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Introdução às Publicações de Manutenção em Equipamentos Aeronáuticos SEST – Serviço Social do Transporte SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte ead.sestsenat.org.br CDU 656.7 87 p. :il. – (EaD) Curso on-line – Introdução às Publicações de Manutenção em Equipamentos Aeronáuticos – Brasília: SEST/SENAT, 2016. 1. Equipamento aeronáutico - manutenção. 2. Transporte aéreo. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. 3 Sumário Apresentação 6 Unidade 1 | Publicações Técnicas 8 1 Importância das Publicações Técnicas para a Manutenção 9 1.1 Tipologia de Publicações Aeronáuticas 10 1.2 Publicações Digitais e Impressas 11 1.2.1 Atualizações e Registros 12 1.2.2 Acondicionamento e Arquivamento 12 1.3 Formas de Distribuição e Aquisição de Informações e Publicações Técnicas 13 Glossário 15 Atividades 16 Referências 17 Unidade 2 | Manuais 19 1 Manual de Manutenção 20 1.1 Manual de Diagramas 21 1.2 Manual de Manutenção do Motor 23 2 Manual de Revisão Geral 24 3 Manual de Reparos Estruturais 25 4 Catálogo Ilustrado de Peças 27 Glossário 29 Atividades 31 Referências 32 Unidade 3 | Diretivas Técnicas 34 1 Diretivas Técnicas Aplicadas à Aviação 35 2 Documentos de Serviço 37 2.1 Boletins de Serviço 38 4 2.2 Cartas de Serviço 39 2.3 Boletins Informativos 39 2.4 Boletins de Alerta de Serviço 40 2.5 Revistas e Periódicos 41 3 Fichas de Manutenção e Ordens de Engenharia 41 Glossário 43 Atividades 44 Referências 45 Unidade 4 | Sistema de Registro 47 1 Registro de Informações de Operação e Manutenção 48 2 Diário de Bordo 49 3 Cadernetas de Manutenção 51 4 Controle de Itens Instalados em Aeronaves 54 5 Registro de Itens Controlados 55 Glossário 56 Atividades 57 Referências 58 Unidade 5 | Certificação de Aeronavegabilidade e Regulamentos Aplicáveis 60 1 Diretrizes de Aeronavegabilidade 61 1.1 Diretrizes de Aeronavegabilidade Emitidas pela Anac e ou porÓrgãos Internacionais 62 1.2 Instrução de Aeronavegabilidade Continuada 64 2. Segurança de Voo 64 3 Órgãos Reguladores e Fiscalizadores 66 3.1 Agência Nacional de Aviação Civil 66 3.2 Federal Aviation Administration 67 4 Certificado de Aprovação de Produtos Aeronáuticos 68 5 4.1 Certificado de Tipo 69 4.2 Certificado Suplementar de Tipo 70 Atividades 72 Referências 73 Unidade 6 | Sistema ATA 100 75 1. Histórico do Sistema 76 2 Estrutura Organizacional do Sistema 77 2.1 Orientações de Acessibilidade e de Consulta de Informações 78 Atividades 83 Referências 84 Gabarito 86 6 Apresentação Prezado(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) ao curso Introdução às Publicações de Manutenção em Equipamentos Aeronáuticos! Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e ajudar na compreensão do conteúdo. O curso possui carga horária total de 20 horas e foi organizado em 6 unidades, conforme a tabela a seguir. Unidades Carga Horária Unidade 1 | Publicações Técnicas 3h Unidade 2 | Manuais 3h Unidade 3 | Diretivas Técnicas 5h Unidade 4 | Sistema de Registro 3h Unidade 5 | Certificação de Aeronavegabilidade e Regulamentos Aplicáveis 3h Unidade 6 | Sistema ATA 100 3h 7 Fique atento! Para concluir o curso, você precisa: a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas “Aulas Interativas”; b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; c) responder à “Avaliação de Reação”; e d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado. Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat. org.br. Bons estudos! 8 UNIDADE 1 | PUBLICAÇÕES TÉCNICAS 9 Unidade 1 | Publicações Técnicas Publicações técnicas representam qualquer documento que tenha o objetivo de orientar procedimentos de operação, de manutenção e de alterações em equipamentos ou em materiais. São documentos oficiais produzidos pelos fabricantes de artigos aeronáuticos, pelas organizações de manutenção de produtos aeronáuticos (OM) ou pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Segundo o Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) nº 145, da Anac (2013, p.12) “cada organização de manutenção certificada, somente pode executar manutenção ou alteração em artigo para o qual é certificada e desde que tenha à sua disposição dados técnicos aplicáveis, equipamentos e recursos”. Portanto, uma oficina de manutenção aeronáutica, mesmo homologada pela Anac para executar qualquer serviço de manutenção, só pode realizá-lo se a publicação técnica correspondente for disponibilizada ao mecânico executor. No Brasil, a Anac é órgão normatizador e fiscalizador de tais procedimentos. As publicações técnicas, aplicáveis aos equipamentos aeronáuticos, são de exclusiva responsabilidade do proprietário/operador. De qualquer modo, as organizações de manutenção devem solicitar o acesso a tais documentos, uma vez que os serviços não devem ser executados sem o cumprimento rigoroso das instruções publicadas. Contudo, é importante destacar que as publicações de um equipamento são exclusivas e não podem ser usadas em qualquer outro equipamento, mesmo que idêntico. A questão envolve direitos de utilização, propriedade e produção. Além disso, as customizações e as modificações sofridas por uma aeronave implicam a produção de publicações técnicas muito particulares. Esta situação está regulamentada na Instrução Suplementar (IS) 145.109-001, da Anac. 1 Importância das Publicações Técnicas para a Manutenção As publicações técnicas de manutenção aeronáutica diferenciam-se das demais pela rigorosidade imposta à atividade aérea, pois a segurança é o principal fator a ser considerado. É pelo fiel cumprimento das diretrizes e das orientações constantes nos manuais técnicos que os fabricantes de equipamentos podem garantir a segurança e o correto funcionamento das aeronaves, dos motores e dos equipamentos. 10 A inobservância ou a negligência ao cumprimento de uma diretiva técnica podem reduzir a vida útil do equipamento, acarretar aumento de custo na manutenção e, o mais grave, provocar acidentes fatais. O custo não é uma prerrogativa aplicada somente à aviação. Entretanto, apresenta-se como um dos fatores mais importantes a ser considerado no desenvolvimento de um planejamento de manutenção. As rotinas de manutenção devem ser fundamentadas nos manuais, o que elimina qualquer ação desnecessária e, consequentemente, reduz o custo operacional ao máximo. Com efeito, a qualidade e a segurança dos serviços de manutenção estão diretamente relacionadas à importância das publicações técnicas. Portanto, mesmo que o profissional esteja habituado a executar serviços de manutenção, não deve tomar qualquer atitude sem antes consultar os manuais. 1.1 Tipologia de Publicações Aeronáuticas As publicações aeronáuticas são produzidas segundo estrutura padronizada internacionalmente e reconhecida pela Anac. A tipologia das publicações encontra-se estabelecida no RBAC nº 145, da Anac, obrigando, no momento da execução dos serviços de manutenção, que os seguintes documentos e dados técnicos estejam atualizados: • Diretrizes de aeronavegabilidade; • Instruções para aeronavegabilidade continuada; • Manuais de manutenção; • Manuais de revisão geral; • Manuais de práticas padronizadas; • Boletins de serviço;• Recomendações do fabricante ou outros dados técnicos aprovados ou aceitáveis pela Anac; e • Legislação aeronáutica brasileira aplicável. 11 h As publicações podem não ser encontradas no formato impresso. Entretanto, as informações também são válidas em formato digital e podem ser obtidas por meio de assinaturas ou de contratos firmados entre as OMs e os fabricantes. 1.2 Publicações Digitais e Impressas Uma das grandes preocupações da indústria aeronáutica está relacionada aos fatores de espaço e de peso. Nesse sentido, as publicações impressas se apresentam como um problema quando há necessidade de tê-las a bordo. Impressos ocupam muito espaço e possuem peso considerável. O desenvolvimento da indústria aeronáutica, construindo aeronaves cada vez mais complexas, ocasionou o aumento do número de manuais a bordo. Contudo, as fontes de informação também se desenvolveram e, atualmente, é possível acessar os manuais de manutenção, ou qualquer outra publicação da aeronave, nas telas de LCDs dos painéis centrais de aeronaves modernas. A tecnologia trouxe velocidade e acessibilidade às informações e diretivas técnicas. É comum ver os mantenedores trazerem uma caixa de ferramentas na mão direita e um laptop na mão esquerda. Conforme IS nº 145.109-001, da Anac (2013, p. 14) “alguns fabricantes utilizam leitores de etiqueta por laser, microtransponders e microcomputadores do tipo tablet para acessar, monitorar, preencher e documentar os serviços”. Portanto, até as formas de registro de informações de manutenção, como reparos ou modificações, aderiram a novas tendências de escrituração e a Anac coordena, permanentemente, a implantação de sistemas totalmente digitais. Apesar das inovações tecnológicas, as publicações impressas ainda são frequentemente utilizadas. As oficinas homologadas possuem bibliotecas técnicas, com coletâneas importantes à execução de atividades. Porém, dividindo o espaço com os impressos, encontram-se os terminais de computadores, nos quais são acessadas informações digitais e realizadas consultas diretas ao fabricante, via internet. 