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MÓDULO 2: Noções introdutórias sobre solução de problemas M Ó D U LO 2: N oções introdutórias sobre solução de problem as 2 Introdução Chegamos ao Módulo n. 2. Nesse módulo, faremos um estudo dos conceitos básicos sobre o tema. Analisaremos o que é um processo de trabalho, os indicadores de desempenho de um processo, conceito de problema; como ele surge; como identificar e delimitar o problema; etc. A ideia é fornecer ao leitor uma visão conceitual e noções gerais sobre o tema. Objetivos: • Ao final do módulo, você deverá ser capaz de: • Definir o conceito de processo; • Identificar os elementos componentes do processo • Descrever as relações existentes entre problemas e a ges- tão por processos. • Relacionar as vantagens de analisar as ações produtivas como processos • Compreender a importância dos indicadores de desempe- nho de um processo • Definir o conceito de problema • Categorizar um problema segundo a sua espécie. • Distinguir entre a causa e resultado de um problema Desenvolvimento do módulo Noções sobre processo 3 Introdução Segundo Mello et al (2009, p. 11), de conformidade com a norma ISO 9001:2008, a gestão da qualidade tem oito princípios, dentre os quais está a abordagem de processos. A gestão da qualidade e a solução de problemas passam pela gestão de processos. A abordagem de processos é considerada, como visto e vale repetir, um princípio da qualidade total e deve ser compreendida para que possamos entender o conceito de problema. A compreensão acerca da gestão por processos de trabalho nos permitirá compreender não somente o conceito de problema, mas também o contexto de aplicação dos métodos de análise e de solução de problemas. CURIOSIDADE... Quais são os princípios da gestão da qualidade? A ISO 9001 é baseada em 8 princípios, são eles: 1. Foco no cliente 2. Liderança 3. Envolvimento de todos 4. Abordagem de processos 5. Abordagem sistêmica 6. Melhoria contínua e continuada 7. Decidir baseado em fator reais e concretos 8. Benefícios mútuos entre a organização, os clientes e os fornecedores FREITAS, Alvaro. ISO 9001:2008 – Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos. Disponível em: <http://academiaplatonica.com.br/2011/ges tao/iso-90012008-sistemas-de-gestao-da-qu alidade-requisitos-0-introducao/>. Acesso em: 14/04/2015. M Ó D U LO 2: N oções introdutórias sobre solução de problem as 4 Conceito de processo Processo, segundo Rodrigues (2006, p. 68): (...) é um conjunto de atividades ou funções estruturadas em uma sequência lógico-temporal, com objetivo definido, realizadas por pessoas e/ou máquinas, que visam transformar recursos (entrada), agregando valores, através de recursos de transformação e de uma lógica preestabelecida (metodologia de processamento), resultando em bens e serviços (produtos) para a sociedade e/ou clientes. Leciona Fiel Filho (2010, p. 128/129) que: Segundo a norma NBRISO 9000 (ABNT, 2005), um processo é definido como conjunto de atividades inter-relacionados ou interativas que transformam entradas em saídas. Ainda complementa que qualquer atividade, ou conjunto de atividades, que usa recursos para transformar entradas em saídas pode ser considerada como um processo. Por sua vez, Campos (1998, p. 72) define processo como sendo “(...) um conjunto de causas que provocam efeitos. Processo é sua área de autoridade e os produtos são sua responsabilidade”. Finalidade do processo Segundo Fiel Filho (2010, p. 129) “(...) os processos têm como finalidade agregar valor para o cliente”. Grifei. Quando transformamos o plástico em um copo plástico, o processo de trabalho empregado agrega valor ao insumo, ou seja, agrega utilidade ao produto, o qual, agora, passa a servir como recipiente para que alguém tome água, café, etc. Alguns produtos, dependendo da necessidade e da utilidade, têm mais valor agregado que outros. Por exemplo: em um deserto, um cantil com água gelada tem mais valor que um telefone celular sem sinal de torre. Já em uma cidade, os valores se invertem, de modo que o celular passa a ter mais valor que o cantil. 