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ARTRITE REUMATÓIDE Doença multissistêmica crônica de causa desconhecida. É uma inflamação sinovial persistente que causa lesões das cartilagens e erosões ósseas, com alterações subseqüentes na integridade articular. Sua evolução é variável e acomete principalmente as articulações periféricas de maneira simétrica. Pode ser oligoarticular leve e de breve duração, ou poliarticular (geralmente) progressiva. Acomete mais as mulheres 3:1, e a prevalência aumenta com a idade. Atinge entre 20-60 anos, podendo acometer crianças, mas inicia-se entre 40-50 anos principalmente. Manifestações clínicas: Geralmente o início é insidioso, com fadiga, anorexia, fraqueza generalizada e sintomas musculoesqueléticos vagos, que podem persistir semanas/meses antes dos sintomas de sinovite. Geralmente é uma poliartrite crônica bilateral e simétrica, mas que pode ter início agudo (10%), com febre, linfadenopatia e esplenomegalia. As principais articulações acometidas são: metacarpofalangeanas (mãos), interfalangeanas proximais, punhos, cotovelos, ombros e joelhos, além de pés e coxofemorais. Doença articular Dor, tumefação, hipersensibilidade à palpação. A dor é agravada pelo movimento, a rigidez é generalizada (máxima na inatividade). Maioria dos pacientes apresenta sintomas como fraqueza, fatigabilidade fácil, anorexia, perda ponderal. Clinicamente, o início é de comprometimento físico, calor local, eritema infreqüente. A dor é da cápsula articular e o aumento de volume é por acúmulo de líquido sinovial, hipertrofia da sinóvia e espessamento capsular. Geralmente a articulação é mantida em flexão para reduzir a distensão da cápsula. Critérios diagnósticos: Rigidez Matinal – pelo menos uma hora Artrite de 03 ou mais articulações: vista por médico. IFP, MCF, punho, cotovelo, joelho, tornozelo, MTF. Artrite das mãos: (IFP, MCF ou punho) Artrite simétrica Nódulos reumatóides: estruturas periarticulares, superfícies extensoras, proeminências ósseas ou justa-articulares, vista por médico. (pp em áreas de compressão mecânica, mas podem apareder na pleura e meninges) – occipício, bolsa do olecrano, ulna proximal, tendão de aquileu. Raramente são sintomáticos. Fator reumatóide (por qualquer método) Alterações radiográficas: erosões ou osteoporose justa-articular MÃO REUMATÓIDE: Carpite bilateral, artrite de metacarpofalangeanas e interfalangeanas proximais Dedos em pescoço de cisne; Acometimento dos pés; DESVIO CUBITAL: dedos em ventania Protusão das metacarpofalangeanas Radiograficamente: inicialmente há aumento do volume dos tecidos moles e derrame articular. Com o tempo há osteopenia justarticular, com perda de cartilagem articular e erosões ósseas; lesões em saca bocado, subluxações, cistos e redução de espaço. Outras manifestações: anemia, febre, adinamia, vasculite, neuropatia periférifca, derrame pleural, doença pulmonar intersticial CARDÍACAS – rara, mas aparece pericardite assintomática. LESÕES OCULARES: Esclerite (mais profunda e mais grave), Episclerite (leve e transitória), Escleromalacia (adelgaçamento e perfuração), ceratoconjuntivite seca (assoc. com S. de Sjögren) AMILOIDOSE: complicação mais grave, principalmente no rim EXAMES LABORATORIAIS: Fator reumatóide positivo – aumentam com a idade, mas não estabelecem o diagnóstico porque aparecem em diversas doenças. ( Auto-Anticorpo (mais freqüente IgM) contra a Ig G do próprio indivíduo. Métodos de detecção: -latex; -Waaler-Rose; -Nefelometria; -Outros Não funciona como triagem, mas tem valor prognóstico, visto que altos títulos tendem a apresentar doença mais grave e progressiva, com manifestações extra-articulares. FAN pode ser positivo Anemia normocítica hipocrômica ou normocrômica – reflete eritropoiese ineficaz Leucócitos normais, mas pode haver leucocitose discreta ou leucopenia. Eosinofilia na doença grave. VHS, PCR, Mucoproteínas e (-1 glicoptn ácida elevados Hipergama policlonal Anti-CCP (Ac citrulinado cíclico) Líquido sinovial turvo, viscosidade diminuída, aumento de ptns, glicose normal ou diminuida. Leucóctiso 5-50.000, com predomínio de PMN. Complemento total diminuindo em relação a ptns. TRATAMENTO: Paliativo Repouso, imobilização, etc. AINE (alívio da dor e redução da inflamação) e analgésicos Glicocorticóides orais em doses baixas – suprimem inflamação e podem retardar a progressão da doença DMARDS: (antireumáticos modificadores da doença) Antimaláricos: Difosfato e hidroxicloroquina Methotrexato: 10-15mg/semana em 1 ou 2 dias. Leflunomida Inibidores de TNF (Fator de Necrose tumoral) Infliximab – Infusão 3-5mg/kg Etanercept - Subcutâneo – 50mg/semana Adalimumabe – único humano, de 14/14 dias �PAGE � �PAGE �1�
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