Buscar

Questão Resolvida - recursos Processo Penal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

TRABALHO DIREITO PROCESSUAL PENAL 
Identificar e nomear cada recurso usado no processo penal, menos o Habeas Corpus, com nome, utilidade, prazo para interposição e prazo para arrazoar, artigos que fundamentam legalmente cada recurso.
R: 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
O Recurso em sentido estrito, em regra, é o recurso cabível para impugnar as decisões interlocutórias, isto é, se procede o reexame de uma decisão nas matérias especificadas em lei. 
As hipóteses de cabimento estão previstas no art. 581 do CPP, e recentemente o STF adotou que o rol não é taxativo, admitindo analogia e interpretação extensiva, nos casos em que a lei deixar clara a abrangência da hipótese. São as hipóteses legais de cabimento do recurso em sentido estrito:
1- Da sentença que rejeitar a denúncia ou queixa: Trata-se de uma hipótese de decisão interlocutória mista terminativa. Salvo algumas exceções, do recebimento não cabe nenhum recurso, apenas impetração de habeas corpus, ante a absoluta falta de previsão legal.
As exceções são em relação aos crimes previstos na Lei de Imprensa, cabe recurso em sentido estrito da decisão que receber a decisão que receber a denúncia ou queixa e apelação da que rejeitá-las. No caso das infrações penais de competência do Juizado Especial Criminal, será cabível também a apelação da decisão que rejeitar denúncia ou queixa. Além disso, cuidando-se de rejeição de denúncia ou queixa nos crimes de competência originaria dos tribunais, será cabível o agravo regimental. 
2- Da decisão que concluir pela incompetência do juízo: Trata-se da decisão pela qual o julgador reconhece ex officio sua incompetência para julgar o feito, sem que tenha havido oposição de exceção pelas partes. Dessa forma, determina a remessa dos autos ao juízo competente, nos termos do art. 109 CPP. 
Se o juiz se dá por incompetente, acolhendo a exceção, aplica-se o inciso subsequente. É possível a interposição do recurso ainda que a declaração de incompetência se der antes de iniciada a ação penal. 
3- Da decisão que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição: O art. 95 CPP enumera as cinco exceções oponíveis, a saber: suspeição, incompetência do juízo, litispendência, ilegitimidade de parte e coisa julgada.
Nos termos do art. 110 CPP deve ser observado o mesmo procedimento da exceção de incompetência, para as demais exceções, salvo a de suspeição. Deste modo, aplicando-se o art. 108 CPP, as exceções devem ser opostas no prazo da defesa previa, verbalmente ou por escrito. 
As exceções são autuadas em apartado e não suspenderão, em regra, o andamento da ação penal. Se o juiz rejeitar alguma das exceções não caberá recurso (decisão irrecorrível). 
A alegação de litispendência ocorre quando uma ação é proposta e já existe uma lide pendente, razão pela qual qualquer outra idêntica não poderá ser oferecida, sob pena de ser extinta sem julgamento do mérito, através da exceção de litispendência. 
A exceção de coisa julgada pode ser oposta quando o mesmo pedido, já julgado por decisão definitiva, for formulado contra o mesmo réu, pelo mesmo autor, invocando o mesmo fato.
A exceção de ilegitimidade ativa da parte pode ser oposta quando houver ilegitimidade ad causam, caso em que a nulidade será absoluta ou ad processum, caso em que a nulidade será relativa e o vício poderá ser convalidado por ratificação posterior dos atos praticados.
E a exceção de suspeição, por afetar a imparcialidade do juiz, precedera a qualquer outra, e poderá ser arguida em qualquer das hipóteses previstas no art. 254 CPP. Somente no caso de o juiz acolher a exceção não caberá qualquer recurso.
4- Da decisão que pronunciar ou impronunciar o réu: No primeiro caso, temos uma decisão interlocutória mista não terminativa, que encerra uma fase do procedimento, sem julgar o mérito, isto é, sem declarar o réu culpado. No segundo, a sentença é interlocutória mista terminativa, extinguindo o processo, e não uma fase de procedimento, sem julgamento de mérito. 
5- Da decisão que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou revoga-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante: Conforme os arts. 338 e 339 CPP a cassação da fiança pode se dar em qualquer fase do processo, desde que se verifique não ser cabível a espécie ou desde que haja alteração na classificação do delito, que o torne inafiançável. 
A fiança inidônea é aquela que foi prestada, por engano, em quantia insuficiente, ou cujo valor se depreciou com o tempo, havendo necessidade de ser reforçada, sob pena de ficar sem efeito (art. 340 CPP).
