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Curso Regular de Língua Portuguesa 
Prof. Ludimila Lamounier, 
AULA 02
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Língua Portuguesa para concurso 
Curso Regular 
Teoria e questões comentadas 
Prof. Ludimila Lamounier – Aula 02 
 
 
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AULA 02 
 
 
Ortografia Oficial. Acentuação Gráfica. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa 03 
1. Considerações sobre o Novo Acordo 03 
Ortografia 04 
1. Aspectos Introdutórios 04 
2. Emprego de Letras 05 
2.1 Emprego de “X” e “CH” 06 
2.2 Emprego de “S” e “Z” 07 
2.3 Emprego de “J” e “G” 08 
2.4 Emprego de “S”, “SS”, “Ç”, “SC”, “X” 09 
2.5 Emprego de “E” e “I” 12 
2.6 Emprego de “O” e “U” 14 
2.7 Emprego do “H” 14 
2.8 Outros Casos 14 
3. Emprego do Hífen 17 
3.1 Emprego do Hífen em Palavras Compostas 18 
3.2 Emprego do Hífen em Palavras Derivadas por 
Prefixação 
19 
3.3 Outros Casos 22 
4. Maiúsculas e Minúsculas 23 
Acentuação Gráfica 26 
1. Aspectos Introdutórios 26 
2. Regras de Acentuação 28 
2.1 Monossílabos Tônicos 29 
2.2 Oxítonos 30 
2.3 Paroxítonos 31 
2.4 Proparoxítonos 33 
2.5 Hiatos 33 
2.6 Acento Diferencial 35 
2.7 Outros Casos 36 
Questões Propostas 37 
Gabarito 44 
Questões Comentadas 45 
 
 
Língua Portuguesa para concurso 
Curso Regular 
Teoria e questões comentadas 
Prof. Ludimila Lamounier – Aula 02 
 
 
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Olá, concurseiro fiscal! 
Está pronto para completar mais um tópico do nosso Curso Regular 
de Língua Portuguesa? Vamos continuar nossa preparação, pois 
existem diversos concursos em andamento e outros com previsão de 
divulgação de edital. Sabemos, também, que, cada vez mais, a 
disputa por um cargo público aumenta. 
Gostaram da Aula 01? Resolveram as questões e assimilaram tudo? 
Então, vamos adiante! 
 
DICA DA VEZ – A TEMIDA CONCORRÊNCIA 
Hoje, teremos mais um “Dica da Vez”. Vamos falar sobre a temida concorrência 
nas provas. 
É fato que, atualmente, há uma concorrência muito grande no mundo dos cursos. 
E, também, é fato que essa concorrência aumenta a cada dia. 
Mas, o que quero falar com você é isto: não se assuste. Sei que não é fácil, e que 
a gente enxerga aqueles terríveis números de inscritos e, pior, enxerga também 
aquela “continha” da quantidade de inscritos por vaga. Não é verdade? 
Nessa hora, temos que ter bastante calma e tentar abstrair a matemática. Como 
isso é possível? Pense que o seu maior concorrente é a prova, e não os outros mil 
candidatos que estão disputando aquela vaga com você. Afinal, você se dedicou e 
deve enfrentar a prova, sem pensar nos concorrentes. 
Ali, no “dia D”, é você e a prova. Não há mais ninguém. 
E, se não der certo, desta vez ou da próxima, não desista – há um caminho a ser 
percorrido até alcançarmos nossos objetivos. É uma jornada difícil, muitas vezes 
longa, mas que nos recompensa demais. 
 
 
Na aula de hoje, veremos um assunto que, além de ser cobrado em 
provas de concurso, é de enorme importância para a compreensão de 
todo o nosso curso. Estamos falando de Ortografia – a matéria na 
qual se estuda a grafia correta das palavras de uma língua. 
Muitos candidatos, logo que prestam seus primeiros certames, 
enfrentam dificuldades com a Ortografia (tanto na realização das 
provas objetivas de Português quanto na escrita das provas 
discursivas). O assunto é, com frequência, considerado difícil de ser 
compreendido, ou “decoreba”, como se diz popularmente. 
A “implicância” com a disciplina pode ser explicada pelo fato de as 
palavras da Língua Portuguesa não se submeterem a regras simples e 
lógicas. Tampouco, existe apenas um critério ortográfico, e sim dois 
critérios (o etimológico e o fonético), o que dificulta a memorização. 
Nesta aula, no entanto, vamos trabalhar para superar essa 
dificuldade, por meio da familiarização com os vocábulos, sobretudo 
com aqueles mais cobrados pelas bancas. Fique tranquilo! 
Língua Portuguesa para concurso 
Curso Regular 
Teoria e questões comentadas 
Prof. Ludimila Lamounier – Aula 02 
 
 
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Integra a aula de hoje, além do estudo de Ortografia, o conteúdo de 
Acentuação Gráfica dos Vocábulos, assunto também bastante 
frequente nos editais de concursos públicos. Vale lembrar que 
Acentuação é disciplina integrante da Ortografia, porquanto se trata 
de mais um aspecto determinante na grafia correta das palavras. A 
divisão entre os assuntos, nos editais e na nossa aula, ocorre por 
motivos meramente didáticos. 
Dito isso tudo, vamos ao enfrentamento dos conteúdos? 
 
 
 
Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa 
 
 
1. Considerações sobre o Novo Acordo 
 
Antes de iniciarmos nosso estudo de Ortografia e Acentuação, 
preciso passar para você algumas informações importantes sobre a 
Nova Ortografia Oficial. 
Desde 1º de janeiro de 2009, passou a vigorar, no Brasil, o Acordo 
Ortográfico da Língua Portuguesa, com o objetivo de unificar a 
língua entre os países que possuem o Português como idioma oficial. 
O referido acordo alterou algumas regras da nossa Ortografia, o que 
causou alvoroço entre os brasileiros, sobretudo entre aqueles que 
necessitam utilizar a linguagem formal (como é o nosso caso). 
Estamos, ainda, vivendo uma fase de adaptação, pois a data-limite 
estabelecida para a transição definitiva foi postergada para 31 de 
dezembro de 2015. Enquanto essa data não chega, serão aceitas 
tanto as normas antigas quanto as novas. 
Mas não se engane: as bancas de concurso já redigem suas 
provas de acordo com as novas regras, bem como estão 
autorizadas a cobrar o conhecimento do assunto. Desde 2012, 
algumas bancas (sobretudo a FCC) têm elaborado questões nas quais 
se faz referência direta ao Novo Acordo, o que se exige do aluno 
conhecimentos específicos da nova realidade. 
Por tudo que foi exposto, aconselho que você aproveite bem a 
oportunidade, na presente aula, de aprender essas regras novas, 
como também de relembrar aquelas regras antigas que não foram 
alteradas. 
Ao final de nossa aula, caso ainda persista qualquer dúvida acerca da 
escrita de um vocábulo, é possível conferir sua grafia correta no site 
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Teoria e questões comentadas 
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da Academia Brasileira de Letras (www.academia.org.br), na área 
“Vocabulário Ortográfico”. 
Isso porque, importa saber, a Academia Brasileira de Letras 
(ABL) é a instituição que normatiza a escrita oficial das 
palavras de nossa língua, por meio de registro no Vocabulário 
Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP). 
Agora que sabemos da existência do Novo Acordo Ortográfico, ao qual 
farei muitas referências no decurso da aula, podemos passar para o 
estudo das regras de Ortografia e Acentuação. 
Então, mãos à obra! 
 
 
 
Ortografia 
 
 
1. Aspectos Introdutórios 
 
A Ortografia éo ramo gramatical que se ocupa da grafia correta das 
palavras de uma língua. 
Por meio da ortografia, aprendemos as regras que definem, por 
exemplo, se devemos ou não colocar o hífen em determinado 
vocábulo composto, se devemos ou não acentuar uma palavra, bem 
como quais letras devem ser empregadas na escrita dos vocábulos. 
Para compreender a aula de hoje, é importante que você domine 
alguns conceitos, aos quais farei referência mais tarde. Vejamos 
alguns deles. 
Fonemas são os sons da língua, produzidos por quem fala. 
Letras são as representações gráficas dos fonemas. 
O alfabeto da nossa língua é composto, atualmente, por 26 letras (21 
consoantes e 5 vogais). Observe que o Novo Acordo Ortográfico 
incluiu no alfabeto, oficialmente, as letras “K”, “Y” e “W”, que 
antes eram utilizadas apenas em palavras estrangeiras. 
É importante saber que não existe relação exata entre as letras e os 
fonemas, ou seja, um fonema pode ser representado por mais de 
uma letra e vice-versa: uma letra pode representar mais de um 
fonema. O fonema “j”, por exemplo, pode ser representado tanto 
pela letra “J” (como na palavra “jaca”), quanto pela letra “G” (como 
na palavra “gente”). 
A possibilidade de se empregar mais de uma letra para um mesmo 
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fonema, como visto acima, é a causa de muitas das dúvidas em 
Ortografia, fato que motiva a frequência do tema nas questões de 
concursos. 
Após essa breve introdução, podemos iniciar o tão aguardado 
conteúdo! 
 
2. Emprego de Letras 
 
No presente item, buscaremos sanar equívocos cometidos no 
emprego de algumas letras do nosso alfabeto, em virtude das 
semelhanças fonéticas acima mencionadas. 
Você notará que, ao longo de toda a explanação, haverá longas listas 
de palavras. Minha primeira dica é que você destaque, nessas 
listas, as palavras com as quais não esteja ainda familiarizado 
e as releia tantas vezes quanto possível. À medida que memorize 
a escrita dessas palavras, você deverá desfazer o destaque e reler 
somente aqueles vocábulos em que a dúvida persistir. 
O ideal é repetir esse procedimento até que se esteja 
familiarizado com o maior número possível de palavras. 
Outra dica importante: fique atento para a existência das palavras 
derivadas, que são as palavras formadas a partir de um vocábulo 
preexistente. 
As palavras derivadas são úteis porque, com base na memorização 
de apenas um dos vocábulos, você possivelmente saberá 
escrever todos os demais. 
Tomemos, por exemplo, as palavras “encher”, “cheio”, “enchimento” 
e “preencher”. Note que basta conhecer a grafia de uma delas para 
saber que todas as demais se escrevem com “CH”. 
Desse modo, toda vez que for apresentada uma nova regra e forem 
citados alguns exemplos de palavras, sejam elas originárias 
(primitivas) ou derivadas, caberá a você relacioná-las com outras 
palavras de mesmo radical. 
Vamos, agora, aos principais equívocos cometidos pelos candidatos 
com relação ao emprego de letras dos vocábulos. 
 
 
 
 
 
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2.1 Emprego de “X” e “CH” 
 
• USA-SE O “X” 
- Após ditongos: ameixa, caixa, baixo, eixo, queixada, peixe, seixo, 
frouxo, trouxa, deixar, gueixa, feixe, paixão. 
EXCEÇÃO: guache, recauchutar, recauchutagem. 
- Após a sílaba “ME”: mexa (do verbo “mexer”), mexerico, 
mexeriqueiro, mexicano, mexilhão. 
EXCEÇÃO: mecha (“mecha de cabelo”). 
- Após a sílaba “EN”: enxame, enxada, enxergar, enxoval, 
enxovalhar, enxaguar, enxaqueca, enxofre, enxerido, enxertar, 
enxurrada. 
EXCEÇÃO: encher (e seus derivados), enchova (mesmo que 
anchova) e palavras que, iniciadas com “CH”, receberam o 
prefixo “EN” (encharcar, enchiqueirar, enchapelar, enchumaçar). 
- Outras palavras: abacaxi, almoxarifado, atarraxar, baixada, 
baixela, bexiga, maxixe, oxalá, praxe, puxar, lixo, faxina, graxa, 
gueixa, lagartixa, laxante, lixa, luxúria, macaxeira, rixa, repuxo, 
rouxinol, xadrez, xampu, xícara, xilindró, xingar, xodó, xiquexique, 
Xingu, xará, xerife, capixaba, bruxa, caxumba, muxoxo, relaxar, roxo, 
xale, xenofobia. 
 
• USA-SE O “CH” 
- arrocho, apetrecho, bochecha, boliche, broche, bucha, churrasco, 
chuteira, cochichar, colcha, concha, coqueluche, cachaça, cachimbo, 
cachola, cartucho, chácara, chá, chafariz, charque, cheque, 
chimarrão, chuchu, chucrute, chutar, deboche, despachar, encher, 
espichar, fachada, ficha, guache, inchar, machucar, mochila, 
pachorra, pecha, pechincha, rachar, salsicha. 
 
• ATENÇÃO para as seguintes palavras homônimas homófonas 
(vocábulos de significados diferentes que possuem a mesma 
pronúncia). Exceção: “mecha e mexa” que são parônimos 
(palavras com significados diferentes, mas que têm a grafia ou 
a pronúncia semelhantes). 
 
 
 
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brocha (prego) broxa (pincel) 
chá (bebida) xá (título de nobreza) 
cheque (ordem de pagamento) xeque (jogada do xadrez) 
cocho (recipiente) coxo (manco) 
tachar (colocar tacha=defeito) taxar (cobrar taxa=imposto) 
mecha (porção de cabelos) mexa (do verbo mexer) 
bucho (estômago) buxo (arbusto) 
 
2.2 Emprego de “S” e “Z” 
 
• USA-SE O “S” 
- Após ditongos: maisena, aplauso, causa, coisa, pouso, Neusa, 
Sousa, náusea, lousa, faisão, paisagem, ausência, Eusébio. 
- Nos sufixos “-ês”, “-esa”, “-isa”, “-osa”, “-oso” (geralmente, 
em adjetivos formados a partir de substantivos): burguês, camponês, 
chinês, cortês, marquês, chinesa, duquesa, baronesa, marquesa, 
princesa, poetisa, gostosa, orgulhosa, amoroso, cheiroso. 
- Na conjugação dos verbos “pôr” e “querer”: pus, puseste, pôs, 
pusemos, pusestes, puseram, quisesse, quisessem, quiser. 
OBS: o mesmo vale para os derivados de “pôr” (repor, contrapor, 
dispor, repor, etc.). 
- Outras palavras: abusar, aliás, adesão, alisar, agasalhar, asilo, 
analisar, atrás, atrasar, através, adesivo, aviso, após, brasa, casa, 
camisa, colisão, decisão, evasão, hesitar, lesar, liso, lisura, miséria, 
paralisar, pesquisar, precisão, preservar, raso, rasura, revisão, vaso. 
 
• USA-SE O “Z” 
- Na maioria dos substantivos derivados de adjetivos: acidez 
(ácido), aspereza (áspero), beleza (belo) nobreza (nobre), certeza 
(certo), clareza (claro), escassez (escasso), estupidez (estúpido), 
rapidez (rápido), rijeza (rijo), surdez (surdo), tristeza (triste). 
- No sufixo “IZAR”, em verbos formados a partir de 
substantivos/adjetivos: agonizar (agonia), colonizar (colono), 
hospitalizar (hospital), suavizar (suave), finalizar (final), idealizar 
(ideal), formalizar (formal), abalizar (baliza), azedar (azedo). 
EXCEÇÃO: catequizar (de catequese); batizar (de batismo). 
OBS: não confundir com o acréscimo do sufixo “AR” nas palavras 
terminadas em S: analisar, pesquisar, avisar, frisar, pisar. 
- Outras palavras: buzina, coalizão, cuscuz, giz, vazio, conduzir, 
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deduzir, produzir, ajuizar, amenizar, capuz, chafariz, fineza, gozo, 
indenizar, nudez, ozônio, razoável, revezar, coriza, deslizar, dizimar, 
eficaz, vazante, vizinho, xadrez. 
 
• USA-SE O “X” com somde “Z” 
Exagero, exalar, exame, exato, executar, exemplo, existir, êxito, 
exonerar, exortar, exausto, exequível, exibir, exílio, exorbitar, 
exuberante, exército, exercício, exumar. 
 
• ATENÇÃO para as seguintes palavras homônimas homófonas 
(vocábulos de significados diferentes que possuem a mesma 
pronúncia). 
 
cozer (cozinhar) coser (costurar) 
prezar (considerar) presar (prender) 
traz (verbo trazer) trás (parte posterior) 
 
• ATENÇÃO! Formação de diminutivo com o sufixo “INHO”: 
- Nos vocábulos terminados em “Z” ou em “S”, acrescenta-se o 
“INHO”, mantendo o “Z” ou o “S” da palavra originária. EX: raizinha 
(raiz), narizinho (nariz), lapisinho (lápis), princesinha (princesa), 
mesinha (mesa). 
- Nos demais vocábulos (que não terminam em “Z” ou “S”), 
usa-se sempre a letra “Z” antes de acrescer o sufixo “INHO”. Ex: 
amorzinho (amor), florzinha (flor), mãozinha (mão), pezinho (pé), 
xicarazinha (xícara). 
 
2.3 Emprego de “J” e “G” 
 
• USA-SE O “J” 
- Em palavras de origem indígena, africana e árabe: pajé, 
jiboia, jeca, jenipapo, jirau, jiló, cafajeste, jequitibá, maracujá, 
jerimum, beiju, caju, Ubirajara. 
- Nas conjugações dos verbos terminados em “JAR”: viajar, 
arranjar, despejar, sujar, aleijar, almejar, bocejar. 
OBS: Note que os verbos “viajar” e “encorajar” serão sempre com 
a letra “J” (“Eu prefiro que eles viajem logo”; “É preciso que os pais 
encorajem seus filhos”). Não confundir com os substantivos viagem e 
coragem (“Eu prefiro que eles façam a viagem logo.”; “Minha viagem 
de férias foi ótima.”; “A coragem dele é admirável.”). 
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- Outras palavras: laranja, manjar, rijo (e enrijecer), gorja (e 
gorjeta), jeito, cereja, majestade, hoje, injetar (e injeção), objeto, 
objeção, traje, ultraje, cerveja, laje, anjo, interjeição, projeção, Jeni, 
manjericão, ojeriza, jesuíta, berinjela, pegajoso. 
 
