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Processo Penal II - AV2

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Processo Penal II – AV2
Teoria Geral dos Recursos (aula 10)
· Conceito: meio voluntário cujo objetivo é impugnar decisões proferidas pelo judiciário no poder de suas atribuições, propiciando a feitura da reanálise do quanto foi proferido ou arbitrado.
· Nenhuma das partes está obrigada a apresentar recurso; voluntariedade; direito potestativo com o poder de invalidar, integrar ou esclarecer a decisão impugnada. O recurso é uma extensão do próprio processo.
· Características:
a. Taxatividade: tem que estar na lei.
b. Unirrecorribilidade: apenas um recurso cabível.
c. Voluntariedade: ninguém está obrigado a recorrer.
· Classificação:
a. Recurso de fundamentação livre ou vinculada: vinculada – a lei estipula expressamente o que pode ser alegado; fundamentação livre – não há estipulação em lei.
b. Recurso ordinário ou extraordinário: ordinário – matéria é de fato ou de direito; extraordinário – matéria só pode ser de direito.
c. Recurso com devolutividade plena ou limitada: leva em consideração o que pode ser conhecido no recurso. Parcial – apenas uma parte da sentença é recorrida e a sucumbência será parcial; plena – a sentença será recorrida por inteiro e a sucumbência será total.
· Princípios recursais:
a. Taxatividade: 
1. Recorribilidade da decisão. 
2. Previsão em lei federal do respectivo recurso. Está ligada ao cabimento.
b. Duplo grau de jurisdição: reexame integral da decisão.
c. Dialeticidade: a todo recurso é reconhecido o direito de reação.
d. Unirrecorribilidade: contra cada decisão é cabível apenas um recurso. No entanto, há exceção quando há violação do texto infraconstitucional, sendo cabível o recurso especial, e ainda, quando há afronta ao texto constitucional por meio do recurso extraordinário. 
e. Fungibilidade: art. 579, CPP; possibilidade da substituição de um recurso pelo outro, desde que não haja erro grosseiro ou má fé. Não é cabível quando houver expressa previsão legal de qual recurso deverá ser utilizado.
f. Voluntariedade: a parte deve expressamente manifestar sua vontade por parte de qualquer das partes da intenção de recorrer. Exceção ao princípio da voluntariedade - Reexame necessário ou recurso de ofício: obrigatoriedade de encaminhar o recurso para reanalise por instância superior, de ofício pelo juiz, nos casos de sentença que conceder habeas corpus e que absolver o réu desde logo com fundamento na existência de circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena - art 574, CPP.
g. Disponibilidade: decorre da natureza voluntária do recurso; antes de exercer o direito recursal baseia-se na renúncia, e posterior ao exercício do direito recursal, trata-se de desistência. Exceção: Ministério Público não pode desistir do recurso interposto. 
h. Vedação da reformatio in pejus ou personalidade: beneficia quem dele se utiliza, não podendo ser prejudicado pelo seu próprio recurso; quando se tratar de recurso exclusivo da defesa, não poderá piorar a situação do acusado.
i. Dialeticidade: exposição das razões de fato e direito pelo qual está recorrendo daquela decisão.
j. Unirrecorribilidade das decisões interlocutárias: no geral, estas decisões são irrecorríveis, com exceção das hipóteses de cabimento do recurso em sentido estrito.
· Requisitos de admissibilidade dos recursos:
a. Objetivos: 
1. Cabimento: analisar se a decisão é recorrível e se o recurso está previsto em lei.
2. Adequação: utilização do recurso correto.
3. Tempestividade: o prazo em matéria recursal é sempre processual.
4. Regularidade formal: pode ser interposto por petição ou oralmente, nos casos de apelação ou recurso em sentido estrito.
5. Ausência de fatos impeditivos e extintivos: fatos impeditivos – renúncia (expressa, irretratável) e preclusão – ocorre antes da interposição do recurso; fatos extintivos – desistência e deserção (art. 806, CPP é o caso do não preparo nos casos de ação penal privada; pagamento das custas) – ocorre depois da interposição do recurso, fazendo com que o recurso não seja julgado. 
b. Subjetivos:
1. Legitimidade recursal: é do MP na ação penal pública, inclusive para interpor recurso em favor do réu; na ação penal privada a legitimidade é limitada. O réu tem legitimidade ampla para os recursos de apelação e em sentido estrito. Também são legitimados o ofendido, nos casos em que o MP deixar fluir o prazo sem se manifestar, de forma restrita e subsidiária, e o terceiro de boa-fé.
