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Noções de 
Direção Segura 
para 
Caminhoneiros
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
ead.sestsenat.org.br 
CDU 656.017.2:005.963.1
Curso on-line – Noções de Direção Segura para 
Caminhoneiro – Brasília: SEST/SENAT, 2016. 
153 p. :il. – (EaD)
1. Motorista de caminhão - treinamento. 2. Segurança
no trânsito. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço 
Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título.
3
Sumário
Apresentação 8
Módulo 1 10
Unidade 1 | Conhecimento do Traçado das Vias 11
1 Introdução à Direção Segura 13
2 Distâncias de Segurança no Trânsito 13
3 Traçados da Via e seus Elementos 17
Atividades 21
Referências 22
Unidade 2 | Direção Segura 25
1 Como se Tornar Praticante da Direção Segura? 27
2 O Comportamento do Motorista Praticante da Direção Segura 28
3 As Principais Ações Defensivas do Motorista Profissional 30
4 Preparando-se para os Congestionamentos 31
Atividades 33
Referências 34
Unidade 3 | sinalização Viária 37
1 Sinalização Vertical 39
1.1 Sinalização de Regulamentação 39
1.2 Sinalização de Advertência 40
1.3 Sinalização de Indicação 40
2 Sinalização Horizontal 42
3 Dispositivos Auxiliares 44
4 Sinalização Semafórica 44
5 Outros Tipos de Sinalização 45
Atividades 46
4
Referências 47
Módulo 2 50
Unidade 4 | Legislação: Trânsito, Rodovias e Veículos – Parte 1 51
1 Legislação de Trânsito 53
2 Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas 54
2.1 A Lei nº 11.442/2007 54
2.2 A Resolução ANTT nº 4.799/2015 55
2.3 A Lei nº 12.619/2012 55
2.4 A Resolução ANTT nº 420/2004 56
3 O Registro Nacional dos Transportadores Rodoviários de Carga (RNTrC) 56
4 O Motorista Profissional 57
5 Transporte Rodoviário Internacional de Cargas (TrIC) 59
6 Combinações de Veículos de Transporte de Carga (CVC) 59
7 Vale-Pedágio Obrigatório 60
Atividades 61
Referências 62
Unidade 5 | Legislação: Trânsito, Rodovias e Veículos – Parte 2 65
1 Responsabilidades no Transporte Rodoviário de Cargas 67
1.1 Responsabilidades referentes ao Código de Trânsito Brasileiro (CTB) 67
1.2 Responsabilidades Referentes ao RNTrC 68
2 Responsabilidades Referentes ao Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos 70
3 Responsabilidades Referentes ao Transporte Rodoviário Internacional de Cargas 71
4 Responsabilidades Referentes ao Vale-Pedágio Obrigatório 72
Atividades 74
Referências 75
Módulo 3 78
5
Unidade 6 | Pontos Críticos em Rodovias – Parte 1 79
1 Afinal, o Que São os Pontos Críticos das Vias? 81
2 Possíveis Problemas nas Rodovias 81
2.1 Problemas no Projeto Viário 82
2.2 Problemas na Operação Viária 83
2.3 Problemas com a Conservação do Pavimento 84
2.4 Problemas com a Sinalização Viária 85
Atividades 87
Referências 88
Unidade 7 | Pontos Críticos em Rodovias – Parte 2 91
1 Acidentes que Ocorrem em Pontos Críticos 93
1.1 Colisão Traseira 93
1.2 Colisão Frontal 94
1.2.1 Colisão Frontal nas Retas 95
1.2.2 Colisão Frontal nas Curvas 95
1.3 Colisão Lateral 96
1.4 Colisão com Objeto Fixo 97
1.5 Atropelamento de Pessoas 97
1.6 Choque ou Colisão com Animais 97
1.7 Tombamento 98
1.8 Capotamento 98
1.9 Colisão Misteriosa 99
2 Comportamento Seguro em Locais Críticos de Acidentes 99
2.1 Curvas e Terrenos Acidentados 100
2.2 Ultrapassagens 100
Atividades 102
6
Referências 103
Módulo 4 106
Unidade 8 | Circulação e Conduta no Trânsito nas Rodovias – Parte 1 107
1 Entendendo o Que É Dirigir Preventivamente 109
1.2 Elementos da Direção Preventiva 109
1.3 Conhecimento 110
1.4 Atenção 110
1.5 Previsão 111
1.6 Decisão 111
1.7 Habilidade 112
2 Comportamento de Risco e Comportamento Seguro 112
3 Atitudes que Podem Evitar Acidentes com Pedestres e Outros Integrantes do Trânsito 115
3.1 Preveja o Perigo 115
3.2 Descubra o Que Fazer 115
3.3 Aja a Tempo 116
Atividades 117
Referências 118
Unidade 9 | Circulação e Conduta no Trânsito nas Rodovias – Parte 2 121
1 Condições Adversas Presentes nas Estradas 123
1.1 Condições Adversas de Luminosidade 123
1.2 Condições Adversas de Tempo ou Clima 124
1.3 Condições Adversas na Via 126
1.4 Condições Adversas de Tráfego 126
1.5 Condições Adversas dos Veículos 127
1.6 Condições Adversas dos Condutores 128
1.6.1 Fadiga e Sono 128
7
1.6.2 Álcool 128
1.6.3 Drogas e Medicamentos 129
1.6.4 Aspectos Psíquicos 129
2 Relações Existentes entre o Fator Humano e os Acidentes de Trânsito 130
Atividades 132
Referências 133
Módulo 5 136
Unidade 10 | Manutenção Periódica e Preventiva 137
1 A Manutenção Preventiva 139
2 Elementos da Manutenção Preventiva 139
2.1 Motor e Carroceria 140
2.1.1 Sistema de Arrefecimento (Radiador) 140
2.2 Baterias 140
2.3 Eixo e Suspensão 141
2.4 Pneumáticos 142
2.4.1 Pneu Recapado e Pneu Remoldado 143
2.5 Transmissão e Conjunto Acelerador 144
2.6 Filtros de Óleos 145
2.7 Faróis, Lanternas e Luzes de Advertência 145
2.8 Vazamentos 146
Atividades 147
Referências 148
Gabarito 151
8
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) ao curso Noções de Direção Segura para Caminhoneiros! 
Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de 
cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, 
você verá ícones que têm a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e 
ajudar na compreensão do conteúdo. 
O curso possui carga horária total de 50 horas e foi organizado em 5 módulos e 10 
unidades, conforme a tabela a seguir.
Módulos Unidades
Carga 
Horária
1
Unidade 1 | Conhecimento do Traçado das Vias 5 h
Unidade 2 | Direção Segura 5 h
Unidade 3 | Sinalização Viária 5 h
2
Unidade 4 | Legislação: Trânsito, Rodovias e 
Veículos – Parte 1
5 h
Unidade 5 | Legislação: Trânsito, Rodovias e 
Veículos – Parte 2
5 h
3
Unidade 6 | Pontos Críticos em Rodovias – Parte 1 5 h
Unidade 7 | Pontos Críticos em Rodovias – Parte 2 5 h
4
Unidade 8 | Circulação e Conduta no Trânsito nas 
Rodovias – Parte 1
5 h
Unidade 9 | Circulação e Conduta no Trânsito nas 
Rodovias – Parte 2
5 h
5 Unidade 10 | Manutenção Periódica e Preventiva 5 h
9
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:
a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas 
“Aulas Interativas”;
b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; 
c) responder à “Avaliação de Reação”; e
d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.
Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de 
dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat.
org.br.
Bons estudos!
 
Noções de 
Direção Segura 
para 
Caminhoneiros
MÓDULO 1
11
UNIDADE 1 | CONHECIMENTO 
DO TRAÇADO DAS VIAS
12
Unidade 1 | Conhecimento do Traçado das Vias
 d
Os motoristas profissionais possuem experiência suficiente 
para encarar as estradas? Será que os profissionais do transporte 
ainda precisam de capacitação para uma direção preventiva e 
segura? Tecnicamente falando, você sabe o que é uma via 
pública? 
A estrada representa o local de trabalho para o motorista. Por isso, é importante que ele 
conheça e se atualize sobre o traçado da via e seus elementos. E durante a interação com 
os demais usuários no trânsito, é essencial que exerça a direção segura. 
Nesta primeira Unidade, apresentaremos, incialmente, a introdução à direção segura e 
as distâncias de segurança no trânsito. Na sequência, falaremos sobre o traçado da via e 
seus elementos.
13
1 Introdução à Direção Segura
Muitas vezes o conceito de direção segura émal interpretado. Algumas pessoas dizem 
que dirigir com segurança é dirigir bem devagar, freando sempre a cada ocorrência no 
trânsito. No entanto, esse é o mais comum dos erros quando se fala em direção segura. 
Na verdade, a direção segura é uma atitude diferenciada que o condutor deve ter no 
trânsito.
Direção segura, também conhecida como direção defensiva, é 
uma maneira de dirigir e de se comportar no trânsito que ajuda 
a preservar a vida, a saúde e o meio ambiente. É a forma de 
dirigir que permite reconhecer, antecipadamente, as situações 
de perigo e prever o que pode acontecer com você, com o seu 
veículo, com a carga e com os outros usuários da via. (ANDRADE, 
2012; DENATrAN, 2015).
2 Distâncias de Segurança no Trânsito
De acordo com Cardo (2015) e Andrade (2012), a partir do 
momento em que o condutor vê um obstáculo enquanto está 
dirigindo, ele começa a frear. O intervalo de tempo entre o 
momento em que ele vê o obstáculo e o momento em que ele 
de fato aciona os freios é chamado de Tempo de Reação (Tr). 
Podemos entender que o Tr é o intervalo de tempo entre a 
observação do obstáculo (outro veiculo, buracos, pedestres) e a 
reação necessária (mudança de direção, reduzir, parar, dentre 
outras reações). 
14
O Tr varia de indivíduo para indivíduo, pois está relacionado com sua capacidade de 
reagir aos estímulos visuais. Além disso, o Tr pode ser afetado pelas condições físicas e 
psíquicas do condutor como, por exemplo, seu estado de fadiga e o grau de alcoolemia 
do indivíduo. Normalmente, o intervalo médio de reação é de aproximadamente 0,75 
segundos. 
A distância percorrida durante o Tempo de Reação (DTr) varia em função da velocidade 
em que se encontra o veículo. Observe alguns exemplos.
Tabela 1: Relação entre velocidades e tempos de reação
Fonte: adaptado de Andrade, 2012.
Após acionados os freios, sejam eles convencionais ou com 
Sistema Antitravamento (ABS), cada veículo leva um tempo até 
parar completamente. Este tempo é denominado de Tempo de 
Frenagem (Tf). 
 
A distância percorrida pelo veículo entre o momento em que o 
condutor aciona os freios e aquele em que o veiculo para 
completamente é chamada Distância de Frenagem (Df). 
VELOCIDADE (km/h)
TEMPO DE REAÇÃO
NORMAL
(0.75 segundos)
RETARDADO
(2 segundos)
DISTÂNCIA (m) DISTÂNCIA (m)
40 8 22
50 10 24
60 12 28
80 16 33
90 18 37
100 20 41
110 22 45
15
A Df pode variar de acordo com o tipo de veículo. Por exemplo, um veículo em 
condições normais de manutenção e condução, que trafega a uma velocidade de 40 
km/h, percorre aproximados 6,4 metros. Entre os elementos que podem interferir, 
aumentando ou reduzindo, a DF, citam-se: 
• Veículo, especialmente quanto ao estado de conservação do sistema de frenagem 
(convencional ou ABS);
• Velocidade desenvolvida pelo veículo;
• Aderência dos pneus do veículo à pista, que varia em função do estado de 
conservação dos pneus, do estado de conservação da pista e do estado em que 
ela se encontra (seca, molhada, com óleo). 
O Tempo de Parada (TP) corresponde ao intervalo do Tempo 
de Reação acrescido ao Tempo de Frenagem. 
 
A Distância Total de Parada (Dtp) é aquela percorrida pelo 
veículo desde o momento em que o condutor percebeu o 
obstáculo até o momento em que o veículo parou por completo.
Para que você possa ter ideia da importância de conhecer e respeitar essas distâncias, 
um veículo trafegando a 50 km/h pode parar em 45 metros. No entanto, se ele estiver 
a 70 km/h, ele precisará de 70 metros para parar.
Ao trafegar atrás de outro veículo, é preciso manter distância para evitar uma colisão, 
caso ele freie bruscamente. Uma boa distância permite que você tenha tempo de reagir 
e acionar os freios diante de uma situação de emergência e haja tempo também para 
que o veículo, uma vez freado, pare antes de colidir. 
 h
Mas, qual a distância recomendada? A distância que você deve 
manter entre o seu veículo e o que vai à frente é chamada 
Distância de Seguimento (DS). Quando você estiver conduzindo 
em condições normais de pista e de clima, o tempo necessário 
para manter uma distância segura é de, aproximadamente, dois 
segundos.
16
Há uma regra simples que ajudará você a manter uma distância segura de outro veículo:
• Escolha um ponto fixo à margem da via (placa de sinalização, poste, marcação 
viária entre outros);
• Quando o veículo que vai à sua frente passar pelo ponto fixo escolhido, comece 
a contar;
• Conte dois segundos pausadamente. Uma maneira fácil é contar seis palavras em 
sequência como: cinquenta e um; cinquenta e dois;
• A distância entre o seu veículo e o que vai à frente vai ser segura se o seu veículo 
passar pelo ponto fixo após a contagem de dois segundos e
• Caso contrário, reduza a velocidade e faça nova contagem. Repita até estabelecer 
a distância segura.
 g A distância de seguimento deve ser sempre maior do que a distância de parada, garantindo que haja espaço suficiente para que seu veículo pare antes de colidir com o que vai à sua 
frente! 
 
Assista a uma reportagem, através do link a seguir, que apresenta 
dicas sobre a frenagem dos caminhões e que pode lhe auxiliar 
no dia a dia. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=d3O0izSkuIU
17
3 Traçados da Via e seus Elementos
A via é muito mais do que o local que chamamos de rua. Ela abrange mais elementos 
do que a pista em que o seu caminhão trafega. 
A via é a superfície completa por onde transitam os veículos, as 
pessoas e os animais. Os componentes básicos das vias são: 
pista, calçada, acostamento, ilhas e canteiro central. São também 
consideradas partes das vias: as lombadas, as rotatórias, as alças 
de acesso, dentre outras. (ANDRADE, 2012; DENATrAN, 2015)
A Tabela 2, apresenta as definições presentes no Anexo I do Código de Trânsito 
Brasileiro (CTB) para os principais elementos das vias e para outros componentes 
urbanos, configurados a partir da constituição das vias.
18
Tabela 2: Principais elementos das vias e suas definições
Fonte: Brasil, 1997, com adaptações.
 
Elemento Definição
Pista
Parte da via normalmente utilizada para a circulação de 
veículos, identificada por elementos separadores ou 
por diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou 
aos canteiros centrais.
Calçada
Parte da via, normalmente segregada e em nível 
diferente, não destinada à circulação de veículos, 
reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, 
à implantação de mobiliário urbano, sinalização, 
vegetação e outros fins.
Acostamento
Parte da via diferenciada da pista de rolamento 
destinada à parada ou estacionamento de veículos 
em casos de emergência, e à circulação de pedestres 
e bicicletas, quando não houver local apropriado para 
esse fim.
Bordo da pista
Margem da pista, podendo ser demarcada por linhas 
longitudinais de bordo, que delineiam a parte da via 
destinada à circulação de veículos.
Canteiro central
Obstáculo físico construído como separador de duas 
pistas de rolamento, eventualmente substituído por 
marcas viárias (canteiro fictício).
Ilha
Obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, 
destinado à ordenação dos fluxos de trânsito em uma 
interseção.
Cruzamento Interseção de duas vias em nível.
Interseção
Todo cruzamento em nível, entroncamento ou 
bifurcação, incluindo as áreas formadas por tais 
cruzamentos, entroncamentos ou bifurcações.
19
 h
Mas, para uma direção segura, não basta apenas conhecer os 
elementos das vias. Para evitar situações de risco, é necessário 
conhecer, também, os elementos fundamentais do tráfego, 
conhecidos como trinômio do trânsito.
Esses elementos estão presentes sempre, em qualquer situação. 
Caso contrário, não poderíamos afirmar que existe tráfego. 
Esseselementos são: 
 
• Usuário: como o próprio termo diz, é aquele que faz uso da via. 
E pode ser usuário da via em diversas condições: como motorista, 
passageiro, pedestre, ciclista ou morador do local. Qualquer 
estudo de trânsito tem que considerar a percepção, identificação, 
decisão e ação de cada um destes usuários. De todos, o mais 
participativo é o motorista. E o que exige mais vigilância, 
também! 
 
• Veículo: é qualquer meio de transporte: automóveis, ônibus, 
motocicletas, bicicletas, caminhões, carroças, trens etc. 
Normalmente, para estudos de tráfego são utilizadas unidades 
de veículo-padrão, que correspondem aos automóveis. 
 
• Via: contempla todos os percursos, caminhos e espaços onde 
usuários e veículos podem circular. O conjunto de todas as vias 
corresponde ao sistema viário. Lembre-se de que pedestres e 
ciclistas também possuem suas vias (calçadas, ciclo faixas, faixas 
especiais, passarelas).
20
Resumindo 
 
Direção segura é a forma de dirigir que permite reconhecer, 
antecipadamente, as situações de perigo e prever o que pode acontecer 
com você, com o seu veículo, com a carga e com os outros usuários. 
 
