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ESPONDILOARTRITES Espondilite anquilosante Artrite reativa (Síndrome de Reiter) Artrite psoriásica Enteroartropatias (D. Crohn e Retocolite Ulcerativa) Outras Diagnóstico diferencial das lombalgias: Lombalgia inflamatória: dor e rigidez que pioram ao repouso e melhoram ao movimento Lombalgia mecânica: dor e rigidez que pioram ao movimento e melhoram ao repouso Manifestações comuns: Sacroileíte Artrite periférica e axial / acometimento da coluna Entesopatia (entesis: local de inserção dos tendões, fascias, etc no osso) HLAB27 (+) Envolvimento extra-articular: pele, olhos, intestino, mucosa, pulmão, aorta, TGU (uretrite) ESPONDILITE ANQUILOSANTE Acomete mais homens (3:1) jovens (20-30anos). A causa de EA não é conhecida, mas tem haver com um padrão genético, devida a existência de um marcador genético comum (HLA-B27), que está presente na maioria dos indivíduos afetados, tornando essas pessoas predispostas a ter a doença. “Anquilose”: perda da movimentação de articulação naturalmente móvel (diferente de Artrodese: perda cirúrgica da movimentação da articulação Manifestações clínicas: Sacroileíte bilateral (entesite / sinovite / artrite) – uma das mais precoces, mas o edema e a infiltração celular pode evoluir para sinovite, pannus, erosão e formação de osso novo até obliterar totalmente a articulação. Dor vaga e insidiosa, na região lombar ou glútea, acompanhada de rigidez matinal lombar que dura algumas horas e melhora com o movimento. Após meses torna-se persistente e bilateral, podendo exacerbar-se à noite. Hipersensibilidade óssea = reflexo da entesite (condroesternal, processos espinhosos, cristas ilíacas, trocanter maior, túber isquiático, tuberosidade tibial e tornozelos) Perda da mobilidade da coluna (limitação da flexão anterior e lateral, assim como extensão da coluna lombar e expansão do tórax) Aumento da cifose torácica – fibrose pulmonar apical: manifestação extra-articular mais freqüente Retificação da lordose lombar Perda do equilíbrio corporal – posição do esquiador (fraqueza do músculo psoas) Imobilidade esquelética irreversível Uveíte anterior aguda – extra-articular: unilaterais, dor, fotofobia, aumento do lacrimejamento. Pode reicidivar no olho oposto Artrite periférica geralmente assimétrica Dor e rigidez do pescoço – manifestações tardias HLAB27+: lesão aórtica isolada e/ou BAV total Diagnóstico: Teste de Schober – medida da flexão da coluna lombar: paciente ereto, com tornozelos unidos, com marcações 5cm abaixo e 10cm acima da junção lombossacra (linha horizontal entre as espinhas ilíacas póstero-superiores). A seguir ele inclina-se o máximo para frente e mede-se a distância entre as marcas. Na mobilidade normal há aumento de >5cm e <4cm quando diminuída. A expansão do tórax é medida pela diferença entre a inspiração máxima e a expiração máxima forçada no 4º EIC (H) e abaixo das mamas (M). A expansão normal é >5cm. Achados laboratoriais Nenhum é diagnóstico B27 + em 90% dos pacientes (não é necessário para diagnóstico) VHS, PCR e FA (em pacientes graves) estão elevados FAN e fator reumatóide ausentes Pode haver elevação de IgA Líquido sinovial inespecificamente inflamatório Achados radiográficos RX sacro-ilíaca: pseudoalargamento (destruição da cartilagem), esclerose óssea (resposta ob) e fusão articular (anquilose – obliteração aticular) RX vertebral: Sindesmófitos ósseos marginais: ossificação do DIV (porção externa) / pontes ósseas entre os corpos vertebrais (diferente de osteófitos: que promovem um labiamento da vértebra) Coluna em bambu: ossificação do anel fibroso e dos discos paravertebrais – processo ascendente Sinal de Romanus: quadratura vertebral por retificação da face anterior do corpo vertebral (devido a periostite da região) – erosão dos corpos vertebrais na margem discal Para diagnóstico: Sacroileíte radiográfica + Dor lombar inflamatória (<40anos, insidiosa, >3meses, rigidez matinal, alívio com atividade) e/ou mobilidade lombar limitada e/ou expansão torácica limitada para idade e sexo. Tratamento: AINE: Indometacina, mas todos podem ser eficazes Atualmente: Anti-TNF - droga de primeira escolha – infliximab, etanercepte, adalimumab ( em casos de axial sem resposta a AINE SFZ (sulfassalazina) e MTX (methotrexato) – articulações periféricas Fisioterapia: cinesioterapia e RPG são excelentes coadjuvantes ARTRITE PSORIÁSTICA Psoríase: doença eritemato-escamosa crônica conseqüente a uma maior velocidade do ciclo evolutivo dos queratinócitos. Acomete 1-3% da população mundial, mais em homens. Já a AP acomete até 30% dos pacientes com psoríase e na maioria dos casos