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Princípios da Execução fichamento

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ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE ENSINO
FACULDADE GUILHERME GUIMBALA
CURSO DE DIREITO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III– 5º ANO –B 
PROFESSOR: PEDRO DONEL
ALUNA: ROSIRENE CAETANO
PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO
INTRODUÇÃO
	Alguns princípios processuais merecem uma análise individualizada devido adquirirem conotação particular. Todavia existem princípios que só vigoram na execução.
NULLA EXECUTIO SINE TITULO
	Há necessidade que exista um título que embase a execução. Este título será a prova que existe um crédito que autoriza o exequente a ajuizar atos de constrição judicial (penhora, busca e apreensão, imissão na posse), tais atos deixam inevitavelmente o executado numa situação processual desvantajosa em relação àquele. 
	Há de ser observado também o Princípio da Tipicidade dos Títulos Executivos (nulla titulus sine lege), além da exigência da existência do título, este também tem que estar elencado nos título executivos previstos em lei (numerus clausus) , significa dizer que não é possível criar nenhum título que não esteja previsto em lei, mesmo que haja acordo de vontade dos contratantes, este contrato não estará apto a ensejar um processo executivo.
	Ao contrário do que previa o CPC/73, o NCPC afasta totalmente a possibilidade de debate a respeito da natureza de título executivo de decisão interlocutória, tanto daquela que julga parcialmente o mérito quanto da que antecipa a tutela.
	Outro ponto importante a ser salientado é que o art. 785 do NCPC, permite ao credor optar pelo processo de conhecimento, mesmo que já possua um título executivo extrajudicial, percebe-se assim que haveria nesta situação, um verdadeiro atentado ao Princípio da Economia Processual, pois desnecessário é ingressar com um processo de conhecimento para reconhecer a existência de um título executivo judicial, sendo que o título executivo extrajudicial já permitiria o ingresso imediato ao processo de execução.
PATRIMONIALIDADE
	A execução deve sempre ser firmada nos bens materiais do executado, pois estes serão os responsáveis pela satisfação do direito do exequente. 
	O ordenamento moderno e o direito brasileiro não permitem a satisfação na pessoa do devedor, como ocorria na antiguidade na vigência da Lei das XII Tábuas, que dependendo da situação era permitido “dividir o corpo do devedor em tantos pedaços quantos sejam os credores”. Da mesma forma a prisão civil também não é forma de satisfação de direito, serve apenas como medida de pressão psicológica (execução indireta).
	Esta limitação aos bens materiais do executado, visa garantir que o processo de execução não seja utilizado como forma de vingança do exequente.
DESFECHO ÚNICO
	O processo executivo como nos demais processos, também pode ter um final normal ou anômalo.
	Quando se tem a satisfação do direito do exequente, pode-se dizer que a execução foi bem-sucedida e teve seu final normal, O processo é extinto pela sentença (art. 924 NCPC), sendo esta meramente declaratória quanto ao final do procedimento.
	O final anômalo é quando se tem sua extinção sem a resolução de mérito (motivos previstos no art. 485 do NCPC) ou quando do acolhimento integral dos embargos à execução, que caracterizam a inexistência do direito material que ensejou a execução.
	O único objetivo para a propositura de um processo de execução é satisfação do exequente, o que é apontado pela doutrina como princípio do desfecho único, que determina que a prestação que pode ser obtida é a satisfação do direito do exequente e nunca do executado. De acordo com essa doutrina o executado pode ter, na melhor das hipóteses, ver a satisfação do direito do exequente ser impedida sem resolução de mérito, porém, nunca com resolução de mérito a seu favor. Ocorrendo esta situação, pode, o executado obter tutela jurisdicional em seu favor, através de propositura de nova ação judicial – “Embargos à Execução”.
	Porém, se for admitido, que o mérito da execução seja discutido incidentalmente no próprio processo de execução, o princípio do desfecho único deixa de existir, pois desta forma a extinção do processo não seria de forma anômala e sim normal, e em relação a esta possibilidade existe um debate doutrinário que o nominam como exceção de pré-executividade.
	Considerando tais situações pode-se questionar se o princípio do desfecho único continua mesmo sendo um princípio executivo. De qualquer modo, este princípio continuará sendo válido em todas as hipóteses em que o executado não possa apresentar defesa de mérito incidentalmente.
DISPONIBILIDADE DA EXECUÇÃO
	Em razão do desfecho único do processo de execução não tutelar o direito material do executado, é permitido ao exequente ainda que pendentes os embargos à execução, desistir do processo, mesmo sem concordância do executado. (art. 775, caput, NCPC). Vale frisar que mesmo com a desistência do exequente, isso não permite ao executado obter tutela jurisdicional em seu favor.
	Observação importante é que desistência não se confunde com renúncia, o exequente pode em momento oportuno ingressar novamente com mesma demanda executiva, bastando para tanto que pague as custas processuais da primeira ação. (art. 486, § 2º do NCPC).