No tocante a prisão preventiva, é cabível o recurso contra decisão que indefere sua decretação, assim como contra aquela pela qual, após decretada a medida cautelar, o juiz ordena a soltura. 
O recurso será cabível também da decisão que conceder liberdade provisória ou relaxar prisão em flagrante. Por outro lado, a decisão que decreta a prisão preventiva ou que indefere o pedido de relaxamento de flagrante, bem como a decisão que não concede a liberdade provisória, são irrecorríveis, sendo objeto de impugnação somente o habeas corpus.
6- Da decisão que absolver o réu sumariamente: Em regra, com base no art, 593, I, CPP, somente cabe apelação das sentenças definitivas de absolvição. Excepcionalmente, no caso de absolvição sumária, caberá recurso em sentido estrito em face da previsão expressa no art. 581, VI, do CPP. 
A absolvição sumária devera ser proferida em duas hipóteses: prova inequívoca da existência de causa de exclusão de ilicitude e prova da existência de causa excludente da culpabilidade. 
7- Da decisão que julgar quebrada a fiança ou perdido seu valor: Nos termos dos arts. 328 e 341 do CPP, a fiança é considerada quebrada: quando o réu, legalmente intimado para o ato do processo, deixar de comparecer injustificadamente; quando este mudar de residência, sem previa permissão da autoridade processante; se o acusado ausentar-se sem previa permissão por mais de oito dias de sua residência; quando na vigência da fiança, praticar outra infração penal.
Como consequências há a perda de metade de seu valor, a proibição de nova fiança no mesmo processo, a revelia do acusado e o seu recolhimento a prisão. 
O perdimento do valor da fiança ocorrerá na sua totalidade se o réu, condenado, deixar de recolher-se a prisão. 
A decisão que decretar a quebra ou perda da fiança é de competência exclusiva do juiz. O recurso em sentido estrito, no caso de perdimento da fiança, terá efeito suspensivo; no de quebramento, suspenderá unicamente a perda de metade de seu valor, não impedindo os demais efeitos. 
8- Da decisão que julgar extinta a punibilidade do acusado: Trata-se de sentença terminativa de mérito, isto é, que encerra o processo com julgamento de mérito, sem absolver ou condenar o réu. As causas extintivas de punibilidade são aquelas que levam o Estado a perda do poder-dever de puni, estando relacionadas no art. 107 do CP em rol meramente exemplificativo. O recurso não tem efeito suspensivo, devendo o réu ser colocado imediatamente em liberdade.
9- Da decisão que indeferir pedido de extinção de punibilidade: Trata-se da hipótese oposta a anterior. Significa que é passível de impugnação por via de sentido estrito a decisão que desacolhe requerimento de reconhecimento de causa extintiva da punibilidade.
10- Da decisão que conceder ou negar a ordem de “habeas corpus”: Trata-se da decisão do juiz de primeira instância, da qual caberá recurso em sentido estrito. E no caso de decisão denegatória proferida em única ou ultima instancia, pelos tribunais regionais federais e dos Estados, caberá o recurso ordinário para o STJ. Já se a decisão denegatória for proferida em única instancia pelo tribunais superiores, caberá recursos ordinário ao STF.
11- Da decisão que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena: Este dispositivo foi revogado pela Lei de Execução Penal (Lei n. 7.210/84), que prevê a interposição de agravo contra a decisão que concede,nega ou revoga a suspensão condicional. 
12- Da decisão que conceder, negar ou revogar o livramento condicional: Cabível agravo em execução, estando o dispositivo em questão revogado.
13- Da decisão que anular a instrução criminal no todo ou em parte: Trata-se da decisão pela qual o juiz declara nulo o processo, no todo ou em parte, podendo também ser impetrado habeas corpus com essa finalidade.
14- Da decisão que incluir ou excluir jurado na lista geral: A partir da publicação anual da lista geral de jurados, qualquer pessoa poderá interpor recurso em sentido estrito dentro do prazo de 20 dias, a fim de excluir ou incluir o jurado da lista.
15- Da decisão que denegar a apelação ou julgá-la deserta: No caso da apelação, o juízo de prelibação (juízo de admissibilidade) deve ser feito tanto na primeira quanto na instancia superior. Assim o juiz a quo pode deixar de receber o apelo (denegá-lo), se entender não preenchido algum pressuposto recursal objetivo ou subjetivo. O recurso não se volta contra a sentença apelada, mas exclusivamente contra o despacho que negou seguimento a apelação. 
16- Da decisão que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial: Questão prejudicial é todo fato cujo conhecimento implica em um antecedente lógico necessário para a solução do litigio. 
