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Saúde e 
Segurança no 
Ambiente de 
Trabalho
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
ead.sestsenat.org.br 
CDU 331.45
56 p. :il. – (EaD)
Curso on-line – Saúde e Segurança no Ambiente de 
Trabalho – Brasília: SEST/SENAT, 2017.
1. Segurança do trabalho. 2. Medicina do trabalho. I. 
Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de 
Aprendizagem do Transporte. III. Título.
3
Sumário
Apresentação 5
Unidade 1 | Cuidados com a Saúde do Trabalhador 6
1 Introdução 7
2 Iluminação no Ambiente de Trabalho 8
3 Conforto Acústico no Ambiente de Trabalho 11
4 Conforto Térmico no Ambiente de Trabalho 13
Atividades 15
Referências 16
Unidade 2 | Postos de Trabalho e Movimentação dos Profissionais 17
1 Introdução 18
2 Condições Adequadas de Trabalho 19
3 Planejamento dos Locais de Trabalho 23
3.1 Equipamentos dos Locais de Trabalho 26
3.1.1 Instalações e Áreas de Trabalho 26
3.1.2 Uso Adequado de Máquinas e Equipamentos 28
3.2 Organização do Trabalho 30
Atividades 32
Referências 33
Unidade 3 | Acidentes e Enfermidades Relacionadas com o Trabalho 34
1 Introdução 35
2 Doenças Relacionadas com o Trabalho 35
3 Acidentes do Trabalho 36
3.1 Aspectos Gerais sobre Acidentes do Trabalho 37
4 Programas de Apoio à Prevenção de Acidentes do Trabalho e Melhoria da Saúde 38
4
4.1 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA 38
4.2 Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – PCMSO 39
4.3 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA 40
4.4 Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho – LTCAT 41
Atividades 42
Referências 43
Unidade 4 | Normas Técnicas Relacionadas à Saúde e Segurança no Trabalho 44
1 Introdução 45
2 Equipamento de Proteção Individual – EPI 45
2.1 Lista de Equipamentos de Proteção Individual 47
3 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais 50
Atividades 53
Referências 54
Gabarito 55
5
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) ao curso Saúde e Segurança no Ambiente de Trabalho!
Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de 
cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, 
você verá ícones que têm a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e 
ajudar na compreensão do conteúdo.
Este curso possui carga horária total de 25 horas e foi organizado em 4 unidades, 
conforme a tabela a seguir.
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:
a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas 
“Aulas Interativas”;
b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60;
c) responder à “Avaliação de Reação”; e
d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.
Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de 
dúvidas, entre em contato através do e-mail suporteead@sestsenat.org.br.
Bons estudos!
Unidades Carga Horária
Unidade 1 | Cuidados com a Saúde do Trabalhador 5h
Unidade 2 | Postos de Trabalho e Movimentação dos 
Profissionais
10h
Unidade 3 | Acidentes e Enfermidades Relacionadas com o 
Trabalho
5h
Unidade 4 | Normas Técnicas Relacionadas à Saúde e 
Segurança no Trabalho
5h
6
UNIDADE 1 | CUIDADOS COM A 
SAÚDE DO TRABALHADOR
7
Unidade 1 | Cuidados com a Saúde do Trabalhador
1 Introdução
Doenças relacionadas com o trabalho sempre existiram e a busca constante para 
tentar evitá-las sempre fez parte da vida das empresas. Essas doenças geram uma 
série de custos que comprometem muito a produtividade da empresa. Dentro desse 
princípio, a responsabilidade por manter um ambiente adequado ao desenvolvimento 
das atividades do trabalhador passou a ser das empresas, inclusive as de transporte, 
que têm por obrigação proporcionar as condições necessárias para que o profissional 
possa trabalhar com o mínimo de risco para sua saúde.
Os agentes agressivos do ambiente que podem afetar a saúde dos trabalhadores são 
divididos em quatro classes:
• Químicos: poeiras, fumos, neblinas, aerossóis, gases e vapores.
• Físicos: ruídos, vibrações, ambiente térmico, radiações ionizantes e não 
ionizantes.
• Biológicos: vírus, bactérias e fungos.
• Ergonômicos: fatores fisiológicos e psicológicos inerentes à execução das 
atividades profissionais.
8
 e
A segurança no trabalho deve ser encarada como sinônimo de 
Prevenção de Acidentes e de Promoção da Saúde.
Vamos agora aprender sobre os cuidados básicos que a empresa deve ter quando o assunto 
é a saúde do trabalhador.
2 Iluminação no Ambiente de Trabalho
Os olhos são os órgãos de recepção da luz. É por meio dos olhos que se pode ter a 
percepção do mundo exterior. Dois fatores são considerados para determinar a correta 
iluminação do ambiente de trabalho, os quais são conceituados a seguir:
• Intensidade de iluminação é a intensidade do fluxo luminoso (facho de luz) 
projetado em uma determinada direção.
• Iluminância é o fluxo luminoso que incide sobre uma superfície situada a 
certa distância da fonte que emite a luz, como uma lâmpada, por exemplo. A 
iluminância é importante, pois define se o ambiente de trabalho se encontra 
bem iluminado.
As más condições de iluminação provocam fadiga visual e queda de rendimento. Se 
a intensidade da iluminação e da iluminância não for adequada em um ambiente de 
trabalho, o trabalhador pode sentir fadiga visual.
A fadiga visual é caracterizada por ardor e vermelhidão dos 
olhos. Normalmente, está associada à dor de cabeça, à irritação 
dos olhos, a vertigens, à sensação de desconforto e a enjoos. 
Sua relação com a má iluminação é direta, principalmente com a 
existência de reflexos no campo visual do trabalhador, bem 
como com situações de baixa iluminação que exigem empenho 
visual, com alta iluminância e com oscilações da iluminação.
9
Os ambientes de trabalho devem observar as seguintes recomendações, em relação à 
iluminação:
• Nível de iluminância adequado, respeitando os valores recomendados pela 
norma técnica brasileira NBR 5413, que prevê os níveis mínimos por grupo de 
tarefas visuais e por tipo de atividade.
• Pessoas mais idosas necessitam de maior iluminância.
• Em galpões de oficina, devem-se prever aberturas de janelas adequadas e 
cobertura que permita fileiras de telhas translúcidas para maior aproveitamento 
da luz natural; caso esta não seja suficiente, deve ser suplementada segundo 
a exigência visual de cada função, de preferência por tubos fluorescentes 
defasados entre si, pois a luz fluorescente é intermitente.
• Evitar reflexos e ofuscamentos. Para isso, é preciso tomar alguns cuidados, tais 
como:
• Adotar superfícies de trabalho foscas, para diminuir o brilho refletido.
• Cobrir as fontes de luz com material translúcido, para difundir a luz.
• No caso de janela muito baixa, utilizar vidro branco na parte inferior, ou, 
ainda, persianas que impeçam a incidência da luz do sol diretamente no 
campo visual do trabalhador ou sobre a superfície de trabalho.
• Posicionar as luminárias de tal maneira que a eventual reflexão não 
encontre o campo visual do trabalhador.
10
• Situar mesas de escritório perpendicularmente à janela.
• Adaptar o tamanho dos objetos – letras, figuras, fio de corte de uma 
fresa, ou qualquer outro elemento a ser observado, a fim de serem 
adequadamente percebidos pelo olho humano. O tamanho mínimo de 
um objeto deve ser tal que uma pessoa com visão normal possa enxergá-
lo em todos os detalhes a 30 cm dos olhos.
• Controlar o contato com agentes químicos causadores de irritação nos 
olhos, como colas, detergentes para limpeza de veículos, desengraxantes, 
etc.
• Controlar os agentesfísicos causadores de irritação nos olhos: a umidade 
relativa do ar deve ser mantida entre 50% e 65% e o ambiente, bem 
ventilado.
