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Resumo de Microeconomia

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dfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklz
 
 
 
Resumo de Microeconomia 
Prova Unificada 
 
 
Capítulos 13-19 
 
 
 
Capítulo 13 – Os custos de produção 
 
O QUE SÃO CUSTOS? 
Receita total, custo total e lucro 
O montante que a empresa recebe pela venda de sua produção é chamado receita total. O 
montante que a empresa paga por seus insumos é chamado custo total. Já o lucro é resultado 
do que sobra da receita total pagos todos os custos da produção, ou seja: 
Lucro = Receita total-Custo total 
 
Custos como custos de oportunidade 
Imagine que a Weiss seja dona de uma fábrica de biscoitos. Fazemos então uma conexão com 
um dos Dez Princípios de Economia: o custo de alguma coisa é aquilo de que você desiste para 
obtê-la. Lembre-se de que o custo de oportunidade de um item refere-se a todas as coisas que 
renunciamos para adquiri-la. Quando os economistas falam no custo de produção de uma 
empresa, incluem todos os custos de oportunidade da produção dos bens e serviços desta. 
Quando a Weiss paga R$ 1000,00 pela farinha, esse valor representa um custo de 
oportunidade porque ela não pode usá-lo para comprar outra coisa. De maneira similar, 
quando ela contrata trabalhadores para fazer biscoitos, os salários que paga são parte dos 
custos de oportunidade da empresa. Como esses custos de oportunidade exigem que a 
empresa desembolse dinheiro, são chamados custos explícitos. Já outros custos de 
oportunidade da empresa, denominados custos implícitos, não exigem que se desembolse 
dinheiro. Imagine que a Weiss tenha bastante habilidade com computadores e possa ganhar 
R$ 100,00 por hora como programadora de VBA. Para cada hora que passa em sua fábrica de 
biscoitos, ela deixa de ganhar R$ 100,00 de renda e essa renda da qual ela abre mão também é 
parte de seu custo. O custo total do negócio da Weiss é a soma dos custos explícitos e 
implícitos. 
 
O custo do capital como custo de oportunidade 
Um custo implícito importante em quase todo negócio é o custo de oportunidade do capital 
financeiro que foi investido na atividade. Suponhamos que a Weiss tenha usado R$ 300.000,00 
de suas economias para comprar a fábrica de biscoitos do proprietário anterior. Se ela tivesse 
deixado o dinheiro em uma conta de poupança a 5% de juros a.a, ganharia R$ 15.000,00 por 
ano. Portanto, para ser proprietária da fábrica de biscoitos, Weiss abre mão de R$ 15.000,00 
em renda de juros por ano. Essa quantia de que ela abre mão é um dos custos de 
oportunidade implícitos do negócio da Weiss. 
 
Lucro econômico versus lucro contábil 
Um economista mede o lucro econômico da empresa como a receita total menos todos os 
custos de oportunidade (explícitos e implícitos) da produção dos bens/serviços vendidos. Já 
um contador mede o lucro contábil da empresa somente como receita total menos os custos 
implícitos. 
 Visão do Sérgio Visão do Borinelli 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃO E CUSTOS 
A função de produção 
N° de trab. Produção/hora Produto 
marginal do 
trabalho 
Custo da 
fábrica (A) 
 
Custo dos 
trabalhadores 
(B) 
 
Custo total 
dos insumos 
(A+B) 
0 0 0 R$30 R$0 R$30 
1 50 50 R$30 R$10 R$40 
2 90 40 R$30 R$20 R$50 
3 120 30 R$30 R$30 R$60 
4 140 20 R$30 R$40 R$70 
5 150 10 R$30 R$50 R$80 
6 155 5 R$30 R$60 R$90 
 
 Como vemos nas duas primeiras colunas, se não há trabalhadores na fábrica, Weiss não 
produz nenhum biscoito. Quando há um trabalhador, ela produz 50 biscoitos. Quando há dois 
trabalhadores, ela produz 90 biscoitos e assim por diante. 
Lucro 
Econômico 
Lucro Contábil 
Custos 
Implícitos 
Custos 
Explícitos 
Custos 
Explícitos 
Receita Receita 
Custos 
de 
oportu-
nidade 
totais 
A relação entre a quantidade de insumos (trabalhadores) e a quantidade produzida (biscoitos) 
é chamada função de produção.
 