5 Figura n. 1. Representação do processo Entrada Saída Processo Tarefas que agregam valor Elementos componentes do processo Compreendido o conceito de processo, passamos a estudar agora os elementos componentes de um processo de trabalho. Conforme leciona Rodrigues (2006, p. 68): Todas as atividades produtivas podem e devem ser estruturadas, delimitadas e analisadas como um processo. Uma empresa é um processo; uma diretoria dessa empresa é um processo; um departamento dessa diretoria é um processo; um colaborador desse departamento é um processo. O processo é composto por: fornecedor, entrada ou insumo, processo, saída ou produto e cliente. Fornecedor é a pessoa física ou jurídica que fornece ou provê o insumo. Os insumos ou entradas ou input são os bens ou serviços que serão utilizados no processo de transformação com agregação de valor. O processo é o conjunto de atividades sequenciais que transformam o insumo em produto, agregando valor. As saídas ou produtos são os bens ou serviços resultantes do processo. Por fim, o cliente é o destinatário da saída ou do produto. Note-se que nos temos fornecedores externos e internos. Apenas para exemplificar, o gabinete de uma unidade judiciária é fornecedor interno da Secretaria da Vara. O Gabinete do magistrado fornece, por exemplo, decisões para expedição de documentos, devolução de cargas, etc. Pontue-se, ainda, que M Ó D U LO 2: N oções introdutórias sobre solução de problem as 6 todos os recursos utilizados no processo de transformação são considerados insumos, sejam recursos humanos, materiais, etc. O exemplo abaixo permitirá uma visão mais clara sobre o tema. Figura n. 2: Representação dos elementos componentes de um processo F O R N E C E D O R E S C L I E N T E S Entrada Saída Metodologia de processamento Exemplo de Processo: Figura n. 3. Representação do processo de expedição de documentos (figura de autoria do autor, baseada na figura encontrada na obra de Rodrigues (2006, p. 69) Entrada Saída Procedimentos ténicos/operacionias Documento expedido Recursos a serem transformados: • Decisão judicial para ser cumprida; • Equipe de expedição de documentos; • Equipamentos; • Tecnologia; • Estrutura. 7 Vantagens de se analisar as ações produtivas como processos De conformidade com o que leciona Rodrigues (2006, p. 69) as principais vantagens de se analisar as ações produtivas como processos são: • A organização passa a conhecer e a focar no negócio principal, definindo de forma clara os seus fornecedores (internos ou externos), clientes (internos ou externos), recursos necessários e custos envolvidos. • Estabelece linhas divisórias com outras atividades (processos) da organização, auxiliando na comunicação, definindo responsabilidades e explicitando o fluxo de ações. • Facilita a gestão, o controle e a identificação de problemas (situação indesejável). Grifei. • Só podemos melhorar um procedimento ou atividade conhecendo os mesmos. A delimitação e o desenho de um processo possibilitam a análise e identificação de problemas ou oportunidades de melhoria, ponto de partida para a melhoria dos resultados da organização. Grifei. Consoante se pode inferir da lição retro destacada a gestão por processos permite, dentre outras, a identificação e a análise de problemas, o que contextualiza o tema desse trabalho com essa análise introdutória sobre abordagem por processos. Indicadores de desempenho de um processo Conceito Nos dizeres de Campos (1998, p. 61): “Somente aquilo que é medidoé gerenciado. O que não é medido está à deriva”. Portanto, não há gestão sem controle dos processos, o que demonstra a importância dessa atividade. Mas como medir ou controlar o desempenho dos processos? M Ó D U LO 2: N oções introdutórias sobre solução de problem as 8 Para controlar ou medir o desempenho de um processo necessitamos definir indicadores. Os indicadores são, segundo Rodrigues (2006, p. 71), “(...) critérios explícitos de medidas, que devem monitorar as ações gerenciais em um processo. Os indicadores são definidos para quantificar os resultados das ações e para estabelecer e valorar o cumprimento dos objetivos específicos e metas, diante da natureza e especificidade do processo”. Os indicadores também costumam ser chamados de “itens de controle”. Campos (2004, p. 21) leciona que: “Os itens de controle de um processo são índices numéricos estabelecidos sobre os efeitos de cada processo para medir a sua qualidade total”. Campos (1998, p. 61) nos ensina, ainda, que: “Itens de controle são características numéricas sobre as quais é necessário exercer o controle (gerenciamento)”. Devemos, portanto, medir ou gerenciar processos por intermédio dos itens de controle, os quais medem qualidade, custo, entrega, moral e segurança dos seus efeitos (CAMPOS, 2004, p. 21). De acordo com Fiel Filho (2010, p. 129): “Os processos que atendem plenamente às necessidades dos clientes são processos feitos com qualidade”, razão pela qual, quando da concepção ou da análise de um indicador de desempenho, dentre outro, devemos levar em consideração o adequado atendimento às expectativas do cliente (RODRIGUES, 2006, p. 77). Campos (2004, p. 22) enfatiza que “(...) se você não tem itens de controle, você não gerencia. O processo sobre o qual você tem autoridade está à deriva. Este é o cerne do gerenciamento participativo”. 9 CURIOSIDADE... Indicadores estratégicos do CNJ Os indicadores estratégicos do CNJ podem ser encontrados no seguinte endereço eletrônico: http://www.cnj.jus.br/images/gestao-planej amento-cnj/indicadores/indicadores_estrate gicos_judiciario.pdf Figura n. 4. Exemplos de tabela de item de controle prioritário (Tabela de autoria do autor, baseada na tabela encontrada na obra de Campos (1998, p. 103) PROCESSO ITEM DE CONTROLE UNIDADE DE MEDIDA META PRIORIDADE (A, B, C) FREQUÊNCIA DO CONTROLE Expedição de documentos Entrega Quantidade de documentos expedidos 50 documentos por dia A Controle diário MÉTODO DE CONTROLE Quando atuar? Como atuar? Sempre que a meta não for atingida Convocar reunião com a equipe para determinar as causas e adotar ações corretivas RESPONSÁVEL PELO CONTROLE PROCESSO ITEM DE CONTROLE UNIDADE DE MEDIDA META PRIORIDADE (A, B, C) FREQUÊNCIA DO CONTROLE Prolação de sentença de mérito Entrega Quantidade de sentenças prolatadas 5 sentenças com resolução de mérito por dia A Controle diário MÉTODO DE CONTROLE Quando atuar? Como atuar? Sempre que a meta não for atingida Convocar reunião com a equipe para determinar as causas e adotar ações corretivas RESPONSÁVEL PELO CONTROLE M Ó D U LO 2: N oções introdutórias sobre solução de problem as 10 Metas Como visto alhures, os indicadores são definidos, dentre outros, para se verificar o cumprimento dos objetivos e metas. Mas o que são objetivos e metas? Segundo Campos (2013, p. 20): “(...) Meta significa ‘Resultado a ser atingido’(...)”. Segundo Brocka e Brocka (1994, p. 244): “Metas e objetivos revelam o propósito, as ambições, aspirações, intenções e os projetos da organização”. Objetivo e meta são díspares entre si. O objetivo é aquilo que eu pretendo atingir, já a meta é um objetivo definido em termos quantitativos e com um prazo determinado (POLITI, Cassio. Qual a diferença entre meta e objetivo? Disponível em:<http:// www.tracto.com.br/qual-a-diferenca-entre-meta-e-objetivo/>. Acesso em: 17/04/2015). Exemplo Objetivo Meta Prolatar sentenças Prolatar 5 sentenças, com resolução de meríto, por dia Todo planejamento resulta essencialmente em meta e método. O método, segundo Campos (2013, p. 20), “(...) pode ser entendido como o ‘caminho para o resultado’ ou então como uma ‘sequência de ações necessárias para se atingir certo resultado desejado’. Ora, se gerenciar é perseguir resultados, não existe gerenciamento sem método”. 