12 1.2.1 Atualizações e Registros Todas as publicações técnicas sofrem atualizações periodicamente. No caso daquelas voltadas à manutenção, as atualizações são fundamentais, haja vista os desgastes operacionais e temporais sofridos pelas aeronaves e seus equipamentos. Uma aeronave, após milhares de horas de voo, não tem o mesmo desempenho de uma aeronave nova. São mudanças nas limitações de peso e de velocidade, mudanças estruturais, tipos de graxa, torques diferenciados nos parafusos ou pinos etc. Os fabricantes de produtos aeronáuticos disponibilizam as revisões mais recentes para as OMs diretamente, mediante assinatura, ou indiretamente para o proprietário/ operador. As formas de atualização indireta são operacionalizadas sempre que as OMs não possuem contrato com os fabricantes. A conservação de uma aeronave em condições de aeronavegabilidade está estabelecida no RBAC nº 135 da Anac, como sendo primariamente de responsabilidade do proprietário/ operador. Não obstante, as OMs que possuem contrato de prestação de serviço autorizado, ou que também são operadoras de projetos, detêm a prerrogativa de ter em mãos as atualizações. 1.2.2 Acondicionamento e Arquivamento O acondicionamento dos manuais técnicos necessários ao serviço de manutenção não está regulamentado pela Anac. No entanto, os regulamentos são bem claros no que diz respeito à acessibilidade. O desenvolvimento de formas adequadas de arquivamento é uma necessidade de qualquer biblioteca técnica que pretenda ter excelência na execução dos serviços de manutenção e de operação de equipamentos aeronáuticos. O objetivo principal do arquivo é acondicionar as publicações e suas atualizações, seguindo a tipologia e respeitando a hierarquia de prioridades. Assim, a organização da biblioteca técnica deve permitir ao mantenedor o rápido acesso a qualquer assunto requerido, bem como aos assuntos associados que mantêm influência direta na pesquisa pretendida. Portanto, ao pesquisar uma determinada rotina de manutenção o mecânico descobre, em tempo real, que deve cumprir outras ações, acrescentadas por atualizações ou boletins de serviço. 13 Em uma organização típica de uma biblioteca técnica os exemplares são primeiramente divididos em projetos. Nos projetos, as publicações são subdivididas em publicações operacionais e publicações de manutenção conforme descrito na Tabela 1. Tabela 1: Disposição organizacional de manuais em uma OM As descrições contidas na Tabela 1 representam as publicações usuais utilizadas pela manutenção, organizadas de acordo com os objetivos funcionais das OMs. O acesso às informações digitais é bem mais simples, uma vez que as informações podem ser acessadas diretamente no site do fabricante. As bibliotecas técnicas podem manter um arquivo de mídias atualizadas, que podem ser consultadas em terminais de computadores. Nesse modelo, as formas de arquivo e consultas poderão seguir a mesma estrutura utilizada pelo acervo impresso. 1.3 Formas de Distribuição e Aquisição de Informações e Publicações Técnicas A distribuição e a aquisição de informações técnicas são regulamentadas por orientações estabelecidas pela Anac e por órgãos reguladores internacionais. A Anac estabelece critérios aplicáveis “no desenvolvimento de processos para a obtenção e o controle de publicações técnicas por organizações de manutenção de produtos aeronáuticos” (BRASIL, 2013 a, p. 1) Publicações operacionais Publicações de manutenção Check list Manual de manutenção Lista de equipamentos mínimos Catalogo ilustrado de peças Manual de voo Manual de diagramas Manual do piloto Troubleshooting Diretivas técnicas Boletins de serviço Cartas de informações Instruções técnicas Diretrizes de aeronavegabilidade 14 Uma questão a ser observada refere-se aos direitos de propriedade e de uso, reservados a quem produz a publicação técnica. As OMs devem possuir uma precisa descrição dos procedimentos usados para obtenção e atualização de dados técnicos voltados aos artigos para os quais possuem a certificação (autorização para realizar manutenção). A descrição referenciada deve estar explicitada no Manual de Controle de Qualidade (MCQ) das OMs, que segue a orientação do RBAC nº 145, da Anac. As publicações técnicas referentes às diretrizes de aeronavegabilidade, de emissão da Anac, podem ser obtidas gratuitamente pela internet no site oficial da agência. Não obstante, tais publicações, quando emitidas pelas Autoridades da Aviação Civil para produtos registrados no Brasil, possuem links disponibilizados também no endereço eletrônico da Anac. Os proprietários/operadores possuem a prerrogativa de optar por obter as referidas diretrizes por meios impressos ou mídias CD-ROM/DVD. A IS nº 145.109-001 destaca a obrigatoriedade da descrição dos procedimentos para obtenção, atualização e controle das publicações técnicas. Faz menção à necessidade de haver uma pessoa responsável pelo acesso e pela manipulação, bem como, pela pesquisa, pelo download, pelo controle e pelas atualizações que afetam os artigos constantes na especificação operativa da OM. O fator preponderante às formas de distribuição e à aquisição é a velocidade das informações, que devem prover diretrizes e programas de manutenção atualizados. Atrasos nas atualizações podem prejudicar a operação ou o programa de manutenção. Resumindo Nesta unidade foram apresentadas as aplicabilidades das publicações técnicas na operação e na manutenção de artigos aeronáuticos e sua importância à segurança dos voos e à redução de custos. A estrutura organizacional típicade uma biblioteca técnica, instituída em uma OM, incluindo as formas de obtenção e o arquivamento das publicações técnicas, também foram assuntos expostos, enfatizando-se a necessidade de revisões e de atualizações permanentes das informações. 15 Glossário Aeronavegabilidade: refere-se à condição segura para o voo. Boletins de serviço: documentos destinados a determinar um tipo de manutenção. Check list: lista de checagem. Customizações: adaptações ao gosto do cliente ou a especificações por ele determinadas; personalização. Diretrizes de aeronavegabilidade: orientações de serviços ou de procedimentos para a manutenção da condição segura de operação. LCD: LCD é a sigla para Liquid Crystal Display que em português significa tela de cristal líquido. O LCD é um painel fino utilizado para exibir imagens, vídeos e textos em suportes diversos como monitor de computador, televisores, GPS, câmeras digitais, celulares, calculadoras e outros dispositivos. Microtransponder: transponder é um dispositivo de comunicação eletrônico, cujo objetivo é receber, amplificar e retransmitir um sinal ou uma mensagem em frequência diferente do que foi recebido. Um microtransponder é o dispositivo em tamanho reduzido. Tipologia: que caracteriza o tipo. Trouble Shooting: possíveis soluções para problemas. 16 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. As publicações técnicas de manutenção aeronáutica diferenciam-se das demais pela rigorosidade imposta à atividade aérea pois a segurança é o principal fator a ser considerado. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 2) Julgue verdadeiro ou falso. As publicações aeronáuticas são produzidas segundo estrutura padronizada nacionalmente e reconhecida pela Anac. ( ) Verdadeiro ( ) Falso Atividades 17 Referências AIRBUS. Helicopters. Aircraft maintanece manual EC 725. França: AIRBUS, 2012. ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. Apresentação de dados requeridos para certificação suplementar de tipo: IS n. 21-021. Disponível em: <http://www2. anac.gov.br>. Acesso em: 15 mar. 2015. _____. Cadernetas de célula, de motor e de hélice: IS n. 43.9-003. Disponível em: <http://www2.anac. gov.br>. Acesso em: 15 mar. 2015. _____. Certificação de produto aeronáutico: RBAC n. 21. Disponível em: <http:// www2.anac. gov.br>. Acesso em: 15 mar. 2015. _____. Diário de bordo: IAC 3151. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br>. Acesso em: 16 mar. 2015. _____. Diretrizes de aeronavegabilidade: IS n. 39-001. Disponível em: <http://www2. anac.gov.br>. Acesso em: 21 mar. 2015. _____. Etiqueta de aprovação de aeronavegabilidade: IS n. 43.9-002. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br>. Acesso em: 16 mar. 2015. _____. Informação sobre organização, regulamentos e procedimentos para certificação de produtos aeronáuticos: CI n. 20-001. Disponível em: <http://www2. anac.gov.br>. Acesso em: 12 mar. 2015. _____. Manutenção, manutenção preventiva, reconstrução e alteração: RBAC n. 43. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br>. Acesso em: 20 mar. 2015. _____. Organizações de manutenção e de produto aeronáutico: RBAC n. 145. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br>. Acesso em: 16 mar. 2015. _____. Publicações técnicas: IS n. 145.109-001. Disponível em: <http://www2.anac. gov.br>. Acesso em: 21 mar. 2015. _____. RBHA65: Apêndice A. Disponível em:<http://www2.anac.gov.br>. Acesso em: 20 mar. 2015. 18 _____. Requisitos operacionais: operações complementares e por demanda, RBAC n. 135. Disponível em: <http://www2. anac.gov.br>. Acesso em: 17 mar. 2015. EMBRAER – EMPRESA BRASILEIRA DE AERONÁUTICA. 110: manual de reparos estruturais. São Paulo: Embraer, 2007. _____.190: aircraft wiring manual. São Paulo: Embraer, 2014. _____. Legacy: aircraft maintenance manual. 32.rev. São Paulo: Embraer, 2013. _____. Legacy: aircraft wiring manual. 42.rev. São Paulo: Embraer, 2013. _____. Legacy: illustrated parts catalog. 