2. Interesse em recorrer: necessidade de recorrer somado ao proveito que do recurso possa advir.
· Efeitos dos recursos: A interposição do recurso impede o trânsito em julgado e produz outros efeitos. Efeito devolutivo – é a regra geral; permite que o tribunal reveja a decisão recorrida (não somente aquilo que foi objeto de impugnação mas também toda a matéria que puder ser conhecida de ofício). Efeito suspensivo – natureza excepcional; impede que a decisão produza efeitos nos casos em que a situação comportar efeito imediato. Efeito regressivo – o reexame da matéria recorrida se dá no próprio órgão que prolatou a decisão. Efeito obstativo – impede o trânsito em julgado daquela decisão, enquanto estiver ocorrendo o julgamento do recurso, aquela ação não chegará ao fim. Efeito extensivo – em concurso de agentes, apenas um recorre, o benefício se estende também aos outros réus, mesmo que não tenham recorrido; só não ocorre quando se tratar de causas pessoais do réu que recorreu. Efeito substitutivo – a decisão do colegiado substitui a decisão do juízo singular. Efeito translativo – apenas ocorre no recurso de ofício, de forma que o tribunal é livre para reanalisar toda a matéria, inclusive para prejudicar o acusado. 
· Recurso de ofício: dada a relevância de uma matéria, a lei impõe que a decisão seja submetida ao duplo grau de jurisdição.
Recurso em Sentido Estrito; Agravo da Lei de Execuções Penais (aula 11) 
· Recurso em sentido estrito: é a medida judicial adequada para a impugnação de decisões interlocutória desprovidas de caráter definitivo ou terminativa. Tem previsão no artigo 581, cujos incisos são numerus clausus, de forma que apenas as decisões dispostas em seus incisos podem ser objeto de impugnação pela via do recurso em sentido estrito. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: I. que não receber a denúncia ou a queixa; II. que concluir pela incompetência do juízo; III. que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição; IV. que pronunciar o réu; V. que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; VII. que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor; VIII. que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade; IX. que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade; X. que conceder ou negar a ordem de habeas corpus; XI. que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena; XII. que conceder, negar ou revogar livramento condicional; XIII. que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte; XIV. que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir; XV. que denegar a apelação ou a julgar deserta; XVI. que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial; XVII. que decidir sobre a unificação de penas; XVIII. que decidir o incidente de falsidade; XIX. que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado; XX. que impuser medida de segurança por transgressão de outra; XXI. que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774, CPP; XXII. que revogar a medida de segurança; XXIII. que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação; XXIV. que converter a multa em detenção ou em prisão simples.
Observação: ver no caderno se um desses incisos mudou e cabe outro recurso!
· Prazo: 5 dias para a interposição do recurso, nos termos do artigo 586, CPP. Ao receber o recurso, o juiz determinará a intimação do recorrente no prazo de 2 dias paraa apresentação de suas razões.
· Decisão interlocutória (de questões processuais) de juízo singular; não pode ser decisão interlocutória proferida por tribunal. Deve estar contida no rol do artigo 581.
· Tem aplicação residual. 
· Poderá ser interposto por petição ou por termo nos autos. O prazo para interposição do recurso em sentido estrito por petição simples é de 5 dias; sendo o prazo de 2 dias para apresentar as razões, que será contado a partir da análise do preenchimento dos pressupostos de admissibilidade e intimação para que então, apresente as razões fundamentadas.
· Juízo de retratação – é o juiz voltar atrás em sua decisão. Havendo ou não a retratação por parte do juiz, encaminhará os autos para o Tribunal.
· Competência: é do órgão colegiado.
· Quanto aos efeitos: 
a. Devolutivo: devolve a matéria para reanálise pelo Tribunal; 
b. Regressivo: juízo de retratação;
c. Extensivo: artigo 580, CPP. Havendo concurso de agentes e apenas um deles recorre, sendo modificada a decisão por questões de ordem objetiva (não pode ser razões de caráter pessoal) os efeitos da decisão serão estendidos aos demais réus; 
d. Suspensivo: é a exceção, e só ocorre nos casos em que houver perda ou quebra da fiança, quando o juiz negar a apelação ou julgá-la deserta, e no caso de pronúncia. Não é a regra!
