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* * Aminoácidos, Peptídeos e Proteínas Curso de Enfermagem (2º Período) Santarém 2016 * * INTRODUÇÃO Proteínas: moléculas orgânicas mais abundantes e com maior diversidade de funções nos sistemas vivos. Praticamente todos os processos vivos dependem. É a principal forma pela qual a informação genética se expressa! * * Diversidade de funções ENZIMAS E HORMÔNIOS: Catalisam e regulam as reações que ocorrem no organismo. MÚSCULOS E TENDÕES: Proporcionam ao corpo os elementos do movimento. PELE E CABELO: Oferecem revestimento externo. HEMOGLOBINA: Transporte de oxigênio. ANTICORPOS: Meios de proteção contra doenças. * * Funções das proteínas Vagalume Enzima luciferase quebra a proteína luciferina na presença de ATP * * Conceito: “primeiro” ou “o mais importante” Classificação: Constituição: simples – ribonuclease conjugadas – grupos prostéticos; lipoproteínas, glicoproteínas e metaloproteínas b) Forma: fibrosas – queratina e colágeno globulares – enzimas c) Funções Biológicas: -Enzimas: amilase, lipase, sacarase, glicosiltransferase Funções das proteínas * * Proteínas nutrientes e de reserva: caseína do leite e ovoalbumina na clara de ovo Proteínas transportadoras: hemoglobina, lipoproteínas Proteínas contráteis: actina, miosina, tubulina Proteínas estruturais e de proteção: colágeno, elastina e queratina Proteínas reguladoras (hormônios): insulina e glucagon Proteínas de defesa: Imunoglobulinas, fibrinogênio e trombina Funções das proteínas * * Características químicas dos aminoácidos * * Aminoácidos Aminoácidos são compostos quaternários de carbono (C), hidrogénio (H), oxigénio (O) e nitrogénio (N) * * Aminoácidos naturais – produzidos no organismo animal essenciais – não produzidos no organismo animal devem ser ingeridos na alimentação (varia de acordo com a espécie) * * Estrutura dos Aminoácidos 300 diferentes aminoácidos natureza (apenas 20 constituintes de proteínas em mamíferos. (Nota: Esses são os únicos aminoácidos codificados pelo DNA, o material genético da célula; Cada aminoácido (exceto a prolina) apresenta um grupo carboxila, um grupo amino e uma cadeia lateral distinta ("grupo R") ligados ao átomo de carbono a. * * Estrutura geral dos amionoácidos de ocorrência biológica Grupamento amino Grupamento carboxilato (ácido carboxílico) Hidrogênio Grupamento “R”, ou cadeia lateral Essa parte é que define as propriedades cada aminoácido de acordo com suas características de estrutura, tamanho, caga elétrica , solubilidade Exceção: * * Estrutura geral dos a-aminoácidos comuns encontrados em proteínas Uma exceção é a prolina, um iminoácido. A cadeia lateral fecha um anel com o grupo a amino. a Cadeias laterais definem a natureza química e as estruturas dos diferentes aminoácidos * * Lisina Estrutura geral dos a-aminoácidos comuns encontrados em proteínas * * Estrutura dos Aminoácidos Em pH fisiológico (pH =7,4), o grupo carboxila encontra-se dissociado, formando o íon carboxilato, carregado negativamente (-COO-), e o grupo amino encontra-se protonado (- NH3+). Nas proteínas, quase todos esses grupos carboxila e amino estão combinados, formando as ligações peptídicas, e, em geral, não estão disponíveis para reações químicas, exceto pela possibilidade de formação de pontes de hidrogênio. * * Aminoácidos aa padrão, primários, normais ou comuns: fazem parte das proteínas. aa de proteínas oticamente ativos são L-estereoisômeros, exceto a glicina Classificação segundo a polaridade dos seus grupos R * * Os aminoácidos Os aminoácidos presentes nas proteínas são isômeros L A biologia é canhota Glicina não tem isomeria óptica Carbono alfa * * Os aminoácidos possuem (pelo menos) um carbono quiral Estéreo isômeros Ópticamente ativos, isto é mudam o plano de polarização da luz polarizada (enantiomeros) Os aminoácidos utilizados nas proteínas são L-estereoisômeros Exceção: Centro quiral A B C D A B C D * * Composição das proteínas As proteínas são formadas por aminoácidos Existem 20 tipos de aminoácidos diferentes * * * * Grupos R alifáticos, apolares Glicina Alanina Valina Leucina Metionina Isoleucina * * Grupos R aromáticos Fenilalanina Tirosina Triptofano * * Grupos R polares mas desprovidos de carga Serina Treonina Cisteína Prolina Asparagina Glutamina * * Grupos R carregados positivamente (Cadeias laterais básicas) Lisina Arginina Histidina * * Grupos R carregados negativamente (cadeias laterais ácidas) Aspartato Glutamato http://www.johnkyrk.com/aminoacid.html * * Cisteína Cisteína Cistina * * 4-hidroxiprolina (colágeno) 5-hidroxilisina (colágeno) 6-N-metilisina (miosina) -carboxiglutamato (protrombina) Desmosina (elastina) selenocisteína Aminoácidos Especiais * * Ornitina Citrulina Aminoácidos Especiais Encontrados no ciclo da uréia * * Grupo R apolar