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Trabalho de ética

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FACULDADE SANTA TEREZINHA - CEST
CURSO DE DIREITO 8º PERÍODO
DISCIPLINA: ÉTICA PROFISSIONAL
DOCENTE: WELLIGTON FONTENELE 
DISCENTES: ALBA CRISTINA MELÔNIO DOS SANTOS, ARISTIDES, CINTHIA ARAÚJO, CLAUDENE MENDANHA, DULCILENE SOUSA VIEIRA, JADNNA CRISTINA SANTOS DE OLIVEIRA, PAULO ROGÉRIO PEREIRA CAMPOS.
DATA: 20 de março de 2018.
ÉTICA PROFISSIONAL
1 DEONTOLOGIA
Segundo o dicionário jurídico, o termo “deontologia” significa a ciência ou tratado que cuida dos deveres e direitos dos operadores do direito (advogados, magistrados e promotores de justiça), utilizada para designar ética profissional ou a moral do exercício da profissão, resultado da reflexão dos profissionais sobre sua prática.
 O filósofo inglês Jeremy Bentham, em 1834, definiu a deontologia como uma ciência que busca alcançar o que é justo e conveniente, além de identificar os valores que devem acompanhar o profissional.
1.2 Princípios Deontológicos
Os princípios proporcionam um padrão de comportamento a ser seguido pelos profissionais, sendo muito importante para o exercício regular e satisfatório da atividade do advogado. Em geral, são eles:
Princípio da conduta ilibada: A conduta ilibada é o comportamento sem mácula, aquele sobre o qual nada se possa moralmente levantar. O advogado deve observar o seu Código de Ética, de onde se extrai a necessidade de uma conduta límpida;
Princípio da dignidade e decoro profissional: a dignidade constitui um valor inerente à pessoa humana. Está relacionada com a proibição de condutas excessivas e ilegais. Já o decoro profissional está atrelado ao prestígio da profissão, devendo ser afastada toda conduta que retire a seriedade do profissional;
Princípio da incompatibilidade: trata-se do entendimento de que o exercício de determinadas atividades venham a contrapor-se aos seguimentos da atual. A segunda atividade provocaria interferência na esfera profissional jurídica, propiciaria captação de clientela, geraria confusão nas finalidades de atuações diversas ou estabeleceria vínculos de subordinação que poderiam fragilizar o princípio da independência;
Princípio da correção profissional: O profissional correto é aquele que atua com transparência, agindo no interesse do trabalho e da Justiça, não se descuidando do interesse imediato das pessoas às quais serve, atendendo aos rituais já previstos no meio forense;
Princípio do coleguismo: sentimento derivado da consciência de pertença ao mesmo grupo, a inspirar certa homogeneidade comportamental, encarada como verdadeiro dever;
Princípio da diligência: Deve ser pronto e ter presteza ao cuidar do interesse alheio vulnerado. Aliás, o dever de diligência está na base de toda relação humana. O profissional não pode ser indolente, insensível, desidioso e acomodado ao exercer a função que escolheu como opção de vida;
Princípio da confiança: O advogado tem o dever da fidelidade em relação ao cliente, pois foi por este escolhido em razão de particularíssima confiança em seus méritos, capacidade e pessoa;
Princípio do desinteresse: Por princípio do desinteresse é conhecido o altruísmo de quem relega a ambição pessoal ou a aspiração legítima, para buscar o interesse da Justiça. O dever do advogado é tentar sempre a conciliação, antes de propor a lide, previamente ao início da instrução e a qualquer tempo, sem se preocupar com eventual redução de seus honorários que disso decorra;
Princípio da fidelidade: Fidelidade à causa da justiça, exigível a todo e qualquer profissional do direito. Fidelidade à verdade e à transparência. Fidelidade aos valores abrigados pela Constituição, que tanto prestígio e relevo conferiram ao direito, convertendo a advocacia em função indispensável à administração da Justiça;
Princípio da independência profissional: Por independência se concebe a ausência de quaisquer vínculos interferentes na ação do profissional do direito, capazes de condicionar ou orientar sua atuação de forma diversa ao interesse da Justiça;
Princípio da reserva: Fala-se que o princípio da reserva é mais abrangente do que o princípio do segredo. Este imporia silêncio quanto à controvérsia ou processo. Já o princípio da reserva se estende a todas as demais circunstâncias nas quais a parte ou o terceiro venha a ser direta ou indiretamente implicado;
Princípio da lealdade e verdade: A lealdade precisa inspirar toda a atuação jurídica, notadamente a processual. O advogado, além da lealdade para com o juiz e promotor, deve tê-la em relação ao colega e aos clientes. Estes precisam ser advertidos do êxito ou temeridade da demanda, necessitam de esclarecimentos precisos sobre a conciliação e suas consequências, sobre o andamento da causa e sobre as estratégias adotadas pelo profissional para o bom desempenho de seu mister;
Princípio da discricionariedade: O advogado tem discricionariedade para persuadir o cliente de iniciar uma lide ou de imediatamente propô-la. É dele a discricionariedade típica de eleger a estratégia de combate ou de defesa nos autos. É o encarregado de encontrar a alternativa jurídica mais eficaz para determinado problema concreto. Atua com extrema liberdade e esse caráter converte a profissão em campo minado de deslizes éticos.
