Buscar

Comunicação e expressão adaptaçoes Unip

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Língua e fala
“Na linguagem, pois, distinguem-se dois fatores – a língua e a fala.
Foi Saussure o primeiro a separar e conceituar estes dois aspectos. Compara ele a língua a um dicionário cujos exemplares idênticos são distribuídos entre os indivíduos.         
Cada falante escolhe na língua os meios de expressão de que necessita para comunicar-se, confere-lhe natureza material, produzindo assim a fala.
A fala, de aplicação momentânea, é fruto da necessidade psicológica de comunicação e expressão. Porque é a realização individual da língua, torna-se flutuante e varia, pois muda de indivíduo para indivíduo, de situação para situação. Altera-se facilmente pela influência de fatores diversos – estados psíquicos, ascensão social, migração, mudança de atividade, etc. Não é, porém, um fator de criação e sim de modificação. O indivíduo, pelo ato de fala, não cria a língua, pois recebe e usa aquilo que a sociedade lhe ministrou e, de certa forma, lhe impôs.
A língua tem sempre a possibilidade de fixação e sistematização em dicionários e gramáticas. É um patrimônio extenso e ninguém a possui em sua totalidade. Cada falante retém uma parte (embora grande) do sistema, que não existe perfeito em nenhum indivíduo.
                                                                              (Francisco da Silva Borba. In. Nicola, 1997)
 
Indique a afirmação correta, tendo por base o texto apresentado.
Resposta: A gramática sistematiza a língua; o dicionário a fixa.
No estádio de futebol, a comunicação aparece nos gritos da torcida, nas cores das bandeiras, nos números das camisetas dos jogadores, nos gestos, apitadas e cartões do juiz e dos bandeirinhas, no placar eletrônico, nos alto-falantes e radinhos de pilha, nas conversas e insultos dos torcedores, em seus gritos de estímulo, no trabalho dos repórteres, radialistas, fotógrafos e operadores de TV. O próprio jogo é um ato de comunicação.
Dias antes já tinha provocado dúzias de mensagens e durante dias a fio ele continuará sendo objeto de comunicação nos botequins, nos escritórios, nas fábricas, nos rádios e nos jornais.
                               (BORDENAVE, Juan. E. Dias. O que é comunicação. 2 ed. São Paulo:Brasiliense, 1982. p.15)
Resposta: 
	1.V, 2.NV, 3.NV, 4.NV, 5.V
	
	  Do texto a seguir, pode-se dizer que:
Seu dotô me conhece ?
Patativa do Assaré
Seu dotô, só me parece
Que o sinhô não me conhece,
Nunca sôbe quem sou eu,
Nunca viu minha paioça,
Minha muié, minha roça
E os fio que Deus me deu.
Se não sabe, escute agora,
Que vou contá minha história,
Tenha bondade de uvi:
Eu sou da crasse matuta,
Da crasse que não desfruta
Das riqueza do Brasi.
	
	
	Resposta:  Trata-se de um registro informal adequado à situação de produção, pois o texto representa a fala oral de um sertanejo.
	
	Observe a letra desta canção para escolher a alternativa correta:
"A gente quer calor no coração;
a gente quer suar, mas de prazer:
a gente quer é ter muita saúde;
a gente quer viver a liberdade;
a gente quer viver felicidade.
É, a gente não tem cara de panaca,
a gente não tem jeito de babaca..."
Música "É" (Luiz Gonzaga Jr.)
	
	
	Resposta: O uso da gíria no texto acima está adequado, pois o registro da canção é informal.
	
	Considere a imagem a seguir:
 
		Resposta: O texto representa uma transcrição da fala para escrita.
	
	
	ENEM) Leia o texto para responder à questão:
 
Aula de Português
(1)     A linguagem
          na ponta da língua
          tão fácil de falar
(4)     e de entender.
         A linguagem
         na superfície estrelada de letras,
(7)    sabe lá o que quer dizer?
         Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
         e vai desmatando
(10)   o amazonas de minha ignorância.
         Figuras de gramática, esquipáticas,
         atropelam-me, aturdem-me, seqüestram-me.
        Já esqueci a língua em que comia,
        em que pedia para ir lá fora,
        em que levava e dava pontapé,
 (16) a língua, breve língua entrecortada
        do namoro com a priminha.
        O português são dois; o outro, mistério.
Carlos Drummond de Andrade. Esquecer para lembrar. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.
No poema, a referência à variedade padrão da língua está expressa no seguinte trecho:
	
Reaposta: “A linguagem / na superfície estrelada de letras” (v.5 e 6).
	
	
	
	
	
	
	Assinale a alternativa correta:
RESPOSTA :
	Quanto maior o repertório do leitor, mais condições ele tem para identificar vários níveis de leitura.
	
	
	
Leia a charge de Angeli e, em seguida, assinale a alternativa INCORRETA.
 
  Essa charge pode ser considerada um texto:
Resposta:  incoerente, pois a imagem não está adequada ao título.
	Mackenzie-2004). 
Cá entre nós, homem gosta mesmo é de
homem. Tem certos assuntos que ele só conversa
com homens. Tem certos programas que ele só faz
com homem. O homem só desabafa com outro
homem. O homem nunca procura um ombro amigo
na mulher. Não existe ombro amiga, já notou? Acho
que o problema nosso é que existimos há milhares
e milhares de anos, e a mulher só nasceu mesmo
a partir do século XX, quando conseguiu o mínimo:
votar.
O texto acima autoriza dizer que:
Resposta: 
	há diferença entre existência biológica e nascimento político.
	
	MACK - 2004)
1     "E se baratas, ratos, moscas e mosquitos fossem
2     exterminados? O mundo seria bem menos nojento
3     – essa é a opinião de muita gente. Mas pense bem:
4     as conseqüências ruins seriam maiores que as
5     boas. Lembre-se das aulas na escola sobre equilíbrio
6     ecológico. Baratas, ratos, moscas e mosquitos
7     são elos fundamentais da cadeia alimentar da qual
8     você também faz parte. Por mais estranha que a
9     idéia possa parecer, sua vida depende dos perni
10   longos.
11   Odair Correa Bueno dá um exemplo: “Larvas de
12   mosquitos se alimentam de partículas em suspensão
13   na água e também servem de comida para peixes.
14   Sem essas larvas, muita matéria orgânica se
15   acumularia nos rios e faltaria alimento para os pei
16   xes”.
Cláudia de Castro Lima
 
Assinale a alternativa CORRETA.
Resposta: Baratas, ratos e mosquitos são nojentos, impopulares, mas essenciais para a sobrevivência humana, ao contrário do que se pensa.
	
	
	
	
	(FUNDEC – MG- adaptada) Considerando-se que a produção de sentidos tem origem na relação dinâmica e interativa entre o leitor e o texto, é CORRETO afirmar que ela se justifica porque o leitor
	
	
	Resposta: encontra no texto, além da linguagem que domina, elementos que fazem parte do seu conhecimento de mundo.
	
Com base na perspectiva dialógica de leitura, é correto afirmar:A 
A leitura é uma atividade na qual se leva em conta as experiências e os conhecimentos do leitor.
B 
A leitura de um texto exige que o leitor tenha apenas conhecimento do código lingüístico.
C 
A leitura é uma atividade que exige do leitor o foco no texto, em sua linearidade.
D 
A leitura é entendida como a atividade de captação das idéias do autor, sem se levar em conta as experiências e os conhecimentos do leitor.
E 
A leitura, ao focar-se no autor do texto e nas suas intenções, centraliza no sentido pretendido pelo autor, bastando ao leitor captar essas intenções.
Resposta: A leitura é uma atividade na qual se leva em conta as experiências e os conhecimentos do leitor.
MÓDULO 3. INTERTEXTUALIDADE
Intertextualidade
 
Neste conteúdo, vamos tratar da Intertextualidade - um importante fator de textualidade, pois nenhum texto nasce do 'nada', mas sempre retoma um outro. Veja como e porque isso acontece lendo os orientações a seguir e também consultando a bibliografia indicada:
 
FIORIN, José Luiz & PLATÃO, Francisco. (2008). Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: (Lição 2).
KOCH, Ingedore Villaça &ELIAS, Vanda Maria. (2006). Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto.
Observe os textos a seguir:
 
    Veja que os textos são semelhantes. Como o de Gonçalves Dias é anterior aos demais, o que ocorre é que estes fazem alusão àquele. Eles citam e/ou retomam aquele. Assim, um escritor, ao fazer uso da palavra, muitas vezes, recorre a textos alheios específicos para fundamentar sua fala, discordar da fala alheia, citar um conceito, aludir a um conhecimento coletivo ou ilustrar o que pretender dizer etc. Dessa maneira, estabelece-se um diálogo entre dois ou mais textos. A esse diálogo entre os textos dá-se o nome de intertextualidade.
 
 Um texto cita outro com, basicamente, duas finalidades distintas:
a)      para reafirmar alguns dos sentidos do texto citado;
b)      para inverter, contestar e deformar alguns dos sentidos do texto citado; para polemizar com ele.
A percepção das relações intertextuais, das referências de um texto a outro, depende do repertório do leitor, do seu acervo de conhecimentos literários e de outras manifestações culturais. Daí a importância da leitura. Quanto mais se lê, mais se amplia a competência para apreender o diálogo que os textos travam entre si por meio de referências, citações e alusões. Diz-se que todo texto remete a outros textos no passado e aponta para outros no futuro. Quanto mais elementos reconhecemos em um texto, mais fácil será a leitura e mais enriquecida será a nossa interpretação, ou seja, a intertextualidade é um fenômeno cumulativo: quanto mais se lê, mais se detectam vestígios de outros textos naquele que se está lendo. Reconhecer o GÊNERO a que pertence o texto lido é uma das chaves para a melhor interpretação do contexto.
A presença de vestígios de outros assuntos dá sustentação à tese de que intertextualidade constitutiva do texto é eminentemente interdisciplinar (o mesmo texto pode ser utilizado em diversas matérias com enfoques específicos a cada uma delas). O conjunto de relações com outros textos do mesmo gênero e com outros temas transforma o texto num objeto tão aberto quantas sejam as relações que o leitor venha a perceber.
 