Dirigir defensivamente tornou-se uma questão de sobrevivência no trânsito 
cada vez mais conturbado das estradas brasileiras. Você, que diariamente 
transportará mercadorias pelas rodovias e estradas do nosso país, participa 
como elemento fundamental do trânsito e deve ser um dos maiores 
defensores dessa prática defensiva. 
 
Para uma direção segura, não basta apenas conhecer os elementos das 
vias. Também, é necessário saber interagir com os elementos fundamentais 
do tráfego: usuário, via e veículo.
21
 a
1) A distância de seguimento deve ser sempre menor do que 
a distância de parada, garantindo que haja espaço suficiente 
para que seu veículo pare antes de colidir com o que vai à sua 
frente. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
2) Parte da via normalmente utilizada para a circulação de 
veículos, identificada por elementos separadores ou por 
diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos 
canteiros centrais. Estamos falando de qual elemento da 
via? 
 
a. ( ) Calçada. 
 
b. ( ) Pista. 
 
c. ( ) Acostamento. 
 
d. ( ) Canteiro central. 
 
3) O conjunto de todas as vias corresponde ao sistema viário 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
4) Constituem o trinômio do trânsito: 
 
a. ( ) Usuário. 
 
b. ( ) Veículo. 
 
c. ( ) Via. 
 
d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
Atividades
22
Referências
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15681:2009 Veículos 
rodoviários automotores – Qualificação de mecânico de manutenção. São Paulo, 2009.
______. NBR 14889:2002 Veículos rodoviários automotores em manutenção – 
Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em regulagem de motores ciclo 
Diesel. São Paulo, 2002.
______. NBR 14778:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, 
diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de freios. São Paulo, 2001.
______. NBR 14779:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, 
diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de direção. São Paulo, 2001.
______. NBR 14780:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, 
diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de suspensão. São Paulo, 2001.
______. NBR 14781:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, 
diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de exaustão. São Paulo, 2001.
AKIO, M. Como Evitar Acidentes de Trânsito. São Paulo: Chiado Brasil, 2015.
ANDRADE, C. Manual para Primeira Habilitação de Condutores. Brasília: Senado 
Federal, 2012.
ANTT – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Resolução n° 4.799, de 
27 de julho de 2015. Disponível em: <www.antt.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.
______. Resolução n° 3.665, de 4 de maio de 2011, e suas alterações. Atualiza o 
Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos. Disponível em: 
<www.antt.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.
______. Resolução n° 420, de 13 de maio de 2004, e suas alterações. Aprova as 
Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos 
Perigosos. Disponível em: </www.antt.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.
BRASIL. Lei n° 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão 
de motorista, entre outros. Brasília, 2015. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. 
Acesso em: 15 out. 2015.
23
______. Lei n° 12.619, de 30 de abril de 2012. Dispõe sobre o exercício da profissão de 
motorista, entre outros. Brasília, 2012. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso 
em: 15 out. 2015.
______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário 
de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. Brasília, 2007. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.
______. Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. 
Brasília, 1997. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.
______. Lei Complementar n° 121, de 9 de fevereiro de 2006. Cria o Sistema Nacional 
de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas e dá 
outras providências. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.
CARDO, A. Atualização em Transporte Rodoviário de Cargas. Brasília, 2015.
CONTRAN – CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO. Resolução nº 412, de 9 de agosto 
de 2012. Dispõe sobre a implantação do Sistema Nacional de Identificação Automática 
de Veículos – SINIAV em todo o território nacional. Disponível em: <www.denatran.
gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.
_______. Resolução nº 285, de 29 de julho de 2008. Altera e complementa o Anexo II 
da Resolução nº 168, de 14 de dezembro de 2004, entre outros. Disponível em: <www.
denatran.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.
_______. Resolução nº 168, de 14 de dezembro de 2004. Estabelece novas normas 
e procedimentos para a formação de condutores automotores, elétricos, exames, 
expedição da CNH, cursos e dá outras providências. Disponível em: <www.denatran.
gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.
CRISTO, F. Psicologia e trânsito: Reflexões para pais, educadores e (futuros) 
condutores. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2012.
DENATRAN. Manual de Direção Defensiva. Portal da internet, 2016. Disponível em: 
<www.denatran.gov.br>. Acesso em: out. 2016.
DETRAN/SP. Dicas de Direção Defensiva. Portal da internet, 2016. Disponível em: 
<http://www.detran.sp.gov.br>. Acesso em: out. 2016.
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25
UNIDADE 2 | DIREÇÃO SEGURA
26
Unidade 2 | Direção Segura
 d
Como está o número de acidentes nas estradas brasileiras? Há 
alguma relação com o modo de dirigir dos motoristas? Quais são 
os comportamentos característicos dos motoristas que exercem 
a direção segura? Você conhece algumas ações defensivas dos 
motoristas profissionais?
As pressões sobre os caminhoneiros são muitas e variadas, compreendendo desde 
os tempos de entrega das cargas, a situação das estradas, os custos dos insumos e da 
ausência da família. Contudo, o motorista profissional deve estar maduro para lidar com 
estes fatores, de forma a não se esquecer da prática da direção segura.
Nesta Unidade, abordaremos o mecanismo de como se tornar praticante da direção 
segura, o comportamento do motorista praticante da direção segura, as principais ações 
defensivas e como se preparar para os congestionamentos.
27
1 Como se Tornar Praticante da Direção Segura? 
De acordo com a matéria veiculada no Jornal do Brasil em novembro de 2015 (JB, 
2015), o número de mortos em acidentes ocorridos em estradas brasileiras cresceu, na 
contramão da média mundial, afirma levantamento da Organização Mundial de Saúde 
(OMS). No Relatório 2015 sobre a Segurança nas Estradas no Mundo, o órgão levanta 
os custos humanos e econômicos de tragédias dessa espécie e aponta o Brasil como o 
emergente com mais violência no trânsito do mundo. 
Apenas para se ter uma ideia, em 2012, 
o Brasil registrou, aproximadamente, 
47 mil mortes no trânsito. Desse valor, 
apenas 42,2 mil foram efetivamente 
registradas. No ranking compilado da 
organização, que analisa números desde 
2010, o trânsito brasileiro ocupa a 33ª 
posição no critério perigo. Quando a 
análise se destina apenas a nações latino-
americanas, sobe para a 5ª colocação. Já 
no ranking com informações de 2013, 
o país é classificado como o 56º mais mortal e o 3º das Américas, atrás apenas da 
República Dominicana e de Belize.
Para reverter essa situação, é imprescindível a prática da direção segura. E isso pode 
ser realizado mediante dois importantes passos:
(1) Mudar a atitude: essa mudança de atitude começa no respeito mútuo entre os 
pedestres e os motoristas, cada um tendo consciência e responsabilidade quanto 
aos seus direitos e deveres no trânsito; e
(2) Estar atento às condições adversas: o motorista que está sempre atento a 
todas as situações de perigo que possam a vir interferir na condução do veículo 
tem menos chance de se acidentar.
28
 e
Um motorista, - como outros profissionais em suas atividades - 
está sujeito a cometer erros durante uma viagem. Tais erros 
podem levá-lo a se envolver em um acidente de trânsito. É a 
sucessão diária desses erros, – muitas vezes por hábitos 
equivocados arraigados, - que são a principal causa dos 
acidentes. 
 
A linha de sucessão de falhas pode ser resumida da seguinte 
forma: 
 
Atrasos de horários → abusos do veículo → falta de cortesia 
→ infrações de trânsito e transporte → acidente.
 h
E como quebrar essa corrente de vícios? Experimentando e 
adquirindo novos hábitos corretos. 
 
Dirigir, mediante um comportamento seguro no volante, 
permite que você realize cada viagem sem acidentes, sem 
infrações de trânsito e transporte, sem abuso do veículo, sem 
atrasos de horários e sem faltar com a devida cortesia.
2 O Comportamento do Motorista Praticante da Direção 
Segura 
Para Cardo (2015) e Cristo (2012), o motorista amadurecido não precisa afirmar-se pela alta 
velocidade ou por uma manobra arriscada, nem dirigir sob efeito de drogas ou com sono.
 g Assista à reportagem que ilustra irresponsabilidade e imprudência na condução de um caminhão. Confira no link a seguir. 
https://www.youtube.com/watch?v=T46Gij1eAZo
29
Tais atitudes somente demonstram imaturidade e insegurança, como também a falta 
da direção segura ou defensiva. A pessoa demonstra ser um motorista defensivo 
quando:
• Conhece o seu trabalho e as suas tarefas;
• Tem clareza das suas responsabilidades; e
• Age com profissionalismo no exercício da sua função.
 h Ser solidário no trânsito também é uma atitude do motorista defensivo.
O condutor demonstra a sua solidariedade quando:
• Aprende as lições no dia a dia, observando as suas falhas e as dos outros, para 
não repeti-las;
• Não usa as falhas dos outros como motivos para discussões;
• Avisa quando percebe algum problema em outros veículos;
• Dá a preferência no trânsito;
• Facilita a ultrapassagem;
• Informa o caminho aos solicitantes; e
• Socorre em casos de defeitos e acidentes;
Enfim, para ser um motorista defensivo, é preciso querer modificar o comportamento, 
superando preconceitos e adquirindo novos hábitos.
E você deve estar se perguntando como fazer essa mudança de comportamento. Há 
algumas ações que ajudam a transformar o comportamento atual em comportamento 
defensivo, tais como:
Fazer uma avaliação sincera do comportamento na direção do veículo;
30
• Reconhecer e superar os erros e limites;
• Aprender a aceitar as deficiências dos outros motoristas e pedestres; e
• Identificar de que maneira você pode evitar um acidente.
3 As Principais Ações Defensivas do Motorista Profissional
De acordo com Cardo (2015) e DENATrAN (2015), podem-se elencar importantes 
procedimentos que caracterizam um modo de condução seguro por parte do motorista 
profissional:
• Usar sempre o cinto de segurança;
• Guiar sempre com as duas mãos no 
volante, com os braços ligeiramente 
dobrados, segurando a direção 
firmemente. Isso faz com que 
possa controlar o veículo com mais 
facilidade e reagir, rapidamente, em 
qualquer situação de emergência, 
como, por exemplo, durante um 
estouro de pneu;
• Enxugar sempre o volante, evitando deixá-lo escorregadio;
• Evitar deixar objetos soltos dentro do caminhão, pois em uma curva ou freada 
brusca, eles podem deslocar-se, desviando a atenção. E nunca tentar apanhar 
estes objetos com o veículo em movimento;
• Parar o veículo, caso precise retirar algum inseto que tenha entrado nele, 
para atender ao telefone celular ou para realizar qualquer procedimento nos 
computadores de bordo;
• Fazer refeições leves antes de dirigir. Alimentos pesados podem dar sono ou 
causar um mal-estar que pode atrapalhar a concentração ao volante; 
31
• Usar roupas leves e confortáveis, que permitam liberdade de movimentos para 
os braços e as pernas; e
• Dirigir somente com calçados apropriados.
4 Preparando-se para os Congestionamentos 
Para Cardo (2015) e DENATrAN (2015), o motorista profissional deve estar preparado 
para enfrentar os congestionamentos tanto nas estradas quanto nas confluências com 
o tráfego urbano. Eis algumas ações que podem ajudar-lhe:
• Planeje o trajeto antes de sair;
• Evite as vias de tráfego intenso, procurando outro caminho;
• Saia meia hora antes ou depois, em caso de pico de tráfego, e somente se for 
necessário;
• Tenha sempre um roteiro alternativo no caso de engarrafamentos inesperados;
• Relaxe, caso você não tenha alternativa, porque não adianta se estressar por 
nada;
•Procure sair 15 minutos mais cedo do que deveria, se tiver hora marcada no 
destinatário. Com isso, fica mais fácil manter a calma e o humor;
• Dirija fazendo movimentos tranquilos, ficando atento às manobras dos 
outros motoristas e percebendo, com antecedência, se existe algum pedestre 
atravessando ou um veículo freando mais adiante; e
• Mantenha maior distância dos veículos grandes e fique atento às luzes de freio.
32
Resumindo 
 
Mudar a atitude em relação aos outros motoristas e pedestres e estar 
atento às condições adversas do veículo, vias e tempo constituem o cerne 
da direção segura. 
 
Realizar uma avaliação sincera do comportamento na direção do veículo e 
reconhecer e superar os erros e limites são atitudes maduras do 
caminhoneiro na condução pelas rodovias. 
 
Na direção segura, o caminhoneiro também deve estar preparado para 
enfrentar os congestionamentos nas rodovias e nas confluências com o 
tráfego urbano.
33
 a
1) Os atrasos nos horários das viagens não têm qualquer 
relação com o estabelecimento da linha de falhas que leva ao 
acidente. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
2) Constituem principais ações defensivas do motorista 
profissional, exceto: 
 
a. ( ) Usar sempre o cinto de segurança. 
 
b. ( ) Guiar sempre com as duas mãos no volante. 
 
c. ( ) Enxugar sempre o volante, evitando deixá-lo 
escorregadio. 
 
d. ( ) Apanhar os objetos caídos no interior com o caminhão 
em movimento. 
 
3) “Dar a preferência” no trânsito em nada contribui para a 
direção segura. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
4) Para se planejar para enfrentar os congestionamentos nas 
vias, o motorista deve: 
 
a. ( ) Evitar as vias de tráfego intenso, procurando outro 
caminho. 
 
b. ( ) Sair meia hora antes ou depois, em caso de pico de 
tráfego. 
 
c. ( ) Ter sempre um roteiro alternativo no caso de 
engarrafamentos inesperados. 
 
d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
Atividades
34
Referências
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37
UNIDADE 3 | SINALIZAÇÃO 
VIÁRIA
38
Unidade 3 | sinalização Viária
 d
Você consegue distinguir a sinalização vertical e horizontal? O 
que diferencia a sinalização de regulamentação, de advertência 
e de indicação? Quais os tipos de marcas na sinalização 
horizontal? Os gestos fazem parte de sinalização nas vias?
Depois de conseguir a habilitação, muito provavelmente a sinalização viária vem 
novamente à nossa mente quando nos deparamos com alguma placa desconhecida ou 
quando alguém faz algum tipo de manobra e ficamos na dúvida se é permitida ou não. 
Porém, o motorista profissional deve estar afinado com os vários padrões de sinalização 
viária e reciclar-se sempre!
Nesta Unidade, estudaremos a sinalização vertical, horizontal, dispositivos auxiliares, 
sinalização semafórica e outros tipos de sinalização.
39
1 Sinalização Vertical
De acordo com o DENATRAN (2015), a sinalização vertical é um 
subsistema da sinalização viária cujo meio de comunicação está 
na posição vertical, normalmente em placa, fixado ao lado ou 
suspenso sobre a pista, transmitindo mensagens de caráter 
permanente e, eventualmente, variáveis, através de legendas e/
ou símbolos pré-reconhecidos e legalmente instituídos. 
A sinalização vertical é classificada de 
acordo com sua função, compreendendo 
os seguintes tipos: sinalização de 
regulamentação, sinalização de 
advertência e sinalização de indicação. 
1.1 Sinalização de Regulamentação
A sinalização de regulamentação tem por finalidade informar 
aos usuários as condições, proibições, obrigações ou restrições 
no uso das vias (DENATrAN, 2015).
Suas mensagens são imperativas e o desrespeito a elas constitui infração. A forma 
padrão do sinal de regulamentação é a circular, e as cores são vermelha, preta e 
branca. Devem ser observadas as dimensões mínimas regulamentadas dos sinais, 
conforme o ambiente em que são implantados, considerando-se que o aumento no 
tamanho dos sinais implica aumento nas dimensões de orlas, tarjas e símbolos.
40
Os sinais de regulamentação podem ter informações complementares, tais como 
período de validade, condições de estacionamento, características e uso do veículo.
1.2 Sinalização de Advertência
A sinalização de advertência tem por finalidade alertar os 
usuários da via para condições potencialmente perigosas, 
indicando sua natureza (DENATrAN, 2015).
A forma padrão dos sinais de advertência é quadrada, devendo uma das diagonais ficar na 
posição vertical. À sinalização de advertência estão associadas as cores amarela e preta.
Há, também, a sinalização especial de advertência, que são sinais empregados nas 
situações em que não é possível a utilização das placas de advertência. Referem-se a: 
sinalização especial de faixas ou pistas exclusivas de ônibus; sinalização especial para 
pedestres; e sinalização especial para rodovias, estradas e vias de trânsito rápido.
1.3 Sinalização de Indicação
A sinalização de indicação tem por finalidade identificar as vias 
e os locais de interesse, bem como orientar condutores de 
veículos quanto aos percursos, os destinos, as distâncias e os 
serviços auxiliares, podendo também ter como função a 
educação do usuário (DENATrAN, 2015).
41
Suas mensagens possuem caráter informativo ou educativo e 
elas se dividem nos seguintes grupos: 
 
• Placas de identificação: posicionam o condutor ao longo do 
seu deslocamento, ou com relação a distâncias ou ainda aos 
locais de destino. São elas: placas de identificação de rodovias e 
estradas; de municípios; de regiões de interesse de tráfego e 
logradouros; de pontes, viadutos, túneis e passarelas; 
quilométrica; de limite de municípios, divisa de Estados, fronteira 
e perímetro urbano; e de pedágio. 
 
• Placas de Orientação de Destino: indicam ao condutor a 
direção que o mesmo deve seguir para atingir determinados 
lugares, orientando seu percurso e/ou distâncias. São elas: 
placas indicativas de sentido (direção); placas indicativas de 
distância; e placas diagramadas. 
 
