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Teoria Microeconômica ITeoria Microeconômica I Prof. Marcelo Matos Aula 25Aula 25 Revisão da segunda parte Trocas Varian - cap. 29 (ou 30) Modelo de trocas purasModelo de trocas puras • Equilíbrio Geral: como condições de oferta e demanda• Equilíbrio Geral: como condições de oferta e demanda interagem em vários mercados para determinar os preços p ç • Cada indivíduo descrito por sua ui(xi) e sua dotação ωi Cesta de consumo: x = (x 1 x 2 x k);– Cesta de consumo: xi = (xi1, xi2, ..., xik); – Uma alocação: x = (x1, x2, ..., xn) (j=1 2 k bens e i = 1 2 n indivíduos)(j=1,2,...,k bens e i = 1,2,...,n indivíduos) • Cada indivíduo resolve: max ui(xi) s.a. pxi = pωi função de demanda individual: xi (p, pωi) • Uma alocação factível:U a a ocação act e , , etc.11 i i i ix 22 i i i ix A Caixa de EdgeworthA Caixa de Edgeworth • Caso simplificado (2 bens e 2indivíduos):Caso simplificado (2 bens e 2indivíduos): xA1 + xB1 = ωA1 + ωB1 xA2 + xB2 = ωA2 + ωB2 • A Caixa de Edgeworth constitui uma representação gráfica deste sistema econômico simplificado – Largura equivalente a ωA1 + ωB1 – Altura equivalente a ωA2 + ωB2 P t d d t ã i i i l W• Ponto de dotação inicial W • Alocação M: ponto na interseção dos conjuntos das t f t f id A Bcestas fracamente preferidas por A e por B A Caixa de EdgeworthA Caixa de Edgeworth Alocações Eficientes de ParetoAlocações Eficientes de Pareto • Trocas tendem a ser realizadas até que se exauremTrocas tendem a ser realizadas até que se exaurem as possibilidades de movimentos mutuamente benéficos • Alocações eficientes de pareto Onde cessam as trocas não há mais trocas– Onde cessam as trocas – não há mais trocas mutuamente benéficas – Não há mais meios de melhorara situação de um indivíduo sem piorara de outro Curvas de indiferença têm que ser tangentes • Conjunto dos pontos de tangência das curvas de indiferença: Curva de contratoindiferença: Curva de contrato As Trocas de MercadoAs Trocas de Mercado • Forma específica de realizar as trocas: usando o sistema de preços • Dados preços relativos específicos, as demandas líquidas vão se equivaler?se equivaler? • Excesso de oferta ou de demanda tende a influenciar os preços – interação dos agentes ou figura do leiloeiro– interação dos agentes ou figura do leiloeiro TMS =TMS =p /pTMSA=TMSB=p1/p2 ExercícioExercício E l• Exemplo: – A: (ωA1, ωA2) = (8, 2); u(x1, x2) = x13 x22 – B: (ωA1, ωA2) = (4, 6); u(x1, x2) = x1 x2B: (ωA , ωA ) (4, 6); u(x1, x2) x1 x2 • Encontre os preços de equilíbrio de forma que asEncontre os preços de equilíbrio, de forma que as trocas conduzam a uma alocação eficiente de Pareto • Na alocação resultante, aponte quais serão as demandas brutas dos agentesg A Álgebra do EquilíbrioA Álgebra do Equilíbrio Quantidade demandada se iguala à quantidade disponível:Q g q p • xA1 (p1*,p2*) + xB1 (p1*,p2*) = ωA1 + ωB1 • xA2 (p1*,p2*) + xB2 (p1*,p2*) = ωA2 + ωB2 Rearrumando: • [xA1 (p1*,p2*) – ωA1 ]+ [xB1 (p1*,p2*) – ωB1] = 0 • [xA2 (p1*,p2*) – ωA2 ]+ [xB2 (p1*,p2*) – ωB2] = 0 Definindo as Demandas Excedentes Agregadasg g • z1(p1,p2) = eA1(p1,p2) + eB1(p1,p2) • z2(p1,p2) = eA2(p1,p2) + eB2(p1,p2) Em equilíbrio (p1*,p2*): • z1(p1,p2) = 0 e z2(p1,p2) = 0 Se z1 =0 então z2 necessariamente terá de ser zero Lei de WalrasLei de Walras Valor da cesta consumida tem que ser igual o valor da dotação 1 ( ) 2 ( ) 1 2• p1 xA1 (p1,p2) + p2 xA2 (p1,p2) = p1 ωA1 + p2 ωA2 • p1 eA1 (p1,p2) + p2 eA2 (p1,p2) = 0 O mesmo vale para agente B:O mesmo vale