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a midia na sociedade em rede

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Universidade Federal de Pernambuco
Centro de Artes e Comunicação
Departamento de Rádio, TV e Internet
Comunicação Comparada – Patricia Horta
Aluna: Ingrid de Moura Costa
Resenha: CARDOSO, G. A Mídia na Sociedade em Rede: Filtros, Vitrines, Notícias. Rio de Janeiro: FGV, 2007.
	
Introdução: 
O autor compara a importância do surgimento do alfabeto com o surgimento de um supertexto e uma metalinguagem onde pela primeira vez na historia, integra no mesmo sistema a modalidade escrita, oral e audiovisual de comunicação humana. A chamada Infovia. O autor se propõe a analisar as conseqüências em nossas culturas que essa realidade virtual pode trazer.
Da galáxia de Gutenberg a galáxia de McLuhan: o surgimento da cultura da mídia de massa.
O autor começa se perguntando de o porque de a televisão ter tido uma aceitação tão grande a ponto de tudo girar em torno dela, e então utiliza teorias de vários estudiosos como McLuhan segundo o qual a televisão criou uma nova Galáxia de comunicação. Para o autor a lei do mínimo esforço parece ser plausível pra explicar o motivo de tanta aceitação por parte da televisão, ou seja, as pessoas diante da tv não precisam pensar para assimilar o que ela transmite.
O impacto social da televisão funciona no modo binário: estar ou não estar. Desde que uma mensagem esteja na televisão, ela poderá ser modificada, transformada. Mas em uma sociedade organizada em torno da grande mídia, a existência de mensagens fora da mídia fica restrita a redes interpessoais, portanto desaparecendo do inconsciente coletivo.
Ainda para o autor, a mídia e um sistema de retorno: a mídia e a expressão de nossa cultura, e nossa cultura funciona principalmente por intermédio dos materiais propiciados pela mídia.
A nova mídia e a diversificação da audiência de massa
O autor traça a evolução da mídia principalmente a televisão no decorrer dos anos 80 e 90 e diz que em resumo a nova mídia determina uma audiência segmentada, diferenciada que, embora maciça em termos de números, já não e uma audiência de massa em termos de simultaneidade e uniformidade da mensagem recebida. Devido à multiplicidade de mensagens e fontes, a própria audiência torna-se seletiva. A concorrência fez com que a televisão se tornasse mais comercializada do que nunca e cada vez mais oligopolista no âmbito global.
Comunicação mediada por computadores, controle institucional, redes sociais e comunidades virtuais.
O autor compara o surgimento da internet com a minitel. A internet: iniciativa norte-americana de âmbito mundial contando nos seus primórdios com o apoio militar americano, com empresas de informatica financiadas pelo governo americano, a internet liga uma infinidade de topologias de redes diferentes, ja na Minitel que consiste num sistema francês liga centros de servidores através de simples terminais, e que ate agora nunca ultrapassou os limites do território francês. Trata-se de um sistema organizado que possui uma estrutura homogênea tanto do ponto de vista tarifário e lucros como do ponto de vista das redes de computadores. A analise comparativa do desenvolvimento desses dois sistemas em relação a seus ambientes sociais e institucionais ajuda a elucidar as características do sistema de comunicação interativo emergente. A historia do Manitu Castela diz o porque do Manitu ter feito tanto sucesso. Atrás do sucesso do Manitu havia duas razões fundamentais: a primeira era o comprometimento do governo francês com o experimento. A segunda era a simplicidade de uso e a objetividade do sistema de faturamento bem-organizado que o tornaram acessível e confiável ao cidadão comum. Os serviços oferecidos pelo Manitu eram os mesmos que estavam disponíveis na comunicação telefônica tradicional: lista telefônica, previsões do tempo, informações e reservas de transportes, compra antecipada de entradas para eventos culturais e de entretenimento etc. A partir dai começaram a surgir milhares de anúncios publicitários no Manitu. Depois veio as linhas eróticas usadas no minitel o que vez o mercado crescer bastante. Depois de toda essa evolução o sistema começa a cair devido às limitações naturais como meio de comunicação. Sob o aspecto tecnológico o Manitu contava com uma tecnologia de transição e vídeo muito antiga, cuja revisão poria um fim a seu apelo básico como um dispositivo eletrônico gratuito. Alem disso não se baseava em computadores pessoais, mas em terminais burros, dessa forma limitando substancialmente a capacidade autônoma de processamento de informação. Sob o aspecto institucional, sua arquitetura, organizada em torno de uma hierarquia de redes de servidores, com pouca capacidade de comunicação horizontal, era muito inflexível para uma sociedade culturalmente sofisticada como a francesa, visto que havia novas esferas de comunicações alem da Manitu. A solução obvia adotada pelo sistema francês foi oferecer a opção paga de ligar-se à internet em âmbito mundial. Com isso, o Manitu ficou dividido internamente entre um serviço de burocrático de informação, um sistema de serviços empresariais em rede e uma entrada subsidiaria para o vasto sistema de comunicação da constelação da internet.
