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DHistologia Epiderme (queratinócitos) Camadas: 1) Basal; 2) Espinhosa (ou de Malpighi); 3) Granulosa; 4) Córnea Entre as células, temos os desmossomos que as mantém unidas Outras células: melanócitos e de Langerhans (céls apresentadoras de antígeno) Derme Camadas: 1) papilar; 2) reticular É a região da pele inervada e vascularizada Lesões Elementares Alteração apenas na cor Vasculossanguíneas Eritema (vasodilatação) – somem à digitopressão Se em mucosa, enantema Purpura (extravasamento de sangue) – não somem à digitopressão Petéquias < 1 cm Equimose > 1 cm Víbice serpentiforme *Na prova, púrpura é igual à plaquetopenia ou vasculite Pigmentares Melanodérmica ou hipercrômica – efélides, por exemplo Leucodérmicas ou hipocrômicas – vitiligo, por exemplo Elevações sólidas Pápulas < 1 cm Nódulos 1 a 3 cm Tumor > 3 cm Placa quando é crescimento é mais difuso Elevações com conteúdo líquido Seroso Vesícula < 0,5cm Bolha > 0,5cm Purulento Pústula < 1cm Abscesso > 1 cm Hematoma Sangue! Espessura da epiderme Ceratose (hiperceratose) mais comum em palmas e plantas. Normalmente, esbranquiçada e descamativa Liquenificação espessamento com aumento dos sulcos. Comum na atopia por prurido intenso. Esclerose endurecimento com aumento de colágeno Solução de Continuidade Erosão epiderme Ulceração derme Doenças Infectoparasitárias Hanseníase Agente etiológico: Mycobacterium leprae Transmissão aére: alta infectividade/baixa patogenecidade Tempo de incubação longo 2 a 7 anos Características Gerais Pele: lesão + alteração da sensibilidade Nervo Periférico: espessamento ou neuropatia (muito difícil haver comprometimento nervoso sem lesão de pele) História Natural e Classificação Clínica Inicialmente, tem-se a Forma Indeterminada, com máculas hipocrômicas, perda de pêlos e diminuição da sensibilidade, mas baciloscopia negativa. Ela pode evoluir para cura espontânea ou se apresentar numa destes três formas Tuberculóide Paciente com boa imunidade celular Placaras eritematosas, hipocrômicas, com bordos bem definidos, sensibilidade diminuída. Até 5 lesões. Baciloscopia negativa Dimorfa ou BorderLine Paciente com imunidade celular moderada Clínica parecida com a tuberculóide, porém mais mais de 5 lesões. Baciloscopia positiva Virchowniana Paciente com ruim imunidade celular (provavelmente, padrão humoral de imunidade) Placas eritematosas, infiltrativas, difusas e podendo formar nódulos A capacidade de fazer infiltração na pele que leva à deformidade, à face leonina, à madarose Baciloscopia ricamente positiva *Na neuropatia diabética, primeiro se perde a sensibilidade profunda (vibração, propriocepção) *Na Lepra, a ordem de perda da sensibilidade é: 1) térmica; 2) dolorosa; 3) tátil. Usar monofilamento de Sennes-Weinstein: quanto mais grosso, mais tempo de doença para haver perda da sensibilidade. Serva para acompanhamento da doença Diagnóstico É clínico-epidemiológico (1 achado) Lesão de pele com alteração de sensibilidade Acometimento de nervo periférico Baciloscopia + (lóbulos de orelha ou cotovelo ou na própria lesão) – no exame, serão identificadas as globias Teste de Mitsuda verifica a imunidade celular – está em desuso. É o equivalente do PPD, mas apresenta utilidade apenas na forma tuberculóide, já que precisa de resposta da imunidade celular TRATAMENTO Classificação Forma Clínica Tratamento Paucibacilar (< 5 lesões) Indeterminada (mancha hipoanestésica) Rifampicina 600mg 1x/mês + Dapsona 100mg/dia Tuberculóide (placa eritematosa bem delimitada) Multibacilar (> 5 lesões) Dimorfa/BorderLine Idem + Clofazima 300mg 1x/mês + 50mg/dia Wirchowiana (infiltração difusa) Paucibacilar 6 doses sob supervisão (até 9 meses) Multibacilar 12 doses sob supervisão (até18 meses) Reações Hansênicas não precisar interromper ou reiniciar tto Tipo 1 (ou reversa) mais comum no tuberculóide (paucibacilar). Lesão cutânea mais nítida e piora da neuropatia. É uma reação celular. Tto com CTC 1 a 2mg/kg/dia Tipo 2 (ou eritema nodoso) nódulos SC eritematosos (podem ulcerar). É por imunocomplexos – faz febre, orquite, glomerulonefrite, artralgia. Ocorre em pctes multibacilares. Tto com talidomida, CTC, pentofilina. Protozooses Leishmaniose Tegumentar Americana Agente etiológico: L. Brazilienses; L. Amazonensis; L. Guyomens *Lembrar que o ag. etiológico da Leishmaniose Visceral é o L. chagasi Transmissão vetorial: Lutzomyia (Flebotomíneos) Reservatório: animais Incubação: de 1 a 3 meses Clínica: Pápula úlcera vegetação Úlcerade borda levantada, emoldurada e Indolor DxD da Leishmaniose Tegumentar Difusa Lepra Virchowiana Dx: exame direto; cultura no meio NNN; sorologia; Reação de Montenegro (exceto na difusa, pois o paciente não tem resposta imune para positivar a reação) Tto: ant. Pentavalente; Anfotericina B; Pentamidina DxD de lesões úlceradas Paracoccidioidomicose (faz estomatite moriforme) Leishmania Esporotricose Cromomicose/CEC Tuberculose Micoses Superficiais (não invadem) Ptiríase Versicolor (Malassezia furfur) – não invade, não inflama. Impede a formação de melanina; por isso, são máculas confluentes com descamação fina. Pode ser desencadeada pelo estiramento da pele – Sinal de Zileri. Diagnóstico é clínico com KOH. Acomete áreas sebáceas (por isso, pós puberdade): face, pescoço, MmIi. Tto com imidazólicos (tio, iso, cetaconazol...) Cutâneas Tinea (dermatofitoses) Agentes: Microsporum; Trico; Epidermophyton são queratinócitos e deflagram reação inflamatória Tinea Capitis Alopécia focal e descamativa (pêlo quebradiço). Tto com Griseofulvina VO Tinea Corporis: eritema circinado, elevado, descamativo, PRURIGINOSO. Tto com imidazólicos, Terbinafina, Ciclopirox. Subcutâneas Esporotricose: jardineiro ou gato. Fez lifangite com nódulos salteados (lifangite em rosário). Tto com iodeto de K+ ou itraconazol Cromomicose (Fonseca pedrosoi): aspecto verrucoso feio para caralho. Tto com itraconazol e cirurgia. Paracoccidioidomicose (Roda de Leme): “BK rural”. Tto com Itra/Anfo B Ectoparasitoses Escabiose Agente etiológico: Sarcoptes scabiei Ele escava a epiderme, formando túneis, e deposita ovos. Clínica Lesão eritematosa, pruriginosa (sobretudo à noite). Túnel, pápulas e escoriação com crostícula em áreas quentes (pela coceira): abdome, nádegas, axila, mama, interdigitais. Nos lactentes: cabeça, palma, planta (poupa fralda) Tto Permetrina tópico e ivermectina VO (tratar familiares, trocar roupa de cama diariamente) *Escabiose crostosa ou Sarna Norueguesa mesmo agente, mas em paciente imunodeprimido, causando quadro grave. Dermatovirose Molusco Contagioso Agente etiológico: Poxvirus (DNA) Pápulas agrupadas com umbilicação central Associações Dermatite atópica, xerodermia Tto Curetagem Família Herpes Vírus HHV 1 herpes labial (ou genital). Tto com aciclovir HHV 2 herpesa genital (ou labial). Tto com aciclovir VZV Varicela e Herpes Zoster. Tto com aciclovir EBV Leucoplasia pilosa, linfomas, mononucleose CMV monolikes e “ites”. Tto com ganciclovir HHV-6 exantema súbito HHV-7 exantema súbito HHV-8 Sarcoma de Kaposi Dermatoses Inflamatórias Farmacodermia Exantema mais