Buscar

Fichamento do cap 8 de British Imperialism

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Fichamento do capítulo 8 do livro "British Imperialism" 
Prof.: Hugo Rogério Suppo 
Aluno: João Victor Botelho Santos 
 
 
 
 
Fichamento do livro "British Imperialism" 
Capítulo 8: Was the British Empire racialist or racist? 
(O Império Britânico era racialista ou racista?) 
 
1. Stereotyping the coloniser and the colonised (Estereotipando o 
colonizador e o colonizado) 
 
Nesse capítulo, Robert Johnson discute a classificação do império Britânico como racista ou 
racialista. Para isso o autor utilizará a visão de diversos autores europeus e norte-americanos para 
chegar a uma conclusão sobre a política social imperialista. 
Johnson abre o capítulo relatando a dificuldade de se distinguir racismo de racialismo. 
Pouco depois ele relata que, no século 20, raça era um objeto de pesquisa para explicar tanto as 
diferenças quanto a evolução dos indivíduos. A partir dessa ideia ele define racialismo e racismo 
como: racialismo seria apenas o estudo e distinção das "raças", não configurando, pra ele, uma 
ideia de superioridade; já o racismo é a ideia de que na natureza humana há a superioridade de 
uma raça sobre a outra. 
No texto ele aborda as possíveis causas do racismo, que pode estar associado à mão de 
obra barata ou insegurança. 
Passemos então para o início da ideia de superioridade inglesa e o possível racismo: os 
ingleses desse século começaram a se considerar superiores devido a suas instituições como a 
moralidade, leis, religião e política. E, pelos não-europeus não apresentarem o mesmo 
desenvolvimento que o deles, os ingleses consideraram eles menos evoluídos e que eles deviam 
passar pelos mesmos processos que os europeus para atingir aquilo que eles tinham por 
desenvolvimento. 
De acordo com os britânicos esse era o objetivo da colonização. Johnson diz que os 
Africanos eram considerados inaptos para se autogovernarem, pois eram povos sem história ou 
cultura. A ideia da inferioridade foi "comprovada" por cientistas renomado, como Darwin, que 
disseram estar certa a ideia da diferença entre humanos, o que deu base cientifica para o racismo. 
Com a própria ciência apontando pra hierarquização, os europeus começaram a se considerar o 
exemplo da beleza, inteligência, moral, integridade e coragem. Em contrapartida, a tez negra era 
sinônimo atraso e imaturidade, e buscaram evidenciar esse atraso apontando a tecnologia obsoleta 
dos Africanos e a resistência dos povos à serem dominados. Mas, apesar disso, havia a esperança 
de alguns britânicos de que futuramente os povos Africanos se desenvolveriam até que a única 
diferença entre brancos e negros seria a cor. 
Porém, havia aqueles que não compartilhavam desses ideais, como o sir Alfred Milner, alto 
comissário da colônia do Cabo, que disse que seus patriotismos só eram limitados pela diferença 
racial, pois, antes de ser apenas um inglês, ele era um imperialista. Ou como Cecil Rhodes, 
minerador de ouro e diamantes, que acreditava ser os europeus propagadores das ideias divinas e 
a "raça" mais elegante existente. 
Depois de expor a opinião desses imperialistas, Robert discorre sobre o grande pessimismo 
acobertado que abate os europeus: por esses europeus colonizadores estarem tão próximos do 
que consideram como bárbaro, eles temem que acabem por seguir esse mesmo caminho de rudez. 
Eles temem perder as leis europeias, pois consideram que sem elas, viveriam em estado de 
anarquia. Isso pode ser considerado como um dos motivos da segregação, que Johnson irá se 
aprofundar mais à frente. 
 
 
 
 
É nessa hora que o autor sente a necessidade de defender alguns imperialistas, pois para 
ele nem todos eram racistas, a exemplo ele cita David Livingstone, um advogado do Império 
Britânico que tinha esperanças de que a escravidão Africana e Arábica terminasse com a 
intervenção europeia. Para Livingstone, os nativos deveriam considerar a colonização uma benção 
e que suas industrias deveriam aproveitar a oportunidade da colonização para estimular a troca 
entre os povos. 
Alguns colonizadores, como o sr. Courteney Ilbert, autor da lei de jurisdição de 1883, 
acreditavam que a animosidade racial era estimulada pela oposição e que havia um plano para 
desacreditar o governo liberal. Robert Johnson também cita o caso do Lorde Canning, que, mesmo 
após uma rebelião indiana, se recusou a impor represarias baseadas em diferenças de classes e 
credos. Há também Mary Kingsley, uma viajante e escritora europeia, que critica os estadistas 
europeus que se mantem na Europa e acreditam que a África é habitada por selvagens ou crianças 
tristes. E por último o texto fala de M.P. Henry Labouchere, que critica a expansão colonialista – 
embora nunca tenha defendido o fim do império porque não era capaz de imaginar um governo 
capaz de substituir a Grã-Bretanha – e a crueldade dos oficiais britânicos, que sucumbiram ao 
prazer pela dominação. 
No final desse tópico o autor revela que ao fim de 1ªGM a ideia de que as "raças" não 
conseguiriam se desenvolver começa a falir. Isso porque começaram a entender que os povos 
estão em diferentes estágios de desenvolvimento e, portanto, a política europeia de administração 
desses povos começa a ser substituída por uma política de parceria. Porém, ainda assim houve 
exceções: na África do Sul, foi oferecido aos colonizadores as opções entre fazer parte do Estado 
África do Sul ou se auto governarem deixando de fora todos os não brancos; no Kenyan, os 
colonizadores escolheram o autogoverno; os colonos indianos implementaram os Direitos Civis até 
aos indígenas, e consideraram que os nativos não eram capazes de ter sua autodeterminação. 
 