• Placas educativas: têm a função de educar os usuários da via 
quanto ao seu comportamento adequado e seguro no trânsito. 
Podem conter mensagens que reforcem normas gerais de 
circulação e conduta. São elas: placas para condutores (área de 
estacionamento, serviço telefônico) e placas para pedestres 
(travessia de pedestres). 
 
• Placas de atrativos turísticos: indicam aos usuários da via os 
locais onde os mesmos podem dispor dos atrativos turísticos 
existentes, orientando sobre sua direção ou identificando estes 
pontos de interesse. São elas: placas de identificação de atrativo 
turístico; placas indicativas de sentido de atrativo turístico; e 
placas indicativas de distância de atrativos turísticos.
42
2 Sinalização Horizontal
A sinalização horizontal é um subsistema da sinalização viária 
que se utiliza de linhas, marcações, símbolos e legendas, 
pintados ou apostos sobre o pavimento das vias (DENATrAN, 
2015).
Tem como função organizar o fluxo de 
veículos e pedestres; controlar e orientar 
os deslocamentos em situações com 
problemas de geometria, topografia 
ou frente a obstáculos; complementar 
os sinais verticais de regulamentação, 
advertência ou indicação. Em 
casos específicos, tem poder de 
regulamentação.
A sinalização horizontal mantém alguns 
padrões cuja mescla e a forma de coloração na via definem os diversos tipos de sinais.
Seu padrão de traçado pode ser: 
• Contínuo: são linhas sem interrupção pelo trecho da via onde estão demarcando; 
podem estar longitudinalmente ou transversalmente apostas à via. 
• Tracejado ou seccionado: são linhas interrompidas, com espaçamentos 
respectivamente de extensão igual ou maior que o traço.
• Símbolos e legendas: são informações escritas ou desenhadas no pavimento, 
indicando uma situação ou complementando sinalização vertical existente. 
Com relação às cores, a sinalização horizontal se apresenta em cinco tonalidades: 
amarela, vermelha, branca, azul e preta.
43
A sinalização horizontal é classificada em: 
• Marcas longitudinais: separam e ordenam as correntes de tráfego, definindo 
a parte da pista destinada normalmente à circulação de veículos, a sua divisão 
em faixas, a separação de fluxos opostos, faixas de uso exclusivo de um tipo 
de veículo, reversíveis, além de estabelecer as regras de ultrapassagem e 
transposição.
• Marcas transversais: ordenam os deslocamentos frontais dos veículos e os 
harmonizam com os deslocamentos de outros veículos e dos pedestres, assim 
como informam os condutores sobre a necessidade de reduzir a velocidade e 
indicam travessia de pedestres e posições de parada. Em casos específicos têm 
poder de regulamentação. 
• Marcas de canalização: orientam os fluxos de tráfego em uma via, direcionando 
a circulação de veículos, regulamentando as áreas de pavimento não utilizáveis. 
Devem ser na cor branca, quando direcionam fluxos de mesmo sentido e na 
proteção de estacionamento, e na cor amarela, quando direcionam fluxos de 
sentidos opostos.
• Marcas de delimitação e controle de estacionamento e/ou parada: delimitam 
e propiciam melhor controle das áreas onde é proibido ou regulamentado o 
estacionamento e a parada de veículos, quando associadas à sinalização vertical 
de regulamentação. 
• Inscrições no pavimento: melhoram a percepção do condutor quanto às 
condições de operação da via, permitindo-lhe tomar a decisão adequada, no 
tempo apropriado, para as situações que se lhe apresentarem. 
 g Assista ao vídeo acessível no link a seguir e veja como a falta de sinalização em uma obra pode atrapalhar muito a conduçãodo caminhoneiro. 
 
http://globoplay.globo.com/v/3488280
44
3 Dispositivos Auxiliares
Os dispositivos auxiliares são elementos aplicados ao 
pavimento da via, junto a ela, ou nos obstáculos próximos, de 
forma a tornar mais eficiente e segura a operação da via 
(DENATrAN, 2015).
São constituídos de materiais, formas e cores diversos, dotados ou não de refletividade, 
com as funções de: incrementar a percepção da sinalização, do alinhamento da via 
ou de obstáculos à circulação; reduzir a velocidade praticada; oferecer proteção 
aos usuários; e alertar os condutores quanto a situações de perigo potencial ou que 
requeiram maior atenção.
4 Sinalização Semafórica
A sinalização semafórica é um subsistema da sinalização viária 
que se compõe de indicações luminosas acionadas alternada ou 
intermitentemente através de sistema elétrico/eletrônico, cuja 
função é controlar os deslocamentos. (DENATrAN, 2015)
De acordo com o DENATrAN (2015), existem dois grupos:
• Sinalização semafórica de regulamentação: tem a função de efetuar o controle 
do trânsito num cruzamento ou seção de via, através de indicações luminosas, 
alternando o direito de passagem dos vários fluxos de veículos e/ou pedestres.
• Sinalização semafórica de advertência: tem a função de advertir da existência 
de obstáculo ou situação perigosa, devendo o condutor reduzir a velocidade 
e adotar as medidas de precaução compatíveis com a segurança para seguir 
adiante.
45
5 Outros Tipos de Sinalização 
De acordo com o DENATrAN (2015), há outros tipos de sinalização, tais como: a 
sinalização de obras, os gestos e os sinais sonoros. A sinalização de obras tem como 
característica a utilização dos sinais e elementos de sinalização vertical, horizontal, 
semafórica e de dispositivos e sinalização auxiliares combinados.
Os gestos (de agentes da autoridade de trânsito e de condutores), sendo que as ordens 
emanadas por gestos de agentes da autoridade de trânsito prevalecem sobre as regras 
de circulação e as normas definidas por outros sinais de trânsito.
Há, também, os sinais sonoros (silvos), que somente devem ser utilizados em conjunto 
com os gestos dos agentes.
Resumindo 
 
O conhecimento da sinalização viário por parte do caminhoneiro é 
fundamental para o bom desempenho de suas atividades profissioanais. 
 
Como forma de comportamento relacionado à direção segura, recomenda-
se ao caminhoneiro que sempre consulte as condições de sinalização viária 
da rota a percorrer, principalmente se há a realização de obras e os desvios 
utilizados. 
 
É importante que o caminhoneiro fique atento e domine outros modos de 
sinalização viária, tais como os gestos de agentes da autoridade de trânsito, 
pois os mesmos prevalecem sobre as regras de circulação, bem como os 
sinais sonoros.
46
 a
1) A forma padrão do sinal de regulamentação é a quadrada, 
e as cores são vermelha, preta e branca. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
2) Tem por finalidade informar aos usuários as condições, 
proibições, obrigações ou restrições no uso das vias. Estamos 
falando de: 
 
a. ( ) Sinalização de advertência. 
 
b. ( ) Sinalização de regulamentação. 
 
c. ( ) Sinalização de indicação 
 
d.( ) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 
 
3) Os sinais sonoros (silvos) somente devem ser utilizados 
em conjunto com os gestos dos agentes. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
4) São exemplos de sinalização horizontal, exceto: 
 
a. ( ) Marcas longitudinais. 
 
b. ( ) Marcas transversais. 
 
c. ( ) Marcas de canalização. 
 
d. ( ) Placas de orientação de destino.
Atividades
47
Referências
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48
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VALENTE, A. M. et al. Gerenciamento de Transporte e Frotas. São Paulo: Ed. Cengage, 
2008.
VALENTE, A. M. et al. Gerenciamento de Transporte e Frotas. São Paulo: Ed. Cengage, 2008.
Noções de 
Direção Segura 
para 
Caminhoneiros
MÓDULO 2
51
UNIDADE 4 | LEGISLAÇÃO: 
TRÂNSITO, RODOVIAS E 
VEÍCULOS – PARTE 1
52
Unidade 4 | Legislação: Trânsito, Rodovias e 
Veículos – Parte 1
 d
Você que comprou um caminhão e deseja ingressar no mercado 
de transporte rodoviário de cargas, sabe qual a legislação que 
rege o setor? O motorista profissional, conhece as recentes 
mudanças nas normas legais? Quais são os direitos e deveres do 
caminhoneiro? 
Entender e aplicar a legislação que rege o transporte rodoviário de cargas permite ao 
caminhoneiro um exercício melhor da sua profissão, podendo fazê-lo destacar-se no 
mercado e evitar muitos problemas desnecessários.
Nesta Unidade, ensinaremos o que você precisa saber sobre a legislação de trânsito, do 
transporte rodoviário de cargas, do Registro Nacional dos Transportadores Rodoviários 
de Carga (RNTRC), do motorista profissional, do transporte rodoviário internacional de 
cargas (TRIC), Combinações de Veículos de Transporte de Carga (CVC) e do Vale-Pedágio 
obrigatório.
53
1 Legislação de Trânsito
Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos 
e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins 
de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou 
descarga (BRASIL, 1997).
No Brasil, a legislação de trânsito encontra-se estabelecida, sobretudo, no Código de 
Trânsito Brasileiro (CTB), instituído pela Lei no 9.503/2007, nas resoluções do Conselho 
Nacional de Trânsito (CONTrAN) e nas portarias do Departamento Nacional de Trânsito 
(DENATrAN), que tratam de assuntos específicos da relação do cidadão com o Sistema 
Nacional de Trânsito. Esse arcabouço legal trata desde as normas gerais de circulação 
e conduta, passando pela sinalização de trânsito, até o estabelecimento de infrações 
e penalidades.
Uma das importantes inovações trazidas pela Lei no 13.103/2015 – que dispõe sobre 
o exercício do motorista profissional – repercute no CTB e diz respeito à sua jornada 
de trabalho:
• Art. 67-C. É vedado ao motorista profissional dirigir por mais de 5 (cinco) horas e 
meia ininterruptas veículos de transporte rodoviário coletivo de passageiros ou 
de transporte rodoviário de cargas.
• §1o. Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso dentro de cada 6 (seis) 
horas na condução de veículo de transporte de carga, sendo facultado o seu 
fracionamento e o do tempo de direção desde que não ultrapassadas 5 (cinco) 
horas e meia contínuas no exercício da condução. 
 g Consulte o Código de Trânsito Brasileiro e leia sobre as inovações trazidas pela Lei no 13.103/2015 sobre a jornada de trabalho (art. 67-A, 67-C e 67-E). Acesse a lei através do link a seguir. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm
54
2 Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas
As principais regras definidas para o transporte rodoviário de cargas realizado no Brasil 
estão previstas na Lei nº 11.442/2007, e na Resolução ANTT nº. 4.799/2015, que 
serão vistas a seguir.
A Agência Nacional de Transporte 
Terrestre - ANTT é o órgão regulador 
encarregado da regulamentação do 
transporte terrestre no Brasil, sendo 
que o transporte rodoviário de cargas 
opera em regime de mercado livre. Isso 
significa que não há grandes exigências 
regulamentares para a entrada e 
saída de transportadores do mercado. 
Qualquer empresa de transporte 
rodoviário de cargas ou transportador 
autônomo de cargas pode, então, operar neste mercado. Não existem aqui aquelas 
concessões, autorizações ou permissões dadas pela ANTT às empresas operadoras de 
transporte de passageiros para a entrada no mercado.
Agora, para operarem no mercado, as empresas de transporte rodoviário de cargas 
devem obedecer ao disposto no CTB, como qualquer outra empresa ou cidadão, bem 
como a legislação específica do transporte rodoviário de cargas.
2.1 A Lei nº 11.442/2007
 b
Lei nº 11.442/2007 define o transporte rodoviário de cargas 
como uma atividade econômica de natureza comercial, que 
pode ser exercida por pessoa física ou jurídica mediante 
remuneração pelo serviço de transporte realizado.
55
Essa legislação prevê que, para atuar no transporte rodoviário de cargas, existe a 
obrigatoriedade de obtenção do Registro Nacional do Transportador Rodoviário de 
Carga (RNTrC) junto à ANTT. Para efetuar este registro, o transportador - seja ele 
autônomo, empresa de transporte ou cooperativa de transporte - deverá satisfazer 
requisitos pré-determinados.
2.2 A Resolução ANTT nº 4.799/2015
A Resolução ANTT nº 4.799/2015 detalha os critérios e requisitos para a inscrição 
no RNTrC, além de tratar de questões acerca da identificação dos veículos, do 
conhecimento necessário em transportes, das infrações e das penalidades que podem 
incidir sobre o transportador.
 g Consulte a Resolução ANTT nº 4.799/2015 e verifique os requisitos para inscrição e manutenção no RNTrC para os vários tipos de transportadores rodoviários acessando o link a seguir. 
 
http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/355/
Legislacao.html
2.3 A Lei nº 12.619/2012
Já a Lei nº 12.619/2012 regula o exercício da profissão de motorista profissional que 
exerce a atividade mediante vínculo empregatício, ou seja, aquele que é contratado 
por empresa de transportes sob as condições estabelecidas na Consolidação das Leis 
do Trabalho (CLT). A Lei nº 12.619/12 foi alterada pela Lei nº 13.103/2015, que dispõe 
sobre o exercício da profissão de motorista, seja ele do transporte rodoviário de 
passageiros, seja do transporte rodoviário de cargas.
56
2.4 A Resolução ANTT nº 420/2004
A Resolução ANTT nº 420/2004 define como produto perigoso, para fins de transporte, 
toda substância ou artigo encontrado na natureza ou produzido por qualquer processo 
que, por suas características físico-químicas, represente risco para a saúde das pessoas, 
paraa segurança pública ou para o meio ambiente. Essa mesma Resolução estabelece 
as condições para o transporte rodoviário desse tipo de carga.
 g O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece restrições que devem ser obedecidas no uso de vias, inclusive em relação à circulação de veículos trafegando com cargas excepcionais e 
indivisíveis, pois estes veículos não estão classificados pelo CTB 
e devem receber atenção especial. Para saber mais, consulte o 
Capítulo III do CTB que traz o conjunto de normas gerais de 
circulação e conduta. Acesse o link a seguir e confira na íntegra 
 
www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm 
3 O Registro Nacional dos Transportadores Rodoviários de 
Carga (RNTrC) 
O exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas, por conta de terceiros 
e mediante remuneração, depende da prévia inscrição e manutenção de cadastro no 
Registro Nacional dos Transportadores Rodoviários de Carga (RNTrC).
Todos os veículos inscritos no RNTrC devem estar identificados, conforme determina a 
Resolução ANTT nº 4.799/2015.
57
 f
Uma inovação trazida pela Resolução ANTT nº 4.799/2015 diz 
respeito à identificação eletrônica do veículo automotor de 
carga inscrito no RNTrC, na forma a ser estabelecida pela ANTT, 
mediante instalação de Dispositivo de Identificação Eletrônica 
(por exemplo: tags).
4 O Motorista Profissional 
A Lei nº 13.103/2015 estabelece que é livre o exercício da profissão de motorista 
profissional, atendidas as condições e qualificações profissionais exigidas. De forma 
geral, são direitos dos motoristas profissionais, sem prejuízo de outros previstos em 
leis específicas: 
(a) Ter acesso gratuito a programas de formação e aperfeiçoamento profissional, 
preferencialmente mediante cursos técnicos e especializados normatizados pelo 
Conselho Nacional de Trânsito (CONTrAN), em cooperação com o poder público; 
(b) Contar, por intermédio do 
Sistema Único de Saúde (SUS), 
com atendimento profilático, 
terapêutico, reabilitador, 
especialmente em relação às 
enfermidades que mais os 
acometam; 
(c) Receber proteção do Estado 
contra ações criminosas que lhes 
sejam dirigidas no exercício da 
profissão;
(d) Contar com serviços especializados de medicina ocupacional, prestados por 
entes públicos ou privados à sua escolha.
58
Agora, se os motoristas profissionais forem empregados, terão os seguintes direitos:
(a) Não responder perante o empregador por prejuízo patrimonial decorrente da 
ação de terceiro, ressalvado o dolo ou a desídia do motorista;
(b) Ter jornada de trabalho controlada e registrada de maneira fidedigna mediante 
anotação em diário de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo, ou sistema 
e meios eletrônicos instalados nos veículos, a critério do empregador; e 
(c) Ter benefício de seguro de contratação obrigatória assegurado e custeado 
pelo empregador, destinado à cobertura de morte natural, morte por acidente, 
invalidez total ou parcial decorrente de acidente, traslado e auxílio para funeral 
referentes às suas atividades, no valor mínimo correspondente a 10 (dez) vezes 
o piso salarial de sua categoria ou valor superior fixado em convenção ou acordo 
coletivo de trabalho. 
 h
A preocupação em regular a carga de trabalho dos motoristas 
tem o objetivo de proporcionar maior segurança ao transportador 
e aos usuários da via.
Mas, ao mesmo tempo, os motoristas devem:
• Estar atentos às condições de segurança do veículo;
• Conduzir o veículo com perícia, prudência, zelo, e com observância aos princípios 
de direção defensiva;
• Respeitar a legislação de trânsito e, em especial, normas relativas ao tempo de 
direção e de descanso;
• Zelar pela carga transportada e pelo veículo;
• Colocar-se à disposição dos órgãos públicos de fiscalização na via pública; 
• Submeter-se a teste e a programa de controle de uso de droga e de bebida 
alcoólica, instituídos pelo empregador com ampla ciência do empregado.
59
5 Transporte Rodoviário Internacional de Cargas (TrIC)
O transporte rodoviário internacional de cargas é regido, basicamente, pelo Acordo 
sobre Transporte Internacional Terrestre (ATIT).
O Acordo sobre Transporte Internacional Terrestre (ATIT) objetiva a utilização de 
uma norma jurídica única, que reflita os princípios de integração dos países da região 
do Mercosul e promova a eficiência dos serviços de transporte terrestre. Dentre outras 
especificidades, o convênio determina que cada país assegure às empresas dos demais 
países tratamentos equivalentes ao que oferece às suas próprias empresas. 
O Acordo também define que sejam adotadas medidas especiais para produtos 
perigosos ou que representem riscos à saúde de pessoas, à segurança pública ou ao 
meio ambiente, medidas que são aplicadas em todos os países signatários. 
A Resolução ANTT nº 1.474/2006 dispõe sobre as licenças e 
autorizações para o transporte rodoviário de carga internacional 
por empresas nacionais e estrangeiras.
6 Combinações de Veículos de Transporte de Carga (CVC)
De acordo com o DENATrAN (2015), a Portaria nº 63/2009 homologa os veículos 
e as combinações de veículos de transporte de carga, com seus respectivos limites 
de comprimento, peso bruto total (PBT) e peso bruto total combinado (PBTC) para 
circulação nas vias públicas. 
 g Consulte a Portaria DENATrAN nº 63/2009 e verifique as combinações CVC homologadas, acessando o link a seguir. 
www.denatran.gov.br.
60
7 Vale-Pedágio Obrigatório
O Vale Pedágio Obrigatório foi instituído pela Lei nº 10.209/2001, com o principal 
objetivo de atender a uma das principais reivindicações dos caminhoneiros autônomos 
- a desoneração do transportador do pagamento do pedágio. É regulamentada pela 
Resolução ANTT no 2.885/2008 e suas alterações.
Com isso, elimina-se a possibilidade de embutir o custo do pedágio no valor do frete 
contratado, prática que era utilizada com frequência, enquanto o pagamento do 
pedágio era feito em espécie, fazendo com que o seu custo recaísse, diretamente, 
sobre o transportador rodoviário de carga.
Resumindo 
 
O caminhoneiro deve estar atento ao fato de que o transporte rodoviário 
de cargas possui legislação que compreende desde os critérios de ingresso 
na atividade de transportador até as regras de operação no mercado. 
 