11 Podemos inferir, portanto, que o sucesso de uma organização depende de metas, mas também de um bom método para controle do atingimento dessas metas, tendo em linha de estima que, como visto, o método representa o caminho para se atingir a meta ou resultado desejado. Segundo leciona Campos (2013, p. 20): “A essência do trabalho numa organização é atingir resultados e, portanto, o domínio do método, por todas as pessoas, é fundamental. Isto é válido para todas as pessoas de uma empresa, desde seus diretores até os operadores que devem ser envolvidos no método de solução de problemas para atingir os resultados necessários”. Grifei. Com efeito, do que se extrai da lição retro destacada, o método de solução de problemas é o método responsável pelo atingimento dos resultados ou metas definidas pela organização. Mas o que é um problema? Problema Conceito de problema Nessa parte, nos valendo dos conceitos sobre processo de trabalho, indicadores de desempenho, metas, etc. (Capítulo 2.3.1), poderemos compreender o conceito de Problema. Como vimos em linhas passadas, os processos de trabalho transformam entradas (insumos) em saídas (produtos) com valor agregado e necessitam ser medidos ou controlados para que tenham um bom desempenho. Esse controle é realizado com base em indicadores ou itens de controle, os quais levam em conta as metas definidas para cada processo de trabalho. Quando essas metas não são atingidas, então temos um problema. M Ó D U LO 2: N oções introdutórias sobre solução de problem as 12 Campos (2013, p. 23) afirma que: “A melhor definição de problema gerencial que conheço é: ‘Problema é um resultado indesejável’. Para Rodrigues (2006, p. 84) “Problema é uma situação indesejável, geralmente não esperada, que ocorre com as pessoas, equipamentos ou processos, criando obstáculos para que os objetivos previamente definidos sejam atingidos”. Campos (1998, p. 109) leciona que: “A) ...a essência do trabalho de um Gerente é RESOLVER PROBLEMAS; B) Resolver problemas é atingir metas”. Podemos concluir dos conceitos retro destacados que problema é a diferença entre o estado atual e o estado desejado ou meta. Um Gerente, portanto, só tem problema quando a meta definida não é atingida e só resolve esse problema quando a meta é atingida. Espécies de Problema Campos (2013, p. 23) nos dá conta de que existem dois tipos de Problemas, a saber: Problemas Bons e Problemas Ruins. O Problema Bom é provocado pelo gerente. Toda vez que um gerente, querendo melhorar o desempenho de sua organização, num processo de busca de melhoria contínua, definir novas metas, este provocará um Problema Bom, pois a organização terá que, doravante, melhorar seu desempenho para atingir a nova meta, haja vista que o estado atual é diferente do estado desejado (meta). O Problema Ruim, por sua vez, não é esperado, nem tampouco planejado e, por isso, é ruim. Campos (2013, p. 23) ainda leciona que: “A gerência deve zelar para que os problemas ruins ocorram em número cada vez menor (é impossível eliminá- -los, mas dá para reduzi-los substancialmente)”. 13 Identificação de Problemas Rodrigues (2006, p. 84) leciona que: Para a análise dos processosque ocorrem em uma organização, a identificação e a delimitação eficazes dos problemas são imperiosas. A identificação dos problemas em um processo nem sempre é imediata ou simplista. É comum em muitas organizações que procedimentos utilizados há muito tempo, mesmo causando defeitos e desperdícios crônicos, passem a fazer parte do dia-a- dia, não sendo identificados ou considerados pelo técnico ou operador. ‘Sempre foi assim!’, ‘o cliente nunca reclamou’, ‘há 10 anos faço desta forma, e estou sobrevivendo’, ‘todos fazem assim’, estas são algumas das posições que eternizam os