A constelação da Internet Manuel Castela começa o tópico falando do crescimento acelerado da internet desde a sua concepção ate os dias de hoje podendo chegar algum dia a marca de 600 milhões de usuários conectados em todo o mundo. Fala da criação e desenvolvimento da internet que no começo tinha funções exclusivamente militares e com o tempo foi tendo utilizações das mais diversas chegando ao ponto tal qual a conhecemos hoje em dia. Cita ainda diversas etapas da grande teia mundial, passando pela MILNET,ARPANET e finalmente a INTERNET. Com a criação do UNIX e a conseguinte adaptação do protocolo TCP/IP a este sistema, os computadores puderam não apenas comunicar mas também codificar e decodificar pacotes de dados que viajavam em alta velocidade pela rede da internet.
O autor enumera ainda os produtos tecnológicos oriundos nessa nova cultura que ele chama de contracultura como o surgimento do modem, correio eletrônico e por ai vai! Vale a pena ressaltar a contribuição dada por muitos e muitos pesquisadores e estudantes universitários de universidades americanas e européias.
A Sociedade Interativa
O autor tenta traçar o perfil do internauta com base em pesquisas feitas nos Estados Unidos e Europa e segundo estas pesquisas os usuários são pessoas bem instruídas e de maior poder aquisitivo dos paises mais instruídos e mais ricos e, freqüentemente nas áreas metropolitanas e maiores e mais sofisticadas. Embora a internet pareça ser menos penetrante do que a grande mídia, tudo tem leva a crer que a sua expansão se Dara rapidamente e não só na elite como em todas as classes sociais. E importante ressalar o uso da internet tanto em atividades relacionadas ao trabalho como a questões pessoais como consultas a banco, televendas, dentro outros fins. Castela analisa ainda o impacto que essas mudanças trazem para a nossa cultura como o fato da pessoa se sentir mais a vontade mandando um e-mail anônimo do que conversar pessoalmente com uma pessoa.
A grande fusão: a multimídia como ambiente simbólico
Multimídia, estende o âmbito da comunicação eletrônica para todo o domínio da vida: de casa a trabalho, de escolas a hospitais, de entretenimento a viagens. Ressalta a corrida que os países ricos tiveram em meados da década de 90 no sentido de modernizarem-se no aspecto de novas tecnologias relacionadas a conteúdos multimídia, mas a grande resposta mesmo veio da iniciativa privada que impulsionou o desenvolvimento de novas tecnologias e permitiu que o seu acesso fosse se multiplicando. Para o autor não se trata de dizer se um sistema multimídia vai ser analisado ou não (será) mas quando, como e sob quais condições nos diferentes paises, porque o significado cultural do sistema será profundamente modificado pelas características do momento e pela forma da trajetória tecnológica.
Finalmente, talvez a característica mais importante da multimídia seja que ela capta em seu domínio a maioria das expressões culturais em toda a sua diversidade. Seu advento e equivalente ao fim da separação e ate da distinção entre mídia audiovisual e mídia impressa, cultura popular e cultura erudita, entretenimento e enfumaça, educação e persuasão. Todas as expressões culturais, da pior a melhor, da mais elitista a mais popular, vem juntas nesse universo digital que liga, em um supertexto histórico gigantesco, as manifestações, passadas e futuras da mente comunicativa. Com isso, elas constroem um novo ambiente simbólico. Fazem da virtualidade nossa realidade.
A cultura da virtualidade real
O autor usa até da definição do dicionário das palavras real e virtual pra mostrar que na verdade não existe muita diferença entre real e virtual e a influencia de um sobre o outro e um verdadeiro binômio tal que a televisão e a nossa realidade. O que caracteriza o novo sistema de comunicação, baseado na integração em rede digitalizada de múltiplos modos de comunicação, e sua capacidade de inclusão e abrangência de todas as expressões culturais. O novo sistema de comunicação transforma radicalmente o espaço e o tempo, as dimensões fundamentais da vida humana. Localidades ficam despojadas de seu sentido cultural, histórico e geográfico e reintegram-se em redes funcionais ou em colagens de imagens, ocasionando um espaço de fluxos que substitui o espaço de lugares. O tempo e apagado no novo sistema de comunicação já que passado, presente e futuro podem ser programados para interagir entre si na mesma mensagem. O espaço de fluxos e o tempo intemporal são as bases principais de uma nova cultura, que transcende e inclui a diversidade dos sistemas de representação historicamente transmitidos: a cultura da virtualidade real, aonde o faz-de-conta vai se tornando realidade.
Recife, Junho de 2011

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