· Cabimento: 
a. Não recebimento da denúncia ou queixa: Súmula 60, TRF; Súmula 707, STF; Súmula 709, STF; art. 82, caput, Lei 9.009/95 – rejeição da peça acusatória no JECRIM é de apelação no prazo de 10 dias. 
b. Incompetência do juízo.
c. Procedência das exceções, salvo de suspeição.
d. Pronúncia: decisão que manda o acusado para julgamento perante o tribunal do júri; há efeito suspensivo enquanto houver o recurso em sentido estrito da sentença de pronúncia.
e. Conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante: não cabe RESE para decisão de autoridade policial, apenas de decisão judicial; há efeito extensivo para os casos de indeferimento de temporária e medida cautelar diversa da prisão. 
f. Julgar quebrada a fiança ou perdido seu valor: arts. 343 e 344, CPP – efeito suspensivo.
g. Decisão que decretar (ou não) a extinção da punibilidade.
h. Decisão que conceder ou negar habeas corpus.
i. Decisão que conceder, negar, revogar a suspensão condicional da pena. 
j. Decisão que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte
k. Decisão que incluir ou excluir ou excluir jurado da lista geral: prazo único de 20 dias, podendo ser usado por qualquer das partes.
l. Decisão que denegar a apelação ou julgar deserta.
m. Que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial: se o juiz negar a suspensão não cabe recurso em sentido estrito.
n. Decisão que decide o incidente de falsidade.
· Observação: decisão anterior à sentença definitiva de condenação ou absolvição – recurso em sentido estrito; decisão está inserida na sentença condenatória ou absolutória – recurso de apelação; decisão for proferida após o trânsito em julgado da sentença condenatória ou absolutória – recurso de agravo de instrumento.
· Agravo em execução penal: art. 197, Lei 7.210/84 (LEP) – das decisões proferidas pelo juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo.
· Aplicação subsidiária de todas as regras do Recurso em sentido estrito e art. 581, CPP.
· Todas as decisões proferidas pelo juiz da execução penal serão atacadas mediante agravo em execução.
· Forma de interposição: pode ocorrer por termos nos autos como por petição; aplicação subsidiária do art. 578, CPP.
· Prazo: interposição – 5 dias – Súmula 700, STF; razões – 2 dias – art. 588, CPP, contados a partir da intimação.
· Juízo de retratação: há a possibilidade do efeito regressivo, assim como no RESE. 
· Competência: órgão colegiado; TJ/TRF.
· Efeitos: devolutivo; regressivo; suspensivo – regra geral não há efeito suspensivo – art. 179, LEP traz a exceção. 
Apelação (aula 12)
· Recurso ordinário por excelência; tem o efeito devolutivo mais amplo, de fundamentação livre, podendo discutir matéria de direito ou fático-probatória; não há limitação para a fundamentação. Há apenas uma exceção, nos casos de fundamentação vinculada, nos casos de apelação contra decisões do tribunal do júri, Súmula 713, STF, ficando adstrito a fundamentação conforme o que está disposto em lei. 
· Espécies:
a. Plena ou ampla: ataca a decisão de forma geral.
b. Parcial ou restrita: ataca somente parte do que foi proferido em lei.
c. Principal: interposta pelo membro do Ministério Público.
d. Subsidiária: interposta por assistente de acusação, de forma que necessita da inércia do MP para que possa agir no processo penal.
· Hipóteses de Cabimento: art. 593, CPP.
a. Sentença definitiva de condenação ou absolvição proferida por juiz singular: não cabe apelação contra acórdão condenatório ou absolutório; não cabe apelação nos casos de crime político. 
b. Decisões interlocutórias mistas terminativas/não terminativas: apelação de caráter residual; não estando no rol do art. 581, CPP será cabível a apelação, por exemplo, impronúncia. 
c. Decisões do tribunal do júri: quando essa apelação atacar o mérito da decisão, ou seja, a decisão tomada pelos jurados, o tribunal não pode modificar a decisão, podendo apenas anular o julgamento e submeter o acusado a um novo julgamento do tribunal do júri; princípio da soberania dos vereditos; quando a apelação atacar a decisão tomada pelo juiz presidente, o tribunal pode modificar a decisão pois não modificará o mérito da decisão. Fundamentação vinculada, de forma que a fundamentação fica vinculada as hipóteses trazidas pelo código de processo penal.