Para determinados tipos de carga, existe legislação específica às condições 
de transporte, que visam garantir a segurança da carga, do meio ambiente 
e, principalmente, do transportador. 
 
O caminhoneiro deve estar sempre informado acerca das normas da 
atividade, acompanhando permanentemente a atualização das normas 
legais.
61
 a
1) A Lei nº 11.442/2007 define o transporte rodoviário de 
cargas como uma atividade econômica de natureza comercial, 
que pode ser exercida apenas por pessoa jurídica. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
2) A Resolução ANTT nº 420/2004 dispõe sobre o: 
 
a. ( ) RNTrC. 
 
b. ( ) Transporte rodoviário de produtos perigosos. 
 
c. ( ) Vale-Pedágio obrigatório. 
 
d. ( ) Transporte rodoviário internacional de cargas. 
 
3) Constituem deveres dos motoristas profissionais, exceto: 
 
a. ( ) Estar atentos às condições de segurança do veículo. 
 
b. ( ) Conduzir o veículo com perícia, prudência e zelo. 
 
c. ( ) Respeitar a legislação de trânsito e, em especial, normas 
relativas ao tempo de direção e de descanso. 
 
d. ( ) Zelar pelo veículo, mas não pela carga transportada de 
terceiros. 
 
4) O Vale-Pedágio obrigatório foi instituído, sobretudo, para 
se eliminar a possibilidade de embutir o custo do pedágio 
rodoviário no valor do frete contratado. 
 
( ) Certo ( ) Errado
Atividades
62
Referências
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65
UNIDADE 5 | LEGISLAÇÃO: 
TRÂNSITO, RODOVIAS E 
VEÍCULOS – PARTE 2
66
Unidade 5 | Legislação: Trânsito, Rodovias e 
Veículos – Parte 2
 d
Você conhece os principais pontos da legislação de trânsito e 
transporte que regem a movimentação rodoviária de cargas? 
Tem conhecimento de suas responsabilidades?
Atentar-se às responsabilidades estabelecidas nas normas legais pode poupar muitos 
problemas ao caminhoneiro. E mais do que isso, pode fazê-lo destacar-se no tão concorrido 
mercado, aumentando a eficiência das operações e evitando custos desnecessários com o 
pagamento de multas.
Agora, vamos mostrar as responsabilidades referentes ao Código de Trânsito Brasileiro 
(CTB), RNTRC, transporte rodoviário de produtos perigosos, transporte rodoviário 
internacional de cargas e Vale-Pedágio obrigatório.
67
1 Responsabilidades no Transporte Rodoviário de Cargas
De forma geral, as responsabilidades, infrações e penalidades relacionadas ao 
transporte rodoviário de cargas constam tanto na legislação de trânsito quanto de 
transporte. Quando o aluno se depara, por exemplo, com a caracterização de uma 
infração, já pode ter em mente qual a responsabilidade foi descumprida.
Do ponto de vista pragmático, constitui infração tudo aquilo 
que contraria ou desobedece ao estabelecido em leis e legislação 
complementar de trânsito e de transporte (CARDO, 2015).
O infrator pode ficar sujeito às penalidades e medidas administrativas que são: 
advertência por escrito, multa, suspensão de direitos, apreensão do veículo e frequência 
obrigatória de cursos de reciclagem.
1.1 Responsabilidades referentes ao Código de Trânsito 
Brasileiro (CTB)
As responsabilidades dos proprietários e condutores de veículos, embarcadores e 
transportadores, entre outros agentes, estão dispostas ao longo de todo o CTB. 
Permeiam desde o porte obrigatório da Carteira Nacional de Habilitação, passando 
pela questão do excesso de peso, até a jornadade trabalho.
Em consonância com o estabelecido no art. 161 do Código de 
Trânsito Brasileiro (CTB, 2015), constitui infração de trânsito a 
inobservância de qualquer preceito do Código, da legislação 
complementar ou das resoluções do CONTrAN, sendo o infrator 
sujeito às penalidades e medidas administrativas indicadas em 
cada artigo, além das punições previstas em seu Capítulo XIX.
68
O art. 256 do CTB preceitua que a 
autoridade de trânsito, na esfera das 
competências estabelecidas neste 
Código e dentro de sua circunscrição, 
deve aplicar, às infrações nele previstas, 
as seguintes penalidades: advertência 
por escrito; multa; suspensão do direito 
de dirigir; apreensão do veículo; cassação 
da Carteira Nacional de Habilitação; 
cassação da Permissão para Dirigir; e 
freqüência obrigatória em curso de 
reciclagem.
 g De acordo com o art. 257 do CTB, as penalidades serão impostas ao condutor, ao proprietário do veículo, ao embarcador e ao transportador. 
 
Consulte o CTB e verifique as principais infrações e penalidades 
(Capítulos XV e XIX), acessando o link a seguir. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm
1.2 Responsabilidades Referentes ao RNTrC
As principais responsabilidades referentes ao RNTrC estão na Lei nº 11.442/2007 e na 
Resolução ANTT nº. 4.799/2015. 
 g Para saber mais detalhadamente sobre as infrações e penalidades constantes na Resolução ANTT Nº 4.799/2015, confira a lei a partir do link a seguir. 
 
http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/41053/
Resolucao_n__4799.html 
69
Para inscrição e manutenção do cadastro no RNTrC, o transportador deve atender 
a requisitos específicos, podendo ser: Transportador Autônomo de Cargas (TAC), 
Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas (ETC) e Cooperativas de Transporte 
Rodoviário de Cargas (CTC).
De modo prático para o aluno e de acordo com a ANTT (2015), podem ser observadas, 
na Tabela 3, alguns exemplos de infrações e penalidades aplicáveis ao descumprimento 
da legislação de transporte relativa ao Registro Nacional dos Transportadores 
Rodoviários de Carga (RNTrC).
Tabela 3: Exemplos de Infrações e penalidades concernentes ao RNTrC 
Fonte: ANTT, 2015.
Infração Penalidade
O transportador, inscrito ou não no 
RNTrC, evadir, obstruir ou, de qualquer 
forma, dificultar a fiscalização durante o 
transporte rodoviário de cargas.
Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil 
reais).
O contratante contratar o transporte 
rodoviário remunerado de cargas de 
transportador sem inscrição no RNTrC 
ou com inscrição vencida, suspensa ou 
cancelada.
Multa de R$ 1.500,00 (mil e 
quinhentos reais).
O embarcador ou destinatário deixar de 
fornecer documento comprobatório do 
horário de chegada e saída do transportador 
nas dependências da origem ou do destino 
da carga ou apresentar informação em 
desacordo com o regulamentado.
Multa de 5% sobre o valor 
da carga, limitada ao mínimo 
de R$550,00 (quinhentos e 
cinquenta reais) e máximo 
de R$10.500,00 (dez mil e 
quinhentos reais).
O embarcador ou destinatário emitir 
o documento obrigatório para fins de 
transporte rodoviário de cargas por conta 
de terceiro e mediante remuneração, em 
desacordo ao regulamentado.
Multa de R$ 550,00 (quinhentos 
e cinquenta reais).
70
2 Responsabilidades Referentes ao Transporte Rodoviário 
de Produtos Perigosos
As responsabilidades relativas ao transporte rodoviário de produtos perigosos 
estão dispostas, principalmente, na Resolução ANTT no 3.665/2011, que atualiza o 
Regulamento do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, e na Resolução ANTT 
no 420/2004, que estabelece as Instruções Complementares ao Regulamento do 
Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.
 g Consulte a Resolução ANTT no 3.665/2011 e leia o Capítulo IV – Dos Deveres, Obrigações e Responsabilidades, acessando o link a seguir. 
 
http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/4665/
Resolucao_3665.html
De acordo com a Resolução ANTT no 3.665/2011, as penalidades podem ser atribuídas 
ao embarcador, ao transportador e ao destinatário. As infrações classificam-se, de 
acordo com a sua gravidade, em três grupos: 
• I - Primeiro Grupo: punidas com 
multa de valor equivalente a R$ 
1.000,00;
• II - Segundo Grupo: punidas com 
multa de valor equivalente a R$ 
700,00; e 
• III - Terceiro Grupo: punidas com 
multa de valor equivalente a R$ 
400,00.
71
 h
Infrações punidas com multa do Primeiro Grupo: 
 
(a) Transportador: transportar produtos perigosos cujo 
deslocamento rodoviário seja proibido pela ANTT. 
 
(b) Embarcador: expedir produtos perigosos a granel que não 
constem no Certificado de Inspeção para o Transporte de 
Produtos Perigosos (CIPP).
3 Responsabilidades Referentes ao Transporte Rodoviário 
Internacional de Cargas
As responsabilidades referentes ao transporte rodoviário internacional de cargas 
(TrIC) concentram-se, sobretudo, na obtenção e manutenção da Licença Originária 
e da Autorização de Caráter Ocasional. Conforme previsto na Resolução ANTT no 
1.474/2006, que dispõe sobre os procedimentos relativos à expedição de Licença 
Originária e de Autorização de Caráter Ocasional para o transporte rodoviário 
internacional de cargas (TrIC), as empresas estão sujeitas às penalidades:
(a) Art. 25: as empresas detentoras de Licenças Originária ou Complementar ficam 
sujeitas, conforme o caso, à aplicação de multas, suspensão ou cancelamento da 
respectiva Licença, sempre que infringirem as disposições contidas nos acordos 
internacionais vigentes e nas normas e regulamentos próprios, assegurado 
amplo direito de defesa.
(b) Art. 26: a prestação de serviço de transporte rodoviário internacional de cargas 
para a consecução de atividade ilícita sujeita o infrator, mediante prévio processo 
administrativo, às penalidades de suspensão ou cancelamento da respectiva 
Licença, na forma da lei.
72
4 Responsabilidades Referentes ao Vale-Pedágio 
Obrigatório
De acordo com a Lei nº 10.209/2001, que instituiu o Vale-Pedágio obrigatório, e a 
Resolução ANTT no 2.885/2008, que o regulamenta, as responsabilidades caem, 
sobretudo: (a) no embarcador, que deve adquiri-lo e repassá-lo ao transportador 
rodoviário de carga e realizar os registros no documento comprobatório de embarque; 
e (b) nas operadoras de rodovia sob pedágio, que devem aceitar todos os modelos 
e sistemas operacionais aprovados pela ANTT, das empresas fornecedoras do Vale- 
Pedágio obrigatório habilitadas em âmbito nacional.
 g Assista à reportagem que mostra a fiscalização do Vale-Pedágio obrigatório, em que se verifica ainda a prática da Carta-Frete, através do link a seguir. Confira! 
 
http://www.vectio.com.br/site/wp-content/uploads/2013/09/
Reportagem_Blitz_Dutra.mp4 
Em consonância com a ANTT (2015), as principais infrações relativas ao Vale- Pedágio 
obrigatório são:
(a) Não antecipar o Vale-Pedágio obrigatório ao transportador (responsabilidade 
do embarcador);
(b) Não registrar as informações sobre a aquisição do Vale-Pedágio obrigatório no 
documento de embarque (responsabilidade do embarcador); e
(c) Não aceitar o Vale-Pedágio obrigatório (responsabilidade de todas as 
operadoras de rodovias sob pedágio - aceitação obrigatória).
Com relação às penalidades, são previstas:
(a) Ao embarcador ou equiparado será aplicada multa no valor de R$ 550,00 por 
veículo, para cada viagem na qual não fique comprovada a antecipação do Vale-
Pedágio obrigatório; e
73
(b) A operadora de rodovia sob pedágio que não aceitar o Vale Pedágio obrigatório 
será penalizada com multa no valor de R$ 550,00, a cada dia que deixar de aceitar 
os modelos de Vale Pedágio obrigatório habilitados pela ANTT ou descumprir as 
demais determinações legais sobrea matéria.
Resumindo 
 
Para inscrição e manutenção do cadastro no RNTrC, o transportador deve 
atender a requisitos específicos, podendo ser: Transportador Autônomo de 
Cargas (TAC), Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas (ETC) e 
Cooperativas de Transporte Rodoviário de Cargas (CTC). 
 
Com relação ao Vale-Pedágio obrigatório, o caminhoneiro deve estar 
atento ao fato de que o embarcador deve adquiri-lo e repassá-lo ao 
transportador rodoviário de carga e realizar os registros no documento 
comprobatório de embarque 
 
A prestação de serviço de transporte rodoviário internacional de cargas 
para a consecução de atividade ilícita sujeita o infrator às penalidades de 
suspensão ou cancelamento da Licença Originária ou Complementar.
74
 a
1) O infrator às regras estabelecidas no Código de Trânsito 
Brasileiro (CTB) está sujeito apenas às penalidades, e não 
também às medidas administrativas. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
2) No transporte rodoviário de produtos perigosos, as 
penalidades podem ser atribuídas ao: 
 
a. ( ) Embarcador. 
 
b. ( ) Transportador. 
 
c. ( ) Destinatário. 
 
d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas. 
 
3) Para a realização do transporte rodoviário internacional 
de cargas (trIC), o transportador deve obter a Licença 
Originária. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
4) As principais infrações relativas ao Vale- Pedágio 
obrigatório são: 
 
a. ( ) Não antecipar o Vale-Pedágio obrigatório ao transportador 
(responsabilidade do embarcador). 
 
b. ( ) Não registrar as informações sobre a aquisição do Vale-
Pedágio obrigatório no documento de embarque 
(responsabilidade do embarcador). 
 
c. ( ) Não aceitar o Vale-Pedágio obrigatório (responsabilidade 
de todas as operadoras de rodovias sob pedágio - aceitação 
obrigatória). 
 