defeitos e desperdícios crônicos e dificultam a identificação dos problemas e a consequente otimização dos processos. Segundo Campos (2013, p. 37): “Tanto as organizações públicas quanto as privadas são pródigas em problemas mal definidos e, portanto, em desperdício de recursos na direção gerencial errada sempre, óbvio, com as melhores intenções”. Como se pode concluir da lição retro destacada, a identificação de problemas nem sempre é imediata e simples. Campos (1998, p. 109) sugere que “(...) O gerente deve iniciar o seu trabalho de melhoria (atingimento de metas ou solução de problemas) pelo ‘pior problema’ ou ‘meta mais prioritária’ ou ‘produto mais problemático’.”. Nas unidades judiciárias, de regra, os piores problemas estão nos setores de expedição de documentos, juntadas de petições, autuações e audiências (pauta disponível), onde estão os maiores acúmulos de trabalho e onde, por conseguinte, os processos judiciais aguardam mais tempo paralisados. Sendo assim, o gestor judicial deve começar seu trabalho de melhoria por esses problemas. M Ó D U LO 2: N oções introdutórias sobre solução de problem as 14 Campos (2004, p. 22/23) leciona que há muita dificuldade para se definir problemas e que, não raro, muitos gerentes, ao tentarem identificar seus problemas, confundem o problema com suas causas. Confundem causa com efeito. Um gerente, diante de um problema, deve atuar no resultado, porém deve também atuar na causa, sob pena de o problema se repetir. Se em uma unidade judiciária um documento é expedido errado, de nada adianta o gerente corrigir o erro sem, antes, averiguar a causa que levou o Servidor a expedir o documento daquela forma. Só depois de averiguada a causa do erro é que o gerente terá certeza que o problema não se repetirá, pois, averiguada a causa, o Servidor será orientado para que o erro não se repita. O gerente, na solução do problema, deve, portanto, atuar sempre na causa do problema e não somente no resultado. Os famosos mutirões que, não raro, são empregados nas unidades judiciárias para movimentar os processos judiciais que aguardam algum tipo de providência, representam uma atuação no resultado e não na causa do problema. São, portanto, exemplos típicos de atuação no resultado e não na causa. 15 CURIOSIDADE... Caso de Sucesso: Memorial Je�erson e os Mosquitos (...) Recentemente as pedras do Memorial Je�erson começaram a desabar devido ao desgaste. Foi feito um diagnóstico por uma empresa de engenharia, e chegou-se à conclusão que o desgaste tinha como motivo as frequentes lavagem das pedras. Em vez de tentar resolver o problema de forma imediata, diminuindo a frequência de lavagem ou adotando outras medidas, a gerência do memorial utilizou a técnica dos “5 por ques” para identi�car a real causa do problema. Por que as pedras estão desabando? - Elas estão sendo lavadas com uma alta frequência. Por que elas estão sendo lavadas com uma alta frequência? - Há muita sujeira, principalmente devido aos pássaros que entram no memorial. Por que os pássaros entram no memorial? - Existe um suprimento abundante de alimentos dentro do memorial, milhares de pequenas aranhas. Por que existem tantas aranhas dentro do memorial? - As aranhas são atraídas para dentro do memorial, também devido à cadeia alimentar. Dentro do memorial existem milhares de pequenos mosquitos. Por que existem tantos mosquitos dentro do memorial? - No início da noite milhares de mosquitos aparecem para o ritual do acasalamento e neste mesmo horário, são ligados re�etores que iluminam o monumento, e os mosquitos são atraídos pela luz. Foi identi�cada a causa. A solução foi atrasar o horário de ligar a iluminação para uma hora, depois do pôr do sol. A população de mosquitos caiu, rompeu-se a cadeia alimentar e as lavagens agora, são menos frequentes. Fonte: Caso adaptado de Minutos da Qualidade do Instituto Juran. (RODRIGUES, 2006, P. 86). Os