Quantidade de biscoitos produzidos/hora x Número de trabalhadores empregados 
O produto marginal de qualquer insumo no processo de produção é o aumento da quantidade 
produzida que se obtém a partir de uma unidade adicional do insumo em questão. Observe 
que, à medida que o número de trabalhadores aumenta, o produto marginal diminui. Essa 
propriedade é chamada produto marginal decrescente. Inicialmente, quando há poucos 
trabalhadores empregados, eles têm fácil acesso ao equipamento de cozinha da Weiss. Com o 
aumento do número de trabalhadores, eles passam a ter que compartilhar equipamentos e 
trabalhar com uma lotação cada vez maior. 
Da função de produção à curva de custo total 
 
0 
20 
40 
60 
80 
100 
120 
140 
160 
180 
0 1 2 3 4 5 6 
Função de produção 
0 
10 
20 
30 
40 
50 
60 
70 
80 
90 
100 
0 20 40 60 80 100 120 140 160 
Curva de custo total 
A inclinação da curva de custo total aumenta com a quantidade produzida, enquanto a 
inclinação da função de produção diminui. Uma produção elevada de biscoitos significa que a 
cozinha da Weiss está lotada de trabalhadores. Como a cozinha está cheia demais, cada 
trabalhador adicional acrescenta menos à produção de biscoitos, refletindo o produto 
marginal decrescente. 
AS DIVERSAS MEDIDAS DE CUSTO 
Custos fixos e variáveis 
Tomemos o exemplo da Iogurteria Kavita. O custo total da dona, Kavita, pode ser dividido em 
dois tipos. Os custos fixos não variam com a quantidade produzida, a empresa incorre neles 
mesmo quando não produz nada. Já os chamados custos variáveis mudam à medida que a 
quantidade produzida varia, custo ligado a alguns insumos (no caso corante, leite, açúcar, etc). 
O custo total é a soma destes dois custos anteriores. 
 
Custo médio e marginal 
Como proprietária da empresa, Kavita precisa decidir quanto produzir. Uma parte-chave dessa 
decisão se refere a saber como os custos variarão à medida que muda o nível de produção. 
Para tomar essa decisão, ela pode fazer duas perguntas sobre o custo de produção de café ao 
seu supervisor de produção. 
 Quanto custa fazer um pote de iogurte médio? 
 Quanto custa aumentar a produção de iogurte em um pote? 
Para identificarmos o custo da unidade típica produzida, dividimos os custos da empresa pela 
quantidade produzida. O custo total dividido pela quantidade produzida é chamado custo total 
médio. Como o custo total é a soma dos custos fixos e variáveis, o custo total médio pode ser 
expresso como a soma do custo fixo médio e do custo variável médio. O custo marginal é o 
custo de se produzir uma unidade a mais de um produto. 
Matematicamente: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curvas de custos e suas formas 
 
 
 
 
 
CMg 
CVM 
CFM 
CTM 
O gráfico apresenta quatro curvas: custo total médio (CTM), custo fixo médio (CFM), custo 
variável médio (CVM) e custo marginal (CMg). 
Existem três características típicas das curvas de custo no mercado: 
Custo marginal ascendente: O custo marginal da Kavita aumenta com a quantidade produzida, 
o que reflete a propriedade do produto marginal decrescente. Quando a Kavita está 
produzindo uma pequena quantidade de iogurtes,ela tem poucos trabalhadores e grande 
parte de seu equipamento não está sendo utilizado. Como ele pode facilmente colocar esses 
recursos ociosos em uso, o produto marginal de um trabalhador extra é alto e o custo marginal 
de um pote de iogurte é baixo. No entanto, quando ela está produzindo uma grande 
quantidade de iogurte, seu estabelecimento está lotado de empregados e a maior parte do seu 
equipamento está sendo utilizado. Por essa razão, quando a quantidade de iogurte produzido 
é elevada, o produto marginal de um trabalhador adicional é baixo e o custo marginal de um 
pote de iogurte é alto. 
Curva de custo total médio em forma de U: A curva de custo total médio da Kavita tem forma 
de U, como mostra o gráfico. Para entender o porquê disso, lembre-se de que o custo total 
médio é a soma do custo fixo médio e do custo variável médio. A parte mais baixa da curva em 
U ocorre na quantidade que minimiza o custo total médio. Essa quantidade é, às vezes, 
chamada de escala eficiente da empresa. 
A relação entre custo marginal e custo total médio: Sempre que o custo marginal for menor 
que o custo total médio, o custo total médio estará em queda. Sempre que o custo marginal for 
maior que o custo total médio, o custo total médio estará aumentando. A relação entre CTM e 
CMg tem um importante corolário: a curva de CMg cruza a curva de CTM em seu ponto 
médio. 
 
Curvas de custos típicas 
Em muitas empresas, o produto marginal decrescente não começa a ocorrer imediatamente 
após a contratação do primeiro trabalhador. Dependendo do processo de produção, o 
segundo ou terceiro trabalhadores podem ter um produto marginal maior que o primeiro 
porque uma equipe de trabalhadores pode dividir as tarefas e trabalhar com maior 
produtividade que um único trabalhador: 
 
 
 
 
 
 
 
CMg 
CTM 
CVM 
CFM 
 A partir de determinado nível de produção o custo marginal aumenta com o aumento 
da quantidade produzida 
 A curva de custo médio total tem a forma de U 
 A curva de custo marginal cruza com a curva de custo total médio no ponto em que o 
custo total médio é mínimo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 14 – Empresas em mercados competitivos 
 
O QUE É UM MERCADO COMPETITIVO? 
 