• USA-SE O “G” com som de “j” 
- Em substantivos com sufixos “-agem”, “-igem”, “-ugem”: 
aragem, barragem, contagem, coragem, garagem, malandragem, 
miragem, viagem, origem, fuligem, vertigem, ferrugem. 
Exceção: pajem e lambujem. 
- Em palavras terminadas em “ágio”, “égio”, “ígio”, “ógio” e 
“úgio”: contágio, adágio, estágio, naufrágio, pedágio, plágio, 
egrégio, colégio, litígio, prestígio, prodígio, relógio, refúgio. 
- Em verbos terminados em “GER” e “GIR”: eleger, proteger, 
viger, exigir, fingir, frigir, submergir, tingir. 
- Outras palavras: agenda, agiota, algema, auge, apogeu, ágil, 
bugiganga, cogitar, digerir (e digestão), égide, estrangeiro, exigência 
gêmeo, gergelim, gesto, gibi, geleia, gilete, gíria, higiene, monge, 
regurgitar, sugestão, tangerina, tigela, tangível, vigência. 
 
2.4 Emprego de “S”, “SS”, “Ç”, “SC”, “X” 
 
• USA-SE O “S” 
- Em substantivos e adjetivos formados a partir de verbos com 
“ND”: pretensão e pretensioso (pretender); suspensão e suspensivo 
(suspender); ascensão (ascender); distensão (distender); extensão 
(estender). 
- Após “PUL”: impulso, impulsivo, expulso, expulsar, repulsão, 
compulsão, pulseira. 
- No sufixo “ENSE”, formador de adjetivos gentílicos: 
paranaense, parisiense, brasiliense, amazonense. 
 
• USA-SE O “SS” 
- Em substantivos e adjetivos formados por verbos com 
“CED”, “GRED”, “PRIM” ou “TIR”: 
 
 
 
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CED GRED PRIM TIR 
cessão (ceder); 
intercessão 
(interceder); 
excessivo e 
excesso 
(exceder); 
acesso e 
acessível 
(aceder); 
agressão, 
agressivo 
(agredir); 
progressão, 
progresso, 
progressivo 
(progredir); 
regressão, 
regressivo, 
regresso 
(regredir); 
transgressão, 
transgressor 
(transgredir); 
compressão, 
compressivo 
(comprimir); 
expressão, 
expressivo 
(exprimir); 
opressão, 
opressivo 
(oprimir); 
repressão, 
repressor 
(reprimir); 
depressão 
(deprimir); 
admissão 
(admitir); 
discussão 
(discutir);, 
repercussão 
(repercutir); 
demissão 
(demitir); 
 
 
- Palavras derivadas por prefixação, cujo prefixo termina em 
vogal e o vocábulo se inicia por “S”: minissaia (mini + saia), 
pressentir (pré + sentir), antessala (ante + sala), ressurgir (re + 
surgir), antisséptico (anti + séptico). 
- Outras palavras: amassar, assar, pressa, assédio, assessor, 
asserção, avesso, aterrissar, bússola, compasso, confissão (e 
confessar), dissensão, dissídio, escasso, fossa, gesso, imissão, 
massagem, obsessão, passatempo, possessão, presságio, ressaca, 
ressentir, ressuscitar, sobressalente, sossego, verossímil. 
 
• USA-SE O “Ç” 
- Em substantivos formados a partir de verbos terminados em 
“TER”: abstenção (abster), atenção (ater), contenção (conter), 
detenção (deter), retenção (reter). 
- Em palavras de origem latina com “T” no radical: absorção 
(absorto), abstenção (abster), ação (ato), adoção (adotar), exceção 
(exceto), execução (executor), extinção (extinto), distinção (distinto), 
infração (infrator), isenção (isento), seção (setor), torção (torto). 
- Nos sufixos “AÇU”, “AÇA”, “AÇO”, “AÇÃO”: babaçu, Iguaçu, 
Paraguaçu, cabaça, carcaça, golaço, bagaço, inchaço, ricaço, 
armação. 
- Depois de ditongo: feição, louça, beiço, compleição. 
- Outras palavras: criança, noviça, dentuça, açafrão, açúcar, 
almoço, beça, buço, maciço, açaí, aço, ameaçar, calção, descrição, 
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discrição, pança, contorção, presunção, traça, torção, viço. 
• USA-SE O “SC” 
O “SC” é usado, em geral, em vocábulos mais eruditos. Não há 
regras, então vamos memorizar algumas palavras mais usadas: 
- acrescentar, acréscimo, adolescência, ascender (subir), ascético, 
condescender, consciência, crescer, descer, descendência, 
descentralizar, discente, discernimento, disciplina, discípulo, fascismo, 
florescente, imprescindível, miscigenação, nascer, oscilar, plebiscito, 
reminiscência, rescisão, rescindir, ressuscitar, suscitar, transcender. 
OBS: em algumas formas de conjugação dos verbos com SC, usa-se o 
dígrafo SÇ. Ex: nasço (nascer), cresço (crescer), desço (descer). 
 
• USA-SE O “X” 
O “X” também pode ter som de “s”, como nos exemplos a seguir: 
- auxiliar, aproximar, contexto, expectativa, expor, êxtase, extenso, 
extrato, expectorar, extroversão, sexta, têxtil, texto, textual, trouxe. 
 
• ATENÇÃO para as seguintes palavras homônimas homófonas 
(vocábulos de significados diferentes que possuem a mesma 
pronúncia). 
 
acender (iluminar) ascender (subir) 
acento (sinal gráfico) assento (lugar em que se senta) 
acessório (adicional) assessório (de assessor) 
apreçar (atribuir preço) apressar (dar pressa, acelerar) 
cela (aposento) sela (montaria) 
cegar (tirar a visão) segar (ceifar, cortar) 
cerrar (fechar) serrar (cortar) 
cervo (veado) servo (servente, escravo) 
caçar (perseguir a caça) cassar (anular) 
censo (recenseamento) senso (juízo; ex: “bom senso”) 
cessão (ato de ceder) seção (divisão) sessão (reunião) 
cesta (recipiente) sesta (descanso) sexta (numeral) 
círio (grande vela de cera) sírio (natural da Síria) 
concerto (musical) conserto (reparo) 
empoçar (formar poça) empossar (dar posse) 
espectador (que presencia) expectador (que tem expectativa) 
espiar (bisbilhotar) expiar (pagar por uma culpa) 
espirar (respirar) expirar (acabar) 
estrato (camada,nível) extrato (que foi extraído) 
incipiente (iniciante) insipiente (ignorante) 
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incerto (duvidoso) inserto (inserido, introduzido) 
tenção (intenção, propósito) tensão (estado de rigidez) 
paço (palácio) passo (passada) 
remição (resgate) remissão (perdão) 
 
• OUTRAS PALAVRAS 
- obcecado e obcecação (insistência em determinada ideia) 
- obsessivo e obsessão (compulsão) 
 
2.5 Emprego de “E” e “I” 
 
• USA-SE O “E” 
- Em ditongos nasais no fim da palavra: alemães, mãe(s), pães, 
põe, cirurgiães, capitães, compõe, depõe, dispõe. 
- No sufixo “ANTE” (que significa anterioridade): antessala, 
anterreforma, antepasto, antevisão. 
- Na conjugação dos verbos terminados em “OAR” e “UAR”: 
abençoe (abençoar), magoe (magoar), perdoe (perdoar), atue 
(atuar), continue (continuar), efetue (efetuar). 
- Nos verbos irregulares “MEDIAR”, “ANSIAR”, REMEDIAR”, 
“INCENDIAR”, “INTERMEDIAR” e “ODIAR” (emprega-se a letra 
“E” nas pessoas “eu”, “tu”, “ele” e “eles”): eu odeio, tu odeias, 
ele odeia, nós odiamos, vós odiais, eles odeiam; eu intermedeio, tu 
intermedeias, ele intermedeia, nós intermediamos, vós intermediais, 
eles intermedeiam. 
- Outras Palavras: acarear, apear, beneficência, cedilha, corpóreo, 
creolina, desenfreado, destilar, embutir, empecilho, penico, periquito, 
umedecer, veado. 
 
• USA-SE O “I” 
- No sufixo “ANTI” (que significa oposição): antídoto, antimoral, 
anti-horário, antipatia. 
- Na conjugação (presente do indicativo) dos verbos 
terminados em “AIR”, “OER” e “UIR”: ele cai (cair), ele sai 
(sair), ele dói (doer), ele rói (roer), ele mói (moer), ele influi 
(influir), ele intui (intuir), ele possui (possuir), ele atribui (atribuir). 
- Na conjugação dos verbos terminados em “IAR” (exceto os 
irregulares vistos no item do uso do “E”): variar (eu vario, tu 
varias, ele varia, nós variamos, vós variais, eles variam); estagiar 
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(eu estagio, tu estagias, ele estagia, nós estagiamos, vós estagiais, 
eles estagiam), assobiar (eu assobio, tu assobias, ele assobia, nós 
assobiamos, vós assobiais, eles assobiam). 
- Nos verbos terminados em “EAR” (emprega-se a letra “I” na 
conjugação somente nas pessoas “eu”, “tu”, “ele” e “eles”): eu 
passeio, tu passeias, ele passeia, nós passeamos, vós passeais, eles 
passeiam; eu penteio, tu penteias, ele penteia, nós penteamos, vós 
penteais, eles penteiam. 
- Outras Palavras: ansiar, calidoscópio, corrimão, digladiar, 
discricionário, disparate, displicente, idiossincrasia, infestar, lampião, 
meritíssimo, miscigenação, privilégio. 
 
• OBSERVAÇÕES 
- Escreve-se “parêntese”, se no singular, e “parêntesis” ou 
“parênteses”, se no plural. 
- A forma correta é “disenteria”, e não desinteria. 
 
• ATENÇÃO para os seguintes parônimos (palavras com 
pronúncia e/ou grafia parecidas, porém com significados 
diferentes): 
 
área (superfície) ária (melodia) 
arrear (por arreios) arriar (abaixar) 
deferir (conceder) diferir (adiar ou ser diferente) 
delatar e delação (denúncia) dilatar e dilação (adiamento) 
descrição (ato de descrever) discrição (de discreto) 
descriminação (absolvição) discriminação (separação) 
despensa (setor de mantimentos) dispensa (desobrigação) 
destorcer (endireitar) distorcer (desvirtuar o sentido) 
destratar (insultar) distratar (de distrato ou rescição) 
emergir (vir à tona) imergir (mergulhar) 
eminente (ilustre) iminente (prestes a ocorrer) 
emigrar (sair do país de origem) imigrar (entrar em país) 
emitir e emissão (colocar em 
circulação) 
imitir e imissão (pôr para dentro) 
peão (pedestre) pião (brinquedo) 
penico (vaso para urinar) pinico (ponta aguda, bico) 
prover (fornecer) provir (vir de, originar-se) 
recreação (diversão) recriação (criar novamente) 
 
 
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2.6 Emprego de “O” e “U” 
 
• ATENÇÃO para os seguintes parônimos (palavras com 
pronúncia e/ou grafia parecidas, porém com significados 
diferentes): 
 
coringa (pequena embarcação ou 
pessoa raquítica) 
curinga (carta de baralho) 
comprimento (extensão) 
cumprimento (saudação ou 
realização) 
cotia (embarcação pequena) cutia (animal) 
soar (emitir som) suar (transpirar) 
sortir (abastecer) surtir (resultar) 
sortido (variado) surtido (que resultou) 
 
2.7 Emprego do “H” 
 
• USA-SE O “H” SEM ALTERAÇÃO FONÉTICA 
- No início dos vocábulos: herói, hálito, haver, humano, hesitação, 
habitar, haste, hipótese, hemisfério, hediondo, herbívoro (porém 
erva), hífen, hipocrisia, homenagem, horror, horta, humor, húmus. 
OBS: em “Bahia”, o “H” sem som aparece, excepcionalmente, no 
meio da palavra por tradição, pois nos termos derivados já não se 
emprega o “H” (ex: baiana). 
- No final de interjeições: ah!, eh!, ih!, oh!, puh! 
 
• USA-SE O “H” COM ALTERAÇÃO FONÉTICA 
- Nos dígrafos “CH”, “NH” e “LH”: chuva, chave, chuteira, 
inhame, manha, manhã, ilha, filho, bolha, lhama. 
 
2.8 Outros Casos 
 
Vimos, acima, os casos mais frequentes de equívocos que envolvem 
emprego de letras, sobretudo quando correspondem a um mesmo 
fonema. 
Não fique frustrado se, apesar de haver absorvido todos os 
ensinamentos de hoje, você ainda errar a grafia de alguma palavra. 
Ortografia aprende-se aos poucos e é impossível esgotar todo o 
vocabulário da língua, mesmo ao longo de toda uma vida, quanto 
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mais ao longo de uma aula apenas! 
O ideal é que você, além de estudar bastante nossa aula de hoje, 
esteja sempre em contato com a leitura de livros, jornais e revistas, 
bem como consulte o dicionário sempre que não souber o significado 
das palavras. Aos poucos, você notará que seu vocabulário irá 
aumentar, de modo que logrará acertar cada vez mais questões de 
Ortografia. 
Para lhe ajudar nesse caminho, iremos analisar outros vocábulos, 
listados abaixo, e atentar para o quadro de parônimos que se segue. 
 
• OUTROS VOCÁBULOS: aerossol (e não aerosol), cabeleireiro (pois 
vem de cabeleira), concessão, contemporaneidade, discussão (e não 
discursão), discurso, estupro, fugaz (e não fulgás), incesto, isenção, 
intitular, meteorologia, ojeriza, repercussão e repercutir (e não 
repercursão, nem repercurtir), subsídio, supérfluo, superstição. 
 
• OUTROS PARÔNIMOS 
 
aferir (conferir pesos ou medidas) auferir (colher, obter) 
augurar (fazer prognósticos) agourar (prever, pressagiar) 
derrocar (pôr abaixo) derrogar (abolir ou alterar lei) 
desapercebido (despreparado) despercebido (não percebido) 
dissensão (divergência) descensão (descida) 
estância (estação, lugar de férias) instância (cada juízo hierárquico) 
exitar (ter bom êxito) hesitar (titubear, ficar em dúvida) 
flagrante (de flagra) fragrante (de fragrância) 
infringir (violar) infligir (aplicar, cominar) 
mandado (ordem ou despacho) mandato (poder autorizado) 
obcecação e obcecado obsessão e obssessivo 
proscrever (banir, expulsar) prescrever (aconselhar, ordenar) 
subtender (estender por baixo) subentender (inferir) 
sustar (conter, interromper) suster (sustentar)vultoso (volumoso) vultuoso (semblante carregado) 
 
Responder a muitas questões de Ortografia também é essencial para 
quem tem dificuldade na escrita dos vocábulos, pois as bancas 
costumam cobrar justamente aquelas palavras difíceis, com alto 
índice de equívocos. Portanto, vamos analisar duas questões em que 
o emprego de letras é cobrado, a começar por esta da FGV: 
 
 
 
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(FGV) Analista de Sistemas Senado Federal/2008 
(Adaptada) 
 
"Podemos caracterizar as economias bem-sucedidas do pós-
guerra, mas não podemos apontar com segurança os fatores 
que selaram seu êxito nem os fatores sem os quais elas 
poderiam ter sido exitosas." 
 
A respeito do trecho acima, julgue a afirmativa a seguir: 
 
A palavra “exitosas” é cognata de "exitar", que, por sua vez, é 
homônima de "hesitar". 
 
Comentários 
Uma palavra é cognata da outra em caso de possuir a 
mesma raiz dela. De fato, “exitosas” é cognata de “exitar”, 
pois ambas derivam do vocábulo “êxito”. 
As palavras homônimas, por sua vez, como já vimos na aula 
anterior, são aquelas que, embora possuam significados 
diferentes, têm a mesma grafia (os homônimos homógrafos) 
ou a mesma pronúncia (os homônimos homófonos) com 
grafia diferente. 
Assim, “exitar” e “hesitar” são homônimos homófonos 
porque, embora tenham a mesma pronúncia, possuem 
significado e grafia distintos. 
Questão correta. 
Gabarito: CERTA 
 
Não se esqueça de continuar destacando os vocábulos que ainda lhe 
causarem dúvidas, até mesmo nos exercícios ao final da aula! Agora, 
observe como o assunto foi cobrado nesta questão da FCC: 
 
 
(FCC) Agente de Fiscalização Financeira TCE-SP/2012 
 
A frase que respeita a ortografia é: 
 
a) Estava bastante ciente de que era à sua gulodice que podia 
creditar a desinteria que o abatera às vésperas do exótico 
casamento. 
b) O poder descricionário dos ditadores, responsável por tantas 
atrocidades em tantas partes do mundo, é analisado na obra 
com um rigor admirável. 
c) Antes de cochilar, era-lhe natural fazer um exame de 
consciência e reiterar a si próprio seu empenho em vencer a 
itemperança. 
d) O desleixo com que passou a manuzear os objetos da 
coleção fez o respeitado colecionador optar pela despensa do já 
antigo colaborador. 
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e) O debate recrudesceu, mas os mais bem-intencionados 
foram hábeis em dirimir as provocações, às vezes pungentes, 
das lideranças que se confrontavam. 
 