Exemplos de intertextualidade:
 
José
Carlos Drummond de Andrade
 
  
Disponível em: <http://www.algumapoesia.com.br/drummond/drummond14.htm>. Acesso em: 25 ago. 2008.
 
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, proptesta?
e agora, José?
 
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e  tudo mofou,
e agora, José?
 
E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?
 
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
 
Se você  gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse....
Mas você não morre,
você é duro, José!
 
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?
Carlos Drummond de Andrade. In Poesias. José Olympio, 1942.
 
E agora, José?
A festa acabou? Já não há mais PT? Não, José, de tudo isso fica uma grande lição: não é a direita que inviabiliza a esquerda. Esta tem sido vítima de sua própria incoerência, inclusive quando se elege por um programa de mudanças e adota uma política econômica de ajuste fiscal que trava o desenvolvimento, restringindo investimentos públicos e privados.
A esquerda deu um tiro no pé na União Soviética, esfacelada sem que a Casa Branca lhe atirasse um único míssil. Faliu por conta da nomenklatura, das mordomias abusivas das autoridades, da arrogância do partido único, da corrupção. Assim foi na Nicarágua, onde líderes sandinistas se locupletaram com imóveis expropriados pela revolução e enriqueceram como por milagre.
Agora, José, é a nossa confiança no PT que se vê abalada. O que há de verdade e de mentira em tudo isso? Por que o partido não abre sua contabilidade na internet? Se houve mesmo "mensalões" e malas de dinheiro, como ficam os pobres militantes e simpatizantes que, em todas as campanhas eleitorais, contribuíram, com sacrifício, do próprio bolso? Findas as investigações, o PT precisará vir a público e, de cabeça erguida, demonstrar que tudo não passou de "denuncismo", de "golpismo", de armação (ia escrever "dos inimigos") dos aliados... ou, de cabeça baixa, em atitude humilde, reconhecer que houve, sim, malversação, improbidade, tráfico de influência e corrupção.
O mais grave, José, é o desencanto que toda essa "tsulama" provoca na opinião pública, sobretudo na dos mais jovens.
Quando admitimos que "todos os partidos são farinha do mesmo saco", fazemos o jogo dos corruptos, pois quem tem nojo de política é governado por quem não tem. Se todos se enojarem, será o fim da democracia e da esperança de que, no futuro, venha a predominar a política regida por fortes parâmetros éticos. Portanto o desafio, hoje, não é só promover reformas estruturais no país. É reformar a própria política, de modo a vedar os buracos pelos quais a corrupção e o nepotismo se infiltram.
Temo que por muitas cabeças passe a idéia de, nas próximas eleições, em 2006, anular o voto ou votar em branco. Seria um desastre. O voto é uma arma pacífica. Deve ser usado com acuidade e sabedoria.
Em todo esse processo é preciso destacar os políticos que primam pela ética, pela coerência de princípios e pela visão de um novo Brasil, sem alarmantes desigualdades sociais. Antonio Callado, em sua última entrevista, a esta Folha, disse que perdera "todas as batalhas".
Também experimentei, José, muitas perdas: a morte do Che, a derrota da guerrilha urbana contra a ditadura militar, a queda do Muro de Berlim e, agora, essa fratura no corpo do partido que ajudei a construir como simpatizante e que se gabava de primar pela ética na política. No entanto quantas vitórias! Sobre a França e os EUA no Vietnã; sobre os EUA e a ditadura de Batista em Cuba; a de Martin Luther King contra o racismo americano; a de Nelson Mandela contra o apartheid na África do Sul.
No Brasil, a extensa rede de movimentos populares, as CEBs, a CUT, o MST, a CPT, a CMP, a CMS; os movimentos de direitos humanos, mulheres, negros, indígenas; as ONGs, as empresas cônscias da responsabilidade social. E, sobretudo, a eleição de Lula à Presidência da República.
Não se pode jogar no lixo da história todo esse patrimônio social e político. Sem confundir pessoas com instituições, maracutaias com projetos estratégicos, é hora de começar de novo, renovar a esperança e, sobretudo, não permitir que tudo fique como dantes.
Aprendamos com Gandhi a fazer hoje, a partir de nossas práticas pessoais e sociais, o mundo novo que sonhamos legar às gerações futuras. Deixemos ressoar no coração as palavras de Mario Quintana: "Se as coisas são inatingíveis... ora!/ Não é motivo para não querê-las.../ Que tristes os caminhos, se não fora/ A mágica presença das estrelas!".
Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Betto, 60, frade dominicano, escritor e assessor de movimentos sociais, é autor de "Treze Contos Diabólicos e Um Angélico" (Planeta), entre outros livros. Foi assessor especial da Presidência da República (2003-2004).
 
 Folha de S. Paulo
	Considera-se intertextualidade:
	A
	 A citação de um texto por outro.
	B
	A transposição de um texto de ficção para a televisão.
	C
	A transposição de um filme em romance.
	D
	 Uma estratégia argumentativa persuasiva.
	E
	Uma estratégia argumentativa, mas não persuasiva.
 Vocêjá respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: A.
	Leia as estrofes abaixo e assinale a alternativa correta:
“Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.”
 
(Canção do Exílio - Gonçalves Dias)
 “Migna terra tê parmeras,
 Che ganta inzima o sabiá.
As aves che stó aqui,
Tambê tuttos sabi gorgeá.”
(Migna Terra - Juó Bananere)
	A
	Não ocorreu intertextualidade, pois os textos são muito diferentes entre si;
	B
	Não ocorreu intertextualidade, pois os títulos dos poemas são diferentes;
	C
	Não ocorreu intertextualidade, pois o segundo texto brinca excessivamente com elementos do primeiro;
	D
	Só é possível identificar a intertextualidade quando o leitor conhece o texto de referência e sua inserção no texto seguinte.
	E
	Só pode ocorrer intertextualidade se por seus conhecimentos prévios, o leitor distinguir qual é o gênero textual.
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: D.
	Considere os textos a seguir em sua relação de intertextualidade:
 
 
	Para que mentir?
      Para que mentir
      tu ainda não tens
      Esse dom de saber iludir?
      Pra quê? Pra que mentir,
      Se não há necessidade
      De me trair?
      Pra que mentir
      Se tu ainda não tens
      A malícia de toda mulher?
      Pra que mentir, se eu sei
      Que gostas de outro
      Que te diz que não te quer?
      Pra que mentir tanto assim
      Se tu sabes que eu sei
      Que tu não gostas de mim?
      Se tu sabes que eu te quero
      Apesar de ser traído
      Pelo teu ódio sincero
      Ou por teu amor fingido?
      (Vadico e Noel Rosa, 1934)
 
	Dom de Iludir
      Não me venha falar na malícia
      de toda mulher
      Cada um sabe a dor e a delícia
      de ser o que é.
      Não me olhe como se a polícia
      andasse atrás de mim.
      Cale a boca, e não cale na boca
      notícia ruim.
      Você sabe explicar
      Você sabe entender, tudo bem.
      Você está, você é, você faz.
      Você quer, você tem.
      Você diz a verdade, a verdade
      é seu dom de iludir.
      Como pode querer que a mulher
      vá viver sem mentir.
      (Caetano Veloso, 1982)
 
 
Assinale a alternativa CORRETA
	A
	Não ocorreu intertextualidade, pois um texto é de 1934 e o outro de 1982;
	B
	Não ocorreu intertextualidade, pois os títulos dos poemas são diferentes;
	C
	 Não ocorreu intertextualidade, pois o primeiro texto brinca excessivamente com elementos do primeiro;
	D
	Ocorreu intertextualidade porque, por seus conhecimentos prévios, o leitor identificou qual é o gênero textual de cada um dos textos lidos;
	E
	Ocorreu intertextualidade, pois o leitor tem possibilidades de reconhecer o texto de referência e sua inserção no texto seguinte.
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: E.
	Considere os seguintes poemas:
 
	Aquela triste e leda madrugada,
cheia toda de mágoa e de piedade,
enquanto houver no mundo saudade
quero que seja sempre celebrada.
 
Ela só, quando amena e marchetada
saía, dando ao mundo claridade,
viu apartar-se de ua outra vontade,
que  nunca poderá ver-se apartada.
 
Ela só viu as lágrimas em fio,
que d' uns e d' outros olhos derivadas
s' acrescentaram em grande e largo rio.
 
Ela viu as palavras magoadas
que puderam tornar o fogo frio,
e dar descanso às almas condenadas.
 
Luís de Camões
 
	Aquela clara madrugada que
viu lágrimas correrem no teu rosto
e alegre se fez triste como se
chovesse de repente em pleno agosto.
 
Ela só viu meus dedos nos teus dedos
meu nome no teu nome. E demorados
viu nossos olhos juntos nos segredos
que em silêncio dissemos separados.
 
A clara madrugada em que parti.
Só ela viu teu rosto olhando a estrada
por onde um automóvel se afastava.
 
E viu que a pátria estava toda em ti.
E ouviu dizer-me adeus: essa palavra
que fez tão triste a clara madrugada.
 