Um mercado perfeitamente competitivo tem três características: 
 Há muitos compradores e vendedores no mercado 
 Os bens oferecidos, em grande escala, são os mesmos 
 As empresas podem entrar e sair livremente do mercado 
Também temos que a receita média é a receita total dividida pela quantidade. Assim: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Logo: 
Para as empresas competitivas, a receita marginal é igual ao preço do bem. 
 
MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO E A CURVA DE OFERTA DE UMA EMPRESA 
COMPETITIVA 
 
As empresas possuem, geralmente, como objetivo final a maximização do lucro (RT-CT). Pelas 
curvas de custos vistas no capítulo anterior temos que o custo marginal possui curva em U. 
Assim, as empresas possuem um ponto onde o lucro é máximo, que é quando a receita 
marginal (isto é, a receita obtida com a venda de um produto a mais) é maior que o custo 
incidido com tal produção (da última unidade fabricada). Então, se o custo marginal for menor 
que a receita marginal, uma empresa fabricará uma unidade a mais. Caso contrário, a empresa 
diminuirá sua produção até o ponto em que RMg=CMg. 
 
 
 
 
 
A curva de custo marginal e a decisão de oferta da empresa 
 
 
 
P 
 
 
 
Para ampliar a análise da maximização do lucro, considere as curvas de custos do gráfico 
acima. Elas têm três características que, como vimos no capítulo anterior, descrevem a maioria 
das empresas: curva de CMg com inclinação ascendente, curva de CTM com forma em U e a 
curva de CMg cruza com a curva de CTM no ponto em que este é mínimo. Além disso, dado 
que o mercado é competitivo, o preço é dado pelo mercado e idêntico para qualquer 
quantidade produzida pela empresa. 
Podemos agora ver como uma empresa competitiva determina a quantidade do bem que 
fornecerá ao mercado. Como uma empresa competitiva é tomadora de preços, sua receita 
marginal é igual ao preço de mercado. Para qualquer preço dado, a quantidade de produto 
que maximiza o lucro de uma empresa competitiva está na intersecção do preço com a curva 
de CMg. 
As decisões de suspensão de atividades e de saída de um mercado 
Como uma empresa decide suspender suas atividades: Se uma empresa paralisa suas 
atividades, perde toda a receita de vendas. Ao mesmo tempo economiza os custos variáveis de 
produção. Assim, a empresa paralisa as atividades se a receita que obteria produzindo for 
menor que os custos variáveis de produção. Assim: 
 
Dividindo pela quantidade produzida temos RT/Q e CV/Q. Então: 
 
Ela continuará perdendo dinheiro (pois os custos fixos continuarão a incidir), entretanto, 
perderá menos dinheiro do que se continuasse a produção. 
Como uma empresa decide sair de um mercado: Se a empresa decide sair, perderá toda a 
receita de venda de seus produtos, porém economizará todos os seus custos de produção, 
tanto fixos como variáveis. Assim, a empresa sai do mercado se a receita que obteria com a 
produção for menor que seus custos totais. Assim: 
 
 
CMg 
CTM 
CVM 
Fazendo o mesmo procedimento que anteriormente temos: 
 
De maneira inversa podemos ver quando uma empresa decide entrar num mercado: 
 
 
 Medindo o lucro/prejuízo da empresa competitiva por meio de um gráfico 
Lembre-se de que o lucro é igual à receita total (RT) menos o custo total (CT): 
 
Podemos reescrever a definição multiplicando e dividindo o lado direito por Q: 
 
 
 
 
 
 
 
Mas observe que RT/Q é a receita média (que é igual ao preço) e CT/Q é o CTM. Então, 
 
Caso o P < CTM, ou seja, a empresa esteja incorrendo em prejuízo, ele será mínimo na 
quantidade em que P=CMg, assim como se quisesse maximizar o lucro caso P > CTM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CTM CTM 
CMg 
CMg 
P 
P 
CTM 
CTM 
Prejuízo 
Lucro 
 
 
 