2. Segregation, class and identity (Segregação, classe e identidade) 
 
Johnson aqui relata que por desconfiarem dos nativos, os britânicos incentivam a segregação 
em todo o império. Para isso, foram criadas, nas suas cidades e bairros, áreas especificas para 
brancos, os chamados aquartelamentos. O autor também aponta para o rápido processo de 
crescimento das cidades costeiras, que têm essa expansão acelerado por causa de seus papeis 
como portos e centros de troca, além da atração que geram aos trabalhadores e comerciantes. Ele 
depois cita exemplos como Hong Kong, que começou como apenas uma vila; Singapura, beneficiada 
pelos seus portos; Cidade do Cabo, que atraia uma ampla gama de etnias; e Kingston, Jamaica, 
onde também havia bastante interação entre as etnias. 
De volta ao tema da segregação, Johnson diz que a segregação se torna mais formalizada 
no século 20, entre as razoes está a desconfiança que os colonos tinham pelos habitantes locais, o 
que os fez buscar por segurança, o autor cita o caso dos Zulus que foram atrás de emprego nas 
cidades de Natal e acabaram causando uma revolta. Para evitar casos assim, eles baniram os 
Africanos dos centros das cidades e só eram permitidos morar nos entornos, também era requerida 
permissão para circular pela cidade. 
Em comparação, ele dá os exemplos do canada, nova Zelândia e Austrália, que não haviam 
o sistema de divisão, colonos e colonizados viviam juntos. Johnson também fala de cidades 
modeladas fielmente iguais a cidades inglesas, assim os colonos poderiam esquecer que estavam 
em um país estranho, quilômetros longe de casa. Para aplacar essa nostalgia, os colonos criaram 
clubes para brancos, mas eles não consideravam esses clubes racistas, pois a motivação era que a 
intenção do clube era promover a interação entre pessoas "do seu próprio tipo". 
Outro caso de relevância para o autor é a de que apesar dos soldados serem abusivos e 
violentos com os negros, eles as vezes ajudavam a população local, como no caso que o autor cita 
no qual um árabe está sendo acusado injustamente de roubo, mas um soldado protege ele. Os 
soldados também são indiferentes ao império, para o autor, o longo tempo distante de casa tornou 
os soldados indiferentes à populaçãoe suas terras. 
 
 
 
 
Nesse período de segregação, a mistura étnica é vista como suspeita e condenável perante 
a população branca. As relações entre as etnias eram conservadas basicamente pelo exército da 
índia e por jogos de críquete. O comercio também eram outro fator de interação ente os povos. 
Porém, o próprio autor confirma que a divisão de trabalho na colônia reflete as diferenças de 
classe e étnicas: os colonos normalmente têm cargos especializados e de liderança, enquanto os 
não-brancos ficam com os cargos menos qualificados e considerados não respeitados. 
Algo muito importante que o autor cita é que os britânicos tentaram sempre que podiam 
trabalhar com a estrutura política e social já formada na colônia, fazendo as alterações necessárias 
para inserir-se na hierarquia, instaurar protocolos e dar-se precedência. Assim eles que decidiam 
quem seria a elite e ao mesmo tempo os colonizados não se sentiriam ofendidos por uma mudança 
brusca na política e ordem social. 
Os britânicos também contavam com missionários com a missão de influenciar as populações 
a adotarem os costumes ocidentais e a própria língua inglesa, religião, etiqueta, assim se tornava 
mais fácil de dominar os povos. 
Outro motivo da segregação citado pelo autor é a preservação da identidade. Isso porque a 
relação próxima entre colonizador e colonizado fazia os nativos de algumas colônias, como canada, 
Austrália, nova Zelândia, se verem como britânicos também. Logo a segregação serviria para afastar 
esse raciocínio. 
Na África, a comissão de assuntos nativos aprovou a segregação, segundo o autor, por 
motivos de segurança e, secretamente, por mão de obra barata. 
Enfim, o autor entra na questão de desigualdade de tratamento entre os britânicos e a 
população local. Para ele, essa desigualdade pode ser sim baseada na "raça", porem ele também 
afirma que a negação dos direitos dos nativos era um fenômeno geral do imperialismo nas nações 
com habitantes europeus. A causa era a proporção entre a população local e a população europeia, 
os nativos estavam em muito maior numero e caso todos fossem tratados iguais os colonizados não 
se veriam como tal e poderiam tentar sobrepujar a pouca população estrangeira. Logo, a negação 
dos direitos não era totalmente racista, uma vez que eles tinham que manter as massas sobre 
controle e a negação dos direitos foi a melhor forma. 
Porém, ainda assim o imperialismo foi um dos piores casos de preconceito racial do século 
20, junto com o nazismo. Se por um lado a Grã Bretanha agiu com simpatia e generosidade, por 
outro prejudicou profundamente essas colônias e o fez indiferente. Além disso, o império governou 
essas colônias sem que essas concedessem, instaurou suas regras e fez sua justiça, e o pior, 
estipulou a divisão racial. 
	Capítulo 8: Was the British Empire racialist or racist?
	1. Stereotyping the coloniser and the colonised (Estereotipando o colonizador e o colonizado)
	2. Segregation, class and identity (Segregação, classe e identidade)

Outros materiais