e alifáticos Aminoácidos apolares e hidrofóbicos Ligações de Van der Waals Ala, Val, Leu, Iso Interações hidrofóbicas Gly; menor aminoácido Met Possui átomo de enxofre Pro Iminoácido, menor flexibilidade estrutural * * Apolares alifáticos Alanina , valina, leucina e isoleucina tendem a se agrupar no interior das proteínas, estabilizando sua esrutura por meio de interações hidrofóbicas. Metionina possui um grupamento tioéter apolar (contendo enxofre) na sua cadeia lateral. Prolina: tem uma cadeia alifática ciclica na sua cadeia lateral. Sua amina secundária (imino) confere rigidez à região do polipeptídeo onde está presente. Glicina: É o que tem a estrutura mais simples. Embora esteja classificada como apolar, sua cadeia lateral é muito pequena para contribuir com as interações hidrofóbicas * * Grupo R aromáticos Aminoácidos hidrofóbicos Tirosina pode formar pontes de hidrogênio com a água Modificações pós- traducionais Fosforilação do OH da tirosina Fenilalanina Mais apolar * * Grupos R polares, não carregados Solubilidade intermediária em água Serina e treonina Grupos hidroxil Asparagina e glutamina Grupo amida Cisteína Grupo sulfidril Ligações dissulfeto * * Grupos R carregados Aminoácidos básicos Carga positiva Lisina, segundo grupo amino Arginina, grupo guanidina Histidina, grupo aromático imidazol Aminoácidos ácidos Carga negativa Possuem segundo grupo ácido carboxílico * * Aminoácidos incomuns Modificações pós-traducionais 4-hidroxiprolina 5-hidroxilisina 6-N-metil-lisina Gama-carboxiglutamato Fosforilação de resíduos Selenocisteína Selênio ao invés de enxofre na Cys É adicionado durante a tradução por mecanismo específico e regulado * * pH e pKa Constantes de dissociação dependem do pH do meio e são diferentes para diferentes moléculas Ionização < pH; > [H]+ estado não-ionizado * * Aminoácidos são ionizáveis Substâncias anfóteras: possuem natureza dual Podem funcionar assim como ácidos ou bases Doam ou recebem prótons * * Titulação de um aminoácidos pKa: tendência de um grupo fornecer um próton ao meio Aminoácidos podem perder até 2 prótons para o meio Conclusão: a função das proteínas depende do pH ao qual estão submetidas * * Curvas de titulação predizem a carga elétrica dos aminoácidos Alguns aminoácidos podem ter átomos ionizáveis também em sua cadeia lateral * * Peptídeos e proteínas Prof. Dr. Francisco Prosdocimi * * Polímeros de Aminoácidos Peptídeos (até 10.000 Da) e proteínas (> 10.000 Da). Ligação peptídica: Amino-terminal C-terminal * * Bioquímica Celular Proteínas São macromoléculas orgânicas de alto peso molecular constituídas por unidades ou monômeros denominados aminoácidos. Os aminoácidos estão ligados entre si por ligações peptídicas. Aminoácido Ligação Peptídica Polipeptídeo Dipeptídeo Tripeptídeo Tetrapeptídeo Proteínas são moléculas formadas por um ou mais polipeptídios contendo, geralmente mais de 100 aminoácidos. Toda proteína é um polipeptídio, mas nem todo polipeptídio é proteína. * * 2 aminoácidos livres Interação para formação da ligação peptídica Formação da ligação peptídica com liberação de H2O * * Ligação peptídica 2 aa ........................................ Dipeptídeo 3 aa......................................... Tripeptídeo 4 aa ........................................ Tetrapeptídeo + 10 aa ................................... Polipeptídeo * * Polipeptídeo >Insulina [Homo sapiens] MALWMRLLPLLALLALWGPDPAAAFVNQHLCGSHLVEALYLVCGERGFFYTPKTRREAEDLQVGQVELGGGPGAGSLQPLALEGSLQKRGIVEQCCTSICSLYQLENYCN * * Peptídeos tbm são ionizáveis Ou seja, possuem curva de titulação característica Funcionam em faixas de pH ótimas * * Número de resíduos por proteína * * Uso de aminoácidos Varia bastante entre as proteínas Não permite predizer com precisão o comportamento molecular da molécula * * Proteínas com outros grupos químicos Adicionados pós-traducionalmente * * Trabalhando com proteínas Prof. Dr. Francisco Prosdocimi * * Proteínas podem ser separadas e purificadas Sabendo que a célula possui milhares de proteínas, como purificar uma única delas? Basta selecionar por propriedade Tamanho, carga e propriedades de ligação Obter o extrato bruto “correr” em cromatografia de coluna Fase estável (matriz) Fase móvel (solução com tampão) Coluna maior permite maior resolução na separação * * Cromatografia por troca iônica Polímero carregado negativamente Proteínas positivas ligam ao polímero e demoram mais a ser eluídas da coluna Afinidade da proteína é definido também pelo pH * * Cromatografia por exclusão de tamanho Grânulos porosos na matriz seguram as moléculas menores Moléculas grandes não entram nos poros e são eluídas primeiro * * Cromatografia de afinidade Adiciona-se à matriz da coluna algum tipo de molécula ligante da molécula de interesse Molécula ligadora de ATP; adiciona-se