 
Capítulo 15 – Monopólio 
POR QUE SURGEM OS MONOPÓLIOS 
 Recursos de monopólio: um recurso-chave necessário para a produção é exclusivo de 
uma única empresa 
 Regulamentações do governo: o governo concede a uma única empresa o direito 
exclusivo de produzir um determinado bem ou serviço. 
 O processo de produção: uma única empresa consegue fornecer produtos a custo mais 
baixo que um grande número de produtores. 
Recursos de monopólio 
A maneira mais simples pela qual um monopólio pode surgir é uma única empresa ser 
proprietária de um recurso-chave. Um exemplo clássico de poder de mercado que resultou de 
tal propriedade é o da DeBeers, empresa de diamantes da África do Sul. A empresa às vezes 
controla cerca de 80% da produção mundial de diamantes. Como sua participação no mercado 
é menor que 100%, a DeBeers não é exatamente um monopólio , mas mesmo assim a empresa 
exerce influência considerável no mercado, e, consequentemente, no preço mundial dos 
diamantes. 
Monopólios criados pelo governo 
Em muitos casos, os monopólios surgem porque o governo concede a uma só pessoa ou 
empresa o direito exclusivo de vender algum bem ou serviço. Às vezes, o monopólio decorre 
da influência política de quem deseja ser monopolista. As leis de patentes e direitos autorais 
são dois exemplos importantes. Quando uma companhia farmacêutica descobre um novo 
medicamento, pode requerer do governo uma patente. Se o governoconsiderar que o 
medicamento é realmente original, a patente é aprovada, o que confere à empresa o direito 
exclusivo de fabricação e venda por certo período. 
Monopólios naturais (o processo de produção) 
Uma indústria é um monopólio natural quando uma só empresa consegue ofertar um bem ou 
serviço a um mercado inteiro a um custo menor que duas ou mais empresas. Ele existe quando 
há economias de escala para toda a faixa relevante de produção, ou seja, para qualquer 
quantidade dada de produto, um maior número de empresas leva a uma menor produção por 
empresa e um custo total médio mais elevado. 
Um exemplo de monopólio natural está na distribuição d’água. Para levar água aos moradores 
de uma cidade, uma empresa precisa construir uma rede de tubulações. Se duas ou mais 
empresas competissem na prestação desse serviço, cada empresa teria de pagar o custo fixo 
da construção da rede. Assim, o custo total médio d’água é menor se uma só empresa suprir o 
mercado. 
 
COMO OS MONOPÓLIOS DECIDEM PRODUZIR E COMO DETERMINAR O 
PREÇO 
 
Monopólio versus competição 
 Um monopólio como a única produtora em seu mercado, pode alterar o preço de seu bem 
ajustando a quantidade que oferta ao mercado. Uma maneira de enxergar essa diferença 
entre uma empresa competitiva e uma monopolista é examinar a curva de demanda que cada 
uma delas enfrenta. Quando analisamos a maximização do lucro pelas empresas competitivas 
no capítulo anterior, representamos graficamente o preço como uma linha horizontal. Como 
uma empresa competitiva pode vender a quantidade que quiser a esse preço, enfrenta uma 
curva de demanda horizontal, como no gráfico à esquerda abaixo. Em contraposição, como um 
monopolista é o único produtor de seu mercado, sua curva de demanda é a curva de demanda 
do mercado (como podemos ver no gráfico à direita abaixo). 
 
 
Preço Preço 
 
 
 
 
 Qtde produzida Qtde produzida 
 
A RECEITA DE UM MONOPÓLIO 
Imaginemos a casa de lanches Sowé. A tabela abaixo representa a quantidade de salgados 
vendidos, o preço cobrado, a receita total, média e marginal para cada quantidade vendida 
possível. 
Quantidade de 
Salgados (Q) 
Preço (P) Receita Total 
(RT=P*Q) 
Receita Média 
(RM=RT/Q) 
Receita 
Marginal 
(RMg=dRT/Q) 
0 R$11 R$0 - R$10 
1 R$10 R$10 R$10 R$8 
2 R$9 R$18 R$9 R$6 
3 R$8 R$24 R$8 R$4 
4 R$7 R$28 R$7 R$2 
5 R$6 R$30 R$6 R$0 
6 R$5 R$30 R$5 R$-2 
7 R$4 R$28 R$4 R$-4 
8 R$3 R$24 R$3 - 
 
A tabela mostra um resultado importante para o entendimento do comportamento da 
empresa monopolista: a receita marginal do monopolista é sempre menor que o preço do bem. 
Por exemplo, se a empresa aumentar a produção e a venda de salgados de 3 para 4 unidades, 
a receita total aumentará apenas R$ 4, embora ela seja capaz de vender cada salgado por R$ 7. 
Para um monopolista, a receita marginal é menor que o preço porque ele se depara com uma 
curva de demanda com inclinação descendente. Para aumentar a quantidade vendida, uma 
empresa monopolista precisa reduzir o preço do bem que cobra de todos os clientes. Assim, 
para vender o quarto salgado, o Sowé tem de obter uma receita de R$ 1 a menos para cada 
um dos três primeiros salgados. Essa perda de R$ 3 corresponde à diferença entre o preço do 
quarto salgado (R$ 7) e a receita marginal desse mesmo salgado (R$ 4). 
Quando um monopolista aumenta a quantidade vendida, afeta de duas formas a receita total 
(P*Q): 
 O efeito quantidade: é vendida uma quantidade maior, de modo que Q é maior, o que 
tende a aumentar a receita total; 
 O efeito preço: o preço cai, de modo que P é menor, o que tende a diminuir a receita 
total. 
Como as empresas competitivas podem vender tudo o que quiserem ao preço de mercado, 
não existe para elas o efeito preço. 
Como as empresas competitivas são tomadoras de preços, sua receita marginal é igual ao 
preço do bem. Um monopolista, por sua vez, quando aumenta a produção em uma unidade, 
precisa reduzir o preço cobrado por unidade vendida, e essa redução do preço reduz a receita 
advinda das unidades que já vinha vendendo. 
Matematicamente temos: 
 