Comentários 
O enunciado diz, expressamente, que se trata de questão de 
Ortografia. Vamos, portanto, analisar a grafia dos vocábulos em 
cada frase. 
Alternativa A – A palavra desinteria não existe, o certo seria 
dizer “disenteria”. 
Alternativa B – A palavra descricionário está errada, o certo é 
“discricionário”. 
Alternativa C – A palavra itemperança é, na verdade, 
“intemperança”. 
Alternativa D – A palavra manuzear escreve-se com “S”, 
portanto, “manusear”. Mas há, ainda, outro erro, pois o 
vocábulo despensa, com “E”, significa depósito de 
mantimentos. No texto, em que o sentido usado foi de 
demissão, o correto seria dizer “dispensa”. 
Alternativa E – A frase está correta. 
Agora, preste atenção na grafia dos seguintes vocábulos, 
escritos corretamente nas alternativas: ciente, gulodice, 
vésperas, exótico, atrocidades, admirável, cochilar, exame, 
consciência, reiterar, empenho, desleixo, optar, recrudesceu, 
hábeis, dirimir, pungentes. 
Gabarito: E 
 
Observe que, para analisar a alternativa “E” acima, também 
deveríamos ter averiguado a grafia do vocábulo “bem-intencionados”, 
pois o emprego do hífen está incluído na correção ortográfica. 
Adianto, desde já, que a palavra foi escrita de acordo com as regras 
de hifenização, que veremos a seguir, com bastante atenção! 
 
3. Emprego do Hífen 
 
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa alterou sobremaneira as 
regras atinentes à hifenização. Aqui, faremos um apanhado geral da 
nova situação. 
Antes, no entanto, é preciso que você conheça alguns aspectos sobre 
a formação das palavras. 
 
Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: 
a) Derivação: em que uma palavra existente (um único radical) é 
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acrescida de sufixo ou prefixo para formar outra palavra (palavra 
derivada). Ex: feliz e infeliz. 
b) Composição: em que duas palavras existentes (dois radicais) 
unem-se para formar outra palavra (palavra composta). A 
composição pode ocorrer por: 
- Justaposição: mantém-se a integridade fonética e gráfica dos 
vocábulos unidos. Ex: guarda-roupa (guarda + roupa), 
passatempo (passa+tempo). 
- Aglutinação: perde-se a integridade sonora de pelo menos um 
dos vocábulos unidos. Ex: planalto (plano + alto). 
As palavras derivadas e compostas podem ou não receber o emprego 
do hífen. Abaixo, vamos esquematizar quando esse emprego ocorrerá. 
 
3.1 Emprego do Hífen em Palavras Compostas 
 
• USA-SE O HÍFEN 
 
A regra geral indica o emprego do hífen na maioria das 
palavras formadas por composição. 
Ex: guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, 
vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, 
bate-boca, decreto-lei, médico-cirurgião, tio-avô, afro-asiático, saca-
rolha, conta-gotas, tenente-coronel, beija-flor, marca-texto, ano-luz. 
 
Outros exemplos em que também há o emprego do hífen: 
- Nas palavras compostas formadas por termos iguais ou 
semelhantes: reco-reco, tique-taque, cri-cri, pingue-pongue, pega-
pega, esconde-esconde. 
- Nas palavras compostas em que há o emprego do apóstrofo 
entre os elementos: gota-d'água, pé-d'água, copo-d’água, mãe-
d’água, estrela-d’alva, pau-d’alho, cobra-d’água. 
- Nas palavras compostas que designam espécies botânicas e 
zoológicas, mesmo com elemento de ligação: bem-te-vi, peixe-
espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, 
lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, 
peroba-do-campo, cravo-da-índia, couve-flor, bem-me-quer, formiga-
branca. 
EXCEÇÃO: nas situações em que os compostos que designam 
espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido 
original, não se usa o hífen. Ex: bico-de-papagaio (planta ornamental) 
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e bico de papagaio (deformação nas vértebras); olho-de-boi (peixe) e 
olho de boi (selo postal). 
- Nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes 
próprios de lugares): belo-horizontino, porto-alegrense, sul-
africano, afro-brasileiro, anglo-saxão, ibero-americano, euro-asiático, 
luso-brasileiro, greco-romano, afro-cubano. 
ATENÇÃO: o uso do hífen, no caso acima, ocorrerá somente se ambos 
os elementos do composto indicarem etnias. Se assim não for, não se 
emprega o hífen (ex: afrodescendente, anglomania, eurocêntrico, 
francolatria, lusofonia; os segundos elementos, nesses exemplos, não 
indicam etnia). 
- Nos topônimos que contenham os adjetivos reduzidos 
“GRÃO” e “GRÔ: Grão-Pará; Grã-Bretanha. 
 
• NÃO SE USA O HÍFEN, POIS UNEM-SE OS VOCÁBULOS 
 
- Nas palavrascompostas em que se perdeu a noção de 
composição. Isso porque, ao ler essas palavras, não se percebe mais 
o significado de cada termo formador e nota-se apenas o sentido da 
nova palavra formada. 
Ex: paraquedas, mandachuva, madressilva, malmequer, passatempo, 
pontapé, rodapé, sobremesa, vaivém, girassol, aguardente. 
- Nas palavras compostas que apresentam elemento de 
ligação. 
Ex: pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de 
semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, 
olho de sogra, bicho de sete cabeças, deus nos acuda, faz de conta. 
EXCEÇÃO: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-
perfeito, pé-de-meia. 
 
3.2 Emprego do Hífen em Palavras Derivadas por Prefixação 
 
Como vimos, algumas palavras são formadas pelo acréscimo de 
pequenos elementos em um radical preexistente (os prefixos e 
sufixos). Quando esse acréscimo dá-se antes do radical, temos a 
derivação por prefixação. 
Observe, abaixo, uma lista com os principais prefixos utilizados na 
formação de palavras em nossa língua: 
- aero, agro, alvi, além, ante, anti, arqui, auto, aquém, circum, co, 
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contra, des, eletro, entre, ex, extra, foto, geo, hidro, hiper, in, infra, 
inter, intra, macro, maxi, mega, micro, mini, moto, multi, nano, neo, 
pan, pluri, poli, pós, pré, pró, proto, pseudo, re, recém, retro, sem, 
semi, sob, sobre, sócio, sub, super, supra, tele, tri, ultra, vaso, vice, 
video. 
 
Neste tópico da aula, aprenderemos os casos em que se emprega o 
hífen e aqueles em que não se emprega o hífen, em palavras 
derivadas por prefixação. 
 
• USA-SE O HÍFEN 
 
- Nos prefixos “ALÉM”, “AQUÉM”, “EX”, “RECÉM”, “SEM” e 
“VICE”, sempre! 
Ex: além-mar, aquém-mar, ex-diretor, ex-prefeito, recém-nascido, 
recém-casado sem-terra, vice-campeão. 
- Nos prefixos “PÓS”, “PRÉ” e “PRÓ”, caso sejam tônicos e 
conservem autonomia vocabular. 
Ex: pós-graduação, pós-estruturalismo, pós-guerra, pós-modernos, 
pós-parto, pós-socrático, pós-tônico, pré-escola, pré-estreia, pré-
vestibular, pré-natal, pré-datado, pré-história, pró-americano, pró-
análise, pró-europeu. 
ATENÇÃO: em alguns vocábulos, o prefixo (átono) incorporou-se ao 
elemento seguinte: predeterminado, pressupor, propor, pospor, 
promover, prever. 
- Na junção de qualquer prefixo + segundo elemento iniciado 
com “H”. 
Ex: anti-herói, anti-higiênico, auto-hipnose, pré-história, semi-
hospitalar, extra-humano, arqui-hipérbole, mini-hotel, poli-hidratação, 
sub-hepático, geo-história, super-homem, pan-helenismo. 
EXCEÇÃO: a regra não se aplica aos prefixos “RE”, “CO”, “DES” e 
“IN”, pois o segundo elemento perde o “H” original e não se emprega 
o hífen. Ex: reumanizar (re + humanizar), coabitar (co + habitar), 
coerdeiro (co + herdeiro), desonra (des + honra), desumano (des + 
humano), inumano (in + humano), inábil (in + hábil). 
- Na junção dos prefixos “CIRCUM” e “PAN” + segundo 
elemento iniciado por “M”, “N” ou VOGAL. 
 
Ex: circum-escolar, circum-murado, circum-navegação, pan-africano, 
pan-americano, pan-negritude, pan-mágico. 
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OBS: é claro que a regra anterior (do “H”) também vale para esses 
prefixos (pan-helenismo). 
- Na junção dos prefixos terminados em R (“HIPER”, “SUPER”, 
“INTER”) + segundo elemento também iniciado por “R”. 
Ex: hiper-reativo, hiper-requintado, hiper-rugoso, super-revista, 
super-realismo, super-resistente, inter-relacionado, inter-requintado, 
inter-regional, inter-renal. 
OBS: é claro que a regra anterior (do “H”) também vale para esses 
prefixos (inter-hemisfério, super-homem). 
- Na junção dos prefixos “SOB” e “SUB” + segundo elemento 
iniciado por “R” e “B”. 
Ex: sob-roda, sub-base, sub-bibliotecário, sub-bosque, sub-rogar, 
sub-rotina. 
OBS: é claro que a regra anterior (do “H”) também vale para esses 
prefixos (sub-humano). 
- Na junção de prefixo + segundo elemento iniciado por vogal 
idêntica à letra final do prefixo. 
Ex: anti-ibérico, anti-imperialista, anti-inflamatório, anti-inflacionário, 
auto-observação, auto-ônibus, arqui-inimigo, arqui-irmandade, 
contra-almirante, micro-ondas, micro-ônibus, micro-organismo, semi-
interno, infra-axilar, supra-auricular, eletro-ótica. 
EXCEÇÃO: a regra não se aplica para os prefixos “RE” e “CO” 
(coordenar, cooperar, reeditar, reeleição, reencarnação, reenvio, 
reemissão, reempossar, reencontro, reestabelecer). 
 
• NÃO SE USA O HÍFEN 
 
- Na junção de prefixo terminado em vogal + segundo 
elemento iniciado por consoante. 
Ex: antivírus (anti + vírus), autocontrole, extracorpóreo, hipoderme, 
microcirurgia, neoliberal, semicírculo, supracitado, semimetal. 
OBS: no caso do segundo elemento iniciar-se por “R” ou “S”, a fim de 
manter a pronúncia do termo após a ligação, duplicam-se essas 
consoantes. Ex: antirrugas (anti + rugas), antissocial, autorretrato, 
biorritmo, contrarrazões, contrarregra, contrassenso, infrassom, 
microssistema, minissaia, minissérie, neorrealismo, neossimbolismo, 
suprassumo, ultrassom. 
 
- Na junção de prefixo terminado em vogal + segundo 
elemento iniciado por vogal diversa. 
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Ex: anteontem (ante + ontem), antiaéreo, autoajuda, autoescola, 
autoaprendizado, autoestima, coautor, contraexemplo, hidroelétrica, 
contraindicado, extraescolar, infraestrutura, intrauterino, plurianual, 
semianalfabeto, semiárido. 
 
3.3 Outros Casos 
 
• USA-SE O HÍFEN 
- Sempre que se acrescerem os sufixos “AÇU”, “GUAÇU” e 
“MIRIM”. Ex: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu. 
- Nos encadeamentos vocabulares (em que se acumulam 
palavras sem, no entanto, formar-se outro vocábulo). Ex: Ponte 
Rio-Niterói, linha Norte-Sul, percurso Lisboa-Coimbra-Porto. 
- Na junção dos advérbios “BEM” ou “MAL” + segundo 
elemento iniciado por vogal ou “H”. Ex: bem-aventurado, bem-
amado, bem-estar, bem-humorado, mal-afortunado, mal-
assombrado, mal-educado, mal-estar, mal-intencionado, mal-
humorado. 
OBS: só se empregará o hífen, na situação acima, caso a junção dos 
elementos forme um vocábulo com sentido independente, pois, do 
contrário, os elementos ficarão separados e sem o hífen (ex: Maria é 
muito bem relacionada). 
 
ATENÇÃO: 
- Advérbio “MAL” nos demais casos (segundo elemento 
iniciado por consoante diferente de “H”): não se usará o hífen 
(malcozido, malcriado, malmequer). 
- Advérbio “BEM” nos demais casos (segundo elemento 
iniciado por consoante diferente de “H”): aqui, não há regra 
lógica. O “BEM” tanto pode aparecer aglutinado com o segundo 
elemento (benfazejo, benfeito, benfeitor, benquerença, benquisto) 
quanto pode aparecer com o hífen (bem-criado, bem-nascido, bem-
visto, bem-me-quer). Como o emprego é aleatório, acho pouco 
provável que esses casos sejam cobrados em provas. 
 
• NÃO SE USA O HÍFEN 
ATENÇÃO! Após o Novo Acordo Ortográfico, não se usa mais o hífen 
nas expressões “À TOA” e “DIA A DIA”. 
“MEIO AMBIENTE” também não recebe o hífen! 
 
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Assim, com essas últimas observações, encerramos a parteda aula 
dedicada às regras de emprego do hífen. 
Mas, antes de passarmos ao assunto seguinte, vamos conferir um 
exemplo de questão sobre hifenização, da FGV. 
 
 
(FGV) Analista de Sistemas Senado Federal/2008 
(Adaptada) 
 
Julgue as afirmativas a seguir: 
 
I. O antônimo de bem-sucedidas é "malsucedidas". 
II. A palavra pós-guerra é grafada com hífen, assim como toda 
palavra que trouxer o prefixo "pós-". 
 
 
Comentários 
Vamos analisar cada um dos itens acima. 
 
Alternativa I – A palavra “malsucedidas” está corretamente 
escrita, pois, como vimos, trata-se da junção do advérbio “MAL” 
com vocábulo iniciado em consoante diversa de “H”, caso em 
que não se emprega o hífen. 
Alternativa CERTA. 
Alternativa II – O vocábulo “pós-guerra” está corretamente 
hifenizado, pois, diz a regra, os prefixos “PÓS”, “PRÉ” e “PRÓ” 
se ligam aos vocábulos por meio de hífen caso sejam tônicos 
e conservem autonomia vocabular. Assim, a afirmação de 
que toda palavra com prefixo “PÓS” recebe o hífen está 
incorreta (ex: pospor). 
Alternativa ERRADA. 
 
Agora sim, podemos prosseguir para mais um aprendizado de 
Ortografia. 
 
4. Maiúsculas e Minúsculas 
 
Saber quando grafar a palavra com letra maiúscula e quando grafar 
com letra minúscula é outro aspecto fundamental para a correção 
ortográfica do texto. 
As bancas não costumam cobrar diretamente esse conhecimento 
(embora, como veremos nos exercícios, aconteça vez ou outra). De 
todo modo, ao resolver uma questão discursiva, será essencial saber 
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se devemos ou não devemos usar a letra maiúscula, uma vez que a 
regra geral é que se use a minúscula. 
Nós já sabemos que, em início de frases, orações ou períodos, 
bem como nos substantivos próprios, nomes de países, 
estados e cidades, deve-se usar a letra maiúscula. 
Mas há outros casos, alguns deles recentemente alterados pelo Novo 
Acordo Ortográfico, em que grafamos, com maiúscula, as letras dos 
vocábulos. 
Vamos ver quais são esses casos? 
 
• USO DE MAIÚSCULA 
- Nomes de festas e festividades. Ex: Natal, Páscoa, Quinze de 
Novembro, Ramadão. 
OBS: nomes de festas populares ou pagãs são escritas com letra 
minúscula (carnaval, micareta, festas juninas). 
- Nomes que designam divindade. Ex: o Onipotente, o Todo-
poderoso, o Criador. 
- Nomes de regiões. Ex: Norte, Sul, Nordeste, Sudeste, Ocidente. 
OBS: após o Novo Acordo, esses mesmos vocábulos, se empregados 
para designar os pontos cardeais, são escritos com letra minúscula. 
- Títulos de jornais e periódicos, que retém o itálico. Ex: Folha 
de São Paulo, Zero Hora, O Estado de São Paulo. 
- Siglas, símbolos ou abreviaturas. Ex: ONU, VOLP, CPF, RG, 
FAO. 
OBS: as siglas com até 3 letras devem ser escritas, obrigatoriamente, 
com todas as letras maiúsculas. As siglas com 4 ou mais letras, no 
entanto, podem ser escritas de duas formas: com todas as letras 
maiúsculas ou com somente a primeira letra maiúscula. 
- Eras históricas e épocas notáveis. Ex: Idade Média, Revolução 
Industrial, Estado Novo, Renascimento. 
- Nomes de repartições, corporações ou estabelecimentos. Ex: 
Ministério dos Transportes, Academia Brasileira de Legras, Imprensa 
Nacional. 
- Os vocábulos “Pátria”, “Nação” e “País”, se possuírem 
sentido particular e determinado, político ou nacionalista. Ex: 
“o Estado brasileiro”. 
 
 
 
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• USO FACULTATIVO DE MAIÚSCULA OU MINÚSCULA 
- Nomes de logradouros públicos, templos, e edifícios. Ex: Rua 
ou rua ‘X’, Edifício ou edifício ‘X’, Igreja ou igreja ‘X’. 
- Pronomes de tratamento e nomes de reverência. Ex: Santa ou 
santa ‘X’, Bacharel ou bacharel ‘X’, Governador ou governador ‘X’. 
- Domínios do saber, cursos, disciplinas. Ex: Português ou 
português, Ortografia ou ortografia, Belas Artes ou belas artes, 
Direito Penal ou direito penal. 
- Títulos de citação bibliográfica (exceto a primeira palavra, 
que será sempre maiúscula). Ex: Viva o Povo Brasileiro ou Viva o 
povo brasileiro; O Crime do Padre Amaro ou O crime do padre Amaro. 
 
