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ANORMALIDADES DENTAIS Alterações dentárias por fatores ambientais Defeito de desenvolvimento dos dentes Perda da estrutura pos-desenvolvimento Pigmentação dos dentes Distúrbios localizados da erupção Efeitos ambientais no desenvolvimento das estruturas dentárias Amelogênese Formação da matriz Mineralização ameloblastos são extremamente sensíveis a estímulos externos Maturação Fatores relacionados a defeitos no esmalte Sistêmicos Trauma relacionado ao nascimento Quimicos Anormalidades cromossômicas Infecções Doenças hereditárias Má nutrição Alterações metabólicas Distúrbios neurológicos Locais Trauma Queimadura elétrica Irradiação Infecção local Defeitos Visíveis do esmalte causados por fatores ambientais Hipoplasia: defeito quantitativo que ocorre na forma de fossetas, ranhuras ou grandes áreas de ausência de esmalte Opacidade difusa: defeito qualitativo com alteração da translucidez do esmalte. Opacidade branca. Opacidades demarcadas: defeito qualitativo com alteração de translucidez demarcada do esmalte. Opacidade pode ser branca, castanha, amarela ou marrom. Hipoplasia de Turner: causado por inflamação de decíduos sobrejacentes. Mais frequente em PMs. Os defeitos variam de coloração branca, amarela ou marrom até extensa hipoplasia. Possíveis causas do dente de Turner: dentes decíduos cariados, extração precoce do decíduo e traumatismo no decíduo. Hipomineralização dos molares e incisivos: opacidade branco, amarelo ou marrom com nítida demarcação, superfície porosa, dentes com sensibilidade, etiologia ainda desconhecida Hipoplasia causada por terapia antineoplásica: mais associada a radioterapia, pode apresentar microdontia, hipoplasia radicular, de esmalte e da mandíbula. Fluorose dentaria: o flúor cria defeitos no esmalte através da retenção da ameloginina, levando a uma hipomineralização do esmalte Hipoplasia sifilítica: incisivos chaves de fenda, molares em amora. PERDA DE ESTRUTURA DENTÁRIA POS-DESENVOLVIMENTO Desgaste Dentário Atrição: perda de dente causada pelo contato oclusal e mastigatório. Pode ser acelerads por esmalte de qualidade ruim, contatos prematuros e erosão e bruxismo Abrasão: perda de dente causada pela ação de um agente externo. A escovação é a principal causa. Onicofagia, palitos de dentes, cachimbos, etc. Erosão: perda de dente causado por processo químico não bacteriano (queda do Ph, perimolise) Abfração: perda de dente devido a um estresse oclusal que gera perda de esmalte e dentina na região cervical, pois é a região que recebe mais força. Reabsorção interna e externa:células da polpa e do ligamento periodontal Polpa: tecido conjuntivo frouxo, responsável pela inervação e vascularização do dente Zona pobre em células – prolongamentos de células, vasos e fibras nervosas Periodonto: de inserção: cemento, ligamento periodontal e osso alveolar; marginal: gengiva Ligamento periodontal: tecido conjuntivo frouxo atravessado por grossos feixes de fibras colágenas inseridas no osso alveolar e cemento; estabelece a articulação entre o dente e o osso alveolar. Funções: amortecer as forças mastigatórias e acomodação dos arcos durante mastigação. Estrutura: Celulas indiferenciadas ectomesenquimais próximas aos vasos; restos epiteliais de malassez que ficam mais próximas ao cemento (processo inflamatório – cisto); células q margeiam o osso e o cemento. Restos epiteliais de malassez: produzem mediadores e tem importante funções na manutenção da normalidade periodontal e radicular, incluindo durante o movimento ortodôntico. Fragmentação da bainha epitelial de hertwig Fase de Campanula: diferenciação se inicia na região das futuras cúspides Fase de Raiz: induz diferenciação de odontoblastos PIGMENTAÇÃO DENTARIAS POR FATORES AMBIENTAIS Extrinsicas: manchas causadas por bactérias cromogenicas, cha café tabaco coca cola, manchas causadas por medicamento como acido clavulanico, sulfetos, nitrato de prata, fluoreto estanhoso, clorexidina Intrinsecas: doença de gunther, icterícia, materiais odontológicos e por medicamentos como tetraciclina e hidrocloreto de minociclina DISTURBIOS LOCALIZADOS DA ERUPÇÃO Erupção