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Barragem resumo

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1- Relacionado-a à Geotecnia, como você entende a frase de Francis Bacon:“A natureza para ser comandada precisa ser obedecida”?
Para o atendimento de suas necessidades (energia, transporte, alimentação, moradia, segurança física, comunicação...) o Homem é inexoravelmente levado a aproveitar uma série de recursos naturais (água, petróleo, minérios, energia hidráulica, solos...) e a ocupar e modificar espaços naturais das mais diversas formas (cidades, agricultura, indústria, usinas elétricas, vias de transportes, portos, canais, disposição de rejeitos ou resíduos...). Para que esse comando da natureza seja coroado de êxito deve incorporar (obedecer) as leis da natureza. E entao absorve-las nas atitudes comportamentais e nas solucoes de engenharia.	
2- Que atividades devem ser desenvolvidas na fase de “planejamento” de uma barragem?
Levantamento topográfico (perfil longitudinal do rio, secção transversal, área a ser inundada)
hidrologia (vazão do curso nas alternativas propostas), 
mapeamento geológico (mapa dos tipos de rochas e solos existentes na área, tipo da rocha de fundação, estudo dos materiais de construção, etc.)
3- Que atividades devem ser desenvolvidas na fase de estudos de “viabilidade técnica” de uma barragem?
	
Avaliação ambiental aprofundada, contemplando a identificação, análise dos impactos significativos do empreendimento e a identificação das principais medidas minimizadoras e/ou compensatórias.
4- Que atividades devem ser desenvolvidas na fase de estudos de “viabilidade econômica” de uma barragem?
As principais medidas recomendadas devem configurar-se em programas específicos, de concepção geral, mas que permitam uma estimativa de custo com razoável precisão, para que possam integrar as análises de viabilidade econômica e financeira. 
5- Após o inicio da operação qual o papel do proprietário na manutenção da barragem?
O Proprietário é o responsável pela segurança da barragem em todas as fases, isto é, construção, comissionamento, operação e eventual abandono, respondendo pelas consequências de uma eventual ruptura. O proprietário deve assegurar que a operação da barragem e a sua manutenção sejam executadas por pessoas que tenham conhecimento e habilitação para tal.
6- Que itens relativos à segurança devem ser periodicamente verificados na fase de operação da barragem?
O controle de segurança de barragens, feito com base no seu monitoramento e inspeção, incluindo aspectos estruturais, hidráulicos e operacionais e mesmo aspectos ambientais, visa detectar em tempo útil qualquer anomalia que possa comprometer o desempenho do empreendimento ou ameaçar a sua segurança e implementar as necessárias medidas corretivas.
QUESTÕES E EXERCÍCIOS PARA A PROVA
I – INTRODUÇÃO
1- Quais são as etapas que um projeto deve passar para se chegar a sua forma final?
- Planejamento
- Viabilidade técnica
- Viabilidade econômica
- Anteprojeto
- Projeto básico
- Projeto executivo
II – PRINCIPAIS UTILIZAÇÕES DAS BARRAGENS
1- Quais são as principais utilizações das barragens?
Abastecimento de água para consumo humano e de animais;
Abastecimento de água para irrigação;
Recreação e paisagismo;
Controle da qualidade da água;
Controle de enchentes;
Garantia mínima de vazão a jusante;
Navegação;
Aqüicultura;
Geração de energia elétrica;
Contenção de rejeitos.
2- O que é uma barragem para contenção de rejeitos?
A barragem para contenção de rejeitos é construída para armazenar subprodutos de indústrias, como as de extração e processamento, que são em grande volume de materiais que podem causar problemas de contaminação física e/ou química se simplesmente lançados ao meio ambiente.
3- O que é uma barragem para contenção de cheias?
Uma barragem com a finalidade de contenção de cheias transforma uma vazão de pico, que ocorreria na seção do rio se o rio não fosse construído (vazão efluente), em uma vazão atenuada (vazão efluente), que poderá escoar de maneira controlada, sem provocar a jusante inundações em áreas habitadas, cultivadas ou utilizadas com instalações agropecuárias.
III – PRINCIPAIS TIPOS DE BARRAGENS
1- Quais são os principais tipos de barragens?
- Barragem de terra homogênea;
- Barragem de terra zoneada;
- Barragem de enrocamento;
- Barragem de gravidade (concreto);
- Barragem de gravidade aliviada (concreto);
- Barragem em arco (concreto armado).
2- O que é uma barragem de terra zoneada? Quando se adota este tipo de solução?
As barragens de terra zoneadas são aquelas, em que por falta de área de empréstimo com material argiloso suficiente para a construção de todo o aterro, priorizase a utilização deste material, no centro (núcleo argiloso). Neste caso, havendo um núcleo argiloso, os taludes podem ser construídos com material mais permeável.
IV – PRINCIPAIS ELEMENTOS DE UMA BARRAGEM
1- Quais são os principais elementos de uma barragem de terra?
