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NEUROFISIOLOGIA DO TRONCO ENCEFÁLICO Profa. Dra. Patrícia Leão da Silva Tronco Encefálico 2 Divisão do tronco encefálico • MESENCÉFALO • PONTE • BULBO Tronco Encefálico 4 Tronco Encefálico 5 Tronco Encefálico 6 Tronco Encefálico FORMAÇÃO RETICULAR: • Consiste em uma agregação difusa de neurônios de tamanhos e tipos diferentes, separados por uma rede de fibras nervosas dispostas em várias direções, localizada na parte central do TE. • Não corresponde exatamente à estrutura da substância branca ou cinzenta, sendo também denominada SUBSTÂNCIA RETICULAR. 7 FORMAÇÃO RETICULAR: • Quase nada se sabia sobre a formação reticular até que Moruzzi e Magoun (1949) = papel na ativação do córtex cerebral. • Pesquisas citoarquiteturais detalhadas mostraram que a formação reticular não tem estrutura homogênea, podendo-se delimitar grupos mais ou menos bem definidos de neurônios = núcleos da FR. FORMAÇÃO RETICULAR: • Destacam-se por sua importância funcional os seguintes: • A) Núcleos da rafe:8 núcleos, um dos mais importantes é o nucleus raphe magnus. Estes núcleos contém neurônios que são ricos em serotonina. • B) Locus ceruleus: abaixo do IV ventrículo, contém células ricas em noradrenalina. • C) Substância cinzenta periaquedutal ou substância cinzenta central. • D) Área tegmentar ventral: situada na parte ventral do tegmento do mesencéfalo, contém neurônios ricos em dopamina. FORMAÇÃO RETICULAR: • Conexões: • A) Cérebro: a FR projeta ff para todo o córtex cerebral e diencéfalo. Por outro lado, várias áreas do córtex cerebral, hipotálamo e do sistema límbico enviam ff descendentes à formação reticular. • B) Cerebelo: bidirecionais. • C) Medula: ff rafe-espinhais e as ff que formam o tracto retículo-espinhal. * Ff espino-reticulares. • D) Núcleos dos nn cranianos: nn cranianos sensitivos. Tronco Encefálico 11 Tronco Encefálico FORMAÇÃO RETICULAR: Funções: • Ativação do CÓRTEX CEREBRAL (controle da atividade elétrica cortical). • Regulação do SONO e vigília. • Integração de Reflexos (Vômito, Centro Respiratório e Centro Vasomotor). • Controle da motricidade somática • Controle do sistema nervoso autônomo • Controle neuroendócrino • Controle eferente da sensibilidade 12 FORMAÇÃO RETICULAR: • Como é realizada a ativação cortical? • SARA: Sistema Ativador Reticular Ascendente FORMAÇÃO RETICULAR: Experiências: - Secção nos Colículos (cérebro isolado): Dorme Sempre - Secção da transição entre o bulbo e a medula (encéfalo isolado): ritmo diário normal de sono O RITMO NORMAL DE SONO E VIGÍLIA DEPENDE DE MECANISMOS LOCALIZADOS NO TE (FR) FORMAÇÃO RETICULAR: • Experiências: • Animal com leve anestesia: • Estimula a FR: ACORDA • Animal acordado: • Destrói a parte mais cranial da FR: animal DORME NA FR EXISTE UM SISTEMA DE FF QUE SE PROJETAM NO C’RTEX CEREBRAL E SOBRE ELE TEM UMA AÇÃO: ATIVADORA (SARA) FORMAÇÃO RETICULAR: • Sabe-se: • O SARA age sobre o córtex através das conexões da FR com os n. do Tálamo. • Os impulsos sensoriais que chegam as SNC pelos nn espinhais ou cranianos passam pela FR e ativam o SARA, seja por vias específicas ou por ramos colaterais (ff espino-reticulares e ff sensitivas do nn cranianos) FORMAÇÃO RETICULAR: Portanto, os impulsos sensoriais ganham o córtex, seja através das vias sensitivas específicas ou pelo SARA. FORMAÇÃO RETICULAR • Por que indivíduos acordam quando submetidos a fortes estímulos sensoriais? FORMAÇÃO RETICULAR • O que ocorre se a via que conduz o estímulo auditivo for lesada após passar pela FR? • O indivíduo acorda com o ruído, mas não ouve. FORMAÇÃO RETICULAR • E se ocorrer o contrário? Se lesar a parte mais cranial da FR? • O indivíduo dorme mesmo submetido a fortes ruídos. Condições que favoreçam o sono… FORMAÇÃO RETICULAR • Como os indivíduos dormem? • Certos estímulos em áreas específicas da FR do bulbo e da ponte produzem sono. • Portanto, a FR contém mecanismos capazes de regular o sono de maneira ativa. Estrutura Física e Pessoal do LABORATÓRIO DE SONO LOCAL DO LABORATÓRIO DO SONO • Normas de segurança • Isolamento de interferências • Acesso • Sinalização UNIDADE DE EMERGÊNCIA • Hospital conveniado (contrato) • Ambulância • Acesso • Comunicação telefônica AGENDAMENTO • Linha telefônica direta • Secretária responsável • Informações precisas QUARTO DE DORMIR • Dignidade , conforto e segurança ao paciente • Espaço razoável: 3 x 3 m • 01 quarto/paciente • Controle de luz, temperatura e som • Distância razoável da central de registro • Cama