d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
Atividades
75
Referências
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Noções de 
Direção Segura 
para 
Caminhoneiros
MÓDULO 3
79
UNIDADE 6 | PONTOS CRÍTICOS 
EM RODOVIAS – PARTE 1
80
Unidade 6 | Pontos Críticos em Rodovias – Parte 1
 d
Você está ciente de que em nossas rodovias existem os 
denominados pontos críticos? Sabe o que pode ocorrer neles? 
Conhece as causas que originam os problemas nesses pontos?
Pegar a condução do veículo e enfrentar a viagem nas rodovias brasileiras sem um mínimo 
preparo, certamente, significa dar muita chance ao azar! Para uma condução preventiva, 
o caminhoneiro deve entender o que representam os pontos críticos das vias e identificar 
o que pode ocorrer durante a passagem por eles!
Nesta Unidade, abarcaremos o conceito de pontos críticos das vias e os possíveis problemas 
relacionados ao projeto viário, operação, conservação do pavimento e sinalização.
81
1 Afinal, o Que São os Pontos Críticos das Vias? 
Os pontos críticos ou segmentos críticos são aqueles locais 
em que, devido às deficiências de projeto viário ou, ainda, às 
características operacionais das vias, ocorre determinada 
concentração de acidentes, seja em quantidade, seja na 
gravidade dos mesmos (DNIT, 2010; DENATrAN, 2015).
Os segmentos críticos podem ser agrupados em categorias segundo o número de 
faixas (simples ou dupla), uso do solo (urbano ou rural) e a configuração do terreno 
(plano, ondulado e montanhoso).
Nas vias urbanas, os principais locais de ocorrência de segmentos críticos são:
• Travessias urbanas, especialmente de pedestres;
• Interseções em nível;
• Curvas; e
• Pontes e viadutos.
Agora, identifiquemos os possíveis problemas nas rodovias.
2 Possíveis Problemas nas Rodovias
Para DENATrAN (2015) e Valente et al. (2008), em seu dia a dia de trabalho, o 
caminhoneiro enfrenta situações de perigo no trânsito. Infelizmente, muitas situações 
de risco são causadas por problemas que as vias apresentam e a seguir, serão discutidas 
algumas dessas questões, pois, para cada circunstância apresentada, procuramos 
identificar técnicas de direção segura, de desaceleração e algumas manobras que 
podem prevenir acidentes.
82
2.1 Problemas no Projeto Viário
De acordo com Cardo (2015), algumas vezes, as vias não são projetadas adequadamente 
para o local onde estão inseridas ou, devido às características de uso (operacionais), elas 
apresentam problemas em sua configuração. Dentre as principais falhas, ressaltam-se:
• Largura das faixas de rolamento e 
dos acostamentos;
• Quantidade de faixas, em razão do 
volume e velocidade de tráfego;
• Quantidade de faixas em relação 
ao uso e à classe da via;
• Raios de curva e distância de 
visibilidade de ultrapassagem, em 
aclives, de acordo com a velocidade 
permitida;
• Conflitos presentes nas interseções, com fluxos que se cruzam;
• Entrelaçamentos necessários para acesso de retornos; e
• Sinalização insuficiente ou inadequada.
 h Para trafegar de maneira segura em todos os locais, o primeiro passo é estar sempre atento ao desenho geométrico da via.
Além disso:
• Procure manter contato visual com a via, enxergando alguns metros à frente do 
veículo. Lembre-se: durante a noite, esse contato visual fica prejudicado.
83
• Fique atento para identificar, antecipadamente, cruzamentos ou entrelaçamentos 
e, caso necessário, reduza sua velocidade mesmo estando em uma via preferencial. 
Lembre-se: cortesia e educação também fazem parte da direção segura.
• Quando utilizar alças ou acessos em desnível, reduza a velocidade e procure 
fazer as curvas com raios abertos.
2.2 Problemas na Operação Viária 
De acordo com Cardo (2015), um dos grandes problemas das estradas é a interrupção 
de alguns trechos para obras de manutenção. Nesse caso, devem ser providenciados 
desvios seguros e sinalizados, para que o tráfego não seja interrompido. A fiscalização 
ajuda a prevenir possíveis problemas com o trânsito na via, que, devido às condições de 
circulação deficitária, podem apresentar lentidão e acidentes.
 f
A desobediência à velocidade regulamentada por parte dos 
condutores é outro problema importante! Como você já sabe, a 
velocidade é calculada em função do uso que se faz da via. 
Portanto, são avaliados, por exemplo, o tipo e a quantidade de 
veículos, os acessos, a presença de conversões e retornos, a 
existência de praças de pedágio e a quantidade de faixas.
Faça a sua parte para manter uma condução segura do seu caminhão:
• Obedeça sempre à velocidade regulamentada na via;
• Ao perceber a aproximação de outros veículos, especialmente os de grande 
porte, procure manter uma distância de segurança e, se necessário, reduza a 
velocidade; e
• Se notar um veículo com velocidade acima da sua, ou acima da velocidade 
permitida, deixe que ele ultrapasse, evitando situações de conflito.
84
2.3 Problemas com a Conservação do Pavimento
Consoante Cardo (2015), DETrAN/SP 
(2015) e DNIT (2010), a conservação 
do pavimento deve ser um trabalho 
constante, com o objetivo de mantê-lo 
em perfeitas condições de circulação, tão 
próximo quanto possível de sua condição 
imediata à construção. No entanto, muitas 
vezes as vias apresentam problemas 
na conservação e o caminhoneiro vê-se 
obrigado a conduzir em vias com buracos, 
rachaduras, asfalto irregular e óleo na 
pista. 
 b
Você, motorista profissional de caminhões deve-se diferenciar 
no mercado de trabalho. Mostre que é um dos responsáveis 
diretos pela conservação do pavimento, em especial quando se 
fala nos limites de capacidade de carga do veículo. Não trafegue 
com excesso de carga, nem permita que outros motoristas o 
façam. Com isso, terá sempre boas rodovias e estradas para 
transitar.
Esteja atento a estas orientações:
• Fique atento à presença de óleo ou água na pista. Se notar sua presença, reduza 
a velocidade;
• Se a via apresentar buracos e rachaduras, reduza a velocidade. Se for necessário 
desviar de algum obstáculo, sinalize adequadamente com o uso de seta;
• Ao conduzir sob chuva, fique atento às poças d’água, pois elas podem esconder 
verdadeiras armadilhas para seu veículo (buracos).
 
85
 g Veja como os problemas nas vias podem lhe causar transtornos e prejuízos. Assista, através do artigo disponível no link a seguir, a uma reportagem de um problema com buraco que atolou 
ônibus e caminhão em um anel viário em São Luís, Maranhão. 
 
http://g1.globo.com/ma/maranhao/jmtv-1edicao/videos/t/
edicoes/v/problema-com-buraco-que-atolou-onibus-e-
caminhao-de-lixo-no-anel-viario-foi-resolvido/3365864
2.4 Problemas com a Sinalização Viária
Como você transita diariamente por rodovias e estradas, você sabe muito bem que 
a sinalização - que é tão importante para uma direção segura - nem sempre está 
disponível. Os motivos são diversos: falhas de projeto, depredação, desgaste natural e 
falta de manutenção e reposição (CARDO, 2015).
As várias formas de sinalização são importantes para mostrar ao condutor o que é 
permitido e o que é proibido. Ela funciona como um alerta permanente sobre os 
perigos das vias além de orientar quanto aos caminhos a tomar. 
Mas, em alguns locais, as placas de sinalização são encobertas por outras placas, 
árvores e demais elementos do cenário, exigindo uma atenção maior do motorista. 
A experiência, o bom senso e a velocidade sob controle são grandes aliados dos 
caminhoneiros nessa hora, e podem ajudá-los muito na obtenção das informações que 
a sinalização não lhes fornece. 
 h Se você precisar parar no acostamento, lembre-se de verificar se há sinalização indicando local de parada.
86
Tome os seguintes cuidados:
• Domine a situação: verifique o movimento de veículos atrás e ao lado do seu. Veja 
senão há alguém tentando ultrapassá-lo pelo acostamento ou se há veículos 
estacionados no mesmo. Tome cuidado adicional em locais e horários de muito 
movimento.
• Sinalize sua intenção: ligue as luzes indicadoras de sentido com antecedência, 
avisando ao condutor do veículo de trás que você vai parar.
• Diminua a velocidade gradativamente, para sair da via em segurança. Saídas 
bruscas podem causar acidentes.
• Se precisar ir para o acostamento, sinalize e deixe o maior espaço possível entre 
seu veículo e a pista. Ao parar no acostamento, faça com que todos os ocupantes 
saiam do veículo e fiquem longe da pista.
• Use sempre o triângulo, colocando-o a uma distância mínima de 30 metros da 
traseira do veículo. Durante a noite, utilize o dobro dessa distância.
• Se precisar parar em local perigoso (próximo à pista, em uma curva, após uma 
lombada) coloque outros avisos além do triângulo. Comece a sinalizar a uma 
distância maior do que 30 metros do veículo.
Resumindo 
 
Os pontos críticos apresentam a maior possibilidade de ocorrência de algo 
indesejado. Por isso, é fundamental que o caminhoneiro esteja alerta e 
empregue tudo o que sabe sobre a direção segura. 
 
Os principais problemas nos pontos críticos nas rodovias são devidos a 
problemas existentes nos projetos viários, operações viárias, conservação 
do pavimento e sinalização. 
 
Ao perceber a aproximação de outros veículos, especialmente os de porte 
maior que o seu, procure manter uma distância de segurança e, se 
necessário, reduza a velocidade.
87
 a
1) Se o caminhoneiro notar um veículo com velocidade acima 
da sua, ou acima da velocidade permitida na rodovia, deve 
deixar que ele ultrapasse, evitando situações de conflito. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
2) Constituem problemas no projeto viário de uma rodovia, 
exceto: 
 
a. ( ) Largura das faixas de rolamento e dos acostamentos 
insuficiente. 
 
b. ( ) Buraco na pista. 
 
c. ( ) Quantidade de faixas insuficiente, em razão do volume e 
velocidade de tráfego. 
 
d. ( ) Quantidade de faixas insuficiente, em relação ao uso e à 
classe da via. 
 
3) Em geral, o triângulo de segurança deve ser colocado a 
uma distância do veículo de, no máximo, 30 metros. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
4) Com relação à sinalização nas rodovias, o motorista de 
caminhão deve: 
 
a. ( ) Sinalizar sua intenção, ligando as luzes indicadoras de 
sentido com antecedência. 
 
b. ( ) Se precisar ir para o acostamento, sinalizar e deixar o 
maior espaço possível entre seu veículo e a pista. 
 
c. ( ) Usar sempre o triângulo de segurança quando necessário. 
 
d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
Atividades
88
Referências
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15681:2009 Veículos 
rodoviários automotores – Qualificação de mecânico de manutenção. São Paulo, 2009.
______. NBR 14889:2002 Veículos rodoviários automotores em manutenção – 
Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em regulagem de motores ciclo 
Diesel. São Paulo, 2002.
______. NBR 14778:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, 
diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de freios. São Paulo, 2001.
______. NBR 14779:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, 
diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de direção. São Paulo, 2001.
______. NBR 14780:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, 
diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de suspensão. São Paulo, 2001.
______. NBR 14781:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, 
diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de exaustão. São Paulo, 2001.
AKIO, M. Como Evitar Acidentes de Trânsito. São Paulo: Chiado Brasil, 2015.
ANDRADE, C. Manual para Primeira Habilitação de Condutores. Brasília: Senado 
Federal, 2012.
ANTT – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Resolução n° 4.799, de 
27 de julho de 2015. Disponível em: <www.antt.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.
______. Resolução n° 3.665, de 4 de maio de 2011, e suas alterações. Atualiza o 
Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos. Disponível em: 
<www.antt.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.
______. Resolução n° 420, de 13 de maio de 2004, e suas alterações. Aprova as 
Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos 
Perigosos. Disponível em: </www.antt.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.
BRASIL. Lei n° 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão de 
motorista, entre outros. Brasília, 2015. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso 
em: 15 out. 2015.
89
______. Lei n° 12.619, de 30 de abril de 2012. Dispõe sobre o exercício da profissão de 
motorista, entre outros. Brasília, 2012. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso 
em: 15 out. 2015.
______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário 
de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. Brasília, 2007. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.
______. Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. 
Brasília, 1997. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.
______. Lei Complementar n° 121, de 9 de fevereiro de 2006. Cria o Sistema Nacional 
de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas e dá 
outras providências. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.
CARDO, A. Atualização em Transporte Rodoviário de Cargas. Brasília, 2015.
CONTRAN – CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO. Resolução nº 412, de 9 de agosto 
de 2012. Dispõe sobre a implantação do Sistema Nacional de Identificação Automática 
de Veículos – SINIAV em todo o território nacional. Disponível em: <www.denatran.
gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.
_______. Resolução nº 285, de 29 de julho de 2008. Altera e complementa o Anexo II 
da Resolução nº 168, de 14 de dezembro de 2004, entre outros. Disponível em: <www.
denatran.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015.
_______. Resolução nº 168, de 14 de dezembro de 2004. Estabelece novas normas 
e procedimentos para a formação de condutores automotores, elétricos, exames, 
expedição da CNH, cursos e dá outras providências. Disponível em: <www.denatran.
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CRISTO, F. Psicologia e trânsito: Reflexões para pais, educadores e (futuros) 
condutores. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2012.
DENATRAN. Manual de Direção Defensiva. Portal da internet, 2016. Disponível em: 
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<http://www.detran.sp.gov.br>. Acesso em: out. 2016.
90
DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. Identificação 
e Priorização de Segmentos Críticos para Estudos de Intervenção. DNIT: 2010.
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prático para educadores, profissionais da saúde e gestores de políticas públicas. São 
Paulo: Unifesp, 2012.
FILHO, G. B. Custos em Manutenção. Rio de Janeiro: LCM, 2010.
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Transporte Rodoviário de Cargas. Portal da internet, 2016. Disponível em: <www.
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5 nov. 2016. 
MARIUZA, C. A.; GARICA, L. F. Trânsito e Mobilidade Urbana: Psicologia, Educação e 
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PECHANSKY, F.; DUARTE, P. C. A. V.; BONI, R. B. Uso de bebidas alcoólicas e outras 
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SCHLÜTER, G. H.; SCHLÜTER, M. R. Gestão da Empresa de Transporte Rodoviário de 
Carga e Logística: a Gestão Focada no Resultado. Porto Alegre: Horst, 2005.
VALENTE, A. M. et al. Gerenciamento de Transporte e Frotas. São Paulo: Ed. Cengage, 
2008.
91
UNIDADE 7 | PONTOS CRÍTICOS 
EM RODOVIAS – PARTE 2
92
Unidade 7 | Pontos Críticos em Rodovias – Parte 2
 d
Você sabe o que é um acidente de trânsito? Quais os acidentes 
que ocorrem com mais frequência nos pontos críticos das 
rodovias? Como evitá-los?
Há vários tipos de acidentes e o motorista profissional deve atentar-se para as suas várias 
denominações técnicas, desenvolver atitudes para evitá-los e estar preparados para agir 
na ocorrência de um infortúnio.
Vamos abordar os acidentes mais comuns que ocorrem nos pontos críticos das vias, tais 
como colisões, atropelamento, tombamento e capotamento. Ainda, vamos dedicar um 
tempo ao estudo do comportamento seguro em locais críticos de acidentes.
A seguir, vamos compreender os tipos de acidentes e as ações a serem adotadas que 
podem evitá-los.
93
1 Acidentes que Ocorrem em Pontos Críticos
O acidente de trânsito é todo acontecimento desastrado, casual 
ou não, tendo como consequências danos físicos e ou materiais, 
envolvendo veículos, pessoas e ou animais nas vias públicas 
(DENATrAN, 2015).
1.1 Colisão Traseira
Para DENATrAN (2015) e Andrade (2012), 
uma das principais causas de colisões 
na traseira do veículo é motivada por 
condutores que têm o hábito de dirigir 
muito próximo ao veículo da frente 
(colado). Por isso, nem sempre o motorista 
da frente consegue avisá-lo da manobra 
que pretende fazer, principalmente, nas 
situações de emergência. Outro motivo 
é a falta de consciência dos condutores 
em sinalizar suas manobras de conversão 
e parada repentina.
Estas atitudes podem trazer consequências graves para o veículo e seus ocupantes. 
Quando ocorre o impacto, a cabeça do condutor é lançada violentamente para trás, 
podendo, em alguns casos, provocar a fratura de pescoço, deixá-lo paraplégico, ou 
ainda levá-lo à morte. Este é um dos motivos que justificam a utilização do encosto de 
cabeça nos veículos.
94
 h
As quatro atitudes que os alunos do SEST SENAT devem ter em 
mente para evitar colisão traseira são: 
 
(1) SAIBA O QUE FAZER: não fique indeciso, principalmente 
para entrar à direita ou esquerda. Planeje o seu trajeto com 
antecedência, para não confundir o condutor que vem atrás. 
 
(2) SINALIZE SUAS INTENÇÕES: informe, ao condutor que o 
segue, o que você pretende fazer. Não deixe que ele tente 
adivinhar. Ligue o pisca alerta, pise no freio lentamente para 
que as luzes das lanternas se acendam avisando-o de suas 
intenções. Se necessário, faça sinais com as mãos de maneira a 
melhorar a interpretação do que você deseja transmitir. 
 
(3) PARE SUAVE E GRADATIVAMENTE: muitos condutores, ao 
passarem do local em que iriam parar, pisam repentinamente no 
freio e até tentam dar marcha à ré, sem lembrar que existem 
outros veículos. Esta manobra obriga o condutor de trás a dar 
um golpe no volante para não bater no seu, podendo projetar-se 
contra outros veículos. 
 
(4) NÃO PERMITA QUE VEÍCULOS O SIGAM MUITO PRÓXIMO: 
use o princípio da cortesia ajudando a ultrapassá-lo, sem correr 
os riscos de uma viagem interrompida por falta de percepção. 
Facilite a ultrapassagem com a redução da velocidade e/ou 
deslocando e até parando no acostamento.
1.2 Colisão Frontal
De acordo com o DENATrAN (2015) e Andrade (2012), sem indício de dúvida, a mais 
perigosa das colisões é aquela que ocorre entre veículos que trafegam na mesma 
direção, porém, em sentidos contrários. Nessa situação, a velocidade do choque é a 
soma das velocidades dos veículos. No instante do choque, ambos param, enquanto os 
95
condutores continuam se deslocando, podendo ser esmagados pela lataria do veículo. 
Se não estiverem com cinto de segurança devidamente colocado, correm o risco de se 
chocarem com as partes internas do veículo.
Os principais locais em que ocorrem as colisões frontais são: nas retas, nas curvas e nos 
cruzamentos.
1.2.1 Colisão Frontal nas Retas
Na lição do DENATrAN (2015) e Andrade (2012), a principal causa dos acidentes em 
vias retas é a ultrapassagem em locais de pouca visibilidade. Também, é comum que 
os condutores não avaliem com precisão as relações entre espaço, tempo, potência e 
condições do veículo, arriscando-se na ultrapassagem mesmo sem condições e, quando 
encontram outro veículo em sentido contrário, podem ter dúvida sobre o que fazer. 
 h
O condutor defensivo deve ser o primeiro a decidir tão logo 
aviste a situação de perigo. Sinalizar ou desviar para o 
acostamento são algumas manobras que você pode fazer antes 
do outro condutor, mostrando a ele o caminho que deve tomar.
1.2.2 Colisão Frontal nas Curvas
Em consonância com o DENATrAN (2015) e Andrade (2012), a 
reunião de vários fatores (velocidade, tipo de pavimento, o 
ângulo da curva, as condições de pneus) pode provocar a saída 
de um veículo da sua mão de direção, empurrando-o para a 
contramão ou para o acostamento. A força responsável por este 
perigoso deslocamento chama-se força centrífuga. 
96
Em curvas para a direita, essa força empurra o veículo para a esquerda, no sentido da 
faixa da contramão. Ao fazer uma curva para a esquerda, a Força Centrífuga o empurra 
para a direita no sentido do acostamento.
Podemos concluir, assim, que a curva para a direita se torna mais perigosa para o 
envolvimento de outros veículos que vêm em sentido contrário, em razão da invasão 
que o veículo em curva faz na outra faixa de rolamento. Dessa maneira, se não forem 
tomadas providências, a colisão é praticamente inevitável.
 h
O que fazer para evitarmos colisões em curvas? 
 