dental: movimento do dente do seu local de formação dentro do osso ate a sua posição final dentro da cavidade. Continua por toda a vida. 12 meses é considerado atraso Retardo na Erupção – causas locais : anquilose do dente, arcada de tamanho deficiente e impactação do dente decíduo... - causas sistêmicas: anemia, paralisia cerebral e distúrbios genéticos... Causas da impactação: Apinhamento Desenvolvimento maxilofacial insuficiente Cistos e tumores sobrejacentes Trauma Cirurgia reconstrutora Espessamento do osso ou do tecido mole sobrejacente Doenças sistêmicas, síndrome ANOMALIAS DE DESENVOLVIMENTO DENTAL Anomalias de numero: hiperodontia dismorfica (extranumerários) e eumorfica (rara), hipodontia (agenesia), oligodontia ou anodontia parcial (ausência de 6 ou + dentes), anodontia e displasia ectodérmica (incisivos laterais em decíduos e incisivos laterais superiores e pre-molares em permanentes).Existem também os pre-deciduos- dentes natais (feto nasce com ele) e neonatais (quando nasce ate 30 dias dps do parto) Anomalias de tamanho: Microdontia e macrodontia Anomalias de forma: Geminação – desenvolvimento de dois dentes em um único germe Fusão – união de dois germes dentais Concrescência – união de dois dentes pelo cemento Anomalias de estrutura: Amelogênese imperfeita e dentinogênese imperfeita levam a hipoplasia, hipocalcificação e hipomaturação -Amelogenese imperfeita: alteração do desenvolvimento do esmalte na ausência de alteração sistêmica ou síndrome -Amelogenese imperfeita hipoplásica: deposição inadequada de esmalte -Amelogenese imperfeita hipomineralizadora: hipomaturada (contem proteínas da matriz do esmalte residuais) e hipocalcificada (falta de proteínas do esmalte – mais grave) -Dentinogense imperfeita: defeito hereditário da dentina (mesodérmico); associado com frequência a osteogênese imperfeita. Classificada em tipo I sempre com osteogênese imperf. Tipo II sem osteogênese imperf. (essa eh mais frequente) e tipo III que é rara. ASPECTOS CLINICOS E HISTOPATOLOGICOS DA CÁRIE DENTÁRIA Lesão de carie: desequilíbrio no processo DES X RE e reestabelecimento do equilíbrio no mesmo processo. Estágios iniciais do desenvolvimento da doença carie Esmalte: permeável e realiza trocas iônicas Biofilme estagnado por uma semana: histolagicamente aparece uma Zona Translucida Externa profundidade de 20 a 100 micrometro. 2 semanas sem remoção do biofilme Erosao da superfície tem microcavidade e porosidade Pode ser evidenciada clinicamente Deve-se secar o dente e limpar a superfície para conseguir diagnosticar carie inicial 3 a 4 semana sem remoção do biofilme Esmalte apresenta extensa perda mineral Perda de periquimacias e irregularidades na superfície Espaços intercristalinos mais alargados (maior porosidade) Lesão observada sem secar Zona superficial é mais mineralizada, mas é porosa e frágil Lesão de carie em esmalte Esmalte hígido: cristais 40 nm, porosidade 0,1% DES Zona translucidas: cristais de tamanho diminuído e maior porosidade DES x RE interna Zona superficial: após remineralização – cristais 40 a 90 nm porosidade maior que 1% *Zona do corpo da lesão *Zona escura Cristais 10 a 30 nm PROVA cristais de 50 a 100nm Porosidade 10 a 25% porosidade 2 a 4%RE DES Em lesão de evolução lenta, é possível observar alternância entre varias zonas escuras e translucidas. Evitar sondagem para evitar cavidades Manutenção da camada superficial Grupo de proteínas salivaresricas em prolinas inibem a des Não alcançam camadas mais profundas da lesão – são macromoléculas Impedem a precipitação de fosfato de cálcio – não ocorre crescimento dos cristais na superfície Processos de DESxRE faz surgir cristais menos solúveis Os ácidos das bactérias penetram pelos poros ate regiões mais profundas Flúor interfere nesse processo de maneira decisiva Carie de Esmalte – efeitos na dentina Liquido intercristalino transmite o dano ao tecido dentinario Primeiras reações são inflamação pulpar e esclerose de dentina Odontoblastos tornam-se cuboides e em menor numero Pre-dentina é reduzida drasticamente Zona acelular desaparece Síntese de colágeno tipo 1, fosfoforina, sialoproteina dentinaria Esclerose