a psoríase precede a AP. Inicia-se em torno dos 35-50anos e não tem preferência por sexo. A psoríase é uma doença eritematodescamativa (escamas argênticas), que acomete principalmente as zonas extensoras (cotovelo, joelho), prega glútea, periumbilical, couro cabeludo e unha. Pela curetagem há o sinal da vela (descamação) e sinal do orvalho sanguíneo (Sinal Auspitz - raspagem de uma placa eritemato-escamosa, onde se visualizam vários minúsculos pontos hemorrágicos aflorando na lesão) Manifestações clínicas: Classificação de Wright e Moll artrite das articulações interfalangeanas distais (5-15%) – lesão exclusiva das IFD, onicodistrofia oligoartrite assimétrica (70%) – mãos, tornozelos, joelhos, quadris; entesite; dactilite (dedos em salsicha – alteração típica da artrite periférica por tenossinovite dos flexores) poliartrite simétrica (15%) (semelhante à AR) – pode evoluir com anquilose IFP e IFD (mão em garra) comprometimento axial (articulações vertebrais e sacroilíacas) (5-40%) – semelhante a EA; sacroileíte assimétrica, sindesmófitos atípicos, insuficiência aórtica/prolapso mitral artrite mutilante (5%) – forma mais grave, lesão cutânea disseminada, sacroileíte freqüente, reabsorção das falanges digitais (encurtamento dos dedos) Além dessas: dactilite, tenossinovite e entesite. A dactilite ocorre em mais de 30% dos casos e também pode ser aguda e muito dolorosa. Pode haver também uveíte anterior e lesões ungueais Achados laboratoriais: elevação de PCR, VHS, ácido úrico. Achados radiológicos: “Lápis no copo” – afinamento das falanges distais e alargamento da base da falange terminal Assimetria Destruição grosseira isolada de pequenas articulações Sacroileíte unilateral Subluxação Engavetamento de dedos e osteólise dos ossos da falange e metacárpicos “Suíça” – erosões marginais com proliferação óssea adjacente Tratamento: AINE – 1ª escolha Methotrexato – melhora cutânea e articular SFZ – melhora cutânea e articular PUVA – melhora cutânea e articular (psoraleno mais luz UVA) HCQN – pode piorar a lesão cutânea Inibidores de TNF (infliximab e etanercepte) ARTRITE REATIVA (Sd. De Reiter) Artrite não purulenta aguda, que complica uma infecção localizada em outra parte do corpo, recente ou atual (após infecções entéricas ou urogenitais, pp), sem a presença de germe na articulação. Acomete mais jovens de 18-40anos, mas pode ocorrer em crianças e adultos de mais idade. Não há preferência por sexo. Os principais agentes são: Chlamidia tracomatis – principal Shigella, Salmonella, Yersinia, Campylobacter, Clostridium Manifestações: Tríade: Artrite + Uretrite + Conjuntivite Artrite: início súbito, mono ou oligoarticular, assimétrica, dolorosa, aditiva (acomete mais articulações ao longo dos dias) – joelho, tornozelo, SI, pododáctilos; Entesite. Pode haver derrames, dactilite (dedo em salsicha), tendinite, fasciite, sacroileíte, etc. Uretrite: pouco sintomática, prostatite/salpingite/cervicite crônica assintomáticas, saída de secreção mucóide clara. Antes do surgimento pode ter diarréia aquosa e profusa. Conjuntivite: auto-limitada (1d-semanas, em geral de 7-10dias), mas pode surgir iridociclite anterior aguda que evolui com dor e perda da visão. Diarréia préviaLesões mucocutâneas: (patognomônicas) Balanite circinada – vesículas indolores coalescentes, que sofrem rápida ruptura para formar erosões. Queratodermia Blenorrágica – pápulas amareladas muito descamativas nas regiões plantares. São vesículas que se tornam hiperceratóticas e formam crostas antes de desaparecerem. Mais nas palmas e plantas. Diagnóstico: VHS elevada, líquido sinovial inespecífico inflamatório B27 (+) Radiologicamente: osteopenia justa-articular, periostite calcâneo, SI assimétrica Swab uretral + Cultura (+ sensível) + Sorologia (Ac anti-clamídia) Pacientes com infecção ativa podem possuir baixos índices de Ac Tratamento: Artrite: AINES e corticosteróides, MTX, fisioterapia Chlamydia: Antibioticoterapia (Doxiciclina) – 100mg 2x/d (3 meses) Anti-TNF: etanercepte – formas axiais DII Oligoartrite periférica: forma mais freqüente, associada a atividade da doença, mas pode preceder o diagnóstico. Essa artrite melhora com o tto da doença de base. Há acometimento de grandes articulações, pp MMII. Poliartrite periférica: forma mais erosiva, não associada à atividade da doença, raramente precede o diagnóstico. Chron tem evolução mais deformante. Espndilítica: HLAB27 +, não associada à atividade da doença Outras: síndrome SAPHO: sinovite, acne conglobata, pustulose palmo-plantar, hiperostose óssea, osteomielite Variante da AP? �PAGE � �PAGE �3�
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