comum. Pode demorar até 2 semanas após o uso do medicamento para aparecer. Rash maculopapular é comum pós uso de ATB (penicilinas,sulfas, eritromicina) Tto: tirar a droga, anti-histamínico e/ou CTC Urticária 2ª mais comum. Edema na derme (50% tem edema em mucosa). Placas eritematosas e edemaciadas, de centro pálido, pruriginosa. Pode ser alérgico ou não-alérgico (iECA, morfina, AAS). Tto: tirar droga, AH e/ou CTC. Se anafilaxia, adrenalina IM na coxa. Stevens-Johnson (10% da Superfície corporal) e Necrólise Epidérmica Tóxica (> 30%) Quem causa: ATB, anticonvulsivantes (CMZ), AINE, alopurinol. Pródomo até 2 semanas antes com febre e mal-estar. Faz necrose de pele e mucosa (não havendo lesão de mucosa, não é SJ ou NET) Lesão sistêmica,visceral Eritema bolhas descolamento Sinal de Nikolsky – aparecimento da lesão após tração Dx: clivagem dermoepidérmica na Bx + Hx da droga. Tto: de suporte; tirar a droga; Imunoglobulina?? CTC?? DxD: Sd da Pele Escaldada Estafilocócica – causada por exotoxina (chamada esfoliativa) bolha frágil, mais superficial, e doença poupa órgãos Dress Syndrome – Drug Reaction With Eosinophilia and Systemic Symptoms Buloses Pênfigo foliáceo Anticorpos antidesmossoma (desmogleína 1) Lesões crostosas; bolhas incomuns, pois rompem facilmente; acomete a granulosa Poupa Mucosa! Pênfigo Vulgar Anticorpos antidesmossoma (desmogleína 3) Bolhas flácidas, erosão, bife sangrento, acomete espinhosa Acomete mucosa! *Tto de ambos é CTC, imunoglobulina ou plasmaférese *Penfigóide bolhoso o do NEJM Challenge: idosos, anticorpos contra derme-epiderme, tto com CTC e dapsona. Eczemas = Dermatites (“vermelho que coça”) Espogiose = edema intracelular na epiderme Agudo: espongiose, vesículas Crônico: xerose e liquenificação Tto: hidratante, anti-histamínico, CTC e imunomoduladores Dermatite Atópica HMF +; associação com atopia (rinite e asma) Prurido crônico com pele seca (liquenificação/xerose) Rara antes dos 3 meses (dermatite nessa idade, pensar em D. Seborréica) No lactente Na face, mas poupa região central, e em área extensoa Na cça mais velha, adolescente, adulto Áreas flexoras, dorso das mãos, pescoço, pálpebra Achados sistêmicos Aumento de IgE e diminuição de IgA Associações: alergia alimentar,infecções (erupção variciliforme de Kaposi), colonizados por S. aureus em 75 a 90% (ATB apenas se infecção) Achados cutâneos Hiperlinearidade palmar Ptiríase alba Dupla prega de dimier-morgan Ceratose pilar “Olheira crônica” Nodulação em lábio superior Dermografismo branco Dermatite de Contato Primária: lesão direta (teste de contato negativo) Lesão no loal do contato Detergente e urina são agentes comuns Alérgico: sensibilização prévia (teste de contato +) Hipersensibilidade IV (celular) Anti-histamínico não interfere no resultado do teste de contato A lesão pode ser no local do contato ou disseminada Níquel é o grande vilão – bijouterias, botão de calça Outros Dicromato de K+ (couro e cimento) Formalina (esmalte) Tiuram (borracha; havaianas) Tto: CTC Dermatite Seborréica (“Gordura que cai da cabeça”) Homens; RN devido hormônio maternos (< 3 meses) Escama gordurosa na cabeça (caspa; capuz de leite nos RN), pálpebra, sobrancelhas, sulco nasolabial, retro-auricular. Mais comum no inverno Associação: M. furfur, parkinson, obesidade, DM, ansiedade Tto Xampu com anti-fúngico, ácido salicílico, CTC Dermatite Numular Acomete mais no inverno Pele xerodérmica Pruriginoso, em forma de moeda Tto: CTC Desidrose Vesículas recidivantes com infecção associada Tto: CTC e tratar eventual infecção secundária