 
Visualmente temos: 
 
P 
 
 
Receita 
Marginal 
Demanda 
(Receita Média) 
Maximização do lucro 
Aqui, aplicamos a lógica da análise marginal à decisão do monopolista sobre quanto produzir. 
Suponhamos, inicialmente, que a empresa esteja operando com um baixo nível de produção 
(como Q1). Neste caso, o custo marginal é menor que a receita marginal. Se a empresa 
aumentar a produção em 1 unidade, a receita adicional excederá os custos adicionais, e o lucro 
aumentará. Assim, quando CMg < RMg a empresa pode aumentar o lucro produzindo mais 
unidades. O inverso também é válido para Q2, onde CMg > RMg. Então, como nas empresas 
competitivas, as empresas monopolistas decidem produzir a quantidade em que o CMg = RMg. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O lucro de um monopolista 
Matematicamente temos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como RT/Q é a receita média (que é igual ao preço) e CT/Q é o custo médio, temos: 
 
Assim como numa empresa competitiva, entretanto, pelo gráfico abaixo, vemos que, 
visualmente, o lucro difere da empresa competitiva: 
 
 
 
 
 
 
 Qmáx 
Preço Monopolista 
Custo Total Médio 
Preço Monopolista 
Demanda 
(Receita Média) 
Receita 
Marginal 
Custo Marginal 1. A intersecção da curva de 
receita marginal e da curva 
de custo marginal 
determina a quantidade de 
maximização de lucro... 
2. … e então a curva de 
demanda mostra o preço 
consistente com essa 
quantidade. 
Lucro do 
Monopolista 
Custo Marginal 
Demanda 
(Receita Média) 
Receita Marginal 
Custo Total Médio 
O CUSTO DO MONOPÓLIO EM RELAÇÃO AO BEM-ESTAR 
 
Como o monopólio leva a uma alocação de recursos diferente da que ocorreria num mercado 
competitivo, o resultado deve, de alguma forma, falhar na maximização do bem-estar 
econômico total 
O peso morto 
A curva de demanda reflete o valor do bem para os consumidores, medido por sua disposição 
a pagar por ele. A curva de custo marginal reflete os custos para o monopolista. Assim, a 
quantidade socialmente eficiente encontra-se no ponto em que as curvas de demanda e custo 
marginal se cruzam. Abaixo dessa quantidade, o valor de uma unidade extra para os 
consumidores excede o custo marginal de ofertá-la, de modo que aumentar a produção 
aumentaria o excedente total. Acima dessa quantidade, o custo de produzir uma unidade extra 
excede o valor daquela unidade para os consumidores, de modo que diminuir a produção 
elevaria o excedente total. Na quantidade ótima, o valor de uma unidade extra para os 
consumidores é exatamente igual ao custo marginal da produção. 
Como vimos, o monopolista decide produzir e vender a quantidade em que as curvas de 
receita marginal e custo marginal se cruzam; um planejador social escolheria a quantidade em 
que as curvas de demanda e de custo marginal se cruzam. 
Quando um monopolista cobra um preço superior ao custo marginal, alguns consumidores 
em potencial atribuem ao bem um valor superior ao custo marginal mas inferior ao preço 
monopolista, acabando por não comprar o produto vendido e gerando peso morto. 
Vemos no gráfico abaixo o peso morto gerado pelo monopólio: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Preço Monopolista 
Custo Marginal 
Demanda 
(Receita Média) 
Receita 
Marginal 
Quantidade 
do 
Monopólio 
Quantidade 
eficiente 
Como a curva de demanda reflete ovalor para os consumidores e a curva de custo maginal 
reflete o custo para o monopolista, a área do triângulo que representa o peso morto entre a 
curva de demanda e a de custo marginal se iguala à perda do excedente total, por causa do 
preço de monopólio. O poder de mercado do monopolista provoca a diminuição do bem-estar 
econômico. 
FORMAS DE MINIMIZAR A INEFICIÊNCIA ECONÔMICA DO MONOPÓLIO 
 