Manuel Alegre
 
Deles podemos dizer que:
	A
	 Ocorreu intertextualidade, pois o leitor tem possibilidades de reconhecer o texto de referência e sua inserção no texto seguinte;
	B
	Não ocorreu intertextualidade, pois os textos são de autores diferentes;
	C
	Ocorreu intertextualidade porque, por seus conhecimentos prévios, o leitor identificou qual é o gênero textual de cada um dos textos lidos;
	D
	Não ocorreu intertextualidade, pois o leitor não pode identificar os títulos dos poemas;
	E
	Não ocorreu intertextualidade, pois o primeiro texto brinca excessivamente com elementos do primeiro.
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: A.
	Leia o texto a seguir para responder a questão sobre intertextualidade.
 
	Questão da objetividade
As Ciências Humanas invadem hoje todo o nosso espaço mental. Até parece que nossa cultura assinou um contrato com tais disciplinas, estipulando que lhes compete resolver tecnicamente boa parte dos conflitos gerados pela aceleração das atuais mudanças sociais. É em nome do conhecimento objetivo que elas se julgam no direito de explicar os fenômenos humanos e de propor soluções de ordem ética, política, ideológica ou simplesmente humanitária, sem se darem conta de que, fazendo isso, podem facilmente converter-se em "comodidades teóricas" para seus autores e em "comodidades práticas" para sua clientela. Também é em nome do rigor científico que tentam construir todo o seu campo teórico do fenômeno humano, mas através da idéia que gostariam de ter dele, visto terem renunciado aos seus apelos e às suas significações. O equívoco olhar de Narciso, fascinado por sua própria beleza, estaria substituído por um olhar frio, objetivo, escrupuloso, calculista e calculador: e as disciplinas humanas seriam científicas!
(Introdução às Ciências Humanas. Hilton Japiassu. São Paulo, Letras e Letras, 1994, pp.89/90)
Assinale a alternativa INCORRETA.
	A
	É preciso que o leitor disponha do conhecimento de que Narciso, jovem dotado de grande beleza, apaixonou-se por sua própria imagem quando a viu refletida na água de uma fonte onde foi matar a sede.
	B
	O último parágrafo, em que o mito de Narciso é citado, demonstra que, dado o modo como as Ciências Humanas são vistas hoje, até o olhar de Narciso, antes "fascinado por sua própria beleza", seria substituído por um "olhar frio, objetivo, escrupuloso, calculista e calculador".
	C
	Nesse texto, temos um bom exemplo do que se define como intertextualidade: as relações entre textos, a citação de um texto por outro, enfim, o diálogo entre textos.
	D
	No trecho acima em que se discute o papel das Ciências Humanas nos tempos atuais e o espaço que estão ocupando, é trazido à tona o mito de Narciso como elemento de intertextualidade.
	E
	Não é possível identificar nenhum elemento de intertextualidade nesse texto, pois a maioria dos leitores desconhecem o mito de Narciso.
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: E.
	 Considere os textos a seguir em sua relação de intertextualidade:
 
No meio do caminho
Carlos Drummond de Andrade
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
   
Assinale a alternativa CORRETA
 
 
Caulos. Um passarinho nada prático, 1989.
 
 
	A
	Não ocorreu intertextualidade, pois um texto é verbal e o outro mistura o verbal com o não-verbal;
	B
	Ocorreu intertextualidade, pois o leitor tem possibilidades de reconhecer o texto de referência e sua inserção no texto seguinte;
	C
	Não ocorreu intertextualidade, pois os títulos dos poemas são diferentes;
	D
	Não ocorreu intertextualidade, pois o primeiro texto brinca excessivamente com elementos do primeiro,por meio das imagens;
	E
	Ocorreu intertextualidade porque, por seus conhecimentos prévios, o leitor identificou qual é o gênero textual de cada um dos textos lidos.
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: B.
MÓDULO 4. INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS: PRESSUPOSTOS
Neste conteúdo, você estudará sobre as informações implícitas em um texto, especialmente sobre os pressupostos.
Para aprofundar seus conhecimentos consulte:
 
As informações implícitas (pressuposto)         
 
FIORIN, José Luiz e PLATÃO, Francisco. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2006.  (Lição 20)
______. Para entender o texto: leitura e redação. 16 ed. São Paulo: Ática, 2008.  (Lição 27)
 
Um dos aspectos mais intrigantes da leitura de um texto é a verificação de que ele pode dizer coisas que parece não estar dizendo. Além das informações explicitamente enunciadas, existem aquelas outras que ficam subentendidas ou pressupostas.
            Observe o quadrinho apresentado no término desse tópico:
           
1. Qual é a informação óbvia contida no primeiro quadrinho?
O marido parar de beber. O verbo “parou” (explícito no enunciado de Helga) marca a informação implícita de que ele bebia antes.
 
2. O que se pode concluir a respeito do marido da Irma a partir da leitura do segundo quadrinho?
Conclui-se que ele (o marido) parou de beber porque morreu. Informação implícita marcada na palavra “enterro”.
Podemos dizer que nesse texto há informações explícitas e implícitas. Logo, para realizar uma leitura eficiente, o leitor deve captar tanto os dados explícitos quanto os implícitos. Estes últimos são os pressupostos e os subentendidos.
 
Pressupostos
            Os pressupostos são aquelas ideias não expressas de modo explícito, mas que o leitor pode perceber a partir de certas palavras ou expressões contidas no enunciado.  Da leitura do quadrinho, podemos depreender que a informação explícita pode ser questionada, pois a amiga da Helga poderia concordar ou não com ela. Entretanto, o pressuposto de que o marido da Irma “bebia antes” é verdadeiro, pois está marcado no verbo “parou”.
            Logo, tem-se que o pressuposto necessita ser verdadeiro ou pelo menos admitido como tal, porque é a partir dele que se constroem as informações explícitas. Se o pressuposto é falso, a informação explícita não tem cabimento.
 
	
Pressuposto: circunstância ou fato considerado como antecedente necessário de outro. É um dado posto como indiscutível para o falante ou ouvinte, não é para ser contestado.  
 
 
 Os pressupostos são marcados, nos enunciados, por meio de vários indicadores linguísticos, dentre eles podemos citar como exemplo:
 
        Certos advérbios como, por exemplo, ainda, já, agora. Exemplo: Os resultados da pesquisa ainda não chegaram. (Pressupõe-se que os resultados já deveriam ter chegado ou que os resultados vão chegar mais tarde)
        Verbos que indicam mudança ou permanência de estado, como ficar, começar a, passar a, deixar de, continuar, permanecer, tornar-se etc. Exemplo: Maria continua triste. (Pressupõe-se que Maria estava triste antes do momento da enunciação).
certos conectores circunstanciais, especialmente quando a oração por eles introduzida vem anteposta. Ex.: desde que, antes que, depois que, visto que etc.
Exemplo: Desde que Ricardo casou, não cumprimenta mais as amigas. (Pressupõe-se que Ricardo cumprimentava as amigas antes de se casar).
 
 
Disponível em: <http://hq.cosmo.com.br/textos/quadrindex/qhagar.shtm>. Acesso em: 23 ago. 2008.
 
 
	 frase: “O caso do mensalão tornou-se público”, temos:   
	A
	O pressuposto de que o mensalão não era praticado.
	B
	O pressuposto de que o mensalão era uma estratégia de política social
	C
	O pressuposto de que o mensalão não era do conhecimento público até então. 
	D
	O pressuposto de que o mensalão era uma estratégia de distribuição de renda.
	E
	Não há pressuposto.  
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: C.
	Observe atentamente o cartaz vencedor, em 1991, do I Grande Prêmio Central de Outdoor.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nele observamos que o autor trabalha utilizando como marcador de pressuposição: a palavra “mais”. A partir dessa informação você diria que:
	A
	o autor subentende que já há muitas rosquinhas esburacadas na cidade;
 
	B
	o autor indica para o leitor o surgimento de mais uma rosquinha com buraco na cidade;
	C
	 o autor marca com a palavra um conhecimento que o leitor já possui: há muitos buracos na cidade e apareceu mais um;
	D
	o autor exagerou no uso do marcador, pois a rosquinha não tem nada a ver com os buracos da cidade;
	E
	nos textos de modo geral não há necessidade de trabalhar com pressuposição, pois o autor deve sempre dizer tudo para facilitar a compreensão do leitor. 
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: C.
	(UEPB) Com relação ao cartaz abaixo, quanto ao aspecto verbal,
 
 
	A
	há um erro de concordância, pois a palavra Brasilprev está no singular, em desacordo com a palavra determinante, Planos, que está no plural.
	B
	há o subentendido de que, nos Planos Brasilprev, havia, antes, várias opções de tributação e outras vantagens, e o veiculador do subentendido é a palavra “uma”.
	C
	há o pressuposto de que, no Banco do Brasil, há mais de um Plano Brasilprev, bem como mais de uma vantagem.
	D
	há um erro no emprego da pontuação, pois entre frases nominais não se deve usar ponto (.) e, sim, vírgula ( , ).
	E
	há o pressuposto de que, nos Planos Brasilprev, já havia, antes, opção de tributação, além de vantagem, e o veiculador da pressuposição é a palavra “Mais”.
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: E.
	Faça uma leitura da seguinte peça publicitária:
 
http://www.comtexto.com.br/2convicomartigoNeusaNishida.htm
 
Nela observamos que o autor trabalha utilizando como marcador de pressuposição: a palavra “agora”. A partir dessa informação e sua relação com o produto anunciado, você diria que:
	A
	o autor subentende que antes a beleza não estava nas mãos das mulheres;
  
	B
	o autor indica para o leitor a responsabilidade que a mulher sempre teve com a beleza;
	C
	a palavra "agora" indica que antes não havia um produto que proporcionava beleza para as mãos; 
	D
	a palavra "agora" indica que antes as mulheres não se preocupavam com a beleza das mãos;
	E
	o autor deve sempre dizer tudo para facilitar a compreensão do leitor, por isso a escolha da palavra "agora" não interfere na argumentatividade do referido texto.   
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: C.
	A frase: “Pedro deixou de fumar”, apresenta:
 
	A
	um adjetivo que serve como marcador de um pressuposto: “deixou”
	B
	  um verbo, que serve como marcador de um pressuposto: “fumar”
	C
	um advérbio, que serve como marcador de um pressuposto: “deixou”
	D
	um verbo, que serve como marcador de um pressuposto: “deixou”
	E
	 um nome, que serve como marcador de um pressuposto: “Pedro”.
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: D.
MÓDULO 5. INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS: SUBENTENDIDOS
INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS: SUBENTENDIDOS
Neste conteúdo, você estudará sobre outro tipo de informação implícita, os subentendidos.
Para aprofundar seus estudos consulte a bibliografia indicada a seguir:
FIORIN, José Luiz e PLATÃO, Francisco. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2006.  (Lição 20)
______. Para entender o texto: leitura e redação. 17 ed. São Paulo: Ática, 2008.  (Lição 27)
As informações implícitas (subentendidos)
 
Leia o quadrinho a seguir:
 
 
 
Disponível em: <http://hq.cosmo.com.br/textos/quadrindex/qhagar.shtm>. Acesso em: 23 ago. 2008.
 