2 INSCRIÇÕES NA OAB
O EAOAB (Lei Federal nº 8.906/94) prevê, em rol exaustivo (art. 8º), os requisitos para inscrição nos quadros da OAB e, consequentemente, as condições para o exercício da advocacia.
2.1 Inscrição do advogado 
São requisitos previstos no art. 8º do EAOAB para requerer a inscrição na condição de advogado:
Capacidade civil: A capacidade mencionada no EAOAB é a capacidade civil regulada nos art. 3º a 7º do Código Civil. Em tese, é possível a inscrição de menor de dezoito anos, desde que comprovada a graduação no curso de Direito, já que o CC prevê a colação de grau em ensino superior como hipótese de antecipação da maioridade;
Diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada: A comprovação da graduação em Direito pode dar-se por dois documentos alternativos. Na ausência do diploma, a lei permite sua substituição pela certidão de graduação em direito;
Título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro: A apresentação de título de eleitor e da quitação com serviço militar referem-se a regularidade das obrigações constitucionais referentes ao exercício da cidadania;
Aprovação em Exame de Ordem: o título de bacharel em Direito não é suficiente ao exercício da advocacia. É preciso a inscrição na OAB, a quem cabe exigir um padrão de conhecimentos e de habilidades indispensáveis ao exercício profissional, já que a advocacia tem relevância significativa para a sociedade, sendo alçada pela CF à condição de função indispensável à administração da justiça (art. 133). O padrão mínimo de qualidade é a aprovação no Exame de Ordem;
Não exercer atividade incompatível com a advocacia: Com a finalidade de proteger a isonomia dos profissionais, evitando ou reduzindo a possibilidade de tráfico de influência e de captação indevida de clientela, o Estatuto impôs limitações ao exercício da advocacia para aqueles que exerçam funções ou ocupem cargos específicos. Tratam-se das incompatibilidades previstas no art. 28 da Lei 8.906/94 que acarretam a proibição total do exercício da advocacia;
Idoneidade moral: a análise da presumida idoneidade moral compete à OAB que geralmente irá examiná-la a partir de fatos trazidos pelo próprio requerente (quando comunica, por exemplo, possuir condenação criminal ou ter sido demitido de cargo a bem do serviço público) ou de fatos trazidos por qualquer pessoa (em regra no período de divulgação do edital de requerentes à inscrição que dá publicidade e permite a impugnação/representação de qualquer integrante da sociedade por fatos que ponham em dúvida a credibilidade moral do requerente para advogar);
Prestar compromisso perante o conselho: O compromisso é ato solene, personalíssimo e indelegável. É indispensável para a consumação da inscrição do advogado. Quem não
prestou compromisso perante o Conselho Seccional não é ainda advogado, mesmo que já deferida sua inscrição. Por outro lado, aquele que presta o compromisso torna-se desde já advogado, independentemente de terem ou não lhe sido já entregues as credenciais.
2.2 Inscrição do estagiário
Para o deferimento da inscrição na qualidade de estagiário da OAB, é necessário o preenchimento dos requisitos do art. 9º do EAOAB. 
Preencher os requisitos mencionados nos incisos I, III, V, VI e VII do art. 8º: o Estatuto exige, para inscrição nos quadros de estagiário junto à OAB: capacidade civil (ainda que relativa), título de eleitor e quitação do serviço militar (se brasileiro); não exercer atividade incompatível com a advocacia, idoneidade moral e prestar compromisso (de estágio) perante o Conselho. Se o requerente estiver incompatibilizado com a advocacia (por exemplo, desenvolvendo estágio junto ao Judiciário), só lhe será permitido frequentar o estágio ofertado pela faculdade, com fins de aprendizagem, mas em hipótese alguma poderá se inscrever como estagiário na OAB (a não ser que se desincompatibilize);
Ter sido admitido em estágio profissional da advocacia: O estágio profissional de advocacia, com duração de dois anos, realizado nos últimos anos do curso jurídico. O §2º do art. 9º determina que a inscrição deve ser requerida perante a Seccional onde se localizar o curso de graduação do Requerente e o §4º permite a inscrição de bacharéis como estagiários, até como uma forma de evitar a descontinuidade no aprendizado prático daquele estudante que cola grau, mas ainda não obteve aprovação no Exame de Ordem.
REFERÊNCIAS
DICIONÁRIO JURÍDICO. Deontologia jurídica. Disponível em: <https://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/1100/Deontologia-juridica>. Acesso em: 17 mar. 2018.
PIOVEZAN, Giovani Cássio; FREITAS, Gustavo Tuller Oliveira (Org.). Estatuto da advocacia e da OAB comentado: Referências ao Regulamento Geral, Código de Ética e Disciplina e Jurisprudência. Curitiba: OABPR, 2015.

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