Discriminação de preços: Tal prática consiste da empresa cobrar preços distintos de 
consumidores com disposições a pagar distintas, algo que ocorre, como exemplificado em 
aula, com os livros nos EUA -> As editoras lançam primeiro uma edição hard cover, mais cara 
(para leitores que possuem maior disposição a pagar) e posteriormente, uma versão pocket 
book, no intuito de captar a demanda que possui menor disposição a pagar. Nesta disposição, 
a perda de bem-estar econômico é reduzida , com o produtor assumindo todo o excedente do 
consumidor e o que era, até então, peso-morto: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Regulamentação: Outra maneira de lidar com o problema pode ser pela regulamentação 
governamental de monopolistas, que podem estabelecer um preço máximo e subsidiando o 
produtor para que este produza a quantidade socialmente eficiente. Um exemplo seria o 
transporte público paulistano: a R$ 3,80 o sistema não é capaz de fornecer transporte em 
quantidade eficiente, assim o governo municipal gasta bilhões por ano recompensando os 
fornecedores (Metropolitano, ViaQuatro, cooperativas) por operarem no prejuízo (fornecendo 
então a quantidade socialmente desejável). 
Políticas antitrust: Uma outra maneira governamental de evitar monopólios é proibindo 
fusões que fariam com que duas ou mais empresas assumissem, na forma de uma única, mais 
de metade do market-share. Um exemplo fictício seria a proibição de uma fusão da Pepsi Co. 
com a Coca-Cola. 
Estatização do monopólio: Neste caso, o monopólio continuaria existindo, junto com todas as 
suas ineficiências. Entretanto, o governo assumiria diretamente os prejuízos por tentar operá-
lo no nível socialmente eficiente. Aqui, entra-se na discussão dos incentivos dos formuladores 
Preço Monopolista 
Lucro 
Excedente do consumidor 
Peso-morto 
Excedente do produtor = Lucro 
de políticas públicas em minimizar os custos, algo que seria menor do que se o monopólio 
fosse privado (impostos versus lucros dependentes de uma boa performance por si só). 
Fazer nada: Caso a ineficiência for mais “barata” que o custo para resolvê-lo, é melhor deixá-lo 
do jeito que está. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 16 - Competição Monopolística 
 
ENTRE O MONOPÓLIO E A COMPETIÇÃO PERFEITA 
 
Embora os casos de competição perfeita e monopólio ilustrem ideias importantes sobre o 
funcionamento dos mercados, a maioria deles não se encaixa em nenhum dos dois extremos. 
Então, a empresa típics enfrenta uma competição que não é tão rigorosa a ponto de fazê-la 
uma simples tomadora de preços, possui certo poder de mercado (por oferecer produtos que 
não são exatamente iguais aos da concorrência). Assim, a maioria das empresas encaixa-se 
numa terceira categoria, a competição imperfeita/monopolística. 
As principais características deste mercado são: 
 Muitos vendedores: há muitas empresas concorrendo pelo mesmo grupo de clientes 
 Diferenciação dos produtos: cada empresa oferece um produto pelo menos um pouco 
diferente das demais empresas. Assim, em vez de ser tomadora de preços, cada 
empresa se defronte com uma curva de demanda de inclinação descendente 
 Livres entrada e saída: as empresas podem entrar e sair do mercado sem restrições. 
Assim, o número de empresas se ajusta até que o lucro econômico chegue a zero 
 
COMPETIÇÃO COM PRODUTOS DIFERENCIADOS 
 
A empresa monopolisticamente competitiva no curto e longo prazo 
Como seu produto se diferencia dos oferecidos por outras empresas, a empresa 
monopolisticamente competitiva se defronta com uma curva de demanda de inclinação 
descendente. Assim, as empresas monoplisticamente competitivas seguem as regras 
monopolistas de maximização do lucro: escolhem a quantidade em que RMg = CMg e verifica, 
pela curba de demanda, o preço condizente a essa quantidade. 
 
Os gráficos abaixo mostram diferentes situações no que se refere ao lucro de uma empresa 
monopolisticamente competitiva. Na esquerda, o preço supera o custo total (situação de 
lucro) já na direita, o preço é inferior ao custo total (situação de prejuízo): 
 
 
P CTM 
CTM P 
 
RMg 
 
RMg 
 
CMg 
 
CMg 
 
Demanda 
 
Demanda 
 
CTM 
 
CTM 
 
Agora veja o gráfico de equilíbrio de longo prazo abaixo: 
 
 
 P 
 
 
 
Observe que a curva de demanda dessa figura mal toca a curva de custo total médio. 
Matematicamente dizemos que elas são tangentes uma à outra. Elas devem ser assim no 
momento em que a livre entrada e saída de tal mercado reduziu o lucro econômico a zero. 
Como o lucro por unidade ventida é a diferença entre o preço (encontrado na curva de 
demanda) e o CTM, o lucro máximo somente ocorrerá quando as duas curvas se tocarem sem 
se cruzar. Observe também que esse ponto de tangência ocorre na mesma quantidade em que 
a RMg se iguala ao CMg, o que não é coincidência uma vez que esse é o ponto onde a 
quantidade maximiza o lucro, e o lucro máximo é exatamente zero no longo prazo. 
Em suma, são duas as características do equilíbrio de longo prazo destes mercados: 
 Como no mercado monopolista, o preço é superior ao custo marginal. Essa conclusão 
surge porque a maximização do lucro requer que a receita marginal seja igual ao custo 
marginal e porque a curva de demandade inclinação descendente faz com que a 
receita marginal seja menor que o preço 
 Como no mercado competitivo, o preço é igual ao custo total médio. Essa conclusão 
surge porque a livre entrada/saída do mercado levam o lucro econômico a zero. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RMg 
 