itens de controle de um processo atuam no resultado, enquanto os chamados itens de verificação atuam nas causas. Campos (2004, p. 22) diz que “Os itens de verificação de um processo são índices numéricos estabelecidos sobre as principais causas que afetam determinado item de controle”. Mas como faço para identificar esses problemas e suas causas? Na unidade seguinte, estudaremos o método que nos permite identificar, analisar e solucionar os problemas. M Ó D U LO 2: N oções introdutórias sobre solução de problem as 16 Considerações finais As organizações buscam, diuturnamente, melhorar seus resultados. Se esses resultados (metas) não são atingidos, surge para o gerente um problema. O gerente, portanto, é um solucionador de problemas, sendo essa, destarte, a essência de sua atividade. Campos (2013, p. 33) assevera que “(...) o desempenho das organizações é melhorado a partir do foco em seus principais problemas, considerados três horizontes: Estratégico, Tático e Operacional (...)”. O referido autor deixa claro que o foco gerencial deve estar nas metas definidas nestes três horizontes. Em outras palavras, deve haver meta para todos os setores e níveis da organização e se esses resultados não forem atingidos o gerente deve agir para solucionar o problema, que, como vimos, e um resultado indesejado. Encerramos aqui, portanto, as questões relativas às noções gerais e introdutórias sobre solução de problemas. Convido você agora a iniciar o estudo da Unidade III que se concentra especificamente nas questões relativas Métodos de Solução de Problemas. IMPORTANTE... Não se esqueça: Não há gestão sem controle; . Não há gestão sem meta; . Não há gestão sem método; . A essência do trabalho de um Gerente é resolver problemas; . Resolver problemas é atingir metas. 17 ATIVIDADE... Agora, você, aluno, deve ir ao ambiente virtual de aprendizagem e participar no Fórum X, ou responder ao Questionário Y. M Ó D U LO 2: N oções introdutórias sobre solução de problem as 18 Referências BROCKA, Bruce e BROCKA, M. S. GERENCIAMENTO DA QUALIDADE. São Paulo: Makron Books, 1994. CAMPOS, Vicente Falconi. Gerenciamento da Rotina do trabalho do dia-a-dia. 7. ed. Belo Horizonte, MG: Editora de Desenvolvimento Gerencial, 1998. CAMPOS, Vicente Falconi. TQC Controle da Qualidade Total no estilo Japonês. 8. ed. Nova Lima, MG: INDG, 2004. CAMPOS, Vicente Falconi. O verdadeiro Poder – práticas de gestão que conduzem a resultados revolucionários. 2. ed. Nova Lima, MG: Editora Falconi, 2013. INDICADORES DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO PODER JUDICIÁRIO. Disponível em: <http://www.cnj.jus.br/ images/gestao-planejamento-cnj/indicadores/indicadores_ estrategicos_judiciario.pdf> Acesso em: 22/04/2015. KANAANE, Roberto et al. Gestão Pública, planejamento, processos, sistemas de informação e pessoas. São Paulo: Atlas, 2010. MELLO, C. H. P. et al.ISO 9001:2008 – Sistemas de Gestão da Qualidade para Operações de Produção e Serviços. São Paulo: Atlas, 2009. POLITI, Cassio. Qual a diferença entre meta e objetivo? Disponível em:<http://www.tracto.com.br/qual-a-diferenca-entre-meta-e- objetivo/>. Acesso em: 17/04/2015. RODRIGUES, M. V. C. Ações para a qualidadeGEIQ: Gestão Integrada para a Qualidade: Padrão Seis sigma, Classe Mundial. 2. ed. Rio de Janeiro, RJ: Qualitymark, 2006. 19 Resumo do módulo O estudo dessa unidade nos permitiu concluir a importância de se medir o desempenho dos processos de trabalho para o sucesso de uma organização. Os indicadores ou itens de controle mostraram-se ferramentas hábeis para esse fim, permitindo, como um termômetro para o febril, o controle dos resultados obtidos. Vimos que a essência da atividade gerencial é resolver problemas e que os problemas ocorrem quando as metas não são atingidas. Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Sevidores do Poder Juduciário
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