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1 ÍNDICE I – RESUMO ........................................................................................................... 2 II – INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3 III – OBJECTIVOS ................................................................................................. 4 IV – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................... 5 V –MATERIAIS E REAGENTES ........................................................................... 7 VI - PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ........................................................ 8 VII – RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................. 9 CÁLCULO DO RENDIMENTO ........................................................................... 11 IX – CONCLUSÃO ................................................................................................ 16 X – BIBLIOGRAFIA ............................................................................................. 17 X – ANEXOS ......................................................................................................... 18 2 I – RESUMO A pratica 7 foi como uma pratica inversa a pratica 4 onde fez-se a despolimerização do PET. Durante a pratica foi utilizado o processo de polimerização por condensação já que houve a eliminação de varias moleculas de água durante a reacção onde fez-se reagir o fenol com o formaldeído em presença de NaOH. Fez-se reagir 20g de fenol e 25g de formaldeído a 60ºC e depois adicionou-se várias gotas de NaOH ao invés de 3 ml de NaOH afim de aumentar o rendimento da obtenção do producto, e deixou-se reagir durante aproximadamente 30 minutos. Após esta fase da pratica fez-se a decantação. Em seguida a solução obtida foi lavada varias vezes com água e secada, no final da prática para critérios de caracterização fez-se a análise dos espectros de infravernelho do producto obtido. Palavras Chave: Polímeros; Resinas Termoplásticos; baquelite. 3 II – INTRODUÇÃO Um polímero é um composto molecular e caracterizado por ter elevada massa molar da ordem de milhares ou milhões de gramas e por apresentar muitas unidades repetitivas chamadas monómeros. As propriedades físicas destas macromoléculas são muito diferentes das propriedades das moléculas usuais muito menores, sendo necessárias técnicas especiais para o seu estudo. Os polímeros naturais incluem as proteínas, os ácidos nucleicos a celulose (um polissacarídeo) e a borracha (poli-isopreno). A maioria dos polímeros sintéticos são compostos orgânicos. (Chang & Goldsby, 2013) Os polímeros sintéticos são obtidos pela junção de moléculas de monómeros, uma de cada vez, à molécula em crescimento, processo este que envolve reacções de adição e condensação. As reacções de adição envolvem compostos insaturados que contêm ligações duplas ou triplas. Nas reacções de condensação a eliminação de uma molécula de água e feita geralmente em presença de monómeros de classes orgânicas diferentes. (Chang & Goldsby, 2013) 4 III – OBJECTIVOS OBJECTIVOS GERAIS Sintetizar e caracterizar a baquelite a partir do fenol e do formaldeído através de uma reacção de substituição electrofílica aromática. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS v Avaliar qual a melhor quantidade de reagentes (fenol e formaldeído) bem como a quantidade de catalisador a ser utilizado para a obtenção de um melhor rendimento. 5 IV – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Como já foi mencionado um polímero é uma macromolécula formada pela repetição de pequenas e simples unidades químicas (monômeros), ligadas covalentemente, sendo a baquelite é uma resina sintética, quimicamente estável e resistente ao calor, que foi o primeiro produto plástico. Trata-se do polioxibenzimetilenglicolanidrido, ou seja, é resultante da condensação do fenol com o formaldeído (fenol (C6H5OH) e formaldeído ou aldeído fórmico (HCHO). No primeiro estágio da reacção, forma-se um polímero predominantemente linear, de massa molecular relativamente baixa, conhecido como novolae. Ele é usado na fabricação de tintas, vernizes e colas para madeira. A reacção, no entanto, pode prosseguir, dando origem à baquelite, que é um polímero tridimensional. (Donald, 2009) As resinas termofixas