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O Homem que Confundiu sua Mulher com um Chapeu

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
Curso de Psicologia
Processos Psicológicos Básicos
Alexia Moreira Nascimento – RA: C626ED-1
Prof.º Leonardo C. Guimarães
Goiânia
Setembro de 2015
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
Curso de Psicologia
Alexia Moreira Nascimento – RA: C626ED-1
Professor Leonardo C. Guimarães
Trabalho apresentado na disciplina de Processos Psicológicos Básicos (PPB) do curso de Psicologia da Universidade Paulista sob a orientação do professor Leonardo C. Guimarães.
Goiânia
Setembro de 2015
O cientista e neurologista Oliver Sacks é também um excelente narrador, dono do raro poder de compartilhar com o leitor leigo certos mundos que de outro modo permaneceriam desconhecidos. Sacks faz isso relacionando psicologia, biologia, sociologia e artes. Durante a leitura do livro destacamos determinados contos: “O homem que confundiu sua mulher com um chapéu” – que também é titulo do livro – e “A mulher desencarnada”. Pensamos então em como não se encantar com a precisão e fragilidade do cérebro humano que se evidenciam nas disfunções?
O homem que confundiu sua mulher com um chapéu
O Dr. P. – o paciente em questão – era um ótimo musico, anos depois da gloria como canto tornou-se professor e na faculdade notou-se os primeiros sinais de certos problemas. Dr. P não reconhecia seus alunos, não os reconhecia pelo rosto, mas consegui reconhecê-los pela voz. Tipos de problemas foram acontecendo com mais frequência, como o carinho no topo de hidrantes e parquímetros pensando serem crianças. A primeira reação sobre essas confusões e desconhecimentos foi o humor, de Dr. P e dos demais. A preocupação veio anos depois quando descobrirá o diabetes. Dr. P descobre do oftalmologista que seus olhos não tinham nada, mas sim as partes visuais do seu cérebro. P com suas novas preocupações procura um neurologista.
Sacks notou seus primeiros sintomas: a não fixação dos olhos no rosto como um todo; e o segundo foi à anormalidade nos reflexos do lado esquerdo cérebro. Foi após os exames inicias que ocorreram fatos desconcertantes e aparentemente sem explicações, primeiramente o paciente não conseguiu distinguir entre seu pé e seu sapato, e no fim dos exames confundiu a cabeça da sua mulher com seu chapéu.
Obtemos aqui um espanto: como pode alguém confundir sua mulher com um chapéu? A neuropsicologia explica que a área do lado inferior do hemisfério direito do cérebro nós faz reconhecer uma face humana em um sétimo de segundo. Assim que é detectada, ocorre o reconhecimento. Isto é, as suas estratégias de processamento sobre esse lado especifico do cérebro estava “desregulada”, a neuropsicologia trata dessa abordagem como top-down – visão geral do sistema, partindo de uma instância final para a inicial – isto é, Dr. P apresentava determinada síndrome ou distúrbio sobre esse tipo de processamento de informações.
Dentro dos processos básicos da psicologia concluímos que Dr. P, apesar do desajuste no que se refere a top-down, observamos o uso incrível dos outros sentidos, deste modo, quando ele recebe a flor de Sacks faz uma analise minuciosa do objeto: ”Uma forma vermelha em espiral, comum anexo linear verde” (...) “Não tem a simetria simples dos poliedros regulares, embora talvez possua uma simetria própria, superior... Acho que poderia ser uma inflorescência ou flor”. Não existe a exata noção da forma no começo, entretanto, com o uso da noção de percepção e forma engatado aos outros sentidos tato e do olfato, Dr. P chega a conclusão que tem nas mãos uma rosa têmpora, com um aroma divino.
A Mulher Desencarnada
Christiana, 27 anos, mãe de dois filhos e um dia desencarnou, começando pelas dores abdmonais. Foi operada para a retirada da sua vesícula biliar e durante a internação após um sonho, ele perderá toda a sua capacidade de se reconhecer no espaço, não sentia seus braços ou pernas.
Christina sentia essa perda, mas não havia dor. Sacks nos diz que poderia ser uma histeria e sua recuperação por completo seria algo já descartado. Após tentativas de diagnósticos foi constatado que Christina, sofria uma interrupção dos sentidos, ou melhor, a propriocepção estava falhando, como se seus sentidos não tivessem mais uma direção. Isto é, a percepção de si mesma estava agora distante, do seu corpo, e por isso ela se sente como se “tivesse desencarnado”. Ela perdera o "ego-corporal" que Freud considera como a base do "eu".
Seus movimentos e voz não respondiam a sua “vontade”, ela estava realmente desencarnada. Pela falta de percepção, podemos dizer que Christina vivia em silêncio sensorial.
A partir deste caso temos a maior contemplação do que é a percepção em aspectos psicológicos e biológicos. A percepção é considerada, portanto, algo natural, mas extremamente essência para a sobrevivência, já que é complementar aos sentidos.
Referências Bibliográficas.
Sacks O. “O homem que confundiu sua mulher com um chapéu”. 1ª Ed SP Cia das Letras, 1997.
Myers, D. Intr. geral à Psicologia. RJ LTC, 2006 – Capítulo “Sensação e Percepção”.
Atkinson, RL et. AL Intr. à Psic. (Hildegard) 13ed. Porto Alegre Artmed, 2002. Cap 4.

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