55.rev. São Paulo: Embraer, 2014. _____. Legacy: structural repair manual. São Paulo: Embraer, 2011. EMPRESA BRITÂNICA DE TECNOLOGIA AEROESPACIAL E DEFESA. Rolls-Royce. Power plant buildup. São Paulo: Embraer, 2001. FAA – FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. Publications, forms, & records. Disponível em: <http://www.faa.gov/regulations_policies/handbooks_manuals/ aircraft/amt_handbook/media/faa-808330_ch1 2.pdf>. Acesso em: 12 mar. 2015. _____. Certification and operations domestic, flag, and supplemental air carriers and commercial operators of large aircraft. In: CODE OF FEDERAL REGULATIONS. Title 14, part 65. Washington, 1988. HONEYWELL. Engine light maintenance manual TFE 731. São Paulo: Honeywell Scanning & Mobility, 2005. STECH, Enterprises. Aircraft parts manufacturing assistance. Disponível em: <file:///C:/Users/marcelo/Desktop/NT/regulamentos%20anac/ATA%20100%20 Chapters.html>. Acesso em: 20 mar. 2015. 19 UNIDADE 2 | MANUAIS 20 Unidade 2 | Manuais Manuais são documentos que trazem orientações, dispostas em forma de procedimentos padronizados, objetivando a correta manutenção da operação de um equipamento. 1 Manual de Manutenção O manual de manutenção é o documento, em formato de livro, emitido pelo fabricante de um artigo aeronáutico, cujo objetivo é transmitir as instruções necessárias à execução de serviços de manutenção, abrangendo os equipamentos instalados nas aeronaves e os de apoio ao solo (escadas e outros aparelhos), exigidos na execução das diversas rotinas de manutenção. Os serviços de operação e de manutenção de aeronaves têm como base as orientações e as observações contidas nos manuais de manutenção. O mecânico é o técnico responsável por executar as diretrizes apontadas como necessárias à manutenção estrutural e funcional de um equipamento, aumentando seu tempo de vida útil. O serviço do mecânico é, precisamente, técnico e a excelência de sua profissão reside na competência em compreender acertadamente os diversos sistemas que constam no universo da mecânica de manutenção aeronáutica. Para tanto, o manual de manutenção apresenta-se como a principal e a essencial ferramenta à condução dos trabalhos de manutenção. As informações contidas nos manuais de manutenção fazem referência a uma descrição completa dos sistemas, contendo as rotinas de manutenção que devem ser executadas em cada equipamento ou em um conjunto maior. Por exemplo: na manutenção de 600 horas no sistema de trem de pouso, quais itens devem ser lubrificados? O manual descreve item a item, a forma de efetuar a lubrificação, as ferramentas empregadas, o tipo de graxa ou de lubrificante. Também indica figuras e faz referências a outros manuais que descrevem ações a serem tomadas no momento da rotina de manutenção. 21 O manual de manutenção é dividido por sistemas: estrutura, pneumática, trem de pouso, comandos de voo, piloto automático, oxigênio, entre outros. Na apresentação de cada sistema, há uma completa descrição da operação e da manutenção, incluindo montagem, desmontagem, instalação e remoção de equipamentos ou conjuntos. Os manuais de uma aeronave são, geralmente, divididos em manuais operacionais e manuais de manutenção. Os manuais operacionais referem-se às publicações de bordo: manual do piloto, manual de voo, check list, lista de equipamentos mínimos, procedimentos normais e de emergência. Embora não sejam publicações direcionadas, especificamente, à manutenção, são requeridas em apoio aos manuais de manutenção, uma vez que representam excelentes ferramentas a pesquisas sobre panes (falhas no funcionamento) ou à fundamentação de decisões relativas à liberação de uma aeronave. 1.1 Manual de Diagramas O manual de diagramas, em inglês wiring manual, é o mais utilizado pelos mecânicos de manutenção, especialistas em aviônicos, e traza descrição completa dos diversos sistemas elétricos em forma de diagramas, como ilustra a Figura 1. Figura 1: Exemplo de manual de diagramas 22 Na Figura 1 é representado o diagrama dos servos aturadores do sistema de piloto automático. Nota-se o uso de símbolos, como forma de linguagem à explanação das informações elétricas e eletrônicas. Tais símbolos são códigos internacionais para determinar os estágios de funcionamento de um sistema em cada situação de operação. O manual de diagramas pode mostrar dois ou mais esquemas idênticos, mudando apenas o chaveamento, para fazer referências a situações distintas. Por exemplo: • Esquema elétrico do trem de pouso para abaixamento; • Esquema elétrico do trem de pouso para recolhimento; • Esquema elétrico do trem de pouso na situação recolhido; e • Esquema elétrico do trem de pouso na situação estendido. Os esquemas elétricos são os mesmos, mas apresentam particularidades que auxiliam a compreensão de seu bom ou mau funcionamento. No manual de diagramas é possível identificar, ainda, as cablagens e, em seu interior, os grupos de fios pertencentes aos sistemas elétricos. Nos grupos de fios, são identificados os fios individualmente. Além da identificação, os manuais representam graficamente o circuito elétrico da operação do equipamento, permitindo ao mecânico checar a continuidade da corrente elétrica e verificar as corretas tensões elétricas (diferenciais de potenciais elétricos), exigidas à operação adequada do sistema pertencente ao equipamento testado. No sistema elétrico, os diagramas indicam a localização exata dos pontos em que devem ser instalados os equipamentos necessários à realização das inspeções e informam o padrão de comportamento elétrico esperado em cada um dos pontos. Caso os equipamentos de teste apresentem informações discrepantes aos padrões descritos como corretos pelo manual de diagramas, o próprio manual apresenta uma lista de possíveis soluções ao problema. 23 1.2 Manual de Manutenção do Motor Os motores representam conjuntos maiores instalados nas aeronaves. É muito comum que aeronaves distintas utilizem o mesmo tipo motor. Diversas aeronaves possuem o motor turboélice PT6, de fabricação canadense, indicado na Figura 2, incluindo aeronaves de aplicação militar brasileiras. Esse motor é um dos mais vendidos no mundo. Portanto, percebe-se que um mesmo motor pode equipar aeronaves distintas, implicando na produção de manuais diferentes em relação aos manuais da aeronave. O manual do motor não é produzido pelo fabricante da aeronave, mas pela Associação de Transportes Aéreos da América (ATA), por meio do sistema ATA 100. Os capítulos 71 a 81 do sistema ATA apresentam informações sobre o motor, tais como generalidades, operação, cheques funcionais de desempenho, remoção e instalação. Assim, quando a manutenção inclui a desmontagem do motor, o manual de manutenção da aeronave não tem utilidade. Nesse caso, é o manual de manutenção do fabricante do motor que apresenta as rotinas de montagem e de desmontagem, os parâmetros e os gabaritos, as inspeções na seção quente, entre outras informações. Além do mais, o manual do motor contém orientações para a criação de programas de manutenção do motor, em conformidade ao programa de manutenção da aeronave, o que amplia sua disponibilidade, reduzindo o tempo de parada. Figura 2: Motor PT6 de fabricação canadense 24 As rotinas de manutenção incluem inspeções visuais, parâmetros para o estado de conservação, fixação e segurança de cablagens e itens instalados, especificações de limites para substituição ou reparos, tabelas e gráficos, orientações do tipo trouble shooting, auxiliando o mecânico na solução de panes. A Figura 3 é um exemplo do manual do motor e representa a montagem de uma turbina de baixa rotação. 2 Manual de Revisão Geral O manual de revisão geral trata da descrição de ações de manutenção necessárias à revisão de componentes que integram os diversos sistemas das aeronaves e que são removidos e postos à revisão pelos seguintes motivos: • Terem completado o tempo de operação entre as revisões; • Terem completado o número de ciclos de operação; e • Mau funcionamento do equipamento. Figura 3: Manual do motor: montagem de uma turbina de baixa rotação 25 e Os fabricantes dos componentes determinam a forma de operação e de manutenção, como o tempo entre as revisões, a fim de garantir a integridade estrutural e funcional do equipamento, enquanto estiver instalado em uma aeronave. No manual de revisão geral são descritas informações sobre montagem e desmontagem, lubrificação, medição e trocas de componentes elétricos e eletrônicos, medição de desgastes ou folgas etc. O manual informa, também, o modo correto de reestruturação das condições operacionais requeridas na fabricação, respeitando as limitações e as tolerâncias estipuladas pelos fabricantes. Os limites e as condições operacionais dos itens são checados em bancadas de teste. O manual indica ferramentas comuns e especiais, gabaritos e parâmetros referentes à checagem pretendida. Há equipamentos que necessitam se submeter à linha de revisão, por terem completado o tempo de estocagem. Por exemplo: uma borracha, estocada há muito tempo, pode causar vazamento interno em um atuador hidráulico e ficar ressecada, perdendo algumas de suas propriedades. Portanto, deve ser recolhida e passar pelo processo de revisão. Nesse caso, devem ser seguidas as orientações contidas no manual de revisão geral, uma vez que é o instrumento técnico responsável por informações sobre controle, desmontagem, montagem, troca de reparos, aprovação ou condenação de itens aeronáuticos. 3 Manual de Reparos Estruturais O formato aerodinâmico dos conjuntos de partes de uma aeronave depende única e exclusivamente de sua estrutura. O manual de reparos estruturais tem por objetivo apresentar a forma correta de reparar danos nas estruturas das aeronaves. São orientações que auxiliam o operador na recuperação da condição original e visam segurança e prolongamento da vida útil das estruturas, mantendo a máxima condição operacional pelo menor custo. A contínua operação de uma aeronave expõe seus membros estruturais a vários tipos de estresses, acidentes ou incidentes, que ocasionam desde a limitação operacional à perda completa de sua funcionalidade. A funcionalidade é o principal requisito a ser avaliado no momento da restauração de um membro ou de um conjunto estrutural. 