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Fiança: Garantia Fidejussória

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FIANÇA 
É uma garantia, uma pessoa de fora que garante o pagamento de fato, para dar uma segurança 
jurídica ao recebimento da obrigação. Constitui uma garantia fidejussória ampla, que acede a 
qualquer espécie de obrigação, seja convencional, legal e judicial 
REGRA: primeiro executa a pessoa, buscar bens em nome do inadimplente, é subsidiariamente busca 
bens do fiador 
- No mesmo papel pode instrumentalizar dois negócios jurídicos e a fiança pode estar no mesmo 
papel 
- Caso ocorra a inadimplemento, o fiador cumpre com a totalidade das obrigações 
*Garantia fidejussória, fiança: é de natureza pessoal, representada pelo patrimônio geral de terceiro 
*Banco não celebra negócio com pessoa e sim com patrimônio da pessoa. 
*Pode dar hipoteca de bem próprio (garantia real), ou bem de terceiro 
Diferença entre hipoteca, penhor e penhora: 
Hipoteca- é quando dá um bem imóvel em garantia (casa) 
Penhor- é quando dá um bem móvel em garantia (moto) 
Penhora- é um ato judicial 
- No caso de hipoteca de terceiro, a pessoa não assume a obrigação de pagar o empréstimo e sim de 
dar o imóvel em garantia do não cumprimento da obrigação, perde o imóvel, em caso de 
inadimplemento, mas não responde pelos acessórios, como os juros. 
- Quando se é fiador sem limitação, é responsável até pelas custas finais do processo 
Art. 818. Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida 
pelo devedor, caso este não a cumpra. 
Art. 819 – a efetivação da fiança depende da forma escrita, por instrumento público ou particular, no 
próprio corpo do contrato principal ou em separado, desde que por escrito e as disposições relativas 
à fiança devem ser interpretadas de forma restritiva, de maneira mais favorável ao fiador. 
Art. 820 – a fiança pode ser estipulada mesmo contra a vontade da parte (filho – empréstimo no 
banco) 
Art. 821 – as dividas futuras podem ser objeto de fiança, porém, somente quando a dívida se tornar 
exigível a obrigação afiançada – a obrigação de fiança é acessória, que deve seguir a obrigação 
principal 
Art. 822 – se a fiança é prestada sem que conste do instrumento as restrições, a fiança compreenderá 
todos os acessórios da dívida principal, inclusive as despesas judiciais, desde a citação do fiador, no 
entanto, o fiador se torna responsável por todo e qualquer prejuízo causado pelo afiançado. 
Art. 823 – o fiador pode limitar a garantia a somente uma parte da dívida, inferior ao da obrigação 
principal e contraída em condições menos onerosas, no entanto, não podendo ser de valor superior 
ou mais onerosa que a obrigação principal, pois a acessória não pode exceder a principal, caso 
aconteça, não se anula toda a fiança, somente o excesso, reduzindo ao montante da obrigação 
afiançada – o contrato de fiança é por excelência acessório, no entanto, não existe fiança sem um 
contrato principal. 
Art. 824 – nula a obrigação principal, a fiança desaparece, EXCETO, se da nulidade resultar apenas a 
incapacidade pessoal do devedor – o fiador, conhece o devedor, no entanto, deveria arguir essa 
incapacidade do devedor no momento da assinatura do contrato, não apenas quando for 
demandado 
Pú- se o mútuo for feito a menor, o fiador não é obrigado a pagar (nos casos do Art. 588 e 589 – no 
589 estão os casos que pode cobrar do menor) 
 
Art. 825 – há uma possibilidade de recusa pelo credor, do fiador indicado pelo devedor, o credor não 
pode ser obrigado a aceitá-lo se não for pessoa idônea, domiciliada no município onde tenha de 
prestar a fiança, e não possua bens suficientes para cumprir a obrigação. 
Art. 826 – caso o fiador se torne insolvente ou incapaz, o credor possui o direito de exigir do devedor 
a substituição do fiador 
Art. 827 – benefício de ordem: primeiro deve ser executado bens do devedor 
 