1. Nulidade posterior a pronúncia.
2. For a sentença do juiz presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados: o tribunal pode modificar a decisão, sem precisar submeter o acusado a outro julgamento.
3. Erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou medida de segurança.
4. Decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos: por se tratar de mérito, o acusado deverá ser submetido a um novo julgamento, com novos jurados; não se admite uma segunda apelação com base nesse fundamento, sem importar quem se utilizou dela pela primeira vez.
· Pode ocorrer através petição ou termo nos autos. No JECRIM se admite apenas através de petição.
· Prazo: petição de interposição – 5 dias; apresentação de razões – 8 dias, contados a partir da intimação. No JECRIM, trata-se de prazo único de 10 dias, em uma única petição.
· Competência: justiça comum – TJ/TRF; juizado especial – turma recursal. Sempre por órgão colegiado.
· Efeitos: devolutivo; extensivo; suspensivo – depende da espécie da decisão.
· Não há necessidade de recolhimento à prisão para que o recurso possa ser admitido – súmula 347, STJ. 
Embargos Infringentes/Nulidade; Embargos de Declaração (aula 13)
· Embargos infringentes/nulidade: decisões proferidas por tribunal, em se tratando de apelação, recurso em sentido estrito ou agravo em execução penal; não pode ser decisão unânime, de modo de pelo menos um dos votos será divergente; decisão desfavorável ao acusado. 
· Recurso exclusivo da defesa no Código de Processo Penal comum – exceção no CPPM, o MP poderá se valer dos embargos infringentes.
· Prazo: único de 10 dias (corridos); apenas uma petição, com interposição e razões; quando se tratar de julgamento em plenário do STF, são necessários pelo menos 4 votos divergentes para oposição de embargos infringentes. 
· Competência: depende de cada regimento interno de cada tribunal para se saber se irá para análise em outra câmara ou turma ou se será julgado pela mesma composição; havendo empate dos votos, o presidente da câmara ou turma, votará; caso o presidente da câmara ou turma já tenha votado, prevalecerá a decisão mais benéfica.
· Efeitos: devolutivo; regressivo – se for pela mesma câmara ou turma, poderá haver a retratação.
· Embargos de declaração: finalidade é tornar a decisão clara e precisa,integrar a decisão.
· Hipótese de cabimento: ambiguidade – duas ou mais interpretações; obscuridade; contradição; omissão. 
· Os embargos de declaração podem ser usados para fins de pré-questionamento, de forma force o tribunal a se manifestar sobre determinado ponto que for omisso, de modo que possa ser admitido o recurso especial ou o recurso extraordinário – Súmula 356, STF.
· Prazo: 2 dias (corridos) no juízo comum e tribunais ordinários; 5 dias no JECRIM, STF e STJ. 
· Competência: é de quem proferiu a decisão.
· Forma: através de petição; no JECRIM pode opor os embargos de declaração de forma oral, assim como mediante petição.
· Contrarrazões: regra geral, não, pois a intenção é apenas de tornar mais clara e não de modificar. Nos casos de embargos de declaração com efeitos infringentes, quando a decisão pode vir a ser modificada, o juiz deverá intimar a parte contrária para que apresente contrarrazões. 
· Efeitos: interrupção no prazo para a interposição de um novo recurso; zera o prazo.
Revisão Criminal (aula 14)
· Conceito: ação autônoma de impugnação, de competência originária dos Tribunais, a ser ajuizada após o trânsito em julgado de sentença condenatória ou absolutória imprópria, visando a desconstituição da coisa julgada. 
· Pressupostos: 
a. Sentença condenatória ou absolutória imprópria (impõe o cumprimento de uma medida de segurança).
b. Trânsito em julgado.
c. Demonstração do erro judiciário.
· Natureza jurídica: ação autônoma de impugnação, pois só pode ser ajuizada após o trânsito em julgado e a qualquer tempo desde que transitado em julgado, sem prazo estipulado, e ainda, trata-se de uma nova relação jurídica, com legitimidade ampla, podendo ser ajuizada pelo próprio acusado, seu defensor, ou pelo CADI ; não é considerada como recurso.
· Pedidos: 
a. Absolvição.
b. Alteração da classificação jurídica do delito.
c. Modificação da pena. 
d. Anulação do processo.
e. Indenização: art. 630, CPP – tem que vir de forma expressa no pedido.