para agente B: • p1 eB1 (p1,p2) + p2 eB2 (p1,p2) = 0 Somando:Somando: • p1 z1 (p1,p2) + p2 z2 (p1,p2) = 0 • Como valor de demanda excedente de cada agente é igual a g g zero, o valor da soma das demandas excedentes tem que ser igual a zero. Para quaisquer preços p1 e p2. S d d i l f t d ( )• Se a demanda se igualar a oferta em um mercado z1 (p1,p2) logo isto também ocorrerá no outro mercado z2 (p1,p2) • Se houver k bens precisamos encontrar conjunto de preços em• Se houver k bens,precisamos encontrar conjunto de preços em que k-1 mercados estejam em equilíbrio. Lei de Walras garante que mercado do bem k também estará em equilíbrio Preços RelativosPreços Relativos • Lei de Walras implica em k-1 equações independentes em um sistema com k incógnitas • De fato, só há k-1 variáveis independentes • Se (p1*, p2*) são preços de equilíbrio, (tp1*, tp2*) também serão, para qualquer t>0 • Podemos dividir todos os preços, por exemplo, por p¹ ExercícioExercício E l• Exemplo: – A: (ωA1, ωA2) = (8, 2); u(x1, x2) = x13 x22 – B: (ωA1, ωA2) = (4, 6); u(x1, x2) = x1 x2B: (ωA , ωA ) (4, 6); u(x1, x2) x1 x2 • Encontre os preços de equilíbrio de forma que asEncontre os preços de equilíbrio, de forma que as trocas conduzam a uma alocação eficiente de Pareto • Na alocação resultante, aponte quais serão as demandas brutas dos agentesg Primeiro Teorema da Teoria do Bem-Estar 1° T T d ilíb i d d ã• 1° Teorema: Todos os equilíbrios de mercado são eficientes de Pareto! • um mercado competitivo irá esgotar todos os ganhos de• um mercado competitivo irá esgotar todos os ganhos de trocas – a alocação de equilíbrio alcançado por este mecanismo será necessariamente eficiente de Paretomecanismo será necessariamente eficiente de Pareto • Teorema não diz nada sobre distribuição dos benefícios • Pressupostos implícitosp p – Agente só se preocupa com o seu consumo de bens (não há externalidaes de consumo) A t t d i titi– Agentes se comportam de maneira competitiva no caso de muitos agentes e bens isto economiza a quantidade de informações necessáriasquantidade de informações necessárias Mecanismos alternativos Monopolista simples • A escolhe ponto na curva de preço-consumo de B que lhe dá a maior utilidade • A partir da cesta ótima X escolhida por A verificamos que existe a• A partir da cesta ótima X, escolhida por A, verificamos que existe a possibilidade de melhorar a situação de ambos, se pudessem ser adotados novos preços relativos A alocação de monopólio simples é ineficiente de Pareto! Monopolista discriminador de primeiro grauMonopolista discriminador de primeiro grau • Para cada unidade do bem 1, A escolhe o preço mais alto que ainda induza B à troca • A escolhe a cesta X que lhe proporciona a maior utilidade possível ao longo da curva de indiferença de B • A partir deste ponto não há como promover melhorias de pareto• A partir deste ponto, não há como promover melhorias de pareto A alocação de monopólio discriminador é eficiente de Pareto! Segundo Teorema da Teoria do Bem-Estar • 2° Teorema: se todos os agentes tiverem preferências convexas, h á j t d t l d l ãhaverá sempre um conjunto de preços tal, que cada alocação eficiente de Pareto seja um equilíbrio de mercado para uma distribuição apropriada de dotações • Prova é dada pelo argumento geométrico – Conjunto de cestas preferidas por A e B não podem se sobrepor Preferências convexas garantem istosobrepor. Preferências convexas garantem isto. • Problemas de distribuição e de eficiência podem ser separados • Duas maneiras de afetar