação comum a inúmeras alterações do próprio aparelho urinário ou exteriores a ele. Por isso, é possível distinguir três tipos de insuficiência renal aguda: pré-renal, renal e pós-renal.
Insuficiência renal aguda pré-renal. Esta forma pode ser provocada por qualquer doença que provoque uma brusca diminuição do fluxo sanguíneo renal: hemorragias, queimaduras extensas, desidratação intensa, choque, insuficiência cardíaca, etc. Embora inicialmente não provoque qualquer lesão do tecido renal, apenas uma significativa redução da sua funcionalidade, se o problema persistir, acaba por originar uma insuficiência renal.
Insuficiência renal aguda de causa renal. Neste caso, a origem da insuficiência funcional corresponde a uma doença dos próprios rins ou a uma intoxicação com produtos nocivos para os rins. De facto, qualquer doença orgânica que provoque problemas difusos em ambos os rins, bem como inúmeros produtos nefrotóxicos, (diversos antibióticos, metais pesados como o mercúrio, o bismuto, anestésicos, anti--inflamatórios e meios de contraste biológicos), pode originar uma insuficiência renal aguda.
Insuficiência renal aguda pós-renal ou obstrutiva. Neste caso, embora a produção de urina seja normal, existe um problema em alguma parte das vias urinárias que impede a sua eliminação: cálculos, compressões, tumores, etc. Caso a obstrução seja eliminada, a evolução do quadro é favorável; caso o obstáculo persista, pode provocar lesões no parênquima renal.
Depuração da Creatinina (clearance)
Creatinina é um composto orgânico nitrogenado e não-protéico formado a partir da desidratação da creatina. A creatina é sintetizada nos rins, fígado e pâncreas e transportada para outros órgãos como músculo e cérebro, onde é fosforilada a fosfocreatina, através de reação catalisada pela creatina quinase. Uma parte da creatina livre no músculo não participa desta reação e é convertida espontaneamente em creatinina. A cada dia, 1 a 2% da creatina dos músculos é convertida em creatinina.
Como a quantidade de creatinina endógena produzida é proporcional à massa muscular, sua produção varia com o sexo e a idade da pessoa. O homem não obeso excreta em torno de 1,5 g/dia e a mulher 1,2 g/dia. A excreção diária pode ser 10 a 30% maior como resultado da ingesta de creatina e creatinina presentes em carnes.
Uma vez que a creatinina produzida endogenamente, é liberada nos fluidos corporais a uma taxa constante e os valores plasmáticos são mantidos em limites estreitos, ela é largamente utilizada para a determinação da eficiência da função renal, especialmente da taxa de filtração glomerular.
Devido às facilidades operacionais e de custo, a depuração da creatinina tem sido usada como indicador da função renal através do cálculo de depuração (“clearance”) da creatinina plasmática. De um modo geral, a monitoração da depuração da creatinina é eficaz até o ponto em que o paciente tenha perdido metade a dois terços da capacidade renal. A partir desse ponto, aconselha-se utilizar marcadores radioisotópicos.
Teste de Depuração da Creatinina
A maior parte da informação clínico-laboratorial utilizada para a determinação da função renal é derivada ou relacionada com a medição da depuração de alguma substância pelos rins. A depuração de uma substância é definida como a quantidade de sangue ou plasma completamente liberada desta substância, por unidade de tempo, através da filtração renal.
O teste de depuração da creatinina é realizado com dosagem da creatinina em uma amostra de urina colhida em um tempo estabelecido e também em uma amostra de sangue colhida no período de colheita da amostra de urina.
Metódo
• Colher a amostra de sangue. Como a concentração de creatinina plasmática é relativamente constante, a amostra de sangue pode ser obtida em qualquer momento do período de colheita da urina. Idealmente, a amostra deve ser obtida na metade deste período, porém, visando maior conforto do paciente, pode-se obter a amostra de sangue ao final do período de colheita.
• Dosar o volume total da urina e calcular o volume/minuto dividindo o volume pelo número de minutos em que a amostra de urina foi colhida. Em uma colheita de 24 horas dividir por 1440 (24 horas x 60 minutos).
Cálculo da depuração
Onde: 
U: creatinina na urina (mg/dL); S: creatinina sérica (mg/dL); 
Volume 24h = volume urinário de 24 horas
Depuração corrigida
Para que o resultado obtido possa ser correlacionado com os valores de referência, deve-se corrigir a depuração encontrada usando um fator que leve em conta a superfície corporal do paciente. Isso é feito multiplicando-se o valor encontrado por 1,73 (superfície corporal padrão) e dividindo pela superfície corporal do paciente. Esta correção é particularmente importante quando o teste da depuração de creatinina é realizado em crianças.
PROCEDIMENTO:
METODOLOGIA:
RESULTADO: 
CONCLUSÃO:
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:
BIO ANÁLISE-Entenda o que é e para que serve o exame de ácido úrico. Disponível em <http://www.bioanalise.com.br/blog/entenda-o-que-e-e-para-que-serve-o-exame-de-acido-urico/>Acesso em 19/03/2018.
MINUTO SAUDÁVEL-O que é Gota, sintomas, tratamento, tipos, causas e remédios. Disponível em <https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-gota-sintomas-tratamento-tipos-causas-e-remedios//>Acesso em 19/03/2018.
TODA MATÉRIA-Ciclo da uréia. Disponível em <https://www.todamateria.com.br/ciclo-da-ureia/>Acesso em 19/03/2018.
DRª AIRES, ELAINE (Clinico Geral)- Como identificar e tratar a uremia. Disponível em <https://www.tuasaude.com/uremia/>Aceso em 19/03/2018.
 MEDIPÉDIA; CONTEUDOS E SERVIÇOS DE SAÚDE-.Insuficiência renal aguda.Disponível em<https://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=282> Acesso em 19/03/2018.
CÃMARA, BRUNNO- Clearance ou depuração da Creatinina. Disponível em < https://www.biomedicinapadrao.com.br/2012/03/clearance-ou-depuracao-da-creatinina.html>Acesso em 19/03/2018.

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