Desta forma, suspende-se o processo criminal para aguardar a solução da prejudicial, sendo cabível o recurso. Por outro lado, a decisão que nega a suspensão deve ser objeto de preliminar de apelação ou, em certos casos, de habeas corpus. 
17- Da decisão que ordenar a unificação das penas: Existe divergência sobre a aplicabilidade dessa hipótese. Em razão de tratar-se de matéria de competência do juízo da execução, há corrente doutrinaria e jurisprudencial que reputa revogado este inciso, considerando cabível em sede de execução o agravo. 
Em sentido contrario, seria cabível o recurso em sentido estrito para enfrentar decisão que versa sobre unificação de penas, que embora seja de competência do juízo das execuções, a matéria não é regulada pela Lei de Execução Penal, mas sim pelo CP.
18- Da que decidir o incidente de falsidade: O incidente de falsidade é uma arguição por escrito, e autuada em apartado, da falsidade de documentos constante nos autos. O recurso cabível qualquer que seja o teor da decisão (pro et contra) pode ser interposto pelo acusado, MP ou querelante.
19- Da decisão que impuser medida de segurança depois de transitar em julgado a sentença, ou que a mantiver, substituir ou revogar: este dispositivo foi revogado pela Lei de Execução Penal, sendo o recurso cabível o agravo em execução.
20- Da decisão que converter a multa em detenção ou prisão simples: Esta hipótese passou a ser inaplicável em face da nova redação do art. 51 do CP, determinada pela Lei 9268 de 96, segundo a qual não é mais possível a conversão da multa em pena privativa de liberdade, no caso de não-pagamento ou do agente frustrar a execução. 
O prazo para interposição do recurso em sentido estrito é de 5 dias, a partir da intimação da decisão. Em relação a decisão que impronuncia o acusado, a interposição do recurso dar-se-a no prazo de 15 dias, a partir da data do transito em julgado da decisão para o MP. E o prazo será de 20 dias para interposição do recurso contra decisão que incluir ou excluir jurado da lista geral, a contar da publicação da lista. 
Conforme o art. 583 CPP, inciso II, o recurso em sentido estrito subirá nos próprios autos nos casos arrolados no art. 581 CPP. E quando não subir nos próprios autos, haverá necessidade de confecção do instrumento, mediante translado das peças principais do processo. 
A lei determina que interposto o recurso, dentro do prazo de 2 dias, o recorrente deverá oferecer suas razões e, em seguida, a parte contrária, por igual prazo. 
Havendo ou não apresentação de contra-razões, os autos serão remetidos ao juiz, para que se manifeste, fundamentadamente, mantendo ou reformando a decisão. Seus efeitos serão devolutivo, regressivo e, em alguns casos, suspensivo.
Não existe no recurso em sentido estrito a faculdade de arrazoar em segunda instancia. 
APELAÇÃO
Origina-se do latim appellatio, que significa dirigir a palavra a alguém. Trata-se de um recurso que leva a segunda instancia o julgamento da matéria decidida pelo juiz de primeiro grau, em regra interposto da sentença definitiva ou com força de definitiva.
Tem fundamento no art. 593 CPP cuja finalidade é proceder ao reexame da matéria, com a consequente modificação parcial ou total da decisão. 
Trata-se de um recurso amplo, porque em regra devolve o conhecimento pleno da matéria impugnada; residual, que só pode ser interposto se não houver previsão expressa de cabimento de recurso em sentido estrito para a hipótese; e um recurso que goza de primazia em relação ao recurso em sentido estrito, de modo que se a lei prever expressamente o cabimento deste ultimo, prevalecerá a apelação. 
A apelação pode ser plena ou limitada, isto é, se o recurso dirigir-se contra a decisão em sua totalidade ou parcial se visar a impugná-la somente em parte. Baseia-se no principio do tantum devolutum quantum appellatum do art. 599 CPP, o tribunal só julga a matéria que lhe foi devolvida pelo recurso da parte, não podendo ir além de acolher o pedido ou rejeita-lo no todo ou em parte. Não pode julgar mais, nem fora do que foi pedido, mesmo que assim o queira, porque lhe falta competência recursal para tal.
Diz-se, ainda, que a apelação pode ser principal, quando interposta pelo MP, e subsidiaria ou supletiva, quando, esgotado o prazo recursal para o promotor, o ofendido, ou seu cônjuge, ascendente, descendente ou irmão habilitado ou não como assistente, interpuser recurso no prazo de 15 dias a contar do dia em que terminar o do MP.

Outros materiais