26 Cada parte de uma aeronave possui uma função e requer uma forma específica de reparo ao seu dano. O reparo implica avaliação minuciosa e apurada do peso, da resistência e da segurança. Portanto, o manual de reparos estruturais deve ser a referência e o auxílio aos serviços a serem executados. Caso haja modificações significativas no peso da aeronave, são necessárias inspeções adicionais de peso, balanceamento, alinhamento, nivelamento e triangulação da aeronave. Todos estes itens estão contidos no manual de reparos estruturais. Importante destacar que os manuais de reparos se referem, também, aos vários tipos de materiais utilizados na restauração dos membros estruturais das aeronaves. Cada um dos materiais possui limitações de moldagem e necessita, em alguns casos, passar por processos térmicos. A Figura 4 apresenta a página de um manual de reparos estruturais. São desenhos técnicos que mostram a forma, a quantidade de rebites por área quadrada, a disposição dos rebites, a espessura das chapas, entre outros aspectos. Figura 4: Exemplo de página de manual de reparos estruturais 27 4 Catálogo Ilustrado de Peças O catálogo ilustrado de peças é o manual que traz a descrição completa, tantodas partes estruturais quanto dos equipamentos instalados, sendo os desenhos pictoriais a principal forma de comunicação. No catálogo ilustrado, os desenhos são elaborados em forma de vistas explodidas, mostrando a forma correta de montagem de um equipamento. A descrição é tão detalhada que a amostragem não deixa escapar uma minúscula arruela. O objetivo principal é identificar cada componente de um conjunto e os materiais necessários à sua instalação, excetuando-se todos os tipos de lubrificantes, colas, selantes ou similares. A clara identificação de um equipamento ou de qualquer material utilizado na aeronave justifica-se quando há necessidade de sua substituição, em função da perda de propriedades de funcionalidade no sistema a qual pertence. Peças, como os parafusos, também devem ser substituídas em intervalos regulares (os procedimentos estão descritos nos manuais de manutenção). Tomando os parafusos como exemplo, embora sejam fabricados com diferentes ligas metálicas e tenham diversas aplicações nas aeronaves, possuem aparências muito semelhantes. A semelhança pode levar a uma instalação incorreta e causar graves problemas à aeronave. Nesse sentido, a função dos catálogos é muito importante, pois, por menor que seja uma peça, é possível identificá-la em um sistema alfanumérico, chamado de part number (PN). Portanto, o mecânico deve buscar as peças, os materiais ou os equipamentos no catálogo ilustrado, garantindo sua correta utilização. A função dos catálogos de peças vai além da identificação no momento da montagem, estando relacionada também às questões logísticas, de aquisição de equipamentos e/ ou materiais. Nesse catálogo, primeiramente, busca-se a figura relacionada ao sistema e, em seguida, localiza-se o item pretendido, que possui uma numeração utilizada para encontrar o seu PN, em uma lista ordenada alfabeticamente, logo na página seguinte à figura. Um típico catálogo ilustrado de peças está representado na Figura 5. 28 Pela observação da Figura 5, percebe-se que o catálogo vai além da identificação das peças, apresentando também aspectos relacionados à sua quantificação e aos materiais. Apesar de ilustrar as figuras dos conjuntos de forma explodida e de mostrar a montagem correta de cada equipamento, o catálogo não deve ser usado como única fonte de referência aos serviços de manutenção, de remoção e de instalação de equipamentos na aeronave ou no conjunto maior. Para tanto, o manual de manutenção é sempre a principal referência, sendo o catálogo um auxiliar à compreensão das peças. Figura 5: Exemplo de um catálogo ilustrado de peças 29 Resumindo Nesta unidade foram apresentados os principais manuais de manutenção, utilizados na aviação geral. Informações sobre o catálogo ilustrado, como recurso auxiliar aos manuais de manutenção, reforçaram a importância do conhecimento acerca das peças, dos materiais e dos equipamentos necessários à efetiva execução dos serviços. Sendo assim, foi possível compreender que a manutenção de aeronaves envolve sempre mais de uma área do conhecimento. Em alguns casos, a resolução de uma única situação- problema exige a consulta dos diversos manuais estudados. Glossário Aviônicos: termo empregado para os sistemas elétricos e eletrônicos das aeronaves, tais como: navegação, comunicação, dados de voos e sistemas de controle. Atualmente esses itens são uma combinação complexa de computadores, sensores, atuadores e unidades de controle e de visualização que devem ser interconectados e integrados de forma compacta. Aerodinâmico: relativo à eficiência no deslocamento pelo ar. Cablagens: conjuntos de fios. Chaveamento: conexão de equipamentos. Conjunto maior: um conjunto de motor ou um conjunto de hélices. Desenhos pictoriais: similares a uma fotografia. Mostram o objeto como ele é. Gabaritos: modelo que serve para traçar, verificar ou controlar um perfil. Linha de revisão: local destinado à execução de manutenções em itens. Seção quente: seção de potência; câmara de combustão e turbinas. 30 Servos aturadores: motores elétricos destinados ao comando das superfícies primárias. Trem de pouso: é o principal integrante do sistema de pouso num avião, usado tanto na decolagem como na aterragem. Turboélice: motor de turbina a gás associado a um conjunto de hélice. Vistas explodidas: desenho técnico, que mostra uma relação ou uma sequência de montagem de diversas peças de um conjunto de algo manufaturado. 31 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. O manual de diagrama é o mais utilizado pelos mecânicos de manutenção e apresenta a descrição completa dos diversos sistemas elétricos em forma de diagramas. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 2) Julgue verdadeiro ou falso. O Manual de Revisão Geral trata da descrição de ações de manutenção necessárias à mudança de componentes que integram os diversos sistemas das aeronaves. ( ) Verdadeiro ( ) Falso Atividades 32 Referências AIRBUS. Helicopters. Aircraft maintanece manual EC 725. França: AIRBUS, 2012. ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. Apresentação de dados requeridos para certificação suplementar de tipo: IS n. 21-021. Disponível em: <http://www2. anac.gov.br>. Acesso em: 15 mar. 2015. _____. Cadernetas de célula, de motor e de hélice: IS n. 43.9-003. Disponível em: <http://www2.anac. gov.br>. Acesso em: 15 mar. 2015. _____. Certificação de produto aeronáutico: RBAC n. 21. Disponível em: <http:// www2.anac. gov.br>. Acesso em: 15 mar. 2015. _____. Diário de bordo: IAC 3151. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br>. Acesso em: 16 mar. 2015. _____. Diretrizes de aeronavegabilidade: IS n. 39-001. Disponível em: <http://www2. anac.gov.br>. Acesso em: 21 mar. 2015. _____. Etiqueta de aprovação de aeronavegabilidade: IS n. 43.9-002. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br>. Acesso em: 16 mar. 2015. _____. Informação sobre organização, regulamentos e procedimentos para certificação de produtos aeronáuticos: CI n. 20-001. Disponível em: <http://www2. anac.gov.br>. Acesso em: 12 mar. 2015. _____. Manutenção, manutenção preventiva, reconstrução e alteração: RBAC n. 43. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br>. Acesso em: 20 mar. 2015. _____. Organizações de manutenção e de produto aeronáutico: RBAC n. 145. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br>. Acesso em: 16 mar. 2015. _____. Publicações técnicas: IS n. 145.109-001. Disponível em: <http://www2.anac. gov.br>. Acesso em: 21 mar. 2015. _____. RBHA65: Apêndice A. Disponível em:<http://www2.anac.gov.br>. Acesso em: 20 mar. 2015. 33 _____. Requisitos operacionais: operações complementares e por demanda, RBAC n. 135. Disponível em: <http://www2. anac.gov.br>. Acesso em: 17 mar. 2015. EMBRAER – EMPRESA BRASILEIRA DE AERONÁUTICA. 110: manual de reparos estruturais. São Paulo: Embraer, 2007. _____.190: aircraft wiring manual. São Paulo: Embraer, 2014. _____. Legacy: aircraft maintenance manual. 32.rev. São Paulo: Embraer, 2013. _____. Legacy: aircraft wiring manual. 42.rev. São Paulo: Embraer, 2013. _____. Legacy: illustrated parts catalog. 55.rev. São Paulo: Embraer, 2014. _____. Legacy: structural repair manual. São Paulo: Embraer, 2011. EMPRESA BRITÂNICA DE TECNOLOGIA AEROESPACIAL E DEFESA. Rolls-Royce. Power plant buildup. São Paulo: Embraer, 2001. FAA – FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. Publications, forms, & records. Disponível em: <http://www.faa.gov/regulations_policies/handbooks_manuals/ aircraft/amt_handbook/media/faa-808330_ch1 2.pdf>. Acesso em: 12 mar. 2015. _____. Certification and operations domestic, flag, and supplemental air carriers and commercial operators of large aircraft. In: CODE OF FEDERAL REGULATIONS. Title 14, part 65. Washington, 1988. HONEYWELL. Engine lightmaintenance manual TFE 731. São Paulo: Honeywell Scanning & Mobility, 2005. STECH, Enterprises. Aircraft parts manufacturing assistance. Disponível em: <file:///C:/Users/marcelo/Desktop/NT/regulamentos%20anac/ATA%20100%20 Chapters.html>. Acesso em: 20 mar. 2015. 