Iluminação Geral
Iluminação Localizada
Iluminação Combinada
11
 e
De todos os acidentes de trabalho, 5% têm como causa direta a 
iluminação insuficiente no ambiente.
3 Conforto Acústico no Ambiente de Trabalho
Assim como os olhos permitem a visualização dos objetos, o aparelho auditivo traduz 
os sons do ambiente, transformando-os em informação. A interpretação desses sinais 
varia para cada indivíduo: sons que para uns são ruídos, para outros significam música.
O ouvido humano percebe sons em uma determinada faixa de frequência. As 
frequências correspondem à medida de intensidade do som: se o som é alto e forte, a 
faixa de frequência também é alta. As frequências são medidas em Hertz (Hz), sendo 
que o ouvido humano percebe frequências entre 16 Hertz (som muito grave) e 20.000 
Hertz (som muito agudo).
O decibel (dB) é uma medida prática criada para quantificar a intensidade do som 
quanto ao volume. Ou seja, serve para simplificar a maneira de medir a intensidade do 
som em alto ou baixo.
Vamos conhecer agora qual é a medida aproximada, em decibéis (dB), para sons muito 
comuns em nosso dia a dia.
Som Decibéis (dB) Tipo de Ruído
Muito baixo 0 a 20 Barulho do ar condicionado do carro
Baixo 20 a 40 Conversa em voz baixa
Moderado 40 a 80 Motor em marcha lenta
Alto 60 a 80 Ruído do trânsito em avenida movimentada
Muito alto 80 a 100
Sacadora de porcas de rodas pneumática 
funcionando
Ensurdecedor 100 a 120 Estouro de pneu
12
Ruído, por definição, é um som que incomoda a pessoa momentaneamente. As fontes 
de ruídos podem ser internas, dentro do mesmo ambiente, como máquinas, motores, 
campainhas de telefones, conversas, passos, instalações de ar comprimido, etc., e 
externas, fora do ambiente de trabalho, tais como trânsito, obras, etc.
A intensidade e repetição sonora levam a prejuízos de audição, inicialmente passageira. 
No início do problema, é característica a perda de audição de sons graves, mas 
progressivamente, a lesão se alastra e deixam de ser ouvidos também os sons mais 
agudos. Sabe-se que o ouvido humano é mais tolerante aos ruídos de baixa frequência 
(mais graves).
 c
Na maioria dos países industrializados, como o Brasil, a surdez 
por ruído é uma das doenças profissionais mais comuns.
Quando um trabalhador fica exposto a um ruído prejudicial a sua audição, o tempo 
para que a audição retorne ao normal é aproximadamente dez vezes mais longo do que 
a duração da exposição ao ruído. Ou seja, se o mecânico fica cinco minutos sujeito ao 
ruído de um teste de motor, esse profissional vai levar aproximadamente 50 minutos 
para voltar a ouvir de modo normal.
 h
A surdez temporária é caracterizada pelo tempo que o 
trabalhador leva para recuperar o nível normal de audição, 
chamado de limiar de audição.
Quando exposto a uma quantidade excessiva de ruídos, o trabalhador apresenta 
como sintomas dificuldade de concentração. Isso ocorre principalmente em trabalhos 
que exijam sobrecarga mental, trabalhos complexos e com necessidade de atenção a 
detalhes são prejudicados pelo ruído. Além disso, a música, muitas vezes, compromete 
a atenção, pois pode causar um efeito relaxante e tirar a atenção do trabalho a ser 
executado.
 h
A alternância entre ruído e fases de descanso reduz a surdez 
temporária.
13
4 Conforto Térmico no Ambiente de Trabalho
O corpo humano apresenta uma temperatura média de 36,5°C. Esta temperatura, no 
entanto, apresenta variações. Quando o corpo está com excesso de calor, o organismo 
inicia a produção de suor e os tremores dos músculos.
Um clima desconfortável é imediatamente percebido. Esse sentimento indica aos 
animais de sangue quente o que é necessário para restabelecer o equilíbrio da 
temperatura do organismo, fazendo-o procurar um lugar que não esteja exposto a 
excesso de frio ou de calor. Já o homem buscará o equilíbrio através da vestimenta, de 
atividade física ou, ainda, do uso de tecnologias, tais como ventiladores, aquecedores, 
aparelhos de ar condicionado, etc.
O calor excessivo provoca, em um primeiro momento, cansaço e sonolência, que 
reduzem a prontidão de resposta e aumentam a tendência a falhas, principalmente em 
atividades de rotina.
Se a pessoa estiver exposta ao resfriamento, é necessário um acréscimo de atividade 
para aumentar a produção interna de calor; igualmente, a concentração para o trabalho 
diminui.
A faixa de temperaturas nas quais o ser humano se sente bem varia de pessoa para 
pessoa; ela depende da vestimenta, do grau de atividade corpórea, da nutrição, da 
época do ano, da hora do dia, da idade e do sexo.
A sensação de conforto térmico, ou seja, de temperatura ideal depende de vários 
fatores, vejamos:
• Temperatura do ar e das superfícies limitantes, como as paredes de uma sala, 
por exemplo: é importante que a diferença entre as temperaturas do ar e das 
superfícies limitantes permaneça pequena, para que o ambiente não perca 
calor.
• Temperatura do ar e umidade relativa do ar (quantidade de água no ar): em 
ambientes aquecidos, é desejável uma umidade relativa do ar entre 40% e 
45%; valores abaixo de 30% provocam desidratação das mucosas dos olhos e 
das vias respiratórias.
14
• Temperatura e movimentação do ar: correntes de ar com baixa temperatura 
são desagradáveis.
Recomenda-se, então, para proporcionar conforto térmico, seguir as seguintes regras:
• O ambiente de trabalho deve apresentar uma temperatura efetiva, que 
corresponde à percepção térmica do ser humano, entre 20°C e 23°C.
• A umidade relativa do ar deve estar entre 50% e 60%; em regiões de clima 
quente e úmido, recomenda-se o uso de aparelhos de ar condicionado; em 
lugares de clima seco, é importante controlar a umidade, se necessário, 
instalando umidificadores artificiais.
• É importante prestar atenção ao nível de ruído provocado por ventiladores e 
aparelhos de ar condicionado.
• Devem-se usar roupas adequadas para cada ambiente de trabalho, de maneira 
que as vestimentas proporcionem conforto térmico.
• Em ambientes fechados com controle de temperatura, deve ser proibido 
fumar.
Resumindo 
 
As adequações do ambiente quanto à iluminação, nível de ruído e conforto 
térmico, em geral, são simples e trazem resultados relevantes para a 
produtividade dos profissionais. 
 
É muito importante que o trabalhador se sinta bem no ambiente de 
trabalho, isso vai prevenir doenças e, consequentemente, tornar a rotina 
dos profissionais mais segura.
15
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. Nos países industrializados 
como o Brasil, a surdez por ruído não é uma doença 
profissional muito comum. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. O calor excessivo provoca, em 
um primeiro momento, cansaço e sonolência, que reduzem a 
prontidão de resposta e aumentam a tendência a falhas, 
principalmente em atividades de rotina. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
16
Referências
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14280. Cadastro de 
acidente do trabalho: procedimento e classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2001.
ALMEIDA, I. M. Trajetória da análise de acidentes: o paradigma tradicional e os 
primórdios da ampliação da análise. Botucatu: Interface, 2006.
_______. Caminhos das análises de acidentes. Brasília: Ministério do Trabalho e 
Emprego, 2003.
BOSSOLAN, E. M. Crescem os acidentes de trabalho e seus custos. Jornal Segurança 
e Saúde no Trabalho, n.16, outubro, 1997.
DIMENSTEIN, G. Desgaste no trabalho afeta economia. São Paulo: Folha de São Paulo, 
1993.
IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgar BucherLtda., 1992.
MACHADO, J. M. H.; GOMEZ, C. M. Acidentes de trabalho: uma expressão da violência 
social. Cadernos de Saúde Pública, 1994.
RIBEIRO, H. P., LACAZ, F. A. C. De que adoecem e morrem os trabalhadores. São 
Paulo: DIESAT/ IMESP, 1984.
SELL, I. Qualidade de vida e condições de trabalho. In: Medicina básica do trabalho. 
Curitiba: Gênesis, 1995.
VIEIRA, S. I. Acidentes do trabalho e em serviço, doenças profissional e do trabalho. 
Florianópolis: Atlas, 1997.
WISNER, A. Por dentro do trabalho. Ergonomia: método & técnica. São Paulo: FTD/
Oboré, 1987.
WISNER, A. A inteligência no trabalho. São Paulo: Fundacentro, 1994.
17
UNIDADE 2 | POSTOS DE 
TRABALHO E MOVIMENTAÇÃO 
DOS PROFISSIONAIS
18
Unidade 2 | Postos de Trabalho e Movimentação 
dos Profissionais
1 Introdução
É necessária a adaptação das condições de trabalho considerando as características 
psicológicas e fisiológicas dos trabalhadores em relação ao local em que o profissional 
desempenha suas atividades, visando proporcionar conforto, segurança e desempenho 
eficiente.
Mas o que significa ergonomia?
Ergonomia é ciência que estuda a adaptação do ambiente às 
medidas do corpo humano, considerando assim a interação 
perfeita entre os funcionários e o ambiente de trabalho, como 
luz, calor, ruídos, odores e os equipamentos e ferramentas 
utilizados.
Existem outras definições importantes 
relacionadas às atividades desempenhadas 
pelos trabalhadores e que sofrem influência 
da aplicação das regras de ergonomia descritas 
pelo Ministério do Trabalho. São elas:
Atividade penosa é aquela que, em razão de sua 
natureza ou da intensidade com que é exercida, 
exige do empregado esforço fatigante, capaz 
de diminuir-lhe significativamente a resistência 
física ou produção intelectual. Como exemplo de 
19
atividade penosa, podemos citar as atividades que demandam esforço físico intenso 
no levantamento, transporte, movimentação, carga e descarga de objetos, materiais, 
produtos e peças.
Atividade insalubre é aquela que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, 
expõe os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância 
fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição 
aos seus efeitos. Como exemplo de atividade insalubre, podemos citar o trabalho em 
minas, pedreiras, estações de tratamento de esgoto e ambientes sujeitos a radiação 
química, descargas elétricas, excesso de ruídos, umidade, mofo e gases químicos.
Atividade perigosa é aquela que, por sua natureza, coloca em condições de risco a 
integridade física do trabalhador. Podemos citar como exemplo de atividades perigosas 
as que impliquem contato permanente com produtos ou líquidos inflamáveis ou 
materiais explosivos em condições de risco acentuado.
2 Condições Adequadas de Trabalho
Podemos definir condições de trabalho como tudo o que caracteriza uma situação de 
trabalho e permite ou impede a atividade dos trabalhadores. Desse modo, distinguem-
se as condições:
• Físicas: características dos instrumentos, máquinas, ambiente do posto de 
trabalho (ruído, calor, poeiras, perigos diversos).
• Temporais: em especial os horários de trabalho.
• Organizacionais: procedimentos prescritos, ritmos impostos, de um modo 
geral, o “conteúdo” do trabalho.
• Subjetivas: características do operador como saúde, idade, formação.
• Sociais: remuneração, qualificação, vantagens sociais, segurança de emprego, 
em certos casos condições de alojamento e de transporte, relações com a 
hierarquia, etc.
20
A seguir, vamos abordar como devem ser as condições físicas do trabalho. Para cada 
atividade de trabalho, a empresa deve prover as condições adequadas para que o 
empregado desempenhe sua rotina diária sem prejudicar sua saúde nem colocar em 
risco sua integridade física, ou seja, sem se machucar.
Por isso, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho desenvolvido 
pelo empregado, devendo observar, no mínimo, os seguintes aspectos:
• O empregador não pode exigir do empregado que este faça movimentação 
manual de cargas que excedam em muito a capacidade física do trabalhador. 
Por exemplo, um trabalhador em condições normais de saúde só pode 
movimentar cargas (sacas, caixas) com até 60 kg de peso. Movimentando 
cargas acima desse peso, o trabalhador coloca sua saúde e integridade física 
em risco.
• Todo trabalhador designado para o transporte manual de cargas pesadas 
deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos 
de trabalho que deverá utilizar, visando salvaguardar sua saúde e prevenir 
acidentes.
• Para limitar ou facilitar o transporte manual de cargas, a empresa deverá 
colocar à disposição dos trabalhadores os equipamentos apropriados a cada 
tipo de manuseio e de produto a ser deslocado.
Devemos racionalizar o aproveitamento do ser humano no trabalho. Assim, algumas 
regras devem ser observadas:
• O trabalhador não pode iniciar uma tarefa que exige esforço excessivo, 
como, por exemplo, movimentação manual de sacas de café de 60 kg, sem 
antes passar por um período de treinamento e adaptação. Para exercer tais 
atividades, o profissional deve ir se adaptando gradativamente ao esforço 
exigido na tarefa.
• O trabalhador deve praticar ginástica de aquecimento e de alongamento no 
início das jornadas de trabalho, realizando especialmente aqueles movimentos 
que serão mais exigidos durante sua atividade.
21
• A forma mais adequada para o trabalho consiste na variação entre as posições 
sentada, em pé e em movimento. Algumas profissões não permitem variar 
muito; por isso, é importante criar intervalos fixos para alongar ou relaxar os 
músculos.
A sobrecarga de esforço físico no trabalho pode resultar em sérios problemas para a 
saúde do trabalhador. A sobrecarga pode ocorrer quando o trabalhador se encontra 
nas seguintes situações:
• Movimentando cargas que exigem grande força física.
• Movimentando cargas ou fazendo movimentos com o corpo fora do eixo 
vertical natural.
• Quando o trabalhador trabalha na postura em pé, parada, por muito tempo 
durante a jornada de trabalho.
• Quando o trabalhador trabalha com os braços acima do nível do ombro.
• Quando o trabalhador não faz alongamento ou aquecimento do grupamento 
muscular envolvido antes de iniciar uma atividade física moderada ou intensa.
• Quando o trabalhador novo é exposto a esforços pouco comuns na sua vida 
diária sem o tempo devido de adequação de seus músculos e ligamentos.
• Quando o trabalhador desempenha atividades de trabalho com alta repetição, 
sem dar o devido tempo para o preparo do corpo ao automatismo.
• Em atividades que tenham que ser desempenhadas em pé, na maior parte do 
tempo parado, ou com pouca probabilidade de se sentar.
• Ficando sentado durante toda a jornada, com pouca ou nenhuma possibilidade 
de se levantar periodicamente para movimentar-se.
• Quando o trabalhador desempenha atividades de trabalho em uma posição 
forçada durante uma parte significativa da jornada de trabalho, com pouca 
possibilidade de obter alívio através da mudança de posição.
A postura é uma posição adotada pelo corpo. Uma postura natural é aquela em que 
as articulações (pescoço, ombros, joelhos) ocupem posição neutra, ou seja, sem 
movimentos. Uma postura natural durante as atividades no trabalho não exige grande 
22
esforço para mantê-la e, assim, não prejudica o organismo. A postura correta não 
cria sobrecargas nas articulações e nos músculos, nem situações que possam originar 
problemas de saúde ao trabalhador no curto ou longo prazo.
Em relação à postura do trabalhador e a fim de evitar problemas de saúde, é importante 
observar algumas recomendações:
• Reduzir o esforçomuscular na realização das tarefas, principalmente para 
os trabalhadores que realizam movimentação manual de cargas ou esforços 
repetitivos, tais como operadores de máquinas.
• Manter o tronco na posição vertical, em qualquer postura que se trabalhe.
• Evitar situações em que ações musculares não necessitem de mudanças 
no comprimento do músculo. Exemplificando, quando um trabalhador 
carrega um peso, o músculo do braço está contraído, mas o braço não está 
se movimentando. Esse tipo de contração muscular realizada durante muito 
tempo pode trazer problemas para a saúde do trabalhador.
• Fazer exercícios de aquecimento e de alongamento. Esta indicação serve para 
todo e qualquer tipo de trabalho, mesmo aquelas atividades que exigem um 
mínimo de esforço físico.
• Instituir pausas e ginástica de alongamento ao longo do período de trabalho.
• Escolher a melhor posição para atividades de trabalho, por exemplo:
• Os trabalhadores que necessitam ficar sentados durante muito tempo, 
como o pessoal de escritório e atendentes de telemarketing, devem 
alternar o tempo em que permanecem sentados (em torno de 50 
minutos a cada hora) com períodos em pé (10 minutos a cada hora), de 
preferência se movimentando no período em que estejam em pé.
• Os trabalhos desempenhados na posição em pé durante muito tempo 
devem ser alternados com períodos de movimentação (pequenas 
caminhadas) e períodos sentados.
23
3 Planejamento dos Locais de Trabalho
A norma regulamentadora NR 08 do Ministério do Trabalho define os aspectos que 
devem ser observados para garantir segurança e conforto para os trabalhadores em 
seus respectivos locais de trabalho. Vamos conhecer as mais importantes.
Os locais de trabalho devem ter a altura do piso ao teto, pé direito, de acordo com 
as normas de condições de conforto, segurança e salubridade, estabelecidas pela 
autoridade competente em segurança e medicina do trabalho.
Quanto à circulação dos trabalhadores nos locais de trabalho, devem ser observados 
os seguintes aspectos:
• Os pisos dos locais de trabalho não devem apresentar saliências nem 
depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de 
materiais.
• As aberturas nos pisos e nas paredes devem ser protegidas de forma que 
impeçam a queda de pessoas ou objetos.
• Os pisos, escadas e rampas devem oferecer resistência suficiente para suportar 
as cargas móveis e fixas para as quais a edificação se destina.
• As rampas e as escadas fixas de qualquer tipo devem ser construídas de acordo 
com as normas técnicas oficiais e mantidas em perfeito estado de conservação.
• Nos pisos, escadas, rampas, corredores e passagens dos locais de trabalho 
onde houver perigo de escorregamento, serão empregados materiais ou 
processos antiderrapantes.
• Os andares acima do solo, tais como terraços, balcões, compartimentos para 
garagens e outros, que não forem vedados por paredes externas devem dispor 
de guarda-corpo de proteção contra quedas, de acordo com os seguintes 
requisitos:
• Ter altura de 0,90 m (noventa centímetros), no mínimo, a contar do nível 
do pavimento.
• Quando for vazado, os vãos do guarda-corpo devem ter, pelo menos, 
uma das dimensões igual ou inferior a 0,12 m (doze centímetros).
24
• Ser de material rígido e capaz de resistir ao esforço horizontal de 80 
kgf/m2 (oitenta quilogramas-força por metro quadrado) aplicado no seu 
ponto mais desfavorável.
Quanto à proteção contra intempéries (chuvas, incêndios, etc.), os seguintes aspectos 
precisam ser observados:
• As partes externas e internas de uma edificação devem, obrigatoriamente, 
observar as normas técnicas oficiais relativas à resistência ao fogo, isolamento 
térmico, isolamento e condicionamento acústico, resistência estrutural e 
impermeabilidade.
• Os pisos e as paredes dos locais de trabalho devem ser, sempre que necessário, 
impermeabilizados e protegidos contra a umidade.
• As coberturas dos locais de trabalho devem assegurar proteção contra 
as chuvas. As edificações dos locais de trabalho devem ser projetadas e 
construídas de modo a evitar insolação excessiva ou falta de claridade.
Os locais de trabalho devem ser adaptados para atender às necessidades do corpo 
humano. Por isso, o planejamento adequado desses espaços é fundamental.
As bancadas, mesas, escrivaninhas e painéis devem proporcionar ao trabalhador que 
trabalha em pé condições de boa postura, visualização e operação. Além disso, devem 
atender aos seguintes requisitos mínimos:
• A superfície de trabalho deve ter altura e características compatíveis com o 
tipo de atividade. Atentar para a distância requerida dos olhos ao campo de 
trabalho e para a altura do assento.
• A área de trabalho deve ser de fácil alcance e visualização pelo trabalhador.
• A superfície deve ter características dimensionais que possibilitem 
posicionamento e movimentação adequados do corpo.
25
Para as atividades que necessitem também da utilização dos pés, como a operação 
de empilhadeiras, os pedais e demais comandos acionados pelos pés devem ter 
posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, evitando esforços de 
movimentação do trabalhador.
Os assentos utilizados nos locais de trabalho devem atender aos seguintes requisitos 
mínimos de conforto:
• Altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida.
• Características de pouca ou nenhuma deformação na base do assento.
• Borda frontal arredondada.
• Encosto com forma adaptada ao corpo para proteção da região lombar.
10
0
10
0+
3
11
0+
1
90
+3
10
10
20
30
50
A altura depende das dimensões das peças.
Bom Superfície para
os braços soltos.
Superfície para
apoio dos
antebraços.
Superfície para
agarrar peças
pesadas.
ESPAÇO DE TRABALHO POSTO DE TRABALHO POSIÇÃO EM PÉ
Aceitável
Sofrível
Dimensões em cm.
50
30
26
 h
Para adaptar o comprimento da perna do trabalhador em 
atividades sentadas, é possível exigir o suporte para os pés. O 
suporte garante que o trabalhador possa se posicionar de 
maneira adequada no assento, podendo corrigir sua postura a 
partir do apoio dos pés no suporte, caso seja necessário.
Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados em pé, devem ser 
colocados assentos para descanso em locais que poderão ser utilizados por todos os 
trabalhadores durante as pausas.
3.1 Equipamentos dos Locais de Trabalho
Todos os equipamentos que compõem um local de trabalho devem estar adequados 
às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser 
executado. A Norma Regulamentadora n.º 12 do Ministério do Trabalho estabelece 
diretrizes gerais para a organização dos equipamentos no local de trabalho, que podem 
ser aplicadas a qualquer atividade, mesmo nas rotinas de uma empresa de transporte 
rodoviário.
3.1.1 Instalações e Áreas de Trabalho
As áreas de trabalho, tais como as oficinas de manutenção, pátios de estacionamento e 
portarias de tráfego necessitam ser bem planejadas para que os trabalhadores possam 
desempenhar suas funções com eficiência e segurança.
Se os equipamentos de trabalho, como máquinas de solda e tornos, estiverem 
instalados sem um planejamento adequado, fica difícil para os trabalhadores utilizarem 
tais equipamentos e, consequentemente, surgem os riscos de doenças do trabalho, 
riscos de acidentes e queda da produtividade.
27
Vamos agora conhecer algumas regras para a instalação de equipamentos, adequação 
e divisão das áreas de trabalho:
• Os pisos dos locais de trabalho, principalmente o local onde se instalam 
máquinas e equipamentos, devem ser vistoriados e limpos, para que não 
apresentem vestígios de graxas, óleos e outras substânciasque podem torná-
los escorregadios e provocar acidentes.
• As áreas de circulação e os espaços em torno de máquinas e equipamentos 
devem ser dimensionados de forma que o material, os trabalhadores e os 
transportadores mecanizados possam movimentar-se com segurança.
• Entre partes móveis de máquinas e/ou equipamentos deve haver uma faixa 
livre variável de 0,70 m (setenta centímetros) a 1,30 m (um metro e trinta 
centímetros), a critério da autoridade competente em segurança e medicina 
do trabalho.
• A distância mínima entre máquinas e equipamentos deve estar entre 0,60 m 
(sessenta centímetros) e 0,80 m (oitenta centímetros).
• Além da distância mínima de separação das máquinas, devem existir áreas 
reservadas para corredores e armazenamento de materiais, devidamente 
demarcadas com faixas nas cores indicadas pela Norma Reguladora 26 do 
Ministério do Trabalho.
• Cada área de trabalho situada em torno da máquina ou do equipamento deve 
ser adequada ao tipo de operação e à classe da máquina ou do equipamento a 
que atende.
• As vias principais de circulação no interior dos locais de trabalho e as que 
conduzem às saídas devem ter, no mínimo, 1,20 m (um metro e vinte centímetros) 
de largura e ser devidamente demarcadas e mantidas permanentemente 
desobstruídas.
28
3.1.2 Uso Adequado de Máquinas e Equipamentos
Outra questão importante é o uso adequado das máquinas e equipamentos. O 
trabalhador deve ser capacitado pela empresa a operar esses instrumentos e não 
deve executar procedimentos quando tiver dúvidas ou quando suspeitar de qualquer 
problema no funcionamento dos mesmos. Vamos conhecer algumas normas de 
segurança para dispositivos de acionamento, partida e parada de máquinas e 
equipamentos.
• As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivos de acionamento e 
parada localizados de modo que:
• Sejam acionados ou desligados pelo operador na sua posição de trabalho.
• Não se localizem na zona perigosa da máquina ou do equipamento.
• Possam ser acionados ou desligados, em caso de emergência, por outra 
pessoa que não seja o operador.
• Não possam ser acionados ou desligados, involuntariamente, pelo 
operador, ou de qualquer outra forma acidental.
• Não acarretem riscos adicionais.
• As máquinas e os equipamentos com acionamento repetitivo devem ter 
dispositivos apropriados de segurança.
• As máquinas e os equipamentos que utilizarem energia elétrica devem possuir 
chave geral em local de fácil acesso e acondicionada em caixa que evite o seu 
acionamento acidental e proteja as suas partes energizadas.
• As máquinas e os equipamentos devem ter suas transmissões de força fechadas 
dentro de sua estrutura ou devidamente isoladas por anteparos adequados.
• As máquinas e os equipamentos que ofereçam risco de ruptura de suas partes 
e/ou projeção de peças ou partes destas devem ter os seus movimentos, 
alternados ou rotativos, protegidos.
29
• As máquinas e os equipamentos que, no seu processo de trabalho, lancem 
partículas de material devem ter proteção. Uma simples partícula pode 
oferecer risco aos trabalhadores.
• As máquinas e os equipamentos que utilizarem ou gerarem energia elétrica 
devem ser aterrados eletricamente.
• Os protetores removíveis só podem ser retirados para execução de limpeza, 
lubrificação, reparo e ajuste, ao fim do que devem ser obrigatória e 
imediatamente recolocados.
• Nas áreas de trabalho com máquinas e equipamentos devem permanecer 
apenas o operador e as pessoas autorizadas.
• Os operadores não podem se afastar das áreas de controle das máquinas sob 
sua responsabilidade quando em funcionamento.
• Nas paradas temporárias ou prolongadas, os operadores devem colocar os 
controles em posição neutra, acionar os freios e adotar outras medidas com o 
objetivo de eliminar riscos provenientes de deslocamentos.
• Nas atividades que envolvam operação de equipamentos como empilhadeiras, 
deve ser fornecido suporte adequado e ajustável para as ferramentas e 
equipamentos de apoio, a fim de proporcionar boa postura, visualização e 
operação, evitando movimentação frequente do pescoço e fadiga visual.
A figura apresenta alguns exemplos de incompatibilidade entre o trabalhador e seu 
posto de trabalho.
Esticar o
pescoço para
aumentar a
altura dos olhos.
Aumentar o
comprimento
do percoço.
Comprimir
seus joelhos.
Aumentar
o alcance
do braço.
30
Quanto ao uso de computadores, deve-se observar o seguinte:
• As condições de uso devem ser adequadas e suficientes para permitir o ajuste 
da tela do equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra 
reflexos e proporcionando corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador.
• O teclado deve ser independente, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de 
acordo com as tarefas a serem executadas.
• A tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de 
maneira que as distâncias olho–tela, olho–teclado e olho–documento sejam 
aproximadamente iguais.
• Os computadores devem ser posicionados em superfícies de trabalho com 
altura ajustável.
3.2 Organização do Trabalho
A organização do trabalho define quem faz o quê, como e em quanto tempo. É a divisão 
dos trabalhadores e das tarefas. Ao invés de examinar procedimentos individuais 
das rotinas de trabalho, o conceito de organização do trabalho busca analisar se os 
diferentes elementos de uma organização trabalham em conjunto e funcionam de 
forma eficiente.
Uma melhor organização do trabalho não precisa ser complicada nem consumir muito 
tempo. Muitas vezes, uma pequena mudança de um procedimento de rotina pode 
ajudar a resolver importantes problemas relacionados ao trabalho.
Para que o ambiente de trabalho esteja organizado e adequado para o desempenho 
das tarefas diárias, deve-se considerar, além das máquinas e equipamentos utilizados, 
toda a situação em que ocorre o relacionamento entre o trabalhador e o seu trabalho, 
ou seja, como esse trabalho é programado e controlado para produzir os resultados 
desejados.
31
O melhor caminho para alcançar a produtividade é planejar áreas de trabalho de forma 
que os trabalhadores não tenham que alcançar objetos e se deslocar além de certos 
limites, pois, se as limitações e capacidades do trabalhador forem respeitadas na 
sua atividade de trabalho, isso proporcionará melhor performance, tornando-o mais 
eficiente.
A organização do trabalho deve levar em consideração, no mínimo:
• as normas de produção
• o modo de operação de máquinas e equipamentos
• a exigência de tempo
• o ritmo de trabalho
• o conteúdo das tarefas
Tanto os trabalhadores quanto os administradores devem estar atentos para esses 
pontos, visando garantir que a empresa funcione como um relógio, sincronizado 
para que nenhuma engrenagem se desgaste mais do que as outras. A organização do 
trabalho é fundamental para que a saúde física e moral do trabalhador seja preservada.
Resumindo 
 
A configuração adequada dos postos de trabalho é fundamental para a 
eficiência do trabalhador. A empresa que atenta para os aspectos 
ergonômicos do trabalho certamente colhe resultados positivos por meio 
de serviços bem feitos e, consequentemente, mais lucros. 
 
O trabalhador tem a obrigação de sinalizar para os dirigentes quando as 
suas condições de trabalho não estão adequadas, sob o risco de ter sua 
produtividade afetada e até mesmo adquirir doenças do trabalho.
32
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. As áreas de trabalho, tais como 
as oficinas de manutenção, pátios de estacionamento e 
portarias de tráfego necessitam ser bem planejadas para que 
os trabalhadores possam desempenhar suas funções com 
eficiência e segurança. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiroou falso. O trabalhador não tem a 
obrigação de sinalizar para os dirigentes quando as suas 
condições de trabalho não estão adequadas, sob o risco de 
ter sua produtividade afetada e até mesmo adquirir doenças 
do trabalho. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
33
Referências
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14280. Cadastro de 
acidente do trabalho: procedimento e classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2001.
ALMEIDA, I. M. Trajetória da análise de acidentes: o paradigma tradicional e os 
primórdios da ampliação da análise. Botucatu: Interface, 2006.
_______. Caminhos das análises de acidentes. Brasília: Ministério do Trabalho e 
Emprego, 2003.
BOSSOLAN, E. M. Crescem os acidentes de trabalho e seus custos. Jornal Segurança 
e Saúde no Trabalho, n.16, outubro, 1997.
DIMENSTEIN, G. Desgaste no trabalho afeta economia. São Paulo: Folha de São Paulo, 
1993.
IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgar Bucher Ltda., 1992.
MACHADO, J. M. H.; GOMEZ, C. M. Acidentes de trabalho: uma expressão da violência 
social. Cadernos de Saúde Pública, 1994.
RIBEIRO, H. P., LACAZ, F. A. C. De que adoecem e morrem os trabalhadores. São 
Paulo: DIESAT/ IMESP, 1984.
SELL, I. Qualidade de vida e condições de trabalho. In: Medicina básica do trabalho. 
Curitiba: Gênesis, 1995.
VIEIRA, S. I. Acidentes do trabalho e em serviço, doenças profissional e do trabalho. 
Florianópolis: Atlas, 1997.
WISNER, A. Por dentro do trabalho. Ergonomia: método & técnica. São Paulo: FTD/
Oboré, 1987.
WISNER, A. A inteligência no trabalho. São Paulo: Fundacentro, 1994.
34
UNIDADE 3 | ACIDENTES E 
ENFERMIDADES RELACIONADAS 
COM O TRABALHO
35
Unidade 3 | Acidentes e Enfermidades Relacionadas 
com o Trabalho
1 Introdução
Quando o ambiente de trabalho não 
é adequado às características e ao 
funcionamento do corpo humano e 
não são adotados procedimentos de 
segurança e de prevenção de acidentes, 
o empregado estará em situação penosa 
ou insalubre.
Outros fatores não profissionais, ligados 
ao estado de saúde ou aos hábitos de 
vida (alcoolismo, tabagismo), também 
têm um papel importante para a aparição e o progresso das doenças profissionais, que 
podem ser relacionadas com a atividade desempenhada pelo trabalhador.
2 Doenças Relacionadas com o Trabalho
Quando as condições de trabalho e as condições do ambiente de trabalho ultrapassam os 
limites toleráveis do organismo, a probabilidade de o trabalhador adquirir uma doença 
no trabalho é grande. Neste caso, tem-se uma doença profissional, que é definida como 
uma doença causada por fatores físicos, químicos e biológicos encontrados no meio de 
trabalho a que o trabalhador está sujeito e no qual não tem acesso aos recursos de 
proteção contra esses agentes. Exemplo: a exposição a um nível elevado de ruído gera 
uma perda auditiva nos trabalhadores expostos.
36
Seguem alguns exemplos de doenças relacionadas ao trabalho:
• As lesões por esforço repetitivo (LER)
São inflamações provocadas por atividades de trabalho que exigem movimentos 
manuais repetitivos durante longo tempo; como exemplo, podemos citar a digitação.
• Perda auditiva
A perda auditiva é provocada, na maioria das vezes, pelos altos níveis de ruído, como, 
por exemplo, barulhos de motor, equipamentos de manutenção, etc.
Existem inúmeras doenças profissionais que irão se caracterizar de acordo com o risco, 
podendo causar vários problemas ao organismo e até a morte.
 h
As doenças profissionais podem ser prevenidas respeitando-se 
os limites de tolerância de cada risco e utilizando-se 
adequadamente os equipamentos de proteção individual.
Não são consideradas como doença do trabalho: as doenças degenerativas, as inerentes 
à idade avançada do trabalhador, as que não produzem incapacidade de trabalhar e 
as que sejam próprias da região onde o trabalhador habite e onde essas doenças se 
desenvolvam, salvo comprovação de que a doença é resultante de algum fator do 
trabalho.
3 Acidentes do Trabalho
Acidente de trabalho ocorre quando o 
trabalhador, pelo exercício do trabalho 
a serviço da empresa, sofre algum 
dano que provoque lesão corporal 
ou perturbação funcional, podendo 
causar tanto a morte como a perda ou 
redução da capacidade para o trabalho, 
temporária ou permanente.
37
Equiparam-se também ao acidente do trabalho:
• O acidente ligado ao trabalho quando este não é causa única, mas contribuiu 
para a morte do trabalhador, redução ou perda da sua capacidade para o 
trabalho, ou produziu lesão que exija atenção médica para a sua recuperação.
• O acidente sofrido pelo trabalhador no local e no horário do trabalho.
• A doença proveniente de contaminação acidental do trabalhador no exercício 
de sua atividade.
• O acidente sofrido pelo trabalhador, ainda que fora do local e horário de 
trabalho.
3.1 Aspectos Gerais sobre Acidentes do Trabalho
Os acidentes do trabalho revestem-se de grande importância por diversos fatores, 
que vão desde o grande número de pessoas expostas até a possível gravidade dos 
mesmos. Os acidentes do trabalho implicam altos custos sociais: aposentadorias, às 
vezes, precoces; indenizações; anos de vida perdidos; perda de familiares, entre outros.
 c
Os acidentes geralmente resultam de interações inadequadas 
entre o homem, a tarefa e o seu ambiente.
As causas dos acidentes, frequentemente, têm três componentes: organizacional, 
tecnológico e humano. Nesse sentido, seria falso acreditar que somente o operador 
comete os erros.
A complexidade dos sistemas deve respeitar as capacidades do cérebro humano. Não se 
podem prever todos os acidentes, nem todas as reações dos operadores, mas deve-se 
colocar todas as condições ótimas de segurança e de prevenção para os trabalhadores.
38
Os acidentes ocorrem principalmente devido a:
• falta de conscientização dos riscos de serviço e das formas de evitá-los;
• falta de atenção;
• falta de conhecimento do trabalho que deve ser feito;
• falta de uso dos equipamentos de proteção individual e coletivo;
• falta de treinamento e informação;
• falta de organização;
• excesso de confiança;
• máquinas e equipamentos com defeitos.
4 Programas de Apoio à Prevenção de Acidentes do Trabalho 
e Melhoria da Saúde
4.1 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA
As empresas privadas e públicas e os órgãos 
governamentais com empregados registrados pela 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) são obrigados 
a organizar e manter em funcionamento, por 
estabelecimento, uma Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes – CIPA – conforme o número de empregados. 
As empresas que não se enquadrarem na obrigatoriedade 
da constituição da comissão deverão anualmente 
designar um empregado como representante, o qual 
deverá participar do curso da CIPA.
39
Esta comissão é formada por representantes dos empregados, eleitos em eleição direta, 
e representantes indicados pela empresa, tendo como objetivo prevenir acidentes e 
doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o 
trabalho com a presença da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
Objetivos da CIPA:
• Observar e relatar as condições de riscos nos ambientes de trabalho.
• Solicitar medidas para reduzir ou eliminar os riscos existentes.
• Discutir os acidentes ocorridos, encaminhando ao SESMT (Serviço Especializado 
em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho) e ao empregador o 
resultado da discussão, e solicitar medidas preventivas.
• Orientar os demais trabalhadores quanto à prevenção de acidentes.
• Investigar as causas e circunstâncias dos acidentes e doenças ocupacionais.
• Promover anualmente Seminários Internos de Prevenção de Acidentes do 
Trabalho(SIPAT).
4.2 Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – 
PCMSO
O PCMSO é um relatório de elaboração obrigatória por parte da empresa, com o 
objetivo de propor o planejamento e subsequente implantação de um Programa de 
Promoção de Saúde/Prevenção de Doenças em ambiente de trabalho. Esse programa 
é exigido pela Norma Regulamentadora 07 (NR 7) do Ministério do Trabalho, sendo 
composto de consultas médicas, exames subsidiários, atividades de educação em 
saúde e acompanhamento do estado de saúde dos empregados atendidos, com 
enfoque preventivo.
 h
O PCMSO deve ser um projeto de melhoria da qualidade de vida 
do empregado e deve contemplar todos os colaboradores da 
empresa.
40
Os exames que devem constar do PCMSO são:
• Admissional – Realizado antes de o empregado assumir suas funções.
• Periódico – Realizado em intervalo de tempo variável de acordo com os 
riscos aos quais os profissionais estão expostos, de acordo com a faixa etária 
dos trabalhadores, em caso de periculosidade e insalubridade ou segundo 
determinação do médico do trabalho.
