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Texto A Arte que me Habita

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Projeto de Estágio Ensino não formal 
Reflexão sobre o documentário A arte que me habita
A diretora de cinema Mara Salla ao acompanhar os alunos de uma de suas do curso de cinema num de seus projetos, acabou realizando o documentário A Arte que me Habita, no decorrer do processo criativo e de execução da exposição a Pele da artista plástica Albertina Prates, no MASC.
A proposta da cineasta é dar a conhecer ao maior numero de pessoas, apesar de algumas limitações técnicas para ilustrar aspetos particulares o referido processo. O seu intuito foi mostrar a maturidade de Albertina enquanto artista, acompanhando-a através da sua reflexão, expondo-a de certa forma na sua intimidade. Essa faceta de vulnerabilidade de se dar conhecer, na sua vida interior e processo criativo, mostrando que a arte que a habita talvez, com certeza também habite cada um de nós, é algo muito pertinente nos dias de hoje.
Albertina Prates propõe-nos uma reflexão sobre a nossa própria relação com o planeta que habitamos. Pata tal serviu-se de alguns exemplares de pele humana que lhe foram doados, entre outras obras suas e de artistas convidados..
A exposição no seu todo é composta por diversos espaços onde a artista, juntamente com todos os colegas que convidou a participar (aqui funcionou como curadora), através de instalações, intervenções, telas gigantes, pinturas na parede, etc., provoca o publico nalguns casos de forma perturbadora, como no caso da utilização de exemplares de pele humana curtida 
As peles foram recebidas de pessoas que fizeram cirurgias e foram curtidas pela artista que procurou preservá-las como as recebeu. A sua intenção era mostrar a vida e não a morte, e ao mesmo tempo causar estranheza nos visitantes, para levá-los a refletir e se questionar.
Albertina ao nos confrontar com as peles de pessoas vivas estabelece também uma relação entre elas e a superfície ou pele do planeta, remetendo-nos para a semelhança da sua composição através de minerais e água.
Apele está muito associada á sensibilidade e á nossa essência sagrada. Há nesta exposição uma intenção de levar as pessoas a pensarem sobre si mesmas, sobre o planeta, sobre a relação que mantem com ele, sobre a efemeridade da sua existência neste plano e também indiretamente a responsabilizá-los sobre o que estão a fazer agora e sobre as repercussões do que fazem para as gerações vindouras que incluem seus filhos, netos etc..
A arte é uma ferramenta poderosa de autoconhecimento, cura e transformação. Albertina através de toda a exposição leva-nos ou melhor, incita-nos, obriga-nos a fazer questionamentos sobre nossa papel nesta vida e a responsabilidade das nossas ações como criadores, sobre o planeta em geral, 
Em resumo, a preocupação com a longevidade do planeta e uma reflexão sobre a vida, são os dois focos principais do seu trabalho e indiretamente da realizadora Mara Salla, ao expor a vulnerabilidade da artista.
Ambos precisamos de atenção e cuidado, nós enquanto seres humanos e o planeta onde habitamos e que nos alimenta.
Cascavel 26 de março de 2018
Fernando Gil

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