	Com exceção do Ministério Público (por ser defensor de direito alheio – princípio da indisponibilidade) todos os outros legitimados a propor a execução podem desistir.
	Ressalte-se que a admissibilidade da desistência da execução está condicionada a atos que possam ser anulados sem prejuízo do devedor ou de terceiros. Como por exemplo, bem arrematado em leilão judicial ou obrigação de fazer, já satisfeita por terceiro (art. 817 do NCPC). Não importando que os embargos de execução sejam pendentes de julgamento. (desde que versem de matéria meramente processual: ilegitimidade da parte, falta de liquidez do título, entre outras).
	Aponta a doutrina que embargos à execução pendentes de julgamento não impedem a desistência, porém os resultados dessa desistência vão depender de qual matéria alegada nos embargos.
	Versando os embargos sobre matéria meramente processual, serão extintos sem resolução de mérito, pois perderão o objeto, e condenarão o embargado ao pagamento de custas judiciais e honorários advocatícios. No entanto, se versarem sobre matéria de mérito sobre o direito material alegado pelo exequente, haverá necessidade de concordância do embargante.
UTILIDADE
	O Princípio da Utilidade impede a aplicação das astreintes quando o juiz se convence que a obrigação se tornou materialmente impossível de ser cumprida. Não traria proveito ao exequente e, somente prejudicaria o executado.
	Convém relembrar que a execução serve para a satisfação de um direito do credor, e não forma de vingança privada como já ocorreu na antiguidade, quando se evidencia que esse direito não pode ser satisfeito, não se tem razão para a admissão da execução.
MENOR ONEROSIDADE
	Sempre que houver várias maneiras para a satisfação do direito do credor, o juiz ordenará que se exerça a execução pelo modo menos gravoso ao devedor. (art. 805 do NCPC). Procura-se assim evitar gravames desnecessários para a satisfação do direito do credor. Óbvio que haverá gravames ao executado, o que se pretende evitar é o exagero. Sendo assim não é permitido que um bem do executado seja alienado em leilão judicial por preço abaixo da razoabilidade. (art. 891 do NCPC).
	Outro ponto importante a ser observado é que o princípio da menor onerosidade não deve ser considerado sem analisar o princípio da efetividade, pois deve-se buscar o meio adequado que atenda com maior eficácia, desta forma cabe ao juiz encontrar a medida que deverá ser adotada.
LEALDADE E BOA-FÉ PROCESSUAL
	Imprescindível não somente no processo de execução, mas como também ocorre no processo de conhecimento e cautelar que as partes tenham respeito ao dever de lealdade e boa-fé processual, podendo sofrer as sanções previstas nos arts. 77, 80 e 81 do NCPC.
	O art.774 do NCPC arrola as cinco espécies de ato atentatório à dignidade da justiça (fraude, oposição maliciosa, conduta comissivaou omissiva – dificulta ou embaraça a penhora, resistência injustificada às ordens judiciais e intimado não informa onde se encontram os bens).
	Além das sanções que poderão ser suportadas pela parte que pratica um dos atos previstos nos incisos do art. 774 do NCPC, poderá ainda ser aplicada multa de até 20 % além de eventuais perdas e danos. A multa poderá ser aplicada mesmo sem advertência prévia.
CONTRADITÓRIO
	Considerando que no processo de execução não há discussão do mérito, tendo em vista que o que se busca é a satisfação do direito do credor, já respaldado em título executivo, quando se inicia um processo de natureza jurisdicional, este deverá obrigatoriamente seguir sob o crivo do contraditório, conforme expressamente previsto na CF/88, art. 5º, LV.
	A importância do contraditório se evidencia acerca de questões incidentes no processo.
ATIPICIDADE DOS MEIOS EXECUTIVOS
	Vários são os meios executivos que o juiz usa no processo de execução para buscar a satisfação do direito do exequente.
	Os meios previstos em lei são: penhora, expropriação, busca e apreensão, astreintes, arresto executivo, remoção de pessoas ou coisas, fechamento de estabelecimento comerciais, etc. 
O rol não é taxativo, pode o juiz usar outras formas que não expressamente consagradas em lei. Contudo, o juiz deve sempre agir com cautela para não contrariar a lei ou os princípios do Direito. Também importante observar que não podem ser adotadas medidas que prejudiquem a atividade de subsistência do devedor, ou adotar medidas que impossibilitem o funcionamento de uma empresa, por exemplo.
Por fim, entende-se que a aplicação de medidas atípicas, somente devem ser aplicadas quando as medidas típicas se mostram ineficazes para a satisfação do direito do credor.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil. 8ª Edição, São Paulo: Editora jusPODIVM, 2016. p. 1781 - 1803. (Princípios da Execução).
Joinville, 13 de março de 2018.

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