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Transferência da Psicanálise das Crianças.
A doença na criança é apenas uma questão quantitativa (mais ou menos) assim as dificuldades 
alimentares, terrores noturno,fobias,desinteresse entre outros...podem ser a manifestação de 
predisposições mórbidas. Quando se torna possível estabelecer, a partir de observação das neuroses 
infantis,um inventário de sinais sintomáticos,se observa que muitos deles se encontra em crianças que 
podem ser consideradas “normais”. Portanto a importâncias do jogo e operar uma ampliação;permitir 
conhecer a que grau da profundidade do psiquismo nascem os fantasmas,reconhecer o tempo e o 
momento da fixação e diagnosticar com relativa segurança a perturbação que no desenvolvimento que 
constitui a neurose. Este instrumento de cura tem portanto suas limitações e raramente é utilizado a partir 
do seis anos - limiar teórico do período latente – e só de modo excepcional na puberdade. Para Mélanie 
Klein a cura das crianças de pouca idade dá lugar a uma transferência negativa nas primeiras sessões e 
positiva a partir do momento em que se estabelece o relacionamento analítico. A transferência no processo 
analítico com as crianças traduz a presença de um conjunto de princípios morais de extremo rigor -o 
superego - deste a idade precoce.
Relação Edipiana
Klein demonstra que a relação edipiana é muito precoce. A formação do complexo de Édipo e do superego 
-concomitante- o acontecimento que produz o trauma do desmame conduz simultaneamente ao 
desencadeamento de pulsões de destruição dirigidas contra o seio materno e ao aparecimento de um 
sentimento de culpabilidade, resultante da interiorização do objeto frustrante que fundamenta o 
desenvolvimento ulterior do superego. Se estabelece assim desde os primeiros anos de vida,a 
ambivalência afetiva da relação com o objeto que, é a essência do conflito edipiano .Em relação ao 
comportamento agressivo destrutivo da criança,o incentivo ao conhecimento desenvolve-se mesmo antes 
do surgimento da linguagem a curiosidade manifesta ou latente do quarto ano de vida marca o seu limiar e 
não o seu nascimento. Em ambos os sexos se opera muito cedo uma identificação com a mãe,que está na 
origem da fase de feminilidade. No menino manifesta-se muito cedo e até o período de latência um 
“complexo de feminilidade” que corresponde segundo Klein ao complexo de castração. Em outras palavras 
significa,à consciência da falta do pênis na menina; sucede assim que o medo da mãe – a qual a criança 
quis furtar o conteúdo do seu corpo e contra o qual exerce tendências destrutivas – não e menos forte que 
o medo do pai. Após esta fase o menino se identifica com o pai e passa a rivalizar-se com ele associando 
ainda de maneira intima, no desejo de possuí-la, tendências destrutivas e tendências reparadoras.
Na menina segundo Klein o desejo de receber o pênis,fonte ilimitada de satisfação,seguindo este desejo à 
frustração constituída pelo desmame. Como resultado desta frustração,o seio se torna objeto de 
tendências destrutivas e o pênis o bom objeto da satisfação do qual a mãe se apropriou do pênis a priva. 
Assim se observar que na menina,paralelamente a um desenvolvimento psicossexual mais precoce a 
presença de um superego,quer dizer;de princípios morais,particularmente rigoroso e sádico. No adulto o 
acesso à organização genital da libido é mais problemático e mais diretamente submetido às exigências do 
superego na mulher do que no homem. Mélanie no tratamento analítico das neuroses infantis, portanto 
insistiu em afirmar que na precocidade das tendências destrutivas, e também pôs em evidência a mesma 
precocidade do mecanismo de interiorização que está na base do desenvolvimento do superego. Portanto 
o significado do complexo de Édipo a partir do sexto mês sofreu uma profunda modificação. Conclui-se 
logo que as primeiras relações objetivas que se adquirem logo ao nascimento determinam essencialmente 
o desenvolvimento ulterior do psiquismo. Assim a partir do nascimento a criança tem no seio materno o 
objeto de suas tendências fisiológicas à “pulsão sexual. Do mesmo modo a partir do nascimento a 
criança,se exerce as pulsões de vida e as pulsões de destruição,e é a partir dos primeiros meses de vida 
que este fenômeno tem mais força. Assim a partir deste ponto, o fenômeno construtivo da vida 
psíquica;são o caráter inato das tendências destrutivas ou “sádicas” e o seu investimento imediato no