Crista;
Borda livre;
Talude de montante;
Proteção do talude de montante (rip-rap);
Talude de jusante;
Proteção do talude de jusante (grama ou outro elemento);
Trincheira de vedação;
Filtro horizontal;
Filtro vertical;
 Dreno de pé;
Cortina de injeção;
Poço de alívio;
Tapete impermeável;
Sistema de drenagem das águas pluviais.
Além destes elementos, para o perfeito funcionamento da barragem, também fazem parte da estrutura:
Sistema de extravasamento (vertedouro ou sangradouro);
Comportas.
2- Faça um desenho indicando os principais elementos de uma barragem?
IV.1- CRISTA
1- Qual deve ser a largura mínima de uma pequena barragem de terra?
3 metros
2- Uma pequena barragem de terra terá 10m de altura. Segundo recomendações do Bureau of Reclamation (2002), qual deverá ser a largura mínima da crista?
L = Z/5 + 3 metros
L = 10/5 + 3 = 5 metros
	
3- Uma pequena barragem de terra será construída entre dois bairros de uma cidade. Haverá transito de veículos nos dois sentidos e também haverá circulação de pedestres. Faça um desenho apresentando uma seção transversal da crista, com a dimensão de todos os elementos.
Para grande volume de tráfego, deve ser executado um pavimento sobre a crista que suporte a solicitação imposta. Este pavimento deve ser projetado de acordo com critérios específicos para estradas.
4- Qual o procedimento a se adotar para o escoamento das águas de chuva que caem sobre a crista?
Na crista deve haver um sistema de drenagem que permita o escoamento das águas de chuva de maneira segura, objetivando-se evitar erosões e empoçamento de água. Pode-se construir canaletas de drenagem, ou construir a crista com uma inclinação para montante, evitando que as águas de chuva escoem sobre o talude de jusante.
5- Havendo tráfego de veículos de pequeno porte sobre a crista, de baixa intensidade,como ela deverá ser construída?
Para pequeno volume de tráfego pode-se executar sobre a crista um
Revestimento Primário, como é feito em estradas vicinais
6- Havendo tráfego de veículos de maior porte sobre a pista, como ela deverá ser construída?
Para grande volume de tráfego, deve ser executado um pavimento sobre a crista que suporte a solicitação imposta. Este pavimento deve ser projetado de acordo com critérios específicos para estradas
7- Quais são as conseqüências de não se fazer um pavimento adequado ao tráfego que vai passar sobre a crista?
Desgaste da superfície provocando erosões e infiltrações.
8- Quais as conseqüências de não se fazer um adequado sistema de drenagem na crista?
Erosões e empoçamento de água.
VI.2 – BORDA LIVRE
1- O que é a borda livre de uma barragem?
E a distância vertical entre a crista da barragem e o nível das águas do reservatório.
2- Qual o objetivo de se ter uma borda livre?
A segurança contra o transbordamento, que pode ser provocado pela ação de ondas formadas pela ação dos ventos, evitando danos e erosão no talude de jusante
3- Para uma barragem de pequenas dimensões, qual deve ser a altura mínima da borda livre?
0,5 metro. No mínimo,o valor da borda livre deve ser igual à
altura da onda máxima, acrescida de 50%, para compensar a sua corrida sobre o talude da barragem e, ainda, de um valor correspondente a um fator de segurança, variável entre 0,60 e 3,00 metros, dependendo da importância da barragem
4- Como deve ser calculada a dimensão da borda livre de uma barragem?
1- Determinação do nível de água do reservatório que servirá de referência para o cálculo da borda livre;
2- Análises dos registros de ventos;
3- Como a linha do reservatório pode ser muito irregular, deve-se calcular o “fetch” efetivo, F, através da fórmula: F = S xi cos ai / S cos ai, onde ai = ângulo entre a direção considerada e a direção principal do vento, e xi = extensão do reservatório na direção ai ; os valores de ai devem ser tomados a cada 3º, até 45º, em ambos os lados da direção principal;
4- cálculo das características das ondas;
5- seleção final da borda livre em função dos resultados obtidos em (4), da declividade do talude da barragem e do tipo de paramento.
5- O que é o “fetch” em uma barragem?
O fetch representa o comprimento de atuação do vento na direção de incidência e deve ser computado de acordo com a geometria do reservatorio
6- Para uma pequena barragem, com “fetch” de 2km, qual deve ser a altura mínima da borda livre, segundo Bureau of Reclamation (2002)?
1,5 m
7- A partir do valor da onda máxima que chega à barragem, qual deve ser o valor mínimo da borda livre?
		
IV.3 – TALUDES DE MONTANTE E JUSANTE
1- O que é o talude de montante de uma barragem?
O talude de montante é a parte do maciço que vai ficar diretamente em contato com a água do reservatório
2- O que é o talude de jusante de uma barragem?