a distribuição de renda – Via preços (ou impostos sobre produtos): gera distorções Via transferência de poder de compra - dotações ou renda: não– Via transferência de poder de compra - dotações ou renda: não gera distorções Qualquer alocação eficiente de Pareto poderia ser alcançada por uma redistribuição de poder de compra (primeiro passo) epor uma redistribuição de poder de compra (primeiro passo) e deixando o mercado competitivo funcionar (segundo passo), com preços refletindo de forma correta a escassez relativa A produção Varian - cap. 30 (ou 31)A Economia de Robinson CrusoéA Economia de Robinson Crusoé • Robinson pode fazer escolhas de forma direta, sem intermédio de um sistema de mercado Solução via MercadoSolução via Mercado A Crusoé S.A. • A empresa contratará certa quantidade de trabalho, pagando w • Os lucros π são apropriados por Robinson • Podemos definir p =1 (numerário)• Podemos definir pc=1 (numerário) • A partir dos preços vigentes pc e w, empresa faz escolha maximizadora de lucro • Lucro é dado por: π = C – wL • Reta isolucro: C = π + wLC = π + wL Solução via MercadoSolução via Mercado O Consumidor/Trabalhador • Robinson tem dotação inicial (π*, 0) • Robinson pode trabalhar algumas horas P f ê i (b ) t b lh ( l)• Preferências: coco (bem) e trabalho (mal) • Lazer (Z) é diferença entre Lmax e L ofertada • Restrição orçamentária: passa pela dotação; inclinação wRestrição orçamentária: passa pela dotação; inclinação w • Escolha do consumidor: tangência com curva de indiferença mais elevada possível Solução via MercadoSolução via Mercado • Juntando os dois, encontramos a mesa solução que aquela encontrada diretamente, sem intermédio do mercado • Em equilíbrio, demanda se iguala à oferta:Em equilíbrio, demanda se iguala à oferta: – Demanda por trabalho se iguala à oferta de trabalho para um dado preço de equilíbrio w – Demanda por cocos se iguala à oferta de cocos para um dado nível de preços Pc A l d ít l t i d fi i d d b• A exemplo do capítulo anterior, definimos o preço de um dos bens como unitário (bem numerário), uma vez que o que importa são os preços relativos • Descentralização: cada agente na economia só precisa levar em consideração os preços e fazer sua próprias decisões Tecnologias diferentesTecnologias diferentes • Tecnologia com retornos decrescentes de escala – Caso analisando até o momento • Tecnologia com retornos constantes de escala – Única posição de operação razoável para empresaÚnica posição de operação razoável para empresa competitiva é o lucro zero • Tecnologia com retornos crescentes de escala – Mercados competitivos não irão funcionar E d j á d i i d id– Empresa desejará produzir mais do que consumidores irão demandar – Problema do tipo de um monopólio natural: CMe ob e a do po de u o opó o a u a C e maiores que CMg, implicando em lucros negativos A Produção e os Teoremas do Bem EstarA Produção e os Teoremas do Bem-Estar • 1° Teorema: se todas as empresa agirem como maximizadoras de lucro competitivas, o equilíbrio de competitivo será eficiente de Paretocompetitivo será eficiente de Pareto 2° Teorema: toda alocação eficiente de Pareto• 2° Teorema: toda alocação eficiente de Pareto constitui um possível equilíbrio competitivo, desde que – os consumidores apresentem preferências convexas– os consumidores apresentem preferências convexas – os conjuntos de produção das empresas sejam convexos (retornos de escala constantes ou ( decrescentes) ExercícioExercício Igual à questão do teste: • A função de produção da