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Convergência do Método de Newton-Raphson Para o Método de Newton-Raphson podemos usar o mesmo teorema que garante as condições suficientes para a convergência do Método das Aproximações Sucessivas, já que ele é um caso particular deste. Entretanto, sua própria construção, ou seja o modo como obtivemos a fN , tinha por meta garantir que | f'N | < 1 numa vizinhança em torno da raiz, já que o que foi imposto é que f'N = 0, na raiz. Logo, apesar de podermos verificar as hipóteses do teorema do ponto fixo para a função fN a análise de convergência será feita através do teorema da convexidade. Antes de enunciarmos as condições que garantes a convergência, vamos analisar graficamente duas situações em que o Método de Newton-Raphson não converge e comparar com os exemplos usados para a descrição do método, onde todas as sequências eram convergentes e tentar identificar as diferenças nas duas situações. Analisando alguns "comportamentos" das iteradas do Método de Newton-Raphson. Considere a função f, como na figura ao lado (que parece uma montanha russa) que possui um único zero isolado. Vamos supor também que a sequência foi gerada pelas iteradas da função definida pelo Método de Newton-Rapshon. A infeliz escolha de x0, está levando a um comportamento "imprevisível" das iteradas. Na verdade, não podemos afirmar que esta sequência nunca convergirá para a raiz, mas certamente este fenômeno não nos deixa concluir que a partir de algum momento ela convergirá. Lembre-se que estamos atrás de garantir a convergência a priori. No caso desta segunda situação é mais fácil identificar que a sequência não está convergindo para a raiz, pois ela oscila entre dois valores xo e x1. Observamos que no caso dos exemplos gráficos (que estão na página da dedução do MNR) onde as sequências todas convergiam, o gráfico da função f mantinha determinadas características em sua concavidade e isso garantia a convergência. Garantindo a convergência no Método de Newton-Raphson Teorema da convexidade (convergência do Método de Newton-Raphson) Seja f: [a,b] -> [a,b] subintervalo de R, duas vezes diferenciável, com derivada de segunda ordem f " contínua. Suponha que i) f(a).f(b) <0; ii) f '(x) ¹0 para todo x [a,b]; iii) f " não troca de sinal em [a,b]. Então, a sequência das iteradas gerada pelo Método de Newton-Raphson ou de forma equivalente xk+1 = xk - f(xk)/f '(xk) converge para a única raiz a de f, isolada em [a,b], se x0 em [a,b] for escolhido convenientemente. Uma escolha conveniente do chute inicial, significa escolher x0 = a, o extremo esquerdo, se fN(a) pertence a [a,b] , ou x0 = b caso f(a) não pertença a [a,b]. Para provar que uma função fN gera uma sequência convergente para uma raiz a da função f(x), as seguintes etapas devem ser observadas e justificadas: 1 )ISOLAR A RAIZ a: deve provar que a raiz está isolada e é única num intervalo [a,b], utilizando os resultados teóricos que aprendeu no Cálculo Diferencial sobre funções; 2 )VERIFICAR OS 3 ITENS (i), (ii) e (iii) DO TEOREMA DA CONVEXIDADE: i) f(a).f(b) < 0: ao isolar a raiz esta verificação já deve ter sido feita. ii) f '(x) ¹0 para todo x [a,b]: calcular a derivada da f e mostrar que não se anula em [a,b]. iii) f " não troca de sinal em [a,b]: calcular a derivada de segunda ordem da f e mostrar que ela é estritamente positiva (ou negativa) em [a,b]. 3) CONSTRUIR A FUNÇÃO f, DO MÉTODO DE NEWTON-RAPHSON: 4 ) ESCOLHER O CHUTE INICIAL x0 CONVENIENTE x0 = a, se f(a) [a,b] ou x0 = b, se f(b) [a,b] 5) PRECISÃO PRÉ-FIXADA Para garantir uma precisão pré-fixada, efetuar 3 iteradas para identificar o tipo de sequência: crescente, decrescente ou oscilante. Após verificar o tipo de sequência, aplicar o algoritmo correspondente.
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