de casal com colchão de boa densidade Polissonografia – Tratamento DISTRIBUIÇÃO DOS ESTÁGIOS DO SONO NORMAL (adulto) Vigília: > 5 % Sono NREM: 75 a 80 % Sono REM: 20 a 25 % Estágio 1: 2 a 5 % Estágio 2: 45 a 55 % Estágio 3: 3 a 8 % Estágio 4: 10 a 15 % (RECHTSCHAFFEN, A.; KALES, A., 1968) Nome: Sexo: Male Idade: 67 anos Exame nº: 737A Peso: 67 Kg Altura: 1,77 m Data: 09/fev/05 Resultados: Exame iniciado às 21:49:48 horas e concluído às 06:13 horas. A latência para o sono foi de 43,6 minutos e a latência para o sono REM, de 118,5 minutos. O tempo total de sono foi de 337,0 minutos, com eficiência do sono (T T S / T T R)* de 73,3%. A distribuição do sono mostrou: 7,1% de estágio 1, 42,3% de estágio 2, 5,3% de estágio 3, 24,0% de estágio 4 e 21,2% de sono REM. No período total de sono permaneceu 122,8 minutos em vigília, ocorreram 56 micro-despertares (índice de 10,0/hora). O índice de movimentos periódicos dos membros inferiores foi de 0,0 /hora. O índice de apnéia/hipopnéia foi de 8,0 /hora, sendo 2,7 apnéia/hora e 5,3 hipopnéia/hora. O número total de eventos respiratórios foi de 45, sendo 32 obstrutivos, 13 centrais e 0 mistos. A saturação basal da oxihemoglobina foi de 93,0%, sendo a saturação média de 92,3 % e a mínima de 80,0%, (*) T T S Tempo Total de Sono T T R Tempo Total de Registro CONCLUSÃO: 1.Apnéia obstrutiva do sono de grau leve. 2.Redução da saturação da oxi-hemoglobina associada aos eventos respiratórios, sendo que a saturação mínima foi 80%. 3.Presença de ronco de grau intenso. 4.Redução da eficiência de sono. 5.Aumento da latência de sono. Dra. Luciana Palombini CRM: 76102 Exame de Polissonografia FORMAÇÃO RETICULAR • Controle eferente da sensibilidade • O SN é até certo ponto capaz de selecionar as informações sensoriais que lhe chegam, eliminando ou diminuindo algumas e se concentrando em outras: ATENÇÃO SELETIVA • FF eferentes modulam a passagem dos impulsos das ff aferentes específicas FORMAÇÃO RETICULAR • Controle da motricidade somática • Parte das funções motoras da FR relaciona-se com as aferências que a mesma recebe do córtex cerebral e cerebelo . • Via córtico-retículo-espinhal: motricidade voluntária dos músculos axiais e apendiculares proximais. • Cerebelo: funções do cerebelo de regulaçãoautomática do equilíbrio, do tônus e da postura, agindo sobre os mesmos grupos mm. NEUROFISIOLOGIA DOS NÚCLEOS DA BASE Núcleos da Base Sinais e Sintomas da Lesão nos Núcleos da Base • Discinesias, perda do controle motor voluntário e de sua regulação • Hipercinesia, Coréia, Atetose, Balismo • Hipocinesia, Doença de Parkinson 44 Os distúrbios que envolvem os núcleos da base são classificados de duas formas: hipercinéticos (movimentos excessivos, anormais) ou hipocinéticos (ausência ou lentidão no movimento). Parkinson • Perda da substância negra, de origem ainda incerta, produtora de dopamina. • Os sintomas freqüentemente aparecem após os 50 anos de idade sendo que neste momento o indivíduo só possui 40% das células produtoras de dopamina. • Parkinson • O quadro clínico é marcado por tremores, dificuldades para iniciar e ou alterar o movimento, rigidez muscular é sobrepujada em série de etapas irregulares e oligocinesia / bradicinesia (lentidão dos movimentos). Atetose • Distúrbio acometendo os núcleos da base, mais especificamente o globo pálido. Suas fibras são destruídas, interrompendo a ligação entre o putâmen e o globo pálido. • A apresentação clínica cursa com movimentos involuntários, lentos e sinuosos Coréia • São séries de movimentos involuntários irregulares, rápidas, sem contração tônica dos músculos, de breve duração e sem seqüência definida. • Ocorrem principalmente, nas extremidades e na face. Ela também apresenta hipotonia muscular de vários graus. BALISMO • É uma sucessão de movimentos involuntários rápidos e violentos de grandes áreas do corpo que são causados por contrações musculares enérgicas e de curta duração que acometem predominantemente as grandes articulações (escápulo-umeral e coxofemoral). • Como geralmente ocorrem em apenas um lado do corpo, são chamados de Hemibalismo. Núcleos Basais de Meynert. • Conjunto de neurônios colinérgicos (produtores de acetilcolina – importante neurotransmissor central e periférico) situado numa região conhecida como substância inominata, próximo ao globo pálido. • Degeneração: no mal de Alzheimer nos núcleos produtores de acetilcolina levando o indivíduo a um estado de demência pré-senil.
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