ATP à matriz Elui-se com solução de ATP * Eletroforese -- Histórico 1952, Markham and Smith Ao estudarem hidrólise de RNA percebem que moléculas de diferentes estruturas têm sua mobilidade diferenciada quando aplicadas num papel e submetidas a um campo elétrico 1955, Smithies Géis de amido funcionam bem para separar proteínas do soro humano 1967, Loening Géis de acrilamida com maior resolução e permitem separar ainda moléculas grandes de DNA 1980, Schwartz and Cantor Eletroforese em campo pulsado separa fragmentos enormes É hoje impossível imaginar um laboratório de biomol sem eletroforese acontecendo a todo instante... Vou ali correr um gelzinho e já volto Tenho que ir senão vou perder meu gel * Eletroforese Movimento de partículas dispersas num fluído sob influência de um campo elétrico uniforme DNA, carga negativa Tem tendência a se dirigir ao polo positivo quando sujeito a um campo elétrico Serve para separar moléculas por tamanho/carga elétrica Proteína deve ser desnaturada com detergente (SDS) Técnica utilizada à exaustão em trabalhos de biologia molecular * Eletroforese, etapas Preparação do gel Aplicação das amostras Eletroforese Coloração Análise dos resultados * * Preparação do gel Horizontal X Vertical Agarose X Poliacrilamida * * Aplicação das amostras Definição do mapa das amostras por canaleta * Corrida do gel Aplicação do campo elétrico Fonte elétrica gera fluxo de íons através da solução tampão Terminais positivo e negativo Tempo adequado, senão o DNA sai do gel * Coloração das moléculas Prata Gel SDS-PAGE PoliAcrilamide Gel Electrophoresis Melhor resolução Coomassie blue, etc Brometo de etídio Agente intercalante do DNA Cancerígeno! Composto fluorescente à luz UV Gel de agarose * * * * Eletroforese de um resultado de cromatografia * * O marcador de peso molecular Comprado de uma empresa Possui proteínas de peso molecular bem conhecido Permite saber o peso molecular da(s) proteína(s) presente(s) numa amostra * * Geis bidimensionais Corre-se o gel normalmente em uma dimensão... E depois vira-se-o e corre-se em outra dimensão Cada ponto representa aproximadamente uma proteína original presente na amostra Maiores géis dão maiores resolução * * Proteínas não separadas podem ser quantificadas Deve-se saber qual o substrato que a enzima usa Deve-se poder medir o produto da ação enzimática Uma unidade de enzima digere 1μmol de substrato por minuto a 25ºC * * Estrutura primária das proteínas Prof. Dr. Francisco Prosdocimi * * Níveis estruturais das proteínas * * As estruturas primárias das proteínas são conhecidas Para todos os genomas sequenciados, conhece-se a estrutura primária de todas as proteínas para este organismo As pontes dissulfeto podem se formar entre diferentes cadeias protéicas E principalmente dentro da mesma * * Sequenciamento de peptídeos Degradação de Edman Marca e remove apenas o resíduo N-terminal Método ineficiente, permite sequenciamento de pequenas porções das moléculas Sequenciamento do RNAm é muito mais simples e preciso; permite sequenciar proteínas enormes – como a titina * * Produção de peptídeos Purificação a partir de tecidos Engenharia genética Síntese química direta * * Alinhamento de sequências Os organismos possuem, em grande medida, as mesmas proteínas (ortólogas) Derivam do ancestral comum entre os organismos O alinhamento permite que identifiquemos as porções mais importantes (conservadas) da proteína * * Evolução molecular Quanto mais similares as sequências das proteínas dos organismos, mais próximos eles são evolutivamente * * Árvore molecular da vida * * Conclusões Diferentes características químicas das cadeias laterais dos aminoácidos definem características de peptídeos e proteínas Os resíduos de aminoácidos são ligados às centenas ou milhares para formar peptídeos e proteínas As proteínas podem ser modificadas pós-traducionalmente As proteínas podem ser separadas por carga, tamanho e afinidade e assim estudadas isoladamente – cromatografia e eletroforese As proteínas podem ser sequenciadas e sua estrutura primária (seq. de aminoácidos é conhecida) As sequências das proteínas são excelentes marcadores da evolução da vida na terra * * * * * * * * * Nonpolar, Aliphatic R Groups The R groups in this class of amino acids are nonpolar and hydrophobic. The side chains of alanine, valine, leucine, and isoleucine tend to cluster together within proteins, stabilizing protein structure by means of hydrophobic interactions. Glycine has the simplest structure. Although it is formally nonpolar, its very small side chain makes no real contribution to hydrophobic interactions. Methionine, one of the two sulfur-containing amino acids, has a nonpolar thioether group in its side chain. Proline has an * *
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