· Condições da ação: 
a. Legitimidade: o próprio acusado, seu defensor, CADI (cônjuge/companheiro, ascendente, descendente ou irmão), e ainda, o Ministério Público mesmo que em favor do acusado;
b. Interesse de agir: coisa jugada, necessidade do trânsito em julgado; não há necessidade de esgotamento das instâncias ordinárias.
c. Possibilidade jurídica do pedido: 
1. Sentença condenatória ou absolutória imprópria.
2. Regra geral não pode haver revisão criminal pro societate, apenas quando o acusado se valer da própria torpeza para se eximir da aplicação da lei penal.
3. Não é possível o ajuizamento para modificação do fundamento da sentença absolutória própria com trânsito em julgado; em se tratando de extinção da punibilidade, se ocorreu antes de uma sentença condenatória ou absolutória imprópria, não cabe revisão criminal, mas se ocorreu depois da sentença condenatória ou absolutória imprópria, poderá haver o ajuizamento da revisão criminal.
4. Perdão judicial não tem caráter de sentença condenatória ou absolutória imprópria.
5. No JECRIM cabe revisão criminal, de competência da turma recursal.
6. Impeachment tem cunho político, não cabendo revisão criminal.
7. No tribunal do júri, a soberania dos vereditos não é ameaçada, pois está em jogo também a liberdade do acusado, de forma que pode se falar na possibilidade da revisão criminal contra as decisões do tribunal do júri; não há necessidade de um novo julgamento. 
· Hipóteses de cabimento: 
a. Contrariedade ao texto expresso da lei penal.
b. Contrariedade à evidência dos autos.
c. Decisão fundada em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos.
d. Descoberta de novas provas em favor do condenado: justificação prévia – exercício do contraditório.
e. Nulidade do processo: vinculação ao quantum de pena previamente imposto.
· Capacidade postulatória: há necessidade de capacidade postulatória para o ajuizamento da revisão criminal.
· Não há necessidade de recolhimento à prisão para o ajuizamento de revisão criminal.
· Não há prazo para o ajuizamento, basta o trânsito em julgado.
· Não há efeito suspensivo.
· Ônus da prova: é do acusado; provas pré-constituídas na inicial.
· Non reformatio in pejus.
· Recursos: apenas recurso especial e extraordinário, ou ainda embargos de declaração.
· Indenização pelo erro judiciário: deve estar expressa na inicial. Não será devida a indenização quando o acusado der causa a sentença condenatória por ter escondido provas. 
· Nova revisão criminal: desde que existam novas provas.
Recurso Ordinário Constitucional
· Guarda simetria com a apelação.
· Cabimento: no STF – art. 102, CF – HC, MS, HD ou MI, decidido em única instância pelos Tribunais Superiores, se a decisão for denegatória; não é permitida a hipótese de HC substitutivo, exceto que a decisão estiver contaminada por alguma ilegalidade; crime político; no STJ – art. 105, CF – HC ou MS decidido em única ou última instância por TJ ou TRF, de decisão denegatória.
· Prazo: 5 dias em prazo único; no caso de MS no STJ o prazo é de 15 dias em prazo único.
Carta Testemunhável
· Decisão que denegar o recurso
· Decisão que admite o recurso, mas obsta o seguimento
· Recurso residual 
· Finalidade de encaminhar o Recurso em sentido estrito ou o Agravo em execução penal para o Tribunal, por conta de negativa de seguimento, não ataca o mérito.
· Prazo: 48 horas.
· Forma: sempre através de petição, interposição juntamente com as razões.
· Endereçamento: escrivão ou secretário.
· Competência: órgão colegiado; se a carta testemunhável já estiver bem instruída, poderá ser julgado também o recurso anterior. 
· Efeitos: devolutivo.
Habeas Corpus (aula15)
· Não é um recurso e sim um remédio constitucional.
· Natureza jurídica: ação autônoma de impugnação de natureza constitucional.
· Qualquer um pode propor Habeas Corpus, impetrado contra quem exerce violência, ameaça ou coação. 
· Liberatório: 
· Preventivo: 
Teoria Geral das Provas (aula 1)
· Elementos produzidos pelas partes do processo que visam auxiliar no convencimento do magistrado quanto à veracidade ou não das alegações formuladas, seja na inicial acusatória, seja na resposta à acusação.
· Objeto da prova: são os fatos.
·

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