ATENÇÃO 
- Após o Novo Acordo Ortográfico, escrevem-se com letras 
minúsculas os nomes de meses, estações do ano e dias da 
semana. Ex: inverno, sexta-feira, dezembro. 
 
Agora que estudamos as principais regras de emprego das letras 
maiúsculas e minúsculas, vejamos como o tema é cobrado em 
questões de concurso público: 
 
(CESPE) Economista MTE/2008 
(Adaptada) 
 
Julgue, como CERTA ou ERRADA, a afirmativa a seguir: 
 
O emprego das maiúsculas em “MERCOSUL” contraria as 
normas abonadas pela ortografia oficial da língua portuguesa. 
 
 
Comentários 
A grafia de “MERCOSUL”, tal qual se vê no enunciado, não 
contraria as normas da ortografia oficial. Como vimos, as 
siglas são escritas, em regra, com letras maiúsculas. 
Para aquelas siglas formadas por 4 ou mais letras, no entanto, 
facultou-se a escrita de duas formas: todas as letras maiúsculas 
ou com somente a primeira letra maiúscula. É o caso do 
vocábulo em questão, que tanto pode ser “MERCOSUL” quanto 
“Mercosul”. 
Gabarito: ERRADA 
 
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Finalizamos, assim, o conteúdo atinente à Ortografia. Espero que 
tenha sido prazeroso e proveitoso! Mas, ainda nos falta aprender as 
regras de Acentuação Gráfica. Vamos lá? 
 
 
 
Acentuação Gráfica 
 
 
1. Aspectos Introdutórios 
 
A Acentuação Gráfica dos vocábulos é cobrada com frequência nas 
provas de concurso público. O CESPE, por exemplo, costuma aplicar 
muito mais questões de Acentuação do que questões relacionadas à 
Ortografia. 
O estudo das regras de Acentuação, como veremos, é simples e de 
fácil memorização, uma vez que segue uma lógica determinada, com 
poucas exceções. 
Para melhor compreender o assunto, vale atentar para alguns 
conceitos introdutórios. 
 
Primeiro, vamos diferenciar acentuação tônica e acentuação 
gráfica. 
 
• O acento tônico é aquele que recai na sílaba mais forte do 
vocábulo (a chamada sílaba tônica). As sílabas que não são 
pronunciadas com intensidade, por sua vez, são chamadas de 
átonas. Note que o acento tônico é concretizado na pronúncia, não 
necessariamente sendo expresso na grafia. Ex: gato, boneca, 
abacaxi, acordar. 
Na nossa língua, a sílaba tônica só recai na última, na penúltima ou 
na antepenúltima sílaba da palavra. De acordo com essa incidência, 
podem-se classificar os vocábulos em: 
 
a) Oxítonos: a sílaba tônica recai na última sílaba da palavra (papel, 
paletó, comer, desdém). 
b) Paroxítonos: a sílaba tônica recai na penúltima sílaba da palavra 
(parede, cinema, acordo, paranoia). 
c) Proparoxítonos: a sílaba tônica recai na antepenúltima sílaba da 
palavra (lâmpada, êxodo, típico, páprica). 
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Na Língua Portuguesa, as paroxítonas figuram em maior quantidade, 
seguidas das oxítonas. As proparoxítonas, no entanto, aparecem em 
número reduzido. 
 
ATENÇÃO: observe com cuidado a sílaba tônica de cada palavra a 
seguir (destacada em azul), pois costuma haver dúvida comrelação a 
sua pronúncia correta. 
 
OXÍTONAS PAROXÍTONAS PROPAROXÍTONAS 
Mister, condor, ruim, 
ureter, novel, Nobel, 
cateter. 
Libido, pudico, látex, 
ibero, rubrica, fluido, 
circuito, fortuito, 
gratuito, filantropo, 
misantropo, recorde, 
avaro. 
Arquétipo, ímprobo, 
ínterim, êmbolo. 
 
• O acento gráfico é a grafia do acento na sílaba tônica, com o 
objetivo de promover a correta pronúncia das palavras. 
Os acentos gráficos são três: o AGUDO (´), o GRAVE (`) e o 
CIRCUNFLEXO (^). O acento será agudo se o som pronunciado for 
aberto e será circunflexo se o som pronunciado for fechado. O acento 
grave é o indicador de crase e será estudado em outro momento do 
curso. 
 
ATENÇÃO: 
A) o TIL (~) não é acento gráfico, é um sinal de nasalização; 
B) o trema (¨), antes utilizado nos grupos “GUE”, “GUI”, 
“QUE” e “QUI”, foi abolido pelo Novo Acordo Ortográfico. Ex: 
linguiça, arguição, cinquenta, frequência, aguentar. 
 
A fim de promover a correta pronúncia dos vocábulos em Português, 
sem que fosse preciso sinalizar a sílaba tônica de todos eles, criou-se 
um complexo de regras de acentuação. Desse modo, somente 
algumas palavras receberão o acento gráfico em sua sílaba tônica, de 
modo que seja possível inferir a pronúncia, inclusive, daquelas 
palavras não acentuadas. 
Vamos, agora, entender melhor essas normas. 
 
 
 
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2. Regras de Acentuação 
 
As regras de acentuação foram criadas para promover a correta 
pronúncia dos vocábulos em Português, sem que, para tanto, fosse 
necessário acentuar graficamente a sílaba tônica de todos eles. As 
regras de acentuação visam, portanto, acentuar o menor 
número possível de vocábulos. 
Com base nesse pressuposto, algumas palavras de nossa língua 
receberão o acento gráfico em sua sílaba tônica, de modo a indicar 
expressamente sua pronúncia correta. As palavras que não receberem 
o acento gráfico, por sua vez, terão sua pronúncia inferida por 
exclusão. 
Para que você compreenda melhor o funcionamento desse sistema de 
regras, vamos analisar dois vocábulos de nossa língua: chulé e 
chute. 
A leitura da palavra “chulé” já fornece indicação expressa de sua 
pronúncia, por meio do acento agudo grafado na última sílaba. O 
vocábulo “chute”, por sua vez, não recebe acento gráfico algum para 
indicar sua pronúncia; e nem há necessidade, pois podemos inferi-la 
facilmente, com base nas regras de acentuação. 
Isso porque, para os vocábulos terminados em “E”, nosso sistema 
optou por acentuar os oxítonos (que são menos frequentes), e nada 
grafar nos paroxítonos (que são muito frequentes). Assim, se o 
vocábulo terminar em “E” e não possuir acento, sabemos que se trata 
de palavra cuja sílaba tônica será a antepenúltima. É o caso de 
“chute”. 
Dito isso, é importante ter em mente que somente serão 
acentuadas as palavras que se encaixem nas regras de 
acentuação. Ou seja, você só deve acentuar um vocábulo se houver 
regra aplicável a ele. Todas as demais palavras não receberão o 
acento gráfico, e suas sílabas tônicas poderão ser identificadas por 
dedução. 
Agora sim, vamos conhecer as tão importantes regras de acentuação. 
 
 
 
 
 
 
 
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2.1 Monossílabos Tônicos 
Os monossílabos podem ser: 
- Átonos: aqueles pronunciados com pouca intensidade. Ex: alguns 
pronomes oblíquos (o, me, nos, se), algumas preposições (em, de, 
por) e conjunções monossilábicas. 
- Tônicos: aqueles pronunciados com muita intensidade. Ex: tu, lã, 
mim, lá. 
Somente os monossílabos tônicos receberão, em determinados casos, 
o acento gráfico, de acordo com as regras a seguir. 
 
• REGRAS: 
A) Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em 
“A(s)”, “E(s)” e “O(s)” 
Ex: pá, chá, cá, lá, má, fá, gás, trás, fé, ré, rês, lê, vê, mês, três, pó, 
dó, nó, vó, nós, vós, pôs, vô. 
ATENÇÃO: esta regra também vale, obviamente, para os verbos 
monossílabos terminados em “A”, “E” e “O”, unidos ao pronome por 
hífen. Nesses casos, para fins de acentuação, conta-se como última 
letra aquela do verbo, ou seja, a última letra do vocábulo que 
antecede o hífen. Ex: dá-lo (dar + o), fê-los (fez + os). 
OBS: os prefixos “PRÉ” e “PRÓ” só serão acentuados se separados 
por hífen (pré-estreia, pré-história, pró-labore). Não serão acentuados 
se estiverem unidos ao radical da palavra, pois a letra “E” não estará 
ao final da palavra (pressentimento, prosseguir). 
B) Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados nos 
ditongos “EI(s)”, “OI(s)” e “EU(s)” (se abertos). 
Ex: méis, réis, dói, mói, sóis, céu, réu (réus), véu. 
ATENÇÃO: note que a regra só vale para os referidos ditongos, se o 
som de sua pronúncia for aberto! Caso o som seja fechado, não se 
acentuam os ditongos “EI”, “OI”, “EU” (ex: lei, rei, sei, foi, boi, pois, 
ateu, meus, deu, Deus). 
 
 
 
 
 
 
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2.2 Oxítonos 
 
Os oxítonos são acentuados de maneira bastante semelhante aos 
monossílabos tônicos; mesmo porque, é importante saber: os 
monossílabos tônicos são, também, oxítonos – ou seja, possuem 
como sílaba tônica sua última (e única) sílaba. 
A diferença, como veremos abaixo, é que os oxítonos terminados com 
“EM” e “ENS” também são acentuados (e isso valerá somente para os 
oxítonos em sentido estrito, ou seja, não valerá para os 
monossílabos). 
 
• REGRAS: 
A) Acentuam-se os oxítonos terminados em “A(s)”, “E(s)”, 
“O(s)”, “EM” e “ENS”. 
Ex: Amapá, abará(s), alvará(s), cajá(s), Pará, vatapá(s), amém, até, 
café(s), cipó(s), jiló(s), paletó(s), alguém, armazém, armazéns, 
Belém, desdém, ninguém, parabéns, também. 
ATENÇÃO: aqui, vale a mesma observação feita nos monossílabos! 
Portanto, os verbos oxítonos terminados em “A”, “E” e “O”, se unidos 
ao pronome por hífen, serão acentuados. Ex: fazê-los (fazer + os), 
dizê-lo (dizer + o). 
OBS: O Novo Acordo facultou o uso do acento circunflexo nas 
palavras oxítonas “metrô” e “judô”. 
B) Acentuam-se os oxítonos terminados nos ditongos “EI(s)”, 
“OI(s)” e “EU(s)” (se abertos). 
Ex: anéis, bacharéis, coronéis, papéis, caubói(s), herói(s), dodói(s), 
chapéu(s), Ilhéus, troféu(s). 
 
ATENÇÃO: para algumas palavras oxítonas terminadas em “E” 
tônico, geralmente de origem francesa, o Novo Acordo facultou tanto 
o uso do acento agudo quanto o uso do acento circunflexo. 
Ex: 
bebê bebé 
bidê bidé 
canapê canapé 
caratê caratê 
crochê croché 
guichê Guichê 
nenê nené 
purê purê 
rapê rapé 
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2.3 Paroxítonos 
 
Como vimos anteriormente, as regras de acentuação irão operar por 
exclusão, a fim de que se acentue o menor número possível de 
palavras. 
Desse modo, uma vez que se acentuam as oxítonas terminadas em 
“A(s)”, “E(s)”, “O(s)”, “EM” e “ENS”, as paroxítonas com essas 
terminações não serão acentuadas. Seguindo esse raciocínio, os 
demais casos (paroxítonas com terminações diversas das 
mencionadas) receberão o acento gráfico. 
Apenas com a informação acima, já seria possível aplicar 
corretamente o acento nas paroxítonas.Os gramáticos, no entanto, 
costumam debruçar-se sobre cada caso específico, e também assim o 
faremos, para que você compreenda melhor e memorize. Mesmo 
porque, como veremos, alguns casos podem ser confundidos. 
A paroxítona “órfão”, por exemplo, embora termine em “O” 
(terminação abarcada pela regra dos oxítonos), recebe o acento. Isso 
porque se considera que ela termina em “ÃO”, e não em “O”. 
Também a palavra “cárie”, embora termine em “E”, recebe o acento. 
Isso porque se considera que ela termina em ditongo oral, e não em 
“E”. 
Esses são, basicamente, os dois casos em que poderá haver confusão 
entre as regras. Por isso, vamos analisar cada caso de acentuação das 
paroxítonas, de modo que você não se equivoque mais! Tenha sempre 
em mente, contudo, o raciocínio posto acima: nos casos em que 
acentuarmos as oxítonas, não acentuaremos as paroxítonas. 
 
Vamos, então, esmiuçar cada regra de acentuação dos paroxítonos! 
 
• REGRAS: 
A) Acentuam-se os paroxítonos terminados em “Ã(s)” e 
“ÃO(s)”. 
Ex: ímã(s), órfã(s), órfão(s), órgão(s), acórdão(s), sótão(s). 
B) Acentuam-se os paroxítonos terminados em “I”, “IS” e 
“US”. 
Ex: biquíni, grátis, íris, júri, táxi, lápis, tênis, lótus, ônus, bônus, 
Vênus, vírus. 
C) Acentuam-se os paroxítonos terminados em “L”, “N(s)”, 
“R”, “X” e “PS”. 
Ex: ágil, difícil, incrível, réptil, túnel, hífen, íons, elétrons, lúmen, 
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pólen, açúcar, âmbar, caráter, éter, revólver, córtex, fênix, látex, 
tórax, bíceps, fórceps, tríceps. 
ATENÇÃO: As palavras “hifens” e “itens” não são acentuadas. 
Vamos entender o motivo? Como vimos, as oxítonas terminadas em 
“ENS” são acentuadas, desse modo, por exclusão, não é necessário 
que se acentuem as paroxítonas com essa mesma terminação. 
Portanto, em resumo, não se acentuam as paroxítonas 
terminadas em “ENS”! A palavra “hífen”, por sua vez, recebe o 
acento normalmente, pois termina em “N”. 
D) Acentuam-se os paroxítonos terminados em “UM” e “UNS”. 
Ex: álbum, álbuns, fórum, fóruns, médium, médiuns. 
E) Acentuam-se os paroxítonos terminados em “DITONGO 
ORAL” E SEUS PLURAIS. 
Ex: ágeis, água, árduo(s), Ásia, diária, cárie(s), férteis, ginásio(s), 
imóveis, mágoa(s), óleo(s), jóquei(s), paciência, Páscoa, petróleo, 
pônei(s), superfície(s), vácuo, variáveis. 
 
EXCEÇÃO GERAL: 
Os prefixos paroxítonos terminados em “I” ou “R” não são 
acentuados: anti-higiênico, semi-histórico, super-homem. 
 
ATENÇÃO: 
Após o Acordo Ortográfico, do qual já falamos, deixou-se de 
acentuar os ditongos abertos “EI”, “OI” e “EU” nas 
paroxítonas! Essa alteração você precisa conhecer, pois ela mudou a 
grafia de palavras bastante usadas pelos brasileiros. Ex: assembleia, 
europeia, ideia, heroico, boia, estreia, geleia. 
Observe, entretanto, que os monossílabos tônicos e os oxítonos 
continuam recebendo acento nesses casos (nos ditongos 
abertos “EI”, “OI”, “EU”), mesmo após o Novo Acordo. Ex: céu, 
réu, troféu, papéis. (Veja outros exemplos na regra específica de 
oxítonos, mais acima.) 
 
 
 
 
 
 
 
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2.4 Proparoxítonos 
As proparoxítonas (palavras que possuem como tônica a 
antepenúltima sílaba) são menos comuns em nosso vocabulário. Para 
facilitar sua acentuação, criou-se a regra a seguir. 
 
• REGRA ÚNICA: acentuam-se todas as palavras 
proparoxítonas. 
Ex: âmago, Atlântico, ávido, bêbado, bípede, cálice, crônica, dívida, 
lâmpada, lúcido, música, mágico, mímica, náufrago, pânico, 
relâmpago, sílaba, último, zoológico. 
 
2.5 Hiatos 
 
O conceito de hiato foi criado para designar os casos em que, apesar 
de haver um aparente encontro de vogais na palavra, essas vogais 
não estão na mesma sílaba (e, portanto, não formam um ditongo). 
Na tabela abaixo, é possível entender a distinção entre o ditongo e o 
hiato. Observe a separação de sílabas e o destaque (em azul) na 
sílaba tônica. 
 
DITONGO HIATO 
doido (doi-do) doído (do-í-do) 
cai (cai) caí (ca-í) 
sai (sai) saí (sa-í) 
contribui (con-tri-bui) contribuí (con-tri-bu-í) 
pais (pais) país (pa-ís) 
 
Nos vocábulos da primeira coluna, pronunciamos os encontros 
vocálicos de uma só vez, enquanto na segunda coluna destaca-se 
cada vogal. 
A partir dessa distinção, temos a regra de acentuação dos hiatos, que 
valerá para todas as três classes de palavras (oxítonas, paroxítonas e 
proparoxítonas). 
 
• REGRA ÚNICA: acentuam-se a vogal “I” ou a vogal “U” do 
hiato, desde que essa vogal: 
a) seja a segunda vogal do hiato; 
b) esteja sozinha na sílaba (ou acompanhada de “S”); 
c) forme sílaba tônica; 
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d) não seja precedida de vogal idêntica; 
e) não seja seguida de “NH”. 
Ex: açaí, baía, baú(s), caía, ciúme, egoísmo, faísca, juízo, miúdo, 
raízes, sanduíche, viúvo, balaústre, saúva, cafeína, amiúde, graúdo. 
 