Demanda 
 
CMg 
 CTM 
 
Capítulo 17 - Oligopólio e Teoria dos Jogos 
 
Em essência, um mercado oligopolista é aquele em que há poucos vendedores. Como 
resultado, as ações de qualquer vendedor podem ter grande impacto sobre os lucros de todos 
os outros. Ou seja, as empresas oligopolistas são interdependes de uma maneira que as 
competitivas não o são. 
MERCADOS COM POUCOS VENDEDORES 
Como em um mercado oligopolista há somente um pequeno número de vendedores, uma 
característica-chave desta forma de organização do mercado é a tensão entre cooperação e 
interesse próprio. Os oligopolistas se beneficiam quando cooperam e agem como se fossem 
um monopólio-fabricando uma pequena quantidade de produto e cobrando um preço 
superior ao custo marginal. Mas, como cada oligopolista se preocupa somente com seu 
próprio lucro, há fortes incentivos em ação que impedem que um grupo de empresas 
mantenha os resultados cooperativos. 
Um exemplo de duopólio 
Imagine uma cidade em que apenas dois habitantes - Hélio e Ademir - tenham poços que 
produzem água potável. Todo sábado, Hélio e Ademir decidem quantos galões d’água vão 
bombear, levar até a cidade e vender. Para simplificarmos, vamos imaginar que eles podem 
bombear tanta água quanto quiserem sem custo (CMg = 0) 
A tabela abaixo mostra os resultados: 
Quantidade (em galões) Preço Receita total 
0 R$120 R$0 
10 R$110 R$1100 
20 R$100 R$2000 
30 R$90 R$2700 
40 R$80 R$3200 
50 R$70 R$3500 
60 R$60 R$3600 
70 R$50 R$3500 
80 R$40 R$3200 
90 R$30 R$2700 
100 R$20 R$2000 
110 R$10 R$1100 
120 R$0 R$0 
 
Se os dois proprietáriosdos poços venderem um total de 10 galões de água, cada galão custará 
R$ 110. Caso venderem 20 galões, cada um sairá R$ 100, e assim por diante. Se 
representássemos graficamente a tabela, teríamos uma curva de demanda padrão, com 
inclinação descendente. 
 
Competição, monopólios e cartéis 
Se o mercado de água fosse perfeitamente competitivo, as decisões de produção de cada 
empresa levariam a uma igualdade entre o preço e o custo marginal. Como supusemos que o 
custo marginal da produção é zero, o preço de equilíbrio, em competição perfeita, também é 
zero. O preço d’água reflitiria o custo de produção e a quantidade eficiente dela seria 
produzida e consumida. 
Vendo a tabela anterior, temos que o lucro total é maximizado quando a quantidade é de 60 
galões e o preço é de R$ 60/galão. Assim, um monopolista maximizador de lucros produziria 
essa quantidade e cobraria esse preço. O resultado seria ineficiente no momento em que a 
quantidade d’água é inferior ao nível socialmente eficiente de 120 galões. 
Que resultado devemos esperar de Hélio e Ademir? Uma possibilidade é que eles se reúnam e 
façam um acordo em relação à quantidade e preço da água a ser produzida. Um acordo sobre 
produção e preços como este é chamado conluio, e o grupo de empresas que age conforme 
um acordo é denominado cartel. Uma vez que é formado um cartel, o mercado passa, na 
prática, a ser atendido por um monopólio e podemos aplicar nossa análise do capítulo 15. 
O equilíbrio para um oligopólio 
Os oligopolistas gostariam de formar cartéis e obter lucros monopolistas, mas isso geralmente 
não é possível. Os conflitos entre membros de um cartel sobre como dividir o lucro do 
mercado geralmente tornam impossível um acordo entre eles. 
De inícrio seria de esperar que eles chegassem ao resultado monopolista por si próprios 
porque esse resultado maximiza o lucro conjunto. Entretanto, na falta de um acordo entre as 
partes o resultado monopolista é improvável. Para saber por que isso pode ocorrer, imagine 
que Hélio ou Ademir produzam, cada um, apenas 30 galões: 
“Eu também poderia produzir 30 galões. Nesse caso, seria vendido um total de 60 galões de 
água. Meu lucro seria de R$ 1800 (30 galões x R$ 60 por galão). Eu poderia produzir 40 galões 
e então seriam vendidos um total de 70 galões ao preço de R$ 50. Meu lucro seria de R$ 2000 
(40 galões x R$ 50 por galão). Embora o lucro total do mercado diminuísse, meu lucro 
individual aumentaria pois eu teria uma participação maior no mercado.” 
É claro que o outro participante poderia seguir o mesmo raciocínio. Nesse caso ambos 
levariam à cidade 40 galões de água cada, totalizando 80 galões no mercado que teriam o 
preço individual de R$ 40. Assim, se os duopolistas perseguissem somente seus interesses 
próprios ao decidirem quanto produzir, produziriam uma quantidade total maior que a 
quantidade monopolista, cobrariam um preço inferior ao monopolista e teriam lucro menor 
que o monopolista. 
Agora, vendo que o concorrente também coloca no mercado 40 galões, um deles pensaria: 
“Agora, meu lucro é de R$ 1600. Suponhamos que eu aumente a produção para 50 galões. 
Assim meu lucro seria de apenas R$ 1500. Em vez de eu aumentar a produção e diminuir o 
preço, é melhor eu mantê-la assim.” 
O resultado (40 galões para cada) parece ser um equilíbrio. Este equilíbrio é chamado de 
equilíbrio de Nash. Ele consiste em uma situação em que a escolha tomada por todos os 
participantes é similar e é a a melhor resposta para qualquer ação que o(s) concorrente(s) 
decida(m) tomar. 
Como o tamanho de um monopólio afeta o resultado de mercado 
Suponhamos que Arnaldo e Flávio subitamente descubram fontes de água em suas 
propriedades e decidam se unir a Hélio e Ademir no oligopólio da água. 
Se os vendedores puderem formar um cartel, tentarão novamente maximizar o lucro total 
produzindo a quantidade de monopólio. Assim, como ocorria no duopólio, os membros 
precisariam chegar a um acordo que maximizaria os lucros. Entretanto, como este é maior, fica 
mais difícil que o grupo chegue a um acordo que maximizaria os lucros individuais e total. 
Quanto maior for o número de vendedores, cada um se preocupará menos com seu impacto 
sobre o preço de mercado. Assim, a medida que o número de venddores aumenta, o mercado 
oligopolista fica cada vez mais parecido com um mercado competitivo. O preço se aproxima do 
custo marginal e a quantidade produzida se aproxima do nível socialmente eficiente. 
Isto se deve ao fato de que o efeito preço assume menor importância ao efeito quantidade 
quanto maior o número de participantes de um mercado: 
 O efeito quantidade: como o preço é superior ao custo marginal, vender mais um galão 
de água ao preço em vigor aumentará o lucro. 
 O efeito preço: aumentar a produção aumentará a quantidade total vendida, o que 
diminuirá o preço da água e o lucro de todos os demais galões vendidos. 
 