34 UNIDADE 3 | DIRETIVAS TÉCNICAS 35 Unidade 3 | Diretivas Técnicas Diretivas técnicas são orientações normativas e procedimentais que objetivam o cumprimento dos princípios funcionais ou operacionais de uma instituição. Na aviação civil tais princípios estão relacionados ao desenvolvimento da atividade aérea nos limites aceitáveis de segurança. O fator segurança é o centro das ações de produção, de distribuição e de controle das diretivas técnicas. Sendo assim, conhecer as peculiaridades funcionais e legais no trato destas diretivas é de fundamental importância para o desenvolvimento responsável dos trabalhos de inspeção em aeronaves, garantindo a manutenção da certificação de aeronavegabilidade. 1 Diretivas Técnicas Aplicadas à Aviação As diretivas técnicas estão contidas em documentos que têm por finalidade a correção, a prevenção, as modificações e os melhoramentos operacionais e funcionais de um artigo aeronáutico. No decorrer de sua existência operacional, uma aeronave está exposta a situações reais de funcionamento, impossíveis de serem previstas durante sua fabricação. Por isso, é imprescindível a elaboração de diretivas técnicas para efetuar correções e garantir a manutenção da funcionalidade. Por outro lado, o desenvolvimento da indústria aeronáutica desponta tanto em recursos tecnológicos quanto na engenharia de tráfego aéreo. A tecnologia traz avanços em ritmo acelerado e, em curto prazo, novos artigos estão disponíveis para uso. Assim, surge a necessidade de modificar e de melhorar aqueles existentes, como também de implantar os novos. Esse quadro impõe a elaboração de procedimentos e de informações técnicas atualizadas, dispostas em forma de diretivas técnicas. O aumento da frota representa outro importante fator à tomada de decisões e à busca de novos rumos no que diz respeito à manutenção de uma engenharia de trafego aéreo eficiente e segura. As exigências da engenharia de trafego aéreo atual demandam a produção de grande parte das diretivas técnicas, direcionadas à implantação de modernos sistemas de navegação, recomendando novos procedimentos operacionais à aviação como um todo. 36 As diretivas técnicas abrangem não apenas implantações de melhorias, mas modificações estruturais e materiais, relacionadas à fadiga dos materiais ou à falha de equipamentos, entre outros aspectos. Portanto, considerando as diversas necessidades da aviação, as diretivas técnicas diferem tanto pelo tipo de assunto a ser tratado quanto pela sua origem. Os fabricantes, as organizações de manutenção (OM) e a Anac representam a origem e o destino de uma diretiva técnica. Neste contexto, os boletins de serviço do fabricante, as ordens de engenharia das OMs e as diretrizes de aeronavegabilidade da Anac apresentam-se como principais exemplos de diretivas técnicas. A produção de diretivas possui peculiaridades que possibilitam sua identificação e sua classificação em uma hierarquia de prioridades para a execução coordenada nos programas de manutenção das aeronaves. Assim, os documentos podem estar associados a quatro categorias. a) Mandatório – indica a obrigatoriedade de sua aplicação e estipula um prazo para cumprimento, podendo ser antes do próximo voo ou encaixado no programa de manutenção. O assunto tratado nesta categoria de documentos tem relação direta com a segurança do voo ou com a operação segura do equipamento. O fato gerador de uma diretiva técnica mandatória pode estar associado à perda material. Por exemplo: em um acidente ou incidente, cuja investigação de acidentes aeronáuticos conclui que determinado equipamento, pertencente à aeronave, é o causador do acidente. Nesse caso, cabe ao fabricante emitir uma diretiva técnica mandatória e enviá-la a todos os operadores, determinando que as aeronaves equipadas com item defeituoso só podem efetuar nova decolagem após a troca do item. Portanto, as publicações incluídas nesta categoria são, normalmente, geradas em decorrência de uma grave ocorrência, envolvendo aeronaves de mesmo projeto de tipo. A percepção de rachaduras nas raízes de um conjunto de pás de um helicóptero, por exemplo, pode se apresentar como fato gerador de uma carta de serviço, de caráter mandatório, informando o acontecido e determinando a inspeção extra nas raízes das pás de todos os helicópteros de mesmo projeto de tipo. Esse fato pode, também, gerar um boletim de alerta de serviço, ordenando a parada de toda a frota até que uma solução seja apresentada. 37 b) Recomendável – não indica obrigatoriedade, mas detalha vantagens e desvantagens sobre determinado produto, a fim de auxiliar os operadores na tomada de decisão por sua implantação ou não. Em um documento de recomendação, a relação custo benefício é primordialmente considerada. As diretivas desta categoria são criadas a partir da experiência de operações ou de testes realizados pelos fabricantes de produtos, como também das situações apresentadas por operadores aos fabricantes, os quais são responsáveis por elaborar tais documentos. c) Opcional – sugere modificações ou implantações que não estão relacionadas à manutenção da operacionalidade e que não comprometem a segurança de voo. A opção por ignorar esse tipo de diretiva, não altera o tipo de missão a ser realizada pela aeronave e não implica a perda de certificação de aeronavegabilidade. O principal objetivo desta diretiva é sensibilizar o operador sobre os benefícios de sua aplicação na aeronave, equipamento ou sistema. d) Informativo – indica procedimentos de manutenção não previstos nos manuais ou situações que venham a alterar uma rotina estabelecida. Esse documento visa à melhoria nos procedimentos e aponta modificações nos materiais utilizados. As diretivas técnicas estão dispostas de acordo com seus objetivos específicos: boletins de serviço, ordens de engenharia, boletins de informação, cartas de serviço e diretrizes de aeronavegabilidade. Outros documentos, mesmo aqueles que não recebem esta nomenclatura, podem ser considerados diretivas técnicas, desde que conservem as características já mencionadas. 2 Documentos de Serviço Os documentos de serviço (DS) podem ser considerados como um canal direto de comunicação entre fabricantes e operadores/mantenedores, pois permitem a troca de informações e de recomendações sobre reparos, alterações, inspeções, manutenções, entre outras. Qualquer modificação instrucional, operacional ou procedimental, que interfira direta ou indiretamente nos trabalhos de operação e manutenção e de uma aeronave, é motivo para o fabricante emitir um DS. 38 Os DSs estão dispostos em forma de boletins de serviço, cartas de serviço, boletins informativos, boletins de alerta de serviço, incluindo revistas e periódicos. 2.1 Boletins de Serviço Os boletins de serviço (BS), em inglês service bulletins, são documentos produzidos pelos fabricantes de artigos aeronáuticos, destinados aos operadores/mantenedores. Têm por finalidade apresentar diretivas para a implantação de modificações nos procedimentos de manutenção, de alteração, de reparo ou de substituição de itens, visando à correção de falhas ou de mau funcionamento dos sistemas. As modificações materiais, por exemplo, podem envolver desde a substituição de um simples parafuso à troca de um equipamento ou de um conjunto maior. Tais documentos são emitidos e enviados aos operadores/mantenedores, com cópia endereçada à Anac, para efeitode fiscalização. Segundo o Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica (RBHC) nº 21 (BRASIL, 2011a), o detentor de um certificado deve comunicar à agência todo o defeito em qualquer produto, peça ou artigo por ele fabricado e que tenha sido liberado pelo seu controle da qualidade. A motivação para emitir um BS pode partir das atividades de operação e manutenção ou de um ensaio operacional realizado pelo fabricante. Por exemplo: uma OM verifica a fadiga anormal de uma peça. Então, emite um relatório para o fabricante da aeronave ou para o dono do projeto de tipo que, após analise, decide pela emissão de um BS contendo as modificações necessárias à solução do problema. O BS, considerando a gravidade da situação problema, pode levar à elaboração de uma diretriz de aeronavegabilidade, caso a Anac verifique a necessidade. Nesse caso, independentemente da categoria original do BS, a diretriz de aeronavegabilidade é sempre mandatória. 39 2.2 Cartas de Serviço As cartas de serviço, em inglês, service letters (SL), têm por objetivo informar modificações provisórias ou experimentais em procedimentos de manutenção ou de inspeção. As informações devem conter o suporte necessário à operação e à manutenção referentes a uma modificação. Devem, também, orientar sobre procedimentos para o acompanhamento, a avaliação e o desempenho dos componentes ou dos sistemas instalados pela primeira vez na aeronave. Nesse sentido, pode-se dizer que as SLs complementam o manual de manutenção. Isso porque orientam uma sequência de ações de manutenção mais proficiente ou mais adaptada às condições de operação, considerando a certificação de aeronavegabilidade da aeronave. Nas SLs é possível encontrar, por exemplo, a descrição de um novo tipo de lubrificante, indicando a identificação deste material no catálogo ilustrado de peças pelo part number (PN). O uso de um parafuso, fabricado com outro tipo de material, ou um novo procedimento de operação do equipamento são outras informações constantes em uma SL. As SLs são, geralmente, elaboradas em resposta a questionamentos sobre situações- problema ocorridas durante a operação de um equipamento, apresentadas pelos operadores. O fabricante, diante do problema, verifica a relevância dos questionamentos e decide emitir uma SL, apresentando uma solução procedimental que altere a operação do equipamento. A solução também pode estar relacionada à troca de um item. O fabricante, diante da mesma situação-problema, pode verificar que o erro ocorreu por falha nos procedimentos de operação do equipamento, por um equívoco do operador. Nesse caso, não emite uma SL, mas um boletim informativo, contendo a descrição completa sobre o correto modo de operação. 