 
1. O que se pode concluir da fala de Helga no primeiro quadrinho?
 Um homem para ser “grande” precisa do apoio da mulher.2. O que se subentende do diálogo das duas personagens no último quadrinho?
Hagar não é um grande homem.
Subentendidos são as insinuações escondidas por trás de uma afirmação. O subentendido difere do pressuposto num aspecto importante: ele é de responsabilidade do ouvinte, pois o falante, ao subentender, esconde-se por trás do sentido literal das palavras e pode dizer que não estava querendo dizer o que o ouvinte depreendeu. Logo, o subentendido, muitas vezes, serve para o falante se proteger diante de uma informação que quer transmitir para o ouvinte sem se comprometer com ela.
 
	 
•         Implícito: é algo que está envolvido naquele contexto, mas não é revelado, é deixado subentendido, é apenas sugerido.
•         Quando lidamos com uma informação que não foi dita, mas tudo que é dito nos leva a identificá-la, estamos diante de algo implícito.
•         A compreensão de implícitos é essencial para se garantir um bom nível de leitura.
 
 
 Portanto,
	 
•         Há textos em que nem tudo o que importa para a interpretação está registrado.
•         O que não foi escrito deve ser levado em consideração para que se possa verdadeiramente interpretar um texto.
 
 
	Na figura a seguir, tem-se o outdoor vencedor do II Grande Prêmio Central de Outdoor, em 1992. Pode-se detectar no enunciado dessa peça publicitária uma associação texto-imagem que leva o interlocutor a um subentendido.
 
Qual é esse subentendido, considerando que esse é um anúncio publicitário?
	A
	se você quer se parecer com um pimentão, deve usar Sundown;
	B
	Sundown, praia e pimentão são combinações ideais;
 
 
	C
	os pimentões devem usar Sundown quando vão à praia;
	D
	as pessoas, ao usarem sundown, ficarão com a cor do verão: vermelhas e ardidas.
	E
	se você não usar Sundown vai ficar vermelho e ardido como um pimentão.
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: E.
	O texto que segue é uma charge publicada no jornal Gazeta do Povo (PR), em 12 de abril de 2004, da autoria de Paixão. Trata-se de uma peça comunicativa que geralmente apresenta um fato cotidiano com pinceladas de humor ou ironia e forte dependência de informações, inseridas num contexto marcado preferencialmente pela atualidade.
Combinando-se as informações novas (visuais) com o contexto de informações mentais, ativado pelas imagens da charge, o leitor pode subentender que:
 
	A
	o presidente Lula é um homem calmo e que realiza tudo sem pressa.
	B
	até uma tartaruga é mais rápida do que o presidente Lula.
	C
	o autor da charge faz uma crítica às viagens realizadas pelo presidente Lula.
	D
	O presidente Lula possui uma tartaruga como animal de estimação.
	E
	O presidente Lula não está tendo um desempenho satisfatório em suas ações governamentais, pois não está fazendo o que prometeu ao povo brasileiro.
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: E.
	No relato: 
“Ela diz ter certeza da relação do seu câncer com problemas emocionais que enfrentou durante a vida, principalmente em decorrência da depressão e seus efeitos”, é possível identificar:
	A
	 um subentendido: somente conflitos conjugais interferem na saúde.
	B
	um subentendido: a atividade médica deve encarar a saúde e a doença como fenômenos apenas biológicos.
	C
	um subentendido: a influência das emoções na saúde humana, em decorrência disso, a importância da inclusão dos psicólogos nos grupos terapêuticos.
	D
	um pressuposto: a importância do psicólogo no tratamento do câncer.
	E
	um pressuposto: a atitude psicológica pode desempenhar um papel relevante para enfrentar a moléstia.
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: C.
	
	Sobre informações implícitas, considere:
I - Os pressupostos são aquelas idéias não expressas de maneira explícita, mas que o leitor pode perceber a partir de certas palavras ou expressões contidas nas frases.
II - A interpretação do subentendido é de responsabilidade do falante.
III – A interpretação do subentendido é de responsabilidade do ouvinte.
IV – Os pressupostos são marcados por meio de vários indicadores lingüísticos, tais como: certos advérbios, certos verbos, orações adjetivas.
V – Os subentendidos são as insinuações escondidas por trás de uma afirmação.
	A
	 Apenas a afirmação II não está correta.
	B
	Apenas a afirmação III não está correta.
	C
	 Apenas as afirmações I, II e III estão corretas.
	D
	Todas as afirmações estão incorretas.
	E
	Todas as afirmações estão corretas.
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: A.
	Entendemos como elementos implícitos subtendidos numa frase ou num conjunto de frases quando:
 
	A
	estes elementos não são marcados linguisticamente mas sugerem alguma coisa de modo sutil. O falante esconde-se atrás do sentido literal (real) das palavras. O subtendido diz sem dizer; sugere, mas não diz.
	B
	estes elementos são marcados linguisticamente e utilizam-se de recursos argumentativos que levam o leitor a aceitar certas ideias.
	C
	uma informação é estabelecida como indiscutível tanto para o falante quanto para o ouvinte.  Decorre de algum elemento linguístico  (marcador); uma ideia  implícita nunca é posta em discussão, transformando o ouvinte em cúmplice.
	D
	estes elementos são marcados linguísticamente mas não utilizando-se de recursos argumentativos que levam o leitor a aceitar determinadas ideias.
	E
	o falante não pode esconder-se atrás do sentido literal (real) das palavras e negar o que o ouvinte depreendeu de suas palavras.
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: A.
MÓDULO 6. A ARGUMENTAÇÃO, SEUS PROCEDIMENTOS E TIPOS
ARGUMENTAÇÃO
 
O “jogo” argumentativo é dinâmico, instável, Não existindo o argumento “correto” e sim o argumento “predominante”. Sequer existe o argumento “incorreto”, mas apenas uma fundamentação deficiente.
Mas o que é argumentar?
	Argumentar é oferecer razões para sustentar um ponto de vista, teste, ou conclusão. Argumentar é diferente de discutir, na medida em que a argumentação visa a convencer o adversário e não eliminá-lo. O objetivo de todo o discurso argumentativo é modificar o comportamento do auditório, ou seja, provocar uma atitude ou crenças novas ou alterar atitudes ou crenças existentes.
            O processo argumentativo consiste essencialmente em duas atividades: persuasão e refutação.
Persuadir é propor um ponto de vista ou posição e argumentar a favor dela, propondo razões que se julgam pertinentes.
Refutar é atacar os argumentos do opositor. Consiste em apresentar contra-argumentos.
As ideias/valores do produtor do texto são materializadas. Neste momento, sob o prisma de argumentos (opiniões fundamentadas), isto é, diante de um tema polêmico (aquele que pressupõe uma discussão, em que há semprea possibilidade de mais de uma posição sobre o ponto em debate), apresenta-se uma tese (tomada de posição diante do tema), que, apoiada na escolha e ordenação desses argumentos, convencerá o público-alvo.
Logo, diz-se que argumentar
 
 
... é a arte de convencer e persuadir. Convencer é saber gerenciar informação, é falar à razão do outro, demonstrando, provando. (...) Persuadir é saber gerenciar relação, é falar à emoção do outro. (...) Mas em queconvencer se diferencia de persuadir? Convencer é construir algo no campo das ideias. Quando convencemos alguém, esse alguém passa a pensar como nós. Persuadir é construir no terreno das emoções, é sensibilizar o outro para agir. (ABREU, 2004. p. 25).Para saber mais sobre argumentação e persuasão consulte:
 
 
 
ABREU, Antônio Suárez. A arte de argumentar: gerenciando razão e emoção. 7 ed. Cotia: Ateliê Editorial, 2004.
 
 
 
Neste conteúdo, estudaremos alguns procedimentos argumentativos. Para aprofundar seu estudo consulte:
FIORIN, José Luiz e PLATÃO, Francisco. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2006.  (Lição 19)______. Para entender o texto: leitura e redação. 17 ed. São Paulo: Ática, 2008.  (Lição 20)
 
 
Procedimentos argumentativos
 
Chamamos procedimentos argumentativos aos recursos acionados pelo produtor do texto com vistas a levar o leitor a crer naquilo que o texto diz e a fazer aquilo que ele propõe. Afinal, uma opinião sem fundamentação não satisfaz, não parece verdadeira e, consequentemente, não convence. Quando queremos expressar nosso ponto de vista a respeito de determinado assunto, seja ele favorável ou contrário, devemos fundamentar nossa opinião. Em outras palavras, devemos desenvolver nossa afirmativa para que ela tenha valor.
Diversos são os recursos argumentativos que podem ser utilizados para fundamentar uma opinião. O importante mesmo é a forma como o argumento é apresentado, pois precisa ser CONSISTENTE, passando para o leitor um valor de verdade.
Para termos ideia de alguns desses procedimentos argumentativos, vamos ler um fragmento de um dos sermões de Padre Antônio Vieira, no qual ele tenta explicitar certos recursos que o pregador deve usar para que o sermão cumpra o papel de persuasão ou convencimento:
	(...) O sermão há de ser duma só cor. Há de ter um só objeto, um só assunto. Uma só matéria.
 