EritematoDescamativas (“vermelho que descama”) Psoríase Hiperproliferação de epiderme Placa eritemato-descamativa não pruriginosa Melhora com sol e gestação Psoríase vulgar: “placa assintomática”, bem delimitada A comete faces extensora cotovelo, joelho, couro cabeludo (mas poupa face) Dx Curetagem de Brocq Sinais da Vela; Membrana; Auspitz (orvalho sangrante) Piora com etilismo, tabagismo obesidade, Beta-block, lítio, AINE, anti-maláricos Psoríase Invertida Preferência pelas faces flexoras. Acoemete HIV, obesos, negros Fenômenos de Koebner surge lesão em área de trauma (comum na psoríase) Fenômenos de Koebner reverso melhora da lesão após trauma (comum no vitiligo Um mesmo paciente pode ter ou um ou outro; nunca ambos Psoríase Gutata Lesão em gota após infecção estreptocócica em criança Caráter auto-limitada Psoríase Pustulosa Muita inflamação estéril Grave!! Pode surgir após uso de CTC VO Von Zumbusch febre, leucocitose, aumento de VHS Líquen Plano “Ps”: purple, placa, plana, poligonal, purpúrica, pruriginosa, em punho. Associação com hepatite C se acometer mucosa (mucosa em arbusto) Unha: pterígeo (crescimento da pele para cima da unha) Couro cabeludo: líquen plano pilar Câncer de Pele UVAge – envelhecimento raios resistentes; acometimento mais profundo (age em qualquer horário) UVBurn – queimaduras e câncer raios fracos; acometimento mais superficial (raios em quantidade patológica apenas das 9 às 15, 10 às 16) Melanoma Epidemiologia: 20 aos 50 anos FR: muitos nevos, HMF +, UV, Fitzpatrick I e II *Maioria dos melanomas são nevos novos; apenas 25% advém de antigos Formas Extensivo superficial + comum, lento, dorso/perna, lesão prévia, mácula, crescimento radial Nodular + grave, tronco/membros, lesão nova, nódulo vetical Acral: lento, palmo/plantar, mácula, negros Lentigo laigno: lento, cabeça, mácula, idosos, “mais bobão” Dx – avaliar pelo Assimetria Borda Cor Diâmetro Elevação (evolução) Dermatoscopia e Bx Excisional com margem Características Regressão parcial da lesão é mal sinal Sinais inflamatórios perilesionais é bom sinal, pois implica linfócitos T CD8 (citotóxicos) combatendo a doença Classificação de Breslow (valor prognóstico) – medir a partir da granulosa BRESLOW Antigo Novo I <= 0,75 mm I <= 1 mm II 0,76 - 1,5 mm II 1,1 - 2 mm LFN Sentinela III 1,51 - 3,99 mm III 2,1 - 3,99 IV >= 4 mm IV >= 4 *LFN sentinela no II e III e na I com alto risco (regressão, ulceração ou mitose) Investigação de Meta HMG, Hepatograma, TC de abdômen/tórax Tratamento/Margem Ressecção + Interferon alpha In situ 0,5 a 1 cm de margem < 1 mm 1 cm 1 – 2 mm 1 a 2 cm > 2 mm 2 cm ou mais Câncer de Pele Não Melanoma FR: fenótipo claro, idade avançada, homens, UV, ceratose actínica é lesão pré-maligna para CEC Dx: Bx Tto: com remoção total com mínima margem Vitiligo não é FR para câncer de pele CBC + comum; fotoexposição esporádica (principalmente antes dos 10 anos); 2/3 superior da face Sem correlação diretacom área de exposição solar máxima Não tem lesão pré-maligna Passado de acne protege Nódulo-ulcerativo perolado com telangectasia Morfeiforma não ulcera; recidiva (parece cicatriz) CEC mais risco de meta que o CBC; câncer de pele mais associado a negros; comum em imunodeprimidos pós-transplante (o HIV predispõe ao CBC especificamente) Lesões prévias: queimaduras, cicatrizes, HPV, corno cutâneo Locais mais comuns em homem: orelha, lábio (cabelo e batom protegem) CEC in situ – Bowen (placa achatada rósea) Pesentação: placa eritematosa e ceratótica
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