CURVAS À DIREITA: reduza a marcha e a velocidade ao 
aproximar-se da curva, mantendo o seu veículo no lado direito 
da faixa e bem próximo ao acostamento. Acelere suavemente 
ao entrar na curva, pois a força do motor, ou força motriz, 
compensa a ação da força centrífuga. 
 
CURVAS À ESQUERDA: reduza a marcha e a velocidade ao 
aproximar-se da curva, mantendo o seu veículo mais próximo do 
meio da pista. Acelere suavemente ao fazer a curva, para que a 
força motriz compense os efeitos da força centrífuga. 
1.3 Colisão Lateral
Para Cardo (2015) e Andrade (2015), muitos condutores afirmam que é mais fácil dirigir 
em uma rodovia do que nas vias urbanas, devido à amplitude de visão. Esta informação, 
sob determinado aspecto, parece coerente, porque, dentro da cidade, o condutor cruza 
muitas vias e não tem visão ampla já que, em muitos casos, as construções, bancas de 
jornal, veículos estacionados irregularmente, árvores, etc., escondem outros veículos 
que transitam em sentido transversal.
97
Desta maneira, o condutor enfrenta risco maior de colisão lateral em cruzamentos. 
Estatisticamente, um terço de todos os acidentes de trânsito ocorre nos cruzamentos, 
sendo causas principais: falta de visibilidade; desconhecimento e desrespeito das 
regras de circulação e conduta; manobras inesperadas de condutores deveículos; e 
trânsito de pedestres.
1.4 Colisão com Objeto Fixo
Acidente que se caracteriza pelo impacto de um veículo em movimento contra qualquer 
obstáculo fixo (por exemplo: árvore, poste, veículo parado). 
1.5 Atropelamento de Pessoas 
Acidente em que uma ou mais pessoas são atingidos por um veículo em movimento, 
tendo como consequências lesões leves ou graves (morte).
1.6 Choque ou Colisão com Animais
Acidente em que um ou mais animais são atingidos por um veículo em movimento, 
tendo como consequência lesões leves ou graves (morte).
98
1.7 Tombamento
Acidente em que um veículo em movimento declina sobre um de seus lados, 
imobilizando-se.
1.8 Capotamento
Acidente em que o veículo em movimento gira em torno do seu eixo longitudinal, 
chegando a tocar com o teto no solo, imobilizando-se em qualquer posição.
99
1.9 Colisão Misteriosa
Acidente de trânsito que envolve apenas um veículo. O condutor não sabe exatamente 
a razão pela qual aconteceu o acidente; isso quando consegue sair ileso ou com leves 
lesões do acidente.
 h
Após diversas pesquisas sobre o assunto, identificaram-se os 
elementos causadores da chamada colisão misteriosa: pista de 
rolamento; condições climáticas; correntes aerodinâmicas; 
veículo; o outro condutor; e estado físico e mental do condutor.
2 Comportamento Seguro em Locais Críticos de Acidentes
De acordo com Cardo (2015) e DENATrAN (2015), para o condutor, a principal 
recomendação é obedecer sempre ao limite de velocidade regulamentada para a via. 
Lembre-se que os limites de velocidade foram calculados considerando seus aspectos 
físicos e geométricos, sempre com o intuito de preservar a segurança de todos. 
 h
Não se esqueça: quanto maior a velocidade, maior o risco de 
sofrer acidentes e maiores as possibilidades de consequências 
sérias. Cada 15 quilômetros a mais, acima da velocidade de 80 
quilômetros, duplicam as chances de morte do motorista em 
caso de colisão.
100
2.1 Curvas e Terrenos Acidentados
Em estradas com presença de curvas é necessário cautela e sempre ficar atento à 
sinalização.Desta forma quando estiver trafegando em curvas:
• Diminua a velocidade antes de entrar na curva, utilize o sistema de freio, inclusive 
o freio motor e, se necessário, reduza a marcha.
• Execute a curva com movimentos suaves. 
• Retome gradativamente a velocidade original, após a conclusão do trajeto 
curvilíneo. 
• Não esqueça: obedeça sempre aos limites permitidos. 
 h
Nos locais em que o relevo seja muito acidentado, preste 
especial atenção nas descidas. Teste os freios antes de iniciá-las 
e mantenha o carro engrenado. Quando ocorrer uma situação 
de perigo ou inesperada, se o seu veículo estiver desengatado, 
certamente você não terá a força do motor para ajudar a parar 
ou a reduzir a velocidade.
2.2 Ultrapassagens
As situações de ultrapassagem são sempre situações de risco. Principalmente, quando 
você é obrigado a dirigir na contramão para realizar a ultrapassagem. Nesse caso, 
sempre há risco de ocorrer colisão frontal.
Sempre que a situação envolver ultrapassagem, tomar algumas atitudes são 
imprescindíveis:
• Ultrapasse somente nos locais em que a sinalização horizontal permita essa 
manobra;
101
• Se você estiver sendo ultrapassado, colabore. A situação de risco está com o 
outro, mas, você também está envolvido. Reduza a velocidade, se necessário, 
para facilitar a manobra do outro motorista;
• Se você for ultrapassar, calcule bem a distância e o tempo que você vai utilizar 
para a manobra. Considere, ainda, a velocidade do veículo que vem no sentido 
contrário.
 g Preste atenção no vídeo disponível no link a seguir, em que um motorista realiza uma ultrapassagem proibida e quase joga a viatura da Polícia Rodoviária Federal para fora da pista. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=7iqtMZVccYc
Resumindo 
 
Sempre se deve ter em mente o conceito de acidente de trânsito: é todo 
acontecimento desastrado, casual ou não, tendo como consequências 
danos físicos e/ou materiais, envolvendo veículos, pessoas e ou animais nas 
vias públicas. 
 
A regra de ouro para o comportamento seguro do caminhoneiro em locais 
críticos de acidentes é obedecer sempre ao limite de velocidade 
regulamentada para a via. Tal limite foi calculado considerando seus 
aspectos físicos e geométricos, sempre com o intuito de preservar a 
segurança de todos. 
 
Ao entrar em curvas, o caminhoneiro deve diminuir a velocidade, utilizar o 
sistema de freio, inclusive o freio motor e, se necessário, reduzir a marcha. 
E executar a curva com movimentos suaves.
102
 a
1) Na colisão denominada misteriosa, o condutor sabe 
exatamente a razão pela qual aconteceu o acidente. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
2) Dentre as atitudes que o caminhoneiro deve ter em mente 
para evitar colisão traseira, podem ser citadas: 
 
a. ( ) Saiba o que fazer: não ficando indeciso, principalmente 
para entrar à direita ou esquerda. 
 
b. ( ) Sinalize suas intenções: informe, ao condutor que o segue, 
o que você pretende fazer. Não deixe que ele tente adivinhar. 
 
c. ( ) Pare suave e gradativamente: muitos condutores, ao 
passarem do local em que iriam parar, pisam repentinamente no 
freio. 
 
d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas. 
 
3) Na ultrapassagem, o caminhoneiro deve calcular bem a 
distância e o tempo que utilizará para a manobra. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
4) Os locais descritos abaixo são aqueles principais em que 
ocorrem as colisões frontais, exceto: 
 
a. ( ) Nas retas. 
 
b. ( ) Nos estacionamentos. 
 
c. ( ) Nas curvas. 
 
d. ( ) Nos cruzamentos.
Atividades
103
Referências
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15681:2009 Veículos 
rodoviários automotores – Qualificação de mecânico de manutenção. São Paulo, 2009.
______. NBR 14889:2002 Veículos rodoviários automotores em manutenção – 
Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em regulagem de motores ciclo 
Diesel. São Paulo, 2002.
______. NBR 14778:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, 
diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de freios. São Paulo, 2001.
______. NBR 14779:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, 
diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de direção. São Paulo, 2001.
______. NBR 14780:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, 
diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de suspensão. São Paulo, 2001.
______. NBR 14781:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, 
diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de exaustão. São Paulo, 2001.
AKIO, M. Como Evitar Acidentes de Trânsito. São Paulo: Chiado Brasil, 2015.
ANDRADE, C. Manual para Primeira Habilitação de Condutores. Brasília: Senado 
Federal, 2012.
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Noções de 
Direção Segura 
para 
Caminhoneiros
MÓDULO 4
107
UNIDADE 8 | CIRCULAÇÃO E 
CONDUTA NO TRÂNSITO NAS 
RODOVIAS – PARTE 1
108
Unidade 8 | Circulação e Conduta no Trânsito nas 
Rodovias – Parte 1
 d
Honestamente, você dirige preventivamente? Quais os 
elementos de uma direção preventiva? Você apresenta mais 
comportamentos de risco ou seguro no trânsito? Suas atitudes 
são no sentido de evitar os acidentes?
Já foi o tempo em que saber conduzir um caminhão era apenas dominar sua parte 
mecânica e tirar a maior potência do possante. Atualmente, o mercado exige do motorista 
profissional atitude preventiva de direção, ou seja, comportamento que evite conflitos, 
acidentes, perdas desnecessárias e mácula na imagem da empresa.
Nesta Unidade, explicaremos sobre o que é dirigir preventivamente, como diferenciar 
um comportamento de risco de um comportamento seguro e identificar as atitudes que 
podem evitar acidentes com pedestres e outros integrantes do trânsito.
109
1 Entendendo o Que É Dirigir Preventivamente
Dirigir preventivamente é conduzir o veículo procurando evitar 
situações de conflito e acidentes no trânsito, mesmo em 
condições adversas e apesar das ações incorretas dos outros 
usuários do trânsito, prevendo antecipadamente a possibilidade 
de ocorrerem acidentes e agindo instantaneamente para evitar 
que aconteçam (CARDO, 2015; DENATrAN, 2015).
O motivo principal, claro, é a preservação da vida e da saúde. Mas, a direção preventiva 
envolve muitos outros aspectos como reduzir a perda de tempo, de dinheiro, e diminuir, 
também, os impactos ao meio ambiente.
 h
Essa é uma visão totalmente nova sobre o ato de dirigir. Para 
dirigir preventivamente, portanto, não basta apenas conhecer a 
legislação, as placas e os outros sinais de trânsito. A direção 
preventiva trabalha a atitude do condutor. Para o motorista 
defensivo, a atitude correta pode significar a diferença entre 
chegar bem em casa ou se envolver em um acidente no trânsito.
1.2 Elementos da Direção Preventiva 
Para DENATrAN (2015) e Andrade (2012), como você já observou, dirigir defensivamente 
é uma questão de atitude. Essa atitude envolve, principalmente, a capacidade de 
prevenir acidentes, antecipando possíveis situações de risco e preparando-se para 
contorná-las. Para isso, o condutor defensivo deve conhecer os cinco elementos da 
direção defensiva: conhecimento, atenção, previsão, decisão e habilidade.
110
1.3 Conhecimento
Dirigir com segurança requer uma gama 
de informações que devem ser aplicadas 
ao se conduzir um veículo. A experiência 
de cada um é, também, uma grande e 
importante fonte de conhecimentos. 
É fundamental reconhecer os riscos e 
saber qual a maneira de se defender 
deles. As informações das condições de 
dirigibilidade do veículo, do percurso 
a ser realizado e da real capacidade do 
condutor são outros elementos a serem 
considerados na condução veicular.
 f
O motorista de veículos pesados ou semipesados deve ser 
considerado um condutor exemplar, pois está em permanente 
contato com os elementos do trânsito. Portanto, deve sempre 
aplicar seus conhecimentos na condução, tais como: usando 
cinto de segurança, dirigir utilizando as duas mãos no volante, 
guardar distância de segurança, sinalizar a mudança de direção, 
dirigir com velocidades compatíveis na via. 
1.4 Atenção
Você passa quantas horas por dia dirigindo seu caminhão? Já se pegou olhando alguma 
coisa que acontece na estrada, um acidente, um outdoor chamativo? Está sempre alerta 
ou se distrai passando mensagem no celular ou atendendo a alguma ligação?
111
A condução de veículos de grande porte em estradas exige muita atenção do 
condutor, pois é necessário estar observando todos os fatores do trânsito: sinalização, 
comportamento dos outros condutores, pedestres, ciclistas, animais, demais veículos 
não motorizados. Além disso,ele deve zelar por sua própria segurança, dos passageiros, 
de terceiros e das cargas que estiver transportando. 
Estar alerta à direção significa estar atento aos fatores causadores de acidentes e 
possuir a habilidade de reconhecê-los instantaneamente e de reagir e agir contra os 
mesmos. O condutor alerta vê tudo à sua frente, e atrás, pelos espelhos retrovisores, e 
ainda o que ocorre nas laterais de seu veículo, podendo tomar as medidas de segurança 
necessárias. 
1.5 Previsão
Prever é antecipar situações de perigo, sejam elas mediatas ou 
imediatas. Se você consegue prever o que pode acontecer em 
uma viagem e se prepara para isso, você faz uma previsão 
mediata. Se você enfrenta a rotina do trânsito e antecipa uma 
possível situação de perigo, esta é uma previsão imediata.
Ser preventivo significa lembrar-se, por exemplo, de verificar as condições do veículo 
antes de uma viagem. Um motorista descuidado pode enfrentar sérios problemas, pois 
não há habilidade na direção que contorne uma falha mecânica.
1.6 Decisão
Uma boa decisão implica no conhecimento das alternativas que se apresentam em uma 
determinada situação no trânsito, bem como a capacidade de se fazer uma escolha 
inteligente de manobra, a tempo de evitar acidentes.
112
No momento da situação de risco não pode haver hesitação, sob risco de não se tomar 
a decisão certa e se envolver em acidentes. A ação correta é a principal ferramenta da 
direção defensiva, numa combinação baseada no conhecimento, atenção e previsão. 
1.7 Habilidade
Você consegue frear rapidamente? Sabe como se desviar de obstáculos sem perder o 
controle do veículo? O que fazer em caso de pane elétrica?
A habilidade se desenvolve por meio do aprendizado e do desenvolvimento constante 
dos automatismos corretos. Teoricamente, quanto mais um indivíduo desenvolve 
uma ação, mais qualificado ele estará. Porém, esta regra não pode ser considerada 
para o condutor, pois, a dinâmica do trânsito na prática da direção veicular faz com 
que ele adquira de maneira inconsciente gestos ou ações incorretas, chamadas de 
automatismos incorretos.
Adquirir habilidades para conduzir um veículo significa conhecer o veículo e seus 
equipamentos, ter recebido correto e cuidadoso treinamento para manusear os 
controles e saber efetuar com sucesso todas as manobras necessárias em cada situação 
de risco.
 g Assista, através do link a seguir, a um vídeo do Programa Brasil Caminhoneiro sobre direção defensiva. Confira! 
https://www.youtube.com/watch?v=H4xl7oJeHPU
2 Comportamento de Risco e Comportamento Seguro
Para Mariuza e Garica (2010) e Hoffmann & Alchieri (2003), algumas ações favorecem 
a inclusão do condutor em um comportamento de risco, considerado prejudicial ao 
trânsito, direta ou indiretamente:
113
• Não acionar freio de estacionamento;
• Dirigir com o pé sobre a embreagem, prejudicando a vida útil do sistema;
• Não usar cinto de segurança ou deixar de solicitar aos ocupantes do veículo que 
o façam;
• Dirigir com apenas uma das mãos 
(falar ao celular, mão para fora do 
veículo, mão sobre a alavanca do 
câmbio, manuseio constante do 
rádio, não olhar para frente com a 
devida atenção);
• Não regular os espelhos 
retrovisores, criando “pontos 
cegos”;
• Deixar de sinalizar mudança de direção;
• Acionar a embreagem antes do freio, desfavorecendo o uso do freio motor;
• Realizar leitura ao dirigir (jornais, revistas, mapas, propaganda);
• Não regular o assento (distância, inclinação e postura);
• Fumar dirigindo;
• Ingerir bebidas (refrigerante, café, suco, água de coco);
• Usar o telefone celular ao dirigir, mesmo que seja no modo viva voz;
• Assistir à televisão ou DVD a bordo enquanto dirige;
• Ouvir aparelho de som em volume que não permita escutar os sons do seu 
próprio veículo ou dos outros veículos;
• Transportar animais soltos e desacompanhados no interior do veículo;
• Transportar na cabine ou sobre os bancos objetos que possam deslocar-se 
durante o percurso;
114
 h
Geralmente, nós não conseguimos manter nossa atenção 
durante o tempo todo enquanto dirigimos. Constantemente, 
somos levados a pensar em outras coisas, sejam elas importantes 
ou não. Concentre-se no ato de dirigir, acostumando-se a 
observar sempre e alternadamente enquanto dirige: 
 
• As informações no painel e os sinais luminosos; 
 
• Os espelhos retrovisores; 
 
• A movimentação de outros veículos em todas as direções; 
 
• A movimentação dos pedestres, em especial próximo aos 
cruzamentos; e 
 
• A posição de suas mãos no volante.
Agora, de acordo com Mariuza e Garica (2010) e Hoffmann & Alchieri (2003), para um 
comportamento seguro, o motorista:
• Sabe que, ao sentar-se ao volante você está correndo algum risco;
• Diante desse risco, assume a atitude de reduzi-lo, em vez de contar com a sorte; 
e
• Ao optar por reduzir os riscos, decide assumir o controle da situação.
No volante do veículo ao lado, pode estar um motorista despreparado, agressor ou 
distraído. Ele pode ser um condutor que dirige criando situações que contribuem para 
aumentar o caos do trânsito, colocando em risco a vida de quem se depara com ele.
115
3 Atitudes que Podem Evitar Acidentes com Pedestres e 
Outros Integrantes do Trânsito 
De acordo com Cardo (2015), Pechansky et al. (2010) e Günther (2015), o método básico 
de prevenção de acidentes deve ser utilizado para o desenvolvimento de qualquer 
atividade do dia a dia que envolva riscos. Basicamente, o método consiste em três 
ações interligadas descritas a seguir.
3.1 Preveja o Perigo
A previsão de situações de risco, que indicam a possibilidade de que os acidentes 
aconteçam, deve ser efetuada com antecedência, podendo ser de horas, dias, ou até 
semanas, caracterizando a previsão mediata. 
3.2 Descubra o Que Fazer
A mesma falha que provoca um acidente leve pode causar um acidente fatal. Isso 
quer dizer que os acidentes, mesmo os pequenos, merecem ser revistos, analisando-
se o tipo de erro cometido para afastar a possibilidade de repetição. Muitas vezes, o 
acidente ocorre porque o motorista não agiu em tempo, não sabia como se defender, 
ou, ainda, que desconhecia o perigo.
116
3.3 Aja a Tempo 
Além de estar consciente sobre as atitudes que devem ser tomadas, é preciso saber agir 
imediatamente, sem esperar para ver o que vai acontecer. Algumas vezes, os acidentes 
ocorrem porque o motorista conta com a atitude dos outros e tem a expectativa de 
que os demais conheçam e respeitem as regras de trânsito.
Resumindo 
 
Vimos que dirigir preventivamente é conduzir o veículo procurando evitar 
situações de conflito e acidentes no trânsito; mas isso não basta. 
 