2.3 Boletins Informativos Os boletins informativos, em inglês information notes, são DS elaborados e emitidos pelos fabricantes, destinados aos operador/mantenedores. Seu objetivo é orientar sobre ocorrências nos projetos de tipo. Qualquer fato que tenha gerado dúvida, acerca 40 do correto funcionamento de determinado item, é motivo para que seja emitido um boletim informativo. Assim, os operadores estão permanentemente informados sobre a evolução de assuntos que possam gerar suspeitas em relação à segurança da operação de determinado equipamento ou sistema. Os incidentes ou acidentes envolvendo artigos aeronáuticos são registrados e difundidos entre os operadores do mesmo projeto de tipo. A divulgação tem por finalidade aumentar o nível de alerta situacional em relação à operação segura das aeronaves. O fabricante recebe as informações dos problemas apresentados durante a operação dos artigos de sua fabricação e elabora boletins informativos, enviando-os a todos os operadores. 2.4 Boletins de Alerta de Serviço Os boletins de alerta de serviço, em inglês alert service bulletins (ASB), são DS emitidos pelos fabricantes que contêm instruções indispensáveis à segurança da aeronavegabilidade continuada. São diretivas técnicas, de caráter mandatório, que exigem o cumprimento das especificações explicitadas. O ASB pode ser emitido em um só documento ou de forma periódica, em função de prazos para o cumprimento das diretivas. Até o vencimento do prazo de uma determinação, os ASBs apresentam-se como complementares aos manuais de manutenção. h Quando há urgência ao cumprimento de um ASB (menos de 110 horas ou um mês), o documento apresenta a anotação EMERGÊNCIA, o que demanda eficiência e rapidez em sua divulgação. A informação contida no ASB pode ser um encaminhamento a uma rotina de manutenção, com uma sequência de eventos técnicos, destinada a evitar uma condição insegura ou uma descrição detalhada sobre determinado procedimento, quando as orientações do manual de manutenção são complexas ou de difícil compreensão. 41 2.5 Revistas e Periódicos As revistas e os periódicos também fazem parte da categoria dos DSs emitidos por fabricantes ou detentores de projeto de tipo. O objetivo é dar conhecimento aos operadores, proprietários e mantenedores sobre possíveis implantações destinadas, principalmente, às customizações e, também, sobre melhorias para obtenção de certificações de aeronavegabilidade estendidas. Além disso, essas publicações apresentam as inovações tecnológicas aplicáveis às aeronaves, sobretudo nas áreas de comunicação e de navegação. Os avanços tecnológicos aquecem o mercado nos quesitos conforto e estética, desenvolvendo facilitadores à pilotagem e à navegabilidade por meio da crescente automatização. Antes que qualquer produto sugerido nos periódicos seja implantado, o fabricante deve ser consultado para gerar um BS com as instruções necessárias à instalação do novo equipamento. 3 Fichas de Manutenção e Ordens de Engenharia Conforme IS nº 145.109-001, da Anac, as diretivas referentes a dados técnicos da manutenção executada, devem ser preferencialmente escritas na língua original da publicação. Para tanto, a Anac orienta que as OMs certificadas tenham pessoal habilitado com proficiência em idiomas. Sendo assim, com o objetivo de facilitar os serviços de manutenção, as fichas de manutenção e as ordens de engenharia são publicações técnicas procedentes das OMs e destinam-se à tradução e à simplificação de diretivas técnicas escritas em idiomas distintos. As fichas de manutenção são originadas nas traduções dos cartões de tarefas dos tipos: work cards, task cards, job intructions cards (JIC). e As ordens de engenharia (OE) são documentos elaborados com base nas traduções dos certificados suplementares de tipo, nas diretrizes de aeronavegabilidade, nos BSs e nos ASBs. 42 As OMs, com pessoal especializado e credenciado, podem produzir traduções ou adaptações de uma OE com o propósito de simplificar a execução de uma diretriz de aeronavegabilidade, de uma diretriz de aeronavegabilidade continuada ou de um BS. Um DS pode não ser aplicado em sua totalidade. O acúmulo de informações, somado às dificuldades do idioma, impõe a necessidade de pessoal especializado para traduzir e adaptar textos técnicos. Estes profissionais não apenas traduzem como também classificam o que é aplicável, de acordo com a aeronavegabilidade do equipamento. Depois de filtradas, as informações são ordenadas em sequência lógica de execução para melhor aproveitamento de mão de obra e de material. Portanto, as fichas de manutenção e as OEs não são simples traduções, mas documentos com características próprias, elaborados com fins específicos de cumprimento de uma diretiva técnica. Resumindo Diretivas técnicas são documentos elaborados por imposição das necessidades de operação e de manutenção de artigos aeronáuticos. As publicações apresentam diretivas de correção, de prevenção,de modificações e de melhoramentos operacionais e funcionais de um equipamento ou de um sistema. Considerando a existência de diversos objetivos na aviação, os documentos são classificados de acordo com prioridades relacionadas à urgência de sua aplicação nas aeronaves. Portanto, as publicações técnicas apresentam-se como a ferramenta mais eficiente de comunicação entre fabricantes e operadores/mantenedores, principalmente no que diz respeito a assuntos não descritos nos manuais de manutenção ou quando a urgência inviabiliza a espera por atualizações nos manuais dos equipamentos. 43 Glossário Alerta situacional: condição de alerta ou de atenção relacionada à segurança. Projeto de tipo: um tipo específico de aeronave. Sistemas de navegação: dispositivos usados para controlar a navegação. 44 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. Os documentos de serviço (DS) podem ser considerados como um canal direto de comunicação entre fabricantes e operadores/mantenedores, pois permitem a troca de informações e de recomendações sobre reparos, alterações, inspeções, manutenções, entre outras. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 2) Julgue verdadeiro ou falso. Os boletins informativos são DS elaborados e emitidos pelos usuários, destinados aos operador/mantenedores. ( ) Verdadeiro ( ) Falso Atividades 45 Referências AIRBUS. Helicopters. Aircraft maintanece manual EC 725. França: AIRBUS, 2012. ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. Apresentação de dados requeridos para certificação suplementar de tipo: IS n. 21-021. Disponível em: <http://www2. anac.gov.br>. Acesso em: 15 mar. 2015. _____. Cadernetas de célula, de motor e de hélice: IS n. 43.9-003. Disponível em: <http://www2.anac. gov.br>. Acesso em: 15 mar. 2015. _____. Certificação de produto aeronáutico: RBAC n. 21. Disponível em: <http:// www2.anac. gov.br>. Acesso em: 15 mar. 2015. _____. Diário de bordo: IAC 3151. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br>. Acesso em: 16 mar. 2015. _____. Diretrizes de aeronavegabilidade: IS n. 39-001. Disponível em: <http://www2. anac.gov.br>. Acesso em: 21 mar. 2015. _____. Etiqueta de aprovação de aeronavegabilidade: IS n. 43.9-002. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br>. Acesso em: 16 mar. 2015. _____. Informação sobre organização, regulamentos e procedimentos para certificação de produtos aeronáuticos: CI n. 20-001. Disponível em: <http://www2. anac.gov.br>. Acesso em: 12 mar. 2015. _____. Manutenção, manutenção preventiva, reconstrução e alteração: RBAC n. 43. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br>. Acesso em: 20 mar. 2015. _____. Organizações de manutenção e de produto aeronáutico: RBAC n. 145. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br>. Acesso em: 16 mar. 2015. _____. Publicações técnicas: IS n. 145.109-001. Disponível em: <http://www2.anac. gov.br>. Acesso em: 21 mar. 2015. _____. RBHA65: Apêndice A. Disponível em:<http://www2.anac.gov.br>. Acesso em: 20 mar. 2015. 46 _____. Requisitos operacionais: operações complementares e por demanda, RBAC n. 135. Disponível em: <http://www2. anac.gov.br>. Acesso em: 17 mar. 2015. EMBRAER – EMPRESA BRASILEIRA DE AERONÁUTICA. 110: manual de reparos estruturais. São Paulo: Embraer, 2007. _____.190: aircraft wiring manual. São Paulo: Embraer, 2014. _____. Legacy: aircraft maintenance manual. 32.rev. São Paulo: Embraer, 2013. _____. Legacy: aircraft wiring manual. 42.rev. São Paulo: Embraer, 2013. _____. Legacy: illustrated parts catalog. 55.rev. São Paulo: Embraer, 2014. _____. Legacy: structural repair manual. São Paulo: Embraer, 2011. EMPRESA BRITÂNICA DE TECNOLOGIA AEROESPACIAL E DEFESA. Rolls-Royce. Power plant buildup. São Paulo: Embraer, 2001. FAA – FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. Publications, forms, & records. Disponível em: <http://www.faa.gov/regulations_policies/handbooks_manuals/ aircraft/amt_handbook/media/faa-808330_ch1 2.pdf>. Acesso em: 12 mar. 2015. _____. Certification and operations domestic, flag, and supplemental air carriers and commercial operators of large aircraft. In: CODE OF FEDERAL REGULATIONS. Title 14, part 65. Washington, 1988. HONEYWELL. Engine light maintenance manual TFE 731. São Paulo: Honeywell Scanning & Mobility, 2005. STECH, Enterprises. Aircraft parts manufacturing assistance. Disponível em: <file:///C:/Users/marcelo/Desktop/NT/regulamentos%20anac/ATA%20100%20 Chapters.html>. Acesso em: 20 mar. 2015. 