O talude de jusante é a parte do maciço que não vai ficar diretamente em contato com a água do reservatório
3- Em um anteprojeto, que valores se podem adotar para a inclinação dos taludes de montante e jusante?
Para maciços de pequenas barragens a serem construídos
com solos que dêem uma “boa” compactação e em fundações “estáveis” pode-se adotar em um anteprojeto a inclinação de 1 na vertical, para 3 na horizontal ( 1 : 3), para o talude de montante.
Para o talude de jusante, considerando-se que o mesmo não vai estar diretamente em contato com a água do reservatório, razão pela qual é conhecido como o talude “seco”, para as mesmas condições citadas acima, pode-se adotar em um anteprojeto a inclinação de 1 na vertical para 2,5 na horizontal (1: 2,5 ).
4- No projeto executivo, como devem ser definida as inclinações dos taludes de uma barragem?
5- Quais as características principais que o solo da jazida escolhida para construção do aterro, quando compactado, deve apresentar?
Para a sua construção deve-se procurar uma jazida que forneça material adequado para o processo de compactação e que após compactado apresente boas características de impermeabilidade resistência e de deformabilidade.
IV.4 – PROTEÇÃO DO TALUDE DE MONTANTE
1- Por que o talude de montante deve ser protegido?
Devido à ação das ondas que se formam no reservatório, e também das águas de chuva que podem vir da crista, o talude de montante deve ser protegido contra a erosão.
2- Quais os principais tipos de proteção que podem ser utilizados no talude de montante?
“rip-rap”
Solo-cimento;
Revestimento de concreto;
Pedras rejuntadas
3- O que é o “rip-rap”?
Sao rochas com tamanho suficiente para não serem arrastadas pelas ondas.
4- Para uma barragem cuja altura máxima de onda prevista é 1,0m, segundo o U.S. Corps of Engineers, qual a espessura da camada de pedra do “rip-rap”, e qual deve ser o diâmetro médio das pedras? Para esta situação qual deve ser a espessura da camada de
transição sob as pedras?
5- Para a proteção do talude de montante com solo cimento, qual devem ser a largura e espessura desta camada?
O solo-cimento normalmente é colocado em camadas com largura de 2,5m, em forma de escada. A espessura mínima recomendada para cada camada é de 0,15m.
6- Que tipo de solo deve ser utilizado para o solo cimento a ser usado na proteção do talude de montante?
Para sua devem ser utilizados solos arenosos, com cerca de 10 a 15% passando na peneira de número 200, com índice de plasticidade menor que 8% (Fell et al, 1992).
7- Por que não se recomenda a proteção do talude de montante, com pedras rejuntadas?
constituído pelas pedras rejuntadas não acompanha as deformações do maciço Não se recomenda esta prática porque a rigidez do sistema de terra.
8- Por que não se recomenda a proteção do talude de montante com concreto?
A baixa elasticidade do material não acompanha os recalques diferenciais que podem ocorrer no maciço, havendo uma necessidade constante de manutenção do revestimento
IV.5 – PROTEÇÃO DO TALUDE DE JUSANTE
1- Por que o talude de jusante deve ser protegido?
O talude de jusante de uma barragem de terra deve ser protegido contra a erosão, causada pelas águas de chuva, que podem adquirir grandesvelocidades, ao percorrer a distância entre o topo e o pé do talude.
2- Qual a forma mais utilizada de se proteger o talude de jusante?
Geralmente, utiliza-se a grama para proteção do talude, podendo também ser usado outro material, como enrocamento, desde que este material seja economicamente viável.
3- Por que não devem ser plantadas árvores no talude de jusante?
Se as árvores morrerem as raízes das mesmas, apodrecem e a abertura deixada por elas podem ser a causa de erosões internas, quepodem causar a ruptura da barragem
4- Em barragens de maior altura, por que devem ser construídas bermas?
Para coletar adequadamente a agua.
5- Que recomendações para a construção de bermas devem ser seguidas?
A superfície das bermas deve apresentar pequena declividade para montante, a fim de evitar que as chuvas que nelas caem desçam para o talude inferior. Nessas bermas são instaladas canaletas de concreto, para coletar as águas que caem no talude do trecho superior e na própria berma, conduzindo-as, com declividade da ordem de 0,5%, para caixas, também dispostas nas bermas, a cada 100 metros, aproximadamente. As águas que chegam a essas caixas são conduzidas através de tubos de concreto, até outras caixas, construídas na berma inferior e, assim, sucessivamente, até o pé da barragem. No contato da saia do aterro da barragem com as ombreiras, também deve ser prevista a construção de uma canaleta de concreto, para captar águas provenientes do talude e das ombreiras
6- Por que durante a fase de operação da barragem, devem ser feitas vistorias periódicas no talude de jusante de uma barragem?
O objetivo e sua preservação e observação de possíveis irregularidades na obra, com trinca nos taludes, afloramento de água, etc
7- Por que é importante a construção de uma cerca protegendo o talude de montante?