Deve-se ter atitude. Essa atitude envolve, principalmente, a capacidade de 
antecipar possíveis situações de risco e preparando-se para contorná-las. 
Para isso, o condutor defensivo deve conhecer os cinco elementos da 
direção defensiva: conhecimento, atenção, previsão, decisão e habilidade. 
 
É preciso incorporar no nosso dia-a-dia as atitudes preventivas de prever o 
perigo, descobrir o que fazer na hora certa e agir a tempo. E lembre-se de 
que, no volante do veículo ao lado, pode estar um motorista despreparado, 
agressor ou distraído.
117
 a
1) A direção preventiva possui cinco elementos: conhecimento, 
atenção, previsão, decisão e habilidade. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
2) Constituem comportamento de risco do caminhoneiro: 
 
a. ( ) Não acionar freio de estacionamento. 
 
b. ( ) Dirigir com o pé sobre a embreagem, prejudicando a vida 
útil do sistema. 
 
c. ( ) Não usar cinto de segurança. 
 
d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas. 
 
3) O caminhoneiro, em um comportamento seguro, sabe que, 
ao sentar-se ao volante,está correndo algum risco. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
4) O motorista, ao concentrar-se no ato de dirigir, deve 
acostumar-se a observar sempre e alternadamente, exceto: 
 
a. ( ) As informações no painel e os sinais luminosos. 
 
b. ( ) Os espelhos retrovisores. 
 
c. ( ) As promoções anunciadas no rádio. 
 
d.( ) A movimentação de outros veículos em todas as direções.
Atividades
118
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121
UNIDADE 9 | CIRCULAÇÃO E 
CONDUTA NO TRÂNSITO NAS 
RODOVIAS – PARTE 2
122
Unidade 9 | Circulação e Conduta no Trânsito nas 
Rodovias – Parte 2
 d
Você sabe o que é uma condição adversa?Tem conhecimento 
que as condições adversas interferem nas vias, no comportamento 
e nos veículos? 
Às vezes, nem sempre são as rodovias que estão com problemas. O veículo e até o próprio 
condutor podem alojar a causa da ocorrência de acidentes. Por isso, é importante conhecer 
cada um desses elementos.
Continuando nosso estudo, abarcaremos sobre as condições adversas presentes nas 
estradas, veículos e condutores, bem como das relações existentes entre o fator humano 
e os acidentes de trânsito.
123
1 Condições Adversas Presentes nas Estradas
De acordo com Cardo (2015) e DENATrAN (2015), muitos 
acidentes são causados por situações adversas, que são aquelas 
situações contrárias ao desejado ou esperado. Para evitar 
acidentes, o caminhoneiro precisa estar preparado para 
reconhecer essas condições e empregar técnicas de direção 
preventiva. 
1.1 Condições Adversas de Luminosidade
Para Cardo (2015) e DENATrAN 
(2015), a luz deficiente ou em excesso 
afeta a nossa capacidade de ver ou 
de sermos vistos, seja ela natural ou 
artificial. Sem que o motorista tenha 
condições de ver ou de ser visto 
perfeitamente, há um risco muito 
grande de ocorrerem acidentes. Pode 
haver ofuscamentoda visão causado 
pelo farol alto de um veículo que vem 
em sentido contrário ou pela luz solar 
incidindo diretamente nos olhos do condutor. 
Quando estiver conduzindo em rodovias, opte por deslocar-se com o farol baixo aceso, 
assim você contribui para que os outros motoristas possam identificá-lo com facilidade.
124
 h
Tome cuidado com o uso indevido dos faróis. A vista humana 
pode levar até 7 segundos para se recuperar de um ofuscamento. 
Um veículo a uma velocidade de 80 km/h percorre uma distância 
superior ao tamanho de um campo de futebol antes que seu 
condutor recupere a visão plena. Lembre-se: o alcance do farol 
alto de seu veículo é de, aproximadamente, 120 metros.
No período noturno, ocorre uma redução da visibilidade e, em função disso, o motorista 
deve conduzir com velocidade menor e aumentar a distância de segurança. É importante 
tomar cuidados especiais ao dirigir nos períodos noturnos, pois a visibilidade humana 
nessas circunstâncias fica reduzida para 1/6 em relação à capacidade visual durante o 
dia.
1.2 Condições Adversas de Tempo ou Clima
Na lição de Cardo (2015) e DENATrAN (2015), a ocorrência de chuva, granizo, vento 
forte e neblina afetam a percepção e o controle do veículo e grande parte dos acidentes 
ocorre em dias chuvosos. Isso acontece porque, com a chuva, a pista fica escorregadia. 
Ao dirigir com pista molhada ou em dias chuvosos - independentemente da quantidade 
de água na pista - diminua a velocidade, aumente a distância de outros veículos, não 
utilize o freio, nem tampouco mude de direção bruscamente.
Com a pista molhada, pode ocorrer o que se chama de 
aquaplanagem ou hidroplanagem, que consiste na perda de 
controle do veículo em decorrência da diminuição do atrito e da 
diminuição da aderência dos pneus ao solo. A falta de contato 
dos pneus com a pista faz com que o veículo derrape e o condutor 
perca seu controle, podendo causar um acidente. 
125
Além das condições de chuvas, os condutores podem enfrentar situações de ventos 
fortes. Se os ventos forem transversais, o condutor deverá abrir os vidros e reduzir a 
velocidade e se os ventos forem frontais, deverá reduzir a velocidade, segurando com 
firmeza o volante.
 g Assista, pelo link a seguir, à reportagem que trata das condições adversas devido ao tempo e veja quais os melhores procedimentos indicados. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=8O1Gqrf6vw8 
Durante o inverno, as estradas podem ser invadidas por neblina, que exige dos 
condutores mais atenção. Analise as sugestões que visam reduzir o risco de acidentes 
nesta condição adversa:
 h
• Acenda os faróis (luz baixa), mesmo durante o dia, caso não 
disponha de faróis de neblina; 
 
• Reduza a velocidade, mantendo ritmo constante, sem 
acelerações ou reduções bruscas; 
 
• Redobre a atenção; 
 
• Não use luz alta; 
 
• Nunca trafegue com o pisca alerta ligado, exceto em caso de 
emergência ou se a via assim o permitir; 
 
• Caso se faça necessário parar no acostamento, aí sim, deve 
ligar o pisca alerta; e 
 
• Evite ultrapassagens. 
 
As orientações para a condução em neblina servem também 
para o caso de fumaça na estrada. Caso você perceba a presença 
de um foco de incêndio, avise a polícia rodoviária assim que 
possível.
126
1.3 Condições Adversas na Via
O desenho geométrico, a largura, o tipo e o estado da pavimentação da pista é que 
definem as velocidades máximas indicadas para cada via. As vias nem sempre estão em 
bom estado de conservação ou sinalizadas adequadamente, por isso o condutor deve 
estar sempre atento a fim de evitar acidentes (CARDO, 2015; DENATrAN, 2015).
1.4 Condições Adversas de Tráfego
As condições de tráfego envolvem os 
demais usuários da via e o condutor deve 
estar atento aos congestionamentos ou 
trânsito lento resultantes do excesso 
de veículos e ao trânsito rápido, por que 
muitos motoristas ignoram a distância 
de segurança e, ocorrendo alguma 
adversidade, não conseguem parar o 
veículo a tempo, provocando colisões ou 
mesmo os chamados engavetamentos 
(CARDO, 2015; DENATrAN, 2015).
 h
Seu caminhão possui dimensões superiores aos demais veículos. 
Com isso, você precisa de maior espaço e tempo para executar 
suas manobras. Portanto considere com atenção os pontos 
cegos, existentes em seu veículo antes de efetuar qualquer 
manobra.
127
1.5 Condições Adversas dos Veículos
Consoante Cardo (2015) e DENATrAN (2015), manter o caminhão em bom estado de 
conservação é um dever compartilhado pela empresa e o motorista. Dessa forma, faça 
ou solicite que seja feita a manutenção preventiva ou corretiva. São procedimentos 
que podem reduzir prejuízos: 
• Calibre os pneus de acordo com a indicação do manual do fabricante;
• Esteja atento para o peso da carga a ser transportada;
• Faça o rodízio dos pneus;
• Faça a manutenção preventiva de todo o veículo. Amortecedores, molas, freios, 
rolamentos, eixos e rodas atuam diretamente sobre os pneus;
• Siga as medidas de rodas e pneus indicadas pelo fabricante do veículo. Alterações 
nessas medidas causam instabilidade ao veículo e prejudicam o perfeito 
funcionamento do sistema de suspensão;
• Alinhe o sistema de direção e suspensão e balanceie os pneus conforme indicações 
do fabricante do veículo;
• Observe periodicamente o desgaste da banda de rodagem (TWI). Este indicador 
existe em todos os pneus e permite verificar o momento adequado de efetuar 
sua troca.
• Evitar o contato do pneu com derivados de petróleo e/ou solventes. Estes 
produtos atacam a borracha, reduzindo sua vida útil; e
• Evite dirigir de forma agressiva, com freadas fortes e mudanças bruscas de 
direção. Cuidado com lombadas, buracos e imperfeições na pista.
128
1.6 Condições Adversas dos Condutores 
Para Dualibi et al. (2012) e Cristo (2012), as condições físicas e mentais são 
muito importantes, pois são elas que alteram o modo de dirigir do condutor e seu 
desempenho. Contam fatores físicos como: fadiga, capacidade de atenção, audição e 
visão. E fatores mentais e emocionais como: inexperiência, familiaridade com a via, 
excitação ou depressão. Essas características levam o motorista a dirigir com pressa ou 
sem atenção, com raiva, ira, calor, frustração e insegurança. 
1.6.1 Fadiga e Sono
Um motorista cansado não tem condições de dirigir com segurança. O cansaço e o 
sono, muitas vezes, são mais fortes do que a capacidade de permanecer acordado e o 
condutor adormece sem perceber. Muitas vezes, o caminhoneiro realiza longas viagens 
durante o período noturno e não descansa corretamente durante o dia. 
 e
Lembre-se que é importante descansar nos momentos de folga 
para poder dirigir com tranquilidade durante o tempo de 
direção.
1.6.2 Álcool
Para dirigir com segurança, o motorista precisa estar com boas condições físicas e 
mentais. O álcool, ao contrário do que se imagina, é uma droga depressora do sistema 
nervoso. 
Quando ingere bebida alcoólica, o motorista pode se envolver mais facilmente em 
acidentes, pois o álcool afeta o cérebro, diminuindo o senso de cuidado, torna mais 
lentos os reflexos, prejudica a visão e a audição, enfim, compromete toda a capacidade 
para dirigir.
129
1.6.3 Drogas e Medicamentos
A automedicação é uma prática prejudicial à saúde, pois pode acarretar sérias 
consequências ao organismo e atrapalhar o ato de dirigir. Como o caminhoneiro 
normalmente está nas estradas, longe de casa, ele adia a ida ao médico, mesmo quando 
não se sente bem, comprometendo a saúde. Por conta própria, ele muitas vezes recorre 
à automedicação.
 h Mas, atenção! Não se deve tomar medicamentos sem prescrição médica.
1.6.4 Aspectos Psíquicos
As pessoas diferem muito entre si quanto aos aspectos psíquicos, e estes influenciam 
bastantena maneira de ser e agir das pessoas. Alguém que passou por uma emoção 
muito forte, como, por exemplo, o falecimento de uma pessoa querida, poderá ter o 
seu comportamento alterado.
Há pessoas que se irritam com mais facilidade no trânsito, outras são mais tranquilas. Há, 
ainda, aquelas que não se deixam abalar por fatos desagradáveis. Mas, independente 
do tipo psíquico do indivíduo, uma coisa é certa: ao dirigir irritado, nervoso ou sob 
emoções fortes, o motorista pode causar acidentes.
130
2 Relações Existentes entre o Fator Humano e os Acidentes 
de Trânsito
Você já parou para refletir no quanto seu trabalho exige equilíbrio emocional? Essa 
exigência está muito acima do que se espera de um motorista comum. 
Motoristas que dirigem por longas distâncias estão sujeitos a extenuante carga de 
trabalho, aos desgastes emocionais produzidos pelas adversidades nos ambientes de 
serviço e ao pouco ou nenhum contato com os colegas. Somando-se a isso, os 
trabalhadores de transporte de cargas são obrigados a conviver com os riscos dos 
assaltos, dos roubos de cargas, além da imprudência no trânsito – o que os leva ao 
estresse (GRISTEC, 2015; FUNENSEG, 2015).
Estresse ou stress (em inglês) é o conjunto de reações do 
organismo a agressões de ordem física, psíquica, infecciosa e 
outras, capazes de perturbar o equilíbrio do nosso corpo. 
 h
Algumas dicas que o motorista pode aplicar no dia a dia, 
mudando seu estilo de vida, e que podem evitar o estresse: 
 
• Alimentar-se de maneira saudável, evitando longos períodos 
sem se nutrir; 
 
• Não faça uso de tranquilizantes e medicamentos sem 
orientação médica; 
 
• Evite o fumo, café e bebidas alcoólicas; 
 
• Mantenha atividade física periódica, com orientação 
profissional; 
 
• Programe seus descansos e tire férias anuais; 
131
• Não abandone atividades de lazer e momentos com sua 
família; 
 
• Durma o suficiente para seu descanso; 
 
• Procure conhecer seu organismo, não ultrapassando os limites.
Resumindo 
 
O trânsito é parte da sua vida e do seu sustento. É nele que você passa a 
maior parcela do dia, e onde seu comportamento pode tanto ser sua própria 
defesa quanto transformar-se em causa de acidentes. 
 
A saúde física e mental dos caminhoneiros é, certamente, reflexo das 
condições de trabalho e de vida. Procure manter a serenidade e o controle 
sobre as situações que você enfrenta no cotidiano. 
 
Um inadequado comportamento de vida afeta decisivamente sua saúde, 
diminuindo a produtividade no trabalho e podendo causar acidentes 
graves.
132
 a
1) Com a pista molhada, pode ocorrer o que se chama de 
aquaplanagem ou ferroplanagem. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
2) São exemplos de ações que visam reduzir o risco de 
acidentes na ocorrência de neblina nas vias: 
 
a. ( ) Acender os faróis (luz baixa), mesmo durante o dia. 
 
b. ( ) Reduzir a velocidade, mantendo ritmo constante. 
 
c. ( ) Redobrar a atenção. 
 
d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas. 
 