47 UNIDADE 4 | SISTEMA DE REGISTRO 48 Unidade 4 | Sistema de Registro A excelência de todo o trabalho de manutenção em aeronaves mantém estreita relação com a eficiência na escrituração ou no registro de dados de manutenção. O controle de horas e de outros itens encontra no sistema de registro a conclusão de seu objetivo fim. As cadernetas de manutenção representam a realidade operativa de um artigo, sendo também os principais dispositivos de fiscalização junto a Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac). 1 Registro de Informações de Operação e Manutenção Um artigo aeronáutico requer que toda a sua vida operacional seja registrada. É um histórico que compreende as informações de operações, manutenções, modificações e reparos sofridos pelo tempo em que permaneceu em uso, na linha de revisão ou mesmo no estoque. Para tanto, item 43.9(a) do Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica (RBHA) determina que o profissional qualificado a fazer as anotações nos registos de manutenção é aquele que executa a manutenção preventiva, recondiciona, modifica ou repara uma aeronave, uma célula, um motor, uma hélice, um rotor, um equipamento ou suas partes. O correto registro das informações de um artigo aeronáutico transformar-se em rico histórico, no qual é possível controlar as atividades de manutenção e de operação, sendo ferramenta importante de auxílio à manutenção, principalmente, quando o artigo estiver em pane. O registro é um histórico de problemas e de soluções relatado a partir do momento da fabricação do equipamento. Portanto, o sistema de registro fundamenta todas as ações do mecânico de manutenção, fornecendo-lhe os elementos imprescindíveis a tomadas de decisão, sejam aquelas direcionadas à realização de um serviço de rotina ou à substituição do equipamento inadequado. 49 O controle das atividades de manutenção no sistema de registro está diretamente relacionado à segurança de voo. As informações contidas no sistema asseguram que as diretivas técnicas, necessárias à certificação de aeronavegabilidade, são cumpridas. É pela fiscalização dos documentos de registro que a Anac pode garantir a segurança de voo no espaço aéreo nacional. A Anac, por meio de vistorias, pode determinar a parada de uma aeronave, impedindo-a de decolar pelo tempo que quaisquer irregularidades perdurarem. O descumprimento de uma manutenção programada, das diretivas de um boletim de serviço ou de uma diretriz de aeronavegabilidade são irregularidades fiscalizadas pela Anac. Portanto, é possível reconhecer a importância de um eficiente sistema de registro de informações de manutenção e operação. 2 Diário de Bordo O diário de bordo é o documento de registro das informações relacionadas diretamente à atividade aérea. Nele são documentados, principalmente, os dados relativos ao voo. Porém, as inspeções pré-voo e pós-voo, a partida dos motores, a decolagem e o pouso também são registrados. O registro de horas de voo no diário de bordo representa o ponto-chave de todo o trabalho de manutenção. Importante destacar que as atividades de manutenção dos diversos sistemas que compõem uma aeronave são controladas, principalmente, pelas horas de voo. O trem de pouso é controlado pelo total de pousos e outros componentes, como motores de partida, são controlados por ciclos de partidasnos motores. Nesse sentido, o diário de bordo é o primeiro e o mais atualizado registro de operação de uma aeronave, uma vez que os acontecimentos são relatados em tempo real. Portanto, o trabalho de manutenção deve ser iniciado com a leitura do registro da operação dos equipamentos, dos conjuntos ou dos sistemas. A composição e a estruturação do diário de bordo estão regulamentadas por instrução técnica disponível nos endereços eletrônicos da Anac. O referido documento é composto pelos itens descritos a seguir. a) Capa: traz a identificação do diário de bordo, as marcas de nacionalidade e de matrícula da aeronave (Exemplo: PT-XWZ), o número do diário de bordo e o logotipo da empresa. 50 b) Prefácio: discorre sobre a importância do correto preenchimento das informações no diário de bordo, alertando o comandante da aeronave sobre suas responsabilidades, nos termos da legislação em vigor. c) Termo de abertura: apresenta indicações como marca, fabricante, modelo, serial number, horas totais de voo, ciclos totais, número de pousos etc. d) Parte I (registro de voo): expõe o registro completo das ocorrências da aeronave em voo, tais como as horas voadas, os dados da tripulação, a data do voo, os locais de pouso e decolagem, os horários de pouso e decolagem, o tempo de voo diurno e noturno, as horas de voo por etapa e totais, ciclos parciais e totais de voo. Na Tabela 2 pode ser observado o modelo padrão da parte I do relatório de voo. Tabela 2: Modelo padrão da parte I do relatório de voo Fonte: BRASIL, 2002. e) Parte II (situação técnica da aeronave): explana os dados técnicos referentes à última inspeção realizada na aeronave, indica a próxima inspeção a ser realizada e as horas disponíveis de célula à próxima inspeção, traz o registro de irregularidades encontradas durante o voo ou nas inspeções de pré-voo e pós- voo, explicita os serviços de manutenção realizados e o registro da liberação da aeronave para o próximo voo. A Tabela 3 mostra o modelo padrão da parte II do relatório de voo. Tabela 3: Modelo padrão de parte II do relatório de voo Fonte: BRASIL, 2002. 51 O registro de informações no diário de bordo é o principal documento a bordo da aeronave, capaz de informar o diagnóstico preciso sobre o cumprimento dos programas de manutenção indicados pelos fabricantes de artigos aeronáuticos. 3 Cadernetas de Manutenção Os serviços de manutenção nas aeronaves e nos componentes referentes a reparos, à substituição de itens, a revisões, a inspeções, ao cumprimento de diretivas técnicas ou quaisquer atividades de manutenção devem ser registrado nas cadernetas de manutenção: caderneta de célula, caderneta do motor e caderneta de hélice. a) Caderneta de célula: registros de todos os serviços de manutenção estruturais e de equipamentos instalados na fuselagem, na asa, nos estabilizadores, nas superfícies de controle de voo e no trem de pouso. As manutenções incluem os sistemas não registrados nas cadernetas do motor ou de hélice. b) Caderneta de hélice: registros das manutenções ou das modificações aplicadas aos conjuntos das hélices, instalados nos motores das aeronaves. Apresenta o controle de itens como governadores de hélices, caixas de redução, pás das hélices ou qualquer outro equipamento que mantenha relação direta com o controle ou o sincronismo dos conjuntos. c) Caderneta do motor: registros de todos os dados de serviços de manutenção ou de modificações e instalações ou remoções de itens no conjunto motopropulsor da aeronave. A caderneta do motor é específica a um único motor. Portanto, para aeronaves multimotoras, cada motor tem suas anotações em caderneta própria, contendo seu número de série na capa. As cadernetas de manutenção, em inglês log books, são documentos oficiais de registro dos trabalhos de manutenção. Nas cadernetas são registradas tarefas usuais de manutenções programadas e de serviços não programados, podendo gerar uma diretriz de aeronavegabilidade emitida pela Anac ou um boletim de serviço emitido pelo fabricante do produto. 52 e Seja qual for o motivo, toda a modificação em um artigo aeronáutico deve ser registrada na caderneta de manutenção específica do artigo modificado. Após a modificação e o registro de uma manutenção não programada, realizada em função de uma diretriz técnica opcional, as revisões decorrentes da modificação passam a ser obrigatórias. Isso porque a categoria opcional é válida como parâmetro a uma tomada de decisão, no sentido da implantação ou não de um determinado artigo. No entanto, após a execução dos serviços, a modificação feita na aeronave passa a fazer do equipamento, devendo ter registros atualizados como nas manutenções programadas. A estrutura organizacional de uma caderneta de manutenção é padronizada e regulamentada por instruções técnicas de emissão da Anac. Os modelos estão disponíveis nos apêndices A, B e C da IS nº 43-9-003, da Anac, e compreendem o itens descritos a seguir. a) Capa: informa o número da caderneta, a marca da aeronave, o fabricante, o modelo, número de série e, se houver, o logotipo da empresa. b) Prefácio: apresenta orientações de preenchimento, reforçando a fidelidade à descrição da real situação da aeronave e as consequências legais de responsabilização no caso de negligência ou de fraude no preenchimento. c) Termo de abertura: enumera objetivos para a abertura da caderneta, especificando aspectos relacionados às escriturações de manutenção, inspeção, revisão, reparo, instalação e remoção de componentes; à incorporação de diretrizes de aeronavegabilidade; a modificações e reparos na aeronave, especificada por marca, fabricante, modelo, número de série, horas e ciclos, ano de fabricação, proprietário e operador. d) Parte I (registros mensais de horas): registro das horas mensais e totais do conjunto de célula, motor ou hélice; das horas parciais e ciclos do motor, considerando o tipo de caderneta. Um modelo padrão da parte I, conforme exigido no apêndice A, da IS nº 43.9-003, da Anac, encontra-se na Tabela 4. 