Para impedir que o gado circule pelo talude de jusante da barragem, o que pode danificar a grama e também criar caminhos preferenciais de erosão.
8- Por que é importante deixar um espaço livre no pé do talude de jusante?
Para que seja possível a circulação de pessoas e de um veículo.
9- Quais as conseqüências para o talude de jusante, se não houver um adequado sistema de drenagem na crista e também no próprio talude?
Erosoes 	
IV.6 – CORTINAS DE VEDAÇÃO
1- Qual o objetivo de se construir uma cortina de vedação sobre a barragem?
A cortina de vedação sob o corpo de uma barragem visa, portanto a interrupção do fluxo sobre a mesma, através da construção de uma barreira impermeável.
2- Quais são os principais tipos de cortina de vedação?
- Cortina preenchida com material argiloso compactado, conhecida como trincheira de vedação (“cut-off”);
- Diafragama plástico;
- Cortina de concreto;
- Cortina de injeção.
3- Como deve ser construída uma trincheira de vedação ou “Cut-Off”?
A escavação de trincheiras atravessando as camadas superficiais, e o seu preenchimento com materiais argilosos compactados é a formamais utilizada para interromper o fluxo de água sob a fundação da barragem.
4- O que é o tapete impermeável e qual sua função?
O tapete impermeável à montante é construído com o objetivo de reduzir o gradiente hidráulico através da fundação, diminuindo assim a vazão, pelo aumento do caminho que a água tem que percorrer sob a barragem.
IV.7 – DRENAGEM INTERNA
1- Por que se deve construir um sistema de drenagem interna na barragem?
Como é impossível a construção de barragens totalmente impermeáveis, tanto em termos de maciço compactado, como em termos de fundações, sendo inevitável a ocorrência de certa vazão de percolação, o controle desta vazão passa a ser fundamental em termos de segurança da obra.
2- Quais são os principais elementos que podem ser utilizados no sistema de drenagem interna de uma barragem?
Filtro em Chaminé;
Filtro Horizontal ou Tapete Drenante;
Dreno de Pé;
Transições entre diferentes tipos de materiais;
Trincheira Drenante;
Poços de Alívio;
Galerias de Drenagem.
IV.8 – DIMENSIONAMENTO DE FILTROS
1- Quais são as principais características que deve ter uma areia que vai ser utilizada como filtro?
Os filtros devem ser construídos com areia de granulometria previamente estabelecida, a qual deve ser devidamente compactada durante a execução.
IV.9 – FILTRO EM CHAMINÉ
1- O que é o filtro em chaminé de uma barragem? Qual o objetivo de sua construção?
Sao filtros que podem ser verticais ou inclinados. Drenos verticais do tipo chaminé somente são recomendados para barragensaté 25 a 30m de altura. Para maiores alturas, o dreno inclinado propicia uma melhor distribuição de tensões no maciço, evitando a inclusão de uma parede vertical de areia, de rigidez sempre muito superior a do maciço adjacente, mesmo em se tratando de enrocamentos (Cruz, 1995).
IV.10 – FILTRO HORIZONTAL
1- Qual é o objetivo de se construir um filtro horizontal?
Tem como finalidade transportar água através da barragem e servir de transição para os materiais mais finos.
2- Quais as condições que um dreno horizontal deve atender, segundo Rosa(1983)?
graduação de materiais, tal que impeça os mais finos, do maciço de jusante (acima dele) e da fundação (caso dela ser em solo), de serem carreados provocando a erosão interna (pipping);
capacidade suficiente para absorver e transportar todas as águas provenientes do dreno vertical e fundação;
permeabilidade suficiente, para que as águas da fundação percolem livremente, sem provocar altas pressões de baixo para cima no aterro de jusante.
IV.11 – TRANSIÇÕES
1- Com qual finalidade se utilizam transições no sistema de drenagem de uma barragem?
Têm por finalidade impedir a passagem dos materiais mais finos através dos de maior diâmetro, seja pela ação do carreamento dentro do maciço, ou por carreamento externo, como ondas de reservatório, rebaixamento do nível d’água e chuva.
2- Quais as condições que os materiais utilizados nas transições devem ter?
Estes materiais devem satisfazer as condições necessárias para que um material seja filtro do outro, impedindo assim o carreamento de partículas. Devem também satisfazer a condição de permeabilidade, para que possibilite o escoamento das águas que chegam até eles.
IV.12- DRENO DE PÉ
1- Qual a função do dreno de pé em uma barragem?
Estes materiais devem satisfazer as condições necessárias para que um material seja filtro do outro, impedindo assim o carreamento de partículas. Devem também satisfazer a condição de permeabilidade, para que possibilite o escoamento das águas que chegam até eles.
2- Quais os materiais utilizados no dreno de pé de uma barragem?