EXCEÇÃO: o Novo Acordo Ortográfico retirou o acento dos 
hiatos, nas paroxítonas, em caso de haver ditongo junto com o 
hiato. Assim, as palavras “feiura”, “Sauipe” e “baiuca”, que antes 
recebiam o acento, não recebem mais. Veja: fei-u-ra, Sau-i-pe, bai-u-
ca. 
Essa exceção vale somente para as paroxítonas! As palavras 
oxítonas, nas quais as vogais “I” ou “U” formarem hiato, 
continuam sendo acentuadas, mesmo que precedidas por 
ditongo. Ex: Pi-au-í, tui-ui-ú. 
 
PARA MELHOR COMPREENDER: 
Para que você entenda, de uma vez por todas, a regra de acentuação 
dos hiatos, vamos esmiuçar o motivo pelo qual algumas palavras, 
embora contenham hiato, não devem ser acentuadas. 
Sugiro que você tente, sozinho, encontrar a justificativa para a falta 
do acento nos grupos de vocábulos abaixo, com base nas explicações 
já dadas. Somente após sua tentativa, leia as minhas explicações. 
a) atuava, amuado, poeta, piolho. 
Todos os vocábulos deste grupo possuem hiato. No entanto, a 
segunda vogal desses hiatos não é “I” nem “U”, o que não autoriza a 
acentuação. Veja: a-tu-a-va, a-mu-a-do, po-e-ta, pi-o-lho. 
b) ainda, atraiu, contribuinte, constituinte, juiz, ruim, diurno. 
Todos os vocábulos deste grupo possuem hiato em que a segunda 
vogal é “I” ou “U”. Entretanto, essa segunda vogal não está sozinha 
na frase (nem acompanhada de “S”), condição necessária para a 
acentuação. Veja: a-in-da, a-tra-iu, con-tri-bu-in-te, cons-ti-tu-in-te, 
ju-iz, ru-im, di-ur-no. 
c) miudeza. 
A palavra “miudeza” parece cumprir todas as condições para 
acentuação de hiatos, pois possui hiato em que a segunda vogal “U” 
está sozinha na sílaba (mi-u-de-za). No entanto, perceba que a sílaba 
tônica da palavra não é a sílaba “U”, mas sim a sílaba “DE” (mi-u-de-
za). Por esse motivo, não se autoriza a acentuação. 
d) xiita. 
O vocábulo “xiita” possui hiato formado por duas vogais idênticas (“I”) 
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e, portanto, não preenche os requisitos para receber o acento. 
OBS: friíssimo e iídiche recebem o acento pela regra das 
proparoxítonas, e não pela regra dos hiatos (pois seus hiatos são 
formados por duas vogais idênticas). 
e) rainha, ladainha, campainha, bainha.Os vocábulos acima possuem hiatos nos quais a segunda vogal “I” 
figura sozinha na sílaba tônica, condição que, aparentemente, 
autoriza a acentuação. No entanto, note que os hiatos são seguidos 
do dígrafo “NH”, o que, de acordo com a regra, inviabiliza o emprego 
do acento. Veja: ra-i-nha, la-da-i-nha, cam-pa-i-nha, ba-i-nha. 
 
ATENÇÃO: 
Após o Novo Acordo Ortográfico, desapareceu o acento 
circunflexo nos hiatos tônicos “EE” e “OO”. Atente, portanto, 
para a grafia correta dos seguintes vocábulos, antes acentuados. 
- creem (do verbo crer), leem (do verbo ler), deem (do verbo dar), 
veem (do verbo ver), abotoo (do verbo abotoar), perdoo (do verbo 
perdoar), abençoo (do verbo abençoar), doo (do verbo doar), voo, 
voos, zoo (forma reduzida de zoológico). 
 
2.6 Acento Diferencial 
 
• REGRAS: 
- Acentua-se a forma verbal “PÔDE” (3ª pessoa do singular do 
pretérito perfeito do indicativo do verbo poder), para diferenciar da 
forma verbal “PODE” (3ª pessoa do singular do presente do 
indicativo do verbo poder). 
Ex: Ano passado, ele pôde comprar um carro, mas este ano ele não 
pode. 
- Acentua-se o infinitivo verbal “PÔR” para diferenciar da 
preposição “POR”. 
Ex: Por favor, lembre-se de pôr o livro na estante. 
- Acentuam-se as formas verbais “TÊM” e “VÊM” (3ª pessoa do 
plural do presente do indicativo dos verbos “TER” e “VIR”), para 
diferenciar das formas verbais “TEM” e “VEM” (3ª pessoa do 
singular do presente do indicativo). Ex: João tem medo da violência 
urbana, mas seus irmãos não têm. 
OBS: os derivados de “TER” e “VIR” (ex: conter, provir, intervir, 
convir, ater) recebem acento agudo na 3ª pessoa do singular do 
presente do indicativo (ex: contém, provém, intervém, convém, 
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atém) e acento circunflexo na 3ª pessoa do plural do presente do 
indicativo (ex: contêm, provêm, intervêm, convêm, atêm). 
 
ATENÇÃO: 
O Novo Acordo Ortográfico suprimiu todos os demais acentos 
diferenciais (acentos utilizados para distinguir o significado de 
palavras homônimas). Assim, as palavras a seguir, que antes 
eram acentuadas, não são mais: pára/para, pêlo/pelo, pólo/polo, 
pêra/pera. 
É facultativo, no entanto, o emprego do acento circunflexo para 
distinguir a palavra “fôrma” (substantivo) de “forma” (verbo 
formar). Ex: “fôrma de bolo” ou “forma de bolo”. 
 
2.7 Outros Casos 
 
• O Novo Acordo aboliu o acento agudo que antes incidia sobre 
a vogal “U”, se pronunciada com força, na conjugação do verbo 
“arguir”. Observe a escrita correta dessas formas verbais, sem 
acentuação, mas com a mesma pronúncia tônica do “U” (em 
destaque). Ex: tu arguis, ele argui, eles arguem. 
• O Novo Acordo facultou que se acentue ou não as vogais “A” 
ou “I” em algumas formas dos verbos “aguar”, “apaziguar”, 
“averiguar”, “enxaguar”, “obliquar”, “delinquir” e afins. Isso 
porque são admitidas duas pronúncias para esses verbos, a depender 
da região do país. Veja: 
- Se os referidos verbos forem pronunciados com “A” ou “I” 
tônicos, essas vogais serão acentuadas. 
Ex: eu enxáguo, tu enxáguas, ele enxágua, eles enxáguam; que eu 
enxágue, que tu enxágues, que ele enxágue, que eles enxáguem. 
- Se não forem pronunciados com “A” ou “I” tônicos, mas sim 
com “U” tônico, não haverá acentuação. 
Ex: eu enxaguo, tu enxaguas, ele enxagua, eles enxaguam; que eu 
enxague, que tu enxagues, que ele enxague, que eles enxaguem. 
 
 
 
 
 
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Aqui, chegamos ao final de nossa aula sobre Ortografia e 
Acentuação Gráfica. Espero que você tenha aprendido muito e 
estou à disposição para tirar qualquer dúvida. 
Agora, vamos exercitar e fixar os conhecimentos vistos acima com a 
nossa bateria de 17 questões! Primeiramente, os exercícios 
aparecerão em forma de lista, para que você os resolva normalmente. 
Após a conclusão da última questão, analise seu rendimento pelo 
gabarito e, então, proceda à correção pelos comentários 
apresentados. 
 
É importante a leitura atenta de todos os comentários, ainda 
que você tenha acertado a questão! 
Essa é uma etapa fundamental para aprofundar a teoria e para 
sanar dúvidas. 
Portanto, vamos aos exercícios! 
 
 
QUESTÕES PROPOSTAS 
 
 
Questão 01 – (CESPE) Analista Judiciário TJ-AC/2012 
 
(Adaptada) 
 
A água, ingrediente essencial à vida, certamente é o recurso mais precioso de que a 
humanidade dispõe. Embora se observe pelo mundo afora tanta negligência e falta 
de visão com relação a esse bem vital, é de se esperar que os seres humanos 
procurem preservar e manter os reservatórios desse líquido precioso. De fato, o 
futuro da espécie humana e de muitas outras espécies pode ficar comprometido, a 
menos que haja uma melhora significativa no gerenciamento dos recursos hídricos. 
Entre os fatores que mais têm afetado esse recurso estão o crescimento 
populacional e a grande expansão dos setores produtivos, como a agricultura e a 
indústria. Essa situação, responsável pelo consumo e também pela poluição da água 
em escala exponencial, tem conduzido à necessidade de uma reformulação do seu 
gerenciamento. 
No ambiente agrícola, as perspectivas de mudança decorrem das alterações do 
clima, que afetarão sensivelmente não só a disponibilidade de água, mas também a 
sobrevivência de diversas espécies animais e vegetais. O atual estado de 
conhecimento técnico-científico nesse âmbito já permite a adoção e implementação 
de técnicas direcionadas para o equilíbrio ambiental, porém o desafio está em 
colocá-las em prática, uma vez que isso implica em mudança de comportamento e 
de atitude por parte do produtor, aliadas à necessidade de uma política pública que 
valorize a adoção dessas medidas. 
 
 Marco Antônio Ferreira Gomes e Lauro Charlet Pereira. 
 Água no século XXI: desafios e oportunidades. 
 Internet: <www.agsolve.com.br> (com adaptações) 
 
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Julgue a afirmativa a seguir como CERTA ou ERRADA. 
 
As palavras “negligência”, “reservatórios”, “espécie” e “equilíbrio” (sublinhadas no 
texto acima) apresentam acentuação gráfica em decorrência da mesma regra 
gramatical. 
 
Questão 02 – (FCC) Analista Judiciário – TRF 2ª Região/2012 
 
Consideradas as prescrições do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, 
em vigor desde janeiro de 2009, a palavra em que o hífen foi empregado de 
modo INCORRETO é: 
 
a) anti-higiênico 
b) hiper-realista 
c) aquém-fronteiras 
d) bem-visto 
e) anti-semita 
 
 
Questão 03 – (CESPE) Cargos de Nível Superior IFB/2011 
(Adaptada) 
 
Se, na experiência de minha formação, que deve ser permanente, começo por 
aceitar que o formador é o sujeito em relação a quem me considero o objeto, que 
ele é o sujeito que me forma e eu, o objeto por ele formado, me considero como um 
paciente que recebe os conhecimentos-conteúdos-acumulados pelo sujeito que sabe 
e que são a mim transferidos. Nesta forma de compreender e de viver o processo 
formador, eu, objeto, agora, terei a possibilidade, amanhã, de me tornar o falso 
sujeito da "formação" do futuro objeto de meu ato formador. É preciso que, pelo 
contrário, desde os começos do processo, vá ficando cada vez mais claro que, 
embora diferentes entre si, quem forma se forma e re-formaao formar e quem é 
formado forma-se e forma ao ser formado. É neste sentido que ensinar não é 
transferir conhecimentos, conteúdos, nem formar é ação pela qual um sujeito 
criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência 
sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os 
conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende 
ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. 
Paulo Freire, Pedagogia da autonomia: saberes 
necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 
1996, p. 22-3 (com adaptações). 
 
 
Julgue a afirmativa a seguir como CERTA ou ERRADA. 
O autor usou o hífen com efeitos distintos nos seguintes casos: em “conhecimentos-
conteúdos-acumulados” (sublinhado no texto), foi criado um vocábulo composto por 
três palavras, o que conota amontoado, acúmulo; já em “re-forma” (sublinhado no 
texto), o hífen atribui ênfase ao sentido do prefixo “re-” aposto à forma verbal 
“forma”. 
 
 
 
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Questão 04 – (FGV) Analista Judiciário – TER-PA/2011 
 
(Adaptada) 
 
Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a mesma regra 
que distribuídos: 
 
a) sócio 
b) sofrê-lo 
c) lúcidos 
d) constituí 
e) órfãos 
 
 
Questão 05 – (CESPE) Agente Administrativo - MTE/2008 
 
(Adaptada) 
 
Nós, chefes de Estado e de Governo dos 21 países ibero-americanos, reunidos na 
XIII Conferência Ibero-Americana, na cidade de Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, 
reiteramos o nosso propósito de continuar a fortalecer a Comunidade Ibero-
Americana de Nações como fórum de diálogo, cooperação e concertamento político, 
aprofundando os vínculos históricos e culturais que nos unem, e admitindo, ao 
mesmo tempo, as características próprias de cada uma das nossas múltiplas 
identidades, que permitem reconhecer-nos como uma unidade na diversidade. 
Estamos conscientes de que a exclusão social é um problema de caráter estrutural 
com profundas raízes históricas, econômicas e culturais, cuja superação exige 
profunda transformação das nossas sociedades atingidas pela desigualdade na 
distribuição da riqueza. Reconhecemos a urgente necessidade de implementar 
políticas públicas de diminuição da pobreza e de aumento da participação dos 
cidadãos de todos os setores da população, excluídos da definição das políticas 
sociais, dos processos decisórios e do controle e fiscalização dos recursos 
financeiros consignados a tais políticas, de forma que eles sejam os atores do seu 
próprio processo de desenvolvimento. Assim, poderemos assegurar seu maior 
acesso à terra, às fontes de trabalho, à melhor qualidade de vida, à educação, à 
saúde, à habitação e a outros serviços básicos. 
Os chefes de Estado e de Governo dos países ibero-americanos subscrevem a 
presente declaração, em dois textos originais na língua espanhola e na língua 
portuguesa, ambas igualmente válidas, na cidade de Santa Cruz de la Sierra, aos 15 
dias de novembro do ano de 2003. 
Na trilha de Salvador: a inclusão social pela via do 
trabalho decente. Brasília: MTE, Assessoria Internacional, 
2004, p. 27, 30 e 35 (com adaptações). 
 
 
Julgue a afirmativa a seguir como CERTA ou ERRADA. 
 
De acordo com as regras de acentuação gráfica da língua portuguesa, a palavra 
"ibero-americanos" (sublinhada no texto), também poderia ser corretamente escrita 
da seguinte forma: íbero-americanos. 
 
 
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Questão 06 – (ESAF) Analista de Comércio Exterior MDIC/2012 
 
 
Em alguns países mais afetados pela crise global, como os Estados Unidos, a 
indústria buscou aumentar sua competitividade por meio da forçada redução dos 
custos de produção, o que (1) implicou demissões em massa. Mesmo com menos 
trabalhadores, a indústria manteve ou ampliou a produção, alcançando ganhos 
notáveis de produtividade. Mesmo que aceitasse (2) arcar com um custo social tão 
alto, dificilmente o Brasil alcançaria (3) resultados econômicos tão rápidos. O 
aumento da produtividade do trabalhador brasileiro é limitado, entre outros fatores, 
pela defazagem (4) nos investimentos em educação. Com escassez (5) de 
trabalhadores qualificados, exigidos cada vez mais pelo mercado de trabalho, os 
salários de determinadas funções tendem a subir bem mais do que a produtividade 
média do setor, o que afeta o preço dos bens finais. 
 
O texto acima foi transcrito com adaptações. Assinale a opção que 
corresponde a erro gramatical ou de grafia de palavra. 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
Questão 07 – (FGV) Analista de Sistemas – Senado Federal/2008 
(Adaptada) 
 
A palavra êxito recebeu acento por se tratar de proparoxítona. Nas 
alternativas a seguir, em que todas as palavras estão propositalmente 
grafadas sem acento, uma naturalmente não receberia acento por não se 
tratar de proparoxítona. Assinale-a. 
 
a) interim 
b) rubrica 
c) recondito 
d) arquetipo 
e) lugubre 
 
 
Questão 08 – (FCC) Assistente de Procuradoria PGE-BA/2013 
 
Considere: 
 
No Brasil, a falta de educação entre as pessoas vem aumentando. Por uma ......, 
ainda que superficial, podemos ...... com ...... a falta de um ...... de discrição dos 
...... de pais despreparados para educá-los. 
 
As palavras que preenchem, respectivamente, as lacunas do texto acima 
estão corretamente grafadas em: 
 
 a) análise - enxergar - clareza - gesto - discípulos 
 b) análise - enchergar - claresa - gesto - dicipulos 
 c) análise - enchegar - clareza - jesto – discípulos 
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 d) análize - enxergar - clareza - jesto - discípulos 
 e) análize - enxergar - claresa - gesto - dissípulos 
 
 
Questão 09 – (FGV) Policial Legislativo Federal – Senado Federal/2008 
(Adaptada) 
 
Assinale a alternativa em que todas as palavras estejam corretamente 
grafadas. 
 
 a) pudico – decúbico 
 b) rúbrica – déficit 
 c) impecílio – hojeriza 
 d) disenteria – privilégio 
 e) possue – discreção 
 
 
Questão 10 – (CESPE) Auditor Federal de Controle Externo - TCU/2013 
(Adaptada) 
 
Julgue a afirmativa a seguir como CERTA ou ERRADA. 
Os vocábulos “assistência”, “potável” e “elétrica” são acentuados de acordo com a 
mesma regra de acentuação gráfica. 
 