empresa é dada por: C = f(L) = 2 L½C = f(L) = 2 L½ • A função de utilidade com relação a lazer e coco é dada por: U (Z,C) = Z * C ( ) • A quantidade máxima de horas que Perdido pode trabalhar são 10 horas • Determine a quantidade ótima de horas de trabalho que será dedicada à produção de cocos. • Determine a taxa de salário que irá equilibrar o mercado de trabalho. Determine o nível de utilidade obtido por Perdido• Determine o nível de utilidade obtido por Perdido. Possibilidades de ProduçãoPossibilidades de Produção • Adicionando um segundo bem: peixes T l i di ti t d ã d i• Tecnologias distintas para a produção de cocos e peixes • Caso simples de retornos de escala constantes: Robison: Sexta-feira:Robison: Sexta feira: F = 4,5 Lf C = 9 Lc L L 10 F = 9 Lf C = 4,5 Lc L + L = 10Lf + Lc = 10 F/4,5 + C/9 = 10 C = -2F + 90 Lf + Lc = 10 F/9 + C/4,5 = 10 C = -1/2 F + 45 Conjuntos de Possibilidades de Produção Eficiência de ParetoEficiência de Pareto • Caixa de Edgeworth dentro do conjunto de possibilidades de produçãopossibilidades de produção • Em um equilíbrio eficiente de Pareto, a TMS de cada consumidor terá de ser igual a TMTg Sistema de mercado Alocação de recursos descentralizadaç • Relação entre objetivos privados individuais da maximização da utilidade/lucro e os objetivos sociais de utilização eficiente de recursos • Sob certas condições, perseguir objetivos privados individuais resultará em uma alocação eficiente de Pareto Q l l ã fi i t d P t d á• Qualquer alocação eficiente de Pareto poderá ser obtida como resultado de um mercado competitivo para uma distribuição apropriada de dotaçõespara uma distribuição apropriada de dotações • Cada indivíduo tem que se preocupar apenas co seu problema de maximização, levando em consideração p ob e a de a ação, e a do e co s de ação apenas os sinais dos preços O Bem-Estar Varian - cap. 31 (ou 32) Agregação de PreferênciasAgregação de Preferências Ef P t ã di d b di t ib i ã d b t• Ef. Pareto não diz nada sobre a distribuição de bem-estar – equidade • Havendo várias alocações eficientes de Pareto, qual a sociedade deveria escolher? • Alocação x: quanto cada indivíduo possui de cada bem kxx :: .. 1 1 1 x k nn xx .. :.: 1 x • Preferência Social – Sejam x e y duas alocações de bens Qualquer indivíduo pode dizer se prefere ou não x a y• Qualquer indivíduo pode dizer se prefere ou não x a y – A partir das preferências individuais, ordenar socialmente as alocações Agregação de PreferênciasAgregação de Preferências • Mecanismo de votação em escala ordinal ordenação social pode ser não-transitiva: Pessoa A Pessoa B Pessoa C x y z y z x z x y • Maioria prefere – x a y – y a z – z a x • Resultado social depende da ordem de votação Agregação de PreferênciasAgregação de Preferências Mecanismo de decisão social deve atender a 3 requisitos: 1. Dadas preferências individuais completas, reflexivas e transitivas o mecanismo de decisão social deve satisfazertransitivas, o mecanismo de decisão social deve satisfazer às mesmas propriedades 2. Se todos preferem x a y, então a preferência social deve2. Se todos preferem x a y, então a preferência social deve ordenar x à frente de y 3. Preferências entre x e y não dependem de outras alternativas T d I ibilid d d A i í l• Teorema da Impossibilidade de Arrow: impossível satisfzeras três abrimos mão da terceira Funções de Bem-estar Socialç • Restrição razoável com respeito à função de agregação: – Que ela seja crescente na utilidade de cadaQue ela seja crescente na utilidade de cada indivíduo Se todos preferem x a y então as– Se todos preferem x a y, então as preferências sociais irão estabelecer x coo preferida a ypreferida a y • Função de bem-estar social: ))()()(( 21 xxx uuuW ))(),...,(),(( 21 xxx nuuuW Funções de Bem-estar Socialç • Função de bem estar social utilitarista clássica ou• Função de bem-estar social utilitarista clássica ou de Bentham n n i in uuuuW 1 21 ),...,,( i iin uauuuW 1 21 ),...,,( • Função de bem-estar social minimax ou de RawlsianaRawlsiana ),...,,min(),...,,( 2121 nn uuuuuuW Maximização de Bem-EstarMaximização de Bem Estar Buscamos encontrar a alocação factível que maximiza o ))()()((max 21 uuuW xxx Buscamos encontrar a alocação factível que maximiza o bem-estar social que l ta ))(),...,(),((max 11 21 n i n Xx uuuW xxx 1i i . 1 k n i k i Xx iu i indivíduos os por todos consumidacesta indivíduo do utilidade de função x kXX i j x k j i a 1 bens dos total indivíduo pelo consumidobem 1 Maximização de Bem-Estarç Alocação de bem-estar máximo tem de ser eficiente de Pareto 1u Linhas de isobem estar máximo de bem-estar isobem-estar Conjunto de F t i d j tConjunto de possibilidades de utilidade Fronteira do conjunto: combinações de utilidades dos indivíduos 1 e 2 sobre a curva de contrato 2u contrato Maximização de Bem-Estar Ponto eficiente de Pareto é um máximo para uma Função de bem-estar de soma de utilidades ponderadas Linhas de isobem-estar 1u n in uuuuW 21 ),...,,(isobem-estar á i d b t i in 1 21 ), ,,( máximo de bem-estar Conjunto deConjunto de possibilidades de utilidade 2u Funções de Bem-Estar Social I di id li tIndividualistas ))(),...,(),(( 2211 nnuuuW xxx • Função de Bem-estar individualista ))(), ,(),(( 2211 nn – Indivíduo se preocupa apenas com a própria cesta de consumo – Não há externalidades de consumo – Relações de equilíbrio de mercado se aplicam • Relações de equilíbrio de mercado se aplicam – Todos os máximos de Bem-estar são equilíbriosTodos os máximos de Bem estar são equilíbrios competitivos – Todos os equilíbrios competitivos são máximos de Bem- estar para alguma função de Bem-estarestar para alguma função de Bem estar Eqüidade e EficiênciaEqüidade e Eficiência • Uma alocação eficiente também é necessariamente equitativa? • Alocação equitativa: nenhum agente prefere a cesta de bens de outro agente em relação à suag ç • Inveja: algum agente i prefere a cesta de bens do agente j • Alocação justa: alocação eficiente de Pareto e equitativa • Troca a partir da divisão igualitária herda simetria com o ponto inicial? • Alocação eficiente continua justa em qualquer sentido? Alocações justas inveja e equidadeAlocações justas, inveja e equidade 1bem B1 Todas as pessoas preferem a Alocação justa à Alocação justa Alocação justa à alocação Resultante da troca de alocações 2 2w 2 2w j ç Dotação T d l õ Dotação simétrica original Troca de alocações entre A e B após a negociação 2bem21 wA Alocações justas, inveja e equidadej j Em alocação justa é impossível A invejar B• Em alocação justa, é impossível A invejar B • Portanto: • Equilíbrio competitivo a partir de uma divisão igualitária tem que ser umadivisão igualitária tem que ser uma alocação justa • Mecanismo de mercado preservará certo grau de equidade Externalidades Varian - cap. 32 (ou 33) IntroduçãoIntrodução • Em presença de externalidades e de bens públicos, os preços de mercado não refletem, de forma adequada, o problema da escolha em condições de escassez queo problema da escolha em condições de escassez que permeia a questão econômica. • Mercados privados não asseguram uma alocação deMercados privados não asseguram uma alocação de recursos eficiente no sentido de Pareto. Falhas de Mercado • Se tornam necessárias outras instituições para “imitar” mecanismo de mercado e restaurar as condições demecanismo de mercado e restaurar as condições de eficiência de Pareto – Sistema legal – Intervenção do governo ExternalidadesExternalidades • Definição: ação de um indivíduo afeta outro indivíduo • Tipologia: positiva e negativa– positiva e negativa – de consumo e de produção • 1º teorema bem-estar não se sustenta: existem elementos que importam a alguns indivíduos para os quais não existe preço ou para os quais não existe um mercadopara os quais não existe um mercado • Problema: direitos de propriedade mal definidos quantidade ineficiente de externalidades. Se direitos são bem definidos e existem mecanismos que• Se direitos são bem definidos e existem mecanismos que permitam negociação quantidade eficiente Externalidades de ConsumoExternalidades de Consumo • Exemplo de fumantes e não-fumantes • Caixa de Edgeworth Ambos possuem uma dotação dinheiro– Ambos possuem uma dotação dinheiro – Dotação de fumaça depende de direitos • Pode fumar: A fumaça 1; B ñ-fumaça 0ç ç • Não pode fumar: A fumaça 0; B ñ-fumaça 1 • Negociação até TMSdinheiro,fumaça for igual para ambos os agentes fi i t d P t eficiente de Pareto Teorema de Coase - caso especial com preferências quase-linearesTeorema de Coase caso especial com preferências quase lineares • Quantidade eficiente do bem que causa externalidade – independe da distribuição de direitos – independe da renda realocação de dotações Externalidade de ProduçãoExternalidade de Produção E l d l id ( id ú i )• Exemplo de empresa poluidora (siderúrgica) e empresa sobre a qual a poluição impacta negativamente (pesqueira) Modelo geralModelo geral • Poluidor – Deseja: maxs x pss – cs(s,x)Deseja: maxs,x pss cs(s,x) – Condições 1ª ordem: ps = ∂cs/∂s; 0 = ∂cs/∂x irá poluir até que custo de produzir mais poluição seja zero min. custos privados • Pesqueira – Deseja: maxf,x pff – cf(f,x) – Condição de 1ª ordem: pf = ∂cf/∂f aumento do custo da pesca decorrente de poluição: aumento do custo da pesca decorrente de poluição: parte do custo social de produzir aço Externalidade de ProduçãoExternalidade de Produção • Fusão das empresas externalidade é internalizada • Nova empresa – Deseja: maxs,f,x pss + pff – cs(s,x) – cf(f,x) – Condições de 1ª ordem: ps =CMgs; pf =CMgf; –∂cs/∂x = ∂cf/∂x • Custo marg. da poluição p/ poluidora (negativo) = custo marg. da poluição p/ pesqueira • Quantidade de poluição produzida vai ser menor Externalidade de ProduçãoExternalidade de Produção -CMgsx • Siderúrgica sozinha escolheria X’ E f did lhCMgfx s • Empresa fundida escolhe X* • Quantidade de poluição é t i lmenor, porque custo social da poluição foi incorporado como custo privado Quant. poluição X* X´ Externalidade de Produçãoç Interpretações e soluções 1 P l id f t d d l i ã1. Poluidora enfrenta preço errado da poluição • Solução: impor à poluidora um custo (preço) pela poluição Taxa pigoviana Taxa pigoviana • Poluidor – Deseja: maxs,x pss – cs(s,x) – tx C ª ∂ /∂ ∂ /∂– Condições 1ª ordem: ps = ∂cs/∂s; t = ∂cs/∂x • Se t = -∂cf/∂x (definir taxa de acordo com CMg de poluição p/ i )pesqueira) –∂cs/∂x = ∂cf/∂x • Solução similar à anterior (fusão) Externalidade de Produçãoç Interpretações e soluções 2 I i tê i d d l i ã ( ti ã )2. Inexistência de um mercado para a poluição (continuação) • Considerando o primeiro caso (pesqueira com direito à água limpa)p ) • Poluidor – Deseja: maxs x pss – cs(s,x) – qxDeseja: maxs,x pss cs(s,x) qx – Condições 1ª ordem: ps = ∂cs/∂s; q = - ∂cs/∂x • Pesqueira• Pesqueira – Deseja: maxf,x pff – cf(f,x) + qx – Condição de 1ª ordem: pf = ∂cf/∂f; q = ∂cf/∂x • Ajustando preço do direito de poluir (q) para que oferta iguale demanda: ∂c /∂x = ∂c /∂x –∂cs/∂x = ∂cf/∂x Externalidade de Produçãoç Interpretações e soluções 3. Sinais de mercado não estariam operando bem • Solução: reduzir/eliminar assimetrias de informação • A ação de uma empresa afeta a outra • Objetivo de max. lucro deveria constituir incentivo suficiente para a internalização ExercícioExercício 1)Uma fazenda de mel fica ao lado de um laranjal, ambas são firmas competitivas. As funções de custo das duas firmas são C (m)=m2 /100 e C (m,l )=l2 /100−m , onde m é a quantidade deC (m) m /100 e C (m,l ) l /100 m , onde m é a quantidade de mel e l a quantidade de laranjas. Sabe-se que os preços de mel e da laranja são dados por pm=$2 e pl=$3. • i) Suponha que as firmas tomem decisões de forma independente. Qual a alocação ótima de cada uma das firmas?p ç • ii) Suponhaque ocorra uma fusão entre as duas firmas. Qual a alocação ótima dessa nova firma? iii) Caso as firmas estivessem separadas qual o subsídio• iii) Caso as firmas estivessem separadas, qual o subsídio necessário para que fosse produzida a quantidade ótima? A tragédia do uso comumA tragédia do uso comum Exemplo do pasto comump p – Quantidade de leite é função crescente da quantidade de vacas, f(c), mas com PMg decrescente – Custo de aquisição da vaca = a – Produto (leite) por vaca: f(c)/c • Primeiro caso (se pasto fosse propriedade privada) Maxc f(c) – ac PMgc* = a S d ( li )• Segundo caso (acesso livre) – Para cada indivíduo vai valer a pena acrescentar vaca enquanto a receita exceder o custo por vaca – No limite: f(c’)/c’ = a ou f(c’) - ac’ = 0 – Problema: indivíduo ignora o custo social aquisição de vaca extra reduz produção para os demais indivíduos • Pasto ficará superlotado se não houver mecanismo que restrinja o uso ExercícioExercício Bens Públicos Varian - cap. 35 Definição / caracterizaçãoDefinição / caracterização • Não exclusivo – não há como excluir consumidor adicional • Não rival consumo de um não impossibilita consumo de outro• Não rival – consumo de um não impossibilita consumo de outro CMg provisão para mais um é nulo • Bens Quase-Públicos ou Impuros - atende apenas parcialmente os princípios não exclusão e não rival. • Característica de bem público possibilita ocorra externalidade de consumo Mesma quantidade do bem estará disponível para todos Bem público discretoBem público discreto • Propensão máxima a pagar: preços de reserva: r1 and r22 • Se r1 ≥ g1, r2 ≥ g2 e g1+g2 ≥ c, será eficiente comprar a TV Ou seja r + r ≥ c• Ou seja, r1 + r2 ≥ c • A soma das propensões a pagar têm que ser ≥ o custo de provisãop • Problema do carona: na ausência de cooperação a escolha ótima de cada indivíduo é optar pela nãoescolha ótima de cada indivíduo é optar pela não provisão do bem público Diferente níveis de bem públicoDiferente níveis de bem público • g1+g2 = G • Custo – função de G: c(G) Oti i ã i tilid d í l d t 1 d d• Otimização – maior utilidade possível do agente 1, dado um nível de utilidade do agente 2: max G u1(x1 G)max x1,x2,G u1(x1,G) s.a. u2(x2,G) = u2 ; x1+x2 + c(G) = w1 + w2 • Alocação eficiente: │TMS1│ + │TMS2│ = CMgG • A soma das propensões marginais a pagar tem que se• A soma das propensões marginais a pagar tem que se igualar ao custo marginal de provisão P i ã óti d b úbli tíProvisão ótima de bem público contínuo 35.01 ExercícioExercício • Dois indivíduos com preferências distintas • UA ( G,x) = G * y e UB ( G,x) = G2* y2 • wA = 200 e wB = 200 • O custo de provisão do B.P: c(G) = 2*G2 Qual será o nível ótimo de bem público? O problema do carona 35.02 ExercícioExercício • O agente A decide contribuir, de forma independente para iluminação de sua rua. • UA ( G,x) = G * y e wA = 1000UA ( G,x) G y e wA 1000 • O agente B, já contando com a iluminação fornecida por A, decide se contribui ou não para a iluminação. • wB = 1000 • A) UB ( G,x) = G * y1/2 • B) UB ( G,x) = G1/5 * y4/5 VotaçãoVotação • Problema do paradoxo da votação (conforme discutido no capítulo de Bem –Estar) Q ti d t i ã f ê i it li i t• Que tipo de restrição nas preferências permite eliminar este problema? Utilidade líquida de diferentes níveis de gasto no bem público q g p deve ter máximo único para cada indivíduo neste caso, as preferências sociais elevadas pela votação majoritária jamais apresentarão o problema de intransitividademajoritária jamais apresentarão o problema de intransitividade nível de gasto escolhido: gasto médio • Em geral resultado não será eficiente de pareto• Em geral, resultado não será eficiente de pareto • Pense no caso de alguém que deseje mais do bem público e estaria disposto a compensar aqueles que não querem A t ã ã l t i t id d d f ê i• A votação não leva em conta a intensidade das preferências Votaçãoç Revelação da Demanda • Pessoas podem escolher adulterar suas preferências verdadeiras. A i t i d f dif t d i di i• Assim votaria de forma diferente do que indicariam suas verdadeiras preferências Faz se necessário um mecanismo de revelação da• Faz-se necessário um mecanismo de revelação da demanda • Exemplo mais simples com o caso de preferências• Exemplo mais simples com o caso de preferências quase-lineares – haverá um único nível ótimo de bem públicohaverá um único nível ótimo de bem público – A questão é se ele deve ser provido ou não Votaçãoç Revelação da Demanda • Cada pessoa atribui o valor vi ao bem público • É eficiente provê-lo se: ∑ v ≥ c∑ vi ≥ c • Primeira opção • cada indivíduo pagará a parcela proporcional ao valor declarado• cada indivíduo pagará a parcela proporcional ao valor declarado • Incentivo ao carona declarar valor inferior • Segunda opçãoSegunda opção • Cada um pagará cota igual ci, mas anuncia seu vi • Se a soma dos valores líquidos ni = vi – ci for maior que zero, bem á idserá provido • Incentivo ao exagero O problema com ambas as opções é que não há custo em se O problema com ambas as opções é que não há custo em se desviar da verdade Votaçãoç Revelação da Demanda T i ã I t d G Cl k• Terceira opção – Imposto de Groves-Clarke • Cada um pagará cota igual ci, mas anuncia seu vi • Se a soma dos valores líquidos ni = vi – ci for maior que zero, bem será provido • Punição daqueles que alteram a escolha, na medida em que invertam o sinal da soma dos valores líquidos Agentes pivôinvertam o sinal da soma dos valores líquidos Agentes pivô • Se a soma dos valores líquidos era positiva e a pessoa j a torna negativa, ela impõe aos demais um “dano” equivalente a Hj = ∑ ni > 0 • Impor este imposto sobre o agente pivô fará ele enfrentar o real custo de mudar a escolha social • Exemplo: Três colegas e a escolha de comprar a TV • Custo: R$ 300 • vA = vB = R$50 • vC = R$ 250
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