são polímeros que adquirem muitas ligações cruzadas e solidificam em uma massa dura e insolúvel quando aquecidos. Sendo a baquelite uma resina termofixa foi produzida pela primeira vez em 1907 por Leo Baekeland, químico americano de origem belga, que empreendeu as suas pesquisas entre 1907 a 1909 e criou, em 1910, a General Bakelite Company para a exploração industrial de suas descobertas entendendo-se assim a origem do nome da baquelite. Ao ser descoberta, a baquelite teve um sucesso notável devido as suas mais variadas aplicações na produção de discos musicais, tomadas, interruptores, cabos de panelas, telefones, bolas de bilhar, câmeras fotográficas, revestimentos de móveis (para esta finalidade a baquelite é conhecida como fórmica), carapaças de eletrodomésticos, peças de automóveis e na produção de algumas ferramentas. (Donald, 2009) 6 Está em uso comercial há mais tempo que qualquer outro polímero sintético ela é vastamente utilizada para peças moldadas, adesivos, revestimentos e mesmo aplicações de altas temperaturas, como cones de pontas de mísseis. Quimicamente a baquelite é uma resina fenólica, produzida pela reacção do fenol e do formaldeído. No aquecimento a água é eliminada, muitas ligações cruzadas são formadas e o polímero torna-se uma massa igual a uma rocha. As ligações cruzadas na baquelite e outras resinas termofixas são tridimensionais e tão extensas que não podemos falar na verdade de cadeias de polímero. Um pedaço de baquelite é essencialmente uma grande molécula. (McMurry J. , 2011) Fonte – Guia da Aula Prática n’07 – síntese da Baquelite 7 V –MATERIAIS E REAGENTES Para a pesagem das amostras usou-se uma balança semi-analítica (Marca: Sartorius, Modelo:LE623P), transferiu-se as amostras (fenol e formaldeído 37%) de um béquer para outro usando as espátulas, usou-se condensador de bolas; mangueiras para o sistema de refluxo, usou-se um balão de duas tubuladoras ajustadas ao respectivo condensador com uma barra magnética, com o agitador magnético (Heidolph) e com placa de aquecimento (Heidolph) acelerou-se a reacção, usou-se uma ampola de decantação, suporte universal, como catalisador usou-se solução de NaOH (Gatt-Koller, 40%). 8 VI - PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS Esquema da pratica Balão com duas tubuladoras adição de 20g de fenol e 25g de metanol Neutralização da mistura até pH 6-7 Decantação da fase superior da mistura Lavar varias vezes com H2O Secar a 70ºC sobre vácuo Colocar a amostra num molde Adicionar 3 ml de NaOH Aquecimento a 60ºC com agitação constante 9 DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS Em um balão de duas tubuladuras, adicionou-se 20 g de fenol e 25 g de formaldeído (solução de formalina a 37%) e aqueceu-se a 60 ° C com agitação constante, depois adicionou-se quantidades controladas de gotas de NaOH a 40% em porções iguais (manteve-se o pH 9 por meio de uma solução de 40% p / v de NaOH). Em seguida, neutralizou-se a mistura até o pH atingir 6-7. Decantou-se a fase superiorda mistura com auxílio de uma ampola de decantação. Lavou-se então várias vezes com água e secou-se a 70 ° C sob vácuo e colocou-se a amostra nos moldes seleccionados. 10 VII – RESULTADOS E DISCUSSÕES Tabela Nº01- Fórmulas utilizadas para os cálculos. Tabela Nº02: Dados utilizados para a prática. (Grupo1). Tabela Nº03: Dados utilizados para a prática. (Grupo2). Tabela Nº04: Resultados obtidos na prática. Propriedade a ser determinada Fórmula Rendimento n% = mm´ ×100% Amostra Quantidade Fenol 20,04g Formaldeído 25g Amostra Quantidade Fenol 20,05g Formaldeído 25g Produto Quantidade Baquelite 15g 11 OBS: é necessário ter-se em conta que os 15g de baquelite apenas equivalem à quantidade da baquelite que chegou a ser pesada visto que parte da mesma não chegou a ser pesada. CÁLCULO DO RENDIMENTO n% = mm´ ×100% n% = 15g20g×100% n% = 37,5% 12 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS Para a discussão dos resultados obtidos passamos a mencionar os seguintes pontos: OBS: vale lembrar que as quantidades tanto do fenol bem como do formaldeído foram alteradas para 20g e 25g respectivamente de formas a permitir a obtenção de um maior rendimento de baquelite. 1- Rendimento obtido: consideramos o rendimento obtido (37,5%) inferior à realidade visto que parte da baquelite obtida não foi pesada por distração dos elementos destinados à tal parte da prática. 