Questão 11 – (FCC) Analista Judiciário – Taquigrafia - TST/2012 
(Adaptada) 
 
O mundo maravilhoso do conto infantil sempre me instigou. Esse tempo perdido nos 
tempos, em que tal narrativa se ancora, esses atores não individualizados, cuja 
roupa é fácil de vestir, de contar tão “ausente” e distante, que parece falar em 
nome de todos os contadores de histórias! 
Escolhi Perrault, o primeiro a tomar a voz da tradição oral e imprimi-la no mundo 
oficial da literatura. Escolhi Chapeuzinho Vermelho, Le petit chaperon rouge, que, 
por alguma razão, foi retomado tantas vezes, a serviço de outras enunciações. 
Assim encaminhei este meu trabalho [...]. 
Colocava sob minha análise um texto que já nascera das vozes do folclore, e 
propunha-me entender as relações deste texto com suas variantes intertextuais. 
Sabia, então, que teria de transformar a antiga prática de trabalhar com uma obra 
como um campo fechado em si mesmo. A obra não poderia mais ser vista como um 
monólogo de um sujeito independente, que pressupõe, além de seus limites, apenasum leitor receptivo, privilegiado por uma intuição especial. 
Chapeuzinho Vermelho não era um todo autônomo, como não o eram suas 
variantes intertextuais. Não poderia, portanto, por analogia à língua-mãe, na 
história das línguas, ser considerado o primeiro, o único, já que, ele próprio, era 
atravessado pelas vozes milenares da tradição oral. 
[...] Desmoronava-se a ideia de centro, enquanto uma descentralização da língua e 
do discurso ia-se mostrando como uma frente muito nebulosa, difícil de ser 
praticada. Foi então que conheci o dialogismo bakhtiniano. 
Apenas o Adão mítico, que chegou com a primeira palavra num mundo 
virgem, ainda não desacreditado, somente este Adão podia realmente evitar 
por completo esta mútua-orientação dialógica do discurso alheio para o 
objeto. Para o discurso humano, concreto e histórico, isso não é possível: só 
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em certa medida e convencionalmente é que pode dela se afastar (Bakhtin, 
1988, p. 88). 
Entendi que o que acontecia não era apenas a perda de um centro único. Era o 
diálogo que perpassa todo discurso; era o plurilinguismo social e histórico (Bakhtin, 
1988b, p. 82). 
Teria de parar de pensar numa língua única, num único sujeito de um discurso. 
Teria de entender que há sempre a palavra de um outro, junto daquela que eu julgo 
ser de um. Importava, e muito, o diálogo do eu com o outro, ou seja, a verdade de 
que o outro permeia todo o fio do meu discurso, permeia as variantes intertextuais, 
permeia o texto-base. 
Com esse outro inevitável, compactuo, entro em conflito, brinco; posso até 
transfigurá-lo esteticamente. Isso, quando tenho consciência dele e represento-o no 
meu discurso, porque o tomo como sujeito-parceiro da construção da minha 
enunciação. Isso é intertextualidade. Assim esse conceito será trabalhado daqui 
para a frente. 
 (Discini, N. Introdução. Intertextualidade no conto 
 maravilhoso. São Paulo: Humanitas, 2002. p. 9-11.) 
 
Considerados os três últimos parágrafos, julgue a assertiva. 
O uso de hífen em sujeito-parceiro (sublinhado no texto) não só desrespeita 
preceitos da gramática normativa como também é desnecessário: a assim forjada 
“palavra composta” é inócua para a significação do texto. 
 
Questão 12 – (CESPE) Analista Gestão e Análise Processual – BACEN/2013 
(Adaptada) 
 
O emprego do acento gráfico na palavra “arqueológica” e na palavra 
“áspera” justifica-se com base na mesma regra de acentuação. 
 
Questão 13 – (FGV) Advogado – CONDER/2013 
(Adaptada) 
 
A palavra privilégio é dessas palavras cuja grafia sempre traz 
dificuldade a quem escreve: com e ou com i? 
 
Nas alternativas a seguir, assinale o vocábulo que está grafado de forma 
errada. 
 
a) campeão 
b) cumeeira 
c) pátio 
d) crâneo 
e) camaleão 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questão 14 – (CESPE) Auxiliar de Administração – FUB/2013 
 
Julgue o fragmento de texto apresentado no seguinte item com relação à 
grafia das palavras. 
 
Se há de fato desinteresse dos estudantes em aprender, isso pode ser reflexo da 
verdadera cultura da banalidade que impera no país nas mais variadas áreas. 
 
Questão 15 – (ESAF) Analista Administrativo – DNIT/2013 
(Adaptada) 
 
A memória social, que, vulgarmente, se denomina tradição, ou cultura, é sempre 
feita de uma história com H maiúsculo e é marcada por momentos que permitem 
alternâncias certas entre o que foi concebido e vivido como rotineiro e habitual e 
aquilo que foi vivenciado como crise, acidente, festa ou milagre. Isso se deve ao 
fato de o homem ser o único animal que se constrói pela lembrança, pela 
recordação e pela saudade e se desconstrói pelo esquecimento e pelo modo ativo 
com que consegue deixar de lembrar. 
Na sociedade brasileira, como em muitas outras, o rotineiro é sempre equacionado 
ao trabalho ou a tudo aquilo que remete a obrigações e castigos... a tudo que se é 
obrigado a realizar, ao passo que o extra-ordinário, como o próprio nome indica, é 
fora do comum e, exatamente por isso, pode ser inventado e criado por meio de 
artifícios e mecanismos próprios. 
Cada um desses lados, tal como as duas faces de uma mesma moeda, permite 
“esquecer” o outro. No entanto, tanto a festa quanto a rotina são modos que a 
sociedade tem de exprimir-se, de atualizar-se concretamente, deixando ver a sua 
“alma” ou o seu coração. 
 
(Damatta, Roberto Augusto. O que faz o brasil Brasil? Rio de Janeiro: Ed.Rocco Ltda., 1984, 
p. 68, Adaptado.) 
 
Considerado o texto acima, julgue a assertiva. 
 
O emprego de itálico no substantivo extra-ordinário (L.15) deve-se à grafia 
anômala, com hífen, recurso utilizado para ressaltar um dos elementos da formação 
desse vocábulo e coerente com o expresso no trecho subsequente: “como o próprio 
nome indica”. 
 
Questão 16 – (ESAF) Analista de Controles e Finanças – CGU/2012 
(Adaptada) 
 
O dinamismo da indústria ao longo do ano, particularmente no setor de veículos 
automotores, metalurgia e produtos minerais, assegurou o crescimento real da 
receita de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 14%. Contaram, 
também, como fatores impulsionadores da receita, as ações administrativas 
desenvolvidas pela Receita Federal e pela Procuradoria da Fazenda no trabalho de 
recuperação de débitos atrasados. Houve, também, mudanças na legislação 
tributária. Contribuiu, ainda, para o aumento da arrecadação, o recebimento de 
concessões para exploração de petróleo e gás natural e serviços de telefonia móvel 
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celular, a receita de dividendos da União e a receita de cota-parte de compensações 
financeiras, em decorrência da elevada cotação do preço do petróleo no mercado 
internacional em parte deste ano. 
(Adaptado de http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/publicacoes/cartaconjuntura/carta05/7, 
acesso em 29/4/2012.) 
 
Considerado o texto acima, julgue a assertiva. 
 
O emprego das iniciais maiúsculas em “Imposto sobre Produtos Industrializados” foi 
realizado de maneira correta. 
 
Questão 17 – (ESAF) Analista de Planejamento e Orçamento– MPOG/2010 
(Adaptada) 
 
Os economistas brasileiros se concentram, no exame das causas da crise, na 
proposta de meios e modos de contorná-la. Com isso, não levam em conta dois 
pontos. O primeiro é que as medidas contra a crise, que vêm sendo adotadas tanto 
em países subdesenvolvidos como desenvolvidos, são fundamentalmente corretas. 
O segundo ponto é que a crise atual, como todas as anteriores, acabará, mais cedo 
ou mais tarde, por ser corrigida. E, quando isso ocorrer, se voltará às fórmulas 
neoliberais apenas com regulamentação mais estrita da atividade bancária. 
 
(Adaptado de João Paulo Magalhães, O que fazer depois da crise. Correio Braziliense, 
12 de setembro, 2009.) 
 
 
Julgue a afirmativa a seguir como CERTA ou ERRADA. 
 
O acento circunflexo em “vêm” (sublinhada no texto) indica que a concordância se 
faz com “medidas”, mas estaria igualmente correto e coerente com a argumentação 
escrever o verbo sem acento, optando, então, pela concordância com “crise”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10C E C D E D B A D E 
11 12 13 14 15 16 17 
E C D E C C E 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
 
Questão 01 – (CESPE) Analista Judiciário TJ-AC/2012 
(Adaptada) 
 
A água, ingrediente essencial à vida, certamente é o recurso mais 
precioso de que a humanidade dispõe. Embora se observe pelo mundo 
afora tanta negligência e falta de visão com relação a esse bem vital, 
é de se esperar que os seres humanos procurem preservar e manter 
os reservatórios desse líquido precioso. De fato, o futuro da espécie 
humana e de muitas outras espécies pode ficar comprometido, a 
menos que haja uma melhora significativa no gerenciamento dos 
recursos hídricos. 
Entre os fatores que mais têm afetado esse recurso estão o 
crescimento populacional e a grande expansão dos setores 
produtivos, como a agricultura e a indústria. Essa situação, 
responsável pelo consumo e também pela poluição da água em escala 
exponencial, tem conduzido à necessidade de uma reformulação do 
seu gerenciamento. 
No ambiente agrícola, as perspectivas de mudança decorrem das 
alterações do clima, que afetarão sensivelmente não só a 
disponibilidade de água, mas também a sobrevivência de diversas 
espécies animais e vegetais. O atual estado de conhecimento técnico-
científico nesse âmbito já permite a adoção e implementação de 
técnicas direcionadas para o equilíbrio ambiental, porém o desafio 
está em colocá-las em prática, uma vez que isso implica em mudança 
de comportamento e de atitude por parte do produtor, aliadas à 
necessidade de uma política pública que valorize a adoção dessas 
medidas. 
 
 Marco Antônio Ferreira Gomes e Lauro Charlet Pereira. 
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 Internet: <www.agsolve.com.br> (com adaptações) 
 
 
Julgue a afirmativa a seguir como CERTA ou ERRADA. 
 
As palavras “negligência”, “reservatórios”, “espécie” e “equilíbrio” 
(sublinhadas no texto acima) apresentam acentuação gráfica em 
decorrência da mesma regra gramatical. 
 
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Teoria e questões comentadas 
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Comentários 
Temos, aqui, uma boa oportunidade para testar seus conhecimentos 
de Acentuação. Observe que a questão não exige que você 
simplesmente saiba acentuar os vocábulos corretamente, mas que 
conheça, também, as regras que motivaram o uso do acento. 
Para responder à questão, sem que seja necessário rever todas as 
regras, vamos sistematizar os casos de acentuação conforme os 
critérios utilizados. 
Todas as regras que estudamos, acerca da Acentuação 
sublinhei, foram definidas de acordo com, basicamente, três 
critérios: a posição da sílaba tônica (ou seja, se a palavra é 
oxítona, paroxítona ou proparoxítona), a existência de hiato e 
a necessidade de diferenciar palavras homônimas. 
Desses critérios, o mais utilizado é o da sílaba tônica, de modo que 
começaremos por ele, ou seja, iniciaremos por identificar a 
classificação das palavras do comando da questão. 
Note que são todas elas paroxítonas (ne-gli-gên-cia, re-ser-va-tó-
rios, es-pé-cie, e-qui-lí-brio). 
Após isso, observe que, embora os referidos vocábulos terminem em 
letras diferentes, todos eles finalizam em ditongo oral (do tipo 
crescente), circunstância que, como vimos, determina a acentuação. 
A afirmação a ser julgada está, portanto, correta, uma vez que 
os quatro vocábulos recebem o acento gráfico em razão da 
mesma regra gramatical (paroxítonas terminadas em ditongo 
oral). 
GABARITO: CERTA 
 
Questão 02 – (FCC) Analista Judiciário TRF – 2ª Região/2012 
 
Consideradas as prescrições do Acordo Ortográfico da Língua 
Portuguesa, em vigor desde janeiro de 2009, a palavra em que 
o hífen foi empregado de modo INCORRETO é: 
 
a) anti-higiênico 
b) hiper-realista 
c) aquém-fronteiras 
d) bem-visto 
e) anti-semita 
 
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Comentários 
Para responder a esta questão, vamos rever as regras de emprego do 
hífen nas palavras derivadas por prefixação. 
Observe que as regras do hífen, nesses casos, são determinadas, em 
geral, de acordo com a análise da letra que finaliza o prefixo e da 
letra que inicia o segundo elemento. 
Vamos analisar, caso a caso, os vocábulos das alternativas a serem 
julgadas. 
 
Alternativa A – O termo “anti-higiênico” possui o segundo elemento 
iniciado com “H”. A regra diz que, na junção de qualquer prefixo 
com segundo elemento iniciado em “H”, há o uso do hífen. As 
únicas exceções são com os prefixos “RE”, “CO”, “DES” e “IN”. 
Portanto, o prefixo “ANTI” segue a referida regra e une-se ao 
elemento “higiênico” com o emprego do hífen. 
Alternativa B – O termo “hiper-realista” possui o segundo elemento 
iniciado em “R”. Conforme vimos, na junção dos prefixos 
terminados em “R” (“HIPER”, “SUPER” e “INTER”) com 
segundo elemento também iniciado em “R”, há o emprego do 
hífen. A palavra está, portanto, grafada corretamente. 
Alternativa C – O termo “aquém-fronteiras” está correto, uma vez que 
toda palavra formada pelo prefixo “AQUÉM” deve ser grafada 
com o hífen. 
Alternativa D – O termo “bem-visto” inicia-se com o advérbio BEM. 
Conforme a regra, os advérbios “BEM” e “MAL”, ao se ligarem a 
elementos iniciados em vogal ou em “H”, necessariamente recebem o 
hífen. Nos outros casos (em que os advérbios “BEM” e “MAL” 
unem-se a elementos iniciados em outras consoantes, tal qual 
nesta alternativa), temos, em regra, a ausência do hífen. No entanto, 
como já vimos, há uma falta de critérios com relação ao 
advérbio “BEM”, que ora se liga com uso do hífen, ora não. 
Aqui, você terá que memorizar os exemplos dados. “Bem-visto” 
está escrito corretamente. 
Alternativa E – O termo “anti-semita” é formado por prefixo 
terminado em vogal aliado a segundo elemento iniciado por 
consoante, caso em que, de acordo com a regra, não se usa o 
hífen. No vocábulo em questão, a fim de manter a pronúncia do 
fonema “s”, aprendemos que a consoante inicial deve ser duplicada (o 
mesmo ocorre com os elementos iniciados em “R”). Desse modo, a 
grafia correta do termo é “ANTISSEMITA”. Esta é, portanto, a 
alternativa incorreta. 
GABARITO: E 
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Questão 03 – (CESPE) Cargos de Nível Superior IFB/2012 
(Adaptada) 
 
Se, na experiência de minha formação, que deve ser permanente, 
começo por aceitar que o formador é o sujeito em relação a quem me 
considero o objeto, que ele é o sujeito que me forma e eu, o objeto 
por ele formado, me considero como um paciente que recebe os 
conhecimentos-conteúdos-acumulados pelo sujeito que sabe e que 
são a mim transferidos. Nesta forma de compreender e de viver o 
processo formador, eu, objeto, agora, terei a possibilidade, amanhã, 
de me tornar o falso sujeito da "formação" do futuro objeto de meu 
ato formador. É preciso que, pelo contrário, desde os começos do 
processo, vá ficando cada vez mais claro que, embora diferentes entre 
si, quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado 
forma-se e forma ao ser formado. É neste sentido que ensinar não é 
transferir conhecimentos, conteúdos, nem formar é ação pela qual um 
sujeitocriador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e 
acomodado. Não há docência sem discência, as duas se explicam e 
seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem 
à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e 
quem aprende ensina ao aprender. 
Paulo Freire, Pedagogia da autonomia: saberes 
necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e 
Terra, 1996, p. 22-3 (com adaptações). 
 
 
Julgue a afirmativa a seguir como CERTA ou ERRADA. 
 
O autor usou o hífen com efeitos distintos nos seguintes casos: em 
“conhecimentos-conteúdos-acumulados” (sublinhado no texto), foi 
criado um vocábulo composto por três palavras, o que conota 
amontoado, acúmulo; já em “re-forma” (sublinhado no texto), o hífen 
atribui ênfase ao sentido do prefixo “re-” aposto à forma verbal 
“forma”. 
 
Comentários 
Vamos, de início, analisar a primeira parte da afirmativa acima. 
Para julgar essa afirmação, vamos retomar o tópico da nossa aula no 
qual aprendemos outros casos de emprego do hífen. Um deles é o 
encadeamento vocabular, em que a junção de vocábulos não 
forma uma nova palavra de sentido autônomo. 
É exatamente o caso do termo sublinhado (“conhecimentos-
conteúdos-acumulados”), em que o autor sugere, por meio da 
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sequência de palavras unidas por hífen, um acúmulo de ideias 
sobrepostas. 
 