Há de tomar o pregador uma só matéria, há de defini-la para que se conheça, há de dividi-la para que se distinga, há de prová-la com a Escritura, há de declará-la com a razão, há de confirmá-la com o exemplo, há de amplificá-la com as causas, com os efeitos, com as circunstâncias, com as conveniências que se hão de seguir, com os inconvenientes que se devem evitar, há de responder às dúvidas, há de satisfazer às dificuldades, há de impugnar e refutar com toda a força da eloqüência os argumentos contrários, e depois disto há de colher, há de apertar, há de concluir, há de persuadir, há de acabar. Isto é sermão, isto é pregar, e o que não é isto, é falar de mais alto. Não nego nem quero dizer que o sermão não haja de ter variedade de discursos, mas esses hão de nascer todos da mesma matéria, e continuar e acabar nela.
                        (Sermão da Sexagésima. In: ______. Os sermões. São Paulo. Difel, 1968. VI, p. 99.)
     Tomando o fragmento citado como ponto de partida, podemos inferir alguns dos recursos argumentativos que um texto deve conter para ser convincente ou persuasivo.
A primeira qualidade que Vieira aponta é que o texto deve ter unidade, isto é, deve tratar de “um só objeto”, “uma só matéria”. Essa qualidade é um dos mais importantes recursos argumentativos já que um texto dispersivo, cheio de informações desencontradas não é entendido por ninguém: fica-se sem saber qual é seu objeto central. O texto que fala de tudo acaba não falando de nada. Mas é preciso não confundir unidade com repetição ou redundância. O próprio fragmento que acabamos de ler adverte que o texto deve ter variedade desde que essa variedade explore uma mesma matéria, isto é, comece, continue e acabe dentro do mesmo tema central.
Outro recurso argumentativo apontado no texto de Vieira é a comprovação das teses defendidas com citações de outros textos autorizados. Como sacerdote que é, sugere as citações das Sagradas Escrituras, já que, segundo sua crença, são elas a fonte legítima da verdade.
O que Vieira diz sobre os sermões vale para qualquer outro texto, desde que não se tome ao pé da letra o que ele diz sobre as Sagradas Escrituras. Um texto ganha mais peso quando, direta ou indiretamente, apoia-se em outros textos que trataram do mesmo tema. Costuma-se chamar argumento de autoridade a esse recurso à citação.
O texto aconselha ainda que o pregador, ao elaborar o seu sermão, use o raciocínio ou a razão para estabelecer correlações lógicas entre as partes do texto, apontando as causas e os efeitos das afirmações que produz. Esses recursos de natureza lógica dão consistência ao texto, na medida em que amarram com coerência cada uma das suas partes. Um texto desorganizado, sem articulação lógica entre os seus segmentos, não é convincente, não é persuasivo.
Além disso, o pregador deve cuidar de confirmar com exemplos adequados as afirmações que faz. Uma ideia geral e abstrata ganha mais confiabilidade quando vem acompanhada de exemplos concretos adequados. Os dados da realidade observável dão peso a afirmações concretas.
Um último recurso argumentativo apontado pelo texto de Vieira é a refutação dos argumentos contrários. Na verdade, sobretudo quando se trata de um tema polêmico, há sempre versões divergentes sobre ele. Um texto, para ser convincente, não pode fazer de conta que não existam opiniões opostas àquelas que se defendem no seu interior. Ao contrário, deve expor com clareza as objeções conhecidas e refutá-las com argumentos sólidos.
Esses são alguns dos recursos que podem ser explorados pelo produtor do texto para conseguir persuadir o leitor.
O que interessa destacar neste momento é o fato de que a argumentação está sempre presente em qualquer texto. Por argumentação deve-se entender qualquer tipo de procedimento usado pelo produtor do texto com vistas a levar o leitor a dar sua adesão às teses defendidas pelo texto.
 
TIPOS DE ARGUMENTO
 
Vamos conhecer, por meio de exemplos, alguns tipos de argumentos?
1. Argumento de autoridade: citações de  autores renomados, autoridades num certo domínio do saber, numa área de atividade humana, para corroborar uma tese, um ponto de vista. No entanto, devemos tomar cuidado com citações descosturadas, sem relação com o tema, feitas pela metade, mal compreendidas.
Exemplos:
a) Toda atitude racista deve ser denunciada e combatida, posto que fere um dos princípios fundamentais da Constituição brasileira. (em Ensino Médio em Rede)
b) Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), cerca de 1 bilhão de pessoas não possui um trabalho que seja capaz de suprir suas necessidades básicas de alimentação.
2. Argumentos baseados no consenso: argumentos de valor universal, aqueles que são irrefutáveis, com os quais conquistamos a adesão incontinenti dos leitores. Se você diz, por exemplo, que sem resolver os problemas da família não se resolvem os das crianças de rua, vai ser difícil alguém contradizê-lo. Trata-se de um argumento forte.
Exemplos:
a) A educação é a base do desenvolvimento. Os investimentos em pesquisa são indispensáveis para que um país supere sua condição de dependência.
b) Toda criança tem direito à alimentação e ao estudo.
 
ATENÇÃO:
	 Não devemos confundir tais argumentos com “lugares-comuns”, carentes de base científica, de validade discutível. Além disso, é preciso muito cuidado para distinguir entre uma ideia que não mais necessita de demonstração e a enunciação de preconceitos do tipo: “o brasileiro é indolente”, “a Aids é um castigo de Deus”, ”só o amor constrói”.
3. Argumentos por ilustração e/ou exemplificação: argumentos que se fazem necessários quando a ideia a ser defendida carece de esclarecimentos com dados práticos da realidade. Nesse caso, ilustram-se uma situação, um problema, um assunto, ou usam-se exemplos pertinentes è ideia exposta.  
 Exemplos:
a)  Nos países que passaram a ter a pena de morte prevista no código penal – os Estados Unidos são um exemplo disso – não houve uma diminuição significativa do índice de criminalidade. Donde podemos concluir que a existência legal da pena de morte não inibe a criminalidade. (em Ensino Médio em Rede)
b)  Exemplos, como estudos feitos na UENF (Universidade Estadual do Norte Fluminense), mostram que não há diferenças significativas entre alunos cotistas e não-cotistas. Já estudos feitos na UERJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) demonstram que alguns desses alunos cotistas apresentam defasagens, mas concluem que não se trata de nenhuma grande dificuldade que algumas medidas como a oferta de cursos de apoio, ou melhor, infraestrutura de bibliotecas e mais laboratórios de informática não possam sanar. (em Ensino Médio em Rede)
 4. Argumentos baseados nas relações de causa e consequência: uma argumentação convincente e bem fundamentadapode ser obtida por meio das relações de causa e consequência, em que são apontados os aspectos que levaram ao problema discutido e suas decorrências.
 Exemplos:
 a)  A incompetência do Estado em administrar os seus presídios, onde, além da superlotação, reinam a corrupção, tráfico de drogas, promiscuidade, falta de higiene e condições mínimas para que um condenado não se esqueça de que é humano, é a causa principal que leva o criminoso a provocar incêndios, matar seguranças e possíveis companheiros delatores e ganhar a liberdade ilegal.
 b)  A redução dos impostos sobre o preço dos carros – IPI e ICMS – é uma medida que pode ajudar a combater o desemprego, pois, reduzindo o preço, as vendas tendem a crescer, o que provoca um aumento da produção, o que por sua vez garante os empregos. (em Ensino Médioem Rede)
 
	Observação: cuidado com  tautologias como: “o fumo faz mal à saúde porque prejudica o organismo”; “esta criança é mal-educada porque os pais não lhe deram educação."
                                                                  
 
 5. Argumentos baseados em provas concretas: expediente linguístico eficientíssimo, pois se trata realmente de uma prova concreta para reforçar a tese que se defende. Aparecem na forma de dados estatísticos, leis, fatos do conhecimento geral. As informações têm de ser exatas, pois não conseguimos convencer ninguém com informações falsas, que não têm respaldo na realidade.
 Exemplos:
 a) A administração Fleury foi ruinosa para o Estado de São Paulo, porque deixou dívidas, junto ao Banespa, de 8,5 bilhões de dólares, porque deixou de pagar aos fornecedores, porque acumulou dívidas de bilhões de dólares, porque inchou a folha de pagamento do estado de São Paulo com nomeações de afilhados políticos etc. (em Platão e Fiorin. Lições de texto)
 b) Todo mundo conhece a grandeza dos problemas que a China enfrenta para alimentar, vestir e abrigar 1,3 bilhão de habitantes. A revista The Economist mostra que, além das dificuldades para garantir a oferta de comida, vestuário e habitação, a China está enfrentando um novo tipo de escassez: a escassez de nomes.
c) É isso mesmo. Estão faltando nomes e sobrenomes para atender a enorme demanda chinesa nesse campo. Assim é que os cinco sobrenomes mais comuns – Li, Wang, Zhang, Liu e Chen – são usados por nada mais nada menos do que 350 milhões de pessoas. Só os que têm o sobrenome Li chegam a 87 milhões, ou seja, mais da metade da população brasileira. (em “A dança dos nomes”, Antonio Ermírio de Moraes).
 