dentinaria – quando a lesão esta na metade da espessura do esmalte (para que ocorra precisa de odontoblasto vivo) Carie na Dentina Quando a lesão chega a junção amelodentinaria aparecem os primeiro sinais de desmineralização na dentina, mesmo sem a presença de cavidade Túbulos dentinarios tomam um formato de cone com base voltada para superfície Vizinha a base do cone esta a zona de peptonização (material orgânico amorfo) Há microrganismos dentro dos túbulos dentinarios Na camada de desmineralização superficial tem os túbulos com maior diâmetro A camada de desmineralização profunda é semelhante a dentina normal Clinicamente a dentina cariada é dividida em dentina infectada (zona de peptonização e zona de desmineralização superficial) e dentina contaminada (zona de desmineralização profunda e zona de dentina hipermineralizada – esclerose de túbulos) Dentina terciaria Dentina reacional – processos crônicos, estrutura tubular Dentina reparativa – processos agudos, produzidas por células tronco, estrutura osteoide. Cavidade de carie Desmoronamento de superfície Lesão em toda a espessura do esmalte e dentina Areas de dentina afetadas pela carie Do interior para a superfície: Zona de desmineralização profunda Zona de desmineralização superficial Zona de destruição e desorganização total (zona de peptonização) Invasão bacteriana Bactérias penetram na estrutura porosa da lesão mesmo sem cavidade Em esmalte e dentina Quando a camada superficial é quebrada (cavidade formada) + bactérias Quando a cavidade atinge a dentina – bactérias nos túbulos A invasão bacteriana não pressupõe progressão da doença carie se o biofilme externo for controlado Controle da lesão: com ou sem cavidade Variáveis da carie são controladas Processo de perda mineral tende a paralisar Inativação promove o desgaste da camada porosa superficial e polimento do tecido afetado processos Camada interna mais resistente e menos porosa e resgatada simultaneos Fica evidente uma reposição mineral Com flúor a reposição mineral ganha qualidade (crista mais resistente) Há uma manutenção da zona de corpo da lesão de carie mesmo quando se comprova a inativação clinica Não há reorganização completa do tecido Zona de corpo é mantida, mas é menor Pode aparecer no RX O esmalte aumenta a sua dureza após remineralização Lesão de Caries Oclusais São as mais prevalentes Acredita-se que a anatomia complexa impedia o controle de biofilme (restaurações preventivas, selantes) Evidencias mostram que o biofilme nas fissuras é composto por bactérias não viáveis ou mortas e calcificadas A atividade metabólica maior encontra-se no biofilme de entrada da fissura As lesões de caries de superfície oclusal, histologicamente mostra-se como duas lesões de superfície lisa que se unem depois A superfície oclusal é passível de controle em relação a carie As lesões de caries oclusais normalmente se iniciam no período eruptivo (dente em infra-oclusao e higiene deficiente) Lesões radiculares Exposição da raiz por trauma, doença periodontal ou processo fisiológico de envelhecimento Inicia-se no cemento progredindo para dentina Região cervical – área de estagnação de biofilme (esmalte ou cemento) Local aonde as fibras de sharpey se inseriam, tornam-se canal para entrada de microrganismo Invasão bacteriana lateral no cemento, ocorre nas camadas incrementais ( mais material orgânico) A progressão da lesão radicular é mais lateral do que profunda Iniciamente apresenta áreas mais amarelas ou marrom claro No cemento a lesão apresenta uma área de lesão subsuperficial com cristais maiores na região superficial Na dentina a progressão é a mesma ETIOPATOGENINA PULPAR E PERIAPICAL Agressão a polpa dental: fatores físico, químicos e biológicos. Todos os fatores geram inflamação que ira gerar um reparo e/ou dano que estes dependem da duração e intensidade da agressão Fatores Fisicos: Calor gerado pelo preparo cavitário, reação de presa dos materiais restauradores ou polimento de restaurações. Movimento rápido do fluido dentinario para a periferia, estimulação nervosa, aumento do fluxo sanguíneo (hiperemia), aumento da pressão tecidual intersticial, filtração do