Agora, passemos à análise da segunda parte da afirmativa. 
O vocábulo “re-forma” foi retirado de um contexto específico, que 
merece nossa atenção. No texto acima, o autor reflete acerca do 
processo de formação do sujeito. Para tanto, observe, ele utiliza a 
palavra forma e outros vocábulos derivados dela: “quem forma se 
forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao 
ser formado”. 
De acordo com as regras que aprendemos, a palavra reforma não 
se escreve com hífen, uma vez que se trata da junção de 
prefixo terminado em vogal (“RE”) com segundo elemento 
iniciado por consoante (“FORMA”). 
Neste caso, no entanto, o hífen foi empregado para destacar o sentido 
dos elementos que deram origem à palavra derivada (o prefixo “RE” e 
o elemento “FORMA”), sentido que muitas vezes é ignorado pelo 
significado já autônomo do vocábulo “REFORMA”. 
Dessa maneira, a afirmativa está correta. 
GABARITO: CERTA 
 
 
Questão 04 – (FGV) Analista Judiciário – TER-PA/2011 
 
(Adaptada) 
 
Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a 
mesma regra que distribuídos. 
 
a) sócio 
b) sofrê-lo 
c) lúcidos 
d) constituí 
e) órfãos 
 
 
 
 
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Comentários 
Para que você fixe bem as regras de Acentuação, analisarei o motivo 
que levou à acentuação de cada vocábulo da questão. 
Comecemos pela palavra “distribuídos”, mencionada no enunciado 
como ponto de partida para análise das demais. O vocábulo é 
acentuado porque há a presença de hiato formado por segunda vogal 
“I”, a qual se encontra sozinha na sílaba tônica. Tenha bastante 
atenção, pois, embora “distribuídos” seja paroxítona, não foram as 
regras das paroxítonas que motivaram sua acentuação. Afinal, já 
sabemos, as paroxítonas terminadas em “O(s)” não recebem acento, 
uma vez que as oxítonas recebem. 
Vamos, agora, analisar cada alternativa da questão: 
 
Alternativa A – A palavra “sócio” é acentuada porque se trata de 
paroxítona terminada em ditongo oral. 
Alternativa B – Acentua-se “sofrê-lo” com base na regra dos 
oxítonos terminados em “A(s)”, “E(s)”, “O(s)”, “EM” ou “ENS”. 
Como vimos, nas formas verbais oxítonas ligadas ao pronome por 
hífen, temos que analisar, para fins de acentuação, a última letra do 
verbo, ou seja, a última letra da palavra que antecede o hífen (“sofrê-
lo”). 
Alternativa C – “Lúcidos” recebe o acento porque é proparoxítona, e 
todas as proparoxítonas devem ser acentuadas. 
Alternativa D – O vocábulo “constituí”, pretérito perfeito do verbo 
“constituir”, é oxítono. Vimos, no entanto, que não se acentuam 
oxítonos terminados em “I”, mas apenas aqueles terminados em 
“A(s)”, “E(s)”, “O(s)”, “EM” ou “ENS”, ou aqueles terminados em 
ditongo aberto “EI(s)”, “OI(s)”, “EU(s)”. Assim, teremos que buscar 
outra regra que justifique a acentuação neste caso. A regra do hiato 
determina que, se a segunda vogal do hiato for “I” ou “U” e 
estiver sozinha na sílaba tônica, deve-se acentuá-la (“constituí”). 
Esta é a alternativa correta, pois, também pela regra do hiato, 
acentuou-se a palavra mencionada no enunciado (“distribuídos”). 
Alternativa E – A palavra “órfãos” recebe o acento gráfico porque, 
conforme a regra, acentuam-se os paroxítonos terminados em 
“Ã(s)” ou “ÃO(s)”. 
GABARITO: D 
 
 
 
 
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Questão 05 – (CESPE) Agente Administrativo - MTE/2008 
(Adaptada) 
 
Nós, chefes de Estado e de Governo dos 21 países ibero-americanos, 
reunidos na XIII Conferência Ibero-Americana, na cidade de Santa 
Cruz de la Sierra, Bolívia, reiteramos o nosso propósito de continuar a 
fortalecer a Comunidade Ibero-Americana de Nações como fórum de 
diálogo, cooperação e concertamento político, aprofundando os 
vínculos históricos e culturais que nos unem, e admitindo, ao mesmo 
tempo, as características próprias de cada uma das nossas múltiplas 
identidades, que permitem reconhecer-nos como uma unidade na 
diversidade. 
Estamos conscientes de que a exclusão social é um problema de 
caráter estrutural com profundas raízes históricas, econômicas e 
culturais, cuja superação exige profunda transformação das nossas 
sociedades atingidas pela desigualdade na distribuição da riqueza. 
Reconhecemos a urgente necessidade de implementar políticas 
públicas de diminuição da pobreza e de aumento da participação dos 
cidadãos de todos os setores da população, excluídos da definição das 
políticas sociais, dos processos decisórios e do controle e fiscalização 
dos recursos financeiros consignados a tais políticas, de forma que 
eles sejam os atores do seu próprio processo de desenvolvimento. 
Assim, poderemos assegurar seu maior acesso à terra, às fontes de 
trabalho, à melhor qualidade de vida, à educação, à saúde, à 
habitação e a outros serviços básicos. 
Os chefes de Estado e de Governo dos países ibero-americanos 
subscrevem a presente declaração, em dois textos originais na língua 
espanhola e na língua portuguesa, ambas igualmente válidas, na 
cidade de Santa Cruz de la Sierra, aos 15 dias de novembro do ano de 
2003. 
Na trilha de Salvador: a inclusão social pela via do 
trabalho decente. Brasília: MTE, Assessoria Internacional, 
2004, p. 27, 30 e 35 (com adaptações). 
 
Julgue a afirmativa a seguir como CERTA ou ERRADA. 
 
De acordo com as regras de acentuação gráfica da língua portuguesa, 
a palavra "ibero-americanos" (sublinhada no texto), também poderia 
ser corretamente escrita da seguinte forma: íbero-americanos. 
 
Comentários 
Note que temos, aqui, uma questão de Acentuação, e não de 
emprego do hífen, como alguns candidatos poderiam pensar. Assim, a 
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dúvida que devemos examinar é: “IBERO-AMERICANOS” pode 
receber o acento gráfico (“íbero-americanos”)?Logo de início, podemos desconfiar da veracidade da afirmativa, pois, 
como vimos, o emprego do acento obedece a regras lógicas e fixas, 
de modo que não existe emprego facultativo de acento (exceto os 
casos vistos acima que vamos relembrar). 
 
OBS: - O Novo Acordo facultou o uso do acento circunflexo nas palavras 
oxítonas “metrô” e “judô”. 
 - É facultativo o emprego do acento circunflexo para distinguir a 
palavra “fôrma” (substantivo) de “forma” (verbo formar). Ex: “fôrma de 
bolo” ou “forma de bolo”. 
 
Assim, em geral, ou se acentua ou não se acentua o mencionado 
vocábulo. 
Dito isso, vamos avaliar qual das duas formas é a correta. 
No item “Aspectos Introdutórios” de Acentuação Gráfica, na aula 
de hoje, há um quadro destinado, justamente, a sanar dúvidas 
frequentes quanto à pronúncia dos vocábulos. Um deles é “IBERO”, 
que, muito comumente, é pronunciado da maneira errada, com 
ênfase na sílaba “Í” (“íbero”). A pronúncia correta, no entanto, é 
“IBERO”, com a segunda sílaba tônica (pois é um paroxítono), 
portanto sem acento. 
GABARITO: E 
 
Questão 06 – (ESAF) Analista de Comércio Exterior MDIC/2012 
 
Em alguns países mais afetados pela crise global, como os Estados 
Unidos, a indústria buscou aumentar sua competitividade por meio da 
forçada redução dos custos de produção, o que (1) implicou 
demissões em massa. Mesmo com menos trabalhadores, a indústria 
manteve ou ampliou a produção, alcançando ganhos notáveis de 
produtividade. Mesmo que aceitasse (2) arcar com um custo social 
tão alto, dificilmente o Brasil alcançaria (3) resultados econômicos tão 
rápidos. O aumento da produtividade do trabalhador brasileiro é 
limitado, entre outros fatores, pela defazagem (4) nos investimentos 
em educação. Com escassez (5) de trabalhadores qualificados, 
exigidos cada vez mais pelo mercado de trabalho, os salários de 
determinadas funções tendem a subir bem mais do que a 
produtividade média do setor, o que afeta o preço dos bens finais. 
 
O texto acima foi transcrito com adaptações. Assinale a opção 
que corresponde a erro gramatical ou de grafia de palavra. 
 
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a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
Comentários 
Como eu disse na parte teórica da aula, é muito importante atentar 
aos derivados ou cognatos da palavra em questão, a fim de facilitar a 
memorização de sua grafia correta. 
A palavra escrita erroneamente é defazagem (item 4), que se grafa 
com “S”, e não com “Z”. Isso porque o vocábulo “defasagem” deriva 
de “fase”, ao qual se acrescem o prefixo “DE” e o sufixo “AGEM”. 
Perceba que os demais itens estão corretos, portanto, aproveite para 
aprender a grafia de mais um vocábulo: “escassez” (“escasso” + 
sufixo “EZ”). 
GABARITO: D 
 
Questão 07 – (FGV) Analista de Sistemas – Senado 
Federal/2008 
(Adaptada) 
 
A palavra êxito recebeu acento por se tratar de proparoxítona. 
Nas alternativas a seguir, em que todas as palavras estão 
propositalmente grafadas sem acento, uma 
naturalmente não receberia acento por não se tratar de 
proparoxítona. Assinale-a. 
 
a) interim 
b) rubrica 
c) recondito 
d) arquetipo 
e) lugubre 
 
Comentários 
No item “Aspectos Introdutórios” de Acentuação Gráfica, vimos 
um quadro com alguns casos comuns de equívocos acerca da 
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pronúncia das palavras. Nesse quadro, expliquei que o vocábulo 
“rubrica” deve ser pronunciado com ênfase na sílaba “BRI”, e não na 
sílaba “RU”. Assim, a palavra é paroxítona e não deve ser acentuada 
(pois não há regra que justifique a acentuação de paroxítonas nesse 
caso). 
Os demais vocábulos da questão, no entanto, são todos 
proparoxítonos, ou seja, devem ser pronunciados com maior ênfase 
na antepenúltima sílaba. Como vimos, todos os proparoxítonos são 
acentuados em nossa língua: “ínterim”, “recôndito”, “arquétipo” 
e “lúgrube”. 
GABARITO: B 
 
Questão 08 – (FCC) Assistente de Procuradoria PGE-BA/2013 
 
Considere: 
 
No Brasil, a falta de educação entre as pessoas vem aumentando. 
Por uma ......, ainda que superficial, podemos ...... com ...... a falta 
de um ...... de discrição dos ...... de pais despreparados para educá-
los. 
 
As palavras que preenchem, respectivamente, as lacunas do 
texto acima estão corretamente grafadas em: 
 
 a) análise - enxergar - clareza - gesto - discípulos 
 b) análise - enchergar - claresa - gesto - dicipulos 
 c) análise - enchegar - clareza - jesto – discípulos 
 d) análize - enxergar - clareza - jesto - discípulos 
 e) análize - enxergar - claresa - gesto – dissípulos 
 
Comentários 
Aqui, temos uma típica questão de Ortografia da FCC, com o objetivo 
de testar seu conhecimento sobre o correto emprego das letras nos 
vocábulos. Vamos averiguar cada vocábulo. 
“Análise” e “analisar” são escritos com “S”. Ao longo da aula, 
utilizo bastante esses termos (“vamos analisar o vocábulo”, “a análise 
do vocábulo”), de modo que você já deve ter em mente sua correta 
grafia. 
O segundo vocábulo escreve-se “enxergar”, pois, como vimos, após 
a sílaba “EN” deve ser empregado o “X”. As exceções para essa regra 
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são apenas encher (e seus derivados), enchova e palavras que, 
iniciadas com “CH”, receberam o prefixo “EN” (encharcar, 
enchiqueirar, enchapelar, enchumaçar). 
“Clareza” escreve-se com “Z” porque se trata de um substantivo 
derivado de um adjetivo (“claro”), hipótese em que, quase sempre, 
usa-se o “Z”, e não o “S”. 
“Gesto” é escrito com “G”. Não confunda com “jeito”, escrito com 
“J”. Para esses casos, não há regra, mas ambas as palavras estão nas 
nossas listinhas, ao longo da aula. Espero que você já as tenha 
memorizado! 
“Discípulos”, assim escrito, é um típico caso de uso do “SC” com 
som de “s” em vocábulos mais eruditos de nossa língua. 
GABARITO: A 
 
Questão 09 – (FGV) Policial Legislativo Federal – Senado 
Federal/2008 
(Adaptada) 
 
Assinale a alternativa em que todas as palavras estejam 
corretamente grafadas. 
 
 a) pudico – decúbico 
 b) rúbrica – déficit 
 c) impecílio – hojeriza 
 d) disenteria – privilégio 
 e) possue – discreção 
 
Comentários 
Esta questão testa seus conhecimentos acerca dos dois temas hoje 
estudados, Ortografia e Acentuação Gráfica. Vamos analisar 
alternativa por alternativa. 
Alternativa A – O termo “pudico” é nosso conhecido e está 
corretamente grafado, pois se trata de paroxítono (pronunciado 
“pudico”), sem emprego de acento. O termo “decúbico”, por sua vez, 
não existe. O certo seria dizer “decúbito”, cujo significado é posição 
do corpo deitado. Alternativa errada! 
Alternativa B – Na questão 07 já nos debruçamos sobre a palavra 
“rubrica”, paroxítona, sem acento (veja que é uma palavra bastante 
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cobrada!). A proparoxítona “déficit” está corretamente grafada. 
Alternativa errada! 
Alternativa C – “Impecílio” não existe, o correto é dizer “empecilho”. 
“Hojeriza” também está grafada de modo incorreto, pois o vocábulo é 
“ojeriza”, sem o uso do “H”. Alternativa errada! 
Alternativa D – Esta é a alternativa correta, pois, como já sabemos,o 
correto é dizer “disenteria”, apesar da pronúncia popular ser 
equivocada. 
Alternativa E – Atenção para os infinitivos verbais com terminações 
“AIR”, “OER” e “UIR”, pois suas formas, no presente do indicativo, 
são grafadas com “I” (ele possui). Além disso, a palavra “discreção” 
não existe! Existem os vocábulos discrição (qualidade de quem é 
discreto) e descrição (relato). Alternativa errada! 
GABARITO: D 
 
 
Questão 10 – (CESPE) Auditor Federal de Controle Externo - 
TCU/2013 
(Adaptada) 
 
Julgue a afirmativa a seguir como CERTA ou ERRADA. 
 
Os vocábulos “assistência”, “potável” e “elétrica” são acentuados de 
acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. 
 
Comentários 
“Assistência” é acentuada porque se trata de palavra paroxítona 
terminada em ditongo oral. 
“Potável”, por sua vez, é uma paroxítona terminada em “L” (a regra 
manda acentuar as paroxítonas terminadas em “L”, “N(s)”, “R”, 
“X” e “PS”). 
“Elétrica”, por fim, é acentuada porque é proparoxítona. Como 
vimos, todas as proparoxítonas recebem o acento gráfico. 
A afirmativa da questão é, portanto, ERRADA, pois cada vocábulo 
submete-se a uma regra distinta de acentuação. 
GABARITO: E 
 
 
 
 
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Questão 11 – (FCC) Analista Judiciário – Taquigrafia - 
TST/2012 
(Adaptada) 
 
O mundo maravilhoso do conto infantil sempre me instigou. Esse 
tempo perdido nos tempos, em que tal narrativa se ancora, esses 
atores não individualizados, cuja roupa é fácil de vestir, de contar tão 
“ausente” e distante, que parece falar em nome de todos os 
contadores de histórias! 
Escolhi Perrault, o primeiro a tomar a voz da tradição oral e imprimi-la 
no mundo oficial da literatura. Escolhi Chapeuzinho Vermelho, Le petit 
chaperon rouge, que, por alguma razão, foi retomado tantas vezes, a 
serviço de outras enunciações. Assim encaminhei este meu trabalho 
[...]. 
Colocava sob minha análise um texto que já nascera das vozes do 
folclore, e propunha-me entender as relações deste texto com suas 
variantes intertextuais. Sabia, então, que teria de transformar a 
antiga prática de trabalhar com uma obra como um campo fechado 
em si mesmo. A obra não poderia mais ser vista como um monólogo 
de um sujeito independente, que pressupõe, além de seus limites, 
apenas um leitor receptivo, privilegiado por uma intuição especial. 
Chapeuzinho Vermelho não era um todo autônomo, como não o eram 
suas variantes intertextuais. Não poderia, portanto, por analogia à 
língua-mãe, na história das línguas, ser considerado o primeiro, o 
único, já que, ele próprio, era atravessado pelas vozes milenares da 
tradição oral. 
[...] Desmoronava-se a ideia de centro, enquanto uma 
descentralização da língua e do discurso ia-se mostrando como uma 
frente muito nebulosa, difícil de ser praticada. Foi então que conheci o 
dialogismo bakhtiniano. 
Apenas o Adão mítico, que chegou com a primeira palavra num 
mundo virgem, ainda não desacreditado, somente este Adão podia 
realmente evitar por completo esta mútua-orientação dialógica do 
discurso alheio para o objeto. Para o discurso humano, concreto e 
histórico, isso não é possível: só em certa medida e 
convencionalmente é que pode dela se afastar (Bakhtin, 1988, p. 88). 
Entendi que o que acontecia não era apenas a perda de um centro 
único. Era o diálogo que perpassa todo discurso; era o plurilinguismo 
social e histórico (Bakhtin, 1988b, p. 82). 
Teria de parar de pensar numa língua única, num único sujeito de um 
discurso. Teria de entender que há sempre a palavra de um outro, 
junto daquela que eu julgo ser de um. Importava, e muito, o diálogo 
do eu com o outro, ou seja, a verdade de que o outro permeia todo o 
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fio do meu discurso, permeia as variantes intertextuais, permeia o 
texto-base. 
Com esse outro inevitável, compactuo, entro em conflito, brinco; 
posso até transfigurá-lo esteticamente. Isso, quando tenho 
consciência dele e represento-o no meu discurso, porque o tomo 
como sujeito-parceiro da construção da minha enunciação. Isso é 
intertextualidade. Assim esse conceito será trabalhado daqui para a 
frente. 
(Discini, N. Introdução. Intertextualidade no conto maravilhoso. São Paulo: 
Humanitas, 2002. p. 9-11.) 
 