		Leia o parágrafo a seguir, retirado da Introdução do artigo “Cultura da Paz”, do frei Leonardo Boff para responder o que a questão pede:
 “A cultura dominante, hoje mundializada, se estrutura ao redor da vontade de poder que se traduz por vontade de dominação da natureza, do outro, dos povos e dos mercados. Essa é a lógica dos dinossauros que criou a cultura do medo e da guerra. Praticamente em todos os países as festas nacionais e seus heróis são ligados a feitos de guerra e de violência. Os meios de comunicação levam ao paroxismo a magnificação de todo tipo de violência, bem simbolizado nos filmes de Schwazenegger como o “Exterminador do Futuro”. Nessa cultura o militar, o banqueiro e o especulador valem mais do que o poeta, o filósofo e o santo. Nos processos de socialização formal e informal, ela não cria mediações para uma cutura da paz. E sempre de novo faz suscitar a pergunta que, de forma dramática, Einstein colocou a Freud nos idos de 1932: é possivel superar ou controlar a violência? Freud, realisticamente, responde: “É impossível aos homens controlar totalmente o instinto de morte…Esfaimados pensamos no moinho que tão lentamente mói que poderíamos morrer de fome antes de receber a farinha”.
(Disponível em http://www.leonardoboff.com/site/lboff.htm Acesso em 08 mai. 2007)
Da leitura desse parágrafo podemos afirmar que nele:
 
I – o autor constata o fato de que a sociedade atual vive uma cultura de violência, dominação e poder.
II – o autor afirma ser impossível aos homens controlar a violência.
III – o autor afirma que os meios de comunicação são os responsáveis pela violência.
.
 
	A
	apenas a afirmativa I está correta;
	B
	apenas a afirmativa II está correta;
	C
	apenas a afirmativa III está correta;
	D
	as afirmativas I e II estão corretas;
	E
	as afirmativas II e III estão corretas.
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: A.
	A
	A inflação é o maior de todos os problemas que separam empresários e sindicalistas.
 
	B
	Apesar de um pequeno progresso, o pacto entre empresários e sindicalistas encontra sérios obstáculos pela frente.
	C
	Não há base alguma para um acordo entre empresários e sindicalistas.
	D
	Os próprios sindicalistas estão divididos entre si.
	E
	O governo desconfia dos empresários tanto quanto os empresários desconfiam dos sindicalistas.
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: B.
	Do texto abaixo podemos dizer que:
“A maneira como a Prefeitura de São Paulo pretende combater a poluição visual na cidade, banindo toda propaganda externa – outdoors, cartazes, blacklights, banners, painéis, etc. – representa uma atrocidade a toda uma classe de publicitários, em especial aqueles conhecidos no meio como diretores de arte, artistas que se dedicam à publicidade, e que têm nos cartazes de rua sua mais antiga e tradicional ferramenta de trabalho. E também a mais instigante de todas”. (FRANÇÔIS PETIT, “Viva a poluição visual, Folha de S. Paulo, 10/11/06)
	A
	é um texto predominantemente informativo porque o autor informa que retirar a propaganda externa representa uma atrocidade contra todos os profissionais que se dedicam à publicidade.
	B
	é um texto predominantemente opinativo porque argumenta que a arte é instigante;
	C
	é um texto predominantemente literário porque fala de diretores de arte e artistas;
	D
	é um texto predominantemente opinativo porque o autor posiciona-se contra o fato da prefeitura pretender retirar todas as propagandas externas;
	E
	é um texto predominantemente informativo porque seu objetivo é informar a população do que a prefeitura pretende fazer.
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: D.
		A revolução digital
Texto e papel. Parceiros de uma história de êxitos. Pareciam feitos um para o outro.
Disse “pareciam”, assim, com o verbo no passado, e já me explico: estão em processo de separação.
Secular, a união não ruirá do dia para a noite. Mas o divórcio virá, certo como o pôr-do-sol a cada fim de tarde.
O texto mantinha com o papel uma relação de dependência. A perpetuação da escrita parecia condicionada à produção de celulose.
Súbito, a palavra abriu um novo meio de propagação: o cristal líquido. Saem as árvores. Entram as nuvens de elétrons.
A mudança conduz a veredas ainda inexploradas. De concreto há apenas a impressão de que, longe de enfraquecer, a ebulição digital tonifica a escrita.
E isso é bom. Quando nos chega por um ouvido, a palavra costuma sair por outro. Vazando-nos pelos olhos, o texto inunda de imagens a alma.
Em outras palavras: falada, a palavra perde-se nos desvãos da memória; impressa, desperta o cérebro, produzindo uma circulação de idéias que gera novos textos.
A Internet é, por assim dizer, um livro interativo. Plugados à rede, somos autores e leitores. Podemos visitar as páginas de um clássico da literatura. Ou simplesmente arriscar textos próprios.
Otto Lara Resende costuma dizer que as pessoas haviam perdido o gosto pela troca de correspondências. Antes de morrer, brindou-me com dois telefonemas. Em um deles prometeu: “Mando-te uma carta qualquer dia desses”.
Não sei se teve tempo de render-se ao computador. Creio que não. Mas, vivo, Otto estaria surpreso com a popularização crescente do correio eletrônico.
O papel começa a experimentar o mesmo martírio imposto à pedra quando da descoberta do papiro. A era digital está revolucionando o uso do texto.Estamos virando uma página. Ou, por outra, estamos pressionando a tecla “enter”.
(SOUZA, Josias de. A revolução digital. Folha de São Paulo, 6 mai. 1996. Caderno Brasil, p.2)
 
(UFMG - adaptada) Com base na leitura feita, é CORRETO afirmar que o objetivo do texto é:
	A
	defender a parceria entre o papel e o texto como uma história de êxitos;
 
	B
	discutir as implicações da era digital no uso da escrita;
	C
	descrever as vantagens e desvantagens da Internet na atualidade;
	D
	narrar a história do papel e do texto desde a antigüidade;
	E
	argumentar sobre a importância da escrita na era digital.
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: B.
		A revolução digital
Texto e papel. Parceiros de uma história de êxitos. Pareciam feitos um para o outro.
Disse “pareciam”, assim, com o verbo no passado, e já me explico: estão em processo de separação.
Secular, a união não ruirá do dia para a noite. Mas o divórcio virá, certo como o pôr-do-sol a cada fim de tarde.
O texto mantinha com o papel uma relação de dependência. A perpetuação da escrita parecia condicionada à produção de celulose.
Súbito, a palavra abriu um novo meio de propagação: o cristal líquido. Saem as árvores. Entram as nuvens de elétrons.
A mudança conduz a veredas ainda inexploradas. De concreto há apenas a impressão de que, longe de enfraquecer, a ebulição digital tonifica a escrita.
E isso é bom. Quando nos chega por um ouvido, a palavra costuma sair por outro. Vazando-nos pelos olhos, o texto inunda de imagens a alma.
Em outras palavras: falada, a palavra perde-se nos desvãos da memória; impressa, desperta o cérebro, produzindo uma circulação de idéias que gera novos textos.
A Internet é, por assim dizer, um livro interativo. Plugados à rede, somos autores e leitores. Podemos visitar as páginas de um clássico da literatura. Ou simplesmente arriscar textos próprios.
Otto Lara Resende costuma dizer que as pessoas haviam perdido o gosto pela troca de correspondências. Antes de morrer, brindou-me com dois telefonemas. Em um deles prometeu: “Mando-te uma carta qualquer dia desses”.
Não sei se teve tempo de render-se ao computador. Creio que não. Mas, vivo, Otto estaria surpreso com a popularização crescente do correio eletrônico.
O papel começa a experimentar o mesmo martírio imposto à pedra quando da descoberta do papiro. A era digital está revolucionando o uso do texto. Estamos virando uma página. Ou, por outra, estamos pressionando a tecla “enter”. (SOUZA, Josias de. A revolução digital. Folha de São Paulo, 6 mai. 1996. Caderno Brasil, p.2)
 