fluido dentiario para a periferia, desidratação dentinaria-aspiração odontoblastica. Tem q ter abundante refrigeraçao Ação mecânica das brocas Trauma, fratura Ruptura dos vasos sanguíneos pulpares de maior calibre – sangramento interno intenso – necrose, dano nutricional a polpa por ruptura do suprimento neurovascular no forame apical após deslocamento do dente no alvéolo, exposição pulpar Pressão durante moldagem Fatores químicos: Toxicidade de matérias restauradores Condicionamento acido Dessecantes e desinfetantes de cavidades Fatores biológicos: Infiltração bacteriana, carie – agressão persistente Extensão da resposta pulpar depende da quantidade de irritantes bacteiranos que chegam a polpa e da distancia ALTERAÇÕES PULPARES – PATOGENIA SINAIS E SINTOMAS Resposta pulpar a agressão Carie incipiente em dentina – odontoblasto ->(diminui numero, tamanho e atividade metabólica; destruição; trato morto) Maior atividade metabólica Produção de dentina peritubular – esclerose tubular Cels. Mesenquimais indiferenciadas – odontoblastos secundários – produção de dentina reparativa > Dentina reparativa: *Proporção depende da extensão e duração da injuria *Amorfa, mais irregular, menos túbulos dentinarios *Tubulos não alinhados ao da dentina primaria *Menos sensível Defesa inata não induzida (pre-inflamatoria): reconhecimento e ataque por células de defesa resistentes – macrófagos, células dendríticas. Progressao de m.o. e toxinas – diminui a espessura de dentina - liberação de mediadores inflamatórios (citocinas) pelas células de defesa - vasodilatação, quimiotaxia, aumento da permeabilidade vascular -> inflamação aguda pulpite Resposta pulpar a agressão – Inflamação aguda Reação na circulação pulpar – saída de elementos intravasculares para o espaço extravascular injuriado – neutrófilos e macrófagos. Eventos vasculares: Vasodilatação: aumento do fluxo sanguíneo e da pressão hidrostática vascular ( hiperemia) Aumenro da permeabilidade vascular: saída de exudato (edema)(migração de leucócitos pmn para os tecidos) Eventos celulares: reconhecimento e fagocitose Agressao transitória – inflamação leve - reposta localizada - zona pobre em células -> leve infiltrado de células inflamatórias - polpa organizada Pulpite Reversivel - remoção do agente desencadeador -> reparo Pulpite reversível: Dor provocada (frio), localizada, de curta duração Edema: -pressao sobre fibras nervosas tipo A e diminui limiar de excitabilidade -> causa dor Inspeção: restauração ou lesão de carie Percussão e palpação: negativos Achados radiográficos: restaurações ou lesão de carie Persistência da agressão: inflamação moderada a severa, ira causar dano tecidual sem reparo, ou seja, Pulpite irreversível. Pulpite irreversível: Sinais e Sintomas Estagio Intermediario Dor provocada,aguda, localizada, persistente Analgésicos pode ou não resolver Estagio Avançado Dor espontânea, pulsátil, excruciante, lancinante, continua Exacerbada pelo calor, aliviada pelo frio Analgésico não é eficaz Dor: Permeabilidade vascular prolongada Aumento da pressão hidrostática tecidual (fibras tipo C amielinicas) Mediadores químicos (bradicinina, histamina, PG, neuropeptideos) Degeneração das fibras tipo A mielínicas Ativação das fibras nervosas aferentes pulpares Propagação do impulso por toda membrana celular do neurônio ate o núcleo trigeminal Produção de neuropeptideos Transporte de neuropeptideos para os centros nervosos superiores (córtex) -> dor Transporte dos neuropeptideos ao longo dos ramos terminais do axônio -> Vasodilataçao e aumento da permeabilidade vascular -> Inflamação neurogênica Resposta pulpar a agressão – Inflamação crônica Inspeçao: restauração ou lesão de carie extensas Percursao e palpação: negativos Achados radiográficos: restauração ou lesão de carie extensas. Espaço do ligamento periodontal normal ou ligeiramente espessado Persistencia da lesão: Inflamação pulpar crônica (linfócito T e B, macrófago e células dendríticas) Ativação, proliferação e diferenciação em células efetoras Produção de mediadores químicos e anticorpos Migração em direção do agente agressor
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