A ECONOMIA DA COOPERAÇÃO E A TEORIA DOS JOGOS 
Começamos introduzindo o conceito do equilíbrio de Nash: 
Considerando como o espaço de estratégias possíveis e como todas as 
estratégias possíveis de um jogador , temos que a função pay-off ( ) de uma estratégia 
qualquer é dado por uma estratégia dentro de todas as possíveis de um possível espaço de 
estratégia. Assim: 
 
Com G denotando o jogo em questão. 
O equilíbrio de Nash consiste em uma situação em que um jogador, unilateralmente,não 
receberá um pay-off “ ” maior, para qualquer que sejam as outras alternativas que possui, 
dado que os outros jogadores já jogaram as suas best responses. 
Agora, desenvolvem-se três estratégias básicas para a resolução de game theoretic situations: 
1. Eliminação iterada de estratégias estritamente dominadas 
 
Considerando o Dilema dos Prisoneiros temos: 
 Não admitir Admitir 
Não admitir -1,-1 -9,0 
Admitir 0,-9 -6,-6 
Tal procedimento consiste de cada jogador eliminar a opção que dá o menor pay-off 
considerando qualquer outra decisão possível do concorrente. 
Nele, se um jogador admitir a culpa então o outro prefirirá admitir também e ficar seis 
meses preso e não nove. Também decide por admitir a culpa caso o outro venha a não 
admitir, saindo da prisão imediatamente e não ficando um mês preso (caso também 
não admitisse). Portanto, para o jogador , é melhor admitir em qualquer cenário 
possível. 
 
2. Modelo de Duopólio de Cournot 
 
É o primeiro dos modelos clássicos de solution concept. É baseado no conceito de que 
as empresas concorrem em quantidade produzida e que o lucro é advindo de tal fato. 
Neste modelo temos que: 
 
 
 
 
 
 
Assim, 
 
 
3. Modelo de Duopólio de Bertrand 
 
É o segundo dos modelos clássicos de solution concept. É baseado no conceito de que 
as empresas concorrem por preço e que o lucro e a quantidade oferecida são advindos 
de tal fato. Neste modelo temos o exemplo, dado em aula, das companhias aéreas. No 
exemplo, as empresas abocanhavam todo o mercado caso cobrassem menos que sua 
concorrente (ambas vendiam produtos idênticos, como passagens econômicas por 
exemplo), metade cada caso cobrassem o mesmo preço e nada caso cobrassem mais 
caro. Como ambas tinham forte incentivo a baixar o preço, ambas chegavam ao 
equilíbrio quando não podiam mais baixar o preço (P=CMg), pois operariam no 
prejuízo. Assim: