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Universidade Tecnológica Federal do Paraná 
Departamento Acadêmico de Mecânica 
Coordenação de Estágio 
 
 
 
 
Relatório Final de Estágio – Engenharia Mecânica 
Desenvolvimento de processos de fabricação mecânica 
– Engenharia de processo e projetos 
 
 
 
Banca: Prof. M. Irapuan Santos 
 Prof. Dr. Jhon Jairo Ramirez Behainne 
 Prof. Dr. Eng. Felipe Barreto Campelo Cruz 
 
Realizado por: 
Yuri Ramos Bach 
1022202 
 
 
Ponta Grossa, 3 de dezembro de 2013
 
- O Termo de Aprovação assinado encontra-se na Coordenação do Curso - 
 
 
 
TERMO DE APROVAÇÃO 
 
do 
 
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO 
 
por 
 
Yuri Ramos Bach 
 
 
A Defesa Final desse Estágio Curricular Obrigatório foi realizada em 3 de 
dezembro de 2013 como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em 
Engenharia Mecânica. O candidato foi arguido pela Banca Examinadora composta 
pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora 
considerou o estágio aprovado. 
 
 
 
 
 
____________________________________ ____________________________________ 
 Prof. Ms. Eng. Irapuan Santos Prof. Dr. Eng. Jhon Jairo Ramirez Behainne 
 Prof. Orientador Membro Titular 
 
 
 
 
 
 
 
 
____________________________________ ____________________________________ 
 Prof. Dr. Eng. Felipe Barreto Campelo Cruz Prof. Dr. Eng. Thiago Antonini Alves 
 Coordenador de Estágios dos Cursos de Coordenador do Curso de Engenharia Mecânica e 
 Engenharia Mecânica e de Engenharia de de Engenharia de Produção Mecânica 
Produção Mecânica UTFPR/ Campus Ponta UTFPR/Campus Ponta Grossa 
 Grossa
 
 
Ministério da Educação 
Universidade Tecnológica Federal do Paraná 
Campus Ponta Grossa 
 
Coordenação de Engenharia Mecânica 
e de Engenharia de Produção Mecânica 
 
 
 
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Lista de Figuras 
 
Figura 1. Projeto desenvolvido e desenhado pela USIMINAS ..................................................... 22 
Figura 2. Projeto da USIMINAS revisado e desenhado pela Metalúrgica Santa Cecília S/A ...... 23 
Figura 3. Pagina de consultas e revisão de processos.................................................................... 11 
Figura 4. Gabarito para conferência metrológica de peças segmentadas ..................................... 12 
Figura 5. Barra de alumínio ABNT 5052 H34 de 15” de diâmetro............................................... 13 
Figura 6. Mancal usinado em posto de trabalho alternativo .......................................................... 14 
Figura 7. Projeto de dispositivo para mandrilagem de sapatas de mancais radiais ....................... 24 
Figura 8. Dispositivo fabricado para linha de produção ................................................................ 15 
Figura 9. Ferramenta fabricada pela empresa para utilização na usinagem das peças. ................. 15 
Figura 10. Entrada da empresa INTERCEMENT ......................................................................... 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sumário 
 
1. Identificação ............................................................................................................................... 4 
2. Responsabilidade pelas Informações .......................................................................................... 6 
3. Introdução ................................................................................................................................... 7 
4. Descrição da Empresa ................................................................................................................ 8 
4.1. Produto ..................................................................................................................... 8 
4.2. Planta Industrial ....................................................................................................... 8 
4.3. Local de Atuação do Aluno ..................................................................................... 9 
5. Descrição das Atividades Desenvolvidas no Estágio ............................................................... 10 
5.1. Avaliação de Projetos e Amostras de Peças .......................................................... 10 
5.2. Codificação de peças ............................................................................................. 11 
5.3. Desenvolvimento e melhoria de processos de fabricação de peças ....................... 11 
5.4. Assistência Técnica a Empresas Clientes .............................................................. 16 
6. Dificuldades Encontradas ......................................................................................................... 17 
7. Áreas de Identificação Com o Curso ........................................................................................ 18 
8. Resultados ................................................................................................................................. 19 
9. Conclusão ................................................................................................................................. 20 
Referências .................................................................................................................................... 21 
Anexo A - Projeto desenvolvido e desenhado pela USIMINAS .................................................. 22 
Anexo B - Projeto da USIMINAS revisado e desenhado pela Metalúrgica Santa Cecília S/A .... 23 
Anexo C - Projeto do dispositivo de mandrilagem ....................................................................... 24 
 
 
 
4 
 
 
 
1. Identificação 
Aluno: Yuri Ramos Bach Telefone Celular: (42) 9925-8625 
Curso: Engenharia Mecânica Código: 1022202 
e-mail: yuri.rbach@gmail.com 
Empresa: Metalúrgica Santa Cecília S/A 
Endereço: Av. Visconde de Mauá, 2500 – Oficinas. CEP: 84045-100 
Ponta Grossa / Pr 
Supervisor de Estágio: Anderson Luiz Clausen 
Formação: Tecnólogo em Fabricação Mecânica 
Cargo: Supervisor de Engenharia 
Telefone: (42) 3219-4826 
e-mail: anderson@smagon.com.br 
Orientador: Prof. Ms. Irapuan Santos 
Formação: Engenheiro Mecânico 
Cargo: Professor 
Telefone: (42) 3220-4800 
e-mail: irapuan@utfpr.edu.br 
Estágio: 
Início: 30 de maio de 2013 
Conclusão: 30 de setembro de 2013 
5 
 
 
Carga horária: 480 horas (mínimo de 400 horas). 
Estágio realizado no setor de Engenharia de Projetos e Processos 
Atividades contempladas: 
• Avaliação de projetos e amostras de peças; 
• Codificação de peças; 
• Desenvolvimento e melhoria de processos de fabricação de peças; 
• Avaliação dos limites das máquinas; 
• Dimensionamento de peças; 
• Determinação de matéria prima e acabamento superficial; 
• Avaliação de ferramental utilizado e tempo de fabricação; 
• Assistência técnica a empresas clientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. Responsabilidade pelas Informações 
ALUNO: 
Eu, Yuri Ramos Bach, estudante do Curso Superior de Engenharia Mecânica na 
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Ponta Grossa, sob número de 
matrícula 1022202, portador do RG nº. 10548384-8declaro estar ciente da veracidade das 
informações contidas neste relatório referente às atividades de estágio desenvolvidas na 
empresa Metalúrgica Santa Cecília S/A, Ponta Grossa-PR. 
 
___________________________________ 
 Yuri Ramos Bach 
 Aluno/ Estagiário 
 
 
 
 
SUPERVISOR: 
Eu, Anderson Luis Clausen, Tecnólogo em Fabricação Mecânica na empresa 
Metalúrgica Santa Cecília S/A, onde ocupo o cargo Supervisor de Engenharia, supervisor do 
estagiário Yuri Ramos Bach, afirmo que todas as informações contidas neste relatório são 
verdadeiras e responsabilizo-me pelas mesmas. 
 
___________________________________ 
 Anderson Luis Clausen 
Supervisor de Engenharia 
 
 
 
 
7 
 
 
3. Introdução 
Este relatório descreve as atividades desempenhadas durante o período de estágio pelo 
aluno no setor de Engenharia da empresa Metalúrgica Santa Cecília S/A. A empresa, com 
sede industrial em Ponta Grossa/PR, está no mercado desde a década de 1970. 
O estágio foi de caráter obrigatório com duração de quatro meses, sendo este realizado 
no departamento de engenharia. O setor de engenharia tem como responsabilidades o 
desenvolvimento de processos de fabricação, avaliação de projetos de peças, processamento 
de solicitações, codificação de peças, avaliação de hora/máquina, perícias técnicas, indicações 
de materiais, orçamentos de máquinas e ferramentais. 
As atividades desenvolvidas no estágio abordaram a avaliação de projetos e amostras, 
codificação de peças, desenvolvimento e melhoria de processos de fabricação, avaliação dos 
limites das máquinas, dimensionamento de peças, determinação da matéria prima e 
acabamento superficial, avaliação do ferramental utilizado e tempo de fabricação e assistência 
técnica a empresas clientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
4. Descrição da Empresa 
Localizada no Bairro Oficinas na cidade de Ponta Grossa no Paraná, a Metalúrgica 
Santa Cecília S/A foi fundada há mais de quarenta anos, sendo pioneira na fabricação de 
bronzinas para o mercado nacional. 
Hoje a empresa conta com uma equipe de 75 profissionais e abrange tanto a fabricação 
de bronzinas para o setor automotivo, industrial, ferroviário e naval, como também mancais 
industriais para equipamentos de diversos setores, como petroquímicos, siderúrgicos, usinas 
hidrelétricas e termelétricas, cimenteiro, madeireiras entre outros. 
 
4.1. Produto 
Os equipamentos mais utilizados pelas empresas para produção abrangem diversas 
aplicações como redutores, geradores, bombas, turbinas, etc. Tais equipamentos são 
compostos por diversos elementos de máquinas. Para o caso da Metalúrgica Santa Cecília S/A 
esta fabrica os mancais de deslizamento, anéis, bronzinas, selos mecânicos e buchas. 
Os produtos fabricados pela empresa são direcionados para máquinas e equipamentos 
rotativos. As produtos garantem a rotação e deslizamento de eixos sobre o material antifricção 
que compõem a estrutura das peças. 
A importância da utilização destes produtos dá-se pelas características estruturais e 
geométricas, as quais condicionam redução de ruídos, maior durabilidade, amortecimento de 
impacto e maior controle de processos vindos dos equipamentos onde estão inseridos. 
 
4.2. Planta Industrial 
 A Planta industrial da fábrica apresenta em sua constituição 5 setores os quais dividem-
se da seguinte maneira: 
• Setor I, com quatro repartições, este em sua constituição apresenta o almoxarifado, 
compras, a fundição, a conformação e o jateamento; 
• Setor II, apresenta em sua constituição apenas a recepção; 
9 
 
 
• Setor III, apresenta em sua constituição a sala de treinamentos, arquivo morto e 
cozinha; 
• Setor IV, neste bloco esta compreendido o setor da usinagem para as linhas de 
produção especial e automotiva, o setor tratamento químico, o controle de qualidade, 
sala de recursos humanos, sala de planejamento e controle de produção; 
• Setor V, neste bloco encontram-se o setor financeiro, engenharia, comercial, estoque e 
expedição. 
 
4.3. Local de Atuação do Aluno 
O local de trabalho do estágio foi no Bloco V. Em salas separadas encontram-se os 
setores de estoque e expedição. Os setores financeiro e comercial, que ficam em sala 
conjugada com a engenharia, disponibilizavam liberdade de acordo em orçamentos 
diretamente com a engenharia e também esclarecimentos de dúvidas com clientes. Nesta sala 
encontram-se o gerente comercial, o supervisor comercial, o gerente financeiro, analistas 
financeiros, analistas comerciais, vendedores, estagiários analistas de engenharia, supervisor 
de engenharia. Esta sala ainda conta com uma biblioteca técnica para pesquisas em diversas 
áreas de conhecimento, artigos científicos e procedimentos registrados. 
Na sala ao lado encontra-se o estoque e a expedição, onde nas quais estão os líderes de 
equipe com suas respectivas equipes de suporte. 
 
 
 
 
 
 
 
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5. Descrição das Atividades Desenvolvidas no Estágio 
O estágio foi realizado no setor de engenharia da Metalúrgica Santa Cecília S/A e teve 
como objetivo principal e inicial a realização das atividades descritas no plano de estágio 
como avaliação de projetos e processos, execução de projetos, melhoria de processos, ao fim 
do estágio, outras atividades desenvolvidas dentro do setor foram delegadas ao estagiário. 
 
5.1. Avaliação de Projetos e Amostras de Peças 
A fabricação das peças para os clientes deve-se desdobrar a partir da avaliação do 
projeto. Nesta etapa coube ao estagiário avaliar as geometrias, dimensões, materiais e erros de 
projetos, também por ele foi realizado o redesenho dos projetos pelo fato dos projetos do 
cliente estarem em mal estado de conservação. Cabe a quem está avaliando informar ao setor 
comercial quanto a possibilidade de fabricação ou solicitação de esclarecimento de dúvidas. 
 A Figura 1 no Anexo A apresenta um projeto desenvolvido e desenhado pela 
USIMINAS de um mancal utilizado em um compressor centrífugo, como pode-se notar o 
desenho do projeto encontra-se em mal estado de apresentação devido ao danos causados ao 
longo dos anos. 
A Figura 2 no Anexo B apresenta o desenho do projeto desenvolvido pela USIMINAS 
revisado e redesenhado pelo departamento de engenharia da Metalúrgica Santa Cecília S/A. 
Nota-se por este a definição das dimensões e a facilidade para interpretação de geometrias e 
dimensões. 
Em épocas de grande demanda de ordens de serviço, o redesenho dos projetos não era 
realizado devido ao curto prazo para fabricação. Desta maneira, o estagiário enviava ao 
responsável o desenho original do cliente para o desenvolvimento do processo de fabricação. 
Alguns clientes em seus pedidos, não disponibilizavam o projeto da peça em função de 
extravio ou perda. Então era enviado a metalúrgica amostras das peças das quais o estagiário 
coletava as informações sobre materiais e suas medidas para elaboração de projetos, avaliação 
quanto a possibilidade de recuperação e posterior elaboração dos processos de fabricação. 
 
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5.2. Codificação de peças 
Ao avaliar as projetos e amostras, perante a aceitação do cliente para o orçamento 
comunicado, o estagiário realizava a codificação das peças para comunicação interna na 
empresa. Esta codificação possibilita realizar o rastreamento dos projetos e peças, assim como 
facilita a identificação das peças já fabricadas em comunicação com o cliente quando o 
mesmo informa o modelo e tipo de seu equipamento. 
 
5.3. Desenvolvimento e melhoria de processos de fabricação depeças 
Na participação do desenvolvimento e melhoria dos processos de fabricação das peças, 
o estagiário avaliava os limites das máquinas, o dimensionamento das peças, a matéria prima 
e o acabamento superficial, o ferramental utilizado nas operações e o prazo para fabricação. 
Na Figura 3 é apresentada uma página do sistema com a sequência das operações do processo 
a ser realizado. 
 
 
Sendo o processo divido em operações, o estagiário devia estudar a instrução a ser 
passada ao operador em cada operação. Neste ponto de vista, faz-se a necessidade de buscar 
informações na literatura para complementar, no desenvolvimento do processo, a 
comunicação com o operador ou máquina, assim diminuindo a possibilidade de cometer erros 
Figura 1. Pagina de consultas e revisão de processos 
Fonte: MSC 
12 
 
 
de interpretação. 
 
• Avaliação dos Limites das Máquinas 
Como as peças são previamente avaliadas para fabricação, cabia ao estagiário estudar as 
melhores formas de se fabricá-las. Assim os limites de aplicações das máquinas deveriam ser 
avaliados para não ocorrer contratempos, acelerar o processo de fabricação e condicionar a 
execução de maneira correta. 
 Sendo o limite da máquina insuficiente, a terceirização de algumas operações do 
processo é incorporada no processo. O estagiário teve a liberdade de realizar pesquisas no 
mercado para a realização da terceirização das operações quando necessário. 
 
• O dimensionamento das peças 
Uma vez que as peças apresentavam geometrias complexas, dimensões variadas e 
tolerâncias pequenas, o processo teve suas operações apontadas, revisadas e organizadas pelo 
estagiário de maneira a proporcionar o alcance destes requisitos. Em função da grande 
complexidade das geometrais havia a necessidade de se fabricar gabaritos para conferências 
metrológicas. A Figura 4 ilustra um gabarito para conferência de diâmetro interno de peças 
segmentadas. 
 
Figura 2. Gabarito para conferência metrológica de peças segmentadas 
Fonte: MSC 
 
13 
 
 
O uso dos instrumentos e equipamentos de medições acarretavam muitas vezes em 
atrasos na fabricação. Cabia ao estagiário projetar diversos gabaritos ou ferramentais para 
conferências metrológicas das peças, onde estes devem ser frequentemente utilizados após e 
durante as operações na fabricação das peças na linha de produção especial e automotiva. O 
estagiário tinha comunicação total com a produção para o fato de esclarecimento de dúvidas 
por parte dos operadores e diminuição da chance de erro. 
 
• Determinação de Matéria Prima e o Acabamento Superficial 
As peças apresentavam diferentes tipos de materiais na sua composição podendo ser 
compostas de um ou mais metais. Para cada tipo de material buscava-se alternativas para 
atender os requisitos de acabamento superficial, propriedades mecânicas e também diminuir o 
custo na fabricação. A figura 5 apresenta uma peça inteiriça de alumínio antes de suas 
operações de desbaste, a qual apenas foi realizado o corte da matéria prima. 
 
Figura 3. Barra de alumínio ABNT 5052 H34 de 15” de diâmetro 
Fonte: MSC 
 
Os materiais quando processados podem apresentar variações dimensionais e também 
em qualidade superficial. Assim, o estagiário, ao elaborar o processo devia repassar essas 
possíveis variações a documentação para operador para o mesmo estar atento na hora de 
executar as operações. Após a execução das operações o setor de qualidade responsabilizava-
se pelas conferências dimensionais e de acabamentos superficiais. 
14 
 
 
• Avaliação de Ferramental Utilizado e Tempo de Fabricação 
As máquinas, ferramentas e dispositivos utilizados na fabricação eram definidos no 
processo para alcançar o valores dimensionais e de formas registrados no projeto. Para isto 
estudava-se a melhor maneira de executar as operações nas diferentes máquinas disponíveis 
ou terceirizava-se as operações para não haver atrasos na entrega da ordem de serviço. 
A Figura 6 apresenta um mancal da USIMINAS sendo usinado em uma máquina para 
peças de maior porte, porém na engenharia foram definidos parâmetros de usinagem para uma 
máquina alternativa para acelerar o processo no caso das máquinas mais indicadas estarem em 
uso. 
 
Figura 4. Mancal usinado em posto de trabalho alternativo 
Fonte: MSC 
 
Como a fabricação das peças da linha de produção especial é essencialmente artesanal, 
há a necessidade de desenvolver dispositivos para a obtenção das dimensões e formas das 
peças, onde o estagiário desenvolvia os mesmos conforme a demanda da produção. A Figura 
7 no Anexo C apresenta um projeto desenvolvido pelo estagiário de um dispositivo de 
fixação para mandrilagem de precisão no acabamento da peça. 
 
Estes dispositivos eram desenvolvidos e fabricados em paralelo com as operações de 
fabricação da peça. A Figura 8 mostra o dispositivo já fabricado para utilização na linha de 
produção. 
15 
 
 
 
Figura 5. Dispositivo fabricado para linha de produção 
Fonte: MSC 
 
Assim como os dispositivos, as ferramentas a serem usadas eram pré-avaliadas para 
verificar as condições de uso e a disponibilidade. Caso não houvessem as ferramentas 
necessárias, cabia solicitar ao departamento de compras a aquisição da ferramenta especifica 
ou a fabricação da ferramenta. Desta forma, para a execução das operações, desenvolvia-se 
em paralelo com a produção, a fabricação das ferramentas. 
 
Figura 6. Ferramenta fabricada pela empresa para utilização na usinagem das peças. 
Fonte: MSC 
 
Os prazos para fabricação eram muitas vezes curtos, tendo a necessidade de terceirizar 
algumas operações e realizar a revisão do processo após a fabricação completa. Neste caso o 
acompanhamento da fabricação era de máxima importância para atenuar a possibilidade de 
erro. 
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5.4. Assistência Técnica a Empresas Clientes 
Como as peças a se fabricar demandavam avaliação prévia das condições, os 
equipamentos nos quais as peças funcionavam comumente podiam estar com defeitos 
funcionais, sendo estes defeitos os principais responsáveis aos danos causados nas bronzinas e 
mancais. Periodicamente, o estagiário realizava o acompanhamento de montagem e 
conferências metrológicas dos equipamentos dos clientes para avaliação dos potenciais danos 
que os mesmos causavam nas peças novas fabricadas ou recuperadas. 
A figura 10 apresenta uma vista da entrada da empresa INTERCEMENT, na qual foi 
acompanhada a montagem de mancais de moinhos de carvão para a produção de cimento. 
 
Figura 7. Entrada da empresa INTERCEMENT 
Fonte: MSC 
 
Em muitas ocasiões, os clientes solicitavam a presença em campo de pelo menos um 
representante da empresa, podendo ser o estagiário, para qualificar os mancais e avaliar a 
necessidade de modificação da geometria, dimensões ou materiais dos mancais. 
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6. Dificuldades Encontradas 
 As dificuldades encontradas podem ser resumidas em alguns pontos críticos como: 
• Falta de instruções para trabalhar com pessoas; 
• Baixo conhecimento de softwares de desenho em computador; 
• Pouco domínio sobre máquinas operatrizes; 
• Baixa noção sobre custos. 
Para se trabalhar com pessoas, deve-se ter em mente a diferença entre o gênio de cada 
uma das pessoas que estão no mesmo ambiente de trabalho, pois a aceitação de algumas 
pessoas não necessariamente reflete na aceitação de outras. 
As empresas contam com softwares avançados para projeções de peças, máquinas, 
plantas e processos sendo estes de extrema importância Como o embasamento teórico dos 
softwares de desenho era reduzido, em paralelo o estagiário teve que realizar cursos destes 
softwares. 
As máquinas operatrizes mantem uma constante evolução nos mais variados tipos de 
operações, desta forma torna-se difícil acompanhar esta evoluçãoapenas ao longo do curso, 
pois a fabricação mecânica é uma área muita ampla da Engenharia Mecânica o que se tornou 
mais difícil ao estagiário para aprender exatamente o que as empresas do mercado hoje 
exigem. 
A avaliação de custos era indispensável na execução de processos, neste ponto de vista 
o estagiário deveria buscar mais informações sobre custos para realizar suas escolhas de 
materiais e máquinas, caso contrário se o processo executado conforme as noções de custos 
do estagiário muitos produtos poderiam ser refugados ou tornar-se inviáveis. 
 
 
 
 
 
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7. Áreas de Identificação Com o Curso 
Muitas disciplinas cursadas concederam um forte embasamento como ajuda para o 
desenvolvimento do estagiário durante o período de estágio. Estas são listadas a seguir: 
• Desenho Técnico: Disciplina a qual forneceu embasamento para a compreensão e 
interpretação de projetos, assim como ajudou na elaboração dos mesmos. 
• Metrologia: Para determinadas condições de trabalho como levantamentos 
dimensionais e assistências técnicas era imprescindível a necessidade de se usar 
conceitos e instrumentos de metrologia. 
• Transferência de Calor: Em alguns setores da empresa como a fundição e o tratamento 
químico faz-se necessário compreender os sistemas de troca de calor para avaliar a 
qualidade e o processamento das peças; 
• Usinagem: A emprese concedente do estágio é fortemente ligada ao ramo de 
usinagem, neste ponto de vista, a disciplina de usinagem forneceu valores muito úteis 
para sua utilização durante o período de estágio para execução de processos; 
• Materiais de Construção Mecânica: Diversos tipos de materiais são utilizados pela 
empresa para a fabricação dos mais diferentes tipos de peças, desta forma a disciplina 
em questão auxiliou na escolha destes materiais para execução das peças. 
• Soldagem: Em vários momentos durante o estágio a soldagem de algumas peças 
durante seus processos foi realizada, onde muitos conceitos estudados na disciplina 
vieram a ser úteis para a execução das operações; 
• Fundição: Sendo a fundição um dos ramos da empresa, a disciplina realizada durante a 
faculdade ajudou a entender diversos fatores e variáveis vistas durante a execução dos 
processos de fundição realizados na empresa. 
Outras disciplinas foram também de extrema importância, porém como a empresa 
trabalha com fabricação, muitas disciplinas ficaram em desuso por conta da falta de 
aplicação. Como o setor de engenharia não mantinha uma linha de trabalho definida, 
outras maneiras de se aproveitar o embasamento da universidade foram identificadas pelo 
estagiário. 
 
 
 
19 
 
 
8. Resultados 
Em função do desligamento do supervisor de engenharia durante o estágio, as atividades 
do estagiário ganharam muito mais destaque, onde os processos executados pelo estagiário 
eram diretamente encaminhados a produção. Todos os processos enviados a produção, 
durante este regime do estagiário fornecendo os processos, foram executados de maneira 
correta não prejudicando ou refugando peças, confirmando um bom aproveitamento do 
aprendizado na empresa. 
A boa relação com as pessoas nos diferentes setores possibilitou adquirir uma maior 
facilidade de comunicação e assim possibilitando a organização dos setor de engenharia 
tornando o setor mais dividido e enxuto. 
 A forma de executar os processos com softwares tornou-se mais dinâmica e eficiente, 
assim colocando à disposição dos posteriores analistas de processos fazer o uso de softwares 
de maneira mais direcionada e organizada. 
Por conta do risco de acidentes dentro do setor fabril, pode-se notar a importância dos 
equipamentos EPI durante o auxílio aos operadores em suas tarefas e também aguçar a 
atenção durante os trabalhos para não ocorrer acidentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9. Conclusão 
Trabalhar no setor de engenharia em uma empresa de fabricação foi uma experiência 
muito vantajosa, tanto pelo cumprimento das horas de estágio quanto pelo grande 
conhecimento adquirido durante o período de estágio. 
Diversos treinamentos foram realizados com os funcionários da linha de produção onde 
boa parte o estagiário pode estar presente. Estes treinamentos envolviam Segurança no 
Trabalho, capacitações para operar novas máquinas, 5S, entre outros. Todos os eventos 
realizados ou com participações da empresas trouxeram um grande agregado de conhecimento 
para o estagiário. 
Sendo o fabricação das peças de alta precisão a responsabilidade em desempenhar o 
papel de forma ótima foi expressamente necessário, uma vez que os valores das peças eram 
muito altos e o nível de complexidade também muito elevado. 
Por mais que o supervisor responsável pela atividade de estágio dentro da empresa 
houvesse se desligado, isso se tornou um ponto muito importante para o estagiário o qual teve 
que superar seus limites dia após dia fazendo com que seus colegas de serviço não o vessem 
como apenas um simples ajudante, mas sim uma pessoa a ser respeitada pela dedicação e 
ajuda fornecida a todos. 
A formação em Engenharia Mecânica não significa atender as necessidades de um 
professor ou de muitos professores, significa atender as necessidades de si mesmo. Uma vez 
que o estudante adquire objetivos profissionais concretos e palpáveis, as mudanças e tomadas 
de atitudes começam a aparecer, porém a realidade da verdadeira função do engenheiro 
mecânico muitas vezes só pode ser contemplada enfrentando novos desafios como foi o caso 
deste estágio na Metalúrgica Santa Cecília S/A. 
21 
 
 
Referências 
 
Metalúrgica Santa Cecília S/A. Disponível em: <http://www1.smagon.com.br>. Acesso em 
Novembro de 2013. 
MANFÉ, G., POZZA, R., SCARATO, G. Desenho Técnico Mecânico. 1ª ed. São Paulo, SP: 
Hemus Livraria Editora Ltda, 1977. 
HIGGINS, R. Propriedade e Estrutura dos Materiais em Engenharia. 1ª ed. São Paulo, SP: 
Difel, 1982. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anexo A - Projeto desenvolvido e desenhado pela USIMINAS 
 
Figura 8. Projeto desenvolvido e desenhado pela USIMINAS 
Fonte: MSC 
 
 
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Anexo B - Projeto da USIMINAS revisado e desenhado pela 
Metalúrgica Santa Cecília S/A 
 
 
Figura 9. Projeto da USIMINAS revisado e desenhado pela Metalúrgica Santa Cecília S/A 
Fonte: MSC 
 
 
 
24 
 
 
Anexo C – Projeto do dispositivo de mandrilagem 
 
 
Figura 10. Projeto de dispositivo para mandrilagem de sapatas de mancais radiais 
Fonte: MSC