53 Tabela 4: Modelo padrão da parte I da caderneta de manutenção Fonte: BRASIL, 2012c. e) Parte II (registros primários de manutenção, inspeção, revisão, pequenas modificações e pequenos reparos): registros das principais atividades de manutenção, detalhados de forma clara e objetiva, incluindo o método utilizado para o cumprimento da rotina de manutenção e o resultado obtido. As formas de anotação estão previstas nas seções 43.9 ou 43.11 do RBHA nº 43, da Anac, e encontram-se de acordo com o modelo apresentado na Tabela 5. Tabela 5: Modelo padrão da parte II da caderneta de manutenção Fonte: BRASIL, 2012c. f) Parte III (registro secundário de incorporação de diretrizes de aeronavegabilidade, grandes modificações e grandes reparos): registro simplificado dos serviços executados, pois se trata do registro secundário de manutenção, que referencia ou completa um registro primário já executado. No registro secundário deve conter o número ou a referência do registro primário e a identificação da pessoa que o transcreveu, para efeito de comprovação da veracidade das informações. A Tabela 6 apresenta o modelo padrão da parte III, conforme o apêndice A, da IS nº 43.9-003, da Anac. 54 Tabela 6: Modelo padrão da parte III da caderneta de manutenção Fonte: BRASIL, 2012c. g) Parte IV (registro de instalação e remoção de componentes controlados): registro de todos os itens controlados pelo histórico de instalação ou de remoção da aeronave. Esse registro deve, primeiramente, ser identificado como remoção ou instalação. E, na sequência, a data do registro, as horas totais, ciclos totais, a identificação PN, a nomenclatura,o número de série, o mecânico responsável pela instalação ou pela remoção e o inspetor. O modelo da parte IV, conforme o apêndice A, da IS nº 43.9-003, da Anac, está representado na Tabela 7. Tabela 7: Modelo padrão da parte IV da caderneta de manutenção Fonte: BRASIL, 2012c. 4 Controle de Itens Instalados em Aeronaves Os itens que equipam os diversos sistemas das aeronaves, além do PN que os identificam no grupo de peças do mesmo gênero e tipo, possuem um número de série (serial number). O número de série é uma identificação particular do item. Por esse número é possível reconhecer a lista completa dos itens instalados na aeronave e registrados nas cadernetas de manutenção. 55 Os itens que integram a célula, os motores e as hélices são registrados nas cadernetas no momento de sua instalação e de sua remoção. 5 Registro de Itens Controlados Uma grande variedade de itens, que equipa os sistemas das aeronaves, possui um programa de manutenção próprio e deve ser controlado individualmente. As fichas histórico ou fichas matrícula, em inglês, log cards, são documentos que acompanharão o item. Nela são relatadas todas as inspeções, as datas de instalação e de remoção e o equipamento usado. Em aeronaves multimotoras, um item pode ter permanecido em uso em qualquer um dos motores da aeronave. Uma bomba hidráulica, por exemplo, pode tanto ter estado em uso em cada motor da mesma aeronave, quanto ter operado em aeronaves diferentes, caso a empresa possua uma frota de mesmo projeto de tipo. Os fabricantes de diferentes motores podem, também, ter optado pela utilização de uma mesma bomba hidráulica por uma questão de compatibilidade entre as aeronaves. O histórico do item proporciona à equipe de manutenção, um diagnóstico mais proficiente, uma vez que, conhecendo o sistema ou o conjunto nos quais o equipamento operou, é possível estimar os seus parâmetros funcionais. Diferentes motores de arranque, por exemplo, apresentam tempos de aceleração diferenciados, interferindo diretamente no ciclo de partidas dos motores. A recuperação da pressão hidráulica, após o abaixamento de um trem de pouso, acontece em tempos distintos para bombas hidráulicas idênticas. Assim, o registro de panes apresentado pelos sistemas das aeronaves descreve a história operacional de um equipamento, possibilitando prever sua substituição em parâmetros comportamentais idênticos. 56 Resumindo A escrituração das informações de operação e de manutenção é parte do serviço executado nas rotinas de manutenção. Um registro equivocado representa manutenção deficiente. Assim, é grande a responsabilidade do mantenedor no que diz respeito ao registro de suas ações. Todos os equipamentos controlados devem ter registros em fichas histórico ou fichas matrícula (log cards), como também nas carteiras de manutenção de célula, dos motores e de hélices. Para efeito do controle descrito, o livro de bordo é o documento de registro de operação da aeronave, no qual são inscritas as horas de voo e qualquer ocorrência sobre o mau funcionamento durante a operação aérea. Glossário Conjunto motopropulsor: o conjunto de motor e hélice em aviões convencionais, turbina e hélice em turboélices e turbina em turbo-jatos. Sincronismo dos conjuntos: ajuste de rotação entre motores ou hélices. 57 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. A excelência de todo o trabalho de manutenção em aeronaves mantém estreita relação com a eficiência na escrituração ou no registro de dados de manutenção. ( ) Verdadeiro ( ) Falso 2) Julgue verdadeiro ou falso. O diário de bordo é o documento de registro das informações relacionadas diretamente à atividade aérea e nele são documentados, principalmente, os dados relativos a manutenção da aeronave. ( ) Verdadeiro ( ) Falso Atividades 58 Referências AIRBUS. Helicopters. Aircraft maintanece manual EC 725. França: AIRBUS, 2012. ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. Apresentação de dados requeridos para certificação suplementar de tipo: IS n. 21-021. Disponível em: <http://www2. anac.gov.br>. Acesso em: 15 mar. 2015. _____. Cadernetas de célula, de motor e de hélice: IS n. 43.9-003. Disponível em: <http://www2.anac. gov.br>. Acesso em: 15 mar. 2015. _____. Certificação de produto aeronáutico: RBAC n. 21. Disponível em: <http:// www2.anac. gov.br>. Acesso em: 15 mar. 2015. _____. Diário de bordo: IAC 3151. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br>. Acesso em: 16 mar. 2015. _____. Diretrizes de aeronavegabilidade: IS n. 39-001. Disponível em: <http://www2. anac.gov.br>. Acesso em: 21 mar. 2015. _____. Etiqueta de aprovação de aeronavegabilidade: IS n. 43.9-002. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br>. Acesso em: 16 mar. 2015. _____. Informação sobre organização, regulamentos e procedimentos para certificação de produtos aeronáuticos: CI n. 20-001. Disponível em: <http://www2. anac.gov.br>. Acesso em: 12 mar. 2015. _____. Manutenção, manutenção preventiva, reconstrução e alteração: RBAC n. 43. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br>. Acesso em: 20 mar. 2015. _____. Organizações de manutenção e de produto aeronáutico: RBAC n. 145. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br>. Acesso em: 16 mar. 2015. _____. Publicações técnicas: IS n. 145.109-001. Disponível em: <http://www2.anac. gov.br>. Acesso em: 21 mar. 2015. _____. RBHA65: Apêndice A. Disponível em:<http://www2.anac.gov.br>. Acesso em: 20 mar. 2015. 59 _____. Requisitos operacionais: operações complementares e por demanda, RBAC n. 135. Disponível em: <http://www2. anac.gov.br>. Acesso em: 17 mar. 2015. EMBRAER – EMPRESA BRASILEIRA DE AERONÁUTICA. 110: manual de reparos estruturais. São Paulo: Embraer, 2007. _____.190: aircraft wiring manual. São Paulo: Embraer, 2014. _____. Legacy: aircraft maintenance manual. 32.rev. São Paulo: Embraer, 2013. _____. Legacy: aircraft wiring manual. 42.rev. São Paulo: Embraer, 2013. _____. Legacy: illustrated parts catalog. 55.rev. São Paulo: Embraer, 2014. _____. Legacy: structural repair manual. São Paulo: Embraer, 2011. EMPRESA BRITÂNICA DE TECNOLOGIA AEROESPACIAL E DEFESA. Rolls-Royce. Power plant buildup. São Paulo: Embraer, 2001. FAA – FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. Publications, forms, & records. Disponível em: <http://www.faa.gov/regulations_policies/handbooks_manuals/ aircraft/amt_handbook/media/faa-808330_ch1 2.pdf>. Acesso em: 12 mar. 2015. _____. Certification and operations domestic, flag, and supplemental air carriers and commercial operators of large aircraft. In: CODE OF FEDERAL REGULATIONS. Title 14, part 65. Washington, 1988. HONEYWELL. Engine light maintenance manual TFE 731. São Paulo: Honeywell Scanning & Mobility, 2005. STECH, Enterprises. Aircraft parts manufacturing assistance. Disponível em: <file:///C:/Users/marcelo/Desktop/NT/regulamentos%20anac/ATA%20100%20 Chapters.html>. Acesso em: 20 mar. 2015. 60 UNIDADE 5 | CERTIFICAÇÃO DE AERONAVEGABILIDADE E REGULAMENTOS APLICÁVEIS 61 Unidade 5 | Certificação de Aeronavegabilidade e Regulamentos Aplicáveis A certificação de aeronavegabilidade obtida por um artigo, pertencente a um projeto de tipo, representa que o artigo foi inspecionado, conforme as especificações exigíveis à operação a qual se propõe, e atendeu todas as diretrizes de aeronavegabilidade aplicáveis. Portanto, a certificação de aeronavegabilidade é o consentimento da Anac para que um artigo aeronáutico opere no território nacional, pois atende a padrões de segurança, em observação aos regulamentos dos órgãos internacionais, com os quais o Brasil tem acordos. Nesse sentido, a segurança permeia tanto a regulação quanto a execução de todos os assuntos aeronáuticos. 1 Diretrizes de Aeronavegabilidade As diretrizes
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