Considerados os três últimos parágrafos, julgue a assertiva. 
O uso de hífen em sujeito-parceiro (sublinhado no texto) não só 
desrespeita preceitos da gramática normativa como também é 
desnecessário: a assim forjada “palavra composta” é inócua para a 
significação do texto. 
 
Comentários 
Inicialmente, é possível perceber que se trata de uma questão de 
Emprego do Hífen. Note que, para a resolução da questão, o próprio 
enunciado aponta a necessidade do candidato não considerar a 
palavra hifenizada de maneira isolada. Assim, o que busca o 
examinador é testar não apenas se o uso do hífen está correto do 
ponto de vista gramatical, mas também se está adequado à 
significação do texto. 
Inicialmente, vamos analisar se o uso do hífen em “sujeito-parceiro” 
desrespeita os preceitos da gramática normativa. Como vimos na 
parte teórica da aula, a regra geral indica o emprego do hífen na 
maioria das palavras formadas por composição! Aqui, estamos 
diante de um caso assim, já que os dois substantivos (“sujeito” e 
“parceiro”) unem-se para dar origem a uma nova palavra, sem perder 
a noção da composição. Isso porque, ao ler a palavra “sujeito-
parceiro”, percebemos o significado de cada termo formador 
isoladamente. 
Agora, seguimos para analisar a segunda parte da questão: se a 
palavra composta “sujeito-parceiro” é inócua para a significação do 
texto, com base nos três últimos parágrafos. Preliminarmente, 
devemos entender o que foi solicitado no enunciado, ou seja, se a 
criação dessa nova palavra, levando em consideração o contexto, não 
tem o condão de produzir o efeito pretendido. 
Por meio de uma leitura atenta dos últimos três parágrafos do texto, 
fica nítido como o narrador constrói, para o leitor, a ideia de um outro 
sujeito que com ele dialoga. Sobre esse outro sujeito, vamos ver o 
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que diz o narrador: “Teria de entender que há sempre a palavra de 
um outro, junto daquela que eu julgo ser de um.”; “Com esse outro 
inevitável, compactuo, entro em conflito, brinco...”. 
O que o autor faz é construir, na mente do leitor, a ideia desse outro 
sujeito, fundamental para o processo dialógico, de fato um “sujeito-
parceiro”. Dessa forma, podemos observar que a construção da 
palavra composta nada mais é do que a concretização vocabular da 
ideia desenvolvida pelo narrador. Ao contrário do que propõe o 
enunciado, o termo composto consegue o efeito pretendido e, em 
nada, é inócuo. 
Por tudo isso, podemos concluir que a assertiva está incorreta. 
GABARITO: ERRADA 
 
Questão 12 – (CESPE) Analista Gestão e Análise Processual – 
BACEN/2013 
(Adaptada) 
 
O emprego do acento gráfico na palavra “arqueológica” e na 
palavra “áspera” justifica-se com base na mesma regra de 
acentuação. 
 
Comentários 
Esta é uma típica questão de Acentuação Gráfica do CESPE. É muito 
comum essa banca apresentar, no enunciado da questão, algumas 
palavras acentuadas, para que o candidato verifique se todas se 
acentuam de acordo com a mesma regra. 
Para a resolução dequalquer questão de Acentuação Gráfica, é 
fundamental que, inicialmente, você comece pela correta divisão 
silábica das palavras. A divisão das palavras em sílabas facilitará a 
identificação da sílaba tônica: sílaba mais forte do vocábulo, na 
qual recai o acento tônico. Como vimos na parte teórica da aula, o 
acento tônico é concretizado na pronúncia e não 
necessariamente está expresso na grafia. Por sua vez, o acento 
gráfico é a grafia do acento na sílaba tônica, com o objetivo de 
promover a correta pronúncia das palavras. 
Na nossa língua, a sílaba tônica só recai na última, na penúltima 
ou na antepenúltima sílaba da palavra. De acordo com essa 
incidência, podem-se classificar os vocábulos em: 
Oxítonos: a sílaba tônica recai na última sílaba da palavra (papel, 
paletó, comer, desdém). 
Paroxítonos: a sílaba tônica recai na penúltima sílaba da palavra 
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(parede, cinema, acordo, paranoia). 
Proparoxítonos: a sílaba tônica recai na antepenúltima sílaba da 
palavra (lâmpada, êxodo, típico, páprica). 
De volta à questão, vamos analisar as regras de acentuação das 
palavras “arqueológica” e “áspera”. Por meio da divisão silábica dos 
vocábulos (“ar-que-o-ló-gi-ca” e “ás-pe-ra”), notamos que, em 
ambas, a sílaba tônica recai na antepenúltima sílaba da palavra, ou 
seja, os dois vocábulos são proparoxítonos. 
Como já sabemos, as proparoxítonas são menos comuns em 
nosso vocabulário e todas são acentuadas. 
 
GABARITO: CERTO 
 
 
Questão 13 – (FGV) Advogado – CONDER/2013 
(Adaptada) 
 
A palavra privilégio é dessas palavras cuja grafia sempre traz 
dificuldade a quem escreve: com e ou com i? 
 
Nas alternativas a seguir, assinale o vocábulo que está grafado 
de forma errada. 
 
a) campeão 
b) cumeeira 
c) pátio 
d) crâneo 
e) camaleão 
 
Comentários 
 
Aqui, temos uma típica questão de Ortografia, com o objetivo de 
testar seu conhecimento sobre o correto emprego das vogais átonas 
“E” e “I” nos vocábulos, as quais nem sempre se pronunciam da 
maneira como são escritas. 
Para analisar as alternativas da questão, é importante saber que não 
há regra para todos os casos de emprego correto das letras, de 
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modo que você deverá se familiarizar com o maior número de 
palavras que puder. 
Apresentei, na parte teórica da aula, alguns exemplos do uso de “E” 
e “I” nos vocábulos. Agora, vamos aprender novas palavras, a fim de 
conseguir responder a esta e a outras questões. 
Usa-se o “E”: candeeiro, camaleão, indígena, cumeeira, 
desperdiçar, orquídea, mexerico, vídeo, irrequieto, lacrimogêneo, 
seringa, campeão. 
Usa-se o “I”: aborígine, artimanha, crânio, chefiar, cimento, 
calcário, crioulo, feminino, invólucro, pátio. 
Assim, os vocábulos “campeão”, “cumeeira” e “camaleão”, 
trazidos nas alternativas A, B e E, respectivamente, estão grafados 
corretamente, com o emprego da letra “E”. 
O vocábulo contido na alternativa C também se encontra grafado de 
maneira correta (“pátio”), com o emprego da letra “I”. 
A alternativa D, no entanto, está incorreta, vez que se escreve 
“crânio”, com “I”. Esta é, portanto, a alternativa a ser assinalada. 
GABARITO: D 
 
 
Questão 14 – (CESPE) Auxiliar de Administração – FUB/2013 
 
Julgue o fragmento de texto apresentado no seguinte item 
com relação à grafia das palavras. 
 
Se há de fato desinteresse dos estudantes em aprender, isso pode ser 
reflexo da verdadera cultura da banalidade que impera no país nas 
mais variadas áreas. 
 
Comentários 
Aparentemente, trata-se de mais uma questão de Ortografia, a qual 
exige do aluno que verifique se todas as palavras estão corretas, do 
ponto de vista da grafia. 
Algumas dúvidas podem surgir nas palavras a seguir, mas adianto 
que estão todas grafadas corretamente: desinteresse, impera, mais 
(grafado com “i” por ser usado para transmitir uma noção de maior 
quantidade), país, áreas (sentido de “regiões”). 
É importante você se atentar para o fato de que, nem sempre, 
haverá regra ortográfica para cada caso específico. A grafia 
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correta das palavras, por vezes, ocorre de maneira arbitrária, o que 
exige aperfeiçoamento do seu vocabulário por meio da constante 
prática da leitura. 
Além dos conhecimentos ortográficos, esta questão exige a ATENÇÃO 
do aluno e, por esse motivo, coloquei-a aqui. Muitas vezes, as bancas 
testam se o aluno está atento na hora da prova, por meio do uso das 
temidas “pegadinhas”. Nesse momento, dominar o conteúdo é tão 
importante quanto estar focado. 
Assim, pode ter passado despercebida a grafia do vocábulo 
“verdadera”, grafado sem o “i”. O correto seria “verdadeira”. Item 
incorreto. 
 
GABARITO: E 
 
 
Questão 15 – (ESAF) Analista Administrativo – DNIT/2013 
(Adaptada) 
 
A memória social, que, vulgarmente, se denomina tradição, ou 
cultura, é sempre feita de uma história com H maiúsculo e é marcada 
por momentos que permitem alternâncias certas entre o que foi 
concebido e vivido como rotineiro e habitual e aquilo que foi 
vivenciado como crise, acidente, festa ou milagre. Isso se deve ao 
fato de o homem ser o único animal que se constrói pela lembrança, 
pela recordação e pela saudade e se desconstrói pelo esquecimento e 
pelo modo ativo com que consegue deixar de lembrar. 
Na sociedade brasileira, como em muitas outras, o rotineiro é sempre 
equacionado ao trabalho ou a tudo aquilo que remete a obrigações e 
castigos... a tudo que se é obrigado a realizar, ao passo que o extra-
ordinário, como o próprio nome indica, é fora do comum e, 
exatamente por isso, pode ser inventado e criado por meio de 
artifícios e mecanismos próprios. 
Cada um desses lados, tal como as duas faces de uma mesma moeda, 
permite “esquecer” o outro. No entanto, tanto a festa quanto a rotina 
são modos que a sociedade tem de exprimir-se, de atualizar-se 
concretamente, deixando ver a sua “alma” ou o seu coração. 
 
(Damatta, Roberto Augusto. O que faz o brasil Brasil? Rio de Janeiro: Ed.Rocco Ltda 
 1984, p. 68, Adaptado.) 
 
Considerado o texto acima, julgue a assertiva. 
 
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O emprego de itálico no substantivo extra-ordinário (sublinhado no 
texto) deve-se à grafia anômala, com hífen, recurso utilizado para 
ressaltar um dos elementos da formação desse vocábulo e coerente 
com o expresso no trecho subsequente: “como o próprio nome 
indica”. 
 
Comentários 
Vamos analisar esta questão sobre o Emprego do Hífen. Como visto 
na parte teórica da aula, pelo novo Acordo Ortográfico da Língua 
Portuguesa, não se usa o hífen na junção de prefixo terminado 
em vogal com segundo elemento iniciado por vogal diversa. 
De acordo com essa regra, a palavra “extra-ordinário” encontra-se 
grafada equivocadamente, pois o correto é escrever “extraordinário”, 
sem o hífen. 
Nesse caso, no entanto, o emprego do hífen funciona como um 
recurso, utilizado no texto, a fim de destacar os elementos que 
compõem o vocábulo. Perceba que, logo após a ocorrência da palavra,o autor coloca sua definição (“fora do comum”), o que caracteriza 
bem os sentidos de seus elementos integrantes (“extra” + 
“ordinário”). Ademais, o uso do itálico destaca a excepcionalidade da 
grafia. 
Desse modo, o uso do hífen está justificado pelo objetivo de ser 
enfatizado cada elemento do vocábulo. Item correto. 
GABARITO: CERTA 
 
Questão 16 – (ESAF) Analista de Controles e Finanças – 
CGU/2012 
(Adaptada) 
 
O dinamismo da indústria ao longo do ano, particularmente no setor 
de veículos automotores, metalurgia e produtos minerais, assegurou o 
crescimento real da receita de Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI) em 14%. Contaram, também, como fatores 
impulsionadores da receita, as ações administrativas desenvolvidas 
pela Receita Federal e pela Procuradoria da Fazenda no trabalho de 
recuperação de débitos atrasados. Houve, também, mudanças na 
legislação tributária. Contribuiu, ainda, para o aumento da 
arrecadação, o recebimento de concessões para exploração de 
petróleo e gás natural e serviços de telefonia móvel celular, a receita 
de dividendos da União e a receita de cota-parte de compensações 
financeiras, em decorrência da elevada cotação do preço do petróleo 
no mercado internacional em parte deste ano. 
 (Adaptado de http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/publicacoes/cartaconjuntura/ 
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 carta05/7, acesso em 29/4/2012.) 
 
Considerado o texto acima, julgue a assertiva. 
 
O emprego das iniciais maiúsculas em “Imposto sobre Produtos 
Industrializados” foi realizado de maneira correta. 
 
Comentários 
 
Note que temos, aqui, uma questão de Emprego de Maiúsculas e 
Minúsculas. A regra geral indica que se use a minúscula, de 
modo que é essencial sabermos quando devemos usar a letra 
maiúscula. 
Um dos usos mais frequentes da letra maiúscula refere-se à grafia de 
siglas (sequências formadas por letras ou sílabas iniciais de palavras 
que constituem uma expressão). É recomendado que, na primeira 
citação da expressão, ela seja escrita por extenso, com a indicação, 
entre parênteses, da sigla correspondente. A partir daí, as demais 
citações da expressão poderão ocorrer, unicamente, por meio do 
emprego da sigla. 
Na questão, a expressão “Imposto sobre Produtos 
Industrializados” foi grafada por extenso, em sua primeira citação 
no texto, seguida de sua sigla correspondente, grafada entre 
parênteses (“IPI”). O uso das maiúsculas, no início de cada palavra da 
expressão, justifica-se para destacar a formação da sigla “IPI”. 
Perceba que o primeiro “I” da sigla se equivale ao termo “Imposto”, 
o “P” refere-se ao termo “Produtos”, e o segundo “I” representa o 
termo “Industrializados”. O “sobre” ficou grafado com letra 
minúscula porque não está representado, na sigla, por letra alguma. 
O uso das maiúsculas na expressão foi, portanto, correto, a fim de 
destacar a formação da sigla correspondente. 
 
GABARITO: CERTA 
 
Questão 17 – (ESAF) Analista de Planejamento e Orçamento– 
MPOG/2010 
(Adaptada) 
 
Os economistas brasileiros se concentram, no exame das causas da 
crise, na proposta de meios e modos de contorná-la. Com isso, não 
levam em conta dois pontos. O primeiro é que as medidas contra a 
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crise, que vêm sendo adotadas tanto em países subdesenvolvidos 
como desenvolvidos, são fundamentalmente corretas. O segundo 
ponto é que a crise atual, como todas as anteriores, acabará, mais 
cedo ou mais tarde, por ser corrigida. E, quando isso ocorrer, se 
voltará às fórmulas neoliberais apenas com regulamentação mais 
estrita da atividade bancária. 
 
 (Adaptado de João Paulo Magalhães, O que fazer depois da crise. Correio 
 Braziliense, 12 de setembro, 2009.) 
 
 
Julgue a afirmativa a seguir como CERTA ou ERRADA. 
 
O acento circunflexo em “vêm” (negritada no texto) indica que a 
concordância se faz com “medidas” (sublinhada no texto), mas estaria 
igualmente correto e coerente com a argumentação escrever o verbo 
sem acento, optando, então, pela concordância com “crise” 
(sublinhada no texto). 
 
Comentários 
Esta questão combina os conhecimentos de Acentuação Gráfica, 
estudados na aula de hoje, com os de Coesão e Coerência, vistos na 
Aula 01. Isso é muito comum nas provas de Língua Portuguesa de 
concursos, pois os assuntos são mesclados, o que exige do 
candidato fazer uma relação entre os temas. 
Em referência às regras de Acentuação, a questão aborda 
especificamente o uso do Acento Diferencial. Vamos rever? 
Acentuam-se as formas verbais “TÊM” e “VÊM” (3ª pessoa do 
plural do presente do indicativo dos verbos “TER” e “VIR”) para 
diferenciar das formas verbais “TEM” e “VEM” (3ª pessoa do 
singular do presente do indicativo). Ex: João tem medo da violência 
urbana, mas seus irmãos não têm. 
Vamos, agora, analisar a primeira parte da afirmativa acima. A forma 
verbal “vêm” está grafada com o acento circunflexo porque se refere 
a “medidas contra a crise”, no plural. Como vimos acima, o acento 
diferencial serve, justamente, para realizar a concordância com a “3ª 
pessoa do plural do presente do indicativo”. 
Agora, passemos à análise da segunda parte da afirmativa. É 
fundamental, para a satisfatória resolução da questão, dominar o 
conceito de coerência. Vamos relembrar? 
A coerência estabelece um sentido para o texto e faz com que 
este tenha uma adequada relação com seu receptor. A 
coerência é a responsável pela continuidade dos sentidos no 
texto. 
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Dessa forma, escrever o verbo “vem” sem o acento circunflexo, em 
concordância com “crise”, pode até se justificar gramaticalmente, ao 
representar a 3ª pessoa do singular do presente do indicativo. Do 
ponto de vista da coerência, contudo, não há como concordar “vem” 
com “crise” sem prejudicar o sentido do texto. Assertiva errada. 
GABARITO: ERRADA 
 
 
 
 
Caro aluno, 
Aqui encerramos a nossa Aula 02. Espero que tenha assimilado o 
conteúdo sobre Ortografia e Acentuação Gráfica. 
Estamos no começo do nosso curso e ainda temos muito o que 
aprender. 
Nos vemos na Aula 03. Estou aqui para qualquer dúvida. 
Um grande abraço e bons estudos! 
 
Ludimila

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