(UFMG - adaptada) Considerando a argumentação do autor quanto à relação entre a palavra falada e a palavra escrita, é CORRETO afirmar que
	A
	na comunicação interpessoal, a palavra falada pode emocionar, sensibilizar, convencer, fazer pensar e, com isso, suscitar uma grande movimento de idéias e valores;
	B
	no processo social de divulgação de conhecimentos, a palavra falada associada à escrita, exerce um papel fundamental na educação de na formação de opiniões;
	C
	na produção cultural de ciência e arte, a palavra escrita tem função marcante, porque sua permanência material independe da memória humana e sua circulação instiga a reflexão;
	D
	no processo social de produção de crenças, a palavra escrita, ao lado da falada, tem papel significativo no desenvolvimento da espiritualidade;
	E
	na produção cotidiana de significados, a palavra falada é mais importante que a palavra escrita, porque sua efemeridade material independe da memória humana e sua circulação instiga a reflexão;
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: C.
	Dados os argumentos a seguir,
I - O cinema nacional conquistou nos últimos anos qualidade e faturamento nunca vistos antes. “Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça” - a famosa frase-conceito do diretor Gláuber Rocha – virou uma fórmula eficiente para explicar os R$ 130 milhões que o cinema brasileiro faturou no ano passado. (Adaptado de Época, 14/04/2004)
II - Ao se desesperar num questionamento em São Paulo, daqueles em que o automóvel não se move nem quando o sinal está verde, o indivíduo deve saber que, por trás de sua irritação crônica e cotidiana, está uma monumental ignorância histórica.
São Paulo só chegou a esse caos porque um seleto grupo de dirigentes decidiu, no início do século, que não deveríamos ter metrô. Como cresce dia a dia o número de veículos, a tendência é piorar ainda mais o congestionamento – o que leva técnicos a preverem como inevitável a implantação de perigos. (Adaptado de Folha de S. Paulo. 01/10/2000)
III - A condescendência com que os brasileiros têm convivido com a corrupção não é propriamente algo que fale bem de nosso caráter. Conviver e condescender com a corrupção não é, contudo, praticá-la, como queria um líder empresarial que assegurava sermos todos corruptos.
Somos mesmo?
Um rápido olhar sobre nossas práticas cotidianas registra a amplitude e a profundidade da corrupção, em várias intensidades.
Há a pequena corrupção, cotidiana e muito difundida. É, por exemplo, a da secretária da repartição pública que engorda seu salário datilografando trabalhos “para fora”, utilizando máquina, papel e tempo que deveriam servir à instituição. Os chefes justificam esses pequenos desvios com a alegação de que os salários públicos são baixos. Assim, estabelece-se um pacto: o chefe não luta por melhores salários de seus funcionários, enquanto estes, por sua vez, não “funcionam”. O outro exemplo é o do policial que entra na padaria do bairro em que faz ronda e toma de graça um café com coxinha. Em troca, garante proteção extra ao estabelecimento comercial, o que inclui, eventualmente, a liquidação física de algum ladrão pé-de-chinelo. (Jaime Pinksky/Luzia Nagib Eluf.. Brasileiro(a) é Assim Mesmo, Ed.Contexto)
IV - São expedientes bem eficientes, pois, diante de fatos, não há o que questionar...
No caso do Brasil, homicídios estão assumindo uma dimensão terrivelmente grave. De acordo com os mais recentes dados divulgados pelo IBGE, sua taxa mais que dobrou ao longo dos últimos 20 anos, tendo chegado à absurda cifra anual de 27 por mil habitantes. Entre homens jovens (de 15 a 24 anos), o índice sobe a incríveis 95,6 por mil habitantes. (Folha de S. Paulo. 14/04/2004).
Identifique a alternativa que identifica corretamente cada um deles, respectivamente.
	A
	exemplificação; prova concreta; autoridade; causa/consequência
	B
	causa/consequência; exemplificação; prova concreta; autoridade
	C
	autoridade; exemplificação; causa/consequência; prova concreta
	D
	autoridade; causa/consequência; exemplificação; prova concreta
	E
	prova concreta; causa/consequência; exemplificação; autoridade
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: D.
 
	Leia as afirmativas a seguir, sobre o texto argumentativo.
I - devem ser apresentados argumentos favoráveis e contrários à(s) ideia(s) sobre a(s) qual(is) se está escrevendo.
II - escrever um texto argumentativo é tecer comentários  impessoais sobre determinado assunto, limitando-se a apresentar aspectos favoráveis e contrários e/ou positivos e negativos da questão.
III - espera-se um texto em que sejam expostos e analisados, de forma coerente, alguns dos aspectos e argumentos envolvidos na questão tematizada.
IV - a argumentação é um recurso que tem como propósito convencer alguém, para que esse tenha a opinião ou o comportamento alterado. 
Escolha a alternativa que relaciona as afirmativas corretas.
	A
	Apenas I e II estão corretas
	B
	Apenas III e IV estão corretas
	C
	Apenas I, II e III estão corretas
	D
	Apenas II, III e IV estão corretas
	E
	Apenas I, III e IV estão corretas
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: E.
	De acordo com o estudado no conteúdo procedimentos argumentativos, vimos que uma das maneiras de provar nossa argumentação é usando o tipo de argumento que se segue:O ministro da Educação, Cristovam Buarque, lança hoje o Mapa da Exclusão Educacional. O estudo do Inep, feito a partir de dados do IBGE e do Censo Educacional do Ministério da Educação, mostra o número de crianças de sete a catorze anos que estão fora das escolas em cada Estado. 
Segundo o mapa, no Brasil, 1,4 milhão de crianças, ou 5,5 % da população nessa faixa etária (sete a catorze anos), para a qual o ensino é obrigatório, não frequentam as salas de aula. 
O pior índice é do Amazonas: 16,8% das crianças do estado, ou 92,8 mil, estão fora da escola. O melhor, o Distrito Federal, com apenas 2,3% (7 200) de crianças excluídas, seguido por Rio Grande do Sul, com 2,7% (39 mil) e São Paulo, com 3,2% (168,7 mil). 
Essa argumentação é:
	A
	de autoridade
	B
	de exemplificação
	C
	de provas concretas
	D
	de causa e consequência
	E
	de competência linguística
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: C.
	Leia as afirmativas abaixo e, a seguir, escolha a alternativa correspondente: 
I – A unidade é condição necessária de um texto.
II - Um texto ganha mais peso quando, direta ou indiretamente, apoia-se em outros textos que trataram do mesmo tema.
III – Mesmo um texto desorganizado, sem articulação lógica entre os seus segmentos, convence e persuade dependendo do leitor.
IV – Exemplos concretos adequados dá mais confiabilidade a uma ideia geral e abstrata.
	A
	Apenas I e II estão corretas
	B
	Apenas II e III estão corretas
	C
	Apenas III está incorreta
	D
	Apenas III e IV estão incorretas
	E
	Todas estão corretas
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: C.
	Segundo Louis Hjelmslev, autor de Prolegômenos a uma teoria da linguagem, a linguagem é uma inesgotável riqueza de múltiplos valores. 
Na citação acima ocorre:
	A
	Argumentação por raciocínio lógico
	B
	Argumentação por consensualidade
	C
	Argumentação por autoridade
	D
	Argumentação por experiência
	E
	Argumentação por consensualidade lógica
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: C.
MÓDULO 7. ARTIGO DE OPINIÃO, ESTRUTURA E ANÁLISE
ARTIGO DE OPINIÃO
 
Neste conteúdo, veremos o "Artigo de Opinião".
 
Para aprofundar seus estudos, consulte:
FARACO, Carlos Alberto e TEZZA, Cristovão. Prática de texto para estudantes universitários.  11. ed. Petrópolis: Vozes, 2003. (Capítulo 8, 9, 11 e 13).
Por que estudar o artigo de opinião?
            Artigos de opinião publicados em jornais, revistas, sites discutem questões polêmicas que afetam um grande número de pessoas. Além de exigir o uso da argumentação, supõem a discussão de problemas que envolvem a coletividade. Compreender artigos de opinião, portanto, é uma forma de estar no mundo de um modo mais inteiro, menos passivo, menos alienado.
            Entender o ponto de vista do outro e dialogar com ele, concordando ou discordando, defender as próprias opiniões de forma sólida e convincente nos torna sujeitos da nossa própria história.
            Inicialmente, é necessário saber qual deve ser o conteúdo de um artigo de opinião. Observe as afirmações abaixo:
A Terra gira em torno do Sol.
A bactéria é um ser vivo.
O filme "Cidade de Deus" concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro, mas não ganhou.
O governo federal encaminhou ao Congresso Nacional projeto de lei que estabelece novos critérios de acesso ao ensino universitário.
Veja que as duas afirmativas iniciais são verdades científicas, portanto não cabe contestá-las ou argumentar a favor ou contra. Já as outras duas dão conta de fatos ocorridos, diante dos quais também não cabe nenhum tipo de contestação. Assim, nos quatro exemplos temos fatos que não podem ser refutados. Entretanto, em relação aos últimos dois fatos, podemos considerar: foi justo ou injusto o Brasil ter perdido o Oscar? O projeto encaminhado pelo governo é equivocado (ou necessário)? Diante dessas perguntas, cabem contestações, refutações, opiniões diferentes. São afirmações que não dizem respeito a fatos inquestionáveis, mas sim opiniões. Em matérias de opinião, como cada um tem a sua, só é possível argumentar, sustentando sua posição com argumentos que são razões, evidências,  provas, dados, etc.
 
            Se a questão apresenta abertura para posicionamentos diferentes é porque ela é uma questão controversa ou polêmica, certo? Há questões controversas que afetam um grande número de pessoas e há algumas que são particulares, pois interessam apenas a um número reduzido de pessoas. Estas dificilmente se tornariam tema de um artigo de opinião de um jornal; já, aquelas são o tema principal dos artigos de opinião que circulam em jornais e revistas, pois seus assuntos podem incidir sobre temas políticos, sociais, científicos e culturais, de interesse geral e atual. Normalmente, essas questões surgem a partir de algum fato acontecido e noticiado.
Veja algumas questões controversas discutidas atualmente:
 
	A descriminalização do aborto.
A restrição da propaganda de bebidas alcoólicas no Brasil.
A maioridade penal deve ser reduzida?
 
ESTRUTURA DO ARTIGO DE OPINIÃO
 
Neste conteúdo, você estudará sobre a estrutura composicional do artigo de opinião.
Para aprofundar seus estudos consulte a bibliografia indicada:
BARBOSA, Jacqueline P. Ensino Médio em Rede – Seqüência didática – Artigo de opinião. Apostila impressa. s/d
São várias as formas de estruturar um artigo de opinião. Mas, em geral, os artigos de opinião contêm os seguintes elementos, de acordo com Barbosa (s/d):da questão em discussão. 
1)     Contextualização e/ou apresentação
2)     Explicitação da posição assumida.
3)     Utilização de argumentos que sustentam a posição assumida.
4)     Consideração de posição contrária e antecipação de possíveis argumentos contrários à posição assumida.
5)     Utilização de argumentos que refutam a posição contrária.
6)     Retomada da posição assumida e/ou retomada do argumento mais enfático.
7)     Proposta ou possibilidades de negociação.
8)     Conclusão (que pode ser a retomada da tese ou posição defendida).
 