São construído com rochas, que podem variar de brita a pedras maiores
3- Faça um desenho esquemático de um dreno de pé	
Cruz (1983) recomenda que o dreno de saída ou de pé deva ter altura, no mínimo, igual a duas vezes a espessura do dreno horizontal, e largura de crista mínima de 4,0 metros 
IV.13 – POÇO DE ALÍVIO – TRINCHEIRA DRENATE – GALERIA DE
DRENAGEM
1- O que são os poços de alívio e qual o objetivo de sua construção?
	
Os poços de alivio são furos de drenagem abertos no terreno, com o
objetivo de reduzir as subpressões desenvolvidas pela percolação de água na fundação.
2- Onde são construídos os poços de alívio em uma barragem?
	
Abertos no terreno em rocha ou solo.
3- Quais são as indicações básicas para a construção de um poço de alívio?
Os poços devem atravessar a camada impermeável, atingindo a zona permeável, até uma profundidade tal que não se atinja a condição de levitação (“uplift”), isto é, o gradiente hidráulico seja inferior ao crítico. É geralmente satisfatória uma profundidade do poço igual à profundidade do reservatório;
O espaçamento entre os poços deve ser tal que intercepte a descarga freática, drenado-a e, conseqüentemente, aliviando as subpressões. É recomendável um espaçamento inicial de 15 a 30m;
Os poços devem oferecer resistência mínima à descarga freática. O diâmetro interno mínimo do poço deve ser igual a 0,15m. Assim, asseguram-se pequenas perdas de cargas na coleta pelo poço de descarga freática. Deve existir uma camada de, pelo menos, 0,15m de filtro entre a tela do poço de fundação
4- O que é uma trincheira drenante e qual o objetivo de sua construção?
As trincheiras drenantes são feitas com drenos enterrados usados para recolher a água que percola pelo maciço de solo e conduzi-la até pontos de captação. A trincheira drenante tem por objetivo a interceptação de fluxos de água através de camadas permeáveis mais superficiais da fundação.
5- O que é uma galeria de drenagem e qual o objetivo de sua construção?
As galerias de drenagem quando construídas objetivam permitir a
execução de serviços de drenagem e/ou injeção, durante e após a construção da barragem.
V – DESVIO DO RIO
1- Quais os processos que podem ser utilizados para o desvio do rio, para a construção da barragem?
tubulação de Fundo
enscecadeiras”.
canais ou túneis
2- O que é uma ensecadeira?
Constrói-se primeiramente uma ensecadeira, entrangulando o rio e orientando-o para posições mais convenientes à construção da obra, no seu próprio leito. Construída a base da barragem dentro da ensecadeira, onde se instalam galerias de concreto na base, fecha-se o outro lado do rio com a construção de uma outra ensecadeira, desviando o volume de água do rio para estas galerias de concreto;
3- O que é uma “caixa de nível”, “monje” ou “caximbo”?
São controladores da vazão pela da tubulação de fundo.
4- Faça um desenho esquemático, em planta e em corte, mostrando o desvio do rio através de uma tubulação de fundo.
4- Qual a desvantagem de se utilizar “registro à jusante”, quando se utilizar tubulação de fundo para o desvio do rio?
A utilização do registro à jusante tem o inconveniente da tubulação estar constantemente sob pressão, o que no caso de rompimento nas junções ou em qualquer parte da tubulação, pode provocar vazamentos indesejáveis dentro do maciço da
barragem.
6- Faça um desenho esquemático, em planta, mostrando o desvio do rio através de uma ensecadeira, na primeira fase de desvio.
7- Faça um desenho esquemático, em planta, mostrando o desvio do rio através de uma ensecadeira, na segunda fase de desvio.
8- Quando se adota o desvio do rio por túneis ou canais?
Em vales fechados, onde não é possível o desvio através de tubulação de fundo ou ensecadeiras
VI- INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS NA ÁREA DE EMPRÉSTIMO
1- Quais as principais características que um solo deve ter para ser utilizado na construção do aterro impermeável de uma barragem?
Possuir uma proporção entre areia e argila, que permita que o material tenha uma boa trabalhabilidade no processo de compactação.
Quando compactado, apresentar baixa permeabilidade, compatível com o projeto da barragem a ser executada;
Quando compactado, apresentar baixa deformabilidade;
Quando compactado, apresentar resistência ao cisalhamento compatível comoprojeto da barragem a ser executada.
Com o objetivo de reduzir custos, a área de empréstimo deve se localizar o mais próximo possível do local de construção da barragem e em lugar de fácil acesso a máquinas e caminhões.
2- Quais os primeiros ensaios que devem ser realizados na pesquisa de jazidas de solo para construção da barragem, objetivando-se sua utilização em Sistemas de Classificação de Solos?
Ensaios granulométricos;
Ensaios de Limite de Liquidez e Limite de Plasticidade.
3- Definindo-se pela utilização de uma jazida, para realização do projeto executivo da barragem, quais ensaios devem ser realizados?