• Retorno ao trabalho – Realizado no primeiro dia do retorno do empregado 
ausente por trinta dias ou mais, por estar enfermo, por acidente do trabalho 
ou por licença maternidade.
• Mudança de função – Realizado antes da mudança do trabalhador para a 
função ou setor que implique a sua exposição a riscos diferentes daqueles aos 
quais estava exposto anteriormente.
• Demissional – Realizado nos quinze dias que antecedem o desligamento do 
trabalhador da empresa.
4.3 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA
Todos os empregadores e instituições que admitam empregados estão obrigados a 
elaborar e implementar o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais –, 
previsto na Norma Regulamentadora nº 9 do Ministério do Trabalho. O programa 
consiste em ações que visam à preservação da saúde e da integridade física dos 
trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle das 
ocorrências de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de 
trabalho, considerando a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
41
4.4 Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho – 
LTCAT
O LTCAT é obrigatório, devendo ser atualizado anualmente. O não atendimento deste 
dispositivo legal expõe a empresa a multas por parte da Previdência Social e deverá 
estar em concordância com o PPRA e PCMSO, não podendo substituir e nem ser 
substituído por eles.
Resumindo 
 
Não ter programas que promovam a saúde e segurança do trabalhador ou 
ter apenas no papel para cumprir a lei acarreta uma série de prejuízos. Além 
de afastamentos constantes, queda na produtividade e qualidade do 
trabalho, a empresa ainda pode sofrer uma ação indenizatória por doenças 
profissionais, acidentes, solicitação de aposentadoria especial e 
reclamações trabalhistas. 
 
Cabe ao profissional ficar atento quanto à própria segurança e sempre 
solicitar orientações sobre as tarefas sob sua responsabilidade, exigindo 
do empregador o equipamento de proteção individual compatível com sua 
rotina de trabalho. A participação ativa do trabalhador na prevenção de 
acidentes é uma das medidas mais eficazes para evitar que esses acidentes 
ocorram.
42
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. Os acidentes geralmente 
resultam de interações inadequadas entre o homem, a tarefa 
e o seu ambiente. Esses acidentes do trabalho implicam 
baixos custos sociais. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. O Programa de Prevenção de 
Riscos Ambientais consiste em ações que visam à preservação 
da saúde e da integridade física dos trabalhadores. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
43
Referências
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14280. Cadastro de 
acidente do trabalho: procedimento e classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2001.
ALMEIDA, I. M. Trajetória da análise de acidentes: o paradigma tradicional e os 
primórdios da ampliação da análise. Botucatu: Interface, 2006.
_______. Caminhos das análises de acidentes. Brasília: Ministério do Trabalho e 
Emprego, 2003.
BOSSOLAN, E. M. Crescem os acidentes de trabalho e seus custos. Jornal Segurança 
e Saúde no Trabalho, n.16, outubro, 1997.
DIMENSTEIN, G. Desgaste no trabalho afeta economia. São Paulo: Folha de São Paulo, 
1993.
IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgar Bucher Ltda., 1992.
MACHADO, J. M. H.; GOMEZ, C. M. Acidentes de trabalho: uma expressão da violência 
social. Cadernos de Saúde Pública, 1994.
RIBEIRO, H. P., LACAZ, F. A. C. De que adoecem e morrem os trabalhadores. São 
Paulo: DIESAT/ IMESP, 1984.
SELL, I. Qualidade de vida e condições de trabalho. In: Medicina básica do trabalho. 
Curitiba: Gênesis, 1995.
VIEIRA, S. I. Acidentes do trabalho e em serviço, doenças profissional e do trabalho. 
Florianópolis: Atlas, 1997.
WISNER, A. Por dentro do trabalho. Ergonomia: método & técnica. São Paulo: FTD/
Oboré, 1987.
WISNER, A. A inteligência no trabalho. São Paulo: Fundacentro, 1994.
44
UNIDADE 4 | NORMAS TÉCNICAS 
RELACIONADAS À SAÚDE E 
SEGURANÇA NO TRABALHO
45
Unidade 4 | Normas Técnicas Relacionadas à Saúde 
e Segurança no Trabalho
1 Introdução
As Normas Regulamentadoras, também 
conhecidas como NRs, regulamentam e fornecem 
orientações sobre procedimentos obrigatórios 
relacionados à saúde e segurança no trabalho 
no Brasil, como anexos da Consolidação das Leis 
do Trabalho (CLT). A aplicação dessas regras é 
obrigatória por todas as empresas.
Vamos conhecer um pouco mais sobre as normas 
que têm grande influência nas atividades do 
transporte rodoviário de cargas e passageiros.
2 Equipamento de Proteção Individual – EPI
A Norma Regulamentadora nº 6 delibera sobre o uso de Equipamento de Proteção 
Individual (EPI), suas propriedades e características.
O EPI pode ser definido como todo dispositivo ou produto, de 
uso individual, utilizado pelo trabalhador e destinado à proteção 
contra riscos ao qual o trabalhador está exposto no desempenho 
de suas funções.
46
Para garantir a segurança no desempenho de atividades que envolvam algum risco à 
saúde do empregado, os seguintes procedimentos devem ser seguidos:
• A empresa tem a obrigação de fornecer o ambiente adequado para os 
funcionários.
• Os funcionários devem ser capacitados e estar cientes da situação de potencial 
risco a saúde no ambiente de trabalho.
• Caso seja necessário, os funcionários devem utilizar o EPI fornecido pela 
empresa, conforme a orientação dada pela mesma.
• Os funcionários devem seguir as orientações da empresa em relação aos 
procedimentos de segurança, bem como ter a atitude de exigir as condições 
necessárias para desempenhar suas funções com o mínimo de riscos para a 
saúde.
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, 
em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
• Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção 
contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do 
trabalho.
• Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas.
• Para atender a situações de emergência.
Cabe ao empregador, quanto ao EPI:
• Adquirir o(s) equipamento(s) adequado(s) ao risco de cada atividade.
• Exigir seu uso.
• Fornecer ao trabalhador somente equipamentos aprovados pelo órgão 
nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho.
• Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação 
do equipamento.
• Substituir o equipamento imediatamente, quando danificado ou extraviado.
47
• Responsabilizar-se pela higienização e manutençãoperiódica.
• Comunicar ao Ministério do Trabalho qualquer irregularidade observada.
Cabe ao empregado, quanto ao EPI:
• Usar o equipamento, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina.
• Responsabilizar-se pela guarda e conservação do equipamento.
• Comunicar ao empregador qualquer alteração que torne o equipamento 
impróprio para uso.
• Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado do 
equipamento.
2.1 Lista de Equipamentos de Proteção Individual
EPI para proteção dos olhos e face:
Óculos
• óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de partículas.
• óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa.
• óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta.
• óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de produtos 
químicos.
Máscara de solda
• máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação 
ultravioleta.
• máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação 
infravermelha.
48
• máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra 
luminosidade intensa.
EPI para proteção da cabeça:
Capacete
• capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o 
crânio.
• capacete de segurança para proteção contra choques elétricos.
Capuz
• capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem 
térmica.
• capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra respingos de 
produtos químicos.
• capuz de segurança para proteção do crânio em trabalhos onde haja risco de 
contato com partes giratórias ou móveis de máquinas.
EPI para proteção respiratória:
Respirador purificador de ar
• respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras, 
névoas e fumos
• respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra gases 
emanados de produtos químicos
EPI para proteção dos membros superiores:
Luva de segurança
• proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes.
• proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes.
• proteção das mãos contra choques elétricos.
49
• proteção das mãos contra agentes térmicos.
• proteção das mãos contra agentes biológicos.
• proteção das mãos contra agentes químicos.
Creme protetor
• proteção dos membros superiores contra agentes químicos
 h
O creme protetor de segurança para proteção é muito 
importante para profissionais que lidam com óleo diesel e graxa.