3) Alimentar-se de maneira saudável, evitando longos 
períodos sem se nutrir não contribui para a redução do 
estresse dos caminhoneiros. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
4) Os procedimentos abaixo listados contribuem para reduzir 
as condições adversas dos veículos, exceto: 
 
a. ( ) Calibrar os pneus de acordo com a indicação do manual 
do fabricante. 
 
b. ( ) Estar atento para o peso da carga a ser transportada. 
 
c. ( ) Evitar o rodízio dos pneus. 
 
d.( ) Fazer a manutenção preventiva de todo o veículo.
Atividades
133
Referências
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rodoviários automotores – Qualificação de mecânico de manutenção. São Paulo, 2009.
______. NBR 14889:2002 Veículos rodoviários automotores em manutenção – 
Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em regulagem de motores ciclo 
Diesel. São Paulo, 2002.
______. NBR 14778:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, 
diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de freios. São Paulo, 2001.
______. NBR 14779:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, 
diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de direção. São Paulo, 2001.
______. NBR 14780:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, 
diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de suspensão. São Paulo, 2001.
______. NBR 14781:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, 
diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de exaustão. São Paulo, 2001.
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134
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135
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Noções de 
Direção Segura 
para 
Caminhonieros
MÓDULO 5
137
UNIDADE 10 | MANUTENÇÃO 
PERIÓDICA E PREVENTIVA 
138
Unidade 10 | Manutenção Periódica e Preventiva 
 d
Quais os objetivos da manutenção preventiva? Quais os itens 
principais do caminhão devem ser verificados? Você sabe que 
deve verificar cada um deles?
A manutenção veicular é um dos fatores que contribuem para a redução dos custos 
operacionais, melhoria das condições de segurança e para a conservação do meio ambiente. 
Lembre-se: o caminhão não é apenas um veículo. Ele é o seu principal instrumento de 
trabalho.
Nesta Unidade, vamos abordar a manutenção preventiva e os seus principais elementos, 
indo do motor a carroceria, passando pelos pneus, até chegar aos vazamentos.
139
1 A Manutenção Preventiva
A manutenção preventiva é aquela efetuada periodicamente, 
com o objetivo de garantir o perfeito e contínuo funcionamento 
do veículo a partir de procedimentos que diminuam a chance de 
quebra ou mau funcionamento. (PEREIRA, 2010; FILHO, 2010)
Os tipos de manutenção preventiva mais comuns são: 
• Manutenção sistemática: também chamada de manutenção programada. É realizada 
de acordo com o tempo de uso do equipamento, obedecendo a intervalos fixos.
• Manutenção condicional: executada de acordo com o estado do equipamento, 
quando e sempre que verificado algum sintoma de falha ou desgaste significativo.
Com relação aos principais objetivos da manutenção preventiva, citam-se: 
• Otimizar os insumos garantindo segurança e reduzindo os impactos ambientais;
• Manter o controle histórico da manutenção, aumentando o período de vida útil 
do veículo.
2 Elementos da Manutenção Preventiva
A seguir, relacionam-se alguns itens que 
poderão orientá-lo na manutenção do 
seu veículo. Normalmente, de acordo com 
Valente et al (2008) e Schlüter e Schlüter 
(2005), a manutenção dos caminhões 
é realizada por um setor específico da 
empresa. Porém, muitos cuidados podem 
ser tomados pelo motorista, a fim de 
evitar danos maiores.
140
2.1 Motor e Carroceria
Para Cardo (2015), devem ser inspecionados: os espelhos externos e internos; as 
portas; para choques; bancos; borrachas de vedação; frisos e acabamentos laterais; 
tampas do conjunto de baterias, do motor, traseiras; grade dianteira; e tampas do ar 
condicionado.
2.1.1 Sistema de Arrefecimento (Radiador)
O principal elemento responsável por evitar o exagerado aquecimento do motor é 
o fluido de arrefecimento presente no radiador, que, basicamente, consiste em uma 
mistura de água destilada e aditivos especialmente preparados para esta serventia. 
Esses aditivos ajudam a evitar: o congelamento em ambientes de baixa temperatura; 
a fervura em altas temperaturas; o surgimento de impurezas internas ao motor; e a 
geração de espuma ou borra. 
 h
Durante a inspeção, verifique se o fluido de arrefecimento está 
entre os níveis mínimo e máximo. Não se esqueça de verificar as 
condições da tampa, pois ela também possui válvulas que 
controlam a pressão interna do reservatório. Se houver 
necessidade, complete o radiador com água destilada e aditivo.
2.2 Baterias
De acordo com um fabricante de bateria, o adequado funcionamento de um veículo 
é totalmente dependente das baterias. Por isso, antes de iniciar uma viagem com o 
veículo, deve-se:
• Verificar o nível da água e completá-lo, se necessário;
141
• Lavar as baterias e seu compartimento;
• Verificar a fixação das baterias; e.
• Verificar a fixação de cabos.
2.3 Eixo e Suspensão 
De forma prática, proceda ao indicado na Tabela 4.
Tabela 4: Itens a verificar na manutenção preventiva de eixo e suspensão
Fonte: adaptado de Cardo, 2015.
DIANTEIRA trASEIRA
A fixação dos estabilizadores A fixação dos estabilizadores
A fixação e o estado dos amortecedores
A fixação e o estado das barras 
estabilizadoras
A fixação e a folga na barra de direção A fixação e o estado dos amortecedores
A folga nas mangas de eixo O estado das bolsas de ar
A folga dos cubos de roda
O estado das válvulas reguladoras de 
nível
A espessura das lonas de freio A folga nas mangas de eixo
O funcionamento das catracas de 
acionamento
A folga dos cubos de rodas
O estado das borrachas das cuias de freio A espessura das lonas de freio
A folga nos eixos de acionamento dos 
freios
O funcionamento das catracas de 
acionamento
O estado dos balões de ar
O estado das borrachas das cuícas de 
freios
O estado das válvulas reguladoras de 
nível.
A folga nos eixos de acionamento de 
freios.
142
2.4 Pneumáticos
O conjunto de pneus é responsável pela sustentação do veículo e sua movimentação 
com segurança. Para isso, é importante que as partes do pneu que entram em contato 
com o solo (a banda de rodagem) estejam sempre em perfeita condição. Os sulcos 
devem ter a profundidade mínima de 1,6 mm, suficiente para permitir o escoamento 
da água do centro do pneu para os lados, evitando derrapagens e aquaplanagem.
Os pneus de um caminhão são peças fundamentais para a segurança do motorista e 
dos passageiros. Portanto, as seguintes ações devem ser realizadas:
• Checar a pressão sempre que os pneus estiverem frios; e
• Checar e identificar avarias, como cortes, desgaste ou perfurações.
 g Assista ao vídeo, disponível no link a seguir, que mostra a importância da calibragem correta dos pneus. 
https://www.youtube.com/watch?v=lvGil8KnXeA
A pressão de enchimento deve obedecer àquela indicada pelo fabricante do veículo e 
do pneu. Sua inspeção visual deve ser diária e sua aferição deve ser realizada sempre 
que se realiza o abastecimento de combustível. 
A pressão ideal dos pneus é função do tipo, da aplicação e da quantidade de carga que 
será transportada. A calibragem deve ser realizada com os pneus não aquecidos e deve 
incluir o pneu sobressalente (estepe).
 h
A calibragem com o pneu aquecido pode levar ao erro na leitura, 
pois a maior agitação das moléculas de ar dentro do pneu em 
função da temperatura,normalmente, provocará aumento na 
informação da pressão.
143
2.4.1 Pneu Recapado e Pneu Remoldado
Consoante Cardo (2015), no pneu recapado, é inserida borracha 
que “encapa” a banda frontal ou superior, ou ainda de rodagem, 
e uma pequena parcela da banda lateral do pneu. A carcaça e a 
borracha entram em moldes que contêm o desenho da banda de 
rodagem do pneu. Esses moldes exercem pressão sobre o pneu 
e trabalham a aproximadamente 150 graus Celsius. 
 
Já, no pneu remoldado, a borracha encapa a banda de rodagem 
e toda a lateral do pneu. Nesse caso, uma quantidade maior de 
borracha é aplicada ao pneu. 
A maior desvantagem do remoldado é a dificuldade de identificar a “carcaça” (marca) 
original do pneu, uma vez que a borracha envolve toda a lateral do pneu. Assim, você 
pode estar utilizando pneus com diferentes projetos e/ou estruturas em seu caminhão, 
podendo ocasionar prejuízos.
 h
Seja qual for o tipo de modelo utilizado em seu caminhão, 
verifique sempre o Selo de Certificação de Qualidade do 
Inmetro.
Para manutenção preventiva, recomenda-se:
• Verifique a calibragem uma vez por semana;
• Faça o rodízio a cada 10 mil quilômetros, aliado ao alinhamento de rodas e 
direção; e
• Não adie a troca de pneus. Quando a borracha atingir a marca de desgaste, é a 
hora de trocar. 
144
2.5 Transmissão e Conjunto Acelerador
De acordo com a Alisson Transmissões (2015), é necessário realizar o reaperto de todos 
os parafusos de fixação e acoplamento de cruzetas.
Durante as inspeções do conjunto acelerador, é necessário checar:
• A folga nos terminais (ponteiros);
• O encosto da alavanca no batente da bomba (aceleração máxima);
• O lacre na bomba e no regulador; e
• O estrangulador do motor.
Para o comando do freio motor, devem-se corrigir e reapertar:
• A folga nos terminais;
• A folga no eixo da borboleta;
• O distanciamento e empenos nas hastes; e
• O funcionamento do corte de combustível.
145
2.6 Filtros de Óleos
Na manutenção dos pré-filtros, é 
necessário desmontá-los, limpando-se 
os copinhos e verificando-se a pressão. 
Deve-se verificar o nível do óleo nos 
reservatórios sempre com o motor em 
funcionamento. E deve ser realizado o 
controle do óleo:
• Do motor;
• Hidráulico da direção;
• Hidráulico de acionamento de freios;
• Hidráulico de acionamento de embreagem;
• Da caixa de marcha; e
• Do eixo traseiro (diferencial).
Finalmente, há necessidade de lubrificação do chassi, sempre utilizando o plano de 
lubrificação específico do tipo e do modelo do veículo utilizado.
2.7 Faróis, Lanternas e Luzes de Advertência
Os fabricantes de faróis recomendam que, antes de qualquer viagem, verifique se estes 
estão bem regulados e se as lanternas traseiras e luzes de freios estão funcionando. As 
lanternas, os faróis e as luzes de advertência são itens importantes para praticar uma 
direção segura. Se eles apresentarem defeito, podem prejudicar ou impedir o controle 
em uma situação de emergência, colocando em risco a sua vida e a de outras pessoas.
146
2.8 Vazamentos
Para Cardo (2015), uma das principais causas inesperadas de quebra dos veículos são 
os vazamentos dos fluidos e/ou líquidos. Antes de acionar o veículo, em especial após 
um razoável tempo parado, o motorista deve observar por baixo do veículo se há 
marcas ou vestígios de vazamentos, bem como, em caso positivo, que tipo de fluido 
e/ou líquido vazou. Caso seja confirmado o vazamento, e a quantidade vazada seja 
considerável, o veículo não deve ser ligado e, imediatamente, deve ser submetido a 
uma manutenção corretiva.
Ao verificar a parte de baixo e de cima do motor, observe as mangueiras, as juntas, os 
retentores e, caso haja algum vazamento, providenciar o encaminhamento à oficina 
para reparação. 
Resumindo 
 
A manutenção preventiva com a realização das inspeções e ações periódicas 
é fundamental para o bom funcionamento do veículo. 
 
Além disso, o condutor deve sempre verificar se a carga está acondicionada 
e amarrada corretamente e se não existe sobrecarga de peso nos eixos e 
em todo o veículo. 
 
O hábito de fazer a checagem nos itens de segurança poupa tempo e 
recursos financeiros com manutenção corretiva.
147
 a
1) Para a manutenção preventiva dos pneus, recomenda-se 
realizar o rodízio periódico, aliado ao alinhamento de rodas e 
direção. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
2) No que diz respeito à manutenção das baterias, antes de 
iniciar uma viagem com o veículo, deve-se, exceto: 
 
a. ( ) Verificar o nível da água e completá-lo, se necessário. 
 
b.( ) Lavar as baterias e seu compartimento. 
 
c. ( ) Verificar a fixação das baterias. 
 
d. ( ) Não verificar a fixação de cabos, porque já vêm fixos da 
fábrica. 
 
3) O controle de óleo deve ser realizado apenas para o motor 
e da caixa de marcha. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
4) Durante as inspeções do conjunto acelerador, é necessário 
checar: 
 
a. ( ) A folga nos terminais (ponteiros). 
 
b. ( ) O encosto da alavanca no batente da bomba (aceleração 
máxima). 
 
c. ( ) O lacre na bomba e no regulador. 
 
d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
Atividades
148
Referências 
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Gabarito
Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4
Unidade 1 E B C D
Unidade 2 E D E D
Unidade 3 E B C D
Unidade 4 E B D C
Unidade 5 E D C D
152
Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4
Unidade 6 C B E D
Unidade 7 E D C B
Unidade 8 C D C C
Unidade 9 E D E C
Unidade 10 C D E C
	Apresentação
	Módulo 1
	Unidade 1 | Conhecimento do Traçado das Vias
	1 Introdução à Direção Segura
	2 Distâncias de Segurança no Trânsito
	3 Traçados da Via e seus Elementos
	Atividades
	Referências
	Unidade 2 | Direção Segura
	1 Como se Tornar Praticante da Direção Segura? 
	2 O Comportamento do Motorista Praticante da Direção Segura 
	3 As Principais Ações Defensivas do Motorista Profissional
	4 Preparando-se para os Congestionamentos 
	Atividades
	Referências
	Unidade 3 | sinalização Viária
	1 Sinalização Vertical
	1.1 Sinalização de Regulamentação
	1.2 Sinalização de Advertência
	1.3 Sinalização de Indicação
	2 Sinalização Horizontal
	3 Dispositivos Auxiliares
	4 Sinalização Semafórica
	5 Outros Tipos de Sinalização 
	Atividades
	Referências
	Módulo 2
	Unidade 4 | Legislação: Trânsito, Rodovias e Veículos – Parte 1
	1 Legislação de Trânsito
	2 Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas
	2.1 A Lei nº 11.442/2007
	2.2 A Resolução ANTT nº 4.799/2015
	2.3 A Lei nº 12.619/2012
	2.4 A Resolução ANTT nº 420/2004
	3 O Registro Nacional dos Transportadores Rodoviários de Carga (RNTrC) 
	4 O Motorista Profissional 
	5 Transporte Rodoviário Internacional de Cargas (TRIC)
	6 Combinações de Veículos de Transporte de Carga (CVC)
	7 Vale-Pedágio Obrigatório
	Atividades
	Referências
	Unidade 5 | Legislação: Trânsito, Rodovias e Veículos – Parte 2
	1 Responsabilidades no Transporte Rodoviário de Cargas
	1.1 Responsabilidades referentes ao Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
	1.2 Responsabilidades Referentes ao RNTRC
	2 Responsabilidades Referentes ao Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos
	3 Responsabilidades Referentes ao Transporte Rodoviário Internacional de Cargas
	4 Responsabilidades Referentes ao Vale-Pedágio Obrigatório
	Atividades
	Referências
	Módulo 3
	Unidade 6 | Pontos Críticos em Rodovias – Parte 1
	1 Afinal, o Que São os Pontos Críticos das Vias? 
	2 Possíveis Problemas nas Rodovias
	2.1 Problemas no Projeto Viário
	2.2 Problemas na Operação Viária 
	2.3 Problemas com a Conservação do Pavimento
	2.4 Problemas com a Sinalização Viária
	Atividades
	Referências
	Unidade 7 | Pontos Críticos em Rodovias – Parte 2
	1 Acidentes que Ocorrem em Pontos Críticos
	1.1 Colisão Traseira
	1.2 Colisão Frontal
	1.2.1 Colisão Frontal nas Retas
	1.2.2 Colisão Frontal nas Curvas
	1.3 Colisão Lateral
	1.4 Colisão com Objeto Fixo
	1.5 Atropelamento de Pessoas 
	1.6 Choque ou Colisão com Animais
	1.7 Tombamento
	1.8 Capotamento
	1.9 Colisão Misteriosa
	2 Comportamento Seguro em Locais Críticos de Acidentes
	2.1 Curvas e Terrenos Acidentados
	2.2 Ultrapassagens
	Atividades
	Referências
	Módulo 4
	Unidade 8 | Circulação e Conduta no Trânsito nas Rodovias – Parte 1
	1 Entendendo o Que É Dirigir Preventivamente
	1.2 Elementos da Direção Preventiva 
	1.3 Conhecimento
	1.4 Atenção
	1.5 Previsão
	1.6 Decisão
	1.7 Habilidade
	2 Comportamento de Risco e Comportamento Seguro
	3 Atitudes que Podem Evitar Acidentes com Pedestres e Outros Integrantes do Trânsito 
	3.1 Preveja o Perigo
	3.2 Descubra o Que Fazer
	3.3 Aja a Tempo 
	Atividades
	Referências
	Unidade 9 | Circulação e Conduta no Trânsito nas Rodovias – Parte 2
	1 Condições Adversas Presentes nas Estradas
	1.1 Condições Adversas de Luminosidade
	1.2 Condições Adversas de Tempo ou Clima
	1.3 Condições Adversas na Via
	1.4 Condições Adversas de Tráfego
	1.5 Condições Adversas dos Veículos
	1.6 Condições Adversas dos Condutores 
	1.6.1 Fadiga e Sono
	1.6.2 Álcool
	1.6.3 Drogas e Medicamentos
	1.6.4 Aspectos Psíquicos
	2 Relações Existentes entre o Fator Humano e os Acidentes de Trânsito
	Atividades
	Referências
	Módulo 5
	Unidade 10 | Manutenção Periódica e Preventiva 
	1 A Manutenção Preventiva
	2 Elementos da Manutenção Preventiva
	2.1 Motor e Carroceria
	2.1.1 Sistema de Arrefecimento (Radiador)
	2.2 Baterias
	2.3 Eixo e Suspensão 
	2.4 Pneumáticos
	2.4.1 Pneu Recapado e Pneu Remoldado
	2.5 Transmissão e Conjunto Acelerador
	2.6 Filtros de Óleos
	2.7 Faróis, Lanternas e Luzes de Advertência
	2.8 Vazamentos
	AtividadesReferências 
	Gabarito

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