Ensaio granulométrico;
Ensaios de Limite de Liquidez e Limite de Plasticidade;
Ensaios para determinação dos Índices Físicos dos Solos;
Ensaio de compactação, tipo Proctor;
Ensaio de permeabilidade no solo compactado;
Ensaio de resistência ao cisalhamento no solo compactado;
Ensaio de deformabilidade no solo compactado.
VI.1 – OBTENÇÃO DE AMOSTRAS NA ÁREA DE EMPRÉSTIMO
1- O que é uma amostra indeformada de solo?
Amostras indeformadas são aquelas em que se mantém a estrutura e também a umidade do solo.
2- Como pode ser obtida uma amostra indeformada de solo?
As amostras indeformadas podem ser obtidas através da cravação
cuidadosa de um anel metálico ou outro material rígido no solo, ou através da retirada de blocos indeformados do solo
VI.2 – ENSAIOS DE GRANULOMETRIA DOS SOLOS
1- O que se obtém do ensaio de granulometria do solo?	
Classificação do solo 
2- Como são determinados os diâmetros da parte mais grossa do solo?
Para as partículas mais grossas é utilizado o peneiramento.
3- Como podem ser determinados os diâmetros da parte mais fina do solo?
Para as partículas mais finas, um dos métodos que pode ser
utilizado é do da sedimentação
	
VI.3 – ENSAIOS DE LIMITE DE LIQUIDEZ E PLASTICIDADE DOS SOLOS
1- O que é o Limite de Liquidez de um solo?
A fronteira convencional entre o estado líquido e o estado plástico
2- O que é o Limite de Plasticidade de um solo?
teor de umidade que determina a fronteira entre o estado plástico e o
estado semi-sólido
VI.5 – ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
1- O que se objetiva com a compactação de um solo?
Com a compactação do solo, objetiva-se uma redução de seu volume,
devido à redução do volume de vazios, tornando-o mais denso, e resultando um solo com maior resistência ao cisalhamento, menor permeabilidade e menor compressibilidade.
2- O que é o ensaio de compactação Proctor Normal?
O ensaio Proctor Normal consiste em compactar uma porção de solo em um cilindro com 1000cm3, com um soquete de 2,5 kg, caindo em queda livre de uma altura de 30 cm.
VII – ANÁLISE DA JAZIDA ATRAVÉS DE CLASSIFICAÇÕES DE SOLOS
1- Qual o objetivo de se classificar um solo?
O objetivo das classificações dos solos, sob o ponto de vista da
engenharia, é o de poderem, a partir de propriedades mais simples de um solo, estimarem propriedades mais complexas deste solo.
2- Que classificações que podem ser utilizadas para obras de terra?
- Classificação por tipo de solos;
- Classificação genética geral;
- Classificação granulométrica;
- Classificação unificada (U.S. Corps of Engineers).
IX – LOCAL DE IMPLANTAÇÃO DA BARRAGEM
	
1- Que informações geotécnicas são importantes se obter no eixo da barragem e em suas proximidades?
Primeiramente é importante que se conheça os tipos de solo presentes no subsolo, abaixo do eixo da barragem. Também é importante que se conheça a posição do lençol freático (N.A).
2- O que é a sondagem de simples reconhecimento (SPT)?
O ensaio SPT constitui-se em uma medida de resistência dinâmica
conjugada a uma sondagem de simples reconhecimento. A perfuração é realizada por tradagem até encontrar-se o N.A.,
3- Que informações do subsolo a sondagem SPT fornece?
Uma amostra representativa do solo a cada metro de
profundidade;
A posição do lençol freático;
Um valor numérico, a cada metro de profundidade, que é o Índice
de Resistência à Penetração do solo, ou NSPT, correspondente ao número de
golpes necessários para a cravação dos últimos 300mm do amostrador.
Energia Hidráulica
Para produzir a energia hidrelétrica é necessário integrar a vazão do rio, a quantidade de água disponível em determinado período de tempo e os desníveis do relevo, sejam eles naturais, como as quedas d’água, ou criados artificialmente.
Já a estrutura da usina é composta, basicamente, por barragem, sistema de captação e adução de água, casa de força e vertedouro, que funcionam em conjunto e de maneira integrada Além de “estocar” a água, esses reservatórios têm outras funções: permitem a formação do desnível necessário para a configuração da energia hidráulica, a captação da água em volume adequado e a regularização da vazão dos rios em períodos de chuva ou estiagem. Algumas usinas hidroelétricas são chamadas “a fio d’água”, ou seja, próximas à superfície e utilizam turbinas que aproveitam a velocidade do rio para gerar energia. Os sistemas de captação e adução são formados por túneis, canais ou condutos metálicos que têm a função de levar a água até a casa de força. É nesta instalação que estão as turbinas, formadas por uma série de pás ligadas a um eixo conectado ao gerador. Durante o seu movimento giratório, as turbinas convertem a energia cinética (do movimento da água) em energia elétrica por meio dos geradores que produzirão a eletricidade. Depois de passar pela turbina, a água é restituída ao leito natural do rio pelo canal de fuga. Os principais tipos de turbinas hidráulicas são: Pelton, Kaplan, Francis e Bulbo. Cada turbina é adaptada para funcionar em usinas com determinada faixa de altura de queda e vazão. A turbina tipo Bulbo é usada nas usinas fio d’água por ser indicada para baixas quedas e altas vazões, não exigindo grandes reservatórios.
