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Contrato de Fiança apres

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Contratos: Fiança
Direito Civil
UniAnchieta
Professor Édison Prado
Contrato - Fiança
Garantias em vistas à satisfação do credor;
Contrato por meio do qual o fiador garante ao credor o pagamento da divida, caso o devedor não o faça;
Por escrito e não admite interpretação extensiva (art. 819 C.C);
É um contrato acessório (depende do principal);
Independente da vontade do devedor (sem saber ou contrário a sua vontade), porque é um instrumento de proteção ao credor (art. 820 C.C);
Natureza Jurídica
Modalidade Contratual de natureza acessória, porque só existe como garantia da obrigação de outrem;
Caráter acessório e subsidiário;
UNILATERAL (obrigação ao fiador);
BILATERAL IMPERFEITO (se for demandado a pagar poderá pedir de volta ao devedor original) - Sub-rogação dos direitos creditórios primários, conforme Eduardo Espínola.
Contrato personalíssimo ou intuitu personae.
Espécie de Fiança
A fiança pode ser:
Convencional – Resulta do acordo entre partes e deve ser escrito;
Legal – Imposta pela lei (CC, art. 1.400)
Judicial – Determinada pelo Juiz de oficio ou a requerimento das partes (CPC, art. 925)
Requisitos
Não podem ser fiadores
Podem ser fiadores
Exceções
Pródigo, Incapazes.
Pessoas que tenham livre disposiçõesde seus bens
Analfabetoe Cego -Procuraçãodeveser dada porinstrumento público
Agentes fiscais, leiloeiros etesoureiros.
Cônjuge emregime de separação absoluta
Cônjuge em regime de separação parcialde bens
com outorga uxória
Entidadespúblicas (Governamental, militar)
Efeitos da Fiança
Os efeitos da fiança estão disciplinados e dispostos nos artigos 827 a 836 do Código Civil de 2002, que para o credor, fiador e devedor, vários são os efeitos ou consequências advindos do contrato de fiança, sobretudo para o fiador.
A fiança por ser um instrumento que garante uma obrigação do devedor principal, tem seus efeitos quando o mesmo deixa de cumpri-lo e, restrito na forma contratada, não pode ir além da dívida e nem ser mais onerosa, conforme Art.823, CC.
Neste caso, pode o credor acionar o fiador para responder pela dívida e exigir o que foi afiançado.
Esta obrigação transmite aos herdeiros, porém a responsabilidade que a lei lhes impõem se limita até a morte do fiador. E não pode ultrapassar as forças da herança, conforme Art. 836, da CC.
Por ser um contrato acessório e fidejussório, poderá o fiador se aproveitar de todas as despesas das quais teria o devedor principal em relação ao credor.
Benefício de Ordem
Um dos principais efeitos da fiança é o Benefício de Ordem ou de Excussão.
Ele permite que o fiador, quando demandado, indique os bens livres e desembaraçados do devedor principal. No entanto, pode requerer este benefício antes da contestação da lide e que sejam suficientes para liquidação da dívida.
A finalidade deste tal benefício é permitir que o fiador evitar que seus bens sofram excussão, posto que a sua obrigação é acessória e subsidiária.
Quando o benefício de ordem não pode ser alegado
	Por mais que seja estipulado na lei seguindo uma regra geral, as partes nas cláusulas contratuais, podem estipular de forma diversa, renunciando expressamente ao benefício ou implementando a responsabilidade solidária.
 Assim, o benefício de ordem não poderá ser alegado pelo fiador quando:
Deixar de indicar no prazo da contestação os bens do devedor principal;
Quando os bens do devedor principal não localizarem no mesmo município, ou não forem suficientes para cumprir a obrigação;
Quando o fiador assume expressamente o papel de devedor principal ou quando renuncia ao beneficio, sendo assim, ambos ter que constar inscrito no contrato de fiança;
Quando o devedor principal for considerado insolvente civil ou falido.
A Solidariedade dos Cofiadores
A fiança dada por duas ou mais pessoas acarreta, salve ajuste expresso, a solidariedade entre os fiadores, isto se não reservarem o benefício de divisão.
O fiador tendo assumido o pagamento da dívida poderá recuperar o seu prejuízo. 
O devedor responde também perante o fiador por todas as perdas e danos que este pagar, e pelos que sofrer em razão da fiança.
O fiador poderá interferir na cobrança do devedor inadimplente, desde que, o credor, sem justa causa, demorar a execução iniciada contra o devedor.
O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo, sempre que lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante 60 (sessenta) dias após a notificação do credor.
A fiança por prazo determinado extingue-se com o advento do termo, e que a prestada por prazo indeterminado, mas garantindo negócio com prazo determinado, cessa com a extinção do negócio subjacente, tendo em vista que o acessório segue o principal. 
Extinção da Fiança
A morte do fiador extingue a fiança, mas a obrigação passa aos seus herdeiros, limitada porém as forças da herança e aos débitos existentes, até o momento do falecimento. A morte do afiançado, não a extingue, os herdeiros respectivos são meros continuadores do de cujus. Artigo 836 CC.
Extinção da Fiança
Extinguindo-se o contrato principal, extingue-se também a fiança, (art. 838 CC).
Existem quatro causas em que o credor poderá dar causa de extinção da fiança:
Moratória concedida pelo credor ao devedor, sem consentimento do fiador;
Frustração do fiador na sub-rogação nos direitos do credor em relação ao devedor. 
Dação em pagamento (datio in solutum) que constitui forma de pagamento, ainda que indireta, extinguindo a fiança que não se revigora se a coisa dada em pagamento vier a sofrer evicção.
Retardamento do credor na execução em que se alegou benefício de ordem (art. 839). Se do retardamento da execução resultar que o devedor venha a ficar em estado de insolvência, o devedor fica exonerado de pagar a dívida, se provar que os bens indicados quando apontado o benefício de ordem, na época eram suficientes para quitação da dívida.
CONCLUSÃO
A fiança é a garantia pessoal (caução fidejussória) 
Considerando que a fiança um contrato acessório em relação ao contrato principal e, em geral, gratuita, seus efeitos estão restritos à forma contratada, não podendo ir além da dívida nem lhe ser mais onerosa. 
O fiador só poderá ser acionado para responder pela dívida afiançada após o descumprimento da obrigação pelo devedor principal.
É um contrato “intuitu personae”relativamente ao fiador, isto é, uma garantia pessoal, realizada na base da confiança, visto que para ser celebrado será imprescindível a existência da confiança entre credor e fiador.
O instituto da fiança tem como objetivo dar maiores garantias e possibilidades do credor receber a sua dívida. O fiador, quando assume a obrigação de garantir um contrato é responsável nos exatos termos em que se obrigou e, caso não haja o pagamento da dívida, responde com seus bens patrimoniais pessoais. Se o devedor não pagar a dívida ou seus bens não forem suficientes para cumprir a obrigação, o credor poderá voltar-se contra o fiador, reclamando o pagamento.

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