Observe que esses elementos podem vir em qualquer ordem e nem todos precisam aparecer num artigo de opinião.
Veja como essa estruturação é feita, analisando junto comigo o artigo de opinião abaixo:
 
 
 
 
	Pela descriminalização do aborto
11/05/2007  
(1) "Ninguém é a favor do aborto. A pergunta é: a mulher deve ser presa? Deve morrer?" A declaração é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Defensiva, retrata como é difícil debater a descriminalização do aborto até 12 semanas de gestação (há um projeto em tramitação no Congresso). Pertinente, traz indagações que merecem discussão.
 (2) Lula tem razão quando diz que ninguém é a favor do aborto. Colocar a discussão nesses termos é transformar num Fla-Flu um grave problema de saúde pública que atinge sobretudo os mais pobres. É simplificar nuances legais, morais, éticas, religiosas.
(3) Segundo dados do Ministério da Saúde, 220 mil mulheres procuram hospitais públicos por ano para tratar de seqüelas de abortos clandestinos. Há estimativas extra-oficiais de que sejam realizados mais de um 1 milhão de abortos por ano no Brasil.
 (4) De 1941, a lei brasileira só permite a interrupção da gravidez em dois casos: se resultado de estupro e na hipótese de risco à vida da mãe. Fora disso, é crime. A pena pode chegar a três anos de prisão.
 (5) Os ministros José Gomes Temporão (Saúde) e Nilcéa Freire (Políticas para as Mulheres) defendem a discussão e a eventual aprovação no Congresso da legalização do aborto até 12 semanas de gestação --período até o qual, segundo cientistas, não há relação entre os neurônios.
(6) Juridicamente, a morte cerebral é entendida como o fim da vida. Os defensores da legalização do aborto até 12 semanas, por analogia, argumentam que a vida começaria com a atividade cerebral. Daí a proposta desse prazo-limite, já adotado em países que legalizaram a interrupção da gravidez.(7) Para o Vaticano e outro grupo de cientistas, a vida começa na concepção (fecundação do óvulo pelo espermatozóide). E essa vida dura até seu declínio natural. O papa, portanto, não admite aborto, inclusive nos casos previstos na lei brasileira. E também é contra a eutanásia.
(8) A Igreja Católica, o papa Bento 16 e qualquer cidadão contrário ao aborto têm o direito de defender seus pontos de vista e de lutar para que a legislação os contemple. As pessoas que desejam a legalização do aborto até 12 semanas de gestação também.
(9) Nenhuma das partes possui o direito de impor à outra o seu desejo. Numa democracia laica, essa decisão cabe ao conjunto da sociedade e aos legisladores - respeitando-se, sempre, o direito das minorias.
(10) Mais: não será a legalização (ou descriminalização) do aborto até 12 semanas que obrigará as seguidoras de Bento 16 a interromper a gravidez. Não parece razoável supor que o número de abortos vá aumentar ou diminuir em função dessa eventual alteração da lei.
(11) Pesquisa Datafolha realizada em março mostrou que 65% dos entrevistados não desejam mudar a atual legislação do aborto. Ou seja, é mínima a chance de modificação via plebiscito. Ao longo do debate, talvez possa haver alteração desse quadro, mas não é o provável.
 (12) Seria possível, entretanto, mostrar que a ciência avançou a ponto de poder, por exemplo, detectar uma má-formação do feto que inviabilize a sua vida fora do útero. Nessa hipótese, é justo impor a gestação à mulher? Enfim, um plebiscito daria pelo menos a chance de a população ficar mais esclarecida.
 (13) Mas Bento 16 e a Igreja Católica não aceitam plebiscito. Acusam os defensores da descriminalização do aborto de serem defensores da morte. Dizem que são a favor da vida e ponto, despejando dogmas com cartesianismo fundamentalista.
 (14) Ora, interdição de debate não dá. Tampouco pressão política sobre o governo e o Congresso na base de ameaça de excomunhão.
Kennedy Alencar. Folha Online, Pensata.
Obs: os parágrafos foram numerados a fim de facilitar a explicitação do processo de leitura.
Podemos realizar uma leitura possível de um artigo de opinião utilizando a própria estrutura do texto, enunciada acima.
Vejamos como a estrutura proposta se revela no artigo em questão:
 
1)     Nos parágrafos de 1 a 4 o autor apresenta a questão a ser discutida e contextualiza o tema em discussão, no cenário brasileiro;
2)     Nos parágrafos 5 e 6, o autor explicita sua posição e argumenta a favor dela, utilizando o argumento de autoridade científica e jurídica;
3)     No parágrafo 7, o autor considera a posição contrária à sua;
4)     Nos parágrafos 8 a 10, o autor antecipa possíveis argumentos contrários à sua posição;
5)     No parágrafo 12, o autor retoma sua posição;
6)     No parágrafo 13, o autor propõe uma negociação e
7)     No parágrafo 14, ele retoma a tese (a dificuldade do debate sobre a descriminalização do aborto) e conclui.
 
ANÁLISE DE UM ARTIGO DE OPINIÃO
Considerando o artigo de opinião postado no conteúdo anterior, veja como ficaria a leitura dele no quadro a seguir:
Dissemos anteriormente que todo artigo de opinião discute uma questão polêmica de interesse da coletividade, a partir de um fato. Para tanto, seu autor aponta a tese que defenderá e utiliza argumentos que a defendam; aponta a posição contrária à sua tese e argumentos dessa posição e a seguir refuta tal posição. Em seguida, sugere uma negociação, um acordo que mantenha sua tese e conclui afirmando sua posição inicial. Leia com atenção o quadro abaixo e observe como funciona. Lembre-se: nem todas essas partes aparecem em todos os artigos de opinião. Esse é um modelo geral.
 
		“Escuta aqui” detesta nostalgia
“Escuta aqui” detesta nostalgia. Por uma razão bem direta: à medida que os anos passam, a vida humana só melhora.
A expectativa de vida aumenta, a informação trafega mais rápido e para mais gente, as preocupações ambientais ganham voz, o conhecimento científico torna mais interessante a aventura humana e a produção cultural é melhor e mais diversa.
Você acha que o passado era maravilhoso? Pois bem: no passado, as pessoas morriam de apendicite, mesmo as que tinham acesso à melhor assistência médica. E também morriam de outras infecções banais, de doenças simples.
No passado, não existia CD, havia um aparelho chamado fonógrafo. As músicas que tocavam corações e almas eram apenas um chiado
distante. A geladeira chegou aos lares americanos só em 1916. No passado, até Caetano Veloso era “revolucionário”.
Nos parágrafos acima, passado quer dizer passados, no plural. Mas dá para entender a idéia, certo? [...]
ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR. Folha de S.Paulo, São Paulo, 22 de set. 2003. Folhateen, p. 4. (Fragmento com título adaptado para fins didáticos.)
O texto acima é um trecho da coluna “Escuta aqui”, do suplemento Folhateen, da
Folha de S.Paulo.
Identifique a tese que está sendo defendida nesse trecho.
	A
	No passado, as pessoas morriam de apendicite.
	B
	O passado era melhor do que o presente.
	C
	O presente é melhor do que o passado.
	D
	Caetano Veloso era “revolucionário”.
	E
	Hoje, a informação trafega mais rápido e para mais gente.
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: B.
	Leia o texto seguinte e verifique qual a alternativa correta.
 
“O PP (Partido Popular) é outro partido a agendar reunião para este sábado, às 9h30 na quadra 6 da Duque de Caxias. O partido quer apresentar a lista prévia de possíveis candidatos à vereança e até a prefeito e vice na disputa de 2008. Mas o que vai esquentar mesmo o encontro é a discussão se o PP terá mesmo cabeça de chapa ou vai, na prática, buscar composição e se Carlos Braga vai estar com sua foto e número na urna eletrônica. Braga garante que vai.” (Jornal da Cidade – Bauru. 21/09/2007 – coluna Entrelinhas).
	A
	Indiscutivelmente o texto apresenta um forte argumento de autoridade.
	B
	É um texto curto e não dá para verificar sua classificação.
	C
	Trata-se de um texto apenas para expor a posição do colunista.
	D
	O texto apresenta informações e opinião do colunista
	E
	Observa-se que é um texto informativo e apenas com informações.
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: E.
	Aponte a frase incorreta:
	A
	O convencimento de uma pessoa não basta para que ela faça o que a mensagem demonstra;
	B
	Num texto de opinião as informações são irrelevantes; basta apenas a posição do emissor da mensagem;
	C
	Argumentar não é somente um fazer saber, mas também um fazer crer e um fazer fazer;
	D
	Argumentar é “fazer brilhar idéias” naquele que recebe a mensagem;
	E
	Os argumentos formam a base de sustentação da tese nos textos de opinião;
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: B.
	Considere o fragmento:
“A tão esperada terceira geração da telefonia celular, conhecida como 3G, será bem mais que um simples telefone. Decorative traz, mensalmente, muitas idéias em decoração para você dar personalidade a uma casa, mudar toda a aparência de um apartamento, explorar a beleza de inúmeros detalhes e aproveitar melhor seu espaço. Na cobertura da guerra, a sorte bateu primeiro à porta da ABC, cujo correspondente estava ao telefone quando anunciou ‘um cenário de fantásticos clarões’.”  (Faraco e Tezza, p.150)
 
Considerando as noções de unidade temática e estrutural, qualidades básicas de um texto bem escrito, pode-se afirmar, em relação ao fragmento acima, que:
	A
	No conjunto, não constitui propriamente um ‘texto’, pois não apresenta nem unidade temática, nem unidade estrutural.
	B
	É um exemplo em relação às práticas lingüísticas diárias.
	C
	 A argumentação é bastante convincente
	D
	A argumentação transmite informações.
	E
	O texto está bem escrito, uma vez que não apresenta nenhum erro do ponto de vista da norma gramatical.
 Você já respondeu e acertou esse exercício. 
A resposta correta é: A.
	Considere o fragmento:

Continue navegando