Por último, há o vertedouro. Sua função é permitir a saída da água sempre que os níveis do reservatório ultrapassam os limites recomendados. Uma das razões para a sua abertura é o excesso de vazão ou de chuva. Outra é a existência de água em quantidade maior que a necessária para o armazenamento ou a geração de energia. Em períodos de chuva, o processo de abertura de vertedouros busca evitar enchentes na região de entorno da usina.
O principal argumento contrário à construção das hidrelétricas é o impacto provocado sobre o modo de vida da população, flora e fauna locais, pela formação de grandes lagos ou reservatórios, aumento do nível dos rios ou alterações em seu curso após o represamento.
As principais variáveis utilizadas na classificação de uma usina hidrelétrica são: 
altura da queda d’água, 
vazão, 
capacidade oupotência instalada, 
tipo de turbina empregada, localização,
tipo de barragem
restipo de rervatório
A potência instalada determina se a usina é de grande ou médio porte ou uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH). 
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adota três classificações: 
CGH - Centrais Geradoras Hidrelétricas (com até 1 MW de potência instalada), 
PCH - Pequenas Centrais Hidrelétricas (entre 1,1 MW e30 MW de potência instalada) e 
UHE - Usina Hidrelétrica de Energia (com mais de 30 MW).
A energia hidrelétrica é classificada como limpa no mercado internacional.
Como funciona uma usina hidrelétrica ?
O princípio básico é usar a força de uma queda d’água para gerar energia elétrica. Essas usinas possuem enormes turbinas, parecidas com cata-ventos gigantes, que rodam impulsionadas pela pressão da água de um rio represado. Ao girar, as turbinas acionam geradores que produzirão energia.
Uma grande hidrelétrica custa muito caro para construir e tem grande impacto ambiental, mas por outro lado é uma fonte de energia limpa e renovável, que não depende de combustíveis fósseis
Geração de energia elétrica através da energia hidráulica e seus impactos ambientais
As usinas hidrelétricas são compostas, basicamente, por barragem, casa de força, vertedouro e sistema de captaçãoe adução de água, sendo que funcionam em conjunto e de maneira integrada. A barragem interrompe o curso normal do rio e desvia para um determinado local formando grandes reservatórios, que estocam a água e permitem a formação de grandes quedas. Estas produzem força, que é utilizada para movimentar turbinas e acionar o gerador elétrico (PANZERA, GOMES e MOURA, 2010).
As usinas hidrelétricas tem a capacidade de transformar energia cinética em energia elétrica a partir do aproveitamento do movimento das águas.
A primeira etapa da instalação de uma usina hidrelétrica consiste em fazer um inventário da bacia hidrográfica. O objetivo dessa etapa é determinar que aproveitamento da bacia, que será necessário para geração de energia elétrica, Depois de realizado o estudo de inventário, realiza-se outro de aproveitamento hidrelétrico. Este tem por finalidade a definição da concepção global de um dado aproveitamento da melhor alternativa de divisão de queda estabelecida na etapa de inventário. Nessa etapa são providenciados os estudos socioambientais (EIA/RIMA) necessários à obtenção de Licença Ambiental Prévia. Os estudos ambientais e sociais devem ser enviados aos órgãos que concedem o licenciamento ambiental para que se consiga a licença previa. Caso haja necessidade de sua anuência este órgão, por sua vez, os encaminha a outros órgãos (FUNAI, IPHAN etc.) Para poder ser leiloado o aproveitamento energético é preciso obter, ainda nessa fase, a Reserva de Disponibilidade Hídrica junto à Agência Nacional de Águas (ANA), que, mais tarde, transformar-se-á numa outorga de uso da água (ABBUD; TANCREDI; 2010). Depois de leiloado o aproveitamento hidrelétrico, vem a fase de elaboração do projeto básico e dos programas e projetos socioambientais. No projeto básico o aproveitamento é detalhado e definido seu orçamento com maior precisão, de forma a permitir ao vencedor da licitação de concessão a implantação do empreendimento. Nessa etapa realiza-se, também, o Projeto Básico Ambiental. Já no projeto executivo, se processam a elaboração dos desenhos de detalhamento das obras civis e dos equipamentos hidromecânicos e eletromecânicos, necessários à execução da obra e à montagem dos equipamentos. Nesta fase são decidias as ações preventivas necessárias para a implantação do reservatório (SOUZA, 2000). O órgão responsável pela aprovação do projeto básico e autorização da construção da usina é ANEEL, é o órgão que concede o licenciamento ambiental que emite a chamada Licença de Instalação, se concordar com os programas e projetos elaborados. Só então pode começar a construção da usina, sob a fiscalização da ANEEL. Antes da entrada em operação, o empreendedor precisa obter, ainda, a chamada Licença de Operação, a última exigida, que é condição para o enchimento do reservatório. Portanto, entre o início dos estudos de viabilidade e a operação de uma usina hidroelétrica, transcorrem, no mínimo, seis anos, podendo chegar a treze anos (ABBUD; TANCREDI; 2010).