2- Função do NaOH a 40% na mistura fenol-formaldeído e a sua possível substituição por um ácido: o NaOH foi utilizado como catalisador, sendo uma base permitiu a obtenção de uma resina termorrígida enquanto o ácido proporcionaria a obtenção de uma resina termoplástica. 3- Aquecimento até a ebulição e posterior repouso: durante a obtenção da baquelite o aquecimento foi feito até à ebulição de formas a tornar o polímero mais duro dizendo-se o mesmo do repouso a qual o produto foi submetido de formas a permitir que a mesma endurecesse e tomasse a forma do molde. 13 ESPECTRO INFRAVERMELHO Considerando que a espectroscopia no infravermelho é um tipo de espectroscopia de absorção em que a energia envolvida se encontra na região do infravermelho do espectro eletromagnético. Sendo uma técnica utilizada para identificar compostos ou investigar a composição de uma amostra baseia-se no facto de as ligações químicas das substâncias possuírem frequências de vibração específicas às quais correspondem a níveis de energia da molécula. (Gonçalo, M. (2016). Na amostra verifica-se as deformações axiais das vibrações de 1200 a 1050, 600 a 700, 1450- a 1650 bem como as bandas localizadas aproximadamente 3030 da ligação C-H. Fig. 1 – Espectro de Infravermelho 14 Fig. 2 – Mecanismo da reacção 15 Descrição do mecanismo 1ª Etapa Considerando-se que a reação ocorreu na presença de uma base (NaOH), a base desprotona o formaldeído permitindo assim a remoção do hidrogénio mais ácido do fenol (hidrogénio presente no grupo hidroxilo), sendo que o que permite esta remoção é o grupo hidroxila da base, sendo assim o fenol deslocaliza a sua carga negativa para uma outra posição do anel afim de estabilizar a estrutura. Com os eletrões livres no anel, o fenol procede então ao ataque do formaldeído, de seguida a aromaticidade é restabelecida por reacção com o NaOH, sendo que antes a ágiua protona o oxigénio presente no fenol. No final ocorre a reação com a água permitindo a obtençãpo do produto desejado. 2ª Etapa A base NaOH volta a desprotonar o composto removendo o hidrogénio mais ácido, sendo este hidrogénio mais ácido avaliado pela sua base conjugada, quando mais estável for, mais ácido será o mesmo, sendo o oxigénio ligado ao carbono aromático mais ácido que o do carbono alifático, removendo o hidrogénio do mesmo há a deslocalização do par eletrónico, sendo que o grupo hidroxilo sai mesmo sendo fortemente básico 3ª Etapa Na terceira etapa ocorre os passos mencionados anteriores havendo o restabelecimento da aromaticidade. 16 VIII – CONCLUSÃO Após a realização desta prática foi possível inferir que a produção da baquelite é o resultado da reacção de condensação entre dois monômeros, com a eliminação de moléculas de água, considerando-se que a utilização da base proporcionou a obtenção de uma resina termorrígida o que foi observado pela dureza do produto final, e para a obtenção de uma resina termoplástica recorre- se ao uso de um ácido. Em caso de possíveis aplicações, a resina produzida na prática (termorrígida) poderia ser aplicada em isolantes elétricos e térmicos e, por isso, pode ser usada para as finalidades descritas anteriormente enquanto a resina obtida tendo um ácido como catalisador (termoplástica) deveria ser utilizada na composição de revestimentos, como tintas e vernizes e em cola para madeira. 17 IX – BIBLIOGRAFIA Chang, R., & Goldsby, K. A. (2013). Química. Constantino, M. (2004). Fundamento de Química Experimental. Em M. Constantino, Fundamento de Química Experimental. São Paulo. Donald, L. P. (2009). Química Orgânica Experimental. Bookman. EATON. (1989). Laboratory Investigations in Organic Chemistry. Em EATON, Laboratory Investigations in Organic Chemistry. Galindo-Miranda, G.-A. (s.d.). Reactive Thermally Coupled Distillatipn Sequences. Gonçalo, M. (2016). www.infoescola.br. Acesso em 25 de setembro de 2017 McMurry, J. (2011). Química Orgânica (Vol. 2). Cengage Learning. McMurry, J. (2012). Química Orgânica. Em J. McMurry, Química Orgânica. Calouste Galbenkian. Solomons, T. W. (2012). Química orgânica. Em T. W. Solomons, Química orgânica (p. 94). Florida: Grupo Editorial Nacional. 18 X – ANEXOS Fig. 3 – Esquema Fig. 4– Baquelite Obtida
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