Benefício de ordem: consiste em uma prerrogativa, conferida ao fiador, de exigir que os bens do 
devedor principal sejam executados antes dos seus. Pode o fiador, quando demandado, indicar bens 
do devedor, livres e desembaraçados (sem nenhum bloqueio); e somente até a fase da contestação, 
que sejam suficientes, para saldar o débito, a fim de evitar a excussão de seus próprios bens (Art. 
827), pois a obrigação é acessória e subsidiaria (o fiado pode exigir que sejam primeiro executados 
os bens do devedor) 
Pode ocorrer exclusão do benefício de ordem: Art. 828: 
Art. 828. Não aproveita este benefício ao fiador (exclusão do benefício de ordem): 
I - se ele o renunciou expressamente; 
II - se se obrigou como principal pagador, ou devedor solidário; 
III - se o devedor for insolvente, ou falido. 
Art. 829 – Solidariedade dos cofiadores: se não houver especificação da parte da dívida que cada 
fiador garante, pode o credor, em caso de inadimplemento do devedor principal, exigir de um, de 
alguns, ou de todos os fiadores o TOTAL da divida 
Art. 830 – caso cada fiador fixar no contrato a parte da dívida que toma sob sua responsabilidade, 
não será por mais obrigado a responder pela dívida total. 
Art. 831 – Sub-rogação legal do fiador - fiador que pagar integralmente a dívida fica sub-rogado nos 
direitos do credor; mas só poderá demandar a cada um dos outros fiadores pela respectiva quota. 
Parágrafo único. A parte do fiador insolvente distribuir-se-á pelos outros. 
 
Art. 832 – O devedor responde também perante o fiador por todas as perdas e danos que este pagar, 
e pelos que sofrer em razão da fiança. 
Art. 833 - O fiador tem direito aos juros do desembolso pela taxa estipulada na obrigação principal, 
e, não havendo taxa convencionada, aos juros legais da mora. 
Art. 834 - Quando o credor, sem justa causa, demorar a execução iniciada contra o devedor, poderá 
o fiador promover-lhe o andamento, caso fique injustificadamente paralisada – exemplo do caso em 
que o banco entra com uma ação contra o devedor, porém, fica enrolando, perdendo prazos, o fiador 
pode se valer das medidas procedimentais e buscar uma intervenção nesse processo para dar 
andamento e receber o crédito. 
Art. 835 – exoneração da obrigação: O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem 
limitação de tempo, sempre que lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante 
sessenta dias após a notificação do credor. 
Art. 836 - obrigação do fiador passa aos herdeiros; mas a responsabilidade da fiança se limita ao 
tempo decorrido até a morte do fiador, e não pode ultrapassar as forças da herança. – o fiador morre, 
mas desde quando assinada a obrigação, até a data da morte do fiador, a obrigação transfere aos 
herdeiros do fiador, ou seja, os herdeiros são responsáveis, caso o fiador tenha deixado patrimônio, 
pela obrigação até a data de sua morte. 
 
 
 
 
EXTINÇÃO DA FIANÇA 
Art. 837 - O fiador pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais, e as extintivas da 
obrigação que competem ao devedor principal, se não provierem simplesmente de incapacidade 
pessoal, salvo o caso do mútuo feito a pessoa menor. – o fiador pode opor, embargar, contestar, um 
processo apresentando todas as exceções que ele tem, como parte que já pagou, por ex, bem como 
alegar as nulidade (defeitos) do contrato principal. 
 
Art. 838 – Além das causas que extinguem os contratos em geral, a fiança extingue-se por atos 
praticados pelo credor, especificados nesse artigo: 
I – Concessão de moratória (dilação do prazo contratual), ao devedor, sem o consentimento do 
fiador, ainda que solidário, 
II – Frustação da sub-rogação legal do fiador nos direitos e preferencias (por abrir mão da hipoteca, 
p. ex) 
III – Aceitação, em pagamento da dívida, de dação em pagamento feita pelo devedor, pois nesse caso 
ocorre pagamento indireto, que extingue a própria obrigação principal. 
Art. 839 - Se for invocado o benefício da excussão e o devedor, retardando-se a execução, cair em 
insolvência, ficará exonerado o fiador que o invocou, se provar que os bens por ele indicadoseram, 
ao tempo da penhora, suficientes para a solução da dívida afiançada. 
• Basta provar que, ao tempo da penhora, os bens nomeados eram suficientes para a solução 
da dívida afiançada

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