Segundo a Resolução 01/1986 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), impacto ambiental é toda mudança das características físicas, biologicas ou químicas do meio ambiente, gerada por qualquer ação humana, que cause danos a sociedade e ao meio ambiente, direta ou indiretamente.
O estudo dos impactos ambientais permite avaliar as consequências de algumas ações, para que possa haver a prevenção da qualidade de determinado ambiente que poderá sofrer a execução de certos projetos ou ações, ou logo após a implantação dos mesmos (SOARES, 2013).
O Brasil possui o maior potencial para a geração de energia hidráulica do planeta Terra, no qual ainda faltam 50% a ser explorado. O fato das energias não renováveis serem caras, altamente poluentes, e estarem se acabando, tem feito com que a energia hidráulica, seja vista como uma importante fonte de energia renovável, sendo pouco poluente. (ABBUD; TANCREDI, 2010).	
Os principais impactos químicos, físicos, biológicos, sociais e culturais, provocados pelas usinas hidrelétricas são: 
 Segundo Bortoleto (2001), os primeiros impactos das hidrelétricas ocorrem logo na construção do canteiro de obras, que modificam a economia local, pois com o aumento no uso de materiais e energia, estes sofrem inflação, o que prejudica financeiramente os moradores locais. 
o Impactos sociais como: o aumento inesperado da população, gerado pela vinda de trabalhadores de fora, gera problemas com o aumento de resíduos, tanto lixo, quanto resíduos sanitários (KOIFMAN, 2001). 
A circulação intensa de veículos pesados danificam as vias publicas e modificam o transito (INATOMI; UDAETA, 2005). 
Na maioria das vezes, os trabalhadores sofrem com precárias condições de trabalho (PANZERA, GOMES e MOURA, 2010). 
Impactos hidrológicos, como a alteração da vazão, do fluxo da corrente, o aumento da profundidade, o alargamento do leito, a elevação do nível do lençol freático e a geração de pântanos (VECCHIA, 2012). 
Impactos climáticos, como a alteração da umidade, temperatura, evaporação, ventos e precipitação (PANZERA, GOMES e MOURA, 2010). 
Impactos no solo, como o assoreamento que provoca uma diminuição da vida útil do reservatório; a erosão, causando a perda do solo e das arvores (SEVÁ, 2005). 
Impactos na flora, provocando a perda da biodiversidade, por aumentar a matéria orgânica e consequentemente diminuir os teores de oxigênio (VECCHIA, 2012). 
Impactos na fauna, como perda da biodiversidade, pois exigem o realocamento de muitas espécies nativas, causando a morte de muitos animais, alguns deles em extinção (INATOMI; UDAETA, 2005). 
Impactos históricos, como a perda de materiais arqueológicos, que estariam localizados nas áreas alagadas (PANZERA, GOMES e MOURA, 2010). 
Impactos sociais, pois causa a realocação de famílias, muitas vezes ocorre a inundação de cidades inteiras, perdendo parte da sua cultura, das origens. Estas famílias normalmente são indenizadas e transferidas para outros locais, sofrendo também com a readaptação a uma nova vida (KOIFMAN, 2001). 
O rompimento de barragens é um problema pouco frequente, mas possível, que causaria grandes inundações (PANZERA, GOMES e MOURA, 2010). 
A realidade é que os benefícios energéticos são distribuídos às demais regiões do país e os impactos ambientais sociais e econômicos associados à construção e operação são absorvidos pelas regiões onde são construídas e operadas as usinas hidrelétricas (VECCHIA, 2012).
Cada rio possui características próprias, de fauna, flora, vazão e ciclos específicos, e mesmo quando estudos ambientais são realizados corretamente, muitas das vezes não é possível corrigir totalmente os danos causados pela construção das hidrelétricas. As ações de mitigação tem grande importância, para a redução destes impactos, mas não conseguem compensar de fato, os danos causados. Cada rio apresenta também diferentes tipos de população (ribeirinhos, indígenas, etc.) as quais são afetadas diretamente por construções deste porte (VIEIRA & VAINER, 2010). 
Para a construção de usinas hidrelétricas é necessário á integração de várias áreas do conhecimento como: engenheiros mecânicos, engenheiros eletricistas; engenheiros civis; engenheiros hidráulicos e engenheiros ambientais, dentre outros (ARTEAGA, 2010).

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