EPI para proteção dos membros inferiores:
Calçado
• proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os pés.
• proteção dos pés contra agentes cortantes e escoriantes.
• proteção dos pés e pernas contra respingos de produtos químicos.
EPI para proteção do tronco
• vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tronco contra riscos de 
origem térmica, mecânica, química, radioativa e meteorológica e umidade 
proveniente de operações com o uso de água.
• colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem 
portando arma de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem 
mecânica.
50
3 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de 
Materiais
Para a movimentação de cargas por equipamentos, os seguintes cuidados devem ser 
tomados:
• Em todo equipamento deve ser indicada, em lugar visível, a carga máxima de 
trabalho permitida.
• Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das mãos.
• Para a operação de equipamentos 
de transporte com força motriz 
própria, como as empilhadeiras, 
o operador deverá receber 
treinamento específico que o 
habilitará nessa função.
• Os equipamentos de transporte 
motorizados deverão possuir 
buzina.
• Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos por 
máquinas transportadoras deverá ser controlada para evitar concentrações 
acima dos limites permitidos no ambiente de trabalho.
Denomina-se “Transporte manual de sacos” toda atividade na qual o peso da carga 
é suportado, integralmente, por um só trabalhador, compreendendo também seu 
levantamento e sua deposição.
Para a movimentação manual de sacas, os seguintes cuidados devem ser tomados:
• A distância máxima para o transporte manual de um saco é de 60,00 m (sessenta 
metros).
• Além do limite previsto na norma respectiva, a carga e a descarga de sacas 
deverão ser realizadas mediante impulsão de vagonetes, carros, carretas, 
carros de mão apropriados, ou qualquer tipo de tração mecanizada.
51
• É vedado o transporte manual de sacos, através de pranchas, sobre vãos 
superiores a 1,00 m (um metro) ou mais de extensão, sendo que essas 
pranchas deverão ter a largura mínima de 0,50 m (cinquenta centímetros).
• As pilhas de sacos, nos armazéns, terão a altura máxima correspondente 
a 30 (trinta) fiadas de sacos quando for usado processo mecanizado de 
empilhamento.
• A altura máxima das pilhas de sacos será correspondente a 20 (vinte) 
fiadas quando for usado processo manual de empilhamento.
No processo mecanizado de empilhamento, aconselha-se o uso de esteiras-rolantes ou 
empilhadeiras. Quando não for possível o emprego de processo mecanizado, admite-
se o processo manual, mediante a utilização de escada removível de madeira com as 
seguintes características:
• Largura mínima de 1,00 m (um metro), apresentando o patamar as dimensões 
mínimas de 1,00 m x 1,00 m (um metro x um metro) e a altura máxima, em 
relação ao solo, de 2,25 m (dois metros e vinte e cinco centímetros).
• Proporção conveniente entre o piso e o espelho dos degraus, não podendo o 
espelho ter altura superior a 0,15 m (quinze centímetros), nem o piso largura 
inferior a 0,25 m (vinte e cinco centímetros).
• Corrimão ou guarda-corpo na altura de 1,00 m (um metro) em toda a sua 
extensão lateral.
• Perfeitas condições de estabilidade e segurança, sendo substituída 
imediatamente a que apresente qualquer defeito.
O piso do armazém deverá ser constituído de material não escorregadio, sem aspereza, 
e mantido em perfeito estado de conservação, sendo que deve ser evitado o transporte 
manual de sacos em pisos escorregadios ou molhados.
 e
A empresa deverá providenciar cobertura apropriada dos locais 
de carga e descarga da sacaria.
52
O peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de carga calculada 
para o piso, sendo que tal material deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução 
de portas, equipamentos contra incêndio, saídas de emergências, etc.
O material empilhado deverá ficar afastado das estruturas laterais do prédio a uma 
distância de, pelo menos, 0,50 m (cinquenta centímetros), sendo que a disposição da 
carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação e o acesso às saídas de emergência.
O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança específicos a cada 
tipo de material.
Resumindo 
 
As normas regulatórias existem para padronizar as regras de segurança e 
garantir a saúde dos trabalhadores. É muito importante que cada orientação 
seja seguida à risca, evitando assim acidentes e doenças do trabalho e, 
principal – mente, garantindo que os trabalhadores produzam com 
eficiência e segurança.
53
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. O EPI pode ser definido como 
todo dispositivo ou produto, de uso individual, utilizado pelo 
trabalhador e destinado à proteção contra riscos ao qual o 
trabalhador está exposto no desempenho de suas funções. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. O “Transporte manual de 
sacos” é toda atividade na qual o peso da carga é suportado, 
integralmente, por um só trabalhador, compreendendo 
também seu levantamento e sua deposição.Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
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Referências
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14280. Cadastro de 
acidente do trabalho: procedimento e classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2001.
ALMEIDA, I. M. Trajetória da análise de acidentes: o paradigma tradicional e os 
primórdios da ampliação da análise. Botucatu: Interface, 2006.
_______. Caminhos das análises de acidentes. Brasília: Ministério do Trabalho e 
Emprego, 2003.
BOSSOLAN, E. M. Crescem os acidentes de trabalho e seus custos. Jornal Segurança 
e Saúde no Trabalho, n.16, outubro, 1997.
DIMENSTEIN, G. Desgaste no trabalho afeta economia. São Paulo: Folha de São Paulo, 
1993.
IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgar Bucher Ltda., 1992.
MACHADO, J. M. H.; GOMEZ, C. M. Acidentes de trabalho: uma expressão da violência 
social. Cadernos de Saúde Pública, 1994.
RIBEIRO, H. P., LACAZ, F. A. C. De que adoecem e morrem os trabalhadores. São 
Paulo: DIESAT/ IMESP, 1984.
SELL, I. Qualidade de vida e condições de trabalho. In: Medicina básica do trabalho. 
Curitiba: Gênesis, 1995.
VIEIRA, S. I. Acidentes do trabalho e em serviço, doenças profissional e do trabalho. 
Florianópolis: Atlas, 1997.
WISNER, A. Por dentro do trabalho. Ergonomia: método & técnica. São Paulo: FTD/
Oboré, 1987.
WISNER, A. A inteligência no trabalho. São Paulo: Fundacentro, 1994.
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Gabarito
Questão 1 Questão 2
Unidade 1 F V
Unidade 2 V F
Unidade 3 F V
Unidade 4 V V
	Apresentação
	Unidade 1 | Cuidados com a Saúde do Trabalhador
	1 Introdução
	2 Iluminação no Ambiente de Trabalho
	3 Conforto Acústico no Ambiente de Trabalho
	4 Conforto Térmico no Ambiente de Trabalho
	Atividades
	Referências
	Unidade 2 | Postos de Trabalho e Movimentação dos Profissionais
	1 Introdução
	2 Condições Adequadas de Trabalho
	3 Planejamento dos Locais de Trabalho
	3.1 Equipamentos dos Locais de Trabalho
	3.1.1 Instalações e Áreas de Trabalho
	3.1.2 Uso Adequado de Máquinas e Equipamentos
	3.2 Organização do Trabalho
	Atividades
	Referências
	Unidade 3 | Acidentes e Enfermidades Relacionadas com o Trabalho
	1 Introdução
	2 Doenças Relacionadas com o Trabalho
	3 Acidentes do Trabalho
	3.1 Aspectos Gerais sobre Acidentes do Trabalho
	4 Programas de Apoio à Prevenção de Acidentes do Trabalho e Melhoria da Saúde
	4.1 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA
	4.2 Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – PCMSO
	4.3 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA
	4.4 Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho – LTCAT
	Atividades
	Referências
	Unidade 4 | Normas Técnicas Relacionadas à Saúde e Segurança no Trabalho
	1 Introdução
	2 Equipamento de Proteção Individual – EPI
	2.1 Lista de Equipamentos de Proteção Individual
	3 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
	Atividades
	Referências
	Gabarito

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